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06 agosto 2017

Deus: Todo Poderoso e Bom!


Como é Deus

Muito me alegra a oportunidade de outra vez estar aqui com os irmãos para pensarmos juntos sobre as Escrituras Sagradas. Recebi o convite de João Paulo para trazer uma série de mensagens, durante o mês de agosto, sobre “Os Atributos de Deus” e isso me animou bastante.

Por que falar sobre os atributos de Deus? Acho que podemos pensar em uma pergunta singela, feita por muitas crianças: como é Deus? Crianças fazem boas perguntas! Para responder a essa pergunta precisaremos refletir sobre as características de Deus, seus atributos e os aspectos marcantes de seu caráter. Afinal de contas, como podemos descrever (se é que é possível) o Deus a quem dizemos servir?

Para alguém que não acredita na existência de um Deus pessoal talvez essas sejam perguntas irrelevantes, mas para nós que cremos são perguntas importantes e de certa forma difíceis, mas certamente elas ficarão sem resposta.

Como é Deus? A maioria dos estudiosos concorda que Deus nunca será plenamente compreendido, porque a mente humana, finita e limitada, jamais poderá alcançar a compreensão de um Deus infinito. Nisso eles concordam com as Escrituras

3Grande é o Senhor e digno de ser louvado; sua grandeza não tem limites. Sl 145.3 (NVI)

5Grande é o nosso Soberano e tremendo é o seu poder; é impossível medir o seu entendimento. Sl 147.5 (NVI)

33Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e inescrutáveis os seus caminhos! Rm 11.33 (NVI)

Todos esses textos deixam claro que nem mesmo um único aspecto a respeito da pessoa de Deus (e muito menos a sua plenitude) pode ser compreendido de forma exaustiva. Deus sempre será cercado pelo mistério que existe quando pessoas finitas consideram o infinito.

No entanto, é também verdade que a nós nos é dado, mesmo sendo finitos e limitados, conhecer algo de verdadeiro a respeito de Deus. Se não podemos compreendê-lo plenamente, ainda podemos aprender coisas verdadeiras sobre ele.

Como isso é possível? Onde encontraremos informações seguras sobre Deus? E quem nos ensinará sobre como Ele é? Felizmente não fomos deixados por conta própria. Somos esclarecidos a respeito disso pelo Texto Sagrado.

10bO Espírito sonda todas as coisas, até mesmo as coisas mais profundas de Deus. 11Pois, quem dentre os homens conhece as coisas do homem, a não ser o espírito do homem que nele está? Da mesma forma, ninguém conhece as coisas de Deus, a não ser o Espírito de Deus. I Co 2.10,11(NVI)

É o Espírito de Deus, que habita em nós, que nos iluminará e ensinará através das Sagradas Escrituras. É através da leitura das páginas da Bíblia, recheadas de testemunhos e declarações de fé, que podemos conhecer aspectos verdadeiros da natureza de Deus e de seu caráter.

Duas coisas importantes podemos concluir até agora, irmãos. A primeira (1) é que sempre haverá algo novo sobre Deus a ser conhecido. Nós nunca ficaremos entediados em nossa busca sobre os atributos de Deus. Portanto, se você está se sentindo enfadado, domingo após domingo, cumprindo tabela... Eu o desfio a iniciar uma jornada para conhece mais de Deus. Eu garanto que o tédio e o desânimo não serão seus companheiros nessa jornada.

A segunda coisa (2) igualmente importante é que só é possível conhecer mais sobre os atributos de Deus se nos voltarmos para a Bíblia, porque foi nela que Deus se revelou à humanidade. Portanto, aquele que deseja conhecer mais de Deus não precisa (nem deve) buscar algum livro secreto ou um mestre cheios de sabedoria humana. Pode parecer estimulante procurar Deus fora das Escrituras, mas o fim desse caminho é a morte da alma.

Há um texto nas Escrituras que sempre me provoca a respeito disso. É um convite feito pelo profeta Oséias:

1“Vinde e voltemos para Yahweh, porquanto ele nos arrebentou, mas haverá de nos curar; ele nos feriu, mas cuidará de nossas chagas. 2Passados dois dias, ele nos revivificará; ao terceiro dia nos erguerá e restaurará, a fim de que possamos viver em sua presença. 3Conheçamos e prossigamos firmemente adorando e conhecendo Yahweh, o SENHOR. Tão certo como nasce o sol, sua vinda ocorrerá sobre todos nós como as boas chuvas que vivificam a terra nos tempos apropriados!” Os 6.1-3 (KJA)

Eu espero que você aceite o desafio do profeta para conhecer melhor o Deus que você afirma servir, porque esse é um dos meus objetivos nessa noite. Assim, quem sabe, você e eu vamos nos aproximar dele com muito mais confiança.

Eu sou o que sou

Algo que desejo fazer hoje é lembrá-lo de que vivemos tempos em que a Verdade como algo absoluto foi atacada por todos os lados e está desacreditada. Há ainda alguns que acreditam em verdades absolutas, mas a maioria das pessoas não pensa mais assim. Elas acreditam que a Verdade é algo bem relativo, e que cada pessoa tem a sua própria verdade.

Esse modo de pensar, chamado de Relativismo, também se aprenseta quando as pessoas refletem sobre Deus. Assim, cada um se sente livre para formular sua própria definição a respeito de Deus e para defender seu ponto-de-vista como Verdade; a sua verdade. Essa mistura de opiniões diferentes sobre Deus torna tudo ainda mais difícil, à medida que você ouve e considera essas muitas opiniões.

Seja na TV, no Facebook ou no Whatsapp, tem sempre alguém dando sua opinião sobre Deus. Há quem ache que Ele se parece com um sujeito rancoroso e vingativo que fica sempre procurando algo de errado na vida das pessoas para apontar o dedo da acusação; outros o veem como um tipo de velhinho bondoso (e caduco!), sempre relevando nossa vida torta. Mas como Deus realmente é?

Bom, uma questão importante quanto a essas opiniões diferentes a respeito de Deus é que, se existe realmente um Deus (e definitivamente ele existe!), aquilo que as pessoas afirmam a respeito dele só tem valor se corresponder a quem ele realmente é. Dito de outra forma, “se existe um Deus, ele é o que é, independente daquilo que pensamos sobre ele”.

A bíblia conta a história de Moisés desde o seu nascimento até a sua velhice. Quando ele já era um homem adulto e estava cuidando de um rebanho nas montanhas, sua atenção se voltou para um arbusto que pegava fogo, mas não se queimava. Quando ele chegou perto para ver o que era aquilo, Deus se apresentou para Moisés e o chamou para uma missão.

Uma parte dessa conversa nos interessa hoje a noite. Moisés ficou incomodado com o fato de que o povo que estava no Egito, para onde Deus o estava enviando, não conhecia o Deus de Abraão, Isac e Jacó. Vejamos esse pedaço da conversa.

13 Disse Moisés a Deus: Eis que, quando eu vier aos filhos de Israel e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós outros; e eles me perguntarem: Qual é o seu nome? Que lhes direi?

14Disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós outros. Ex 3.13,14 (ARA)

Isso é maravilhoso, irmãos. Deus é o que é!

Portanto, ainda que vivamos tempos confusos, com muitas opiniões diferentes sobre Deus, podemos descansar na certeza de que nesse mar de opiniões sobre Deus, existe um porto seguro ao qual poderemos chegar com nossos barquinhos. Existe uma verdade absoluta sobre Deus, porque ele simplesmente É.

Nossa jornada durante os sábados que estaremos juntos é em direção a esse porto seguro. E como já vimos antes, não fomos abandonados à própria sorte. Temos o Espírito de Deus! Ele é o guia dessa nossa jornada. Temos as Escrituras Sagradas! Ela é o nosso mapa em direção ao conhecimento dos atributos de Deus.

Atributos de Deus

Nós somos batistas. Os irmãos do passado em nossa tradição cristã, também refletiram sobre quem é Deus e como ele é. E depois de investigarem a Bíblia, eles deixaram registrado em nossa Declaração Doutrinária uma boa definição a respeito de Deus e seus atributos. Vejamos:

“O único Deus vivo e verdadeiro é Espírito pessoal, eterno, infinito e imutável; é onipotente, onisciente, e onipresente; é perfeito em santidade, justiça, verdade e amor.”

Essa definição é um bom começo para falarmos sobre os atributos de Deus. Nela esses atributos são agrupados de uma maneira didática e bem comum à maioria dos teólogos: (1) temos alguns atributos naturais: eterno, infinito, imutável, onisciente, onipresente; (2) e depois uma parte dos atributos morais: santidade, justiça, verdade e amor.

Quando falamos dos atributos naturais de Deus estamos nos referindo a características inerentes à natureza do Senhor. Os atributos naturais falam sobre a grandeza de Deus, sua existência eterna, seu conhecimento de tudo, sua presença constante e sua constância. Esses atributos são próprios e exclusivos de Deus. Nós não podemos experimentá-los.

Por outro lado, quando falamos dos atributos morais de Deus estamos nos referindo a características que falam sobre a qualidade moral de Deus, isto é, se ele é bom ou mau. As Escrituras nos revelam que qualidades como santidade, justiça, bondade e misericórdia nos apresentam um Deus que é bom. Em certa medida, Deus compartilha seus atributos morais com a humanidade, por isso eles são chamados de comunicáveis.

O que essas características de Deus falam para você sobre quem ele é em sua vida? O que os atributos de Deus falam a respeito você mesmo, criado à Sua imagem e semelhança? O que essas características de Deus dizem a respeito da maneira como você se relaciona com as pessoas a sua volta? O que os atributos de Deus declaram sobre o modo como você lida com a criação?

Essa são boas perguntas às quais voltaremos nos próximos sábados. Agora vou concluir nossa reflexão de hoje com duas considerações breves, à luz dessa primeira apresentação geral sobre os atributos de Deus.

A primeira (1) é que Deus é infinitamente poderoso e majestoso. Tudo o que de Deus é revelado nas Escrituras nos mostram um ser que está além de qualquer parâmetro humano. Ele não é igual a mim e a você. Ele é superior a tudo que a mente humana possa elaborar! Foi Davi quem um dia tentou colocar em palavras essa grandeza de Deus.

11 Ó SENHOR, tua é a grandeza, o poder, a glória, a vitória e a majestade, porque tudo quanto há no céu e na terra a ti pertence. Ó SENHOR, o reino é teu, e tu governas soberano sobre tudo e todos! 12 A riqueza e a honra vêm de ti; tu dominas sobre todas as coisas. Em tuas mãos residem toda a força e o poder; na tua destra a dignidade, consolo e encorajamento que todo ser humano carece. I Cr 29.11,12 (KJA)

Ao nos aproximarmos de Deus, irmãos, não podemos perder de vista sua grandiosidade. Ele é infinitamente mais do que podemos imaginar! Ele não pode ser medido, nem comparado e não há nada que possa ser usado como régua.

À medida que avançarmos em nossos estudos sobre os atributos naturais de Deus, eu espero que seu coração se encha de espanto e que você fique maravilhado com o Deus a quem serve.

A segunda consideração (2) com a qual quero concluir minha fala hoje é que Deus é bom. As Escrituras nos falam o tempo todo que Deus é bom. Não há nele qualquer traço de maldade. Não há nada nele que deva produzir desconfiança sobre suas intensões a nosso respeito. A bondade faz parte da própria natureza de Deus.

Portanto, podemos nos aproximar dele com confiança. Deus é digno de confiança! Ele não está armando contra nós. Muito ao contrário, ele deseja e trabalha o tempo todo para o nosso bem.

4Desde a antiguidade não se ouviu, nem se percebeu, tampouco escutou-se comentários; nem olho algum sequer vislumbrou outro Deus além de ti, que age em favor daqueles que nele depositam sua esperança. Is 4.4 (KJA)

Ao nos aproximarmos de Deus não podemos esquecer de sua bondade. Quando nosso coração se encher de dúvidas e receios, devemos nos lembrar: Deus é bom! Ele é digno de confiança! Não preciso ficar com medo, não preciso me esconder, ele trabalha para o meu bem.

À medida que avançarmos refletindo sobre os atributos morais de Deus, eu espero que você se sinta inspirado pelo Espírito Santo a se tornar parecido com ele.


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Essa será nossa jornada nos próximos dois sábados e eu espero que você esteja aqui e traga outras pessoas para aprender sobre quem é o Deus que adoramos! Que Ele nos abençoe e nos ajude!

18 setembro 2016

Escola Bíblica - Um por todos, todos por um - Servindo uns aos outros


 Servindo uns aos outros

13 Vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor. Gl. 5.13 (NVI)

Há quatro palavras básicas na linguagem do Novo Testamento que são frequentemente traduzidas por “servir”, “servo, “servindo”, e usadas mais de 300 vezes (cercad de 130 nos Evangelhos e Atos, e aproximadamente 170 nas epístolas. A duas mais frequentes são diakoneo (διακονεω) – Atos 6.2 e douleuo (δουλευω) Gálatas 5.13.

Diakoneo quer dizer ajudar ou servir. Escritores do Novo Testamento usaram essa palavra para ser referir a alguém que serve comida ou bebida, isto é, que se importa com as necessidades materiais dos outros. Num sentido mais geral, é aquele que faz qualquer coisa para servir aos interesses de outrem. Daí tiramos a palavra diácono.

Doulos era uma um escravo, um servo, alguém que servia. Neste sentido mais forte significa alguém que abdica de si mesmo completamente em favor do desejo de outro, alguém que serve com sentido de devoção.

Charles Swindoll propôs uma pirâmide verbal para simbolizar os valores que pautam grande parte dos relacionamentos humanos. São valores representados por frases como:
(1). Eu sou importante;
(2). Não abro mão dos meus direitos;
(3). Farinha pouca, meu pirão primeiro;
(4). Se você não se colocar pra cima, ninguém o fará.

EU
M E U
A   M I M
P A R A    M I M

Por que agimos dessa forma?

Essa atitude reflete o princípio (ou lei) do pecado que está ativo em nós. Desde Adão e Eva, passamos a não desconfiar do cuidado de Deus por nós. Os homens se tornaram dominantes e muitas vezes cruéis, enquanto as mulheres se tornaram insubmissas e resistentes a qualquer forma de autoridade. Assim, todos buscam proteger-se em um mundo em que ninguém se importa com ninguém. Garantir a própria situação (direitos, necessidades e interesses) é a melhor estratégia em um mundo no qual cada um cuida do seu e Deus não existe (ou, se existe, não é confiável). Essa descrença está refletida no ditado “É cada um por si e Deus por todos”.

Como é possível libertar-se desse problema?

Como pode um avião voar se pela lei da gravidade ele deveria cair?

LIBERDADE PARA SERVIR – A “lei do pecado e da morte” está ativa no ser humano. Contudo, as Escrituras também revelam uma lei que é maior e mais poderosa, e pode ser ativada pelo próprio Deus. É a “lei do Espírito da vida”, que se tornou possível com a vinda de Jesus (Rm 8.2) e nos liberta para servir a Deus e aos outros em amor.

Jesus tornou possível vencermos a natureza produzida pela lei do pecado: viver para si mesmo (Rm 6). Em Cristo estamos livres para atender aos outros em suas necessidades e amá-los como a nós mesmo (Gl 5.14). Quando nos tornamos cristãos ganhamos uma nova vida, a vida eterna, e junto com ela o poder de ir além de nós mesmos e experimentar a realização de servir aos outros.

LIBERDADE DISPONÍVEL – É assim que a “lei do Espírito da vida” cria as condições para voarmos: quando pela fé confiamos no Senhor Jesus como nosso salvador, nos identificando com sua morte, morremos com ele. Assim, a “lei do pecado e da morte” não tem mais efeito sobre nós e o impossível pode acontecer: tornamo-nos livres para servir. A liberdade está disponível, mas é como alguém que vê a porta da prisão abrir-se; é preciso sair por ela.

SERVIR COM AMOR – Para servir uns aos outros temos de ser guiados por verdadeiro amor. O amor é o princípio de todo relacionamento cristã, inclusive o processo de servir uns aos outros. Sob a lei do pecado, servir aos outros seria uma experiência negativa; mas sobe a lei do Espírito da vida, guiada pelo princípio do amor, servir torna-se algo alegre e recompensador.

SERVIR MEDIANTE A FÉ – Servir é uma maneira poderosa de demonstrar nossa confiança de Jesus Cristo. Ele é a fonte da nossa liberdade para servir. Essa libertação para o serviço está disponível mediante o exercício de confiança no Senhor. (Rm 5.1,2). Essa confiança que liberta não é uma mera concordância, mas a decisão ativa na direção de obedecer ao ensino de Jesus.

SERVIR RELACIONANDO-SE – O chamado para servir uns aos outros não pode ser atendido individualmente. Não podemos viver isolados. Dependemos uns dos outros para satisfazer nossas necessidades físicas, emocionais, sociais e espirituais. Além disso, como crentes em Jesus fomos incluídos pelo Espírito Santo como parte de uma família, a família de Deus. Portanto, o serviço com amor e mediante a fé acontece sobretudo nos relacionamentos que desenvolvemos uns com os outros.

SERVIR NO ESPÍRITO – É manifestar o fruto do espírito, enquanto serve, em seus relacionamentos: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gl 5.22,23).
  
PASSOS PRÁTICOS PARA SERVIR AOS OUTROS EM AMOR

1)    Avalie o quanto o fruto do Espírito é refletido em seus relacionamentos. Marque 1 para “Nunca Existe” e 7 para “Sempre existe”

1.     Há amor cristão sendo expresso em minha igreja?                         1  2  3  4  5  6  7
2.     Há evidências de alegria e felicidade?                                            1  2  3  4  5  6  7
3.     Há paz e unidade?                                                                           1  2  3  4  5  6  7
4.     Os irmãos demonstram paciência uns com os outros?                   1  2  3  4  5  6  7
5.     Os irmãos são bondosos em atitudes?                                            1  2  3  4  5  6  7
6.     A bondade é demonstrada com atos concretos?                             1  2  3  4  5  6  7
7.     Os irmãos são dignos de confiança?                                               1  2  3  4  5  6  7
8.     Demonstram-se gentileza e sensibilidade nos relacionamentos?   1  2  3  4  5  6  7
9.     Há autocontrole nas conversas e no estilo de vida?                        1  2  3  4  5  6  7
  
Some suas respostas e confira na tabela abaixo os indicadores a respeito do serviço em sua igreja:
  
A)  9 a 18 – Há muitos desafios pela frente e você precisará de ajuda.
B)   19 a 36 – Os desafios são grandes, mas os primeiros passos já foram dados;
C)   37 a 54 – O serviço orientado pelo amor é uma prática, mas ainda pode melhorar;
D)  Acima de 54 – A excelência no serviço foi incorporada ao seu modo de viver.


Adaptação a partir do capítulo 8 – Servindo uns aos outros – do livro Um por todos, todos por um, escrito por Gene Getz Traduzido por Ana Vitória Esteves de Souza e publicado pela Editora Textus – Rio de Janeiro. Versões da Bíblia: OL – O Livro, BV – Bíblia Viva, NVI – Nova Versão Internacional

17 setembro 2016

A unidade que agrada a Deus


Boa noite, irmãos queridos. Que o Senhor seja a força de suas vidas! Que vocês encontrem nele o lugar seguro para os dias difíceis! E sejam alcançados pela sabedoria que vem do alto. Minha gratidão à juventude desta igreja e em especial ao Wellington pela oportunidade de compartilhar a palavra de Deus nesta noite.

Nunca me canso de agradecer a Deus pela liberdade que temos de fazer isso: reunir-nos livremente, abrir as escrituras, lê-las e refletir sobre seus ensinamentos. Isso é um privilégio que muitos irmãos amados ao redor do mundo não têm. Apenas esse entendimento já seria suficiente para considerar cada encontro como este um presente dos céus.

Durante os próximos minutos iremos pensar juntos sobre UNIDADE, um dos temas mais importantes para a igreja, sobretudo nos tempos difíceis que vivemos. Penso que os irmãos foram felizes em escolher esse assunto, sobretudo quando desejam tratar não uma unidade qualquer, mas da unidade que agrada a Deus.

Quando me refiro a tempos difíceis, não pensem que falo isso com algum saudosismo; como se os dias passados fossem sempre melhores que o presente. Não! Seguir a Jesus no passado não era mais fácil ou mais difícil. Porque cada época guarda suas próprias dificuldades.

Os tempos que vivemos, portanto, são difíceis porque trazem consigo desafios que somos chamados a enfrentar hoje. São desafios desta geração. Desafios para mim e para você. Um desses desafios é experimentar a unidade como uma vocação, um chamado irresistível de Deus para nós.

O texto que sobre o qual vamos tratar encontra-se no capítulo 17 do evangelho de João. Vamos ler juntos os versos 20 e 21 e em seguida orar ao Senhor.

20 "Minha oração não é apenas por eles. Rogo também por aqueles que crerão em mim, por meio da mensagem deles,21 para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. Jo 17.20,21 (NVI)

A oração de Jesus

Jesus vivia os momentos que antecediam sua prisão, julgamento, tortura, crucificação e morte. Talvez os discípulos não tivessem clareza sobre o que viria, mas Jesus sabia. Como um de nós, ele estava ansioso. Como um de nós, ele sofria angustiado com o que havia de vir. Além disso ele antevia os dias difíceis que seus discípulos iriam viver e isso, de alguma forma consumia seu espírito. O que fez Jesus? Ele orou ao Pai.

O capítulo 17 do evangelho de João é conhecido como “Oração Sacerdotal”, mas talvez esse título pomposo nos afaste do coração amorosos e sensível do Senhor. Ele, antevendo o caminho difícil a ser trilhado por seus discípulos, não decretou vitória, não amarrou satanás, não ficou inconformado nem tampouco evocou poderes angelicais. Jesus simplesmente orou e pediu ao Pai por seus discípulos. Aqui, na disposição de Jesus para a oração há lições importantes, mas não é nosso assunto hoje.

Jesus falou muitas coisas importantes nesta oração, mas, por causa dos pedidos que fez ao Pai por seus discípulos, este capítulo se tornou conhecido, como falei, como uma oração sacerdotal, isto é, intercessora.

Há algo maravilhoso nessa oração, porque Jesus deixa bem claro que ele não estava intercedendo apelas pelos doze, ou pelos demais discípulos que o seguiam naqueles dias. Ele afirma com todas as letras:

20 Não oro somente por estes discípulos, mas igualmente por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da mensagem deles, (KJA)

Jesus orou por você, meu irmão. Antes que você viesse a existir ele já intercedia pela sua vida, pedindo por sua caminhada em direção ao Pai. Encha-se de alegria e satisfação diante desse amor! Você não é um lobo solitário que vai vencer a dureza da vida na marra; você é uma ovelha do rebanho do Senhor, ovelha amada e cuidada por ele há muito tempo. Deixe de lado esse script de guerreiro esforçado e permita que o amor de Deus o alcance, fortaleça e console.

É importante lembrar que estamos diante de uma oração. Com isso quero dizer que este capítulo não é um roteiro com tarefas que devemos seguir. Não estamos falando de um “passo a passo” para uma vida de sucesso. Estamos diante de uma maravilhosa conversa entre o Filho e o Pai, através do Espírito. Estamos testemunhando a trindade conspirando em nosso favor, tecendo teias de amor e bondade para nos sustentar nos dias difíceis!

O que Jesus pediu ao pai em sua oração?

(A)        Protege-os em teu nome (v.11)

Começando no verso 11, Jesus pediu ao Pai que fôssemos protegidos, guardados. Vejamos:

11 Agora vou deixar o mundo e deixá-los a eles também, para ir para junto de ti. Pai Santo, guarda-os sob o teu cuidado, todos aqueles que me deste, para que permaneçam unidos, como nós estamos unidos (...) 15 Não te peço que os tires do mundo, mas que os conserves a salvo do poder de Satanás. (OL)

Olhando pelas frestas dessa oração, irmãos, parece-me que a unidade da qual Jesus está falando é resultado, antes de tudo, da proteção e do cuidado de Deus sobre nossas vidas. A verdade é que sempre que tentamos resolver nossas vidas por conta própria corremos o risco de estragar tudo, por causa de nosso coração corrompido e egoísta. Então, preste atenção: a unidade desta igreja, depende da sua rendição aos cuidados de Deus.

Enquanto estivermos confiados em nosso próprio esforço ou simplesmente na força do grupo para que a igreja seja unida e tudo dê certo, não experimentaremos a unidade que agrada a Deus.

Enquanto for a sua mão, querido líder, a conduzir e proteger os irmãos ao seu redor, ainda que você faça isso de boa vontade, não experimentaremos a unidade que agrada a Deus.

Enquanto sua confiança, amado irmão, estiver depositada nas mãos de alguém diferente do Filho de Deus, não experimentaremos a unidade que agrada a Deus.

Apenas se você estiver rendido aos cuidados do Pai, e protegido por Ele, a unidade pela qual Jesus intercedeu será possível. Renda-se aos cuidados de Deus, meu irmão! Confie no poder e no amor dele por você, ainda que as circunstâncias pareçam desfavoráveis! Apenas nesse lugar de descanso, poderemos viver como um povo de um só coração e de uma só mente.

(B)        Santifica-os na verdade (v.17)

No verso 17 Jesus intercedeu por nós de outra maneira. Veja o que ele pediu:

16 Não são do mundo, como eu do mundo não sou. 17 Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.18 Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.19 E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade. (ACF)

Novamente eu o convido a olhar pelas frestas dessa oração e enxergar como a unidade que agrada a Deus pode tornar-se uma realidade entre nós.

No pensamento comum do dia-a-dia, alguém é considerado santo por aquilo que faz. Isto é, quando se vê alguém realizando algo que parece bom ou correto vê-se ali algum tipo de santidade. Os católicos romanos têm um procedimento complexo e cuidadoso para verificar se alguém pode ser considerado santo. Esse procedimento passa pela verificação da vida moral e da comprovação dos milagres realizados pelo candidato. Essa santidade é resultado do esforço pessoal para uma vida disciplinada.

Em sua oração, no entanto, Jesus parece falar de outro tipo de santidade. Digo isso porque ele pediu a Deus que nos santifique. Santificar é o mesmo que consagrar, isto é, separar para um propósito sagrado. Jesus deixa claro, portanto, que a santidade na qual ele acredita é uma ação de Deus na vida das pessoas, não uma ação das pessoas em direção a Deus, o que é bem diferente.

Assim, em sua oração Jesus pede ao Pai para que Ele nos santifique, isto é, que Ele dê a cada um de nós um propósito sagrado e nos inclua a cada um nos planos dele de maneira que nos tornemos um povo de um só coração e uma só mente. Portanto, irmãos, a unidade que agrada a Deus só acontece quando nós nos rendemos individual e coletivamente aos propósitos eternos de Deus.

Para experimentar essa unidade é preciso deixar que nossa maneira de pensar seja moldada pela verdade. Porque é na verdade que somos santificados por Deus. Essa verdade que santifica, segundo afirmou Jesus, é exatamente a palavra de Deus. É a palavra de Deus que tem o poder de moldar nossa maneira de pensar e nos fazer parte de um propósito sagrado.

Portanto, para que esta igreja experimente a unidade que agrada a Deus, você precisa submeter-se à Palavra de Deus. É preciso que você compreenda e adote o ponto de vista de Deus sobre a vida, sobre as pessoas, sobre os relacionamentos, sobre as coisas comuns da vida. A unidade não pode ser experimentada individualmente, porque é algo coletivo por sua própria natureza, mas ela começa individualmente.

Pare de resistir à Palavra! Admita suas limitações! Deixe que Deus o torne alguém santo! Deixe-se ser incluído nos propósitos de Deus para este mundo. Deixe-se ser santificado pela palavra e a unidade que agrada a Deus virá como um vento suave e refrescante.

(C)        Que eles sejam levados à plena unidade (21-23)

Nos versos 20 a 23 a oração de Jesus vai direto ao ponto da unidade. Vejamos:

20 "Minha oração não é apenas por eles. Rogo também por aqueles que crerão em mim, por meio da mensagem deles, 21 para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. 22 Dei-lhes a glória que me deste, para que eles sejam um, assim como nós somos um: 23 eu neles e tu em mim. Que eles sejam levados à plena unidade, para que o mundo saiba que tu me enviaste, e os amaste como igualmente me amaste.

Neste terceiro ponto, quero chamar sua atenção para dois sinais externos, visíveis para os que estão fora da igreja, de que estamos vivendo a unidade que agrada a Deus.

É importante relembrar que a oração de Jesus não era apenas por seus discípulos mais próximos... “os doze”, nem também pelos demais discípulos dessa época. Ele deixou claro que intercedia por todos aqueles que viesse a crer no evangelho a partir daquele momento. Portanto, a unidade de que Jesus estava falando não tem fronteiras; junta todas as gerações de discípulos debaixo do mesmo modo de pensar e sentir: uma só mente, um só coração.

Vejam, agora, que coisa maravilhosa, irmãos: essa unidade que atravessa as gerações de discípulos de Jesus está relacionada à proclamação do Evangelho: “...para que o mundo creia que tu me enviaste.”.

Pelas frestas da oração sacerdotal, somos levados a compreender que o mundo em nossa volta, ao observar a forma como nos relacionamos uns com os outros, reconhecerá que esse modo de viver não pode ser produzido apenas com boa vontade e esforço pessoal. Então eles serão levados à conclusão de que o Jesus a quem seguimos é o filho de Deus, o messias enviado, e crerão nele.

Esse é o primeiro sinal externo de que estamos usufruindo da unidade que agrada a Deus: as boas novas são anunciadas de forma natural e orgânica, como resultado da maneira que vivemos.

Por outro lado, Jesus afirmou também que, além levar as pessoas a crerem que ele é o filho de Deus, quando a igreja vive em unidade as pessoas de fora reconhecem que esse modo de vida só pode ser resultado de amor, de muito amor, do amor de Deus derramado sobre a igreja.

Quando pessoas diferentes, com histórias diferentes, com costumes diferentes, de diferentes realidades sociais, com diferentes situações financeiras e que trilharam caminhos diferentes pela vida caminham juntos em uma só mente e um só coração, a única explicação que é elas foram inundadas pelo amor de Deus.

Jesus afirmou que as pessoas de fora da igreja irão reconhecer isso. Assim, quando essa unidade que agrada a Deus é experimentada por nós o amor de Deus é anunciado de forma natural e orgânica, como resultado da maneira que vivemos. Esse é o segundo sinal externo a que Jesus se refere em sua oração.

Não temos como controlar esses sinais, irmãos. Apenas podemos observá-los. A ausência deles é um alerta que não devemos desprezar. Alguns acham que a unidade é um produto apenas para o consumo interno da igreja, mas isso não é verdade. A unidade desta igreja alcança os de fora e testemunha a respeito de Cristo e do amor de Deus; e você, que é a igreja, precisa permanecer atento para o tipo de testemunho que está sendo dado.

(D)        Que estejam comigo onde eu estou. (24)

Quero concluir essa reflexão, irmãos, apresentando a quarta intercessão de Jesus por nós em sua oração, chamada sacerdotal. No verso 24 ele revela a natureza relacional do seu amor.

24 "—Pai, quero que, onde eu estiver, aqueles que me deste estejam comigo a fim de que vejam a minha natureza divina, que tu me deste; pois me amaste antes da criação do mundo." (NTLH)

Essa unidade que estamos aprendendo agora é uma realidade para o Deus trino desde sempre. Jesus disse que antes de o mundo existir ele e o pai já experimentavam este amor. Veja que coisa maravilhosa, irmãos: nós fomos chamados, por causa da bondade e da misericórdia de Deus, a fazermos parte com Ele desse maravilhoso relacionamento de amor e confiança.

Ele quer que todos nós estejamos onde ele estiver para experimentarmos essa mesma unidade que ele tem com Pai. Isso tudo acontecerá de forma plena na eternidade. Jesus já havia dito antes para seus discípulos (Jo 14):

1 "Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em mim. 2 Na casa de meu Pai há muitos aposentos; se não fosse assim, eu lhes teria dito. Vou preparar-lhes lugar. 3 E se eu for e lhes preparar lugar, voltarei e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver.

Portanto irmãos, a unidade que agrada a Deus não é apenas para esta vida. Somos chamados para experimentá-la já agora, mas sem esquecer de que um dia a oração do Senhor será completamente atendida e experimentaremos a alegria de juntos (gente de toda raça, tribo, nação e época) vivermos em harmonia... uma só mente... um só coração. Esse tempo ainda chegou, mas todo nós já podemos ir treinando agora e provando um pouco da maravilha que será.


Que o Senhor nos socorra em nossas limitações e nos ajude a nos rendermos aos seus cuidados, nos deixarmos santificar por sua Palavra, de maneira que as pessoas em nossa reconheçam a Jesus com salvador e testemunhem do amor de Deus entre nós. Assim estamos cada dia mais próximos de experimentar a plenitude a unidade que Ele planejou para sua igreja.