Mostrando postagens com marcador Cristo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Cristo. Mostrar todas as postagens

11 fevereiro 2018

A esperança que há em Jesus 5


Como ressuscitam os mortos?

(I) Mas alguém pode perguntar: “Como ressuscitam os mortos? Com que espécie de corpo virão?” Insensato! O que você semeia não nasce a não ser que morra. Quando você semeia, não semeia o corpo que virá a ser, mas apenas uma simples semente, como de trigo ou de alguma outra coisa. Mas Deus lhe dá um corpo, como determinou, e a cada espécie de semente dá seu corpo apropriado. Nem toda carne é a mesma: os homens têm uma espécie de carne, os animais têm outra, as aves outra, e os peixes outra. Há corpos celestes e há também corpos terrestres; mas o esplendor dos corpos celestes é um, e o dos corpos terrestres é outro. Um é o esplendor do sol, outro o da lua, e outro o das estrelas; e as estrelas diferem em esplendor umas das outras. 1Co. 15.35-41 (NVI)

Existem questões importantes nessa primeira explicação de Paulo sobre a maneira como a ressurreição acontecerá.

A criação de Deus é multiforme e variada. Não há limites para sua criatividade. Aqui na terra e por todo universo, essa atuação criativa de Deus é maravilhosa, diversa e cheia de processos de transformações.

Dentro da realidade em que hoje existimos já há muita diversidade na criação de Deus. Mas as possibilidades se tornam inimagináveis quando entendemos que a ressurreição em Cristo Jesus, pelo poder do Espírito Santo de Deus, é um portal de entrada para uma nova realidade.

A ressurreição nos conduzirá para uma nova forma de existência. Essa nova realidade, onde a morte e o pecado já não existem, tem o potencial de ser tão diferente daquilo que vivemos hoje quanto um cajueiro é diferente de uma castanha de caju.

(II) Assim será com a ressurreição dos mortos. O corpo que é semeado é perecível e ressuscita imperecível; é semeado em desonra e ressuscita em glória; é semeado em fraqueza e ressuscita em poder; é semeado um corpo natural e ressuscita um corpo espiritual. 1Co. 15.42-44 (NVI)

Perecível
Imperecível
Desonra
Glória
Fraqueza
Poder
Natural
Espiritual

Há religiões que veem o corpo e seu impulsos como um inimigo da vida com Deus. Há outras que veem o corpo como uma prisão para a verdadeira vida, que seria a vida do espírito. Mas o evangelho de Jesus reconhece o corpo como parte da boa criação de Deus, um elemento indivisível e inseparável da complexa natureza humana.

Aqui temos espaço para uma teologia do corpo, bem como para uma mordomia do corpo.

A nova realidade inaugurada pela ressurreição não é para almas desencarnadas. Para os seguidores de Jesus o corpo não é algo sem importância ou descartável, mas uma dádiva de Deus tanto para esta vida como para a eternidade.

O ser humano foi criado por Deus nessa condição: um ser complexo com corpo (físico), mente (consciência) e espírito (fagulha divina). Não devemos tentar separar essas dimensões ou privilegiar uma em detrimento das outras.

Tudo neste texto indica que a eternidade com Deus não será desencarnada. Nem tampouco encarnada em outro corpo. Mas que deste corpo natural “semeado” pela morte surgirá um corpo espiritual capaz de viver eternamente.

Portanto, a eternidade com Jesus é esperança para todos que sofrem com seus corpos adoecidos, fracos, corrompido e mortais. Além disso, quando o Senhor por graça e misericórdia cura alguns de nós de nossas enfermidades, é como se ele nos permitisse degustar a maravilhosa realidade da qual um dia participaremos.  

(III) Se há corpo natural, há também corpo espiritual. Assim está escrito: “O primeiro homem, Adão, tornou-se um ser vivente”; o último Adão, espírito vivificante. Não foi o espiritual que veio antes, mas o natural; depois dele, o espiritual. O primeiro homem era do pó da terra; o segundo homem, dos céus. Os que são da terra são semelhantes ao homem terreno; os que são dos céus, ao homem celestial. Assim como tivemos a imagem do homem terreno, teremos também a imagem do homem celestial.

Adão
Cristo
Primeiro Homem
Último Adão
Ser vivente
Espírito vivificante
Do pó da terra
Dos céus
Imagem do terreno
Imagem do celestial

Qual a natureza desse corpo espiritual? Aqui há uma pista importante para respondermos a essa pergunta. Paulo retomou o paralelo entre Adão e Cristo para nos dizer que o corpo transformado com o qual passaremos à eternidade é semelhante ao corpo ressuscitado de Jesus Cristo. Ele também disse isso aos filipenses.

Irmãos, sigam unidos o meu exemplo e observem os que vivem de acordo com o padrão que lhes apresentamos. Pois, como já lhes disse repetidas vezes, e agora repito com lágrimas, há muitos que vivem como inimigos da cruz de Cristo. O destino deles é a perdição, o seu deus é o estômago e eles têm orgulho do que é vergonhoso; só pensam nas coisas terrenas. A nossa cidadania, porém, está nos céus, de onde esperamos ansiosamente o Salvador, o Senhor Jesus Cristo. Pelo poder que o capacita a colocar todas as coisas debaixo do seu domínio, ele transformará os nossos corpos humilhados, tornando-os semelhantes ao seu corpo glorioso. Fl 3.17-21 (NVI)

O que os evangelhos nos contam a respeito do corpo ressurreto de Jesus?

Ao cair da tarde daquele primeiro dia da semana, estando os discípulos reunidos a portas trancadas, por medo dos judeus, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “Paz seja com vocês!” Tendo dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se quando viram o Senhor. Jo 20.19,20
..........
Uma semana mais tarde, os seus discípulos estavam outra vez ali, e Tomé com eles. Apesar de estarem trancadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “Paz seja com vocês!” E Jesus disse a Tomé: “Coloque o seu dedo aqui; veja as minhas mãos. Estenda a mão e coloque-a no meu lado. Pare de duvidar e creia”. Jo 20.26,27
..........
Ao se aproximarem do povoado para o qual estavam indo, Jesus fez como quem ia mais adiante. Mas eles insistiram muito com ele: “Fique conosco, pois a noite já vem; o dia já está quase findando”. Então, ele entrou para ficar com eles. Quando estava à mesa com eles, tomou o pão, deu graças, partiu-o e o deu a eles. Então os olhos deles foram abertos e o reconheceram, e ele desapareceu da vista deles. Perguntaram-se um ao outro: “Não estava queimando o nosso coração, enquanto ele nos falava no caminho e nos expunha as Escrituras?” Lc 24.28-32
..........
Ao amanhecer, Jesus estava na praia, mas os discípulos não o reconheceram. Ele lhes perguntou: “Filhos, vocês têm algo para comer?” Eles responderam que não.

Ele disse: “Lancem a rede do lado direito do barco e vocês encontrarão”. Eles a lançaram, e não conseguiam recolher a rede, tal era a quantidade de peixes.

O discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: “É o Senhor!” Simão Pedro, ouvindo-o dizer isso, vestiu a capa, pois a havia tirado, e lançou-se ao mar. Os outros discípulos vieram no barco, arrastando a rede cheia de peixes, pois estavam apenas a cerca de noventa metros da praia. Quando desembarcaram, viram ali uma fogueira, peixe sobre brasas, e um pouco de pão.

Disse-lhes Jesus: “Tragam alguns dos peixes que acabaram de pescar”.

Simão Pedro entrou no barco e arrastou a rede para a praia. Ela estava cheia: tinha cento e cinqüenta e três grandes peixes. Embora houvesse tantos peixes, a rede não se rompeu. Jesus lhes disse: “Venham comer”.

Nenhum dos discípulos tinha coragem de lhe perguntar: “Quem és tu?” Sabiam que era o Senhor. Jesus aproximou-se, tomou o pão e o deu a eles, fazendo o mesmo com o peixe. Esta foi a terceira vez que Jesus apareceu aos seus discípulos, depois que ressuscitou dos mortos. Jo 21.4-14

Visível... palpável... com cicatrizes... alimentou-se... não era reconhecido imediatamente... memórias preservadas... não limitado pela matéria.

Há quem acredite que a vida eterna será uma espécie de existência não corpórea e não sensorial. No entanto o corpo ressuscitado de Jesus parece preservar todos os sentidos que conhecemos e, além disso, apresenta habilidades especiais que não conhecemos.

Isso parece confirmar que nossa humanidade não precisa ser negada, mas sim restaurada. Somos humanos e estamos limitados a essa condição. E é nessa condição que teremos acesso a eternidade.

Não precisaremos nos tornar anjos ou seres celestiais para estar com Jesus onde ele estiver; na verdade, mediante a ressurreição, pelo poder do Espírito Santo, veremos nossa humanidade transformada, libertada do pecado e da morte para sermos aquilo que de fato Deus planejou desde o início. Por isso...

Nossas emoções não devem ser negadas. Precisamos, sim aprender a lidar com elas de forma apropriada.

Nossos impulsos não devem ser negados, mas precisamos compreendê-los e aprender a expressá-los de forma sã e construtiva para nós e para os outros.

Nossas fraquezas não devem ser negadas. Mas reconhecidas mediante oração e pela busca da força que há no Senhor.

Nossos pecados não devem ser negados, mas sim objeto de confissão e arrependimento. Assim seremos perdoados e restaurados.

A esperança que temos em Cristo Jesus, portanto, não é a de que viveremos neste mundo uma vida impecável, mas a de que viveremos sob a graça de Deus, que nos acolheu mesmos pecadores. Não há encorajamento ao pecado quando afirmamos isso, porque não cabe nenhuma louvação à morte e à destruição. O que há é a compreensão da fala de Jesus quando ele afirmou.

 “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim chamar justos, mas pecadores ao arrependimento”.

     
CONCLUSÃO

Quero, então, concluir resgatando três elementos dessa esperança de que temos de nossa ressurreição, pelo mesmo poder que ressuscitou a Jesus.

(1) A ressurreição nos conduzirá para uma realidade onde a morte e o pecado já não existirão. Não será uma aventura extracorpórea do espírito, nem uma projeção mental, nem uma expansão da alma. Porque sob nenhuma hipótese o corpo será esquecido.

(2) Não precisaremos nos tornar anjos ou seres celestiais para estar com Jesus onde ele estiver; na verdade, mediante a ressurreição, pelo poder do Espírito Santo, veremos nossa humanidade transformada, libertada do pecado e da morte para sermos finalmente aquilo que Deus planejou desde o início.

(3) A esperança que temos em Cristo Jesus, portanto, não é a de que viveremos neste mundo uma vida impecável, mas a de que viveremos aqui sob a graça de Deus, que nos acolheu mesmos pecadores, até que seja completada em nós a obra que ele começou.

16 fevereiro 2016

Cristo vive em mim

Cristo vive em mim
Comunidade Batista Mangabeira 4 - João Pessoa/PB - Escola Bíblica  14/02/16

Introdução

Durante este trimestre vamos estudar juntos sobre a Igreja de Jesus. A igreja é ao mesmo tempo simples e misteriosa.

Nas Escrituras, os autores dos textos sagrados, sobretudo o apóstolo Paulo, utilizaram-se de diversas ilustrações para tentar explicar o significado dessa misteriosa realidade espiritual. Uma dessas ilustrações é o corpo humano. Foi exatamente o apóstolo Paulo quem utilizou essa rica ilustração.

Durante este trimestre nosso objetivo será de desenvolver uma melhor percepção sobre a realidade da igreja de Jesus e das dinâmicas espirituais em que estamos envolvidos por sermos parte dela, isto é, membros do corpo de Cristo.

Também iremos refletir sobre a vocação que temos da parte de Deus para irmos além do conhecimento das verdades bíblicas e alcançarmos a experimentação das realidades espirituais que essas verdades representam.

Para começar nossos estudos sobre esse chamado para viver a realidade do corpo de Cristo, vamos nos deter alguns momentos para compreender (1) o estado de morte da alma humana, (2) o novo nascimento, (3) a nova natureza e (4) a nova vida.

Estado de Morte

Talvez a melhor descrição do estado de morte da alma humana seja aquela feita Paulo aos irmãos de Éfeso. Vejamos:

1 Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados,2 nos quais costumavam viver, quando seguiam a presente ordem deste mundo e o príncipe do poder do ar, o espírito que agora está atuando nos que vivem na desobediência.3 Anteriormente, todos nós também vivíamos entre eles, satisfazendo as vontades da nossa carne, seguindo os seus desejos e pensamentos. Como os outros, éramos por natureza merecedores da ira. Ef. 2.1-3 (NVI)

Temos aí a condição desse estado de morte, os principais motores externos dessa morte, o modo de vida que essa morte produz e o estado de nossa relação com Deus.

Desde o jardim o ser humano colhe os frutos de sua desconfiança quanto a caráter de Deus e de sua aventura suicida de autossuficiência. Desde o Éden somos como vivos-mortos; estamos respirando, mas paira sobre nossas cabeças uma merecida sentença de morte. Nosso desejo de autonomia corrompeu nossa alma e nos incapacitou para a vida com Deus. Nosso coração está cheio de desconfiança.

Novo Nascimento

Acontece que apenas sob o reinado de Deus é que existe vida. Em Deus nós nos movemos e existimos. Fora dele nada permanece vivo. Daí as palavras contundentes de Jesus para Nicodemos.

3 Em resposta, Jesus declarou: "Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo". Jo 3.3 (NVI)

Jesus afirma que para experimentar a vida que que existe sob o reinado de Deus não é suficiente mudar algum comportamento, ou se esforçar para viver uma vida correta, ou estudar bastante a respeito de Deus. A transformação necessária para deixarmos de ser vivos-mortos é tão profunda que ele a chamou de novo nascimento. E segundo afirmou o Senhor esse novo nascimento é realizado pelo Espírito de Deus.

Nova Vida
Tanto Jesus como João falam que esse agir de Deus é como trazer à vida algo que estava morto, concedendo assim uma nova vida.

10 O ladrão vem apenas para furtar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente. Jo 10.10

11 E este é o testemunho: Deus nos deu a vida eterna, e essa vida está em seu Filho. 12 Quem tem o Filho, tem a vida; quem não tem o Filho de Deus, não tem a vida. 1 Jo 5.11,112 (NVI)

Nova Natureza

Pedro explica que essa transformação nos faz participar (até onde isso é possível) da própria natureza divina

4 Por intermédio destas ele nos deu as suas grandiosas e preciosas promessas, para que por elas vocês se tornassem participantes da natureza divina e fugissem da corrupção que há no mundo, causada pela cobiça. 2 Pe. 1.4 (NVI)

Essa nova natureza produz nós o desejo de voltar para Deus, faz-nos dispostos a desistir da aventura suicida de autossuficiência, inclina a disposição de nossas almas a nos submetermos a Deus.

Então, quando afirmamos que fomos salvos, não estamos apenas dizendo que recebemos uma passagem para o céu. Isso é uma forma mesquinha de compreender aquilo que Deus fez por nós. Salvação é a forma de explicar os efeitos de havermos recebido da parte de Deus essa nova vida, uma nova natureza, de havermos sidos “recriados” por Ele. É o que alguns chama de regeneração.

Como perceber a vida de Cristo em mim?

Até agora compreendemos o que as escrituras afirmam que acontece com aqueles que aceitam o amor de Deus e desistem esse projeto de autossuficiência.

Como isso acontece é um mistério que o próprio Deus não revelou e nem Jesus gasta tempo em explicar. Poeticamente, os profetas do Antigo Testamento afirmavam que ele iria trocar nosso coração de pedra por um coração de carne.

Por que isso acontece, tem uma única resposta em toda a bíblia: por amor. Ele faz essa transformação em nós por que nos ama.

Existe, no entanto, uma dimensão desse agir de Deus que incomoda algumas pessoas: como sei se isso aconteceu comigo? Ou melhor, como perceber a vida de Cristo em mim? Ou ainda, como a igreja pode perceber a vida de Cristo naqueles que se aproximam da congregação?

A dimensão interior dessa percepção é de foro íntimo e está relacionada com a presença do Espírito Santo em nós. É ele quem comunica essa convicção. O Espírito nos liga a Deus e por causa disso somos tomados de sentimentos de liberdade, intimidade e proximidade com Deus.

4 Mas quando chegou o tempo certo, o tempo determinado por Deus, Ele enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido judeu, 5 para comprar liberdade para nós que éramos escravos da lei, a fim de que ele nos pudesse adotar como seus próprios filhos. 6 E porque nós somos seus Filhos, Deus, mandou o Espírito de seu Filho aos nossos corações para que tenhamos o direito de falar de Deus como nosso querido Pai. Gl. 4.4-6 (OL)

Essa é uma maneira de cada um perceber a vida de Cristo em nós: estamos mergulhados nesse sentimento de filhos de um pai amado? Algo dentro de nós nos arrasta para Deus, nos leva para perto dele? Estamos envoltos numa atmosfera de confiança irrestrita em Deus?

Olhando de fora, também há sinais importantes que podem nos ajudar a perceber a vida de Cristo em nós. Um deles é o desconforto com o pecado.

Quem recebeu essa nova vida, uma nova natureza inclinada para Deus, a vida de Deus, fica muito intranquilo quando peca. Não que ele não peque, mas o pecado deixa de ser algo recebido com naturalidade. Sem a vida de Deus, somos como aquela descrição de Paulo:

também vivíamos entre eles, satisfazendo as vontades da nossa carne, seguindo os seus desejos e pensamentos.

Mas quando a vida de Deus se instala em nós algo muda. Passamos a sentir uma rejeição pelo pecado que antes não existia. Essa rejeição se apresenta na forma de uma prontidão à voz do Espírito. Nossa consciência é restaurada e se mostra mais sensível aos alertas do Espírito.

Outra questão é que a vida de Deus pulsando em alguém quebra as resistências da autossuficiência e torna essa pessoa aberta para o arrependimento. Talvez por isso os profetas falem de “coração de carne”. A convivência pacífica com o pecado ou a resistência em admiti-lo, confessá-lo e arrepender-se (mudar de direção) não é a marca daquele

Conclusão

Por que gastar tempo com esses entendimentos básicos (basilares, não simples) sobre salvação quando nosso assunto é a igreja? Porque não é possível lidarmos com as categorias e realidades espirituais acerca da igreja sem que essa percepção da vida de Cristo em nós esteja clarificada.

O Corpo de Cristo é vivo. A vida que pulsa no corpo de Cristo é exatamente a vida que habita em nós por meio do Espírito Santo. Se por ventura não houvesse vida em nós, não haveria vida na igreja, e, portanto, seríamos, no máximo, apenas uma caricatura de mal gosto daquilo que o Senhor planejou para nós.

A percepção da vida de Deus em nós, no entanto, vista de fora ou vista de dentro, é primeiro individual e só depois disso coletiva. Primeiro a vida de Deus nos é concedida para imediatamente em seguida sermos mergulhados na igreja, conectados como membros do corpo de Cristo.

Então, de forma resumida, talvez possamos dizer que existem dois aspectos que podem nos ajudar a perceber a vida de Cristo em nós:

Naquilo que chamamos dimensão interior, o foro íntimo de nossa alma, existe um aspecto positivo, porque a pessoa é tomada por uma convicção tão intensa do amor de Deus que se descobre livre para desenvolver com Deus um relacionamento de filho de pai amoroso.

Naquilo que é possível observar de fora, a vida de Deus em nós produz um permanente desconforto com o pecado. Assim, mesmo antes de sermos exortados ou admoestados, o Espírito de Deus nos comunicar sobre os aspectos de nossas vidas que não combinam com a nova natureza que recebemos.

Bibliografia de consulta
A realidade da Igreja - Watchman Nee

Traduções das Bíblia
NVI - Nova Versão Internacional
OL - O Livro

14 março 2011

Eu sou um membro do Corpo de Cristo

 Ao falar sobre os seguidores, ou discípulos de Jesus, as Escrituras usam várias comparações para tentar explicar a realidade espiritual que envolve essas pessoas.

Jesus fez algumas dessas comparaçãoes e também os apóstolos, em seus textos, tentataram explicar quem são essas pessoas decidem seguir o Rei e quais as implicações que sobrevêm a elas quando decidem seguir a Jesus.
  • Um rebanho (Atos 20:28, João 10:11, 27-28)
  • Uma festa, um casamento...
  • Uma videira (João 15:1)
  • Uma plantação ( I Cor. 3:9)
  • Uma construção ( I Cor. 3:9, I Pedro 2:5, Ef. 2:19-22)
  • Uma família (Ef. 2:19-10)
  • Um corpo (I Cor. 12:12-27)

Cada uma dessas comparações tem o propósito de nos ajudar a compreender melhor e viver melhor a realidade como seguidores de Jesus.

Então preciso deixar bem claro o meu entendimento de que essas comparações não falam sobre como são aqueles que tem o nome listado no rol de membros da organização, mas das características daqueles que se deixaram amar pelo Pai (amor demonstrado na Cruz), tiveram seus nomes escritos no livro da vida e se tornaram seguidores do Caminho.

Ora, assim como o corpo é uma unidade, embora tenha muitos membros, e todos os membros, mesmo sendo muitos, formam um só corpo, assim também com respeito a Cristo. Pois em um só corpo todos nós fomos batizados em um único Espírito: quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um único Espírito. O corpo não é composto de um só membro, mas de muitos. Se o pé disser: "Porque não sou mão, não pertenço ao corpo", nem por isso deixa de fazer parte do corpo. E se o ouvido disser: "Porque não sou olho, não pertenço ao corpo", nem por isso deixa de fazer parte do corpo. Se todo o corpo fosse olho, onde estaria a audição? Se todo o corpo fosse ouvido, onde estaria o olfato? De fato, Deus dispôs cada um dos membros no corpo, segundo a sua vontade. Se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? Assim, há muitos membros, mas um só corpo. O olho não pode dizer à mão: "Não preciso de você! " Nem a cabeça pode dizer aos pés: "Não preciso de vocês! " Pelo contrário, os membros do corpo que parecem mais fracos são indispensáveis, e os membros que pensamos serem menos honrosos, tratamos com especial honra. E os membros que em nós são indecorosos são tratados com decoro especial, enquanto os que em nós são decorosos não precisam ser tratados de maneira especial. Mas Deus estruturou o corpo dando maior honra aos membros que dela tinham falta, a fim de que não haja divisão no corpo, mas, sim, que todos os membros tenham igual cuidado uns pelos outros. Quando um membro sofre, todos os outros sofrem com ele; quando um membro é honrado, todos os outros se alegram com ele. Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo.  1Co 12:12-27 NVI 

1. Você é parte de algo maior, complexo, diverso. Assim como a mão, o pé ou o olho em relação ao corpo, os seguidores de Jesus fazem parte de um complexo de membros com natureza, características e funções distintas: o Corpo de Cristo.

A diversidade não é empecilho à unidade. Aqueles que são de Cristo (comprados pelo sangue de Cristo e adotados na família de Deus) devem resistir à tentação de padronizar as pessoas tomando a si mesmo com régua (engano religioso) e tratando com desdém aqueles que lhes parecem diferentes.

Não podemos ser iguais e formar o corpo de Cristo. Muitas mãos, não formam um corpo; muitos braços não formam um corpo. Isso nos desafia a um atitude de tolerância.

É maravilhoso ser parte do Corpo, mas lembre-se de que você é apenas um dos membros. Então, deixe de olhar apenas para si mesmo, e perceba os outros membros do corpo.
  • Olhando em volta você vai perceber pessoas com necessidades que você pode suprir. Seja o braço que se estende.
  • Olhando em volta você vai aprender a ser socorrido pelos outros. Deixe-ser tocar força das mãos. 

2. Os seguidores de Jesus estão ligados por uma conexão espiritual – assim como no corpo há ligações neurais entre os membros.

Você não pode produzir essa ligação nem negá-la(somos parte do corpo porque Deus nos resgatou em Cristo Jesus) mas você pode mantê-la saudável trazendo sempre à memória o que nos liga.
  • Pois em um só corpo todos nós fomos batizados em um único Espírito: quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um único Espírito.
  • Outra maneira de manter saudável a ligação entre nós é desenvolver o hábito de dar importância à vida das pessoas.

3. Cada membro só recebe orientação direta do Cabeça - Jesus. Por outro lado os membros podem ajudar uns aos outros e assim todos podem viver melhor.

Jesus fez uma advertência quanto a essa questão:

"Mas vocês não devem ser chamados ‘rabis’; um só é o mestre de vocês, e todos vocês são irmãos. A ninguém na terra chamem ‘pai’, porque vocês só têm um Pai, aquele que está nos céus. Tampouco vocês devem ser chamados ‘chefes’, porquanto vocês têm um só Chefe, o Cristo.  Mat 23:8-10 NVI 

No corpo de Cristo há apenas um que é Cabeça: Jesus, o próprio filho de Deus. Ele foi colocado nessa posição pelo Pai. Recebeu um nome que está acima de todo o nome e diante dele todo o joelho se dobrará.
  • Por sermos todos membros do Corpo, devemos nos tratar como companheiros de caminhada. Há funções diferentes no corpo e algumas parecem mais importantes do que outras para o funcionamento do corpo, mas todas são necessárias e indispensáveis para a plena saúde do corpo.
  • Não há chefes, não Pais, não há mestres: somos todos irmãos. Isso não invalida as diferentes funções de cada parte do corpo. O coração não é chefe do fígado, mas cada um tem “responsabilidade” e “autoridade” no que foi criado para fazer.

4. Você tem uma função. Ser o corpo de Cristo não é uma experiência contemplativa. Cada parte do corpo é chamada a encontrar sua forma de ser útil ao corpo.

Cada membro do corpo é útil para corpo. Basta ficar atento à orientações daquele que o Cabeça, porque ele nos chama a ser para o Corpo quem ele nos preparou para ser.
  • Seus dons e talentos não são para seu próprio deleite (porque não sou mão, não sou do corpo). Eles foram planejadas para servir sobretudo ao outros membros do corpo e a disposição de cada membro no corpo é uma prerrogativa de Deus (Deus dispôs cada um dos membros no corpo, segundo a sua vontade) – você deve confiar nele;
  • Descarte a ideia tola de que você foi chamado para ser ouvinte passivo. Cada parte do corpo, inclusive você, está cheia da vida de Cristo e você foi chamada para comunicar essa vida aos demais membros do corpo.
  • Não confunda ser útil com tornar-se ativista. Qualquer parte do corpo atua além dos seus limites dá mostra de que está doente e vai adoecer o corpo todo junto com ele.

5. Você não tem como prescindir do restante do corpo. Não há como abrir mão dos irmãos sem sofrer a dor da perda.

Nenhuma parte do corpo tem a prerrogativa de descartar outro membro a seu bel prazer. Seja a atitude agressiva ou de desdenho. (O olho não pode dizer à mão: "Não preciso de você! " Nem a cabeça pode dizer aos pés: "Não preciso de vocês! ").
  • Um membro do corpo adoecido não deveria ser amputado; mas sim cuidado.
  • Um membro do corpo entristecido não deveria ser deveria ser desprezado; mas sim consolado;
  • Um membro do corpo desequilibrado não devera ser deixado para trás; mas sim suportado;
  • Um membro do corpo que errou não deveria ser acusado; mas sim ensinado;
  • Um membro do corpo ferido não deveria se descartado; mas sim curado;
  • Um membro do corpo confuso não deveria ser menosprezado; mas sim orientado.

A dor de um parte do corpo é a dor do corpo todo; a alegria de um parte do corpo e a alegria do corpo todo.
  • Como é possível que o braço seja quebrado e corpo todo não sinta a dor? Como é possível que a a perna seja ferida e o corpo todo não sinta dor?
  • O que você diria se o prazer copo de água fria em meio ao calor fosse sentido só pela boca? O que você pensaria se uma massagem nos ombros não fosse sentida por todo o corpo?
  • Corpo só está sadio quando “...um membro sofre, (e) todos os outros sofrem com ele; ... um membro é honrado, (e) todos os outros se alegram com ele.”. Quando isso não acontece o corpo vai se dilacerando.

6. ... Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo.
Minha cruz (Wolô)
Jesus, tua cruz foi pesada;
O teu rosto exposto ao horror; 
Tua estrada foi dor,
Sede arfante teu fel,
Teu instante sem céu por amor...

Foi meu ego que os pregos cravou
Mas teu cravo este escravo livrou
E hoje lembro da dor que teu corpo sofreu
Para um membro do corpo ser eu...

Não deixe quem ninguém ponha em dúvida essa verdade: somos o corpo de corpo; e cada um de nós individualmente é membro desse corpo e uns dos outros.

24 janeiro 2011

Nossa identidade em Cristo - Sou Aceito


Portanto, aceitem-se uns aos outros, da mesma forma como Cristo os aceitou, a fim de que vocês glorifiquem a Deus. Rom 15:7 

INTRODUÇÃO

Os primeiros anos da vida da igreja, essa nova comunidade que surgiu a partir da assunção de Cristo e da vinda do Espírito Santo, foram marcados, entre outras coisas, pela tensão entre os convertidos de origem judaica e os demais convertidos (chamado pelo judeus de gentios).

Os apóstolos que estiveram com Jesus durante os seu ministério se voltaram para a pregação e o ensino aos judeus, enquanto Paulo, que foi alcançado por Cristo depois, voltou-se para o mundo não judeu. Através de suas viagens ele levou ao resto do mundo a mensagem do evangelho de Cristo: que Deus estava disposto a receber as pessoas em Sua família adotando-as como seus filhos exclusivamente mediante a fé em Jesus Cristo.

Acoantece que essa pregação não era completamente aceita por alguns seguidores de Jesus de origem judaica, porque eles entendiam que os costumes e as leis que faziam parte da cultura judaica há séculos deveriam ser observados também pelos seguidores de Jesus.

Uma questão dizia respeito ao tipo de comida que se deveria ou não comer, já que em volta dos templos pagãos havia um intenso comércio de carnes oriundas dos sacrifícios aos seus deuses, e os seguidores de Jesus de origem judaica eram levados a acreditar que era errado, um pecado mesmo, comer daquela carne; por outro lado muitos seguidores gentios não pensavam dessa forma e achavam normal comprar e comer da carne sacrificada aos ídolos. 

Situações como esta revelaram divergências de pensamento que estavam presente desde o começo na vida da igreja, provocando atitudes e sentimentos de rejeição mútua entre os dois grupos. Se por uma lado os irmãos de origem judaica queriam obrigar os gentios a cumprir os ritos e costumes deles, por outro lado os irmãos de origem gentia muitas vezes desprezava os judeus, seus costumes e seus rituais.

Essa rejeição, sobretudo por parte dos irmãos judeus, era tão forte que Deus precisou revelar-se em sonho a Pedro para convencê-lo de que não havia motivos para agir daquela maneira. Pedro e os demais irmãos judeus não deveriam rejeitar aqueles a quem Deus acolhera e por isso ele, Pedro, não deveria se negar a ir até a casa de um homem chamado Cornélio, gentio, para falar sobre Jesus.

Foi nesse contexto de tensão entre rejeitar ou aceitar que Paulo, escrevendo aos irmãos de Roma (Rom. 14), disse que não fazia sentido rejeitar o irmão por causa daquilo que ele come ou bebe, porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo. Em vez disso, eles deveriam aceitar-se uns aos outros, mesmo havendo diferença de entendimento sobre o que deveriam ou não comer.

O principal argumento de Paulo para encorajar os irmãos (judeus e gentios) a se aceitarem em vez de rejeitarem uns aos outros era que Cristo tinha aceito a ambos os grupos.

23 janeiro 2011

Nossa identidade em Cristo - Princípios Básicos


Temos uma nova identidade em Cristo


10  Vocês estão vivendo uma espécie de vida totalmente nova, que consiste em estar continuamente aprendendo cada vez mais o que é correto, e procurando constantemente ser cada vez mais semelhante a Cristo, que criou esta vida nova no intimo de vocês. 11  Nesta vida nova não importa a nacionalidade, a raça, a educação ou a posição social de alguém; estas coisas não significam nada. O que importa é se a pessoa tem Cristo ou não, e Ele é igualmente acessível a todos. Col 3:10,11 

1.    Quando nós decidimos confiar nele e entregar a ele nossas vidas, Cristo criou em nós uma nova natureza, inclinada para Deus.
2.    Como decorrência dessa nova natureza, vivemos um nova vida na qual estamos aprendendo como é essa nova natureza e a agir em conformidade com ela.
3.    A identidade dessa nova vida não depende de nacionalidade, raça, educação ou posição social. Nossa identidade esta apoiada naquilo que Cristo é em nós.

9  Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. 10  Antes vocês nem sequer eram povo, mas agora são povo de Deus; não haviam recebido misericórdia, mas agora a receberam.  1Pe 2:9,10

4.    Nossa identidade anterior era marcada por um relacionamento em que estávamos distantes de Deus: não tínhamos ligação com Ele, não nos considerávamos pertencentes a ele e não havíamos provado da sua misericórdia.
5.    Agora somos parte daqueles que foram eleitos por Deus. Fomos comprados por Deus (sua propriedade exclusiva), Fomos separados para Ele (santos) e feitos intercessores (sacerdotes) diante de Deus e anunciadores de tudo isso às outras pessoas.
6.    Essa nova identidade em Cristo, resultado da nova natureza que Deus criou em nós, nos garante que somos povo de Deus.

17  Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas! 18  Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, 19 ou seja, que Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo, não lançando em conta os pecados dos homens, e nos confiou a mensagem da reconciliação. 2Co 5:17 

7.    Em Cristo, fomos feitos novas pessoas. Nossa condição de inimigos de Deus foi refeita. Deus providenciou em Jesus um meio de fazermos as pazes com Ele.
8.    As coisas antigas, que são características de quem é inimigo de Deus já passaram, não precisam mais fazer parte de nossa vidas. Temos agora uma nova identidade: não somos mais inimigos, mas amigos de Deus por meio de Cristo.
9.    Esta mudança é tão significativa que as Escritura afirmam que somos novas criaturas, uma nova criação. Portanto, não precisamos mais agir como inimigos.

·       Inimigos desconfiam – Amigos confiam;
·       Inimigos ficam distantes – Amigos tem prazer em andar juntos;
·       Inimigos não seguem o conselho – Amigos ouvem orientações;
·       Inimigos não esperam perdão – Amigos tem a esperança do perdão;
·       Inimigos não esperam graça – Amigos recebem presentes;
·       Inimigos ameaçam – Amigos se rendem.

Precisamos aprender esta nova identidade

2  Não imitem a conduta e os costumes deste mundo, mas seja, cada um, uma pessoa nova e diferente, mostrando uma sadia renovação em tudo quanto faz e pensa. E assim vocês aprenderão de experiência própria, como os caminhos de Deus realmente satisfazem a vocês. Rom 12:1,2

10.Esta nova identidade que temos em Cristo, como resultado da nova natureza inclinada para Deus que Ele fez nascer em nós, não se estabelece de forma imediata em nosso modo de viver.
11.No entanto, a reconciliação com Deus é imediata. Mediante  arrependimento e decisão de confiar sua vida a Cristo, a obra dele na Cruz e imediatamente aplicada a você: você é adotado na família de Deus.
12.É preciso aprender essa nova identidade (não aprender sobre ela). É como andar de bicicleta; é preciso aprender a andar, e não aprender sobre andar.
13.É preciso adquirir novos hábitos, nova maneira de agir e pensar... é preciso desaprender o medo, desaprender a ansiedade, desaprender a desconfiança... Este aprendizado acontece por experiência própria a cada decisão de fé.

Precisamos nos apropriar desta nova identidade

1  VEJAM COMO nosso Pai celestial nos ama tanto, pois Ele nos permite ser chamados seus filhos - meditem nisto - e realmente nós somos. Entretanto visto que tanta gente não conhece a Deus naturalmente não compreende que somos seus filhos. 2  Sim, queridos amigos, nós já somos filhos de Deus, agora mesmo, não podemos nem imaginar como vai ser mais tarde. Mas sabemos isto, que quando Ele vier nós seremos semelhantes a Ele, como resultado de O vermos como Ele realmente é. 3  E todo aquele que verdadeiramente crê nisto, procurará permanecer puro, porque Cristo é puro. 1Jo 3:1-3 

14.Se você arrependeu-se de tentar dirigir a própria vida e confiou a Jesus a direção do seu viver, então você foi adotado na família de Deus e você é um filho de Deus. Não deixe que ninguém ponha dúvidas em sua mente.
15.Não fique confuso com o fato de que você ainda não se vê semelhante a Jesus em tudo. O fato de você ainda não estar produzindo plenamente todos os frutos não pode roubar a sua identidade em Cristo.
16.Aproprie-se da convicção de que o mesmo Deus que começou a boa obra em você irá concluí-la. Um dia seremos semelhantes a Jesus, o primogênito dessa grande família de Deus.
17.Viva à luz dessa verdade. Viva conforme essa nova identidade que você recebeu em Cristo Jesus. Viva de acordo com Cristo, porque é assim que Deus o vê hoje, e é assim nós nos veremos quando Ele vier.

12 dezembro 2010

Nossa Identidade em Cristo 5


Filhos de Deus

Sobre o que estamos falando quando usamos a expressão filhos de Deus? Estamos falando de um relacionamento. Quando ouvimos e falamos a expressão filhos de Deus, o que vêm à nossa mente é o que conhecemos a respeito de pais e filhos, os modelos e esquemas de relacionamento que já vimos ou experimentamos.

Mas o que garante que os esquemas de relacionamento entre pai e filho que nós conhecemos sejam aquilo que as Escrituras querem dizer quando usam a expressão filhos de Deus? Parece que ao falar dessa maneira o Espírito Santo desejou fazer comparações, mas nada garante que aquilo que nós conhecemos como sendo uma relação entre pai e filho seja o que Deus deseja que aconteça entre nós e Ele.

Esse engano muitas vezes acaba sendo uma barreira. Porque ao falar de Deus como pai e nos identificarmos como seus filhos, vêm à nossa mente (consciente e subconsciente) uma série de arquétipos, de modelos de relacionamento que podem tornar nossa relação com Deus um desastre.

Assim, alguém que tinha ou tem um pai violento, em sua relação com Deus, sem perceber pode enfatizar alguns dos aspectos do caráter de Deus (como o seu poder) em detrimento de outros (como sua gentileza) e começar a criar um deus à semelhança do seu pai. Quando der conta de si ele poderá estar em lutas com um Deus ameaçador; uma caricatura de Deus.

Então, o ponto de partida para compreender melhor o significado da expressão filhos de Deus talvez seja reconhecer que estamos falando da restauração de um relacionamento. Quando nos referimos aos filhos de Deus estamos falando sobre pessoas que desistiram da desconfiança como um modo de vida (o que leva à solidão e ao sobressalto) e passaram a se relacionar com Deus com uma atitude de confiança em quem Ele é, no que Ele diz e naquilo que Ele faz.