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23 janeiro 2011

Com o que se ocupa a sua mente?

Pregação proferida na cerimônia de colação de grau da turma 2010 de Teologia do Seminário Teológico Batista do Ceará, realizada no auditório do Colégio Batista Santos Dumont em 15/01/11


SAUDAÇÕES

Boa noite, irmãos. Saúdo com alegria todos os que vieram aqui celebrar este momento especial, que é a colação de grau dos alunos do curso de teologia do Seminário Teológico Batista do Ceará.

Minha saudação inicial ao presidente da Convenção Batista Cearense, pr. Abdoral Henrique, e sua diretoria, bem como ao demais membros do Conselho Diretor da CBC: graça, paz e sabedoria da parte de Deus sobre suas vidas, irmãos; Também saúdo a equipe de direção do STBC na pessoa da Reitora, pra. Maria Antonieta, bem como à Junta Adminstrativa do Seminário: que o Senhor os fortaleça, irmãos.

A bíblia nos aconselha a alegrar-nos com os que se alegram. Foi fácil pra mim seguir esse conselho hoje. Estou muito alegre em partilhar da alegria dos nossos amados irmãos que hoje completam um etapa importante de suas vidas.

Minha alegria se multiplica quando percebo que participei da vida de alguns deles como colega em sala, como Professor, Deão Acadêmico e Reitor; principalmente porque a exposição mútua pela qual passamos nesses diferentes contatos, ao invés nos afastar uns dos outros, nos levou a uma boa e saudável amizade. Que os créditos desse milagre sejam dados ao Senhor.

Também estou alegre em ver aqui amigos queridos, colegas de ministério, professores e funcionários do STBC, além da presença alegre das famílias, parentes e amigos dos formandos. Que o Senhor abençoe a todos conforme sua sábia vontade. 

INTRODUÇÃO

Perguntas nem sempre são fáceis. Na vida de uma pessoa comum há momentos em que devemos responder as perguntas que nos são feitas. São entrevistas, esclarecimentos ou conversas informais nas quais somos convidados a falar sobre quem somos, o que pensamos e no que acreditamos.  

Na verdade, há quem se sinta incomodado com perguntas e fuja delas a léguas, como os políticos que preferem escamotear seus intentos e disfarçar seus planos, ainda que o dito popular seja claro: perguntar não ofende.

Por outro lado é interessante perceber que Jesus era mestre em fazer perguntas: “De quem é a imagem cunhada na moeda?”... “E os outros nove, onde estão?”... “O que queres que eu faça por ti?”... “Mulher porque choras?”... “Tu me amas?”. As perguntas dele vão ao âmagos das questões, deixando de lado aquilo que é secundário.

Esta noite, a partir de um orientação dada pelo apóstolo Paulo ao jovem pastor Timóteo, quero conduzí-los a fazerem uma pergunta para si mesmos e espero que essa pergunta continue a ecoar em suas almas por muito tempo. Vejamos primeiro o texto:

18 setembro 2010

Eleições: vale a pena?


 Em algumas semanas todo o país vai participar de mais um eleição. Todos os brasileiros com mais de 16 anos de idade poderão expressar sua vontade através do voto direto.

Em cada Estado deste país, brasileiros e brasileiras irão se deslocar até suas sessões eleitorais e exercer o direito inalienável de escolher seus governantes.

São centenas de candidatos disputando mandatos para Presidente da República, Senador, Deputado Federal, Governador e Deputado Estadual.

Quem assiste ao programa eleitoral gratuito sabe que tem candidato de todo jeito:


·       Tem aquele que fala muito e ninguém entende nada;
·       Tem candidato que fala pouco e também não se entende nada;
·       Tem candidato engraçado e simpático e outros sérios e sisudos;
·       Há quem se apresente com o nome completo e outros pra quem basta o apelido;
·       Tem candidato que não pede voto, tem os que pedem e aqueles que imploram “pelo amor de Deus”;
·       Tem candidato que apela pedindo voto porque é  “irmão”;
·       E tem também aquele que apela porque é negro, jovem, pobre, homossexual, deficiente, funcionário público, militar, do interior, ou porque teve uma vida sofrida na infância.

No entanto, mesmo com tanto barulho, ninguém pode negar: quando o assunto é eleição, somos uma sociedade em fase de aprendizado; faz pouco tempo que reconquistamos a plenitude do direto de escolher nossos representantes.

Isso aconteceu com o retorno das eleições diretas na segunda metade da década de 80, no século passado. Pode parecer muito tempo para os mais novos, mas em termos de história é quase nada. Pode-se dizer com tranqüilidade que estamos em pleno aprendizado. Há menos de 30 anos atrás, uma eleição como essa da qual vamos participar no próximo mês era apenas um sonho acalentado no coração de alguns.

Partindo desse cenário, hoje eu gostaria de refletrir sobre compromissos que os seguidores de Jesus deveriam assumir nesses tempos de eleição. Vamos fazer isso nos nos detendo em quatro questões:

(A) Política serve para alguma coisa?

Infelizmente, em nosso país, quando ouvimos a palavra política as imagens que nos vêm à mente são corrupção, mar de lama, desonestidade, suborno, sangue-suga, acordos feitos na calada da noite, mensalão, propina, máfia das ambulâncias, corrupção e uma total falta de compromisso em conciliar os interesses da nação.

No Brasil, a política tornou-se uma forma de usurpar os recursos públicos e usá-los em benefício próprio ou em benefício de um grupo de amigos privilegiados.

Mas, política serve para alguma coisa boa? Claro que sim! Alguém afirmou que “política é a ciência que estuda e exercita os relacionamentos entre as pessoas, entre as pessoas e instituições e entre instituições”.

A política está sempre associada ao “conjunto de relações sociais que distribuem o poder, ordenam, hierarquizam e organizam os grupos humanos”. A política está presente tanto nas relações familiares, quanto nos acordo internacionais.

1.         Negociar com o filho adolescente a que horas ele vai voltar para casa é um exercício político;
2.         Apaziguar uma disputa entre filhos pequenos é um ato também político;
3.         Decidir se vai pintar o muro do condomínio ou colocar uma cerca elétrica é um grande desafio político;
4.         Realizar um acordo de paz entre duas nações é fazer política (em alguns casos esse acordos entre nações são mais fáceis do que aquela decisão do condomínio).

A política não é má em si mesma, ela é o meio pelo qual os interesses divergentes de uma sociedade são atendidos. Portanto, nenhum cristão deveria considerar a política como algo desprezível e inservível, mas sim como uma ferramenta capaz de ser usada em benefício do ser humano e do restante da criação de Deus.

(A) Política serve para alguma coisa?
(B) O que a Bíblia fala sobre política

A palavra política não se encontra na Bíblia. Mas, o conceito de política perpassa praticamente todos os livros das Escrituras Sagradas. E não podia ser diferente, porque a Bíblia narra a história de pessoas, de seus relacionamentos com Deus e entre si. Um exemplo disso são os vários personagens bíblicos que ocuparam posições onde a política estava sempre presente.

José
Depois de ser vendido pelos irmãos como um escravo e preso injustamente, José foi conduzido por Deus ao centro das decisões políticas do Egito: a nação mais rica e poderosa do seu tempo. (Gen. 41:37-40)

Foi José quem organizou a produção do Egito durante os sete anos de fartura lidando com interesses divergentes e a perspectiva de uma grande fome que se aproximava.
Por isso, além de habilidades administrativas, Ele precisou de sabedoria política dada por Deus para sobreviver nesse ambiente, ainda mais sendo um hebreu em meio aos egípcios.

Davi
Davi, um simples pastor de ovelhas, também tem sua história ligada ao ambiente político. Enquanto José foi mantido por Deus no centro das decisões através de suas habilidade administrativas, Davi foi conduzido através suas habilidades militares.

Antes mesmo de ser ungido rei, Davi foi perseguido e enfrentou a ira de Saul. Fez aliança com Jônatas e sobreviveu às perseguições do Rei sem jamais atentar contra a vida dele. Davi também precisou lidar com os interesses de seus generais e relacionar-se com os reinos vizinhos.

Perseguido por Absalão, seu filho, Davi foi expulso de Jerusalém. Em sua fuga, encontra Husai e planeja uma estratégia para lidar com a rebelião de seu filho em que Husai, amigo de Davi, entra no conselho de Absalão para se contrapor a Aitofel, o conselheiro que era contra Davi. (2 Sam. 15:31-37)

Daniel
Daniel foi cativo na Babilônia por muitos anos. Em certo momento, o rei Dario cogitou colocar Daniel como um dos três presidentes responsáveis por acompanhar o trabalho dos 120 sátrapas, que eram administradores de pequenas províncias.

Daniel, não fugiu da responsabilidade, mas teve que enfrentar as articulações políticas tanto dos outros dois presidentes quanto dos sátrapas. (Daniel 6:1-9)

A política faz parte da vida das cidades. Não há como, nem porque fugir dela. É no meio de tudo que é insosso que o sal é notado; é no meio da escuridão que a luz é vista; é no meio de uma sociedade que não tem compromisso com o bem comum que o cristão deve afirmar sua disposição em fazer parte da solução e enfrentar o risco de participar, de opinar, de votar e ser votado, pedindo a Deus sabedoria para isso de forma a manter intacto seu compromisso como os valores do Reino de Deus.



(A) Política serve para alguma coisa?
(B) O que a Bíblia fala sobre política
(C) Como o cristão deveria lidar com política?

(1) Alguns cristãos fogem da política como o diabo foge da cruz. Por isso, pouco sabem sobre a maneira como o país é governado e muito menos sobre que participação cada um de nós pode ter.

(a) Alguns se omitem porque trazem consigo uma herança distorcida dos missionários estrangeiros que, ao chegarem ao Brasil, não podiam envolver-se com as questões políticas do país e por isso se mantinham afastados.

O que não foi muito bem explicado aos nossos pais na fé, a geração que foi evangelizada por esses missionários, é que em seus países de origem eles eram em sua maioria cidadãos comprometidos com suas comunidades e muitas vezes envolvidos politicamente.

A fé evangélica não deveria ser usada como motivo de alienação política nem justificativa para nos afastarmos das decisões do país.

Ao contrário disso, em vários momentos da história, a Igreja esteve profundamente envolvida nas questões sócio-politicas, como nos avivamentos que abalaram a Europa nos séculos XVII e XVIII, com participação ativa de homens com a envergadura John Wesley e George Whitefield, e que tocaram em questões de grande interesse político e econômico como o trabalho escravo nas minas de carvão.

(b) Há outros que se omitem de participar politicamente, porque se sentem impotentes diante de tanta corrupção e desonestidade. Não se pode negar que estamos anestesiados diante da triste realidade em que se encontram nossas instituições. Há um clima geral de desesperança e tristeza.

Esse é um desalento legítimo. Mas deve nos alertar para o fato de que as esperanças da nação não podem ser depositadas nas mãos de uma só pessoa (seja ela presidente, governador, senador ou deputado). Políticos não são messias prometidos por Deus. O desalento é legítimo, mas não podemos nos deixar dominar por ele.

Martin Luther King, pregador batista, viveu dias em que nos EUA um negro não podia sentar em um mesmo ônibus com um branco. E quando um branco entrasse no ônibus, o negro tinha que se levantar e ceder o lugar. Os banheiros públicos eram separados, os bairros eram separados e, pasmem, as igrejas eram separadas.

Foi ele quem disse a seguinte frase: "O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons."

·       É o seu silêncio, a sua omissão como cidadão brasileiro, o abandono das suas responsabilidades como cidadão do Reino que abrem o espaço para que o grito dos maus seja ouvido com tanta força.

(2) Há um segundo grupo de cristãos que está próximo da política e se acha astuto e inteligente, mas na verdade tem se deixado corromper pelo brilho do poder e pelas cifras do dinheiro, que estão sempre perto das decisões políticas. Para esses cristãos tudo não passa de um jogo de interesses.

Alguns deles são eleitores venais que, de título na mão buscam favores e benesses (devidamente traduzidas como “bênçãos” no evangeliquês), oferecendo em troca seus votos; outros são pastores e líderes venais, que por sua vez vendem os votos da igreja inteira ao político A ou B, de porteira fechada, como diz o ditado.

Pela ação dessas pessoas, igrejas se transformam em verdadeiros currais eleitorais que denigrem a integridade dos crentes e trata com desprezo a sensatez dos eleitores evangélicos.

·       Não coloque seu voto à venda, junto com ele você está vendendo também a sua dignidade.
·       Da mesma forma, os púlpitos das igrejas não podem ser “alugados” como palanques para fins de politicagem eleitoreira;
·       O aprisco de Deus não pode ser tratado como curral eleitoral.
·       Que o Senhor guarde a sua igreja e o seu povo!

(A) Política serve para alguma coisa?
(B) O que a Bíblia fala sobre política
(C) Como o cristão deveria lidar com política?
(D) Que compromissos deveríamos assumir nestas eleições?

1.  Não abra mão do direito de votar. Deus constrói a história se utilizando das estruturas sociais, econômicas e políticas de cada tempo. Votar em branco é entregar para os outros o direito que é seu; Anular intencionalmente o voto é fugir de uma responsabilidade que é sua;

2.  Não negocie seu voto. Um servo de Jesus não vende ou compra votos, não troca o voto por um favor, por um emprego, uma promessa, um aperto de mão, um elogio ou qualquer outra coisa. Voto não é mercadoria, é o exercício livre da sua vontade.

3.  Não vote no irmão só porque ele é irmão. Eleição não é um concurso para escolhermos o cristão do ano. Presidente, senadores, deputados e governadores devem exercer suas funções de forma abrangente, para todas as pessoas. Por isso, seja um evangélico ou não, devemos escolher aqueles que irão governar ou legislar para todos. Também não deixe de votar porque ele é um irmão; avalie as propostas.

4.  Conheça e acompanhe seu candidato. Antes de votar, procure conhecer o máximo possível sobre o seu candidato. Conheça suas propostas, suas bandeiras políticas, seu estilo de vida, sua maneira de ver o mundo. Leia jornais e revistas que falam sobre ele, pesquise na internet, investigue sobre sua história política. Depois de votar, acompanhe seus discursos e entrevistas, compare as promessas feitas com as realizações, escreva cartas e emails, aplauda os acertos e reclame quando for preciso;

5.  Conheça as propostas e programas dos partidos políticos. Você não precisa filiar-se a um partido, mas deve conhecer a linha política do partido ao qual seu candidato pertence. Votar em um candidato é também votar em um partido;

6. Peça sabedoria ao Senhor. Votar é um importante aspecto da vida. Todo cristão deve votar de forma livre, de acordo com sua consciência. Não vincule seu voto a quem quer que seja. Padres, pastores, professores, médicos ou qualquer outra autoridade podem ser bons conselheiros, mas não devem definir o seu voto. Depois de conhecer os candidatos, partidos e suas propostas, peça sabedoria a Deus e vote em paz com sua consciência.

7. Ore pelo Brasil e pelas pessoas investidas de autoridade. Ore por aqueles que receberam autoridade para administrar orçamentos, prestar serviços ao público, construir obras públicas, definir estratégias, optar por projetos, contratar serviços, assinar contratos, etc.


(1) Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens, (2) em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranqüila e mansa, com toda piedade e respeito. (3) Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, (4) o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade. (I Timóteo 2:1-4)

Oração pelo Brasil

15 março 2009

Que igreja seremos: Aquele que anuncia é fiel à mensagem

Anunciar Cristo é o resultado de nossa intimidade com Ele. Quando mais próximos formos Dele, mais o seu nome, seus pensamentos e seu jeito de ser estarão presentes em nós, nossas palavras e nossas atitudes.

Deus deseja que ao anunciarmos Cristo façamos isso de forma plena. Por isso ele deseja nosso jeito de viver nos ajude a conduzir pessoas a Cristo. Esse jeito de viver é marcado por algumas atitudes que o Espírito deseja produzir em nós. É algo que acontece de dentro para fora.

Quais são as atitudes de quem anuncia Cristo?

(1) Deixar-se guiar pelo Espírito Santo;
(2) Agir com Graça;
(3) Não fazer acepção de pessoas;
(4) Contar toda a história;
(5) Ser fiel à mensagem.

Leitura dos Textos

18 Quando chegaram, ele falou: "Vocês sabem que desde o dia em que pus o pé na Turquia até agora” 19 “tenho feito humildemente o trabalho do Senhor - sim, e com lágrimas - e tenho enfrentado sério perigo das conspirações dos judeus contra a minha vida”. 20 “Mesmo assim nunca fugi de falar a verdade a vocês, tanto publicamente como nas suas casas”. 21 “Eu tenho tido só uma mensagem, tanto para os judeus como para os estrangeiros - a necessidade de se voltarem do pecado para Deus, por meio da fé em nosso Senhor Jesus Cristo”. 22 “E agora vou para Jerusalém, para lá mandado pelo Espírito Santo, não sabendo o que me espera ali, ” 23 “a não ser que o Espírito Santo me tem dito, de cidade em cidade, que eu tenho pela frente prisão e sofrimento”. 24 “Mas a vida não vale nada, a menos que eu viva para fazer a obra que o Senhor Jesus me destinou - a obra de contar aos outros a Boa Nova da graça e do amor de Deus”. 25 “E agora sei que nenhum de vocês, entre quem eu andei ensinando o Reino, jamais me verá outra vez”. 26 “Quero lhes dizer claramente que a culpa pela perdição de alguém não pode ser lançada sobre mim”, 27 “porque eu não deixei de contar a vocês toda a mensagem de Deus”. Act 20:18-27


1 VOCÊS MESMOS sabem, caros irmãos, quão valiosa foi aquela visita. 2 Sabem como fomos tratados tão cruelmente em Filipos, pouco antes de chegarmos aí e quanto sofremos lá. Entretanto, Deus nos deu coragem para repetir com toda a intrepidez a mesma mensagem a vocês, ainda que estivéssemos rodeados de inimigos. 3 Assim vocês percebem que nós não estávamos pregando com quaisquer motivos falsos ou maus propósitos em mente; éramos absolutamente corretos e sinceros. 4 Porque nós falamos como mensageiros de Deus, credenciados por Ele para contar a verdade; não mudamos nem uma vírgula da sua mensagem para acomodá-la ao gosto daqueles que a ouvem; porque servimos exclusivamente a Deus, aquele que sonda os pensamentos mais profundos dos nossos corações. 5 Nunca procuramos em nenhuma ocasião, ganhá-los com adulação, como vocês sabem muito bem, e Deus também sabe que nós não estávamos fingindo ser amigos de vocês somente para que nos dessem dinheiro! 6 Quanto a louvor, nunca o pedimos, nem de vocês nem de ninguém mais, embora como apóstolos de Cristo, tivéssemos certamente direito a alguma honra da parte de vocês. 7 No entanto, entre vocês éramos tão amáveis como uma mãe que ali amamenta e cuida dos próprios filhos. 8 Nós amamos vocês afetuosamente - tão afetuosamente que lhes demos não só a mensagem de Deus, mas também nossas próprias vidas. 1Th 2:1

...nunca fugi de falar a verdade.
...tenho tido uma só mensagem.
...não deixei de contar toda a mensagem.
...não mudamos nem uma vírgula.

Quando leio estas explicações do Apóstolo Paulo, fico com a impressão de que Ele vivia uma tensão permanente para manter intacta a mensagem das boas novas.

Por todo o texto ele diz que a mensagem é uma só, que ele não mudou nada da mensagem, que ele não omitiu nada e que nunca se esquivou de dizer a mensagem

É como se houvesse pessoas em volta dele que quisessem estabelecer um outro evangelho, ou alterar a mensagem do evangelho de Jesus, ou talvez omitir algumas coisas, mas ele afirma que resistiu a isso.

Isso me inquieta bastante!


Porque um rapaz que estivesse na correnteza de um grande rio, descendo em direção a uma queda d’água ficaria irritado com alguém que pulasse no rio para salvá-lo?

Porque alguém que houvesse escorregado de um avião e caído pela porta, vendo o amigo que pulou para lhe entregar um paraquedas, antes de receber o paraquedas tentaria primeiro contar uma versão diferente da história e explicar como ele é um bom paraquedista?

De que maneira a notícia de que Deus ama o ser humano e que deseja salvá-lo da morte e da destruição poderia ser considerada desconfortável e chocante ao ponto de alguém querer mudar essa notícia, alterá-la ou omitir alguma parte dela?

Afinal, o evangelho é ou não é uma boa notícia?


Sim. O evangelho é a melhor das notícias, mas nem sempre as pessoas ficam satisfeitas com essa boa notícia. E porque? Por que a notícia do evangelho de Cristo começa com a declaração de que somos incapazes de concertar nossas próprias vidas.

O rapaz que desce pelo rio caudaloso em direção à cachoeira precisa admitir não ter como se salvar por conta própria. Aí a corda lançada em seus braços será agarrada com alegria e gratidão; a pessoa que escorregou do avião sem pára-quedas precisa admitir que está caindo em direção à morte. Aí o pára-quedas entregue pelo amigo será recebido com alegria e gratidão.

O evangelho de Jesus reconhece que foi Deus quem amou intensamente as pessoas e por isso fez-se gente; porque Deus desejou nos salvar, mergulhou no rio caudaloso para nos livrar da morte certa.

10 Embora Ele tenha feito o mundo, não foi reconhecido pelo mundo, quando veio. 11 Mesmo em sua própria terra entre seu próprio povo, os judeus, Ele não foi aceito. Só uns poucos O acolheram e receberam. 12 Mas a todos os que o receberam, Ele deu o direito de se tornarem filhos de Deus. Tudo o que eles precisavam fazer era confiar nEle como Salvador. 13 Todos os que crêem nisto nascem de novo! - não um novo nascimento físico, resultado do desejo humano - mas da vontade de Deus. 14 Cristo tornou-Se um ser humano, e morou aqui na terra entre nós, e era cheio de perdão amoroso e da verdade. E alguns de nós vimos a glória dEle - a glória do Filho único do Pai celeste! Joh 1:10-14

Talvez apenas um orgulho tolo e inconseqüente poderia fazer com que o rapaz na correnteza do rio, que desce em direção à morte, rejeitasse a ajuda oferecida.

Talvez apenas a ilusão de que seria possível controlar a própria a própria queda em direção ao chão, poderia fazer com o paraquedista imprudente continuasse tentando explicar a história da queda e preservar a sua imagem.

O que dizer, então?

O que falar para um casal, filhos pequenos, juntos há mais de dez anos que decidiu separar-se?

O que você pode dizer para um jovem de 22 anos que está atolado nas drogas e desistiu de viver?

O que se dizer para um empresário de sucesso que é desonesto nos negócios e não dá a mínima importância para as pessoas?

O que falar para uma adolescente tímida, insegura e que tem sérias dúvidas se alguém no mundo a ama?

O que dizer para um universitário cético que abomina Jesus, fé e tudo que lhe diga respeito?

O que falar para um religioso que cumpre todas as suas obrigações, que é um cidadão de bem convicto de sua bondade?

O que o evangelho de Cristo tem a dizer para essas pessoas?
Muitas vezes somos tentados a preparar um evangelho especial para cada um. Quem sabe, dependendo da pessoa, evitar algumas partes que poderiam causam desconforto.

Ao falar com o casal, talvez devêssemos evitar qualquer referência a compromisso, fidelidade ou perseverança em amar. Afinal essas palavras poderiam não ser bem recebidas.

Ao jovem atolado nas drogas, talvez não devêssemos falar nada para apenas encaminhá-lo aos profissionais. Afinal alguém que se entrega as drogas está doente. Uma boa clínica de desintoxicação basta.

Ao empresário de sucesso, o nosso evangelho talvez devesse evitar palavras com ganância e exploração, isso realmente seria uma grosseria. Também não deveríamo falar de compaixão ou misericórdia, porque isso não combina com o mundo dos negócios.

Para a adolescente tímida talvez seja suficiente puxar da gaveta algumas belas frase de elevem sua auto-estima, uma tarde no shopping e um guarda roupa novo.

Com o universitário cético devemos evitar o lado não comprovado das histórias bíblicas. Talvez seja essencial não toda na história da ressurreição de Cristo.

Por fim ao religioso, nossas palavras podem ser reconhecimento pela sua freqüência aos cultos e pelos serviços prestados à sociedade; e claro que devemos nos esquecer de sua vida dupla da sua fé ressecada, que já não acredita no poder de Deus.

Será que é isso?

Se fizermos assim não estaremos sendo fieis à mensagem. Estaremos corrompendo a boa notícia e apresentando um outro evangelho, diferente, menor, incompleto e sem poder.
Veja o que disse o apóstolo Paulo:

...nunca fugi de falar a verdade.
...tenho tido uma só mensagem.
...não deixei de contar toda a mensagem.
...não mudamos nem uma vírgula.

• O casal precisa ouvir sobre compromisso e fidelidade como um desejo de Deus para a vida deles.
• O jovem atolado nas drogas precisa ouvir que Deus o ama incondicionalmente.
• O empresário precisa escutar de alguém que a vida é mais importante do que os lucros e que todas as pessoas fazem parte da lista VIP de Deus.
• A adolescente tímida precisa ouvir primeiro que Deus a aceita e quer que ela seja igual a ninguém, as apenas ela mesma.
• O universitário cético precisa escutar que incompreensível não sinônimo de irreal.
• O religioso precisa ser confrontado com sua máscara e avisado de que sua farsa foi revelada.

Não devemos ter medo de que a mensagem seja rejeitada. Se estivermos falando do amor de Deus, de que Ele através da sua graça nos alcançou e quer nos transformar para vivermos ao lado razoavelmente felizes agora e plenamente felizes na eternidade, estaremos sendo íntegros.

Não devemos tentar tornar a mensagem mais suave, ou abrir mão de coisas como arrependimento, confissão, fé e perdão. Isso tudo é parte inegociável do evangelho

Não somos nós os responsáveis pela aceitação do evangelho, mas é o Espírito quem faz isso. Nós fomos chamados para anunciar e viver essa mensagem.

Equilibrando o pêndulo

...nunca fugi de falar a verdade.
...tenho tido uma só mensagem.
...não deixei de contar toda a mensagem.
...não mudamos nem uma vírgula.

Quando ouvimos essas frases não é muito difícil que alguns imaginem o apóstolo Paulo em pé, dedo em riste, ralhando e acusando todos os irmãos por cada erro cometido. Mas não há nada mais distante disso.

Agora é preciso aprumar o pêndulo: falar a verdade é necessário, mas isso não quer dizer massacrar as pessoas. Falar a verdade não significar apontar o dedo no nariz do outro.

Jas 3:1 QUERIDOS IRMÃOS, não sejam muito impacientes para falar aos outros a respeito. das faltas deles, pois todos nós cometemos muitas erros;

O apóstolo Paulo usa duas imagens poderosas que juntas nos revelam como equilibrar o pêndulo e são capazes de resgatar esse amor que insiste em dizer a verdade, mas não tem prazer em apontar o dedo.

7 No entanto, entre vocês éramos tão amáveis como uma mãe que ali amamenta e cuida dos próprios filhos. 8 Nós amamos vocês afetuosamente - tão afetuosamente que lhes demos não só a mensagem de Deus, mas também nossas próprias vidas. ... 11 Falamos com vocês como um pai aos próprios filhos - não se lembram? - instando com vocês, incentivando-os e até exigindo 12 que a vida diária de vocês não causasse contrariedade a Deus, mas sim trouxesse alegria àquele que convidou vocês para o seu reino e a sua glória. 1Th 2:7-12

Amável como uma mãe que amamenta o seu bebê. Firme como um pai que corrige seu filho.

Conclusão


O evangelho de Cristo não é uma acusação, mas a boa notícia de que há uma esperança para este mundo: Há esperança para sua vida e para a vida daqueles que estão perto de você.

Há esperança para todos aqueles que estão descendo a correnteza abaixo em direção ao abismo. Jesus é o amigo que mergulhou para salvar-nos. Há esperança para todos aqueles que estão caindo rapidamente em direção à morte. Jesus é o amigo que salta em nossa direção para nos levar vida.

Quem anuncia essa boa notícia não pode torcê-la, reduzi-l-a, omitir uma parte ou trocá-la por outra. Quem anuncia essa boa notícia deve fazer como fez o apóstolo Paulo: contá-la de forma amável e cuidadosa.

... nunca fugir de falar toda a verdade.
... anunciar a Cristo, sem mudar uma vírgula.
... firmes como um pai que corrige os filhos
... amáveis como uma mãe ao amamentar seu neném