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31 outubro 2016

Caminhos de morte, vereda de vida!



Boa noite, irmãos. Graça, paz e sabedoria, da parte de Deus, É uma alegria para mim compartilhar o evangelho de Jesus com os irmãos nesta noite. Minha gratidão ao pr. Raul pelo convite e aos irmãos pela companhia nesta celebração ao Filho de Deus.
  
Hoje, sob o tema “Caminhos de morte, vereda de vida” seremos desafiados pela palavra de Deus a experimentar o poder transformador de Cristo.
  
Há muitos caminhos para se viver a vida, irmãos. Dentro e fora da igreja as opções de vida são variadas. Elas brilham diante de nós como letreiros luminosos! Cada um desses caminhos nos atrai para si mesmo e nos promete coisas que queremos. Por onde devemos ir?

Uma pergunta importante para esse começo de conversa é: será que nossas opções de vida, as decisões que tomamos diariamente, a maneira como nos relacionamos com as pessoas, o jeito como resolvemos nossos problemas são testemunhos sobre a novidade de vida a que fomos chamados por Jesus?

O nosso texto base fala sobre isso. Está em Provérbios, escrito por Salomão e outros sábios:

Há caminhos que ao ser humano parecem ser as melhores opções de vida, mas ao final conduzem à morte. Pv 14.12

Toda vez que leio esse texto é como se eu fosse sacudido! Alô, Aristarco! Você pode estar enganado, sabia? Você pode, inclusive, estar enganando-se a si mesmo, amigo! O caminho que você escolheu com tanto cuidado como algo bom pra sua vida pode ser, na verdade, uma grande armadilha. Caminho de morte!

Três histórias

Três histórias recentes divulgada nos jornais vão nos servir de ilustrações sobre esses muitos caminhos que se apresentam diante de nós:

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Ela era muito feliz!

A mulher indonésia que assassinou a amiga com cianureto no café porque a considerava uma pessoa feliz foi condenada nesta quinta-feira (27) a 20 anos de prisão. Residente na Austrália, Jessica Wongso, de 28 anos, envenenou em 6 de janeiro de 2016 sua compatriota Wayan Mirna, de 27 anos, em uma cafeteria de Jacarta.

O juiz Binsar Gultom afirmou que Jessica tinha problemas pessoais, trabalhistas e sociais, e quando se encontrou com Mirna em dezembro de 2015 e a viu tão feliz casada, pensou em assassiná-la. Jessica não demonstrou emoção ao ouvir o veredicto com sua sentença, segundo o jornal britânico "The Guardian".

Porque ela tem o direito de ser feliz e eu não? A pergunta que Jéssica pode ter feito é um clamor por justiça e igualdade. E o que há de errado em desejar que o mundo seja justo e as pessoas tenham as mesmas oportunidades? Como esse caminho que parecia tão legal para Stefano se transformou em caminho de morte?

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Quero ver se você tem coragem!

Gustavo Riveiros, de 13 anos, foi encontrado ainda vivo com uma corda pendurada no pescoço. Marco Riveiros, tio de Gustavo, relatou à Polícia que, após ter perdido uma partida de um jogo online, o garoto teria sido desafiado pelos outros jogadores a se enforcar.

Segundo o relato do tio, Marco Riveiro, que consta no boletim de ocorrência, o sobrinho brincava online com outros três colegas quando aconteceu o enforcamento. A cena teria sido acompanhada em tempo real pelos outros participantes do jogo.

Quem gosta de virar as costas a um desafio? Quem gosta de ser considerado medroso e covarde? Gustavo queria ser visto como alguém corajoso e ser aceito pelos amigos. O que há de errado nisso? Como esse caminho que parecia tão legal para Gustavo se transformou em caminho de morte?
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Eu só queria me divertir!

Stefano Brizzi, de 50 anos, admitiu ter estrangulado Gordon Semple, de 59, no flat em que morava em Londres (Inglaterra). Os dois haviam se conhecido por meio do aplicativo de paquera Grindr (leia mais aqui). Stefano desmembrou o cadáver e dissolveu partes dele em um banho de ácido - sinistro método utilizado pelo personagem Walt, da série famosa “Breaking Bad”.

Apesar do cenário de horror, Stefano disse no tribunal que não tinha intenção de matar o policial: “Não, eu só queria me divertir. Estávamos vendo filme pornô, eu só queria fazer sexo”, declarou ele. Inicialmente, pressionado pela polícia, Stefano declarou que havia matado o policial “sob ordens de Satã”.

O que há de errado em alguém querer se divertir? Não parece ser uma boa opção aproveitar o que a vida pode oferecer? Por acaso a diversão em si é algo errado? Como esse caminho que parecia tão legal para Stefano se transformou em caminho de morte?

Muitas propostas

A verdade, irmãos, é que há muitas propostas para vivermos nossas vidas. Há muitas maneiras diferentes pelas quais podemos viver nossos dias aqui. Por isso, uma pergunta é inevitável: quais dessas maneiras de viver são as melhores?

      Devemos viver como se não houvesse amanhã?
      Devemos deixar a vida nos levar: vida, leva eu?
      Devemos tirar da vida tudo que ela pode oferecer?
      Devemos experimentar tudo sem arrependimento?

Alguém pode pensar que não faz diferença se vivemos de um jeito ou de outro, que tudo isso é só uma questão de gosto ou de opção pessoal, mas a experiência confirma que a maneira como vivemos é determinante não só para o nosso futuro, mas também para o futuro daqueles que nos cercam.

Será que Jéssica fez o melhor ao colocar a própria felicidade como algo inegociável? Será que Gustavo estava certo acreditando que a aceitação de seus amigos era o seu bem mais precioso naquele momento? Será que Stefano tomou a melhor decisão ao colocar a diversão como o objetivo maior de sua vida?

Momentos decisivos

Assim como nós, Jesus viveu momentos decisivos em que precisou resolver como ele ia lidar com as circunstâncias do dia a dia. Ele precisou decidir o que era mais importante que tudo em sua vida e descobrir como lidar com os dias difíceis... como responder ao medo... o que fazer quando ele sentisse forte o poderoso... como responder aos sentimentos de insegurança.

Momentos assim são realmente importantes. O que fazemos nesses momentos define o tipo de pessoa em quem nos transformaremos. Nossas convicções nessa hora são como bússolas que nos guiam por entre as muitas opções de vida que estão disponíveis diante de nós.

Um desses momentos vividos por Jesus foi quando ele passou 40 dias no deserto. Ali ele tomou várias decisões. Ali no deserto ele enfrentou questões importantes sobre os objetivos de sua vida e sobre onde estava depositada sua confiança.

(1)          Em quem confiamos?

O primeiro desafio que Jesus enfrentou foi exatamente a respeito da sua confiança no Pai.

Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães. Mt 4.3

Será que o tentador tinha dúvida sobre quem Jesus era? Claro que não! Será que os anjos que testemunhavam aquela cena tinham dúvida sobre quem Jesus era? Certamente não! E Jesus tinha dúvida sobre quem ele era? Absolutamente não! A questão ali não era sobre a identidade de Jesus, mas sobre onde estava sua confiança: “você realmente confia no Pai? ”, perguntou o tentador?

Bastava uma ordem para que das pedras surgissem pães, mas Jesus não fez isso. Ele se negou a dar um jeitinho na situação. Negou-se a fazer uma contabilidade criativa para se garantir. Ele preferiu confiar que aquela situação difícil e sofrida estava sendo acompanhada pelo Pai e seria usada por Ele para o seu bem.

Veja que são caminhos diferentes, meu irmão: O tentador propõe que você transforme as pedras de sua vida em pães e mate sua fome. Ele afirma que você pode ser o seu próprio herói. Não é preciso andar pelos caminhos tortuosos de Deus, porque pode ser arriscado. Ninguém sabe o que ele vai fazer.
A proposta do evangelho de Jesus é que você não fuja do deserto pelas suas próprias forças. É um chamado para você confiar naquele que o levou até o deserto. Por isso, a resposta de Jesus:

Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus. Mt 4.4

Ali no deserto a fome de Jesus era a mais básica de todas: fome de pão mesmo. No deserto de concreto em que estamos, a fome que temos às vezes é de outro tipo: de roupa (bacana), de tênis/sapato (legal), de carro (novo), de celular (moderno), de apartamento (maior), de emprego (seguro), de TV por assinatura, de plano de saúde.

O que você vai fazer com essa fome? Existem alguns caminhos que parecem ser bons:

Carro novo – fazer um financiamento em 60 meses e depois cola um adesivo: foi Deus quem me deu – Jesus na frente!
Celular moderno – comprar um usado em estado de novo pela metade do preço. Daqueles que já vem fotos e contatos (do antigo dono).
Apartamento – comprar comprovante de renda pra declarar renda formal.
TV por assinatura – contratar os serviços daquele técnico que vende, ele mesmo, o pacote completo da NET: la garantia soy yo!

Se você pode transformar pedras em pães, por que não fazer?  Porque quando transformamos pedras em pães, estamos perdendo a oportunidade de confiar no Senhor e na promessa que ele nos fez de nos consolar e animar em meio ao sofrimento, dor, angústia, amargura e tristeza que são plantadas em nossas almas.

A caminho de morte é transformar pedras em pães e sair logo do deserto. A vereda da vida é permanecer no deserto e, mesmo como fome, confiar na palavra que procede da boca de Deus.

Lembra da Jéssica, que matou a amiga porque não suportou a felicidade dela? E se a Jéssica tivesse enfrentado o deserto em que ela estava de outra forma? Se ela conhecesse o amor de Deus? Talvez ela haveria dito NÃO para a proposta de transformar pedras em pães. Sua fome de felicidade continuaria, mas ela teria recebido o consolo da presença de Jesus e, quem sabe, teria sido socorrida por anjos em suas necessidades.

(2)          Qual o preço do sucesso?

O segundo desafio que Jesus experimentou foi em relação a até onde estamos dispostos a ir para obter sucesso:

Se és Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra. Mt 4.6

O tentador ofereceu um caminho brilhante: um grande espetáculo tiraria Jesus no anonimato em que ele se encontrava naquele momento. Ele se jogaria do lugar mais alto do templo e seria aparado pelos anjos antes de se espatifar no chão. E como Jesus disse que preferia confiar na palavra de Deus, o tentador trouxe uma promessa registrada nas Escrituras para tornar a opção digna de crédito.

O que haveria de errado nisso? Não parece um bom caminho? Não é uma promessa de Deus? Jesus não estaria exatamente confiando no Pai? Não seria esse caminho uma garantia de sucesso? Olhando de longe parece um caminho largo e pavimentado.

Se você quer confiar em Deus e ao mesmo tempo garantir independência pessoal e sucesso, esse parece ser um jeito muito atrativo de viver. Pode-se ficar encantado com brilho desse espetáculo que tentar colocar Deus numa sinuca.

Mas Jesus percebeu que se tratava de uma ilusão: conciliar o irreconciliável. O show seria maravilhoso e as pessoas veriam imediatamente o sucesso do filho de Deus, e tudo pareceria aceitável, porque era o cumprimento de uma promessa feita por Deus nas Escrituras, mas aquilo significava romper seu relacionamento com o Pai.  Então ele respondeu o seguinte:

Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus. Mt 4.7

Essa é a mesma proposta daqueles que hoje nos convidam a exigir de Deus o que nos é devido por promessa. Na mente dessas pessoas Deus está agora obrigado a fazer o que elas querem, porque está escrito.

Esse caminho despreza a importância do relacionamento com um Deus que não é um caixa eletrônico, mas uma pessoa com quem podemos conversa francamente através da oração que se revela através de sua Palavra. Assim, aquilo que parecia inicialmente um bom caminho para aprender a confiar no Senhor na verdade se revela uma rota direta para a morte da alma.

Jesus não estava disposto a pegar um atalho a fim de parecer bem-sucedido, ainda mais quando isso significava sacrificar o seu relacionamento com o Pai.

Ele sabia que as muitas promessas feitas nas escrituras não era botões mágicos para se obter coisas e favores. Nas Escrituras as promessas estão sempre num contexto de relacionamento. Promessas não devem ser exigidas, mas recebidas de coração grato. Quando o Senhor cumpre uma promessa em nossas vidas ele o faz por sua graça e misericórdia, não por força de uma obrigação.

Lembra do Gustavo? Quando que ele estava ali, jogando com os amigos, ele acreditou que precisava arriscar tudo. Ser aceito e reconhecido pelos amigos depois de sair por cima daquele desafio era o sucesso daquele momento.

Tudo poderia ser diferente se ele houvesse percebido a armadilha que estava a sua frente. Se naquela hora crucial houvesse a possibilidade de escolher pelo amor, a aceitação e o reconhecimento do amigo Jesus... A história teria sido outra!

Há muitas coisas que fazem a gente se sentir bem-sucedido na vida, mas nenhuma delas é tão importante quanto o nosso relacionamento com Deus.

(3)          Uma vida sem limites

O terceiro desafio que Jesus enfrentou foi sobre limites. Será que a vida deve ser vivida sem limites? Isto é, será que devemos ir até as últimas consequências em tudo que fizermos? Ou seria melhor colocar limites naquilo que fazemos?

Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Mt 4.9

A oferta do tentador é um desaforo! Ele pede ao filho de Deus que se prostre e o adore. Por que ele fez essa proposta sem sentido? Penso que ele queria se aproveitar da situação em que Jesus se encontrava: ao assumir a forma humana Ele limitou-se a si mesmo.

Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz! Fl 2.5-8
  
É como se o tentador olhando pra Jesus dissesse: “Ora, exploda-se o Pai, o mundo que ele criou e toda a raça humana! Você é livre para fazer o que quiser! Ninguém tem o direito de determinar a sua vida! Porque tanto sofrimento, tanta dificuldade? Você pode receber toda a glória que lhe foi prometida agora mesmo!”

Essa maneira de viver é oferecida o tempo todo para nós: “Dane-se tudo e todos! O importante é realizar o seu sonho! Essa vida é muita você tem mais é que curtir! A única coisa que importa é você encontrar sua feliz! Tire da vida tudo que ela pode lhe oferecer!”

Com essa forma de pensar em mente, o ser humano e capaz de cometer atrocidades inomináveis e maldades que nunca imaginávamos se capazes de fazer. Como base nessa forma de pensar, famílias são destruídas, empresas são fraudadas, impostos sonegados, florestas destruídas, pessoas assassinadas, crianças violentadas, mulheres espancadas e empregados explorados.

Jesus responde ao tentador reafirmando o entendimento que o trouxe a este mundo: a verdadeira liberdade está em respeitar os limites do amor.

Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto. Mt 4.10

Jesus deixa claro que não está disposto a viver uma vida sem limites. Ele não vai fazer de tudo para receber a glória que lhe justa. Ele colocar nada, nem mesmo a glória que lhe pertence por justiça, acima do relacionamento dele com o Pai.

Lembra do Stefano? Ele disse que só queria uma noite de curtição e prazer, mas acabou cometendo um crime vil e inominável contra outro ser humano. Talvez, se ele entendesse os limites como parte da vida... se ele compreendesse que limitar as próprias vontades pode ser uma expressão de amor... Se o exemplo de Jesus estivesse vivo em sua mente... A história poderia ser outra.

A renovação da mente

Concluo nossa reflexão dessa noite ressaltando que a única maneira de escaparmos dos caminhos de morte é encontramos a vereda de vida. Jesus afirmou que ele mesmo é a vida. Mas como isso acontece?
Precisamos permitir que nossa maneira de pensar, isto é, a forma como entendemos o mundo, seja mudada. Você não pode ser a mesma pessoa e pensar do mesmo jeito depois que Jesus para a ser o seu Senhor.

A nossa mentalidade, isto é, nossas convicções, opiniões e opções de vida precisam transformadas mesmo, pela renovação constante que o Espírito realiza através da Palavra de Deus. Veja o diz o apóstolo Paulo

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Rm 12.2


As muitas opções de vida que se oferecem a todo instante, mas quando elas encontram em nós uma mente renovada pelo Espírito, fortalecida pelas convicções do amor de Deus e confiante no exemplo deixado por Cristo Jesus, o resultado é que os caminhos de morte são rejeitados e a vereda de vida se torna nossa trilha diária, e começamos a experimentar como a vontade de Deus é boa perfeita e agradável.

09 outubro 2016

Jesus Cristo: Senhor e Rei



SENHOR E REI

Hoje vamos complementar nossa compreensão sobre Jesus lembrando dois aspectos muito importantes no entendimento que os primeiros discípulos tiveram sobre ele: os escritores do Novo Testamento são unânimes em apresentar Jesus como SENHOR E REI. O texto que usaremos como base para essa reflexão está no Apocalipse de João, o livro que encerra o Novo Testamento.

João era um dos doze, possivelmente um dos mais novos e provavelmente o último dos apóstolos a morrer. Ele escreveu um dos evangelhos, três cartas e o apocalipse.

11 E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava montado nele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga a peleja com justiça. 12 Os seus olhos eram como chama de fogo; sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo. 13 Estava vestido de um manto

02 outubro 2016

Jesus Cristo: único e necessário


JESUS CRISTO: ÚNICO E NECESSÁRIO

Diferente em que?

Irmãos, hoje à noite desejo compartilhar um pouco sobre nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A pergunta que pretendo responder é: Em que Jesus é diferente? Não seria ele um entre muitos messias que se anunciam como salvadores? Ou ele é realmente único e necessário para nossas vidas?

Jesus viveu entre nós como uma pessoa comum. Ele foi plenamente humano entre nós. Jesus nasceu de uma mulher, foi um bebezinho precisando de cuidados, tornou-se uma criança que corria e brincava com os amigos, aprendeu a profissão de seu pai e trabalhou pesado como carpinteiro, estudou as Escrituras com dedicação e aprendeu a obedecer por meio daquilo que sofreu (Hb 5.8).

Jesus também morreu como as pessoas comuns morrem. Seu corpo não suportou as atrocidades que sofreu. A tortura física que lhe foi imposta com açoites e espancamento e o suplício que a crucificação produzia nos crucificados tirou-lhe a vida em meio a muitas dores e sofrimento. Assim como os ladrões ao seu lado, ele deu seu suspiro final ali, pregado no madeiro.

Por que, então, Jesus era e é diferente?

29 junho 2016

Para quem você vive?

IEB Castelo Branco - João Pessoa/PB - 25/06/16

Celebração pelos 18 anos de organização da IEB Castelo Branco
Para quem você vive?

E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou." 2 Co 5.15.


Boa noite, irmãos e irmãs! Que grande alegria mais uma vez celebrar com vocês a perseverança do testemunho do Evangelho de Jesus aqui neste bairro! Chegamos à maioridade, pr. Juarez! Como enche o coração de gratidão saber que há 18 anos o bairro do Castelo Branco tem testemunhado o compromisso dos irmãos com o Senhor.

Minha oração ao Senhor é para que o Espírito Santo fortaleça no coração de cada um dos irmãos a convicção do amor de Jesus e a certeza de que ele nunca os abandonará. Oro também pedindo a Deus que o testemunho a respeito da cruz de Cristo neste bairro seja confirmado com a transformação do caráter dos membros desta igreja e com boas obras de socorro e amparo aos necessitados.

Hoje tenho apenas uma pergunta a fazer e espero que essa pergunta grude em sua mente e seja um guia a ajudá-lo em sua caminhada como aprendiz de Jesus.

Para quem você vive?

Talvez essa pergunta seja, de certa forma, incomum. Se alguém perguntasse “Por que você vive?” ou “Como você vive?” ou ainda “Onde você vive?”, certamente não haveria muita dificuldade em responder. No entanto, a pergunta que quero fazer hoje à noite é esta: “Para quem você vive?”

Vamos ler juntos o texto que foi escolhido como divisa e depois orar ao Senhor pedindo sabedoria e coragem para refletirmos em sua palavra.

14 Sim, o amor de Cristo nos absorve completamente, ao pensar que um só morreu por todos e, portanto, todos morreram.15 Ele morreu por todos, a fim de que, os que vivem, não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.
2 Co 5.14,25 (DIF)

Vivemos dias desafiadores. São dias marcados por posições extremadas. Não é difícil encontrar pessoas que matam e morrem como se a vida dos outros e a sua própria fossem algo desprezível. Por outro lado, as ruas estão lotadas de pessoas tão apegadas a esta vida que gastam tudo o que têm em prol de si mesmo e de seu bem-estar.

Para quem você vive?

Há muitos que vivem exclusivamente para si mesmos. Quem vive para si não se interessa a respeito de como o outro passa os seus dias. Não importa.

O vizinho está enfrentando lutas com um filho doente, mas não importa; o colega do trabalho está triste e cabisbaixo há semanas, mas não importa; seu primo recebeu um diagnóstico de câncer, mas não importa; o colega da faculdade começou a se envolver com drogas, mas não importa. A única coisa que importa é a sua vida.

Quando me deparo com situações parecidas com estas uma pergunta me vem imediatamente: deveria um seguidor de Jesus viver exclusivamente para si mesmo? Em outras palavras, viver ocupado apenas consigo mesmo é um modo de vida compatível com o evangelho de Cristo?

Algumas vezes, as raízes desse modo de viver autocentrado estão no pensamento enganoso de que somos mais importantes que os outros. Quando nós nos achamos assim, dignos de destaque, nossos olhos se fecham para os outros e só enxergamos a nós mesmo e nossos próprios interesses.

Para quem você vive?

Todos nós, os seguidores de Jesus, somos desafiados a viver como ele viveu. Ser um discípulo de Cristo não é apenas aceitar a salvação, mas também viver nossas vidas imitando o nosso mestre. Então, precisamos perguntar: Jesus viveu para si mesmo?

É inegável que, caminhando pelas ruas empoeiradas da Palestina, Jesus dedicou-se a sentir a dor das pessoas à sua volta. Ele se importou com os outros ao ponto de entregar sua própria vida como demonstração de que não devemos viver nossos dias aqui ocupados apenas com nossos próprios umbigos.

Não sei como acontece com você, mas quando alguém faz algo a meu favor, gratuitamente, sou invadido de sentimentos de constrangimento e gratidão: constrangimento é aquela sensação de que eu nada fiz por merecer o que foi feito por mim; gratidão é a rendição do coração diante do benefício recebido.

Quando o apóstolo Paulo refletiu sobre a vida de Jesus e a maneira como o filho de Deus viveu sua vida e morreu voluntária por nós, foi assim que ele se sentiu: constrangido e tomado de gratidão. Veja que ele disse:

Sim, o amor de Cristo nos constrange ao pensar que um só morreu por todos e, portanto, todos morreram. 2 Co 5.14 (DIF)

Cristo não viveu para si mesmo! E você? Para quem você vive? Não estou sugerindo que devamos morrer numa cruz pelas pessoas. Estou dizendo que se somos seguidores de Jesus devemos adotar sua maneira de pensar o mundo e a vida. A forma de Jesus considerar a si mesmo nesta vida faz diferença! E nós somos chamados a pensar da mesma forma que ele.

Em outro texto, escrevendo aos irmãos da cidade de Filipo, o apóstolo Paulo explicou como era esse jeito de Jesus pensar:

5Tenham entre vocês o mesmo pensamento que Cristo Jesus teve.6Embora Ele fosse Deus na sua natureza real, Ele não pensou que ser igual a Deus era algo para utilizar para seu próprio benefício.7Pelo contrário, Ele abandonou tudo o que tinha e assumiu a forma de servo, tornando-se igual aos homens. E, quando Ele apareceu em forma de homem,8Ele se humilhou, tornando-se obediente até o ponto de estar disposto a enfrentar a morte, e morte de cruz. Fp 2.5-8 (VFL)

Para quem você vive?

É possível que você nunca tenha sido desafiado a considerar esse modo de pensar e viver, ensinado e demonstrado por Cristo. Por isso, hoje lanço esse desafio e o convido a pedir a Jesus Cristo que o ensine a cuidar não apenas das coisas que importam para você, mas também daquilo que importante para as outras pessoas.

Eu sei que agir assim é contra tudo o que você tem ouvido e visto, mas esse é um dos desafios de seguir a Jesus: importar-se com o que ele se importou, viver como ele viveu. E, definitivamente, ele não viveu para si mesmo. Veja como falam as Escrituras:

4 Cada um zele, não apenas por seus próprios interesses, mas igualmente pelos interesses dos outros. Fp 2.4 (KJV)

Não faz diferença se você é antigo ou novo na igreja, para ser discípulo de Cristo é preciso imitá-lo em tudo! Então, peça ao Senhor que o ajude a perceber o valor que as outras pessoas têm, e ao mesmo tempo, reconheça que não há motivos verdadeiros para que você se considere superior a ninguém.

Para quem você vive?

Permitam-me agora, irmãos. Entrar diretamente no texto que é a nossa divisa:

15 Ele morreu por todos, a fim de que, os que vivem, não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. 2 Co 5.14,25 (DIF)

Há muitas maneiras de viver para si mesmo e certamente você conhece algumas delas. Há muitas maneiras de viver para si mesmo e sua vida pode estar aprisionada em uma delas. Essa realmente, não é uma boa notícia. No entanto, existe uma boa notícia a ser dada. Aliás, boa notícia é a melhor tradução que temos para Evangelho.

A boa notícia, isto é, o evangelho de Jesus, é que podemos ser libertos dos grilhões que nos fazem viver para nós mesmos!

·       Ele morreu a fim de que nos tornemos livres das amarras que nos fazem pensar apenas nos nossos próprios interesses!

·       Ele morreu a fim de que sejamos livres da prisão que é a incapacidade de sentir a dor dos outros!

·       Ele morreu a fim de nos libertar do apego ao dinheiro e da ilusão de achar que isso tudo que precisamos!

·       Ele morreu para que você não passe o vexame de viver uma vida egoísta, preocupado apenas consigo mesmo.

·       Ele morreu e ressuscitou a fim de que nossas vidas sejam cheias de esperança pela eternidade. A vida não termina aqui, irmãos!

·       Ele morreu por todos, a fim de que, os que vivem, não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.

Para quem você vive?

Os seguidores de Jesus são chamados pelo Espírito de Deus a viver para aquele que, por eles morreu e ressuscitou, Jesus Cristo! Viver para glória de Deus!

Existe, no entanto algo que precisa acontecer antes. Antes de viver para Cristo: você tem que morrer com ele e ser ressuscitado com ele. O que isso significa? Significa que viver para a glória de Deus está reservado para aqueles que compreendem e aceitam sua incapacidade de dar jeito na própria vida e que depositam suas vidas quebradas e defeituosas nas mãos firmes e amorosas de Jesus.

Se você quiser ganhar a sua vida, disse Jesus, você terá que perdê-la. Em outras palavras, Jesus está afirmando que qualquer um que tentar ser o guardador da própria vida vai descobrir mais tarde, e com tristeza, que a vida escorregou por entre os seus dedos. Ele está dizendo que somos incompetentes para tornar a vida tudo aquilo que ela pode ser e precisamos admitir. Esse reconhecimento é tão difícil que os escritores sagrados chamam de morte.

Esse foi um tipo de morte que Jesus experimentou e que nós também podemos experimentar: decidir confiar completamente nas orientações de Deus para vida e seguir passo a passo o que ele nos pedir para fazer. Imitando Jesus dessa maneira, você está morrendo com Cristo. Então, antes de viver para a glória de Deus, você precisa morrer com Cristo.

O que ocorre depois disso é que da mesma forma que Deus, mediante seu Espírito trouxe Cristo de volta a vida, ressuscitando-o, nossa vida nos é devolvida para que a vivamos de forma diferente, mediante o poder de Deus, que nos liberta de nós mesmos, isto é, da dominação do pecado que mora em nós.

Ora, apenas nessa nova vida que recebemos de Deus, que é uma vida dependente dele, é que você vai encontrar a capacitação para deixar de viver para si mesmos e começar a viver para Cristo Jesus, viver para a Glória de Deus; porque não há como viver para glória de Deus, como fez Jesus, sem antes morrer para si mesmo como Cristo fez e ressuscitar para uma nova vida.

Para quem você vive?

15 Ele morreu por todos, a fim de que, os que vivem, não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. 2 Co 5.14,25 (DIF)