31 dezembro 2007

2008, o ano de reconciliação

Introdução

Porque você continua nessa briga com Deus?
Como assim?! Eu não estou brigando com Deus!

Tem certeza? Será que a maneira como você vive, desconectado de Deus, sem interesse por Ele, preocupado apenas consigo mesmo, não é uma briga com Ele?

Você poderia considerar que não só você, mas todo o mundo está em guerra contra Deus?

Será difícil para você considerar que nosso egoísmo, nossa falta de amor com as pessoas, nosso jeito de comprar e usar, a ausência de compaixão pelos necessitados, a forma violenta da convivência nas cidades são como gritos agressivos nos ouvidos de Deus?

Será difícil para você se convencer de que nossa arrogância ao nos considerarmos donos da verdade, nosso desejo de não precisarmos de Deus e nosso orgulho em não dependermos de ninguém para nada são como um soco na boca do estômago de Deus?

É difícil você perceber que a maneira como tratamos os indefesos, a forma como destratamos as crianças da nossa cidade, o desprezo que temos pelos deficientes, e o nojo que destilamos dos desvalidos soam como palavrões ditos na face de Deus?

É difícil você perceber que ao se esforçar para viver sua vida sem dar importância aos conselhos e orientações do Criador você se fez inimigo Dele?

Uma contenda com os moradores da Terra

O profeta Oséias viveu cerca de 750 anos antes de Cristo. Foi ele quem deixou registradas as seguintes palavras que mais parece o comentário do jornal de hoje:

(1) Ouvi a palavra do SENHOR, vós, filhos de Israel, porque o SENHOR tem uma contenda com os habitantes da terra, porque nela não há verdade, nem amor, nem conhecimento de Deus. (2) O que só prevalece é perjurar, mentir, matar, furtar e adulterar, e há arrombamentos e homicídios sobre homicídios. (3) Por isso, a terra está de luto, e todo o que mora nela desfalece, com os animais do campo e com as aves do céu; e até os peixes do mar perecem. (Oséias 4:1-3 - ARA)

No jardim do Éden declaramos guerra contra Deus. E não adianta dizer que não fomos nós, porque nossa maneira de viver tem alimentado essa disputa contra o Deus eterno. Porque continuamos nessa aposta contra Deus? Será difícil perceber que nós temos tudo a perder?

Tal como dizem as Escrituras: Não há ninguém que seja justo; nem um sequer está inocente. Não há ninguém que compreenda; que busque os caminhos de Deus. Todos se desviaram e juntamente se corromperam. Não há quem faça o bem, absolutamente ninguém! A sua fala é como o mau cheiro dum sepulcro aberto; as suas línguas praticam mentiras. O veneno de serpentes pinga dos seus lábios; as suas bocas estão cheias de maldade e engano. Os seus pés são prontos a derramar sangue; vivem para destruir e para arruinar. Não conhecem o caminho da paz. Não têm nenhum temor a Deus. (Rom. 3:10-18 - O Livro)

É isso que você deseja: continuar tentando, sem sucesso, provar para Deus e para e para os outros que você é uma boa pessoa, um bom pai, uma boa mães, um bom cidadão? É hora de entregar os pontos e se render. 2008 será um ano novo! O ano em que você fará as pazes com seu Criador através do poder reconciliador que há no sacrifício feito por Cristo na Cruz.
O Caminho da Reconciliação

O Evangelho de Jesus, as boas novas, a boa notícia é que há um caminho, um único caminho para a reconciliação com Deus:

Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. (Joh 14:6 - ARA)

Não há reconciliação fora de Cristo. Não dá pra fazer as pazes com Deus apenas com esforços humanos. Nisso está a grandeza do amor de Deus por cada um de nós, por você e por mim: Ele tomou a iniciativa e providenciou um meio de reconciliação.

(6) Quando nos encontrávamos sem possibilidades de sair da situação de pecadores culpados, Cristo veio, no momento oportuno, e morreu por nós, pecadores. (7) Mesmo que fôssemos bons, realmente não esperaríamos que alguém morresse por nós, embora isso fosse muito difícil, naturalmente. (8) Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. ... (10) E se, quando éramos inimigos de Deus, fomos trazidos em paz para junto dele pela morte de seu Filho, quanto mais, tendo sido reconciliados com Deus, seremos salvos de castigo eterno pela sua vida. (11) E agora alegramo-nos intensamente na relação que Deus estabeleceu conosco; tudo, sempre, por causa do que nosso Senhor Jesus Cristo fez, morrendo pelos nossos pecados, fazendo de nós amigos de Deus. (Rom. 5:6-11 – O Livro)

Agora é a hora! Esse é o momento de você fazer as pazes com Deus. Não importa se você um dia já levantou sua mão em uma igreja ou mesmo se você todos os domingos freqüenta um culto, uma missa ou qualquer reunião religiosa.

A questão agora é que você não pode desperdiçar mais um ano de sua vida longe de Deus. Ele já providenciou um acordo de paz. Esse acordo foi escrito com o sangue do seu Filho, selado com sua morte na cruz e tornou-se poderoso para salvar por causa ressurreição do Senhor ao terceiro dia. Agora, basta que você assine e deixe a paz invadir sua vida.

O Ministério da Reconciliação

Saulo viveu nos dia de Jesus. Ele era um religioso judeu, que se achava muito correto, até que encontrou a Jesus. Saulo também brigava com Deus e não tinha paz em seu coração. Para ele Jesus era um agitador, um baderneiro que finalmente tinha sido eliminado. Agora era preciso dispersar também os seguidores de Jesus.

Saulo de Tarso encontrou-se com Jesus no caminho para uma cidade chamada Damasco. Ali, ele reconciliou-se com Deus e recebeu uma missão de Deus: dizer para outras pessoas que era possível fazer as pazes com Deus e receber dele uma nova vida.

(15) E se ele morreu por todos é para que todos os que agora vivem, não vivam mais para si mesmos, mas para Cristo que para eles morreu e ressuscitou. (16) Por isso agora não avaliamos mais as pessoas por aquilo que elas possam parecer, sob o ponto de vista humano. Antigamente, eu pensava em Cristo assim, como se ele fosse um simples ser humano. Mas agora já não é dessa forma que o conheço! (17) Se alguém está ligado a Cristo transforma-se numa nova pessoa; as coisas antigas passaram; tudo nele se fez novo!

(18) Tudo isso é obra de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo, através daquilo que Cristo fez por nós e nos confiou a missão de anunciar essa mesma reconciliação.

(19) Porque Deus estava em Cristo, reconciliando o mundo consigo mesmo, não mais considerando os pecados dos homens como razão de acusação contra eles. Eis pois a mensagem que pregamos. (20) Somos então como embaixadores de Cristo. E é como se Deus por nosso meio lançasse um apelo aos homens. Nós vos suplicamos então, da parte de Cristo, que se reconciliem com Deus! (2 Cor. 5:17-20 – O Livro)

Eu e você fomos feitos embaixadores de Cristo. Ele nos reconciliou com Deus e nos transformou em mensageiros da reconciliação. É através de nós, de nossas vidas, que Deus lança um chamado para todos se reconciliem com Ele.

Reconciliação é Salvação

O desejo de Deus é que todo ser humano abra mão de si mesmo e faça as pazes com Ele. Aparentemente isso pode parecer algo negativo, mas não é! É preciso confiar, crer que aquilo que Deus tem preparado para nós é muito melhor do que os nossos melhores sonhos.

Precisamos falar dessa boa nova para todos. Mas por quê? Porque essa eternidade de alegria, satisfação e felicidade com Deus está reservada apenas para aqueles que estiverem reconciliados com Ele através de Jesus Cristo.

(9) Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo; (10) pois é com o coração que se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação. (11) Porque a Escritura diz: Ninguém que nele crê será confundido. (12) Porquanto não há distinção entre judeu e grego; porque o mesmo Senhor o é de todos, rico para com todos os que o invocam. (13) Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. (14) Como pois invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram falar? e como ouvirão, se não há quem pregue? (15) E como pregarão, se não forem enviados? assim como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam coisas boas! (Rom 10:9-15 - ARA)

Você e eu recebemos de Deus o ministério da reconciliação. Fomos feitos embaixadores de Cristo em um mundo hostil a Deus. Deus nos comissionou, Ele nos deu uma missão: Falar a todo ser humano que Deus deseja reconciliação e Ele mesmo já fez tudo o que era necessário para isso.

2008 será o ano em que você deixará de lado em que você será constrangido pelo amor de Deus a abrir sua boca e falar do seu filho Jesus Cristo. Será o ano em que seu procedimento falará da reconciliação que há na cruz de Cristo.

2008, um ano novo.

2008 será um ano de Reconciliação para todos os que fazem a Igreja Batista do Caminho!

2008 será um ano em que nos renderemos nas contendas que temos com Deus; vamos enfrentar as lutas que temos dentro de nós mesmos e abrir mão das arengas que temos uns com os outros.

2008 será um ano novo! Entraremos nele comprometidos com uma nova vida!

2008 será um ano em que faremos as pazes com Deus. Será um ano para vivermos a Reconciliação com Deus em toda a plenitude.

2008 será um ano em que ansiaremos pela paz em nosso coração e também no coração daqueles que nos cercam. Um ano em que seremos embaixadores da reconciliação que há em Cristo.

Em 2008, você será instrumento de Deus para que o mundo conheça o evangelho de Jesus. Chega de entrar calado e sair mudo! Chega de omissão e silêncio. Chega de ser agente secreto de Deus. A você foi confiado o ministério da reconciliação.

2008 será um ano em que encontraremos consolo na cruz de Cristo; não em nossas habilidades, não naquilo que possuímos, não em nossas alegrias temporárias, nem tampouco em nossas tristezas, que parecem não ter fim.

2008 será um ano novo! Um feliz ano novo.

23 dezembro 2007

Quem é o Jesus da Bíblia 4/4

Introdução

Quem é o Jesus da Bíblia? Essa tem sido nossa pergunta durante essa série de mensagens. Não queremos saber sobre o Jesus dos filósofos nem tão pouco sobre o Jesus dos teólogos. Não nos importa o Jesus dos pastores, dos padres ou dos psicólogos. Não estamos interessados no Jesus dos céticos ou dos fanáticos. E nada temos a ver com o Jesus dos executivos que perseguem o sucesso empresarial. Queremos saber quem é o Jesus do Bíblia.

Tu és o Cristo! O filho do Deus vivo. Foi a resposta do apóstolo Pedro. Ele estava afirmando que o Jesus da Bíblia é o cumprimento da promessa de Deus. Ele é o Cristo, o Enviado, o Messias. Jesus é o descendente da mulher sobre quem fala o gênesis:

(14) Então, o SENHOR Deus disse à serpente: Visto que isso fizeste, maldita és entre todos os animais domésticos e o és entre todos os animais selváticos; rastejarás sobre o teu ventre e comerás pó todos os dias da tua vida. (15) Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. (Gen 3:14-15)

Longe da Bíblia, Jesus é percebido apenas pelas suas habilidades, pelo seu caráter ou pelas suas realizações. Porque as pessoas têm medo de reconhecer quem Ele é?

Muitos aceitam com facilidade que Jesus seja o maior psicólogo, o maior líder, o maior empreendedor, o maior professor, ou o maior qualquer coisa que ele faça. Mas, quando Jesus é apresentado conforme a posição que ocupa no universo, o filho do Deus vivo, tapam-se os ouvidos e viram-se as costas.

O Verbo de Deus

Assim como Pedro, João, o mais jovem dos doze discípulos de Cristo, também recebeu uma revelação de Deus a respeito do seu mestre.

(1) Antes de existir qualquer coisa, Cristo já existia, e estava com Deus. (2) Ele sempre esteve vivo e Ele mesmo é Deus. (3) Ele criou tudo o que há – não existe nada que Ele não tenha feito. (4) Nele está a vida eterna, e esta vida traz luz a toda a humanidade. (5) A vida dele é a luz que brilha no meio da escuridão, e nunca pode ser apagada pela escuridão.

(10) Embora ele tenha feito o mundo, não foi reconhecido pelo mundo, quando veio. (11,12) Mesmo entre o seu próprio povo, os judeus, Ele não foi aceito. Só uns poucos o acolheram e receberam. Mas a todos que o receberam, Ele deu o direito de se tornarem filhos de deus. (13) Tudo o que eles precisavam fazer era confiar nele como Salvador. Todos os que crêem nisto nascem de novo! – Não um novo nascimento físico, resultado do desejo humano – mas da vontade de Deus.

(14) Cristo tornou-se um ser humano, e morou aqui na terra entre nós, e era chio de perdão amoroso e da verdade. E alguns de nós vimos a glória dele – a glória do Filho único do Pai celeste. (João 1-1-14)

Talvez a sua versão da Bíblia fale do Verbo, tradução da palavra grega Logos. Não foi por acaso que o apóstolo a usou. Quando João escreveu, o conceito por trás da palavra logos vinha sendo construído pelos filósofos durante os últimos 400 anos.

As primeiras idéias sobre o Logos encontram-se nos escritos de Heráclito (filósofo grego 540-480 a.C.), embora que o termo jamais tenha sido empregado por ele. Platão se utilizou desse vocábulo para indicar a força geradora, a força originadora ou motor primeiro (conceitos impessoais). Nos escritos de Filo de Alexandria (filósofo dos judeus helenistas - 30 a.C. até 50 d.C.), o “Logos” é a razão divina e Universal, mas que, ao mesmo tempo, é a palavra expressa que procede da parte de Deus e que se manifesta neste mundo em tudo quanto aqui existe (um tipo de agente menor enviado por Deus).

João, então, tomou a palavra logos emprestado dos filósofos, e ampliou seu significado conforme a revelação do Espírito de Deus. O logos investigado pelos filósofos não é apenas uma força criadora, mas uma pessoa: Jesus. Ele também não é um deus menor, um demiurgo apenas enviado por Deus, mas ele é o próprio Deus.

É Eterno

(1) Antes de existir qualquer coisa, Cristo já existia, e estava com Deus. (João 1.1)

O Jesus da Bíblia existe desde a eternidade. Ele sempre existiu. João não está criando nada da sua própria cabeça. O Espírito de Deus apenas o lembrou das palavras de Jesus.

(51) Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte. (52) Disseram-lhe os judeus: Agora sabemos que tens demônios. Abraão morreu, e também os profetas; e tu dizes: Se alguém guardar a minha palavra, nunca provará a morte! (53) Porventura és tu maior do que nosso pai Abraão, que morreu? Também os profetas morreram; quem pretendes tu ser? (54) Respondeu Jesus: Se eu me glorificar a mim mesmo, a minha glória não é nada; quem me glorifica é meu Pai, do qual vós dizeis que é o vosso Deus; (55) e vós não o conheceis; mas eu o conheço; e se disser que não o conheço, serei mentiroso como vós; mas eu o conheço, e guardo a sua palavra. (56) Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia; viu-o, e alegrou-se. (57) Disseram-lhe, pois, os judeus: Ainda não tens cinqüenta anos, e viste Abraão? (58) Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou. (59) Então pegaram em pedras para lhe atirarem; mas Jesus ocultou-se, e saiu do templo. (Joh 8:50-59 – PJFA)

É Criador

(3) Ele criou tudo o que há – não existe nada que Ele não tenha feito. (João 1.3)

O Jesus da Bíblia é co-autor da criação. Foi assim também que Ele foi revelado ao apóstolo Paulo: Tudo que existe foi criado por Cristo.

(16) porque nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele. (17) Ele é antes de todas as coisas, e nele subsistem todas as coisas; Col 1:16,17

É Deus

(2) Ele sempre esteve vivo e Ele mesmo é Deus. (João 1.2)

O Jesus da Bíblia é Deus. Ele participa da mesma natureza divina desde eternidade. Quem olha para Jesus, enxerga Deus. O caráter de Deus foi plenamente revelado através da vida de Jesus. A maneira como Deus vê o mundo pode ser compreendida através de Jesus.

(1) Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, (2) nestes últimos dias a nós nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e por quem fez também o mundo; (3) sendo ele o resplendor da sua glória e a expressa imagem do seu Ser, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, (Heb 1:1-3)

Também o escritor de Hebreus não escreveu invencionices, mas foi apenas lembrado das palavras de Cristo.

(8) Disse-lhe Felipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta. (9) Respondeu-lhe Jesus: Há tanto tempo que estou convosco, e ainda não me conheces, Felipe? Quem me viu a mim, viu o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai? (10) Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, é quem faz as suas obras. (11) Crede-me que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim; crede ao menos por causa das mesmas obras. (Joh 14:9-11)


Tornou-se gente


(14) Cristo tornou-se um ser humano, e morou aqui na terra entre nós, e era chio de perdão amoroso e da verdade. E alguns de nós vimos a glória dele – a glória do Filho único do Pai celeste. (João 1.14)

Em Jesus, Deus se fez um de nós. Há mais de dois mil anos uma jovenzinha recebeu a visita de um mensageiro de Deus e aviso de que em seu ventre seria gerado o filho de Deus.

(26) Ora, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, (27) a uma virgem desposada com um varão cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria. (28) E, entrando o anjo onde ela estava disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo. (29) Ela, porém, ao ouvir estas palavras, turbou-se muito e pôs-se a pensar que saudação seria essa. (30) Disse-lhe então o anjo: Não temas, Maria; pois achaste graça diante de Deus. (31) Eis que conceberás e darás à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. (32) Este será grande e será chamado filho do Altíssimo; o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi seu pai; (33) e reinará eternamente sobre a casa de Jacó, e o seu reino não terá fim. (34) Então Maria perguntou ao anjo: Como se fará isso, uma vez que não conheço varão? (35) Respondeu-lhe o anjo: Virá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso o que há de nascer será chamado santo, Filho de Deus. (Luk 1:26-35)

Jesus não nasceu em Dezembro. Não havia pinheiros, luzes ou bolas coloridas na estrebaria. Não ouve um grande jantar com velas coloridas. Na porta do estábulo não havia coroas de azevinho, nem tampouco um velhinho de roupa vermelha. O filho de Deus nasceu em um curral. E foi colocado, envolto em panos, em um cocho, onde é colocada a comida dos animais.

(4) Subiu também José, da Galiléia, da cidade de Nazaré, à cidade de Davi, chamada Belém, porque era da casa e família de Davi, (5) a fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. (6) Enquanto estavam ali, chegou o tempo em que ela havia de dar à luz, (7) e teve a seu filho primogênito; envolveu-o em faixas e o deitou em uma manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem. (Luk 2:4-7)

O nascimento foi motivo de festa entre os anjos.

Luk 2:10 ... Não temais, porquanto vos trago novas de grande alegria que o será para todo o povo:

Luk 2:13,14 Então, de repente, apareceu junto ao anjo grande multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens de boa vontade.

Afinal o Prometido de Deus havia nascido. Aquele que seria a salvação do seu povo e de toda humanidade deixara a sua glória e havia se feito gente para cumprir a promessa do Pai. O natal de Jesus não foi apenas o seu nascimento, mas o nascimento da Esperança de que eu e você poderíamos ser salvos de nós mesmos.

Através de Jesus você pode fazer as pazes com Deus. Através de Jesus podemos pedir perdão a Deus por nossas ofensas. Através do Cristo você pode ter seus pecados cobertos. Através do Jesus nossas vidas tumultuadas e confusas podem encontrar a paz.

Foi esse o anúncio do anjo: Paz na terra aos homens de boa vontade.

Foi Rejeitado

(10) Embora ele tenha feito o mundo, não foi reconhecido pelo mundo, quando veio. (11,12) Mesmo entre o seu próprio povo, os judeus, Ele não foi aceito. Só uns poucos o acolheram e receberam. Mas a todos que o receberam, Ele deu o direito de se tornarem filhos de deus. (13) Tudo o que eles precisavam fazer era confiar nele como Salvador. Todos os que crêem nisto nascem de novo! – Não um novo nascimento físico, resultado do desejo humano – mas da vontade de Deus. (João 1.10-13)

Qual tem sido sua atitude para com o filho de Deus? Você o tem acolhido ou rejeitado? Essa é uma decisão importante porque tem efeitos por toda a eternidade. A sua atitude para com o filho de Deus é uma decisão antecipada sobre o tipo de eternidade que você terá.

Aqueles que recebem o filho de Deus e confiam em Suas palavras de promessas levaram para eternidade a convicção sobre o amor de Deus por eles e a certeza de todas as suas necessidades serão atendidas pelo Senhor.

Aqueles que rejeitam o filho de Deus e confiam mais em si mesmos e naquilo que podem realizar, infelizmente levarão para eternidade a mesma vida que já têm agora: medo, angústias sem fim, falta de um propósito nobre para existir e a distância do único que pode realmente saciar nossa sede de amor.

O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância. Joh 10:10

Qual será hoje sua atitude sobre o Jesus da Bíblia. O que você fará sobre o filho de Deus?

09 dezembro 2007

Quem é o Jesus da Bíblia 3/4

Introdução

Tu és o Cristo! Sobre essa afirmação do apóstolo Pedro a igreja do Senhor Jesus foi e tem sido edificada.

O Cristo era uma figura esperada pelo povo Judeu. O Cristo era o enviado especial de Deus, aquele que seria capaz de restaurar o modo de vida que Deus deseja para sua criação: Desde o princípio, o Senhor nos queria próximos dele; criou-nos a sua imagem e semelhança, colocou-nos em um jardim e todos os dias ele conversava conosco como quem conversa com um grande amigo. Foi assim com Adão e Eva.

Deus era governava o dia-a-dia da vida na terra – Ele era o Rei; Ele fala diretamente com Adão e Eva, não havia profetas ou pregadores – Ele era o seu próprio profeta; Deus ouvia Adão e e Eva sem intermediários, não havia sacerdotes, padres ou pastores – Ele era o seu próprio sacerdote.

Isso era possível por causa da relação de perfeita de amor e confiança que havia entre Deus e sua criação.

Nós conhecemos a história: o primeiro casal decidiu fazer seus próprios planos, ter seu próprio projeto de vida. Por via das dúvidas, apenas para garantir, eles aceitaram a sugestão plantada em suas mentes de que Deus não era totalmente confiável. Por livre vontade, afastaram-se de Deus que era o perfeito Rei, Profeta e Sacerdote e colheram os frutos desse afastamento.

Em seu amor, Deus fez uma promessa. A promessa foi concedida no meio da repreensão dada àquele que plantou a semente da dúvida:

(14) Então, o SENHOR Deus disse à serpente: Visto que isso fizeste, maldita és entre todos os animais domésticos e o és entre todos os animais selváticos; rastejarás sobre o teu ventre e comerás pó todos os dias da tua vida. (15) Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. (Gen 3:14-15)

Deus prometeu que a obra de destruição iniciada pelo engano e pela mentira da serpente seria desfeita. Um dia a perfeita comunhão entre Ele e sua criação seria restaurada. A promessa era de que Ele enviaria alguém – o Messias, o Cristo. O enviado de Deus, mas nasceria de uma mulher, possuindo assim uma dupla natureza: humana e divina.

O Cristo de Deus seria capaz de experimentar e viver uma plena confiança no Pai. A confiança, a comunhão e a proximidade entre Deus e seu enviado seria tal que Deus voltaria a ser o Rei, o Profeta e o Sacerdote, como havia sido no começo.

Por causa disso, O Cristo seria capaz de cumprir com perfeição as funções de Rei, Profeta e Sacerdote para o restante da humanidade.

Era isso que Pedro estava dizendo: Tu és o Cristo de Deus! Tu és o único capaz de devolver nossa confiança. O teu exemplo de vida, teu procedimento, a maneira como tu falas com o Pai, o teu poder sobre a criação, a tua sabedoria e o teu amor pelas pessoas nos mostram que tu estiveste com Deus e foste enviado por Ele.

Tu és o Cristo!

O Filho do Deus Vivo

A frase dita por Pedro tem duas partes. Na primeira ele afirmou “Tu és o Cristo”; na segunda ele disse: “O Filho do Deus Vivo”. Há pelo menos duas maneiras de considerar essa expressão:

(1) Não resta dúvida de que esse era um título messiânico equivalente a Messias e Cristo. No Antigo Testamento reis e sacerdotes foram chamados desta forma. Ao aceitar o título Jesus aceitava em sua própria vida o cumprimento das promessas Deus sobre a salvação para a nação de Israel para toda a humanidade.

(2) A segunda maneira é que o título reflete a aceitação por parte de Jesus de sua ligação filial com o Pai. Ele era o filho de Deus, não um filho de Deus. Ele falou de Deus não apenas como quem fala de uma divindade, mas como quem fala de um Pai, conhecido, próximo e em quem ele podia confiar.

Em nossa próxima mensagem vamos aprofundar esse assunto.

Muitos foram os testemunhos a respeito de Jesus como o Filho de Deus. Esses testemunhos estavam sempre mesclado dessas duas percepções: o cristo de Deus, o messias enviado e o filho de Deus, a imagem perfeita de Deus, unigênito com Ele, existente desde a eternidade.

Forças Espirituais do Mal

A nossa sociedade tecnológica teima em se agarrar ao ceticismo e à descrença no sobrenatural, por isso está morrendo de tristeza, depressão e angústia. Quando o sobrenatural é rejeitado somos abandonados à nós mesmos, à nossa pequenez, às nossas limitações e à nossa falta de propósito.

Deus está além das dimensões naturais à nossa humanidade. Mas há inteligências e poderes, também criados por Deus, que habitam fora dessa nossa dimensão natural. Alguns deles são chamados de demônios.

(38) Ora, levantando-se Jesus, saiu da sinagoga e entrou em casa de Simão; e estando a sogra de Simão enferma com muita febre, rogaram-lhe por ela. (39) E ele, inclinando-se para ela, repreendeu a febre, e esta a deixou. Imediatamente ela se levantou e os servia. (40) Ao pôr do sol, todos os que tinham enfermos de várias doenças lhos traziam; e ele punha as mãos sobre cada um deles e os curava. (41) Também de muitos saíam demônios, gritando e dizendo: Tu és o Filho de Deus. Ele, porém, os repreendia, e não os deixava falar; pois sabiam que ele era o Cristo. (Luk 4:38-41)

Admitir a posição do Senhor Jesus, não é a mesma coisa de crer nele e aceitá-lo de bom grado como seu Senhor e Salvador. É claro que os demônios sabiam quem era Jesus! Eles afirmaram que ali estava o Cristo, o Filho de Deus. Mas não basta saber!

É preciso render-se a Ele. Não basta saber. É preciso largar-se nos braços dele. Você precisa reconhecer que os caminhos por onde você tem andado não o levaram a um lugar de paz e descanso. É preciso dar meia volta e seguir a Jesus e andar com Ele. É preciso confiar que Ele é Cristo de Deus, o único capaz de conduzir ao Pai.

João Batista

(32) E João deu testemunho, dizendo: Vi o Espírito descer do céu como pomba, e repousar sobre ele. (33) Eu não o conhecia; mas o que me enviou a batizar em água, esse me disse: Aquele sobre quem vires descer o Espírito, e sobre ele permanecer, esse é o que batiza no Espírito Santo. (34) Eu mesmo vi e já vos dei testemunho de que este é o Filho de Deus. (Joh 1:32-34)

Nem sempre é possível obter algum reconhecimento em meio à própria família. Jesus mesmo disse que... Um profeta não fica sem honra senão na sua terra, entre os seus parentes, e na sua própria casa. (Mar 6:4) João Batista, o primo de Jesus, no entanto, foi um daqueles que o reconheceu como o Filho de Deus.

João era um profeta de destaque. O número dos discípulos de João aumentava todos os dias. As pregações de João eram concorridas e até os líderes religiosos de seu tempo foram até ele para pedirem conselhos. Chegou a ponto em que as mensagens de João Batista começaram a incomodar até o governador. João era um profeta em ascensão. As pessoas chegaram a achar que João e que era o Cristo.

(27) Respondeu João: O homem não pode receber coisa alguma, se não lhe for dada do céu. (28) Vós mesmos me sois testemunhas de que eu disse: Não sou o Cristo, mas sou enviado adiante dele. (29) Aquele que tem a noiva é o noivo; mas o amigo do noivo, que está presente e o ouve, regozija-se muito com a voz do noivo. Assim, pois, este meu gozo está completo. (30) É necessário que ele cresça e que eu diminua. (Joh 3:27-30)

O reconhecimento de que Jesus é o Filho de Deus não pode conviver com nossa arrogância. Ele é o criador de todas as coisas, Ele domina sobre os poderes e principados tanto terrenos quanto celestes. O nome de Jesus está acima de todo nome, seu caráter perfeito e seu amor sem medida precisam tomar conta de nós. É necessário que Ele cresça e que eu diminua.

Essa é uma lógica que não está na cartilha dos gurus dos nossos dias nem faz parte da crença de muitas igrejas, mas é assim que a Bíblia revela Jesus. Ele é o Cristo, o Filho de Deus. Ele não precisa nem depende de nós; nós precisamos e dependemos dele. Ele tem precedência sobre todas as coisas, inclusive sobre mim mesmo. É necessário que Ele cresça e que eu diminua.

Hoje à noite faça como fez João Batista: e afirme com convicção “Que Ele cresça e que eu diminua”. O Filho de Deus vai cuidar de você.

Seus Discípulos

Natanael

Respondeu-lhe Natanael: Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és rei de Israel. (Joh 1:49)

Natanael era um homem com uma fé simples. Ele era um dos discípulos de João. Ele já havia ouvido João dizer que Jesus era o Filho de Deus. Na primeira vez que ele encontrou com o Senhor, essa afirmação maravilhosa saiu de sua boca, apenas porque Jesus disse que tinha visto ele debaixo da figueira. Tu és o filho de Deus, tu és o rei de Israel.

Jesus viu que a fé de Natanael era com um uma semente que germinou em terra rasa. Só por isso, Natanael? Só porque eu o vi debaixo da figueira? Você ainda verá provas bem maiores do que essas.

Pode ser que sua fé seja como a de Natanael. Uma fé simples, mas sem profundidade. Você não precisou de muita coisa para crer que Jesus é o filho de Deus, mas não passou disso. Hoje, você vive uma vida insossa, sua fé não tem raízes profundas e você se pergunta o que foi mesmo que aconteceu com a alegria que você teve no começo.

Quando vamos à praia, temos todo o cuidado com as crianças pequenas. Seguramos pela mão os pequeninos e não deixamos de forma alguma que eles tentem entrar no mar por conta própria. Ficamos com eles na parte mais rasa. Não é a melhor parte. Tem muita areia, as ondas quebram o tempo todo e é onde ficam as algas. Mas é mais seguro. Adultos normalmente não se sentam na parte rasa e cheia de areia. Eles se levantam e se dirigem para as partes mais fundas, onde a água é mais limpa e cristalina.

Hoje você pode tomar a decisão de deixar de ser criança na fé. Coloque-se à disposição do Senhor e peça a Ele que faça isso.

Marta

Respondeu-lhe Marta: Sim, Senhor, eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo. (Joh 11:27)

Marta estava vivendo uma tragédia. Seu irmão havia morrido e por mais que ela e a irmã houvessem mandado chamar a Jesus, o Senhor não chegara a tempo. Seu coração estava tomado de dor e dúvida. Porque o mestre não chegara? Não era Jesus um grande amigo da família? Porque Jesus não evitou a morte do seu irmão? Todos sabiam que eles eram amigos de Jesus, o que as pessoas iriam dizer vendo aquela tragédia acontecer com eles?

Quando ela ouve que Jesus estava chegando, corre para Ele e dispara uma verdadeira metralhadora de perguntas. A certa altura da conversa, o Senhor faz um desafio à Marta.

(25) Declarou-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que morra, viverá; (26) e todo aquele que vive, e crê em mim, jamais morrerá. Crês isto? (Joh 11:25)

As circunstâncias da vida não mudam a realidade de quem é o Jesus da Bíblia. Ele é o filho de Deus esteja você rico ou pobre, alegre ou triste, sorrindo ou chorando, no prazer ou na dor. Ele é o Cristo, o filho de Deus. Não se esqueça disso!

Sofra a sua tristeza, chore a sua dor, mas não se esqueça: quem crê nele, ainda que morra viverá. Ele sabe de tudo o que está se passando com você e quer lhe dar uma paz diferente. Não a paz da ausência de problemas e da prosperidade, mas a paz que toma conta da vida mesmo em meio aos problemas e às dores mais profundas da alma. Uma paz que começa a agora e que completada por toda a eternidade ao lado do Senhor.

Todo aquele que crê em mim, jamais morrerá. Crês isto?

A Obra do Filho de Deus

Eu quero concluir, falando sobre a obra do filho de Deus e o que faremos a respeito dela. Deus enviou o seu Cristo, o Messias, o seu filho e temos visto aqui que o filho de Deus não veio a este mundo sem propósito, sem objetivo.

A sua vinda foi prometida no Gênesis, anunciada pelos profetas e aguardada com ansiedade pelo santos de todas as épocas. A promessa de Deus foi clara, mas só foi claramente compreendida após a vida, morte e ressurreição de Cristo.

(5) E bem sabeis que ele se manifestou para tirar os pecados; e nele não há pecado. (6) Todo o que permanece nele não vive pecando; todo o que vive pecando não o viu nem o conhece. (7) Filhinhos, ninguém vos engane; quem pratica a justiça é justo, assim como ele é justo; (8) quem comete pecado é do Diabo; porque o Diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do Diabo. (9) Aquele que é nascido de Deus não peca habitualmente; porque a semente de Deus permanece nele, e não pode continuar no pecado, porque é nascido de Deus. (1 Jn 1:5-9)

O filho de Deus tem poder para destruir as obras do Diabo. Foi para isso que ele veio a esse mundo. Ele fez isso através de sua vida sem pecado, de sua morte injusta e de sua ressurreição gloriosa. A vitória do Filho de Deus sobre o pecado pode ser a sua vitória sobre o pecado. Você precisa apenas desejar crer nele e pedir a Deus que o faça confiar no seu Filho.

Sua Decisão

O Jesus da Bíblia é o Filho de Deus. Qual é a sua decisão sobre ele? Não há como alguém ficar neutro! E mesmo que isso fosse possível não seria uma boa coisa, afinal o seu futuro, aqui e na eternidade depende dessa decisão.

(1) Por isso convém atentarmos mais diligentemente para as coisas que ouvimos, para que em tempo algum nos desviemos delas. (2) Pois se a palavra falada pelos anjos permaneceu firme, e toda transgressão e desobediência recebeu justa retribuição, (3) como escaparemos nós, se descuidarmos de tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi- nos depois confirmada pelos que a ouviram: (Heb 2:1-3)

Não seja descuidado com a salvação que há no Filho de Deus. Aceite, hoje, a Jesus, o Cristo de Deus, como seu único e suficiente salvador. Ele deseja lhe dar vida.

Não Pise o Filho de Deus

As igrejas estão cheias de crentes velhos, envelhecidos pelo pecado. Freqüentadores de igreja, desanimados e descompromissados. Precisamos enfrentar o nosso pecado. Somos ativistas por natureza, amamos nossas próprias realizações e nos deleitamos em nossos próprios castelos. Temos pisado o filho de Deus com o nosso evangelho de resultados e nosso apego a um mundo consumista e hedonista, assim anulamos a morte de Cristo na Cruz.

(26) Porque se voluntariamente continuarmos no pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, (27) mas uma expectação terrível de juízo, e um ardor de fogo que há de devorar os adversários. (28) Havendo alguém rejeitado a lei de Moisés, morre sem misericórdia, pela palavra de duas ou três testemunhas; (29) de quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue do pacto, com que foi santificado, e ultrajar ao Espírito da graça? (30) Pois conhecemos aquele que disse: Minha é a vingança, eu retribuirei. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo. (31) Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo. (Heb 10:26-31)

01 dezembro 2007

Quem é o Jesus da Bíblia 2/4

Introdução

Quem é este?

Os ventos eram fortes e o barco parecia que ia se romper pela força da tempestade. Jesus se levantou, repreendeu os ventos e o mar... A tempestade se transformou em calmaria.

E aqueles homens se maravilharam, dizendo: Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem? (Mat 8:27 )

Era uma grande festa na casa de Simão, um líder religioso do grupo dos fariseus. Entra uma mulher tida com pecadora. Derrama sobre Jesus um perfume muito precioso e cobre os pés do mestre de beijos. O Senhor, cheio de compaixão se vira para aquela mulher e perdoa seus pecados.

Mas os que estavam com ele à mesa começaram a dizer entre si: Quem é este que até perdoa pecados? (Luk 7:49)

Quem é este a quem nós adoramos? Quem é este a quem dizemos conhecer? Quem é este a quem o mundo inteiro reconhece como alguém especial? Quem é este a quem a igreja declara sua lealdade? Quem é este a quem louvamos com o coração compungido e de mãos levantadas? Quem é Jesus?

Foi Pedro quem respondeu Jesus: Tu és o Cristo. O filho do Deus vivo.

Essa afirmação de Pedro é a pedra sobre a qual está edificada a igreja de Cristo. Durante as próximas pregações iremos nos deter sobre ela. Neste ponto, eu gostaria de conduzi-lo à palavra de Jesus sobre a afirmação de Pedro.

Disse-lhe Jesus: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelou, mas meu Pai, que está nos céus. (Mat 16:17)

A compreensão de Pedro sobre quem é Jesus não nascera no coração dele. Não era um pensamento humano. Não era fruto de estudo acadêmico ou teológico. Também não era um ditado popular ou a opinião das massas. Deus mesmo tinha revelado a Pedro quem era Jesus.

Você não pode chegar ao entendimento de quem é realmente Jesus se o próprio Deus não lhe revelar isso. Essa não é uma compreensão humana, mas uma revelação do Senhor.

Aqueles a recebem de Deus a revelação de quem é Jesus são bem-aventurados, isto é, felizes. Em outras palavras, a felicidade que todos buscam está em conhecer realmente Jesus.

Tu és o Cristo

O que Pedro queria dizer quando afirmou que Jesus é o Cristo?

• Cristo não era o segundo nome de Jesus, como João Pedro ou Marcos Antônio, embora tornou-se comum o uso desta maneira.
• Cristo não era o sobrenome de Jesus, como Ricardo Barbosa ou Marcelo Silva.
• Pedro afirmou que Jesus era “o” Cristo. Ao dizer que Jesus era “o” Cristo, ele parece fazer referência a algo ou mesmo um título que todos conheciam.

O Que ele queria dizer então, quando afirmou que Jesus era “o Cristo”? Essa será a nossa reflexão hoje à noite, e por isso gostaria de orar ao Senhor.


O significado da palavra

cristos (χριστός G5547) ungido. A palavra aparece mais de 500 vezes no novo testamento. Está presente nos evangelhos, no atos dos apóstolos, nas cartas e no apocalipse.

É a tradução, na Septuaginta, da palavra Messias, termo que se aplicava aos sacerdotes que eram ungidos com o óleo sagrado, especialmente o sumo sacerdote (Lev 4:3,5,16). Os profetas recebiam o nome de “joi cristoi Teou”, «os ungidos de Deus» (Psa_105:15). O rei de Israel era, em algumas ocasiões, mencionado como “cristos tou Kuriou”, «o ungido do Senhor» (1Sa_2:10,35; 2Sa_1:14; Psa_2:2; 18.50; Hab_3:13);

Reis, sacerdotes e profetas eram “cristos”, pessoas separadas por Deus para o cumprimento de suas missões ou ofícios.

Jesus não fazia parte das castas sacerdotais, não havia sido ungido como profeta e muito menos como rei. Então, o que Pedro estava dizendo ao afirmar que ele era o Cristo? A chave para compreendermos a afirmação é o artigo. Tu és “o” Cristo. Tu és “o” enviado. Tu é “o” ungido.

Havia entre os judeus do tempo de Jesus a compreensão de que Deus enviaria um ungido especial. Ele seria o Messias de Deus, capaz de exercer com perfeição as funções de Rei, Profeta e Sacerdote. Esse era “o” cristo.

De volta às origens

Desde o Gênesis, era aguarda a vinda do enviado especial de Deus. Não era uma espera gratuita, mas estava baseada na promessa que foi feita pelo próprio Deus.

(14) Então, o SENHOR Deus disse à serpente: Visto que isso fizeste, maldita és entre todos os animais domésticos e o és entre todos os animais selváticos; rastejarás sobre o teu ventre e comerás pó todos os dias da tua vida. (15) Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. (Gen 3:14-15)

Deus prometeu que nasceria um descendente de Eva capaz de ferir mortalmente a serpente. Toda a ação destruidora da serpente seria aniquilada por esse descendente de Eva. Assim a desconfiança e o medo, que invadiram o jardim com a desobediência do primeiro casal, seriam banidos para sempre e o ser humano voltaria a manter comunhão com seu criador.

Pedro estava afirmando que Jesus era o enviado de Deus para esmagar a cabeça da serpente. Ele era o descendente da mulher capaz de cumprir com perfeição as funções sacerdotais, proféticas e reais.

É preciso explicar isso:

Deus criou o ser humano a sua imagem e semelhança. Ele passeava ao final da tarde para ver como sua criação estava. Não havia intermediários.

Deus governava todas as coisas através de Adão que foi incumbido de administrar o Jardim. Logo Deus era o Rei.

Deus dizia diretamente ao casal o que ele desejava. Foi assim com as orientações sobre as árvores do jardim. Logo, Deus era seu próprio profeta.

Não havia a necessidade de ninguém para interceder por Adão e Eva ou mesmo para falar a Deus em nome deles. Deus os ouvia sem intermediários. Logo, Deus era seu próprio Sacerdote.

Depois do dia fatídico em que o casal comeu da árvore que não deveria comer. O ser humano rompeu os laços de confiança no Criador e passou a andar em uma rota de fuga da presença de Deus.

Porque fugimos da presença do Senhor, temos nos esquecido de quem Ele é, do que Ele gosta, de como ele trata sua criação. Entramos em um mundo de silêncio a respeito de Deus e de falta de ordem em nossos relacionamentos uns com os outros.

Por isso Deus estabeleceu Profetas, Sacerdotes e Reis para servirem de ponte de contato entre Ele e nós. Mas eles eram homens imperfeitos, sombras daquele que seria como Deus: perfeito. O prometido, o cristo perfeito de Deus.

Jesus, o Cristo

Tu és o Cristo. Era isso que Pedro estava dizendo. Tu és aquele que foi prometido por Deus. E Jesus afirmou que Pedro estava falando inspirado por Deus.

1. Toda a Escritura testemunha de Cristo. Moisés escreveu sobre Cristo.

Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam; Porque, se vós crêsseis em Moisés, creríeis em mim; porque de mim escreveu ele. João 5:39, 46:

2. Toda a Escritura é sobre Jesus Cristo, mesmo quando não há uma predição explícita. Isto é, há uma plenitude em toda a Escritura que aponta para Cristo e que foi satisfeita somente quando Ele veio e realizou a Sua obra.

E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras. (Lucas 24:27)

3. Todas as promessas de Deus no Antigo Testamento foram cumpridas em Jesus Cristo. Isto é, quando você tem Cristo, mais cedo ou mais tarde você terá tanto o próprio Cristo como tudo mais que Deus prometeu através de Cristo.

Porque todas quantas promessas há de Deus, são nele sim, e por ele o Amém, para glória de Deus por nós. (2 Cor 1:20)

Precisamos do Cristo

Jesus, porém, guardava silêncio. E, insistindo o sumo sacerdote, disse-lhe: Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus. (Mat 26:63)

(15) E, estando o povo em expectação, e pensando todos de João, em seus corações, se porventura seria o Cristo, (16) Respondeu João a todos, dizendo: Eu, na verdade, batizo-vos com água, mas eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de desatar a correia das alparcas; esse vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. (17) Ele tem a pá na sua mão; e limpará a sua eira, e ajuntará o trigo no seu celeiro, mas queimará a palha com fogo que nunca se apaga. (Luk 3:15-17)

Os Judeus ansiavam pelo Cristo de Deus, o seu ungido perfeito, porque as profecias diziam que Ele libertaria o seu povo. A nação de Israel estava presa sob o jugo romano. O messias era esperado para libertar. O prometido seria o Rei perfeito cujo reinado não teria fim.


Mas o Cristo de Deus não estava tão preocupado com isso. Quando ele falava de liberdade, os religiosos pareciam não compreender.

(32) E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. (33) Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão, e nunca servimos a ninguém; como dizes tu: Sereis livres?

Eles não compreendiam. Que tipo de liberdade era essa, afinal eles eram o povo escolhido de Deus. Era filhos de Abraão. Se havia uma liberdade que ele desejavam era do jugo romano.

Acontece assim conosco queremos nos libertar:

Das dívidas, da liseira
Do emprego, do chefe
Da sogra, do marido, dos filhos
Dos compromissos, das responsabilidades, das obrigações
Da casa velha, do carro velho, das roupas velhas
Das doenças, das dores e de tudo que nos desagrada.

Mas isso não será suficiente se não formos verdadeiramente libertos do nosso maior algoz: o pecado.

(34) Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado. (35) Ora o servo não fica para sempre em casa; o Filho fica para sempre. (36) Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. (Joh 8:32-36)

Essa é a obra do Cristo. Libertar-nos do pecado. É por isso que você precisa dele. Não por causa daquela lista, mas porque aqueles que cometem pecado são servos dele. Essa é a liberdade de que você realmente precisa.

O plano de Deus

Como? Como podemos ser libertos do pecado? Houve um homem que procurou respostas sobre esse assunto.

(1) E havia entre os fariseus um homem, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus. (2) Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele. (3) Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. (4) Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? (5) Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. (6) O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. (7) Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo. (8) O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito. (9) Nicodemos respondeu, e disse-lhe: Como pode ser isso? (10) Jesus respondeu, e disse-lhe: Tu és mestre de Israel, e não sabes isto? (11) Na verdade, na verdade te digo que nós dizemos o que sabemos, e testificamos o que vimos; e não aceitais o nosso testemunho. (12) Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais? (13) Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu. (14) E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; (15) Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. (16) Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. (17) Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. (18) Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. (19) E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. (20) Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. (21) Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus. (João 3:1-21)

O Cristo de Deus foi enviado para nos libertar. O caminho é crer Nele. Crer que Ele é o enviado de Deus, messias, o prometido, o único capaz de nos reconectar com o Pai. Crer nele como capaz de nos salvar e entregar a Ele o controle de nossas vidas.