26 agosto 2007

Jogo do Casamento

Apresentação

Meu nome é Aristarco e sou casado com Marina há 20 anos. Temos dois filhos, Lídia e Levi. A Lídia tem 19 anos é comunicativa e ligada às pessoas. Ela gosta muito de lê e cursa letras na UECE. O Levi é simpático e cortês, muito objetivo e metódico. Ele está no 2º ano do ensino médio, gosta de matemática e já ganhou algumas medalhas em competições estaduais e nacionais.

Nesses 20 anos, Marina tem sido uma coluna de sustentação de nossa vida familiar. Ela é uma mulher ponderada e sensata que ama os filhos e gosta muito de cuidar da família, e de mim também. Nos intervalos de dedicação à família, ela já tocou negócios bem diferentes, que vão do artesanato em gesso e tecido até uma livraria com mais 300m2, passando ainda por uma pequena panificadora. Hoje ela ensina educação cristã às crianças do ensino infantil do CBSD e está se preparando para atuar em benefício de crianças que passam por situação de risco.

Eu sou funcionário da Caixa Econômica há 18 anos. Hoje, atuo como analista de crédito na Gerência de Riscos de Fortaleza. Sou também pastor na Igreja Batista do Caminho, que se reúne na Rua Visconde de Mauá, 2794, próximo à Assembléia Legislativa.

Introdução

Há alguns anos atrás seria impossível o que está acontecendo hoje aqui: um grupo de executivos dispostos a buscar aperfeiçoamento não apenas das habilidades técnicas ou de gestão dos negócios, mas também o aperfeiçoamento da capacidade de se relacionar com outras pessoas, sobretudo aquelas que compartilham o seu dia-a-dia sob o mesmo teto.

Houve um tempo passado em que empresas eram lugares onde se produzia algo e cada um deveria concentrar suas energias exclusivamente em alcançar as metas e em contribuir para o bom resultado do empreendimento. As empresas não eram lugares propícios para a convivência humana ou para a expressão de necessidades que não fossem as ligadas ao negócio.

Nesse tempo passado, as pessoas eram consideradas apenas peças em uma grande engrenagem desenvolvida para ser lucrativa a qualquer custo. Se a peça não ia bem, trocava-se por outra, de preferência com um custo menor. Um tempo em que homens e mulheres foram massacrados.

Hoje, descobriu-se que a empresa, além de uma mente (centro de racionalidade) e um corpo (estrutura e pessoas), tem também uma alma. Empresas têm emoções. Percebeu-se que as empresas sentem, porque são feitas de gente. E gente sente.

Essa constatação levou os executivos procurarem maneiras de lidar com essa gente que sente. Percebeu-se que não era possível repartir a pessoa em pedaços. Não existe isso de não levar problemas de casa para o trabalho nem do trabalho para casa. Somos inteiros. Onde estivermos carregamos conosco tudo o que somos. A disputa no trabalho pela supervisão nova respinga no relacionamento com os filhos, assim como o desentendimento com a esposa ou o marido no domingo vai ao trabalho com você na segunda-feira.

O Jogo do Casamento

Dentre os relacionamentos que mais causam impacto na vida de uma pessoa está o relacionamento conjugal. Marido e mulher têm a capacidade de influenciar poderosamente a vida um do outro. Essa influência pode ser uma mola propulsora para o bem ou um peso que afunda os dois e não deixa ninguém avançar.

A verdade é que o casamento nunca foi algo equacionado e pronto para funcionar. Não existem fórmulas mágicas porque cada pessoa é diferente e age de forma diferente nas várias circunstâncias que a vida apresenta.

O casamento é uma espécie de jogo em que as regras são numerosas e complexas (e algumas desconhecidas). Quando você pensa que está ganhando de goleada, descobre surpreso que está perdendo; quando você sente que tudo está perdido, de repente surge uma esperança que não era esperada.

No casamento, aqueles que são competidores por excelência sofrem e fazem o outro sofrer em sua saga de ganhar sempre. Mas aqueles que são indiferentes ao jogo e não se importam consigo nem com o outro também sofrem e fazem sofrer.

Penso que, a maneira como consideramos esse “jogo” faz toda diferença. O nome que damos para ele e as regras com as quais o jogamos são fatores determinantes para estabelecer um relacionamento que abençoa em vez de amaldiçoar.

O nome dos jogos

Hoje gostaria de considerar três dos jogos mais jogados entre os casais. São jogos que todos conhecemos e jogamos vez ou outra. É difícil um casamento em que apenas um deles seja jogado, já que a maioria dos casamentos é uma mescla desses jogos. Entre eles há uma que é preferível, porque resulta em alegria e bem estar para todos os envolvidos: marido, esposa e filhos

Primeiro Jogo: O mais forte ganha

Esse é um jogo fácil de jogar, porque só tem uma regra: ganha quem subjugar o outro mais rápido. É a lei das selvas. É um jogo rápido que sempre termina na destruição emocional, intelectual e até física de um dos participantes.

Nos relacionamentos em que prevalece esse tipo de jogo há sempre um opressor e um oprimido. O marido, mas forte fisicamente, ameaça bater na esposa se ela não atender aos seus caprichos. O cônjuge com maior formação acadêmica, humilha o outro com perguntas sobre assuntos desconhecidos. A mulher, mais madura emocionalmente, manipula e anula o marido com jogos de chantagem.

Para alguns pode parecer que não, mas esse tipo de jogo continua sendo jogado em muitos relacionamentos. Algumas vezes, quando a parte oprimida não suporta, tenta desfazer o relacionamento, mas nem sempre é fácil porque esse jogo causa dependência. É comum também que é a parte mais fraca do relacionamento submeta-se ao jogo por longos anos: um processo de anulação consentida.

Esse jogo é jogado também fora do casamento. Por isso os primeiros cristãos espelharam-se na atitude de Jesus para abrir mão do jogo “O mais forte ganha”

Segundo Jogo: Ninguém ganha

Os danos causados por esse primeiro jogo para o casamento foram e são terríveis. A saída encontrada foi estabelecer um outro jogo com novas regras. O nome do jogo é “Ninguém ganha”.

Nesse jogo cada cônjuge é incentivado correr atrás dos seus direitos dentro do relacionamento. O princípio do jogo tem raízes no pensamento dos economistas liberais: Se ambos buscarem o melhor para si, então haverá uma equalização de forças e resultado será bom para os dois. Não sabendo como fazer um jogo em que os dois ganhem, a saída encontrada foi admitir que o empate, embora sem graça e cansativo é melhor do que um dos dois sempre perder.

O jogo em que ninguém ganha é aquele em que a disputa é mais valorizada do que a outra pessoa. O marido é capaz de não voltar cedo para casa só para “acostumar mal” a esposa. A esposa e capaz de sacrificar o tempo como os filhos apenas para provar que ela é tão capaz quanto ele.

O jogo do “ninguém ganha” faz muito sucesso na nossa geração, porque ele parece justo e equilibrado. Metade para um e metade para outro: ela ganha o dinheiro dela, eu ganho o meu dinheiro; ela paga as contas dela, eu pago as minhas; ela faz os cursos dela, eu faço os meus; 50% das despesas, 50% do trabalho, 50% do esforço, 50% do amor. Realmente é bem mais justo do que o jogo “o mais forte ganha”.

Mas quem joga esse jogo ainda joga um contra o outro. Ainda é uma competição em que ninguém quer perder. Será que é possível haver um jogo melhor do que esse?

Terceiro Jogo: Os Dois ganham

O nome do terceiro jogo é “Os dois ganham”. A regra é colocar o outro e suas necessidades em primeiro lugar. Essa assim que os primeiros cristãos tentavam viver a vida

(3) Não façam nada por interesse pessoal ou por desejos tolos de receber elogios; mas sejam humildes e considerem os outros superiores a vocês mesmos. (4) Que ninguém procure somente os seus próprios interesses, mas também os dos outros.

(5) Tenham entre vocês o mesmo modo de pensar que Cristo Jesus tinha: (6) Ele tinha a natureza de Deus, mas não tentou ficar igual a Deus. (7) Pelo contrário, ele abriu mão de tudo o que era seu e tomou a natureza de servo, tornando-se assim igual aos seres humanos. E, vivendo a vida comum de um ser humano, (8) ele foi humilde e obedeceu a Deus até a morte - morte de cruz. (Filipenses 2:3-8)

Ela precisa de...

· Afeto

· Diálogo

· Honestidade e franqueza

· Estabilidade Financeira

· Compromisso com a Família

Ele precisa de...

· Realização sexual

· Companheirismo

· Uma mulher atraente

· Apoio Doméstico

· Admiração e respeito

Como pensar primeiro nas necessidades do outro? Isso é razoável? O cristianismo da bíblia acredita que só possível fazer isso se acreditarmos que, quando o nosso cônjuge não suprir nossas necessidades o nosso relacionamento com o Deus da Bíblia será suficiente.

Mas isso já é uma outra história...

2 comentários:

julio disse...

gostei muito do seu ponto de vista
sobre o casamento,pois o inimigo de nossas almas esta mais preocupado em destruir o casamento do que qualquer outra coisa,pois ele sabe que Deus criou o homem e deu ordem para construir familia .Ele sabe que existe amor verdadeiro companheirismo.em quanto existirem homens como o senhor que luta pelo o bem da familia estarei tranqüilo e sei que Deus ainda tem soldados valentes para lutarem . vai nesta tua força Deus te abençoei

julio disse...

gostei muito do seu ponto de vista
sobre o casamento,pois o inimigo de nossas almas esta mais preocupado em destruir o casamento do que qualquer outra coisa,pois ele sabe que Deus criou o homem e deu ordem para construir familia .Ele sabe que existe amor verdadeiro companheirismo.em quanto existirem homens como o senhor que luta pelo o bem da familia estarei tranqüilo e sei que Deus ainda tem soldados valentes para lutarem . vai nesta tua força Deus te abençoei