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06 agosto 2017

Deus: Todo Poderoso e Bom!


Como é Deus

Muito me alegra a oportunidade de outra vez estar aqui com os irmãos para pensarmos juntos sobre as Escrituras Sagradas. Recebi o convite de João Paulo para trazer uma série de mensagens, durante o mês de agosto, sobre “Os Atributos de Deus” e isso me animou bastante.

Por que falar sobre os atributos de Deus? Acho que podemos pensar em uma pergunta singela, feita por muitas crianças: como é Deus? Crianças fazem boas perguntas! Para responder a essa pergunta precisaremos refletir sobre as características de Deus, seus atributos e os aspectos marcantes de seu caráter. Afinal de contas, como podemos descrever (se é que é possível) o Deus a quem dizemos servir?

Para alguém que não acredita na existência de um Deus pessoal talvez essas sejam perguntas irrelevantes, mas para nós que cremos são perguntas importantes e de certa forma difíceis, mas certamente elas ficarão sem resposta.

Como é Deus? A maioria dos estudiosos concorda que Deus nunca será plenamente compreendido, porque a mente humana, finita e limitada, jamais poderá alcançar a compreensão de um Deus infinito. Nisso eles concordam com as Escrituras

3Grande é o Senhor e digno de ser louvado; sua grandeza não tem limites. Sl 145.3 (NVI)

5Grande é o nosso Soberano e tremendo é o seu poder; é impossível medir o seu entendimento. Sl 147.5 (NVI)

33Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e inescrutáveis os seus caminhos! Rm 11.33 (NVI)

Todos esses textos deixam claro que nem mesmo um único aspecto a respeito da pessoa de Deus (e muito menos a sua plenitude) pode ser compreendido de forma exaustiva. Deus sempre será cercado pelo mistério que existe quando pessoas finitas consideram o infinito.

No entanto, é também verdade que a nós nos é dado, mesmo sendo finitos e limitados, conhecer algo de verdadeiro a respeito de Deus. Se não podemos compreendê-lo plenamente, ainda podemos aprender coisas verdadeiras sobre ele.

Como isso é possível? Onde encontraremos informações seguras sobre Deus? E quem nos ensinará sobre como Ele é? Felizmente não fomos deixados por conta própria. Somos esclarecidos a respeito disso pelo Texto Sagrado.

10bO Espírito sonda todas as coisas, até mesmo as coisas mais profundas de Deus. 11Pois, quem dentre os homens conhece as coisas do homem, a não ser o espírito do homem que nele está? Da mesma forma, ninguém conhece as coisas de Deus, a não ser o Espírito de Deus. I Co 2.10,11(NVI)

É o Espírito de Deus, que habita em nós, que nos iluminará e ensinará através das Sagradas Escrituras. É através da leitura das páginas da Bíblia, recheadas de testemunhos e declarações de fé, que podemos conhecer aspectos verdadeiros da natureza de Deus e de seu caráter.

Duas coisas importantes podemos concluir até agora, irmãos. A primeira (1) é que sempre haverá algo novo sobre Deus a ser conhecido. Nós nunca ficaremos entediados em nossa busca sobre os atributos de Deus. Portanto, se você está se sentindo enfadado, domingo após domingo, cumprindo tabela... Eu o desfio a iniciar uma jornada para conhece mais de Deus. Eu garanto que o tédio e o desânimo não serão seus companheiros nessa jornada.

A segunda coisa (2) igualmente importante é que só é possível conhecer mais sobre os atributos de Deus se nos voltarmos para a Bíblia, porque foi nela que Deus se revelou à humanidade. Portanto, aquele que deseja conhecer mais de Deus não precisa (nem deve) buscar algum livro secreto ou um mestre cheios de sabedoria humana. Pode parecer estimulante procurar Deus fora das Escrituras, mas o fim desse caminho é a morte da alma.

Há um texto nas Escrituras que sempre me provoca a respeito disso. É um convite feito pelo profeta Oséias:

1“Vinde e voltemos para Yahweh, porquanto ele nos arrebentou, mas haverá de nos curar; ele nos feriu, mas cuidará de nossas chagas. 2Passados dois dias, ele nos revivificará; ao terceiro dia nos erguerá e restaurará, a fim de que possamos viver em sua presença. 3Conheçamos e prossigamos firmemente adorando e conhecendo Yahweh, o SENHOR. Tão certo como nasce o sol, sua vinda ocorrerá sobre todos nós como as boas chuvas que vivificam a terra nos tempos apropriados!” Os 6.1-3 (KJA)

Eu espero que você aceite o desafio do profeta para conhecer melhor o Deus que você afirma servir, porque esse é um dos meus objetivos nessa noite. Assim, quem sabe, você e eu vamos nos aproximar dele com muito mais confiança.

Eu sou o que sou

Algo que desejo fazer hoje é lembrá-lo de que vivemos tempos em que a Verdade como algo absoluto foi atacada por todos os lados e está desacreditada. Há ainda alguns que acreditam em verdades absolutas, mas a maioria das pessoas não pensa mais assim. Elas acreditam que a Verdade é algo bem relativo, e que cada pessoa tem a sua própria verdade.

Esse modo de pensar, chamado de Relativismo, também se aprenseta quando as pessoas refletem sobre Deus. Assim, cada um se sente livre para formular sua própria definição a respeito de Deus e para defender seu ponto-de-vista como Verdade; a sua verdade. Essa mistura de opiniões diferentes sobre Deus torna tudo ainda mais difícil, à medida que você ouve e considera essas muitas opiniões.

Seja na TV, no Facebook ou no Whatsapp, tem sempre alguém dando sua opinião sobre Deus. Há quem ache que Ele se parece com um sujeito rancoroso e vingativo que fica sempre procurando algo de errado na vida das pessoas para apontar o dedo da acusação; outros o veem como um tipo de velhinho bondoso (e caduco!), sempre relevando nossa vida torta. Mas como Deus realmente é?

Bom, uma questão importante quanto a essas opiniões diferentes a respeito de Deus é que, se existe realmente um Deus (e definitivamente ele existe!), aquilo que as pessoas afirmam a respeito dele só tem valor se corresponder a quem ele realmente é. Dito de outra forma, “se existe um Deus, ele é o que é, independente daquilo que pensamos sobre ele”.

A bíblia conta a história de Moisés desde o seu nascimento até a sua velhice. Quando ele já era um homem adulto e estava cuidando de um rebanho nas montanhas, sua atenção se voltou para um arbusto que pegava fogo, mas não se queimava. Quando ele chegou perto para ver o que era aquilo, Deus se apresentou para Moisés e o chamou para uma missão.

Uma parte dessa conversa nos interessa hoje a noite. Moisés ficou incomodado com o fato de que o povo que estava no Egito, para onde Deus o estava enviando, não conhecia o Deus de Abraão, Isac e Jacó. Vejamos esse pedaço da conversa.

13 Disse Moisés a Deus: Eis que, quando eu vier aos filhos de Israel e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós outros; e eles me perguntarem: Qual é o seu nome? Que lhes direi?

14Disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós outros. Ex 3.13,14 (ARA)

Isso é maravilhoso, irmãos. Deus é o que é!

Portanto, ainda que vivamos tempos confusos, com muitas opiniões diferentes sobre Deus, podemos descansar na certeza de que nesse mar de opiniões sobre Deus, existe um porto seguro ao qual poderemos chegar com nossos barquinhos. Existe uma verdade absoluta sobre Deus, porque ele simplesmente É.

Nossa jornada durante os sábados que estaremos juntos é em direção a esse porto seguro. E como já vimos antes, não fomos abandonados à própria sorte. Temos o Espírito de Deus! Ele é o guia dessa nossa jornada. Temos as Escrituras Sagradas! Ela é o nosso mapa em direção ao conhecimento dos atributos de Deus.

Atributos de Deus

Nós somos batistas. Os irmãos do passado em nossa tradição cristã, também refletiram sobre quem é Deus e como ele é. E depois de investigarem a Bíblia, eles deixaram registrado em nossa Declaração Doutrinária uma boa definição a respeito de Deus e seus atributos. Vejamos:

“O único Deus vivo e verdadeiro é Espírito pessoal, eterno, infinito e imutável; é onipotente, onisciente, e onipresente; é perfeito em santidade, justiça, verdade e amor.”

Essa definição é um bom começo para falarmos sobre os atributos de Deus. Nela esses atributos são agrupados de uma maneira didática e bem comum à maioria dos teólogos: (1) temos alguns atributos naturais: eterno, infinito, imutável, onisciente, onipresente; (2) e depois uma parte dos atributos morais: santidade, justiça, verdade e amor.

Quando falamos dos atributos naturais de Deus estamos nos referindo a características inerentes à natureza do Senhor. Os atributos naturais falam sobre a grandeza de Deus, sua existência eterna, seu conhecimento de tudo, sua presença constante e sua constância. Esses atributos são próprios e exclusivos de Deus. Nós não podemos experimentá-los.

Por outro lado, quando falamos dos atributos morais de Deus estamos nos referindo a características que falam sobre a qualidade moral de Deus, isto é, se ele é bom ou mau. As Escrituras nos revelam que qualidades como santidade, justiça, bondade e misericórdia nos apresentam um Deus que é bom. Em certa medida, Deus compartilha seus atributos morais com a humanidade, por isso eles são chamados de comunicáveis.

O que essas características de Deus falam para você sobre quem ele é em sua vida? O que os atributos de Deus falam a respeito você mesmo, criado à Sua imagem e semelhança? O que essas características de Deus dizem a respeito da maneira como você se relaciona com as pessoas a sua volta? O que os atributos de Deus declaram sobre o modo como você lida com a criação?

Essa são boas perguntas às quais voltaremos nos próximos sábados. Agora vou concluir nossa reflexão de hoje com duas considerações breves, à luz dessa primeira apresentação geral sobre os atributos de Deus.

A primeira (1) é que Deus é infinitamente poderoso e majestoso. Tudo o que de Deus é revelado nas Escrituras nos mostram um ser que está além de qualquer parâmetro humano. Ele não é igual a mim e a você. Ele é superior a tudo que a mente humana possa elaborar! Foi Davi quem um dia tentou colocar em palavras essa grandeza de Deus.

11 Ó SENHOR, tua é a grandeza, o poder, a glória, a vitória e a majestade, porque tudo quanto há no céu e na terra a ti pertence. Ó SENHOR, o reino é teu, e tu governas soberano sobre tudo e todos! 12 A riqueza e a honra vêm de ti; tu dominas sobre todas as coisas. Em tuas mãos residem toda a força e o poder; na tua destra a dignidade, consolo e encorajamento que todo ser humano carece. I Cr 29.11,12 (KJA)

Ao nos aproximarmos de Deus, irmãos, não podemos perder de vista sua grandiosidade. Ele é infinitamente mais do que podemos imaginar! Ele não pode ser medido, nem comparado e não há nada que possa ser usado como régua.

À medida que avançarmos em nossos estudos sobre os atributos naturais de Deus, eu espero que seu coração se encha de espanto e que você fique maravilhado com o Deus a quem serve.

A segunda consideração (2) com a qual quero concluir minha fala hoje é que Deus é bom. As Escrituras nos falam o tempo todo que Deus é bom. Não há nele qualquer traço de maldade. Não há nada nele que deva produzir desconfiança sobre suas intensões a nosso respeito. A bondade faz parte da própria natureza de Deus.

Portanto, podemos nos aproximar dele com confiança. Deus é digno de confiança! Ele não está armando contra nós. Muito ao contrário, ele deseja e trabalha o tempo todo para o nosso bem.

4Desde a antiguidade não se ouviu, nem se percebeu, tampouco escutou-se comentários; nem olho algum sequer vislumbrou outro Deus além de ti, que age em favor daqueles que nele depositam sua esperança. Is 4.4 (KJA)

Ao nos aproximarmos de Deus não podemos esquecer de sua bondade. Quando nosso coração se encher de dúvidas e receios, devemos nos lembrar: Deus é bom! Ele é digno de confiança! Não preciso ficar com medo, não preciso me esconder, ele trabalha para o meu bem.

À medida que avançarmos refletindo sobre os atributos morais de Deus, eu espero que você se sinta inspirado pelo Espírito Santo a se tornar parecido com ele.


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Essa será nossa jornada nos próximos dois sábados e eu espero que você esteja aqui e traga outras pessoas para aprender sobre quem é o Deus que adoramos! Que Ele nos abençoe e nos ajude!

12 junho 2016

Evangelho Autêntico - Eu vos aliviarei

PIB Nova Esperança - Santa Rita/PB - 21/05/16 


Evangelho Autêntico
Eu vos aliviarei

Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Mt 11.28 (ARA)

Conexão

Boa noite, irmãos e irmãs! Este é o nosso segundo encontro em que estamos refletindo sobre o Autêntico Evangelho de Jesus. No encontro anterior, vimos que o Autêntico Evangelho é a notícia de que Jesus veio a este mundo para vivermos a vida em toda a plenitude planejada por Deus. Uma vida completa de tudo.

Embora o Ladrão insista, rondando por todos os lados, com o propósito de furtar nossa humanidade, destruir nossa identidade, e matar nossas esperanças, Jesus veio para nos dar vida abundante, ao desfazer as obras do salteador: Ele restitui a humanidade perdida, refaz a identidade partida e reanima a esperança esquecida. Como?

1.   Ele muda a disposição da nossa mente por meio da presença do seu Espírito em nós: conduz-nos a valorizar a vida, abençoar as pessoas, defender quem sofre ameaças, lutar pela verdade, encorajar os humilhados, preservar os relacionamentos, promover a paz, respeitar os diferentes e amar a todos.
2.   Ele nos inclui na família de Deus e nos concede uma nova identidade, de filhos e herdeiros de Deus.
3.   Ele nos anima com a esperança da eternidade, pois um dia todo o choro será consolado, toda a dor será banida e encontraremos consolo em Deus.

Hoje veremos outro aspecto do evangelho autêntico: ele é alívio e descanso; não é pesado nem trabalhoso.

Introdução

Um olhar atento para nossas igrejas possivelmente vai revelar que o crente comum está cada dia mais cheio de coisas para fazer.

Somos convocados por nossos líderes e pastores ao compromisso com Jesus. Ocorre que esse compromisso, cada vez mais, se traduz em cumpri certas normas e regras, participar de cultos e programações, observar as exigências (da igreja, da denominação ou mesmo do líder), apoiar financeiramente projetos e iniciativas importantes, etc.

A vida de nossas comunidades tem se tornado cada vez mais intensa com muitas e necessárias reuniões. Os dias da semana já não cabem tudo aquilo a que estamos dispostos e desejosos de fazer. Semana após semana somos convocados a demonstrar nosso compromisso com Jesus tomando parte ativa em todas essas coisas.

Por outro lado, se prestarmos atenção, se formos além da saudação costumeira e olharmos nos olhos uns dos outros sem pressa, veremos que muitos de nós estamos cansados. Nossas vidas estão sobrecarregadas de exigências. Elas vêm de fora, mas vêm também de dentro da igreja pela imposição que fazemos uns aos outros de resultados, performance e imagem.

Um outro evangelho tem sido pregado em nossos dias (que embora seja outro, não é novo): o evangelho da justiça própria por meio da religião salvadora. É esse outro evangelho que tem nos sobrecarregado com exigências mútuas, cobranças, intolerância e falta de amor.

Era exatamente este o cenário nos dias de Jesus. Os líderes religiosos, que estudavam e conheciam as Escrituras, se tornaram muito exigentes com os outros. Cada vírgula da lei de Moisés precisava ser cumprida. Mas não apenas isso: eles instituíram outras 600 orientações, que normatizavam o modo das pessoas viverem. Essas orientações ganharam o mesmo valor das escrituras e passaram a ser exigida de todos.

A atenção se voltou de tal forma para o cumprimento das leis, ordenanças e orientações que o judeu simples andava curvado debaixo do fardo de tantas exigências. É nesse contexto que Jesus afirma:

Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Mt 11.28 (ARA)

O povo andava pela vida arqueado sob o peso de pesados fardos de Justiça Própria e Mérito. A cada item da lei perseguido pelo povo, uma nova exigência era criada pelos mestres da lei.

O fardo da justiça própria

Justiça própria é a tentativa de parecer honesto, de bom coração e digno, diante de Deus e das pessoas. É se esforçar para que Deus fique satisfeito com nossas boas atitudes e por fim diga: “É realmente, eu tenho visto que você é bem melhor que a maioria das pessoas por aqui! Você merece tudo de bom! Inclusive a salvação! Parabéns! O prêmio é seu!”

Justiça própria é fazer por onde. É receber por mérito próprio. E embora o mérito, isto é, o merecimento, seja importante em várias instâncias do relacionamento humano, com Deus não é esse o caminho; porque o padrão de Deus é a perfeição. Apenas os perfeitos podem ir à presença de Deus e se apresentarem.

Por que a justiça própria se torna um fardo, então? Porque a cada boa atitude que temos, somos flagrados em duas ou mais situações onde o pecado levou vantagem sobre nós.

Alguém nos diz: “a solução é orar! Deus se agrada daqueles que o buscam em oração”. Então começamos a orar com fervor. Mas descobrimos que nossa oração é egoísta, que só pensamos em nós, nossos parentes e amigos. Percebemos que oramos quase que apenas para pedir, que pouco sabemos agradecer, e que mesmo no mais fervoroso momento de oração nossa mente divaga e... de repente estamos pensando que amanhã precisamos ir ao banco pagar a conta de energia.

A Bíblia nos diz que nossos esforços não são suficientes, mas esse outro evangelho nos diz que o problema é que ainda não esforçamos pra valer. A Bíblia nos diz que ninguém é bom o suficiente, mas esse outro evangelho diz que se você tentar um pouco mais Deus vai honrar o seu sacrifício.

Esse outro evangelho quer nos convencer de que precisamos apenas ser mais determinados, ir a todos os cultos, fazer e cumprir todos os votos, participar de todas as correntes de oração, não faltar a EBD, vir aos cultos de oração, trabalhar no EJC, postar foto com versículo bíblico no Face, tornar-se ofertante e dizimista, fazer o culto doméstico todos os dias, ser assíduo nos cultos de domingo... que aí não tem erro! Deus vai ficar sem desculpas! Ele vai olhar pra mim e vai dizer: você é o cara!!! Ou melhor, servo bom e fiel!

Nada disso é ruim em si mesmo, mas tudo isso junto ainda não é suficiente para que sejamos aceitos por Deus. E além de não ser suficiente, torna-se um fardo muito pesado para se levar. Nossa vida com Deus não pode ser uma correria em busca de uma oferendas e ofertas.

Quando Jesus fez o convite, venham a mim, ele estava dizendo claramente que a proposta dos líderes religiosos de seus dias não era suficiente para levar paz à alma humana. É preciso mais que esforço próprio para paz, alegria e sentido para a vida.

Vinde a mim

Aos cansados de carregar os pesados fardos da religiosidade vazia, o convite de Jesus soa maravilhoso! Ele promete alívio e descanso.

Mas é um convite para o quê? Para o que Jesus está nos convidando? A dificuldade para responder essa pergunta talvez seja porque ela não é a pergunta certa. Jesus NÃO fez um convite para um evento, uma reunião ou um grupo religioso. Ele nos convida para ele mesmo.

O autêntico evangelho de Jesus não é uma religião nova, nem tampouco alguma espécie de clube dos crentes, em que nos encontramos toda semana, revemos os outros sócios e pagamos nossas mensalidades. O evangelho é um relacionamento com Jesus, o Deus que se fez gente. Por isso ele disse: vinde a mim!

É possível que você tenha se aproximado do evangelho por diversas razões: em busca de solução para um problema difícil, em busca de amizades verdadeiras, em busca de compreender melhor a bíblia, porque você desejava se livrar o álcool ou de qualquer outra coisa o aprisionava.

Todas essas razões são legítimas para sua aproximação do evangelho, mas a solução dessas situações não é suficiente para sustentar sua caminhada com Deus. A solução dessas situações nos alivia, mas é um alívio temporário. O tipo de alívio de que precisamos é mais profundo e permanente.

Jesus nos chama para si mesmo porque ele é o único caminho para nos livrarmos definitivamente dos fardos pesados da justiça própria, do esforço e do mérito. Se você for para qualquer outro lugar ou pessoa, não vai encontrar alívio ou descanso.

Todos que estais cansados e sobrecarregados

Um tema que se tornou comum nas últimas décadas é o esgotamento espiritual. Essa expressão é usada para aquela situação em que as pessoas ficam tão comprometidas com os afazeres religiosos, que deixam de cultivar sua vida com Deus e acabam também dando pouco valor ao relacionamento com as pessoas.

Existe um cansaço natural que acontece porque você está dedicando sua vida a conhecer mais o Senhor pela oração, pela leitura da palavra e através de relacionamentos saudáveis com demais membros do corpo de Cristo. Mas esse cansaço natural não é esgotamento espiritual.

O cansaço do qual Jesus promete alívio é aquele que vem quando tudo passa a girar em torno das tarefas e programações. Quando se alimenta a esperança de que um pouco mais de esforço e Deus vai notar o que estamos fazendo e seremos recompensados por isso. Aí a pessoa entra em verdadeiro carrossel, tentado fazer sempre mais e mais, sem nunca ser suficiente. As atividades na igreja vão se tornando mecânicas e perdendo o significado. E a pessoa fica tão cansada que perde o ânimo e a alegria de servir.

Muitos testemunhos bonitos já foram destruídos por causa disso. Muito pastores já perderem seus ministérios. Muitos casamentos já desfizeram. Muitos filhos abandonaram a fé de seus pais. Simplesmente por causa dessa tentativa louca de se tornar o queridinho de Deus fazendo a obra de Deus pela nossa cabeça e do nosso jeito.

Se você se sente cansado e sobrecarregado, o convite de Jesus é para você. Esse não é um convite apenas para os de fora. É também, e sobretudo, um convite para os de dentro. Para aqueles que, mesmo tendo compreendido o amor de Deus continuam levando pesados fardos sobre si.

O Evangelho autêntico de Jesus não sobrecarrega de preocupações. Não amarra fardos nas costas daqueles que servem ao Senhor. Aqueles que abraçaram o evangelho devem ao mesmo tempo aceitar esse convite feito por Jesus e aproximar-se dele. A promessas que ele nos fez é que seremos aliviados dos fardos pesados da religiosidade vazia.

Eu vos aliviarei

Como vem o alívio de Jesus? O que acontece para que os fardos pesados que estão sobre nós sejam retirados? Duas coisas são necessárias.

1.   Precisamos ser libertos pela verdade

Jesus não deu voltas para afirmar que ele mesmo é a verdade. Eu sou o Caminho, a verdade e a vida, ele disse. As cordas que prendem esses pesados fardos sobre nós são cortadas pelas tesouras da verdade.

As palavras e a vida de Cristo são declarações contundentes contra qualquer ilusão de bondade que estejamos alimentando sobre nós. O Apóstolo Paulo ecoou esse pensamento de Jesus ao escrever para os irmãos de Roma:

10Como está escrito: "Não há nenhum justo, nem um sequer; 11não há ninguém que entenda, ninguém que busque a Deus.12Todos se desviaram, tornaram-se juntamente inúteis; não há ninguém que faça o bem, não há nem um sequer". Rm 3.10-12

O alívio de Jesus começa quando reconhecemos nosso estado de penúria e necessidade de Deus. Enquanto estivermos tentando manter as aparências, não há como desatar os fardos de sobre os ombros.

Há um pensamento muito equivocado de que a igreja é lugar de gente certinha, cheia de energia interior. Gente batalhadora e vitoriosa porque é determinada e perseverante. Não nada há mais falso do que esse entendimento! Isso não faz parte do Autêntico evangelho de Jesus.

Na verdade, a igreja é lugar de gente que se reconhece pecadora e sem solução. Gente que não confia em si mesma, porque sabe quão ruim pode ser. Gente que desistiu de dar um jeito na própria vida e decidiu depender única e exclusivamente do amor de Deus.

O primeiro passo do alívio é ser libertado pela verdade da ilusão da bondade própria

2.   Precisamos encontrar justificação na graça

Mas o autêntico evangelho de Jesus não para por aí. Ele acena com a maior das esperanças: a graça de Deus. É nesse momento que nossa mente é conduzida ao correto entendimento da natureza humana e do amor de Deus.

5 Por isso, mesmo quando estávamos espiritualmente mortos nos nossos pecados, Ele nos deu uma vida nova juntamente com Cristo. Vocês foram salvos pela graça de Deus.6 E, como somos identificados com Cristo Jesus, Deus nos ressuscitou assim como ressuscitou a Cristo e nos fez reinar com Ele nos céus.7 Deus fez isso para que pudesse mostrar a incomparável riqueza da sua graça para as gerações futuras. Esta graça é demonstrada pela sua bondade para conosco em Cristo Jesus.8 Pois é pela graça de Deus que vocês foram salvos, por meio da fé que vocês têm. Vocês não salvaram a si mesmos. A salvação vem de Deus como um dom,9 e não como o resultado das obras que alguém fez, para que assim ninguém se orgulhe. Ef 2.5-9 (VFL)

Evangelho quer dizer boas notícias. E boa notícia é que Deus não nos abandonou. Ele nos viu indo em direção ao abismo, caminhado feito zumbis para longe dele, por causa de nossos pecados.

E o que ele fez? Ele nos amou de uma maneira tão impressionante que decidiu entregar Jesus, seu único filho, para que através de sua morte e ressurreição pudéssemos receber vida.

Não havia e não há em nós qualquer mérito para que Deus nos ame. Isso tudo foi graça. A demonstração da bondade de Deus, que resolveu nos dar nova oportunidade (pela fé em Jesus) de nos aproximarmos dele e revivermos. Um presente de Deus para nós.

Por que eu fui salvo? Porque Deus o amou!
O que ele viu em mim? Nada!
O que eu fiz para merecer? Nada!
Então, porque Deus me amou? Graça! Favor imerecido da parte de Deus.

Da mesma forma que fomos salvos pela graça de Deus, isto é, sem qualquer mérito de nossa parte para que isso acontecesse; também somos chamados a viver a vida com base nessa mesma graça, isto é, sabendo que nossa caminhada de fé não é resultado de qualquer mérito de nossa parte, mas do amor gracioso de Deus por nós.

Conclusão

Ser aliviado por Jesus não é se tornar apático na igreja, deixar de participar dos cultos e eventos. Quando os fardos da religiosidade vazia são retirados de sobre nossos ombros continuamos servindo, mas nosso serviço deixar de ser para obter pontos de Deus e se transforma em expressão de gratidão a Ele e de amor pelos irmãos.

Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Mt 11.28 (ARA)


O evangelho autêntico é assim, nos leva aos pés de Cristo. Vinde a mim, ele disse. E nós dizemos: sim, Senhor.