10 julho 2007

Encontrando-se com Jesus – O Centurião de Cafarnaum



Introdução

Nesta série de mensagens “Encontrando-se com Jesus” temos meditado sobre personagens que tiveram suas vidas mudadas através da vida e da presença do Senhor Jesus. O homem de Gadara, a mulher que sofria com uma hemorragia e Jairo, o chefe da sinagoga que tinha uma filha doente, tiveram suas vidas tocadas pela presença transformadora de Cristo.

Hoje vamos conhecer a história de um militar da cidade de Cafarnaum. Ele também teve um encontro com Jesus e sua história está narrada no evangelho de Lucas 7: 1-10.

(1) Tendo Jesus concluído todas as suas palavras dirigidas ao povo, entrou em Cafarnaum. (2) E o servo de um centurião, a quem este muito estimava, estava doente, quase à morte. (3) Tendo ouvido falar a respeito de Jesus, enviou-lhe alguns anciãos dos judeus, pedindo-lhe que viesse curar o seu servo. (4) Estes, chegando-se a Jesus, com instância lhe suplicaram, dizendo: Ele é digno de que lhe faças isto; (5) porque é amigo do nosso povo, e ele mesmo nos edificou a sinagoga. (6) Então, Jesus foi com eles. E, já perto da casa, o centurião enviou-lhe amigos para lhe dizer: Senhor, não te incomodes, porque não sou digno de que entres em minha casa. (7) Por isso, eu mesmo não me julguei digno de ir ter contigo; porém manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado. (8) Porque também eu sou homem sujeito à autoridade, e tenho soldados às minhas ordens, e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu servo: faze isto, e ele o faz.

(9) Ouvidas estas palavras, admirou-se Jesus dele e, voltando-se para o povo que o acompanhava, disse: Afirmo-vos que nem mesmo em Israel achei fé como esta. (10) E, voltando para casa os que foram enviados, encontraram curado o servo. enviados, encontraram o servo com saúde. (Lucas 7:1-10)
Entre os vários encontros que Jesus teve com tantas pessoas durante o seu ministério esse é um dos mais surpreendentes. Ao narrar esse fato, Lucas conta uma história em que a atitude dos personagens envolvidos parece não ser coerente com o que se esperaria de cada um deles.

• Primeiro vemos o dono de um servo que o estimava a ponte de preocupar-se com a saúde dele, em vez de simplesmente descartá-lo, como seria normal e aceitável;
• Olhando por outro ponto de vista, vemos um militar romano, quer representava a autoridade de Roma, se submetendo a pedir ajuda a líderes religiosos de um povo dominado;
• É possível também ver anciãos judeus intercedendo em favor de um oficial do exército estrangeiro, de um povo que lhes oprimia;
• Por outro lado esses mesmo líderes religiosos judeus, que sempre estiveram do lado oposto a Jesus, nesta história suplicam ao Mestre para que ele faça uma cura;
• Por fim, vemos Jesus, o filho de Deus, o autor e consumador da fé, admirado com a fé de um militar romano.

Porque essas pessoas de Cafarnaum parecem agir fora do script que se espera delas? O ponto central dessa questão parece ser a fé demonstrada pelo centurião de cafarnaum. Um tipo de fé que Jesus não encontrou com muita freqüência em seus dias, mas que o deixou alegre e muito animado.

O Centurião

O exército romano tinha uma hierarquia simplificada. O soldado raso era comandado por um decurião, dez decúrias eram comandadas por um centurião e dez centúrias ficavam sob as ordens de um general. Os generais prestavam contas ao primeiro escalão político.

Na hierarquia atual um centurião poderia ser comparado a um capitão. Mas, apesar da posição de comando, ele não tinha muitos privilégios; acampava junto com os soldados e lutava lado a lado com eles nas batalhas.

Uma das divisões do exército romano eram as coortes auxiliares. Era provavelmente em uma dessas divisões que o centurião servia.

Cafarnaum

O encontro aconteceu em Cafarnaum, que era uma cidade à noroeste do Mar da Galiléia. O nome Cafarnaum que dizer vila de Naum.

Esta cidade esteve presente em grande parte do ministério de Jesus. Na verdade, ele fixou residência lá durante um período do seu ministério (Mt. 4:13) e por isso a cidade ficou conhecida com a cidade de Jesus.

Além do Senhor, moravam em Cafarnaum os irmãos Pedro e André. Era também lá que morava Mateus, um fiscal da receita que trabalhava para Roma arrecadando impostos dos judeus.

Além de uma coletoria (Mat 17:24), a cidade tinha uma representação do exército romano e uma sinagoga (Mc 1:2). Era, portanto, uma cidade importante.

O povo de Cafarnaum testemunhou muitos dos milagres de Jesus. Foi lá que o Senhor curou um jovem paralítico levado em cama pelos amigos, libertou um homem possesso por demônios e curou o servo de um centurião romano, que é a nossa história.

Em Cafarnaum Jesus ensinou com muita freqüência, tanto na sinagoga quanto no meio das ruas e até na beira do lago. Ainda assim, a cidade de Cafarnaum foi duramente exortada por Jesus por causa de sua incredulidade. O Senhor chegou a dizer que se os mesmos milagres feitos em Cafarnaum tivessem sido realizados em Sodoma, a cidade não teria sido destruída.

Foi exatamente nessa cidade incrédula que se levantou o testemunho de um homem de fé: um centurião do exército romano. A fé desse homem, do qual nem o nome sabemos, foi capaz de mudar a forma de agir das pessoas que o cercavam e produzir um ambiente favorável à bondade e ao amor.

O servo

O centurião de Cafarnaum tinha um servo. Até aqui tudo normal. Era comum que pessoas ricas, autoridades políticas e militares tivessem um escravo. Possuir, não é uma palavra exagerada nesse caso, porque os escravos eram tratados como objetos com múltiplas utilidades.

Os escravos ou servos existiam para servir aos seus senhores. Não havia sindicatos dos servos, não tinha data base para negociação salarial e nem CLT que se aplicasse a eles. Os servos eram usados como quem aponta um lápis até que não seja mais possível segurá-lo com mão. Então, ele era jogado fora.

O servo do centurião estava muito doente. Mateus diz que ele sofria horrivelmente e Lucas afirma que ele estava quase à morte. Ele era um lápis que cuja ponta não se firmava, por isso era compreensível que o seu Senhor o descartasse e procurasse um outro lápis para servi-lo.

Aqui nossa primeira surpresa. O centurião, que deveria ser servido, torna-se servo do seu servo. Ele desvia a atenção de suas atividades e usa seu tempo para encontrar uma saída para os problemas do seu escravo.

Lucas diz que ele tinha muita estima pelo servo. Talvez a palavra seja fraca para descreve a atitude daquele oficial, mas ao agir dessa forma ele rompeu uma das barreiras que separam as pessoas e as afastam umas das outras: a posição social.

A fé não pode conviver com preconceito social. A fé não sobrevive em uma ambiente em que se classificam as pessoas por sua influência na sociedade para depois aproximar-se das que se julgam mais importantes. Não é possível que a fé se torne forte quando a atitude é de desprezo pelos simples e valorização dos que consideramos fortes. Uma atitude de fé não pode sobreviver junto com a acepção de pessoas.

(1) Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas. (2) Se, portanto, entrar na vossa sinagoga algum homem com anéis de ouro nos dedos, em trajos de luxo, e entrar também algum pobre andrajoso, (3) e tratardes com deferência o que tem os trajos de luxo e lhe disserdes: Tu, assenta-te aqui em lugar de honra; e disserdes ao pobre: Tu, fica ali em pé ou assenta-te aqui abaixo do estrado dos meus pés, (4) não fizestes distinção entre vós mesmos e não vos tornastes juízes tomados de perversos pensamentos? (5) Ouvi, meus amados irmãos. Não escolheu Deus os que para o mundo são pobres, para serem ricos em fé e herdeiros do reino que ele prometeu aos que o amam? (6) Entretanto, vós outros menosprezastes o pobre. Não são os ricos que vos oprimem e não são eles que vos arrastam para tribunais? (7) Não são eles os que blasfemam o bom nome que sobre vós foi invocado? (8) Se vós, contudo, observais a lei régia segundo a Escritura: Amarás o teu próximo como a ti mesmo, fazeis bem; (9) se, todavia, fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, sendo argüidos pela lei como transgressores. (Tiago 2:1-9)


Não podemos fechar os ouvidos à exortação da palavra de Deus. A bem da nossa fé, precisamos considerar a questão da acepção de pessoas não apenas na igreja, mas no trabalho, na escola, na faculdade, no condomínio, na vizinhança, e onde quer que estejamos.

Como podemos nos dizer seguidores de Jesus quando tratamos as pessoas de acordo com uma escala de valores corrompida pelo pecado e pela desobediência a Deus?

Os anciãos judeus

O centurião era romano e representava o poder dominante. Os judeus eram o povo dominado e obrigado a submeter-se às ordens romanas. Era uma relação de autoridade em que uma parte dita as regras e a outra deve cumpri-las.

Todos nós vivemos situações como esta. Ora estamos submetidos a algum tipo de autoridade e somos nós mesmos quem exercemos autoridade. Ainda que as pessoas estejam cada dia mais avessas à autoridade, essa é uma questão crucial para o bom andamento da sociedade.

Os pais têm autoridade sobre os filhos, os professores têm autoridade sobre os alunos, os maridos têm autoridade sobre sua família, os agentes de trânsito têm autoridade sobre o tráfego na cidade, os gerentes têm autoridade sobre os empregados e os governantes têm autoridade sobre os governados.

A rejeição dos nossos dias à submissão a qualquer tipo de autoridade, em parte, é motivada pelo mau exercício que temos feito dela.

Como se pode esperar uma atitude natural de submissão à autoridade por parte de um filho que é espancado pelo pai? É claro na cabeça de um garoto que sofre nas mãos de um pai ou uma mãe espancadora autoridade é sinônimo de autoritarismo.

Como se pode esperar uma atitude natural de submissão de uma esposa que é maltratada, desconsiderada, explorada e usada como um objeto de prazer? Em sua mente, autoridade é sinônimo de opressão.

A verdadeira autoridade é o exercício do poder em benefício das outras pessoas e não de si mesmo. Exercer autoridade é usar o poder que se recebeu em prol daqueles que dependem da sua atuação. Quando a autoridade é exercida em sua plenitude as pessoas são tratadas com dignidade e respeito. Em resumo, exercer autoridade é servir.

O centurião de Cafarnaum, embora representante de um poder opressor, foi considerado como um amigo pelos anciãos judeus. Ele era a figura que representava a autoridade romana sobre os povos dominados, mas tratou as pessoas com tanta dignidade que no momento em que ele precisava de algo todos correram para ajudá-lo.

A fé não pode coexistir com a truculência. A fé não faz parceria com a violência e o desmando. A fé não compartilha com a opressão e a imposição pelo medo, mas ela se fortalece com atitudes de compaixão, respeito e dignidade. A fé não convive com a busca do poder pelo mau exercício da autoridade.

Jesus explicou isso aos seus discípulos em uma ocasião em que eles brigavam para ver quem eram o mais importante entre eles.

(25) Então, Jesus, chamando-os, disse: Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. (26) Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; (27) e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; (28) tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos. (Mateus 20:25-28)


Abra seus ouvidos à exortação do Senhor: não podemos nos dizer cristãos e agir como agem aqueles que não têm temor ao Senhor.

Jesus

Depois de ouvir o pedido dos anciãos Jesus decide ir à casa centurião para curar o servo que estava à morte. Com certeza ele também queria conhecer aquele soldado romano que era considerado como um amigo pelos líderes religiosos judeus.

No meio do caminho, alguns amigos do centurião se aproximam de Jesus e trazem um recado surpreendente. O militar romano estava envergonhado e pedia que Jesus não fosse a sua casa, porque não se achava digno de receber o mestre.

Veja o contraste. Enquanto os anciãos achavam aquele homem digno de receber a graça de um milagre, ele mesmo não se julgava digno de estar na presença do Filho de Deus. Ele que era uma autoridade, reconhecia que não tinha autoridade para permanecer na presença do Senhor Jesus.


Mas ele era uma pessoa tão boa... Será que não era um pouco de exagero, de excesso de humildade?

Na verdade não havia exagero. Jesus mesmo não desmentiu a fala do centurião. Apenas aquele homem tinha consciência dos seus próprios pecados. Ele não ousou confiar na sua própria bondade, ele não arriscou confiar na sua autoridade, mas preferiu confiar na bondade e na autoridade do filho de Deus.

A fé cresce no solo da humildade. A fé é protegida quando nos esvaziamos de nós mesmo. Ela se fortalece quando a arrogância se cala, quando a fortaleza se torna fraca e a confiança é depositada aos pés dAquele que tem toda autoridade nos céus e na terra.

Conclusão

Quando escreveu aos colossenses, o apóstolo Paulo faz uma descrição gloriosa a respeito de Jesus. Não há meias palavras quando se fala dele. Na verdade, faltam palavras apropriadas para descrever a majestade do seu amor por nós.

(13) Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, (14) no qual temos a redenção, a remissão dos pecados. (15) Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; (16) pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. (17) Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste. (18) Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia, (19) porque aprouve a Deus que, nele, residisse toda a plenitude (20) e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus.

A fé é tão forte quanto aquilo em que a depositamos. O centurião de Cafarnaum, um homem de boa índole, bem sucedido e apreciado até por seus inimigos não ousou confiar em si mesmo.

Sua fé nasceu livre da acepção de pessoas, cresceu longe do autoritarismo e tornou-se forte a ser depositada aos pés de Jesus, o filho de Deus.

8 comentários:

Anonymous disse...

quero que responda mina pergunta ...
quem afinal foi ao encontro de jesus .o centurião [mateus 8.4-5 ]ou os anciãos judeus [lucas7.2 ]

Marcondessouza@oi.com.br disse...

Acredito que foram várias etapas, primeiro foram os anciãos e por ultimo o centurião. Há momentos na Bíblia que precisamos juntar as histórias de cada livro e formar uma só história.

Marcos marcosagfjr@hotmail.com disse...

Gostaria de saber o seguinte, foi a fé do centurião que curou seu servo, isto esta bem claro, agora a pergunta então podemos ser curados pela fé de outras pessoas além é claro da nossa própria fé? como neste caso que seu servo foi curado pela fé do centurião, correto

Rafael disse...

a bíblia diz que se tiverdes a fé do tamanho de um grão de mostarda (que é o menor grõa do mundo), poderás mover uma montanha para o fundo do mar...imagine curar outra pessoa....basta ter fé, em Jesus é claro, agora o difícil é pratica-la...mas não impossível, porque a mesma bíblia diz que tudo é possivle para aquele que crer.

Adonias disse...

Relato harmonioso
Como harmonizar o relato da cura do servo do centurião de Mateus 8:5-10
com o de Lucas 7:1-10?
Por Alberto R. Timm
Os relatos de Mateus 8:5-10 e de Lucas 7:1-10 não são necessariamente contraditórios entre si,
mas podem ser harmonizados sem maiores dificuldades. Mateus 8 apresenta, de forma abreviada
e objetiva, o milagre da cura do servo do centurião romano. Lucas 7 descreve o mesmo milagre
com detalhes adicionais não encontrados em Mateus. O contraste mais notório entre ambos os
relatos diz respeito à identificação dos interlocutores no diálogo com Jesus. Em Mateus, o próprio
centurião aparece como dialogando com Jesus. Já em Lucas é dito que a comunicação ocorreu
por meio de dois grupos distintos de mensageiros que o centurião enviou a Jesus. Quando ainda
em Cafarnaum, Jesus foi abordado por “alguns anciãos dos judeus”. Estando já próximo da casa
do centurião, outros “amigos” do centurião foram conversar com Jesus.
Sendo a descrição de Lucas a mais completa e minuciosa, é natural que ela seja tomada como
referencial para se entender a de Mateus. Tanto Lucas como Mateus mencionam o sentimento de
indignidade do centurião em receber a visita de Jesus em sua casa (Lc 7:6; Mt 8:8). Mas Lucas
acrescenta que esse mesmo sentimento acabou inibindo o próprio centurião, que era gentio, de se
aproximar diretamente de Jesus, que era judeu (Lc 7:7; cf. Jo 4:1-30; At 10).
Por essa razão, o centurião enviou primeiro “alguns anciãos” judeus da sinagoga que ele lhes
construíra, os quais disseram ao Mestre: “Ele é digno de que lhe faças isto; porque é amigo do
nosso povo, e ele mesmo nos edificou a sinagoga” (Lc 7:4 e 5). O segundo grupo, constituído de
alguns “amigos” do centurião, transmitiu a Cristo as seguintes palavras daquele líder militar romano:
“Senhor, não Te incomodes, porque não sou digno de que entres em minha casa. Por isso, eu
mesmo não me julguei digno de ir ter contigo; porém manda com uma palavra, e o meu rapaz será
curado...” (Lc 7:6 e 7).
Em Mateus 8:9 (e também em Lc 7:8), o centurião revela seu hábito de enviar subalternos para
cumprir ordens específicas: “Pois também eu sou homem sujeito à autoridade, tenho soldados às
minhas ordens e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu servo: Faze isto, e
ele o faz.” O próprio pedido feito a Jesus (“apenas manda com uma palavra, e o meu rapaz será
curado”, Mt 8:8) corrobora o conceito de que, para o centurião, uma palavra enviada é tão eficaz
quanto a própria presença de quem a enviou.
O fato de Mateus afirmar que o centurião dialogou com Jesus não implica necessariamente que
esse diálogo não possa ter ocorrido por intermédio de mensageiros, como mencionado por Lucas.
Diálogos diplomáticos levados a efeito por intermédio de mensageiros oficiais são muitas vezes
considerados como levados a efeito pelos próprios soberanos que originaram as mensagens
transmitidas. Creio que esse é o caso no Evangelho de Mateus. O diálogo do centurião com Jesus
através de mensageiros especiais é descrito nesse evangelho como levado a efeito pelo próprio
centurião.
Fonte: Sinais dos Tempos, novembro/dezembro de 2002. p. 30 (usado com permissão)
PDF created

Anônimo disse...

Anonymous , vai s coveretr ...........

Aristarco disse...

Olá Marcos!

Vale a pena lembra que temos as mais diversas situações nas Escrituras. Gente que foi curada porque creu, gente que foi curada porque os amigos creram, gente que foi curada sem sequer pedir... Então isso deve nos levar a considerar que a fonte do poder não está no doente nem em quem pede. Assim, entendo que Deus cura quando ele deseja curar, quem ele deseja curar e onde ele deseja fazê-lo. Simplesmente para que seu nome seja glorificado e reconhecido entre nós.

Aristarco disse...

Obrigado, Adonias.