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13 março 2016

Discípulos ou Expectadores


Discípulos ou Expectadores
Comunidade Batista em Mangabeira 4 -  João Pessoa/PB - 13/03/2016


Introdução

Boa noite, irmãos. Que o Senhor seja nossa alegria nos dias bons e nosso consolo nos dias maus. Que o amor de Jesus ocupe nossas vidas de forma graciosa e constante, e que nossos dias sejam preenchidos de sentido pela presença do Espírito de Deus em nossas vidas.

É uma alegria ter novamente a oportunidade compartilhar o entendimento que tenho das Escrituras com vocês. Minha oração hoje à noite é um pedido ao Senhor para que não me permita atrapalhar a boa obra Espírito Santo de Deus, de revelar a Cristo Jesus, autor e consumador da nossa fé

Hoje vamos continuar a série de mensagens sobre o desafio de ser e fazer discípulos. Desta vez, vamos observar mais de perto uma luta que acontece dentro da maioria de nós: ser discípulo de Jesus e abraça a igreja ou ser um expectador da igreja e observar Jesus de longe.

Essa dúvida está sempre presente na vida daqueles que frequentam, mesmo que uma vez ou outra, as reuniões de uma igreja; e é uma dúvida legítima com implicações importantes.

Nas igrejas é comum encontrarmos essas duas posições: aqueles abraçaram a vida com Cristo em todas as suas implicações e estão vivendo a aventura de segui-lo, e aqueles que frequentam os cultos gostam das pregações, aprendem as músicas, admiram Jesus, mas observam tudo a uma distância seguro.

Essa não é uma situação nova. Quando Jesus exerceu seu ministério entre nós, algumas vezes ele era acompanhado por multidões que seguiam em busca dos milagres que ele fazia ou até por causa da fama de que ele podia multiplicar pães e peixes.

No meio da multidão havia aqueles que o seguiam mais de perto. Talvez poderíamos chama-los de candidatos a discípulos, mas que ainda guardavam no coração certa desconfiança a respeito de quem era Jesus e o que ele pretendia

E havia os discípulos, que reconheciam Jesus como o enviado de Deus e estavam dispostos a ouvir sua palavra e segui-lo para onde quer que fosse. Dentre esses discípulos havia um pequeno grupo a quem Jesus chamou para perto de si e deu a missão específica de serem colunas de sustentação para a igreja, que eram os apóstolos.

Em que grupo você está? Na multidão que corre atrás daquilo que Jesus pode oferecer? No grupo dos simpatizantes do evangelho, que observa de longe, desconfiado? Ou você é parte do grupo dos discípulos que decidiu seguir Jesus por onde quer que ele vá?

Sem dúvida seremos incomodados pelas palavras do irmão de Jesus: Tiago. Ele nos desafiará a deixarmos de ser apenas expectadores para nos tornarmos discípulos de Jesus. Um desafio para assumirmos compromissos decisivos com Deus, a quem dizemos servir.
  
Leitura Bíblica

22 Sejam praticantes da palavra, e não apenas ouvintes, enganando-se a si mesmos.

23 Aquele que ouve a palavra, mas não a põe em prática, é semelhante a um homem que olha a sua face num espelho 24 e, depois de olhar para si mesmo, sai e logo esquece a sua aparência.

25 Mas o homem que observa atentamente a lei perfeita que traz a liberdade, e persevera na prática dessa lei, não esquecendo o que ouviu mas praticando-o, será feliz naquilo que fizer. Tg 1.22-25 (NVI)

É maravilhoso que um desafio como esse seja feito por Tiago, o irmão de Jesus. Isso é uma prova do quanto Deus pode nos transformar. Digo isso porque Tiago, durante o ministério de Jesus, mesmo sendo irmão dele, era um daqueles que observava a distância, desconfiado talvez a respeito das pretensões de seu irmão.

Mas é exatamente nisso que está a maravilha: Deus usou a experiência de Tiago, que ficou longe durante todo o ministério de Cristo, ouvindo e observando sem se comprometer, para nos fazer esse importante alerta. E assim como Tiago deixou de ser um mero observador distante do evangelho para se tornar um dos líderes da igreja em Jerusalém, você também pode deixar de ser expectador das reuniões da igreja para se tornar um discípulo comprometido com seu Mestre e Senhor.


... e não apenas ouvintes, Tg 1.22b

Quero começar com essa expressão para afirmar que ouvir a Palavra de Deus não é algo sem importância. Separar tempo para ouvir explicações sobre as Escritura é uma atitude que tem seu valor. As Escrituras nos dizem que a fé vem pelo ouvir, e ouvir a Palavra de Deus (Rm 10.17)

Então, esta palavra hoje não tem o propósito de desencorajá-lo a ouvir. Aqui ou em qualquer outra igreja que anuncie o nome de Cristo, sempre que você desejar ouvir sobre o evangelho de Jesus, com certeza estará fazendo uma boa coisa. Na verdade, esse é o primeiro passo para as mudanças que Deus deseja fazer em sua vida.

Escrevendo aos irmãos da cidade de Roma, o Apóstolo Paulo repetiu uma verdade maravilhosa dita pelo profeta Joel (Jl. 2.32) para depois afirmar a importância de ouvir sobre as boas novas do evangelho de Cristo. Vejamos:

13 porque "todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo". 14 Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? Rm 10.13-14 (NVI)

Sejam praticantes da Palavra, Tg 1.22a

Esclarecida a importância de ouvir, devemos nos deter na primeira frase do nosso texto. Todas as vezes em que leio esse texto sou incomodado sobre a maneira como estou vivendo minha vida.

Será que estou praticando a Palavra? Será que os ensinamentos de Jesus têm se transformado em hábitos do meu dia-a-dia? Será que o modo como eu lido com as pessoas reflete o evangelho de Jesus? Será que a maneira como eu... pergunto, respondo, compro, vendo, peço, reclamo, contrato, demito, trabalho, descanso, ensino, cobro, aprendo, falo... faz de mim um discípulo de Jesus?

 Os discípulos de Jesus estão atentos ao seu modo de viver, porque desejam refletir em suas vidas os ensinamentos do Mestre, mas expectadores não têm essas preocupações, irmãos. Para ser um expectador basta ouvir com atenção; para ser um discípulo é preciso seguir o Mestre.

Para deixar de ser um expectador é preciso dar um passo além da simples admiração por Jesus e se comprometer com um modo de vida digno dele, e isso envolve o amor que ele teve pelas pessoas.

...enganando-se a si mesmo, Tg 1.22c

Ainda no verso 22, Tiago não alivia. Ele afirma que dizer-se discípulo e agir como expectador não é bom. Quem faz assim está apenas se enganando.

Então você precisa ser sincero consigo mesmo. Viver como expectador, apenas olhando a igreja de longe, e dizer que é um discípulo de Jesus, não passa de autoengano, que é mentir para si mesmo.

É claro que isso não é bom! Porque quem mente muito para si mesmo acaba acreditando na própria mentira e se tornando dissimulado. Quem se torna um mero expectador fica de ouvido calejado e de coração endurecido. Torna-se insensível à Palavra. De tanto ouvir e não praticar, começa a desacreditar no poder e na eficácia do evangelho e, por fim, vai perdendo um pouco da fé simples que havia em seu coração.

A princípio parece que o expectador está sempre levando vantagem sobre o discípulo, porque ele chega e sai das reuniões em cima da hora; é educado com todos (mas não se envolve com ninguém); não gasta muito tempo com oração (já que ele não tem por quem orar); não sente falta do estudo das Escrituras (porque não busca nelas orientação para a vida); não tem atrito com os irmãos (porque não está comprometido com eles a ponto de envolver-se em suas vidas); e, por causa de tudo isso, sente-se livre para adorar junto com o irmãos apenas quando não tem nada melhor na agenda para ser feito.

Quem vive como expectador, pode pensar que é um discípulo, mas, como disse Tiago está apenas enganando-se com falsos discursos, como diz uma outra tradução.

...logo esquece a sua aparência, Tg 1.24b

Tiago nos desafia a colocar um fim em nossa vida de ouvintes expectadores, porque essa forma de lidar com o Palavra de Deus não produz transformação em nossas vidas. Ele explica que essa situação é como algum que dá uma olhada rápida no espelho, mas logo esquece o que viu.

A palavra de Deus realmente é como um espelho que revela nossas imperfeições e desalinhos, mas não adianta quase nada apenas olhar de relance, de longe, como quem quer cumprir uma obrigação. Lidar assim como a Palavra não muda nada em nós. É preciso olhar sem pressa. É preciso ouvir sem pressa. É preciso conviver com irmãos sem pressa.

Assim, deixando de ser expectadores e nos tornando discípulos comprometidos com o corpo de Cristo, haverá tempo suficiente para que a Palavra nos transforme.

... não esquecendo o que ouviu mas praticando-o, Tg 1.25b

O irmão de Jesus, que antes era expectador, mas depois tornou-se discípulo, conclui essa parte dizendo que aquele que não fica apenas ouvindo, mas também pratica a Palavra, isto é, transforma os ensinamentos de Jesus no seu modo de viver, encontrará significado para aquilo que faz e se sentirá feliz.

Essa é uma promessa maravilhosa! Sobretudo nos tempos difíceis em que vivemos. Tempos em que a vida parece insossa e sem graça para uns e difícil e desesperadora para outros.

Para enfrentar tempos assim, Tiago recomenda uma dobradinha: ouvir e praticar. Essa combinação é um santo remédio para os vazios da alma. Ela nos desafia a lidar com quem somos, ao olharmos atentamente para o espelho que é a Palavra de Deus; desafia-nos a lidar com o Senhor, enquanto tentamos ouvir sua voz e a lidar como os nossos irmãos, em nossas tentativas de colocar em prática aquilo que ouvimos.

Conclusão

Em que grupo você está? Na multidão que corre atrás daquilo que Jesus pode oferecer? No grupo dos simpatizantes do evangelho, que observam de longe, desconfiados? Ou você é parte do grupo dos discípulos que decidiu seguir Jesus por onde quer que ele vá?


10 janeiro 2011

Dilma manda tirar Bíblia e crucifixo do gabinete


Em sua primeira semana no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff (foto) mandou tirar do seu gabinete a Bíblia e o crucifixo, o que, talvez, tenha sido a primeira vez que isso ali ocorre. Esse gesto pode ter várias interpretações, entre as quais a sinalização de que ela não aceitará em seu governo a ingerência de religiões e religiosos. O que não houve em sua campanha eleitoral, quando teve de se aproximar de líderes evangélicos e católicos para tentar convencê-los de que não vai se empenhar para a legalização do aborto.
Durante o vale-tudo da campanha, evangélicos acusaram Dilma de ser ateia, o que ela nunca admitiu. Mas certeza mudou o seu senso de religiosidade, ao menos de boca para fora, para não perder parte dos votos que herdou do Lula.
Em 2007, em entrevista à Folha de S.Paulo, ela afirmou ter ficado “durante muito tempo meio descrente”. Em abril de 2010, já em campanha, lembrou ter sido criada no catolicismo e que acreditava em uma força superior. “Estudei em colégio de freira. Sou católica.”
Em um dos seus discursos de posse, Dilma reafirmou o compromisso com a liberdade religiosa, o que seria desnecessário dizer, porque está previsto na Constituição.
A rigor, independente da crença ou descrença de Dilma, a Bíblia, o crucifixo e demais símbolos religiosos deveriam ser retirados não só do gabinete presidencial, mas de todas as repartições públicas, porque o Estado é laico. Também está na Constituição.

08 janeiro 2011

Cantar a Bíblia


8 de Janeiro, 2011
Por Filipa Moroso (texto) e Helena Garcia (fotografias)
 Descobrimos o canto gregoriano no Concerto de Natal que esgotou o Salão Nobre da Academia de Ciências de Lisboa. A Capela Gregoriana Laus Deo e o Coro Solemnis foram as vozes que chegaram aos céus, num espectáculo de indiscutível prazer auditivo...
«Quem canta bem, reza duas vezes». O adágio tem origem nas palavras de Santo Agostinho ('Quia bene canta, bis ora' ) e remete para a principal mensagem do canto gregorariano: orar a Deus. Uma oração cantada por vozes em uníssono que, entre sons agudos e graves, pretende difundir uma mensagem espiritual, quase sempre em latim, em que o texto tem que ter primazia face à melodia.

Foi assim no Salão Nobre da Academia de Ciências de Lisboa, que reatou a tradição antiquíssima de abrir as portas ao público, fechadas já há longos anos. Foi aí que conhecemos dois dos grupos com maior tradição gregoriana em Lisboa, a Capela Gregoriana Laus Deo e o Coro Solemnis. Evocar a época natalícia foi o mote deste concerto de Natal, que aconteceu a 11 de Dezembro num dos mais imponentes salões barrocos do país, datado de 1795. Fomos assistir aos ensaios.



«Esta sala tem uma acústica espectacular, tem tudo para que corra bem». O prognóstico da maestrina Idalete Giga foi feito minutos antes de embalar as vozes para o aquecimento. É a ela que cabe a responsabilidade artística da Capela Gregoriana Laus Deo, nome em latim que significa Louvor a Deus e que vinha sempre no fim «dos autos religiosos de Gil Vicente».

Composto por 20 mulheres, a maioria antigas alunas do Instituto São Pedro de Alcântara, em Lisboa, este coro nasceu em 1985, pelas mãos de Idalete, que estudou canto gregoriano, pedagogia musical Ward e Helden, direcção gregoriana e polifónica com vários mestres, entre os quais Júlia d'Almendra. A maestrina confirma a mestria de tais credenciais com a batuta. É exigente e as suas 'meninas', algumas já reformadas, sabem disso. De fatos pretos, com blusa e laço ou outro apontamento em branco, o Laus Deo ocupava a linha da frente de um palco a duas vozes, femininas e masculinas, que descortinava as coordenadas de Idalete, numa linguagem que só os próprios conhecem.

As vozes viris faziam-se ouvir atrás. O coro Solemnis ('solene' do latim), fundado em 1997 e comandado pelo maestro João Crisóstomo, antigo professor do Conservatório Nacional e com formação musical na Escola Superior de Música, é constituído por 12 elementos masculinos, antigos alunos dos seminários religiosos com larga experiência na arte do canto gregoriano, quer na sua vertente musical, quer na língua latina - «já que o latim é essencial para esta forma de canto», como diz o maestro. E aqui é preciso compreender-se o que se está a cantar para que se transmita 'alma' às melodias espirituais, com um indubitável prazer estético e auditivo.

Conhecida como a mais antiga manifestação musical do Ocidente, o canto gregoriano acompanhou, desde a Idade Média até aos nossos dias, o culto religioso das igrejas cristãs, sobretudo as liturgias da Igreja Católica Romana. Deve o seu nome ao Papa Gregório Magno, que deu grande desenvolvimento a esta forma de cantar as preces.
Cantado a capela, ou seja, sem acompanhamento de instrumentos, as letras que dão forma ao canto gregoriano são retiradas de textos bíblicos, sobretudo dos salmos. O seu maior objectivo é propagar a fé e não fazer um recital, daí que seja entoado com alma e sentimento, com a missão de chegar à assembleia ouvinte.


«Sempre associado ao homem», sublinha Idalete Giga, este canto de ritmo livre e sem compasso , depressa começou a ser entoado por vozes femininas. Se o único segredo para o cantar bem é a devoção, elas provam que têm a espiritualidade necessária para 'cantar a Bíblia'.

O Salão Nobre da Academia das Ciências de Lisboa foi testemunha desta 'batalha' de vozes, em que venceu o conjunto. A acústica da sala foi perfeita, como fazia prever o prognóstico de Idalete. Mais uma vez juntos - «já fizemos inúmeros concertos em conjunto»-, Laus Deo e Solemnis falaram a mesma língua. Uma linguagem própria que se decifra nos signos da Cristandade, uma sonoridade com enorme expressão, validada por vozes crentes. Que venham outros natais cantados...

filipa.moroso@sol.pt

Reformem os tribunais


Busquem o que é reto, fujam da injustiça, e vivam! Nessa altura então, o Senhor Deus dos exércitos celestiais será verdadeiramente o vosso ajudador, como pretendem que ele seja. Odeiem o mal e amem o bem; reformem os vossos tribunais, de forma a que se transformem em verdadeiros palácios de justiça! Talvez ainda o Senhor Deus dos exércitos celestiais tenha misericórdia do seu povo, do que ficou de resto.
Amos 5:14-15