Mostrando postagens com marcador Coríntios. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Coríntios. Mostrar todas as postagens

31 maio 2009

A Graça de Contribuir - Sete Princípios

Quero concluir essa série de pregações refletindo sobre sete princípios que não podem ser esquecido quando o assunto é contribuição. Dois deles nós já vimos nas pregações anteriores

A. Contribuir é um privilégio

Não é obrigação, não é peso, não é sacrifício... É privilégio. Imagine fazer parte daquilo que Deus está realizando neste mundo! Imagine ser um instrumento usado por Deus para a restauração da humanidade. Imagine sentar-se à mesa e ouvir do Senhor: servo bom e fiel, venha alegrar-se comigo. Isso tudo é um grande privilégio.

B. Primeiro a entrega de si depois a contribuição

O segundo diz respeito ao princípio pelo qual nenhuma doação, nenhuma oferta, nenhuma contribuição pode prescindir da entrega da sua própria vida a Deus. Paulo reconheceu que os irmãos da Macedônia primeiro haviam entregado a si mesmos a Deus para depois ofertar qualquer outra coisa.

Se você ainda não entregou a si mesmo aos cuidados de Deus, não tem como experimentar a alegria e o privilégio de contribuir com alegria.

Se você ainda não rendeu o controle da sua vida a Jesus, ofertar dinheiro e bens pode parecer algo muito estranho e sem cabimento.

Se você ainda anda por esta vida tentando controlar as circunstância do seu viver e manter o mundo em ordem, é possível que muita coisa do que eu disse hoje não faça sentido pra você.

Então, eu quer lhe fazer um convite: entregue o controle de sua vida a Cristo, receba-o como seu Senhor e Salvador e experimente a nova vida que Ele tem preparado para você.

Quando você não tiver mais nada que você considere propriamente seu, quando sua própria vida já não lhe pertencer, quando você não tiver mais nada a que se apegar... Então você receberá do Senhor uma nova vida. Vida abundante de alegria.

Aí certamente você compreenderá melhor esta loucura santa que é contribuir.

Leitura do Texto

(12) Porque, se há prontidão, a contribuição é aceitável de acordo com aquilo que alguém tem, e não de acordo com o que não tem. (13) Nosso desejo não é que outros sejam aliviados enquanto vocês são sobrecarregados, mas que haja igualdade. (14) No presente momento, a fartura de vocês suprirá a necessidade deles, para que, por sua vez, a fartura deles supra a necessidade de vocês. Então haverá igualdade, (15) como está escrito: "Quem tinha recolhido muito não teve demais, e não faltou a quem tinha recolhido pouco". 2 Co 8:12-15

Alguns princípios estão presentes nesses versículos e vamos encerrar nossa reflexão hoje à noite pensando sobre eles

C. A contribuição deve ser proporcional ao que possuímos

Um dos grandes enganos a respeito de contribuição é achar que Deus está preocupado em comparar o valor que cada pessoa oferta e vem quem dá mais. A medida da contribuição de uma pessoa é aquilo que ela possui. Cada um deve contribuir de acordo com o que pode doar.

O Dízimo instituído por Deus no Antigo Testamento é uma demonstração desse princípio.

Lev 27:30 "Os dízimos dos produtos da terra são do Senhor. É a décima parte dos produtos das lavouras e das frutas. Essa parte é santa ao Senhor... "Também de todos os animais criados pelo homem - gado, rebanhos, animais domésticos - o dízimo pertence ao Senhor. De cada dez animais, um é do Senhor. Lev 27:30,32 (BV)

22 Dêem o dízimo de todas as colheitas, todos os anos. ... A finalidade dos dízimos é ensinar vocês a temerem sempre o Senhor, dando sempre a Deus o primeiro lugar nas suas vidas. Deut 14:22,23b (BV)

Aquele que tinha dez animais entregava um com dízimo, aquele que tinha cem animais, entregava dez como dízimo. Hoje, o princípio é o mesmo. A contribuição deve ser proporcional à prosperidade de cada um. Cada um deve ofertar de acordo a aquilo que o Senhor lhe permitiu ter.

E hoje, como devemos fazer? É dez por cento? É dez por cento de que, já que os dízimos eram sobre os produtos agropecuários? É do bruto, é do líquido? E se eu sou comerciante?

O dízimo é um instituto da antiga aliança de Deus com o povo Hebreu, mas não deixa de ser uma referência importante. Entregavam 10% da produção. Isso parece apontar para uma contribuição de 10% sobre o todo de nossas remunerações.

Pessoalmente é isso que eu e minha família fazemos. Enquanto os meninos eram pequenos, o dízimo do meu salário era o dízimo da família. Quando eles cresceram um pouco, passaram a receber mesada e foram ensinados sobre a importância da contribuição.

Hoje, eu Marina, Lídia e Levi temos nossas responsabilidades individuais quanto a este assunto. Cada um tem o seu salário ou renda e decide diante de Deus como vai tratar essa questão.

Todas essas coisas têm uma importância prática, mas o mais importante agora é compreendermos que existe um princípio de igualdade quando a contribuição é proporcional àquilo que cada um possui.

D. Ninguém deve ser sobrecarregado nas contribuições

Esse é um princípio precioso que depende do compromisso de todos. Se cada um de nós fizer sua parte, ninguém será sobrecarregado.

No entanto é muito comum que na vida da igreja algumas pessoas se escorrem em outras. O sujeito olha para o irmão do lado e pensa consigo mesmo: o sujeito tem grana ele ta bem de vida, bem empregado, boas roupas, tem seu carro... Ele é que tem as costas largas... E aí simplesmente não contribui.

Por outro lado há aqueles que têm tantas coisas para comprar, tantos projetos para realizar em casa, viagens para fazer, festas para realizar que não sobra nada para ele contribuir.

Tanto um quanto o outro estão sobrecarregando os demais irmãos que contribuem e acabam assumindo a parte da responsabilidade que era sua.

Toda vez que você ouvir contribuição lembre-se que o assunto é entre você e seu Deus. Converse com Ele. Coloque diante dele seus sentimentos de injustiça, sua incapacidade de confiar, seu orgulho, seu medo e tudo mais que tira de você o privilégio de contribuir.

E. A contribuição deve suprir os necessitados

Nós temos CNPJ, mas não somos uma empresa.
Nós temos objetivos, mas não somos um negócio.
Há funções diferentes, mas não somos uma estrutura hierárquica.

• Se fôssemos uma empresa, nossas ofertas seriam utilizadas exclusivamente para fazer funcionar a empresa;

• Se fôssemos um negócio, nossas ofertas seriam investimentos em busca de lucro.

• Se fôssemos uma hierarquia, nossas ofertas serviriam para manter nosso poder e posição na estrutura.

O que somos então? Somos uma família com um único Pai e muitos irmãos. E por isso, nossas ofertas e contribuições também devem ser usadas para suprir as necessidades dessa família.

O princípio aqui é simples, mas pode passar despercebido.

(15) como está escrito: "Quem tinha recolhido muito não teve demais, e não faltou a quem tinha recolhido pouco". 2 Co 8:15

A referência neste texto é ao episódio do Maná no deserto. O povo se lembrava da comida que tinha no Egito e reclamava a Moisés, quando Deus disse que enviaria alimento todos os dias. No dia seguinte à promessa feita, logo cedo, o chão estava coberto com uma camada daquilo que os Hebreus perguntaram: o que é isso? Maná?

Cada um tinha direito a porção suficiente para sua subsistência naquele dia. Eles colhiam o maná logo cedo, então, ao acordar, todos corriam para colher. Uns pegavam muito e outros pegavam pouco, conforme a possibilidade de cada um.

No entanto, o relato bíblico afirma que depois de colher todo o maná, eles juntavam tudo e dividiam para cada um conforme a medida que Deus lhes havia orientado, de maneira que não sobrava para os que haviam colhido muito, nem faltava para os que haviam colhido pouco.Como acontece em uma família, aquilo que era além das necessidades de cada um era destinado a suprir os outros até que todos tivessem o necessário para sobreviver.

Aquilo que Deus lhe deu a mais do que você precisa não deveria ser desperdiçado em despesas desnecessárias. Ao invés de ser jogado no ralo dos juros de cartão de crédito e do cheque especial, deveria ser usado para abençoar outros membros da família que não possuem ou estão passando por alguma necessidade momentânea.

Visita de Franklin e Rejania

F. Contribuições devem ser administradas com transparência, por mais uma pessoa, todos de inteira confiança da congregação.

16 Sou grato a Deus por ele ter dado a Tito o mesmo interesse profundo por vocês que eu tenho. 17 É com prazer que ele está seguindo minha sugestão de visitá-los de novo - e eu acho que ele teria ido de qualquer maneira, porque está muito ansioso para vê-los! 18 Com ele estou enviando um outro irmão bem conhecido, e que é muito elogiado em todas as igrejas como pregador da Boa Nova. 19 De fato, este homem foi eleito pelas igrejas, para viajar em minha companhia, a fim de levar a oferta a Jerusalém. Isto glorificará ao Senhor e mostrará nossa ansiedade em ajudar-nos mutuamente. 20 Viajando juntos, nós nos guardaremos de qualquer suspeita, pois estamos preocupados com que ninguém encontre falta alguma no modo pelo qual estamos lidando com esta enorme oferta. 21 Deus sabe que somos honestos, mas eu quero que todos o saibam também. Foi por isso que fizemos tal arranjo. 22 E estou enviando ainda um outro irmão, que nós sabemos, por experiência que é um cristão fervoroso. Ele está particularmente interessado, enquanto aguarda esta viagem, porque eu lhe disse tudo a respeito da ansiedade de vocês em ajudar. 23 Se alguém perguntar quem é Tito, digam: ele é meu companheiro e meu auxiliar na ajuda que lhes dou, e podem também dizer que os outros dois irmãos representam as assembléias cristãs daqui, e são admiráveis exemplos daqueles que pertencem ao Senhor. (2 Co 8:16-23)

Onde se mexe com dinheiro há sempre ondas de desconfiança que vem e vão. Será que o sujeito não está colocando esse dinheiro no bolso dele? Será que o dinheiro está sendo para aquilo que foi arrecadado? E esse pastor aí, será que ele é honesto com o dinheiro?

Há um ditado que diz: a ocasião faz o ladrão. O apóstolo Paulo nos orienta em outra de suas cartas a evitar toda a aparência do mal: e é isso o que ele faz em relação às ofertas dos irmãos de Corinto; envia três pessoas com credenciais e reconhecimento da igreja local para que fique qualquer sombra de dúvida.

Nesta igreja, os recursos arrecadados são administrados pelos irmãos Oséas e Jhon, que inclusive são os tesoureiros da igreja diante, como pedem nossas leis civis. A igreja tem uma conta-corrente junto a um banco e todas as ofertas arrecadadas são depositadas nessa conta corrente.

Todas as despesas que são necessárias ao funcionamento da igreja são pagas mediante recibo e nota fiscal e trimestralmente, em uma assembléia geral, são apresentados relatórios que demonstram como os recursos foram aplicados.

Essas informações são tratadas com todo o sigilo que merecem. Eu mesmo solicitei aos irmãos da tesouraria que nenhum relatório em que constem os nomes daqueles que contribuem me seja apresentado. Então, nem eu mesmo sei quem contribui ou com quanto contribui. Eu fiz isso para que minha consciência esteja livre para pregar e ensinar aquilo que o Espírito de Deus me chamar a fazer sem que nada me constranja.

O irmão Oséas tem trabalhado arduamente para, além de registrar o que acontece, hoje recuperar toda a movimentação financeira de nossa igreja, desde a sua fundação.

A cada segunda-feira eu tenho me reunido com o nosso tesoureiro, irmão Oséas, e o Gustavo, que tem liderado várias iniciativas na área administrativa da igreja. Naquela reunião são traçadas diretrizes para a boa aplicação dos recursos arrecadados (em nossa última conversa falamos sobre a necessidade de um orçamento mensal e de prazos para que cada ministério solicite os recursos necessários para suas atividades.

G. Contribuição deve ser precedida de planejamento, o que nos permitirá ofertar voluntariamente.

1 ENTENDO QUE, na realidade, nem lhes preciso falar acerca do auxilio ao povo de Deus. 2 Pois eu sei como vocês estão ansiosos para fazê-lo e eu me gabei aos amigos da Macedônia de que vocês há um ano estavam prontos a enviar uma oferta. De fato, foi esse entusiasmo de vocês que impulsionaram muitos deles a começarem a ajudar. 3 Entretanto, estou enviando estes homens só para ter certeza de que vocês estão realmente prontos, como eu disse a eles que estariam, com seu dinheiro já todo coletado: não desejo que desta vez pareça que eu estava errado, ao gabar-me de vocês. 4 Eu ficaria grandemente envergonhado – e vocês também se alguns destes macedônios fossem comigo ai e tudo o que encontrassem era que vocês ainda não estão prontos, mesmo depois de tudo o que lhes contei! 5 Portanto, pedi a esses outros irmãos que chegassem ai na minha frente, a fim de cuidar que já esteja em mãos e à nossa espera a contribuição que vocês prometeram. Eu quero que ela seja verdadeiramente uma oferta, e não que pareça que foi dada á força. (2 Co 9:1-5)

Muitas pessoas dizem que não contribuem, por que não tem como fazê-lo. O orçamento está sempre apertado, o salário termina e o mês continua, contas que não são pagas... multas e juros passam a ser um constante. Ninguém está livre de passar por situações assim, mas ninguém deveria viver a vida toda assim. Você precisa colocar a casa em ordem.

Os irmãos da macedônia contribuíram em meio à pobreza, mas pobreza não é sinônimo de dívida e desorganização financeira. Pouco recurso para viver não é justificativa para chutar se atolar em dívidas; ao contrário, quanto mais escassos são os recursos, maior a necessidade de planejar e controlar bem o que temos para viver.

Paulo lembrou aos irmãos de Corinto que fazia um ano que eles haviam prometido aquela oferta. Era de se esperar que eles houvessem se planejado para que tudo estivesse pronto. O dinheiro já deveria ter sido separado e arrecadado, pois ninguém estava sendo pego de surpresa.

Eu fico impressionado como a cada domingo parece que alguns de nós somos pegos de surpresa: Olha só rapaz, me esqueci de levar uns trocados para a oferta! É que a gente saiu meio apressado... o jogo na TV ainda estava terminando... e aí eu esqueci. Puxa, esqueci minha carteira... Rapaz, o talão de cheques ficou no carro...

Enquanto contribuição for algo que você se lembra ou se esquece apenas na ora de sair para o culto, certamente é um sinal de que você ainda não tem se preparado para ofertar.

Veja só o que acontece: quando você se prepara para contribuir, sua oferta é entregue com alegria e espírito voluntário; mas quando a contribuição não faz parte da sua vida durante a semana, o sentimento que o invadirá ao ofertar é como se alguém o estivesse forçando a fazer aquilo.

Conclusão

• Contribuir é um privilégio;
• Primeiro a entrega de si depois a contribuição;
• A contribuição deve ser proporcional ao que possuímos;
• Ninguém deve ser sobrecarregado nas contribuições;
• A contribuição deve suprir os necessitados;
• Contribuições devem ser administradas com transparência;
• Contribuição deve ser precedida de planejamento, o que nos permitirá ofertar voluntariamente.

Tenha coragem de olhar para o seu orçamento familiar. Não importa quão amedrontador ele pareça. Você precisa colocar os números em cima da mesa e enfrentar essa situação. Porque se você não decidir os seus credores decidirão por você e normalmente ele cobram bem caro por essa “assessoria”.

Sente-se com sua família e planeje como e quanto será sua contribuição para o avanço do Reino de Deus. Faça não porque eu estou dizendo para você fazer, mas porque você deseja expressar sua gratidão e confiança na provisão dele.

Separe algo do que você ganha para doar a quem precisa mais do que você. Seu coração fica doído com o sofrimento das crianças famintas, das famílias desabrigadas ou do garoto esfarrapado no sinal? Seja prático: separe algum dinheiro do seu orçamento para doar.

Não sabe como fazer? Peça ajuda. Há bons livros nessa área. Procure os conselhos de alguém em que você confia e que tem alcançado vitórias nesta área. Não fique só.

O Senhor deseja derramar chuvas de bênção sobre cada família desta igreja. Mas nós precisamos arar os campos, preparar o terreno e jogar nossas sementes, ainda que sejam poucas, para que Ele dê o crescimento e multiplique tudo para a Glória do Seu nome.

A Graça de Contribuir - Sete Princípios

Quero concluir essa série de pregações refletindo sobre sete princípios que não podem ser esquecido quando o assunto é contribuição. Dois deles nós já vimos nas pregações anteriores

A. Contribuir é um privilégio

Não é obrigação, não é peso, não é sacrifício... É privilégio. Imagine fazer parte daquilo que Deus está realizando neste mundo! Imagine ser um instrumento usado por Deus para a restauração da humanidade. Imagine sentar-se à mesa e ouvir do Senhor: servo bom e fiel, venha alegrar-se comigo. Isso tudo é um grande privilégio.

B. Primeiro a entrega de si depois a contribuição

O segundo diz respeito ao princípio pelo qual nenhuma doação, nenhuma oferta, nenhuma contribuição pode prescindir da entrega da sua própria vida a Deus. Paulo reconheceu que os irmãos da Macedônia primeiro haviam entregado a si mesmos a Deus para depois ofertar qualquer outra coisa.

Se você ainda não entregou a si mesmo aos cuidados de Deus, não tem como experimentar a alegria e o privilégio de contribuir com alegria.

Se você ainda não rendeu o controle da sua vida a Jesus, ofertar dinheiro e bens pode parecer algo muito estranho e sem cabimento.

Se você ainda anda por esta vida tentando controlar as circunstância do seu viver e manter o mundo em ordem, é possível que muita coisa do que eu disse hoje não faça sentido pra você.

Então, eu quer lhe fazer um convite: entregue o controle de sua vida a Cristo, receba-o como seu Senhor e Salvador e experimente a nova vida que Ele tem preparado para você.

Quando você não tiver mais nada que você considere propriamente seu, quando sua própria vida já não lhe pertencer, quando você não tiver mais nada a que se apegar... Então você receberá do Senhor uma nova vida. Vida abundante de alegria.

Aí certamente você compreenderá melhor esta loucura santa que é contribuir.

Leitura do Texto

(12) Porque, se há prontidão, a contribuição é aceitável de acordo com aquilo que alguém tem, e não de acordo com o que não tem. (13) Nosso desejo não é que outros sejam aliviados enquanto vocês são sobrecarregados, mas que haja igualdade. (14) No presente momento, a fartura de vocês suprirá a necessidade deles, para que, por sua vez, a fartura deles supra a necessidade de vocês. Então haverá igualdade, (15) como está escrito: "Quem tinha recolhido muito não teve demais, e não faltou a quem tinha recolhido pouco". 2 Co 8:12-15

Alguns princípios estão presentes nesses versículos e vamos encerrar nossa reflexão hoje à noite pensando sobre eles

C. A contribuição deve ser proporcional ao que possuímos

Um dos grandes enganos a respeito de contribuição é achar que Deus está preocupado em comparar o valor que cada pessoa oferta e vem quem dá mais. A medida da contribuição de uma pessoa é aquilo que ela possui. Cada um deve contribuir de acordo com o que pode doar.

O Dízimo instituído por Deus no Antigo Testamento é uma demonstração desse princípio.

Lev 27:30 "Os dízimos dos produtos da terra são do Senhor. É a décima parte dos produtos das lavouras e das frutas. Essa parte é santa ao Senhor... "Também de todos os animais criados pelo homem - gado, rebanhos, animais domésticos - o dízimo pertence ao Senhor. De cada dez animais, um é do Senhor. Lev 27:30,32 (BV)

22 Dêem o dízimo de todas as colheitas, todos os anos. ... A finalidade dos dízimos é ensinar vocês a temerem sempre o Senhor, dando sempre a Deus o primeiro lugar nas suas vidas. Deut 14:22,23b (BV)

Aquele que tinha dez animais entregava um com dízimo, aquele que tinha cem animais, entregava dez como dízimo. Hoje, o princípio é o mesmo. A contribuição deve ser proporcional à prosperidade de cada um. Cada um deve ofertar de acordo a aquilo que o Senhor lhe permitiu ter.

E hoje, como devemos fazer? É dez por cento? É dez por cento de que, já que os dízimos eram sobre os produtos agropecuários? É do bruto, é do líquido? E se eu sou comerciante?

O dízimo é um instituto da antiga aliança de Deus com o povo Hebreu, mas não deixa de ser uma referência importante. Entregavam 10% da produção. Isso parece apontar para uma contribuição de 10% sobre o todo de nossas remunerações.

Pessoalmente é isso que eu e minha família fazemos. Enquanto os meninos eram pequenos, o dízimo do meu salário era o dízimo da família. Quando eles cresceram um pouco, passaram a receber mesada e foram ensinados sobre a importância da contribuição.

Hoje, eu Marina, Lídia e Levi temos nossas responsabilidades individuais quanto a este assunto. Cada um tem o seu salário ou renda e decide diante de Deus como vai tratar essa questão.

Todas essas coisas têm uma importância prática, mas o mais importante agora é compreendermos que existe um princípio de igualdade quando a contribuição é proporcional àquilo que cada um possui.

D. Ninguém deve ser sobrecarregado nas contribuições

Esse é um princípio precioso que depende do compromisso de todos. Se cada um de nós fizer sua parte, ninguém será sobrecarregado.

No entanto é muito comum que na vida da igreja algumas pessoas se escorrem em outras. O sujeito olha para o irmão do lado e pensa consigo mesmo: o sujeito tem grana ele ta bem de vida, bem empregado, boas roupas, tem seu carro... Ele é que tem as costas largas... E aí simplesmente não contribui.

Por outro lado há aqueles que têm tantas coisas para comprar, tantos projetos para realizar em casa, viagens para fazer, festas para realizar que não sobra nada para ele contribuir.

Tanto um quanto o outro estão sobrecarregando os demais irmãos que contribuem e acabam assumindo a parte da responsabilidade que era sua.

Toda vez que você ouvir contribuição lembre-se que o assunto é entre você e seu Deus. Converse com Ele. Coloque diante dele seus sentimentos de injustiça, sua incapacidade de confiar, seu orgulho, seu medo e tudo mais que tira de você o privilégio de contribuir.

E. A contribuição deve suprir os necessitados

Nós temos CNPJ, mas não somos uma empresa.
Nós temos objetivos, mas não somos um negócio.
Há funções diferentes, mas não somos uma estrutura hierárquica.

• Se fôssemos uma empresa, nossas ofertas seriam utilizadas exclusivamente para fazer funcionar a empresa;

• Se fôssemos um negócio, nossas ofertas seriam investimentos em busca de lucro.

• Se fôssemos uma hierarquia, nossas ofertas serviriam para manter nosso poder e posição na estrutura.

O que somos então? Somos uma família com um único Pai e muitos irmãos. E por isso, nossas ofertas e contribuições também devem ser usadas para suprir as necessidades dessa família.

O princípio aqui é simples, mas pode passar despercebido.

(15) como está escrito: "Quem tinha recolhido muito não teve demais, e não faltou a quem tinha recolhido pouco". 2 Co 8:15

A referência neste texto é ao episódio do Maná no deserto. O povo se lembrava da comida que tinha no Egito e reclamava a Moisés, quando Deus disse que enviaria alimento todos os dias. No dia seguinte à promessa feita, logo cedo, o chão estava coberto com uma camada daquilo que os Hebreus perguntaram: o que é isso? Maná?

Cada um tinha direito a porção suficiente para sua subsistência naquele dia. Eles colhiam o maná logo cedo, então, ao acordar, todos corriam para colher. Uns pegavam muito e outros pegavam pouco, conforme a possibilidade de cada um.

No entanto, o relato bíblico afirma que depois de colher todo o maná, eles juntavam tudo e dividiam para cada um conforme a medida que Deus lhes havia orientado, de maneira que não sobrava para os que haviam colhido muito, nem faltava para os que haviam colhido pouco.Como acontece em uma família, aquilo que era além das necessidades de cada um era destinado a suprir os outros até que todos tivessem o necessário para sobreviver.

Aquilo que Deus lhe deu a mais do que você precisa não deveria ser desperdiçado em despesas desnecessárias. Ao invés de ser jogado no ralo dos juros de cartão de crédito e do cheque especial, deveria ser usado para abençoar outros membros da família que não possuem ou estão passando por alguma necessidade momentânea.

Visita de Franklin e Rejania

F. Contribuições devem ser administradas com transparência, por mais uma pessoa, todos de inteira confiança da congregação.

16 Sou grato a Deus por ele ter dado a Tito o mesmo interesse profundo por vocês que eu tenho. 17 É com prazer que ele está seguindo minha sugestão de visitá-los de novo - e eu acho que ele teria ido de qualquer maneira, porque está muito ansioso para vê-los! 18 Com ele estou enviando um outro irmão bem conhecido, e que é muito elogiado em todas as igrejas como pregador da Boa Nova. 19 De fato, este homem foi eleito pelas igrejas, para viajar em minha companhia, a fim de levar a oferta a Jerusalém. Isto glorificará ao Senhor e mostrará nossa ansiedade em ajudar-nos mutuamente. 20 Viajando juntos, nós nos guardaremos de qualquer suspeita, pois estamos preocupados com que ninguém encontre falta alguma no modo pelo qual estamos lidando com esta enorme oferta. 21 Deus sabe que somos honestos, mas eu quero que todos o saibam também. Foi por isso que fizemos tal arranjo. 22 E estou enviando ainda um outro irmão, que nós sabemos, por experiência que é um cristão fervoroso. Ele está particularmente interessado, enquanto aguarda esta viagem, porque eu lhe disse tudo a respeito da ansiedade de vocês em ajudar. 23 Se alguém perguntar quem é Tito, digam: ele é meu companheiro e meu auxiliar na ajuda que lhes dou, e podem também dizer que os outros dois irmãos representam as assembléias cristãs daqui, e são admiráveis exemplos daqueles que pertencem ao Senhor. (2 Co 8:16-23)

Onde se mexe com dinheiro há sempre ondas de desconfiança que vem e vão. Será que o sujeito não está colocando esse dinheiro no bolso dele? Será que o dinheiro está sendo para aquilo que foi arrecadado? E esse pastor aí, será que ele é honesto com o dinheiro?

Há um ditado que diz: a ocasião faz o ladrão. O apóstolo Paulo nos orienta em outra de suas cartas a evitar toda a aparência do mal: e é isso o que ele faz em relação às ofertas dos irmãos de Corinto; envia três pessoas com credenciais e reconhecimento da igreja local para que fique qualquer sombra de dúvida.

Nesta igreja, os recursos arrecadados são administrados pelos irmãos Oséas e Jhon, que inclusive são os tesoureiros da igreja diante, como pedem nossas leis civis. A igreja tem uma conta-corrente junto a um banco e todas as ofertas arrecadadas são depositadas nessa conta corrente.

Todas as despesas que são necessárias ao funcionamento da igreja são pagas mediante recibo e nota fiscal e trimestralmente, em uma assembléia geral, são apresentados relatórios que demonstram como os recursos foram aplicados.

Essas informações são tratadas com todo o sigilo que merecem. Eu mesmo solicitei aos irmãos da tesouraria que nenhum relatório em que constem os nomes daqueles que contribuem me seja apresentado. Então, nem eu mesmo sei quem contribui ou com quanto contribui. Eu fiz isso para que minha consciência esteja livre para pregar e ensinar aquilo que o Espírito de Deus me chamar a fazer sem que nada me constranja.

O irmão Oséas tem trabalhado arduamente para, além de registrar o que acontece, hoje recuperar toda a movimentação financeira de nossa igreja, desde a sua fundação.

A cada segunda-feira eu tenho me reunido com o nosso tesoureiro, irmão Oséas, e o Gustavo, que tem liderado várias iniciativas na área administrativa da igreja. Naquela reunião são traçadas diretrizes para a boa aplicação dos recursos arrecadados (em nossa última conversa falamos sobre a necessidade de um orçamento mensal e de prazos para que cada ministério solicite os recursos necessários para suas atividades.

G. Contribuição deve ser precedida de planejamento, o que nos permitirá ofertar voluntariamente.

1 ENTENDO QUE, na realidade, nem lhes preciso falar acerca do auxilio ao povo de Deus. 2 Pois eu sei como vocês estão ansiosos para fazê-lo e eu me gabei aos amigos da Macedônia de que vocês há um ano estavam prontos a enviar uma oferta. De fato, foi esse entusiasmo de vocês que impulsionaram muitos deles a começarem a ajudar. 3 Entretanto, estou enviando estes homens só para ter certeza de que vocês estão realmente prontos, como eu disse a eles que estariam, com seu dinheiro já todo coletado: não desejo que desta vez pareça que eu estava errado, ao gabar-me de vocês. 4 Eu ficaria grandemente envergonhado – e vocês também se alguns destes macedônios fossem comigo ai e tudo o que encontrassem era que vocês ainda não estão prontos, mesmo depois de tudo o que lhes contei! 5 Portanto, pedi a esses outros irmãos que chegassem ai na minha frente, a fim de cuidar que já esteja em mãos e à nossa espera a contribuição que vocês prometeram. Eu quero que ela seja verdadeiramente uma oferta, e não que pareça que foi dada á força. (2 Co 9:1-5)

Muitas pessoas dizem que não contribuem, por que não tem como fazê-lo. O orçamento está sempre apertado, o salário termina e o mês continua, contas que não são pagas... multas e juros passam a ser um constante. Ninguém está livre de passar por situações assim, mas ninguém deveria viver a vida toda assim. Você precisa colocar a casa em ordem.

Os irmãos da macedônia contribuíram em meio à pobreza, mas pobreza não é sinônimo de dívida e desorganização financeira. Pouco recurso para viver não é justificativa para chutar se atolar em dívidas; ao contrário, quanto mais escassos são os recursos, maior a necessidade de planejar e controlar bem o que temos para viver.

Paulo lembrou aos irmãos de Corinto que fazia um ano que eles haviam prometido aquela oferta. Era de se esperar que eles houvessem se planejado para que tudo estivesse pronto. O dinheiro já deveria ter sido separado e arrecadado, pois ninguém estava sendo pego de surpresa.

Eu fico impressionado como a cada domingo parece que alguns de nós somos pegos de surpresa: Olha só rapaz, me esqueci de levar uns trocados para a oferta! É que a gente saiu meio apressado... o jogo na TV ainda estava terminando... e aí eu esqueci. Puxa, esqueci minha carteira... Rapaz, o talão de cheques ficou no carro...

Enquanto contribuição for algo que você se lembra ou se esquece apenas na ora de sair para o culto, certamente é um sinal de que você ainda não tem se preparado para ofertar.

Veja só o que acontece: quando você se prepara para contribuir, sua oferta é entregue com alegria e espírito voluntário; mas quando a contribuição não faz parte da sua vida durante a semana, o sentimento que o invadirá ao ofertar é como se alguém o estivesse forçando a fazer aquilo.

Conclusão

• Contribuir é um privilégio;
• Primeiro a entrega de si depois a contribuição;
• A contribuição deve ser proporcional ao que possuímos;
• Ninguém deve ser sobrecarregado nas contribuições;
• A contribuição deve suprir os necessitados;
• Contribuições devem ser administradas com transparência;
• Contribuição deve ser precedida de planejamento, o que nos permitirá ofertar voluntariamente.

Tenha coragem de olhar para o seu orçamento familiar. Não importa quão amedrontador ele pareça. Você precisa colocar os números em cima da mesa e enfrentar essa situação. Porque se você não decidir os seus credores decidirão por você e normalmente ele cobram bem caro por essa “assessoria”.

Sente-se com sua família e planeje como e quanto será sua contribuição para o avanço do Reino de Deus. Faça não porque eu estou dizendo para você fazer, mas porque você deseja expressar sua gratidão e confiança na provisão dele.

Separe algo do que você ganha para doar a quem precisa mais do que você. Seu coração fica doído com o sofrimento das crianças famintas, das famílias desabrigadas ou do garoto esfarrapado no sinal? Seja prático: separe algum dinheiro do seu orçamento para doar.

Não sabe como fazer? Peça ajuda. Há bons livros nessa área. Procure os conselhos de alguém em que você confia e que tem alcançado vitórias nesta área. Não fique só.

O Senhor deseja derramar chuvas de bênção sobre cada família desta igreja. Mas nós precisamos arar os campos, preparar o terreno e jogar nossas sementes, ainda que sejam poucas, para que Ele dê o crescimento e multiplique tudo para a Glória do Seu nome.

24 maio 2009

A Graça de Contribuir - Indicadores

(1) Agora, irmãos, queremos que vocês tomem conhecimento da graça que Deus concedeu às igrejas da Macedônia. (2) No meio da mais severa tribulação, a grande alegria e a extrema pobreza deles transbordaram em rica generosidade. (3) Pois dou testemunho de que eles deram tudo quanto podiam, e até além do que podiam. 2 Co 8:1-3

Hoje vamos continuar olhando para aquele texto e nos versículos seguintes perceber que a contribuição como fruto da Graça de Deus é um indicador de MATURIDADE, SINCERIDADE E PERSEVERANÇA.

Contribuição: um indicador de maturidade

Sempre que pensamos em maturidade na vida com Cristo, nossa mente se volta para coisas como fé, evangelização, conhecimento das escrituras, serviço e amor pelas pessoas. Certamente esses são alguns dos elementos que esperamos ver na vida daqueles que estão aprendendo a caminhar com Cristo.

De alguma maneira, essas coisas são tratadas como “coisas espirituais” capazes de validar nossas boas intenções para como Deus e com as pessoas.

• Se demonstrarmos fé, seremos elogiados e tratados como pessoas espirituais. Muitos até terão uma inveja santa de nossa fé.

• Se falarmos de Jesus para as pessoas, seremos reconhecidos e incentivados a continuar nesse ministério. Certamente nosso nome será citado como ilustração na conversa entre os irmãos.

• Se formos estudantes dedicados das Escrituras, seremos chamados a compartilhar o que aprendemos e admirados pelas pessoas em nossa volta.

• Se servirmos às pessoas próximas de nós, nossa fama de bons cristãos se espalhará e muitas pessoas serão edificadas com isso.

Os irmãos de Corinto eram reconhecidos e elogiados por cada um desses aspectos da vida com Cristo. Foi o apóstolo Paulo quem disse isso, mas lembrou àqueles irmãos a existência de outro aspecto da maturidade espiritual: a contribuição

(7) Todavia, assim como vocês se destacam em tudo: na fé, na palavra, no conhecimento, na dedicação completa e no amor que vocês têm por nós, destaquem-se também neste privilégio de contribuir.

Vocês ai são líderes em tantos sentidos - têm tanta fé, tantos pregadores bons, tanto saber, tanto entusiasmo, tanto amor por nós. Eu desejo, agora, que também sejam líderes no espírito de contribuir com alegria. 2 Co 8:7 (BV)

Contribuir é um dos indicadores de maturidade espiritual para o cristão; assim como fé, evangelização, conhecimento das Escrituras, serviço e comunhão; não é algo que foi acrescentado pelos pastores, mas sim um dos indícios de que o coração foi alcançado pela Graça de Deus e por isso está pronto a abrir mão de Tudo por causa dEle.

Os irmãos de Corinto já haviam demonstrado de diversas maneiras a disposição do seu coração para viver a vida de Cristo. Paulo, no entanto, encoraja aqueles irmãos a demonstrarem isso também através da contribuição.

Será que não bastavam aos coríntios todos aqueles dons e capacitações dadas pelo Espírito?! Na verdade, não. Porque a plenitude da Graça de Deus é multiforme, não se contentando até que nos alcança em todos os aspectos de nossas vidas.

Quebra-se aqui um mito moderno de que existam igrejas especialistas, que foram tão abençoadas por Deus em alguns aspectos da Graça que podem desconsiderar os outros.

É certo que algumas comunidades são mais habilitadas para o ensino e outras para a evangelização (por exemplo), mas devemos evitar o sentimento de especialistas, porque isso impede a ação multiforme da Graça.

O convite do apóstolo Paulo aos irmãos de Corinto (e também para nós) é para que nos tornemos líderes e destaque não apenas na fé, evangelização, conhecimento das escrituras, serviço e amor pelas pessoas, mas também na contribuição.

Participar daquilo que Deus está fazendo com o dinheiro e os bens que Ele nos deu é um indicador de maturidade. É um privilégio guardado para aqueles que foram alcançados pela Graça, e o farão com muita alegria.

Contribuição: um indicador de sinceridade

(8) Não lhes estou dando uma ordem, mas quero verificar a sinceridade do amor de vocês, comparando-o com a dedicação dos outros. (9) Pois vocês conhecem a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, se fez pobre por amor de vocês, para que por meio de sua pobreza vocês se tornassem ricos. 2 Co 8:8

O amor não se sustenta apenas com palavras. O amor apenas de palavras é paixonite que chega rápido e de repente não existe mais. O amor se compromete com o bem do outro; e faz isso de forma prática.

Através das palavras de Paulo, o Espírito estabeleceu a contribuição como uma espécie de prova prática do amor.

Não é muito difícil dizer que amamos a Deus e às pessoas, mas quando isso tem implicações no bolso, e até no estilo de vida, aí temos um bom teste da sinceridade do nosso amor.

Se ao ouvir isso você é alcançado por um sentimento estranho... Um certo desconforto porque bolso, amor e contribuição foram citados na mesma frase... Não feche o seu coração ainda. Não sou eu quem está afirmando isso, mas é a Palavra de Deus.

Ao contrário do que alguns possam imaginar o amor a Deus e às pessoas não é algo subjetivo. Ele pode ter sua sinceridade avaliada pela existência de ações práticas através das quais colocamos o bem do outro em primeiro lugar.

O amor abre mão de si mesmo em benefício do outro. É por isso que o apóstolo afirma que a contribuição dos irmãos de Corinto servirá para medir a sinceridade das palavras deles quando afirmaram que amavam a Deus e aos irmãos de Jerusalém (para onde a oferta seria mandada).

Não fique chocado, mas perceba que o apóstolo diz que essa verificação de amor será feita pela comparação entre o compromisso deles e o compromisso de outros irmãos. Claro que essa comparação não é de valores. Não é uma disputa para ver quem contribui mais. É uma comparação do compromisso prático de cada um.

No final do ano passado eu conversei com o pr. Isaías e sua esposa. Eles são missionários plantadores de igrejas no interior do Estado do Ceará. Eles estavam apresentando os resultados do trabalho nos últimos anos em que plantaram mais de dez igrejas.

Eles me contaram sobre os desafios que a família enfrenta a cada reinicio de trabalho e meu coração foi movido pelo amor daqueles irmãos. Eu senti o desejo de apoiá-los financeiramente, com nossas orações e com nosso serviço. Naquela noite falei com eloqüência sobre o meu amor pelo trabalho dos missionários e assumi com ele o compromisso de que nossa igreja enviaria R$ 50,00 reais todos os meses.

Como vocês acham que aqueles irmãos vão poder avaliar se o que eu falei era ou não verdade? A sinceridade do meu amor, dito em palavras, será avaliada pelo compromisso da minha oferta.


A questão é o quanto você está disposto a tornar suas palavras de amor em ações de amor. O quanto você está disposto a devolver aquilo que Deus lhe deu, ofertando-o em benefício de outras pessoas. O quanto você está pronto para gastar sua vida em prol da vida de outras pessoas.

Desde muito jovem eu tenho encontrado alegria em gastar minha vida abençoar vida de outras pessoas.

Eu tinha dezessete anos e nós morávamos em Sobral. Há 10 km, fica a cidade de Forquilha, onde a igreja da qual eu participava tinha uma pequena congregação. Durante seis meses eu fui semanalmente à Forquilha para ensinar a Bíblia a um jovem que havia aceitado a Jesus como seu Salvador. Algumas vezes eu tive que pregar e também tocar os três acordes que eu havia aprendido no violão.

Não eram muito, mas era tudo que eu tinha. Eu gastava meu dinheiro, gastava meu tempo... Porque meu coração estava cheio de amor por aqueles irmãos.

Na verdade eu não sei o quanto aquilo realmente beneficiou aqueles irmãos, mas eu sei quanto benefício aquilo trouxe para mim.

O amor é assim: somos compungidos a ofertar com alegria e perseverança o que temos para depois descobrirmos que, de uma forma que não imaginávamos, nós mesmos estamos entre os maiores beneficiados.

Contribuição: um indicador de perseverança

Os irmãos de Jerusalém passavam por grande perseguição necessidade, e pobreza. Ao que tudo indica, parece que os irmãos de Corinto ficaram muito tocados pela situação da igreja em Jerusalém e decidiram fazer algo a respeito: eles iriam levantar uma oferta e enviar para Jerusalém. Houve um mover do Espírito e muitas pessoas choravam emocionadas.

Aí, o culto terminou com um momento de louvor maravilhoso... Tinha cachorro quente na saída da igreja, a conversa estava animada... O jogo de futebol do fim semana... Um filme que novo no Shopping Center de Corinto... Uns irmãos até saíram para comer em uma pizzaria famosa de lá.

Em alguns minutos toda a convicção de amor parece que se evaporou. A obra ficou pela metade e o amor pelos irmãos de Jerusalém não se completou. Veja o que disse o apóstolo Paulo:

(10) Este é meu conselho: convém que vocês contribuam, já que desde o ano passado vocês foram os primeiros, não somente a contribuir, mas também a propor esse plano. (11) Agora, completem a obra, para que a forte disposição de realizá-la seja igualada pelo zelo em concluí-la, de acordo com os bens que vocês possuem. 2 Co 8:10,11

Não é muito difícil começar alguma coisa. Muitas pessoas começam. A emoção invade a alma e a gente toma decisões arrojadas. Mas há pouco valor em começar e deixar pela metade. Já fazia um ano que a Igreja de Corinto prometia ajudar. Era chegada a hora de completar a obra.

Eu não sei como acontece com você mais eu sempre fui uma pessoa de decisões arrojadas, mas pouca capacidade de perseverança. Eu posso olhar para algumas iniciativas em minha vida pessoal que eu abandonei pela metade (alguns bem no começo) pela falta de perseverança. Deus tem me ajudado nisso. Sabe como? Colocando em minhas mãos projetos de longo prazo, que me levam a olhar para o futuro e depender dele para os muitos passos que tenho que dar.

Quanto tempo faz que você disse em seu coração que iria começar a contribuir? Quanto tempo faz que você foi tocado por uma mensagem, por uma música ou pelo testemunho de alguém e, com convicção, disse a si mesmo que iria ofertar seu tempo, seu dinheiro, seu bens, sua vida... a Ele. Não importa quanto tempo faz! Chegou a ora de completar a obra e transformar sua disposição de fazer em compromisso de perseverança.

Conclusão

Quero concluir voltando para os versos 4 e 5 para deixarmos passar dois princípios que não pode ser esquecido quando o assunto é contribuição.

Por iniciativa própria (4) eles nos suplicaram insistentemente o privilégio de participar da assistência aos santos. (5) E não somente fizeram o que esperávamos, mas entregaram-se primeiramente a si mesmos ao Senhor e, depois, a nós, pela vontade de Deus. 2 Co 8:4,5

A. O primeiro diz respeito ao privilégio de contribuir. Não é obrigação, não é peso, não é sacrifício... É privilégio. Imagine fazer parte daquilo que Deus está realizando neste mundo! Imagine ser um instrumento usado por Deus para a restauração da humanidade. Imagine sentar-se à mesa e ouvir do Senhor: servo bom e fiel, venha alegrar-se comigo. Isso tudo é um grande privilégio.

B. O segundo diz respeito ao princípio pelo qual nenhuma doação, nenhuma oferta, nenhuma contribuição pode prescindir da entrega da sua própria vida a Deus. Paulo reconheceu que os irmãos da Macedônia primeiro haviam entregado a si mesmos a Deus para depois ofertar qualquer outra coisa.

Se você ainda não entregou a si mesmo aos cuidados de Deus, não tem como experimentar a alegria e o privilégio de contribuir com alegria.

Se você ainda não rendeu o controle da sua vida a Jesus, ofertar dinheiro e bens pode parecer algo muito estranho e sem cabimento.

Se você ainda anda por esta vida tentando controlar as circunstância do seu viver e manter o mundo em ordem, é possível que muita coisa do que eu disse hoje não faça sentido pra você.

Então, eu quer lhe fazer um convite: entregue o controle de sua vida a Cristo, receba-o como seu Senhor e Salvador e experimente a nova vida que Ele tem preparado para você.

Quando você não tiver mais nada que você considere propriamente seu, quando sua própria vida já não lhe pertencer, quando você não tiver mais nada a que se apegar... Então você receberá do Senhor uma nova vida. Vida abundante de alegria.

Aí certamente você compreenderá melhor esta loucura santa que é contribuir.