17 março 2006

Resgate


Aristarco Coelho

Cruzando os mares de um dia
Náufrago à dor do premente
Emaranhado em idéias
Afundo rumo a quem sou

Penumbra que se aproxima
Escuridão se revela
Onde as velas que clareiam
As entranhas da minh’alma?
Afogado em tristeza
Afundo direto ao fundo
À luz daquilo que sou.

De repente um clarão!
E Tua voz pude ouvir
Luz pura, brilhante luz
Que não cega, mas clareia.
Que além de mostrar quem sou
Revela quem posso ser.

As redes que me prendiam
Em pedaços se tornaram
Seguras-me pela mão!
E me fazes subir da morte
Com o sopro do teu amor!

Na superfície de mim
Respiro a graça da Graça
E recostado em Seu peito,
Descubro em Seus olhos a Luz:
Um quê de amor sem limites
Um quê de amor que conduz

Levanta-te, filho náufrago,
Que agora não és mais!
Resgate, alto preço paguei.
Em mim seguro estás.

4 comentários:

Lidia disse...

Liiiiindo!!
Muito belo realmente!!
Foi o senhor que fez??
=D

Lidia disse...

Adormecido??
Não... não... creio que não!
Ele já tá bem acordado mesmo!
hehehehe
beijo!!
;))

eugenia disse...

lindo Ari, bastante profundo e real, uma verdade pra nós. todo poeta!!! parabéns!

gil disse...

Tá pegando o jeito, hein, macho véi!
Eu só mudaria o final, as duas últimas linhas.
É por aí.
Gil