03 julho 2011

Costume de casa vai à praça


Cuidado com aqueles que se dizem lideres e arrastam após si uma família emocionalmente despedaçada. Quando o sujeito esquece que seu projeto primeiro é cuidar daqueles que estão junto com ele sob o mesmo teto pode acabar transformando o exercício da liderança em um substituto da missão mais básica: prover sua família de cuidado, carinho e bem estar na medida do que suas forças podem realizar.

Quem não aprendeu a conviver em paz com seu cônjuge dificilmente será capaz de provomer a paz entre as pessoas em sua volta; Quem não aprendeu a abrir mão de desejos pessoais para atender à necessidade dos filhos dificilmente saberá ceder em benefício de outros em questões que lhe são caras; Quem não consegue ensinar pelo exemplo os seus mais próximos não tem exemplo a ser seguido pelos que estão à sua volta; Quem faz chantagens emocionais ou explode em agressividade para obter o que deseja dos filhos dificilmente saberá lidar com as frustrações da liderança de forma honesta e tranquila. Acompanhar alguém assim é como ser adotado em uma família carente, confusa e sem direção; acaba-se ficando da mesma forma sem saber exatamente o motivo.

É preciso aproximar-se de quem lidera para ver de perto essas limitações; mas, mesmo distante pode-se percebê-las nos relacionamento truncados que esses líderes desenvolvem com os que estão a sua volta.  Desvie seu olhar do centro do palco onde esses líderes geralmente atuam sob holofotes e volte-se com atenção para a penumbra onde estão anônimas as dores dos que moram com eles sob o mesmo teto. Não tenha dúvida, o dito popular é verdadeiro: "Costume de casa vai à praça".

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