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29 agosto 2016

Glorioso Dia!

Glorioso Dia!

Introdução

É uma alegria, irmãos, voltar aqui para compartilhar as Escrituras com vocês. Nosso tema hoje é uma das realidades mais maravilhosas da fé cristã e, ao mesmo tempo, um dos assuntos mais desprezados nos púlpitos cristãos: a volta de Jesus.

1"Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em mim. 2Na casa de meu Pai há muitos aposentos; se não fosse assim, eu lhes teria dito. Vou preparar-lhes lugar. 3E se eu for e lhes preparar lugar, voltarei e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver. Jo 14. 1-3 (NVI)

O texto que lemos foi registrado pelo apóstolo João. Ele, assim como os outros discípulos, ouviu da boca do próprio Jesus, de forma direta, natural, sem rodeios e sem alegorias, essa que é, talvez, umas das realidades mais impactantes do evangelho: Jesus voltará para buscar o seus!

Agora, como foi que essa conversa de “voltar” começou? Começou porque Jesus, um pouquinho antes, no capítulo 13, disse o seguinte aos seus discípulos:

33Meus queridos filhos, vou estar convosco por pouco tempo mais! E então, apesar de me procurarem, não poderão vir ter comigo... Jo 13.33 (OL)

Essa fala de Jesus não passou despercebida. Aqueles homens seguiam o Mestre há três anos. E não era como seguir um famoso no Facebook, não! Seguir a Jesus era andar com ele pelas mesmas ruas, frequentar os mesmos lugares, ir às mesmas festividades, comer juntos no mesmo lugar, orar juntos no mesmo monte... Então, quando Pedro ouviu que Jesus ia para um lugar onde eles não o poderiam acompanhar, ele falou o seguinte:

36"Senhor, para onde vais?Jo 13.36 (NVI)

Pedro e os demais discípulos não estavam compreendendo, por isso ficaram apreensivos. Eles não queriam ficar longe do seu Mestre. Jesus estava falando de seu martírio, de sua morte na cruz, e de sua ressurreição, mas os discípulos não tinham a menor ideia do que iria acontecer.

Pedro, então insistiu na pergunta:

37"Senhor, por que não posso seguir-te agora? Darei a minha vida por ti!" Jo 13.36 (NVI)

Foi em meio à angústia que tomou conta dos discípulos, prestes que estavam a perder a convivência com seu Mestre, que Jesus falou do lugar para onde ele irá: a casa do pai. Um lugar com muitos aposentos e espaço suficiente para abrigar a todos.

De fato, tudo isso aconteceu. O sofrimento, a morte de cruz, a ressurreição e também o seu retorno para a casa do Pai. Esse é o testemunho das Escrituras sobre a assunção de Jesus.

9Tendo dito isso, foi elevado às alturas enquanto eles olhavam, e uma nuvem o encobriu da vista deles.10E eles ficaram com os olhos fixos no céu enquanto ele subia. De repente surgiram diante deles dois homens vestidos de branco,11que lhes disseram: "Galileus, por que vocês estão olhando para o céu? Este mesmo Jesus, que dentre vocês foi elevado ao céu, voltará da mesma forma como o viram subir". At 1.9-11(NVI)

Então, queridos irmãos, alguém que não creia, no profundo de sua alma, que Jesus viveu com um de nós, que ele sofreu sem merecer, morreu em uma cruz, ressuscitou dentre os mortos e foi elevado aos céus, não tem motivos para acreditar no Dia Glorioso de sua segunda vinda.

Portanto, esse Dia Glorioso, de forma nenhuma, deve ser usado para fazer ameaças para quem não crer. Não fomos chamados para ameaçar quem quer que seja, mas para amar. Tentar fazer com que alguém comece a crer em Jesus pelo medo não é um bom caminho. O caminho para alguém entregar sua vida a Jesus é ser alcançada pelo amor. Esse é o caminho sobremodo excelente.

Dia Glorioso: motivo de paz

Como já vimos, Jesus começou a falar da casa do Pai, para onde ele ia e para onde ele vai nos levar, quando os discípulos estavam angustiados com a possibilidade não podem mais estar junto com o mestre.

Quem os ensinaria? Quem os confortaria nos dias ruins? Que compreenderia suas dúvidas? Quem os encorajaria a serem pessoas melhores? Quem desvendaria seus corações pecadores e ofereceria perdão? Os discípulos não podiam nem pensar em ficar longe do Mestre!

Diante de tantas inquietações, o Senhor procurou aquietar os discípulos e afirmou:

1"Não se perturbe o coração de vocês. Jo 14.1 (NVI)

Queridos irmãos, muitas vezes nós também somos tomados pela angústia e pela inquietação. Muitas vezes a ansiedade a respeito da vida, daqueles que amamos e sobre nós mesmo cresce e nos consome. Quando isso acontecer, lembre-se das palavras de Jesus.

Não deixe que seu coração se perturbe demasiadamente com as circunstâncias dessa vida. Lembre-se de que Jesus foi preparar a casa do Pai para nos receber e um dia estaremos com Ele, usufruindo da eternidade para a qual fomos criados. Começa aqui e agora, mas não podemos esquecer de que nossa existência não está limitada a esta vida.

Portanto, irmãos, mesmo quando as circunstâncias do dia-a-dia não são tão boas quanto gostaríamos, essa esperança do Glorioso Dia da vinda de Cristo deve nos encher de paz, pela convicção que temos de que Ele virá e nos levará para si. Devemos pensar com o apóstolo Paulo que disse: 7Porque vivemos por fé, e não pelo que vemos. 2 Co 5.7 (NVI)

Dia Glorioso: motivo de confiança

Aquele era um momento difícil. Os discípulos estavam confusos com o que Jesus acabara de dizer. Eles tinham deixado tudo para seguir o Messias, o enviado de Deus. Mas Jesus acabara de dizer que isso tudo ia acabar.

Acho que os discípulos foram invadidos por dúvidas nesse momento. Será que eles haviam sido enganados por um falso Messias que agora estava indo embora? Será que eles tinham desperdiçado três anos de suas vidas seguindo a pessoa errada? Será que valia a pena continuar ao lado de Jesus? Essas e outras perguntas certamente vieram às suas mentes naquele momento.

Ao perceber as dúvidas que consumiam aqueles homens, o mestre faz um convite:

1...Creiam em Deus; creiam também em mim. Jo 14.1 (NVI)

Esse mesmo chamado, um convite para confiar, o Mestre faz hoje pra você. Os dias são difíceis e as dúvidas também rondam nosso coração. Será que esse negócio de igreja, bíblia, oração e Jesus vale a pena? Será que não é um desperdício de vida usar o pouco tempo que me resta, depois de um dia de trabalho, conversando sobre fé, santidade e vida de adoração a Deus? Não é melhor eu cair fora e procurar outra turma?

As mesmas palavras ditas por Jesus aos seus discípulos dois mil anos atrás ecoam hoje em seus ouvidos: creiam em Deus! Confiem em mim! Há uma promessa feita pelo filho de Deus de que ele vai voltar. Alimente seu coração com essa esperança! Seguir a Jesus começa a produzir frutos agora, sim, mas não é um projeto apenas para esta vida; continua por toda a eternidade.

Portanto fortaleça seu coração com a esperança da volta do Senhor! Você verá que os dias serão mais leves, o consolo será presente e sua confiança será renovada; não com expectativas falsas de uma vida sem sofrimento, mas pela convicção de o Senhor está conosco agora e de que um dia, quando ele vier, tudo será exatamente como deveria ser.

Dia Glorioso: vou preparar uma festa

Sempre que leio essa conversa de Jesus com seus discípulos, penso que ele abriu os braços e também um grande sorriso quando disse:

2Na casa de meu Pai há muitos aposentos; se não fosse assim, eu lhes teria dito. Vou preparar-lhes lugar. Jo 14.2 (NVI)

No momento em que seus amigos estavam confusos sobre esse lugar para eles não poderiam acompanhá-lo, Jesus tenta tranquilizá-los, dizendo para onde ele ia e o que ia fazer. Não era preciso que eles se preocupassem ou ficassem angustiados, porque Jesus ia retornar para a casa de seu Pai e a razão era preparar lugar para eles.

Uma grande festa! Jesus foi elevado aos céus e retornou para a presença de Deus a fim de preparar a eternidade para nossa chegada. Há lugar para todos, mas é preciso preparar tudo para a maior e mais importante celebração de todos os tempos. A festa das bodas do cordeiro:

6Então ouvi algo semelhante ao som de uma grande multidão, como o estrondo de muitas águas e fortes trovões, que bradava: "Aleluia! pois reina o Senhor, o nosso Deus, o Todo-poderoso.7Regozijemo-nos! Vamos nos alegrar e dar-lhe glória! Pois chegou a hora do casamento do Cordeiro, e a sua noiva já se aprontou.8Foi-lhe dado para vestir-se linho fino, brilhante e puro". O linho fino são os atos justos dos santos.9E o anjo me disse: "Escreva: Felizes os convidados para o banquete do casamento do Cordeiro! " E acrescentou: "Estas são as palavras verdadeiras de Deus". Ap 19.6-9 (NVI)

Naquele momento os discípulos ainda não sabiam sobre essa grande festa. É possível que eles nem tenham compreendido muito bem o que Jesus disse sobre ir para a casa do Pai e preparar lugar. Mas nós, irmãos, nesse aspecto somos mais abençoados porque o Espírito de Deus revelou ao apóstolo João, na sua velhice, esse quadro maravilhoso.

A festa está sendo preparada. A história da humanidade, a minha história e a sua história estão sendo guiadas por Deus para que Ele receba o justo reconhecimento, o justo louvor e a justa adoração que ele merece. Quando tudo estiver pronto, quando a noiva que é a igreja estiver sido preparada, quando tudo houver se completado, então virá o Glorioso Dia!

Quando penso nisso meu coração se enche de expectativa e às vezes de apreensão. Tem sido assim no transcorre dos últimos dois mil anos. Por isso acho que nesse ponto vale pena deixar duas orientações:

1)  Não há razão para tentar apressar a chegada desse dia. É claro que podemos desejar que chegue logo. No livro do Apocalipse há uma palavra que expressa esse desejo: maranata. Mas não há nada que possamos fazer para antecipar as bodas do Cordeiro. Tudo acontecerá no tempo de Deus, quando a noiva estiver pronta e chegar a hora.

2)  Não há razão fixar sua mente nesse glorioso dia e esquecer a vida que estamos vivendo agora. Na verdade, João afirma que a noiva, que é a igreja, estará vestida de linho fino, brilhante e puro, e que esse linho representa os atos de justiça dos santos. Isso quer dizer que a maneira como vivemos nossas vidas aqui e agora é de grande importância para a festa que virá.

Dia Glorioso: a festa está pronta

Nessa conversa que Jesus teve com seus discípulos, um pouco antes de sua prisão, ele deixou transparecer algo que enche o meu coração de alegria. O Senhor não vem apenas cumprir a agenda celestial marcada desde a eternidade. Isso também. Ele nos revela algo muito pessoal nesse seu retorno: ele deseja nossa companhia:

3E se eu for e lhes preparar lugar, voltarei e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver. Jo 14.3 (NVI)

Que coisa maravilhosa, irmãos! Jesus vem nos buscar para ficarmos junto com ele, onde ele estiver. Ele nos quer ao seu lado, participando de daquilo que o Pai preparou desde a eternidade. Esse dia glorioso será o dia do reencontro de Jesus com seus discípulos e amigos. Como um irmão mais velho cuidadoso e amoroso, Jesus aguarda o dia em que estaremos todos jutos. O apóstolo Paulo pode nos ajudar a compreender isso. Veja o que ele diz:

29-30Porque desde o princípio de tudo Deus decidiu que aqueles que viessem até ele, e ele já sabia quem seria, se tornariam semelhantes ao seu Filho, a fim de que o seu Filho fosse o primeiro entre muitos irmãos. E, tendo-nos escolhido, chamou-nos para si; e quando viemos, respondendo à sua chamada, ele nos reconciliou consigo, concedendo-nos o direito à sua glória. Rm 8. 29,30 (OL)

Quando a festa estiver pronta Jesus voltará, irmãos! Ele se fez gente, viveu entre nós e entregou sua vida como um sacrífico, em nosso lugar, para que esse Glorioso Dia aconteça. E acontecerá, assim como foi revelado ao apóstolo João.

A festa está preparada para os amigos de Jesus, para aqueles que desejam estar com ele, para aqueles que o amam e são gratos pelo que Jesus fez por eles. A festa está pronta, mas você está pronto para participar dela? Jesus é aquele amigo que participa das coisas da sua vida, ou é apenas uma imagem, um crucifixo, uma oração repetida, uma marca na capa da bíblia?

Você precisa conhecer mais sobre o que Jesus fez por você. Você deve procurar saber sobre o significa a morte dele na cruz, sobre como isso foi uma prova de amor. Você precisa descobrir o quanto Deus o ama e o quanto ele deseja cuidar de você, torná-lo uma pessoa melhor e fazer de você alguém parecido com Jesus, que confia completamente no amor do Pai.

Dia Glorioso: quando e como será?

É normal que nossa curiosidade fique aguçada com esse evento tão importante para aqueles que confiaram sua vida ao Senhor. Os discípulos também ficaram curiosos. Quem registrou essa curiosidade foi Mateus:

3 Tendo Jesus se assentado no monte das Oliveiras, os discípulos dirigiram-se a ele em particular e disseram: "Dize-nos, quando acontecerão essas coisas? E qual será o sinal da tua vinda e do fim dos tempos? " Mt 24.3 (NVI)

Que bom que os discípulos perguntaram! É bem possível que eles esperassem respostas bem objetivas, mas Jesus faz diferente: ele relatou um imenso cenário, em que várias coisas estão acontecendo ao mesmo tempo. Aparentemente Jesus estava se referindo aos tempos que sucederão ao arrebatamento da Igreja, tempos duríssimos que serão experimentados pelo povo eleito de Deus: os descendentes de Abraão.

Jesus falou de perseguição, do esfriamento do amor e dos falsos messias que aparecerão. Ele disse que serão tempos de guerra entre as nações, de fome no mundo e muitos terremotos. Jesus disse também que o tempo que antecederá sua vinda será marcado pelo aparecimento de numerosos falsos profetas, que falando em nome de Deus enganarão muitas pessoas. Ele disse que serão realizados sinais miraculosos e maravilhas impressionantes com o propósito de enganar o povo escolhido de Deus.

Mas, quando tudo isso acontecer, irmãos, aqueles que confiaram em Jesus como seu Senhor e salvador não estarão mais aqui. O Senhor já terá nos levado para si, para a grande festa que está preparando. Antes de tudo isso acontecer, algo tremendo a maravilhoso acontecerá primeiro. Vejamos o diz o apóstolo Paulo a respeito desse evento que provocará grande confusão em todo o mundo.

15Dizemos a vocês, pela palavra do Senhor, que nós, os que estivermos vivos, os que ficarmos até a vinda do Senhor, certamente não precederemos os que dormem.16Pois, dada a ordem, com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá do céu, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro.17Depois disso, os que estivermos vivos seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares. E assim estaremos com o Senhor para sempre.18 Consolem-se uns aos outros com estas palavras. 1 Ts 4.15-18

As imagens que foram reveladas a Paulo pelo Espírito de Deus são impressionantes e tremendas! É assim que Jesus virá buscar sua igreja! É assim que a noiva será arrebatada para encontrar-se com o noivo. Primeiro todos aqueles que morreram confiando no Senhor serão ressuscitados e terão seus corpos devolvidos. Depois os que estiverem vivos naquele dia terão seus corpos transformados e então todos juntos nos encontraremos com o Senhor Jesus para a grande celebração que marcará o início da eternidade com Cristo.

Portanto, meus irmãos. Nós não estamos abandonados neste mundo louco. Não estamos vivendo como se não houvesse amanhã, como alguns poetas propõem. Nós, os que cremos na vida, morte, ressurreição e ascensão de Jesus, aguardamos com alegria e expectativa o seu retorno. A eternidade que nos espera não nos foi completamente revelada, para sabemos que será tudo aquilo que Deus tem preparado para aqueles que o amam.

Minha oração ao final dessa reflexão é um pedido a Deus para nossos olhos permaneça voltados para Cristo, que nossos corações sejam preenchidos com paz e nossa fé no Senhor se fortaleça. Porque a festa está quase pronta, o dia já se aproxima, já está às portas o tempo em que a dor, o choro e o lamento serão banidos e todas as convergirão para Cristo.

33Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e inescrutáveis os seus caminhos! 34"Quem conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro?" 35"Quem primeiro lhe deu, para que ele o recompense?" 36Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre! Amém. Rm 11.33-36

27 novembro 2015

Em paz com Deus



Em paz com Deus
Comunidade Batista Mangabeira 4 - Vigília de Oração

Esta semana fui provocado pela postagem de um amigo no Facebook. Diante da onda de violência e medo na Europa, com ameaças de bomba e atentados terroristas, ele fez um desafio aos cristãos pacifistas:

“Hoje a escolinha do meu filho André, que funciona num prédio adjacente a um hospital, foi evacuada por uma ameaça de bomba. Fiquem caladinho aí, crentes pacifistas, quando a ameaça de bomba for na escola dos seus filhos, você estará qualificado a palpitar sobre a política dos outros países. ”

Segundo o meu amigo, os crentes que falam contra a violência ou falam a favor da paz, só fazem isso porque ainda não forma diretamente atingidos pelo medo e o horror.

Minha TL está lotada: palavras de baixo calão, acusações sem prova, incentivo à violência, apoio a justiceiros, vídeos de linchamento, afrontas pessoais a políticos e autoridade, frases sectárias e racistas... a maioria delas postadas por crentes. É esse o caminho proposto para Jesus por seus seguidores?

Pacificadores X Pacifistas

Meu amigo falou dos pacifistas, que são os seguidores do pacifismo (uma corrente filosófica que se opõe à guerra). Já Jesus falou sobre os pacificadores. 

Veja o que ele afirmou:

“Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus. ” Mt 5.9

Algumas traduções utilizam “Feliz” no lugar de Bem-aventurado, e outras usam “abençoado”. No final das contas, parece que Jesus está falando algo muito positivo sobre os pacificadores – ou pacíficos. O adjetivo grego pode ser entendido das duas formas.

Diante das duas formas, acho que Jesus está apresentando duas características diferentes sobre os pacificadores: (1) eles promovem a paz e (2) vivem em paz.

Promover a paz tem relação com nossa intervenção no mundo ao nosso redor. Não é difícil concordar que as pessoas andam por aí à beira de um colapso, envolvidas em guerras e conflitos umas com as outras. Promover a paz tem a ver sobre como nós lidamos com isso.

Somos como uma alavanca que se enfia no meio da engrenagem desgastada dos relacionamentos e acaba com a última esperança de paz, ou somos com graxa macia que lubrifica e reduz o atrito entre as pessoas?

Viver em paz tem relação com nossas próprias guerras e desacertos. Que tipo de pessoas somos quando nossos direitos são negados, nosso orgulho é ferido, nossos bens são danificados e nossas famílias são ameaçadas?

Se prestarmos atenção, veremos que a fala de Jesus sobre os pacificadores é surpreendente e inquietante. Ele sugere algo inusitado: que a felicidade experimentada por quem promove a paz ou simplesmente vive em paz não é a ausência de guerras, mas o fato de que eles serão reconhecidos pelas outras pessoas como filhos de Deus, pessoas cujo relacionamento com Deus está pacificado.

Esse entendimento é desafiador porque algumas pessoas podem pensar que o prêmio dos pacificadores é a paz. Jesus, no entanto, parece afirmar que os pacificadores já têm a paz instalada dentro deles, como resultado de haverem feito as pazes com Deus.

A filosofia pacifista, de certa forma, busca a paz como um prêmio a ser alcançado; já os pacificadores segundo Jesus foram alcançados pela paz mediante sua reconciliação com Deus. Por isso distribuem paz por onde passam.

Paz com Deus

Ao chamar de felizes e abençoados aqueles que promovem a paz e vivem em paz, porque serão reconhecidos como filhos de Deus, Jesus estava afirmando que o estilo de vida dos pacificadores é uma decorrência direta de fazerem parte da família de Deus.

Segundo Jesus, as pessoas olharão para nosso modo de vida e reconhecerão pelos nossos procedimentos que estamos em paz com Deus. Será que está acontecendo assim?

Bom, talvez, ao olhar para os problemas do seu dia-a-dia, na fila do banco, no trânsito da cidade, na reunião de família, nos encontros com os irmãos da igreja, você comece a questionar sobre essa paz com Deus. Será que realmente aconteceu comigo?

Vamos ver a explicação do Apóstolo Paulo sobre essa “paz com Deus”, que é o motor da vida dos pacificadores:

“Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a essa graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus. ”

As palavras de Paulo são reveladoras. Ao falar que a paz com Deus chega por meio de Jesus, ele aponta para o estado do nosso relacionamento com Deus antes de Jesus: belicosidade. Antes de Jesus estávamos armados até os dentes contra Deus e sua palavra.

A guerra que muitas pessoas travam dentro de si é sobre a real existência de Deus e sobre seu caráter.

As pessoas descreem na ideia de um Criador; rejeitam a noção de um criador soberano; e desconfiam de um criador soberano e amoroso, que sabe o que é melhor pra nossa existência e deseja nos presentear com esse melhor.

Paulo aponta para o caminho da confiança em Deus para que essa guerra termine. É mediante a fé que somos justificados; é pela fé que temos acesso à graça de Deus. Isso significa que a saída é nos rendermos. O ser humano é chamado a confiar no amor de Deus demonstrado por Jesus Cristo.

Ao nos aproximarmos de Deus crendo no amor dele por nós (diante do que fez Jesus na cruz), somos imediatamente perdoados. Por causa de nossa confiança em Jesus abraçando o significado da cruz recebemos um presente: Deus nos declara justos. Isso significa que o nosso relacionamento com Ele é restaurado e se torna aquilo que deveria ser.

Antes de Jesus a marca era de rebeldia e desconfiança, o que nos tornou inimigos de Deus; agora é de submissão e confiança, o que nos fez parte de sua família. Não é à toa que, escrevendo aos irmãos da cidade de Éfeso, o apóstolo afirma sobre Cristo: “Ele é a nossa paz”.

Concluindo

Meu amigo, que é também um seguido de Jesus, chamou os crentes de pacifistas. Talvez alguns de nós realmente sejamos apenas isso: pessoas que são contra a guerra e as desavenças, que buscam a paz como um prêmio a ser alcançado.

Mas o chamado que temos de Jesus através do evangelho vai além do pacifismo. É para assumirmos nossa condição de pacificadores, pessoas que foram alcançadas pela paz no dia em que se renderam a Deus; pessoas que distribuem paz por onde passam, porque tiveram suas almas pacificadas pelo grande amor de Deus e agora fazem parte da grande família de Deus.

Não desanime se você se percebe um gladiador da fé. Também não fique triste se suas atitudes se parece com a dos pacifistas, sempre em busca da paz em algum lugar. Quem um dia entregou os pontos e desistiu de brigar com Deus, confiando na obra de Cristo na cruz, tem dentro de si os recursos para ser um pacificador. Seu relacionamento com Deus já foi pacificado e colocado na perspectiva certa, agora você precisa apropriar-se dessa verdade: não há nada temer!

É o próprio Jesus quem diz:


“Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus. ” Mt 5.9

29 junho 2015

Lugar de oração, comunhão, paz e amor


Mensagem pregada em 28/06/15 no aniversário de fundação
 da Igreja Evangélica Batista no Castelo Branco - João Pessoa/PB

Texto Básico – Hebreus 10

Agradecimentos

Hoje é dia de festa e celebração por mais um ano de existência da igreja batista, aqui no Castelo Branco. Eu estou convicto de que o testemunho do amor de Deus, revelado em Jesus, tem sido apresentado com graça e compaixão através dos irmãos aqui presentes e de muitos outros que por aqui passaram durantes esses 17 anos.

Para mim é um privilégio e uma alegria poder compartilhar as Escrituras em uma data tão especial. Por isso, deixo aqui meu agradecimento pelo convite feito através do querido Anchieta, diácono nesta igreja e companheiro nos estudos teológico ali no ITEBES.

Minha gratidão também ao Pr. Juarez por compartilhar de forma generosa o púlpito desta amada igreja.

Peço os irmãos que agora orem comigo pedindo ao Senhor que continue falando conosco e nos dê compreensão do texto bíblico em que vamos refletir. Peça junto comigo que Ele também nos dê força e coragem para aplicar Sua Palavra em nossas vidas.

A Carta aos Hebreus

Não sabemos com certeza quem foi o autor da Carta aos Hebreus. Alguns pensam ter sido o apóstolo Paulo, outros acham que a carta poderia ter sido escrita por Apolo. Provavelmente o texto foi escrito na década de 60 do primeiro século da era cristã, portanto menos de 40 anos depois da morte e ressurreição de Jesus.

Pelo teor da carta é fácil concluir que ela foi endereçada a judeus que haviam se convertido a Cristo. O texto fala muito de rituais e práticas que eram comuns na antiga aliança e tenta ajudar seus leitores a compreender como é viver a vida com Deus nessa nova aliança que Jesus inaugurou.

Os judeus cristãos vinham de uma origem muito religiosa, isto é, antes de seguirem a Jesus eles seguiam uma porção de regras de comportamento e rituais de culto. De certa forma, eles eram como muitos de nós que chegamos a Cristo vindos do catolicismo tradicional, das crenças e crendices populares ou do esoterismo supersticioso e seus rituais.

O escritor dessa carta procurou deixar bem claro que todo esforço religioso para reconectar o ser humano a Deus é insuficiente. Ele aponta para Jesus e sua morte na cruz como o caminho eficaz e suficiente para que a ação de Deus seja completa em nossas vidas.

Ele explica que tentar trazer regras e ritos religiosos, crendices ou superstições e misturar isso com a nova aliança firmada em Cristo Jesus só faz confundir as pessoas e retardar o processo de santificação em nossas vidas. Tanto isso é verdade, que no capítulo 5 o autor deixa claro que, pelo tempo de fé, muitos dos irmãos para quem a carta foi escrita já deveriam ser mestres da Palavra, mas continuavam como crianças, que não podem comer comida sólida, mas apenas leite e papinha.

Sacrifícios e Sacerdotes

A religião judaica, de onde aqueles irmãos hebreus vieram, era uma religião de sacrifícios e sacerdotes. Eles tinham uma lei a ser cumprida e esforçavam-se para fazer tudo quanto estava escrito nela. Quando eles fracassavam, e se tornavam culpados por quebrar a Lei, ofereciam sacrifícios e faziam ofertas demonstrando seu arrependimento e pedindo perdão a Deus.

Isso pode parecer um bom caminho para alguns, mas o escritor de Hebreus, meus irmãos, nos ajuda a entender que esse modo de viver a fé não era (e não é) eficaz, mas apenas um vislumbre, uma imagem retorcida, uma sombra daquilo que a Nova Aliança em Cristo finalmente nos trouxe.

 1 A Lei traz apenas uma sombra dos benefícios que hão de vir, e não a realidade dos mesmos. Por isso ela nunca consegue, mediante os mesmos sacrifícios repetidos ano após ano, aperfeiçoar os que se aproximam para adorar. 2 Se pudesse fazê-lo, não deixariam de ser oferecidos? Pois os adoradores, tendo sido purificados uma vez por todas, não mais se sentiriam culpados de seus pecados. 3 Contudo, esses sacrifícios são [apenas] uma recordação anual dos pecados, 4 pois é impossível que o sangue de touros e bodes tire pecados. (Hebreus 10.1-4 – NVI)

Hoje em dia há muitas pessoas que tentam reviver esse esquema de sacrifícios e sacerdotes. Há lugares onde as pessoas são chamadas a fazerem sacrifícios (o que normalmente envolve dinheiro ou bens) para que Deus possa ouvi-las e atende-las. Esses guias agem como os antigos sacerdotes, como se fossem mediadores entre as pessoas e Deus.

Antigamente apenas os sacerdotes autorizados é que sabiam como era o culto que Deus aceitava. Eram eles que conheciam as regras para os sacrifícios e que apresentavam as ofertas diante de Deus. Mas esse sistema era apenas um prenúncio do que estava adiante. Em Cristo todo esse modelo caducou, porque não era eficaz para remover os pecados.

11 Dia após dia, todo sacerdote apresenta-se e exerce os seus deveres religiosos; repetidamente oferece os mesmos sacrifícios, que nunca podem remover os pecados. (Hebreus 10.11 – NVI)

Meus irmãos, a partir de Cristo não existe mais a figura do líder religioso cumprindo funções sacerdotais; não precisamos mais de sacerdotes, porque Cristo, o perfeito sacerdote, intercede por nós hoje.

Tampouco há a necessidade de que sacrifícios (correntes, novenas, dízimos, jejuns, vigílias, etc.)  sejam oferecidos a Deus para que Ele seja bondoso conosco e ouça nossas orações; Jesus já se ofereceu, uma única vez, como oferta perfeita em nosso lugar. Vejamos o que diz o escritor da carta aos hebreus:

12 Mas Cristo entregou-Se a Si mesmo a Deus pelos nossos pecados, como um único sacrifício duma vez para sempre, e depois Se assentou no lugar de maior honra à direita de Deus, 13 esperando que os seus inimigos sejam postos debaixo dos seus pés. 14 Pois por meio daquela oferta única Ele tornou perfeitos para sempre aos olhos de Deus todos quantos Ele está santificando. (Hebreus 10.12-14 - BV)

O que isso tudo tem a ver como nosso tema?

É simples. Estamos pensando hoje na igreja como Casa de Deus, um lugar de oração, comunhão, paz e amor. Mas, enquanto fazemos isso nosso passado religioso e a influência de muitos pregadores midiáticos, pode nos levar à ideia de que ser igreja, e experimentar a bênção da oração, da comunhão, da paz e do amor, tem a ver com sacerdotes e sacrifícios.

De forma equivocada, podemos imaginar que aquilo que desejamos viver como igreja é o resultado do esquema de sacerdotes e sacrifícios. Mas não é verdade!

Oração, comunhão, paz e amor acontecem quando cada um de nós se deixa guiar pelo Espírito Santo e se permite moldar pela Mente de Cristo. É a renovação da mente pelo Espírito de Deus, mediante a Palavra, que produz transformações em nossas vidas.

Portanto, meus irmãos, se queremos experimentar, como igreja, a plenitude daquilo que Deus tem preparado para nós, precisamos deixar de ser meninos na fé e assumir a responsabilidade de nossos relacionamentos com Deus. Devemos deixar de lado a postura de dependência, tanto dos que se fazem sacerdotes quanto daqueles que nós fazemos sacerdotes, e caminhar em direção Deus por meio de Cristo Jesus. Vejamos o que nos diz o escritor da carta aos hebreus:

19 E assim, queridos irmãos, por causa do sangue de Jesus, nós agora podemos ir diretamente até dentro do Santo dos Santos, onde Deus está. 20 Este é o caminho novo, recém-aberto e vivificante que Cristo nos franqueou ao rasgar a cortina - O seu corpo humano - para dar-nos acesso à presença santa de Deus. 21 E, visto que este nosso grande Supremo Sacerdote governa sobre a casa de Deus, 22 entremos e vamos diretamente ao próprio Deus, com o coração sincero e confiando plenamente que Ele nos receberá, porque o sangue de Cristo já foi salpicado em nós para nos purificar, e porque já fomos lavados com a água pura ( do batismo pelo Espírito Santo ). (Hebreus 10.19-22 - BV)

Templos e altares

Outra parte fundamental da religião dos hebreus era o templo. Desde o primeiro, construído por Salomão, os templos sempre ocuparam um lugar central no culto hebraico. Era em torno do templo que girava toda a vida religiosa judaica: adoração, oração, sacrifícios... tudo acontecia no templo. A parte mais importante do templo era o altar, onde os sacrifícios eram oferecidos pelos sacerdotes.

Nisso também os hebreus, para quem a carta foi escrita, eram parecidos com muitos de nós. Assim como eles, vários de nós chegamos a Cristo vindo de religiões e cultos que valorizam o templo e o altar, sobretudo o catolicismo romano: o templo é considerado como a Casa de Deus, o lugar onde Ele fica; e o altar é tratado como o lugar onde nos encontramos com Ele. Mas esses são conceitos da velha aliança. A partir de Cristo tudo isso mudou.

Jesus tentou explicar isso para a mulher samaritana em uma conversa que eles tiveram, ao meio dia, na beira de um poço na cidade de Sicar. Ela perguntou (Jo. 4.20) pra Jesus onde era o lugar certo para adorar. Os judeus achavam que o lugar certo era no templo em Jerusalém, mas os samaritanos tinham feito um outro lugar de adoração no monte Gerizim. Veja o Jesus disse para ela:

22...”Creia em mim, mulher: está próxima a hora em que vocês não adorarão o Pai nem neste monte, nem em Jerusalém. (...). 23 ..., está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. São estes os adoradores que o Pai procura.24 Deus é espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade". (João 4.22-24 - NVI)

Jesus não deixou dúvida: o que realmente importa não é o lugar em que adoramos a Deus, mas a qualidade da nossa adoração. O lugar é uma questão secundária. Isso quer dizer que para os que seguem a Jesus, os lugares de reunião NÃO têm uma santidade própria deles. Embora muitos chamem de templo, os prédios em que nos reunimos não são templos; os púlpitos de onde nossos pregadores falam não são altares. Tudo isso é parte da velha aliança.

E o que tudo isso tem a ver com nosso tema? 

É simples: Nós estamos vivendo tempos em quem muitos valorizam mais os prédios onde se adora do que a qualidade da adoração que se faz nesses prédios. Assim, quando usamos a expressão “Casa de Deus” somos tentados a olhar nossos locais de reunião como se fossem pequenos templos, lugares exclusivos da adoração e da manifestação de Deus.

É claro que Deus se faz presente quando o seu povo se reúne, mas não é por que estamos em um templo; é claro que Ele recebe nossa adoração quando estamos aqui, erguemos nossas vozes e declaramos quem Ele é, mas não é por que esse espaço seja um altar. Essas coisas acontecem por que Jesus garantiu “...onde dois ou três se reunirem em meu nome, ali eu estou no meio deles.” (Mt. 18.20 – NVI)

É a presença de Cristo no meio do Povo de Deus, gente cheia do Espírito Santo, que santifica o lugar e o transforma em lugar de adoração e manifestação da presença de Deus. Não é o prédio que santifica o povo ou o culto, é o povo cultuando que santifica qualquer lugar em que estivermos.

Então, quando pensamos na casa de Deus como lugar de oração, comunhão, paz e amor, devemos saber que onde quer que estejamos reunidos como igreja, ali se torna Casa de Deus.

Assim, a comunhão dos filhos de Deus não pode ficar restrita a este espaço: podemos exercitá-la em nossos lares, por exemplo, sendo hospitaleiros; A oração não deve acontecer só aqui: precisamos orar juntos onde houver oportunidade - no café do shopping, por exemplo; Nossa opção pela paz precisa fazer parte também das nossas casas, dos nossos trabalhos, nos bairros e nos condomínios em que moramos. O amor pelas pessoas não pode ser apenas uma palavra dita nos cultos, ele precisa fazer parte do nosso modo de viver a vida (inclusive virtual).

Reunindo-se como Igreja

Quando nós nos reunimos como igreja, aqui ou em qualquer outro lugar, estamos cuidando uns dos outros, treinando uns aos outros, aperfeiçoando uns aos outros, tudo isso para vivermos a vida com Cristo lá fora, onde a coisa é pra valer. Veja, meu irmão, a importância de estarmos juntos!

Em nossos dias muitas pessoas estão entristecidas com a igreja. Pessoas que sofreram decepções, que foram traídas, exploradas, manipuladas e oprimidas por líderes, e até por outros irmãos em Cristo, jogaram a toalha e se distanciaram das reuniões da igreja.

Além disso há muitos que levam consigo denúncias sérias e procedentes sobre o modo como a igreja tem se comportado... olhando apenas para si mesma, sem amor, sem compaixão, inchada de orgulho e autossuficiente. Muitos desses deixaram de se reunir como igreja porque não sabem como lidar com tudo isso.

Alguns dos hebreus para quem a carta foi escrita também estavam prestes a desistir da igreja. Eles foram rejeitados e perseguidos. Os judeus olhavam para eles como traidores, os gentios com desconfiança e os romanos com indignação. Os relacionamentos entre os irmãos eram tão complicados que alguns estavam pensando seriamente em retroceder. Você já se sentiu assim? Com vontade de desistir? Não há razão para se sentir culpado por isso. Essas lutas fazem parte da caminhada. Erga a cabeça, meu irmão, e prossiga em direção ao alvo.

Ouça as palavras de encorajamento do escritor de Hebreus:

21 Temos, pois, um grande sacerdote sobre a casa de Deus. 22 Sendo assim, aproximemo-nos de Deus com um coração sincero e com plena convicção de fé, tendo os corações aspergidos para nos purificar de uma consciência culpada e tendo os nossos corpos lavados com água pura. 23 Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos, pois aquele que prometeu é fiel. 24 E consideremo-nos uns aos outros para incentivar-nos ao amor e às boas obras. 25 Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês vêem que se aproxima o Dia.

Não há nada que substitua a igreja! Esse é o projeto de Deus para completar em nós a boa obra de salvação que Ele começou. É reunidos como igreja que somos cuidados, treinados e aperfeiçoados! Pode ser difícil, pode ser complicado e até aborrecido às vezes; mas é assim, através dos irmãos e irmãs que Deus opera em nossas vidas. Ele expõe com amor nossas fraquezas para que sejamos transformados pela ação do seu Espírito em nós.

A gente costuma dizer que vai à igreja, mas na verdade nós somos a igreja. E é isso mesmo! Nós somos a Casa de Deus! O Espírito de Deus fez morada em cada um de nós. E se somos nós a Casa de Deus, nossas vidas é que são lugares de oração, comunhão, paz e amor.

Juntos somos a igreja!
Juntos nos encorajamos mutuamente à prática do amor!
Juntos deixamos de ser meninos e meninas na fé e caminhamos em direção ao aperfeiçoamento de nosso caráter em Cristo.


Que ele nos abençoe e faça germinar a semente desta palavra em nossas vidas.