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17 setembro 2018

Salvos pela Graça! Mas não foi de graça!


PIB de Mangabeira - João Pessoa/PB 26/08/2018

Salvos pela Graça! Mas não foi de graça!

Instigante o tema escolhido para este mês dedicado aos Jovens. Logo que li lembrei-me de um pastor e teólogo alemão, Dietrich Bonhoeffer, que levantou sua voz contra a postura da igreja na Alemanha que estava passivamente calada ante as atrocidades cometidas por Hitler.

Dietrich falou sobre a diluição da Graça. Afirmou que a igreja de sua época, em vez de apresentar ao mundo a Preciosa Graça de Jesus, havia aderido a uma Graça Barata. Em seu livro, Discipulado, ele falou sobre como a salvação pela graça não pode ser desvinculada do discipulado cristão, sob pena de produzir um evangelho enfraquecido.

Hoje à noite quero guia-los pelo antigo caminho do Evangelho de Jesus e apresentar alguns aspectos da preciosa Graça de Deus e seu papel na maravilhosa salvação operada por Ele.

Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados, nos quais costumavam viver, quando seguiam a presente ordem deste mundo e o príncipe do poder do ar, o espírito que agora está atuando nos que vivem na desobediência. Anteriormente, todos nós também vivíamos entre eles, satisfazendo as vontades da nossa carne, seguindo os seus desejos e pensamentos. Como os outros, éramos por natureza merecedores da ira. Todavia, Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, deu-nos vida com Cristo, quando ainda estávamos mortos em transgressões — pela graça vocês são salvos. Deus nos ressuscitou com Cristo e com ele nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus, para mostrar, nas eras que hão de vir, a incomparável riqueza de sua graça, demonstrada em sua bondade para conosco em Cristo Jesus. Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie. Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou antes para nós as praticarmos. Ef. 2.1-10 (NVI)


Graça é presente que se recebe

Entre nós batistas é claro o entendimento de que a salvação é um presente gracioso de Deus. E ninguém paga por um presente, certo? Caso contrário deixaria de ser presente. Da mesma forma, a salvação é recebida sem contrapartidas, não custa nada para aquele que é salvo.

Ser gracioso é agir em benefício de alguém que nada fez para ser beneficiado. Se gracioso é ser a favor de alguém que é claramente contrário a você. Ser gracioso é recompensar alguém que não tem recompensas a receber. Portanto, quando as Escrituras nos dizem que fomos salvos pela Graça de Deus, ela está afirmando que fomos alcançados pelo favor imerecido de Deus.

De fato, a salvação começa em Deus, é uma iniciativa unilateral dele, cuja única motivação é o amor que ele tem por sua criação. Até mesmo a fé que brota em nossas almas é uma obra de Deus em nós, como afirma Paulo.


Primeiro a má notícia

Sabemos que o evangelho é a boa notícia da salvação, mas essa não é a primeira. Pular a primeira notícia dificulta nossa compreensão sobre como Deus age neste mundo. Mas qual é a primeira notícia? Vejamos o que dizem as Escrituras:

Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados, nos quais costumavam viver, quando seguiam a presente ordem deste mundo e o príncipe do poder do ar, o espírito que agora está atuando nos que vivem na desobediência. Ef. 2.1-3

A primeira notícia é que a humanidade vive em estado de desconexão de Deus. Essa desconexão é o resultado de nossa própria rebeldia contra Deus, da tola ilusão de que é possível construir uma boa vida por conta própria, fazendo nossas próprias regras. É o que Bíblia chama de pecado.

O mundo pode parecer bem vivo quando andamos pela cidade ou assistimos à TV, mas à parte de Deus nosso destino é a morte. É parecido com uma torneia que ainda jorra a água do cano, mas que em pouco tempo vai secar porque a caixa d’água que a alimenta foi desconectada.

A morte é o destino anunciado para quem vive sem receber a vida que vem de Deus. Veja o que as Escrituras falam sobre os que vivem desconectados de Deus, bebendo as últimas gotas do cano.

Não há ninguém vivendo como deve, nem um sequer;
ninguém entende, ninguém presta atenção em Deus.
Todos eles erraram o caminho;
todos estão vagueando sem rumo.
Ninguém está vivendo da maneira correta,
e não creio que há quem o consiga.
A garganta deles é um túmulo aberto,
e a língua, escorregadia para enganar.
Cada palavra que pronunciam está impregnada de veneno.
Eles abrem a boca e empesteiam o ar.
São eternos concorrentes ao prêmio de “pecador do ano”
e emporcalham a terra com sofrimento e ruína.
Não fazem a menor ideia do que seja viver em comunidade.
Eles passam por Deus e o ignoram.

Vejam bem, meu amigo, enquanto você não admitir que tem tentado sem sucesso viver a vida por contra própria, fazendo suas próprias regras... e enquanto não reconhecer a situação de morte em que você se encontra, Salvação pela Graça será apenas mais uma frase dita pelo pregador.

Agora a boa notícia

Como lidar com alguém que desconfia de você, não deseja sua companhia, despreza seus conselhos e por fim lhe vira as costas e vai viver a vida do seu próprio jeito? Porque essa tem sido a forma como a humanidade tem tratado o seu criador!

É provável que assim como eu você tenha dificuldade para permanecer próximo de alguém que lhe virou as costas e dificilmente vai se esforçar para fazer algo de bom para seus desafetos.

A boa notícia, que as Escrituras chamam de Evangelho, é que Deus é diferente. Ele não levou em conta o fato de você o ter rejeitado. Desde o primeiro momento Ele já tinha mente um plano para nos trazer de volta.

Todavia, Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, deu-nos vida com Cristo, quando ainda estávamos mortos em transgressões — pela graça vocês são salvos. Deus nos ressuscitou com Cristo e com ele nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus, para mostrar, nas eras que hão de vir, a incomparável riqueza de sua graça, demonstrada em sua bondade para conosco em Cristo Jesus. Ef. 2.4-7

Ainda que Deus tivesse todos as razões para nos deixar ir pelo caminho da morte, Ele não nos abandonou. Que maravilhosa descrição feita pelo apóstolo Paulo sobre o nosso Deus! Acompanhe comigo os detalhes:

Rico em Misericórdia – Em vez de deixar a humanidade morrer por causa da decisão que tomou de rejeitar a fonte da vida, Ele encontrou uma forma de nos poupar das consequências da nossa rebeldia.

Rico em Graça – A graça de Deus é visível na forma bondosa com que Ele nos tratou. A nós que viramos as costas para Ele, Deus providenciou um meio eficaz de reconciliação, enviando Jesus Cristo para pagar o preço pelo nosso pecado.

Grande em Amor – O seu amor é anunciado por toda a Escritura! Foi esse amor que fez com Ele nos criasse a sua imagem e semelhança. Foi esse grande amor que planejou nos fazer novamente vivos. Por amor Ele continua nos convidando a confiar que seremos ressuscitados para a vida eterna e estaremos com Cristo em tudo que está planejado para a eternidade.

Salvos pela Graça

Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie. Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou antes para nós as praticarmos. Ef. 2.8-9

O que fizemos para sermos alcançados pela misericórdia de Deus? O que Ele viu para agir bondosamente com você. O que fizemos para que ele nos amasse assim de forma tão extravagante? Nada! Então, o que nos cabe nisso tudo? Confiar no amor de Deus para conosco, demonstrado pelo fato de Cristo haver morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.

Essa disposição de Deus em nos salvar, quando nossa rebeldia nos fez virar as costas para ele, chama-se graça. Ela opera por meio da fé, da confiança. A graça de Deus é um lembrete de que ninguém pode contar vantagem diante dele, porque foi ele quem decidiu salvar e providenciou os meios para a salvação.

Quando alguém tenta ser fazer merecedor do favor de Deus está desprezando a graça de Deus. Sempre que alguém faz algo para tentar convencer a Deus de que é uma boa pessoa... e que já sofreu muito nesse mundo... e que por isso merece ser recompensado... está demonstrando que não compreendeu seu estado de morte nem o amor gracioso de Deus.

Mas não foi de graça

Há um outro aspecto importante sobre a salvação pela graça pela graça com o qual pretendo finalizar a reflexão de hoje: em nossa cultura as pessoas avaliam o valor das coisas pelo preço: se é caro então é bom, se é barato então é ruim e se estão dando de graça, então certamente não serve para nada.

Não que isso seja sempre verdade, mas algumas pessoas se confundem quando ouvem que somos salvos pela graça. Elas imediatamente pensam: é de graça! E algumas até desprezam a salvação, sem se darem conta de que foram enganadas pelo sentido das palavras. Foi pela graça, sim. Mas não foi de graça. Teve um preço. E um alto preço.

É como os presentes: embora não custem nada para quem os recebe, eles certamente custam algo para quem os dá. Da mesma forma, a salvação que nada nos custou, custou um alto preço para aquele que nos salvou. (1 Pe. 1.18-21)

A vida de vocês é uma jornada que deve ser empreendida com uma profunda consciência de Deus. Custou muito caro para Deus tirá-los daquela vida sem rumo e vazia em que vocês foram criados. Ele pagou com o sangue sagrado de Cristo, vocês sabem disso. Ele morreu como um cordeiro, sem culpa. E não foi algo impensado. Ainda que só agora, no fim dos tempos, o plano tenha vindo a público, Deus sempre soube o que ia fazer por vocês. É por causa do Messias sacrificado, a quem Deus depois glorificou e ressuscitou, que vocês confiam em Deus e sabem que têm um futuro nele. (1 Pe 1.18-21 AM)

Foi pela graça, mas não foi de graça. Custou caro, meus irmãos! O resgate por nossas vidas custou o sangue sagrado de Cristo. Assim como o cordeiro que foi providenciado por Deus para substituir Isaac, Jesus foi enviado pelo Pai para que nós fôssemos poupados da condenação eterna.

Foi pela graça, mas não foi de graça, meus irmãos! Custou a vida do Filho de Deus! Isso não foi um plano de última hora. Desde a eternidade estava tudo preparado para que no tempo certo o Pai enviasse o Filho, no poder do Espírito Santo, como prova do amor do Deus Trino pela humanidade.

Foi pela Graça, mas não foi de graça. Pregado em uma cruz como se fosse um bandido, antes de morrer, Jesus bradou: “Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?  Aquele que não tinha pecado recebeu sobre si o peso dos pecados do mundo e sofreu a dor da separação do Pai. Não foi de graça!

Foi pela Graça de Deus que você foi salvo, mas não foi de graça! Se hoje você pode buscar a presença de Deus em oração e chamá-lo de Pai, saiba que isso custou o sangue Cristo derramado na cruz! Foi de lá, da cruz no Calvário, que ele bradou: está consumado. Então o véu do templo rasgou-se de cima a baixo e um novo e vivo caminho se estabeleceu ao coração do Pai.

Foi pela graça, mas não foi de graça. Aquele que pagou o preço da nossa salvação agora está junto ao Pai intercedendo por nós. Ele conhece as nossas lutas, ele sabe das nossas fraquezas, ele nos ama e está pronto a nos conceder misericórdia e graça, como afirma o escritor de Hebreus:

Portanto, visto que temos um grande sumo sacerdote que adentrou os céus, Jesus, o Filho de Deus, (...) aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade. Hb 4.14-16 NVI

Concluo pedindo, como o apóstolo Paulo, ao Deus de toda graça, que nos restaure, confirme e nos ponha sobre os firmes alicerces do seu Evangelho.

21 janeiro 2018

A esperança que há em Jesus 3



21Visto que a morte veio por meio de um só homem, também a ressurreição dos mortos veio por meio de um só homem. 22Pois da mesma forma como em Adão todos morrem, em Cristo todos serão vivificados. 1 Co 15.21-22 (NVI)

Continuamos investigando, a partir de 1 Co 15, a esperança que há em Jesus. E o que me chama atenção nessa parte do texto é que ressurreição e a vida chegam a nós por meio de Cristo. Nossa esperança está em Cristo! Então, se alguém tem colocado sua esperança em qualquer outra pessoa, instituição ou lugar, eu peço que reconsidere isso. Jesus Cristo é aquele por meio de quem a ressurreição e a vida nos são oferecidas.

Essas afirmações de Paulo sobre ressurreição e vida ecoam a fala do próprio Senhor Jesus quando Lázaro, seu amigo, morreu. As irmãs de Lázaro, Marta e Maria, estavam profundamente abaladas com a morte de seu irmão quando Jesus finalmente chegou à cidade de Betânia, três dias depois do sepultamento.

26Disse-lhe Jesus: "Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; 26e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente. Você crê nisso? " Jo 11.25,26 (NVI)

Essa fala de Paulo fazendo um paralelo entre Adão e Jesus deixa claro que a ressurreição e a vida vêm a nós através de Jesus, mas isso merece uma explicação mais detalhada. Aqui ele faz uma afirmação, mas não explica o que disse, como se os seus leitores já estivessem familiarizados com o assunto.

No entanto, há algumas considerações na carta escrita aos romanos que nos oferecem os detalhes. Trata-se de uma impressionante comparação entre Adão e Cristo capaz de explicar esse verso 22. Vejamos então Rm 5.12-21 (KJA)

12Concluindo, da mesma forma como o pecado ingressou no mundo por meio de um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte foi legada a todos os seres humanos, porquanto todos pecaram. 13Porque antes de ser promulgada a Lei, o pecado já estava no mundo; todavia, o pecado não é levado em conta quando não existe a lei. 14No entanto, a morte reinou desde a época de Adão até os dias de Moisés, mesmo sobre aqueles que não cometeram pecado semelhante à desobediência de Adão, o qual era uma prefiguração daquele que haveria de vir.

Somos apresentados aqui a uma herança de morte. Paulo não deixou claro os mecanismos dessa herança, mas explicou com clareza as etapas do processo:

O pecado entrou no mundo criado por Deus através de Adão. A essência do pecado é a rejeição da soberania de Deus e de seu projeto para a humanidade. Conforme a narrativa do Gênesis, foi isso que aconteceu com Adão e sua mulher.

Ao rejeitar a Deus, rompendo um relacionamento de confiança e amor, Adão colheu as consequências que haviam sido previstas e foi alcançado pela morte. Não apenas a morte do corpo, mas uma morte completa. Porque fora de Deus não há vida.

Esse estado de afastamento de Deus experimentado por Adão, que mata o corpo e definha o espírito, nos foi passado, geração a geração, como um legado, uma herança que molda nosso modo de relacionamento com Deus, com as pessoas e com todo o universo criado.

Certamente é impressionante pensar que a decisão de um só homem tenha produzido um desastre tão grande. E é chocante considerar que, gerações e gerações depois disso, nós ainda amargamos o peso dessa decisão sobre nossas próprias vidas.

Talvez isso nos sirva de alerta para o fato de que o pecado em sua essência, isto é, viver uma vida desconectada de Deus, é algo sério e desastroso. Alguma vezes somos levados a pensar, como Adão, que podemos adotar nossas próprias regras e ainda nos sairmos bem. Mas esse é um pensamento enganoso, um caminho de morte que você pode evitar.

A explicação não para por aí. Esse é primeiro lado do paralelo entre Adão e Cristo. Vejamos como continua?

15Contudo, não há comparação entre o dom gratuito e a transgressão. Pois, se muitos morreram por causa da desobediência de um só, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, transbordou para multidões! 16Por isso, não se pode comparar a graça de Deus com a consequência do pecado de um só homem; porquanto, o julgamento derivou de uma só ofensa que resultou em condenação, mas o dom gratuito veio de muitas transgressões e trouxe a justificação. 17Pois, se pela transgressão de um só homem, a morte reinou por meio desse, muito mais os que recebem da transbordante provisão da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por intermédio de um único homem: Jesus Cristo!

Depois de reconhecer o enorme dano provocado por Adão. Paulo afirma que não dá para comparar esse estrago, por maior que seja, com o tamanho da salvação disponível em Cristo Jesus.

Como isso é importante, irmãos! Às vezes somos soterrados pelo pecado. Às vezes somos levados a acreditar que os erros que cometemos são irreparáveis. Mas a verdade é que não há como comparar. O dom gratuito de Deus, o perdão que temos por meio de Jesus é sempre maior que o pecado.

A desobediência de Adão com seu projeto de vida desconectado de Deus levou muitos à morte; mas a obediência de Jesus e sua submissão ao Pai abençoa multidões com ressurreição e vida.

Uma única pisada de bola de Adão desligou a humanidade de Deus e deixou uma herança de morte; mas o sim de Jesus abriu a porta do perdão gracioso de Deus. Isso é ainda mais poderosa porque oferece restauração e vida a todos os transgressores.

A estratégia de vida de Adão, colocando Deus de lado fez com que a morte reinasse; mas a estratégia de Jesus, que decidiu confiar no amor e na sabedoria de Deus, nos colocará de volta ao lado de Cristo como reis-mordomos sobre sua criação.

18 Portanto, assim como uma só transgressão determinou na condenação de todos os seres humanos, assim igualmente um só ato de justiça resultou na justificação que traz vida a todos os homens. 19 Sendo assim, como por meio da desobediência de um só homem muitos se tornaram pecadores, assim também, por intermédio da obediência de um único homem, muitos serão feitos justos.

Uma só transgressão = condenação
Um só ato de justiça = justificação

A desobediência de um só = pecadores
A obediência de um só = justificados

20A Lei foi instituída para que a transgressão fosse ressaltada. Mas onde abundou o pecado, superabundou a graça, 21para que, assim como o pecado reinou na morte, assim também reine a graça pela justiça para outorgar vida eterna, por intermédio de Jesus Cristo, nosso Senhor.

A lei de Deus visa ao homem perfeito. Portanto, ela condena tudo que não é perfeito. A lei fala do pecado e da punição. Ela cumpre bem seu papel quando torna o pecado mais fácil de ser percebido em nós. Quanto mais a lei é abraçada, mas o pecado é percebido. Ela nunca pretendeu redimir o transgressor, mas apontar seus erros. Portanto, a lei não é tábua de salvação para ninguém.

É um tremendo engano pensar que é possível, ainda que com muito esforço atender completamente às exigências da lei, porque o que ela nos pede é uma perfeição que está fora de nosso alcance. Por isso precisamos da graça de Deus.

A graça faz por nós o que a lei não consegue: ela nos aceita mesmo imperfeitos. O amor gracioso de Deus nos aceita imperfeitos, se confiarmos naquele que é perfeito: Jesus Cristo. Somos recebidos imperfeitos para que o Seu complete em nós a perfeição exigida pela lei.


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Isso nos devolve a condição de participantes da vida eterna e planta em nossos corações a esperança da ressurreição, de uma vida abundante que começa agora e que não avança por toda a eternidade.