A Esperança Cristã é de que seremos levados pelo Senhor Jesus para vivermos eternamente com ele. Jesus disse que Ele mesmo era a vida. Logo nossa Esperança é de que ao lado dele sejamos tomados pela vida eterna, cheia de significado e propósito.
O Espírito de Deus inspirou o Apóstolo Paulo quanto a algumas questões que fazem parte dessa esperança. No capítulo 15 da sua primeira carta aos coríntios, algumas coisas foram esclarecidas. Ao receber essa revelação, ele descreveu um quadro que permanece como encorajamento para todos os discípulos de Jesus.
Quero lhe convidar a abrir sua bíblia no capítulo 15 de I Coríntios e a mantê-la aberta. Essa será nosso texto nesta noite.
É o evangelho de Jesus que nos salva por meio de nossa fé. Não são nossos esforços pessoas, não é nossa pretensa bondade, não é o favor, as orações ou intercessão de alguma pessoa. É o evangelho que nos salva, se cremos nele com firmeza.
(1) Agora, irmãos, permitam-me que vos lembre o evangelho que vos preguei desde o princípio, que vocês aceitaram e no qual permanecem! (2) São essas boas novas que vos salvam, se nelas crerem firmemente. Doutra maneira, terão crido em vão.
Mas o que é o evangelho. Paulo relembra ao coríntios as verdades centrais de evangelho. Essas verdades precisam permanecer destacadas em nossas mentes e corações. As verdades periféricas são importantes, mas não precisam de holofotes sobre elas. Já aquelas que fundamentam nossa fé precisam ser evidenciadas todo o tempo.
(3-4) Eu transmiti-vos ao princípio o que era mais importante e que também me foi transmitido: que Cristo morreu pelos nossos pecados, conforme as Escrituras, foi sepultado, e três dias depois ressuscitou dos mortos, conforme as Escrituras.
A pessoa de Cristo, suas palavra e sua obra são o centro do evangelho. Sua morte, sepultamento e ressurreição não podem cair no esquecimento, ou se tornar uma verdade periférica. A fé cristã está apoiada no Cristo ressurreto. A Esperança Cristã está apoiada na ressurreição de Cristo.
Por causa disso, o apóstolo apresentou diversas considerações, argumentos e provas a respeito da ressurreição do Senhor. Isso é muito importante para nós, porque estamos lendo os registros de quem viveu os dias imediatamente após o ministério de Cristo.
Paulo lembra que, depois de ressurgir dos mortos, Jesus foi visto por muitas testemunhas. Não é que se ouviu falar que o Senhor tinha revivido. o Senhor foi visto. Paulo conhecia algumas dessas pessoas que viram Jesus. Mas não só isso, ele também vira o Senhor no caminho de Damasco.
(5-7) Foi visto por Pedro, e mais tarde pelo resto dos Doze . Depois disso foi visto também por mais de quinhentos discípulos numa ocasião, a maioria dos quais ainda vive, embora alguns já morreram. Depois foi Tiago quem o viu, e mais tarde todos os apóstolos. (8) Por último também apareceu-me a mim, muito depois dos outros; é como se eu tivesse nascido fora do tempo.
Em Corinto, alguns estavam afirmando não haver ressurreição dos mortos. O Apóstolo ficou surpreso com essa afirmação e, a partir do verso 12 começou a explicar quais seriam as conseqüências para os irmãos e para a igreja e se a ressurreição fosse uma mentira.
(12) Mas se pregamos que Cristo ressuscitou da morte, porque é que alguns entre vocês andam a dizer que não há ressurreição dos mortos? (13) Porque se não há ressurreição dos mortos, então Cristo ainda deve estar morto. (14) E se ele ainda está morto, então toda a nossa pregação é inútil, e a vossa fé em Deus é em vão. (15) E nós, apóstolos, seremos todos mentirosos, porque dissemos que Deus ressuscitou Cristo, e isso não seria verdade, se os mortos não tornassem à vida. (16) Se não há ressurreição dos mortos, então Cristo não ressuscitou. (17) E se Cristo não ressuscitou então a vossa fé é inútil, e vocês ainda estão sob condenação por causa dos vossos pecados. (18) Nesse caso, todos quantos morreram crendo em Cristo estão perdidos! (19) E se a nossa esperança em Cristo é unicamente para esta vida, nós somos as pessoas mais miseráveis no mundo.
Se Cristo não ressuscitou...
a) a pregação é inútil;
b) a fé é vã;
c) os apóstolos são mentirosos;
d) todos nós ainda estamos condenados;
e) aqueles que já morreram (confiando) em Cristo estão perdidos.
Veja como precisamos ser cuidados quanto estamos lidando com as verdades fundamentais do evangelho. As pilastras de sustentação de um edifício não podem ser movidas sem que todo o edifício seja abalado.
Há mestres e pastores que têm destruído a Esperança da Eternidade em seus rebanhos porque pregam um outro evangelho, diferente daquele revelado nas Escrituras. Quando o Senhor Jesus é reduzido a um simples camponês da palestina, as Escrituras são achincalhadas e a Ressurreição é negada, não sobra nada capaz de produzir na igreja a Esperança da eternidade.
(20) Mas o fato é que Cristo ressuscitou mesmo dos mortos e se tornou o primeiro entre milhões que um dia voltarão a viver!
Há um paralelo entre a perda da vida eterna e sua devolução. Há relação entre a morte que herdamos de Adão e a vida que herdamos de Cristo. Veja como isso é explicado nas escrituras.
(21) Tal como a morte apareceu neste mundo por causa daquilo que um homem (Adão) fez, assim também é por causa do que um outro Homem (Cristo) realizou que agora há a possibilidade da ressurreição da morte. (22) Cada um de nós morre porque pertence à descendência pecadora de Adão. Mas todos os que estão ligados a Cristo voltarão de novo à vida. (23) Contudo cada um na sua ordem: Cristo foi o primeiro a ressuscitar; e depois, quando ele voltar, todo o seu povo tornará a viver.
É por isso que a Esperança de vida eterna só faz parte daqueles que se entregam a Cristo e o recebem com seu Senhor e salvador. Não há esperança de vida eterna para aqueles que não forem renovados através da ligação com Cristo, por meio da fé. Porque sem essa vida que vem de Cristo, não como mudar nossa situação de mortos, por causa dos nossos pecados.
Sob que forma nós ressuscitaremos? Serem como anjos, com assas ou seremos espíritos sem corpo, como os fantasmas dos filmes? Essa era uma indagação dos irmãos de Corinto. Paulo achou que essa era uma pergunta boba, mas não deixou de responder.
(35) Mas alguém poderá perguntar: Como é afinal que os mortos vão ressuscitar? Que espécie de corpo terão então? (36) Não é uma pergunta ajuizada.
No entanto, para respondê-la, ele gastou uma boa parte do capítulo. Primeiro, ele explicou que os corpos das diferentes criações de Deus têm naturezas diferentes. Vejamos
Quando se enterra uma semente, ela não se transforma em planta enquanto não morrer primeiro. (37) Porque o que se semeia não é a planta mas apenas um pequeno grão, de trigo ou de qualquer outra planta. (38) E então Deus dá-lhe um corpo, da espécie que ele destinou; cada espécie de semente dará naturalmente uma diferente espécie de planta.
(39) Assim como há diferentes espécies de sementes e plantas, assim também há diferentes espécies de corpos. O homem tem uma espécie de corpo, os animais outra, as aves outra e os peixes outra. (40) Há corpos no céu e há corpos na terra. A glória dos corpos celestiais é diferente da beleza dos corpos terrenos. (41) O Sol, a Lua e as estrelas, cada um tem o seu próprio esplendor. E até as estrelas diferem em brilho e em grandeza entre si.
Deus é multiforme em sua criação. Ele fez seres diferentes com naturezas distintas. Deus trata os diferentes da maneira que cada um precisa ser tratado. Cada parte de sua criação tem sua própria função e sua natureza particular, conforme planejada pelo Senhor. Por isso, Deus não força sua criação além do propósito para o que ela foi criada. Ele sabe os limites.
Deus jamais violentará sua natureza. Ele jamais exigirá além do propósito que Ele tem para você. As Escrituras dizem que Ele sabe que nossa origem é o pó da terra.
O corpo é desprezado por muitas religiões e crenças. Mas o cristianismo trata o homem por completo. Embora haja religiões que crêem em alguma espécie de renascimento, a ressurreição do corpo é uma crença exclusiva do cristianismo. É essa a revelação que temos de Deus: que nossos corpos também participarão da ressurreição, mas não terão a mesma natureza que têm hoje.
(42) Da mesma forma, os nossos corpos humanos, que hão-de morrer e desaparecer, são diferentes dos corpos que teremos quando ressuscitarmos, pois que estes não morrerão. (43) Os corpos que agora temos acabam na corrupção da morte; mas quando ressuscitarmos serão corpos gloriosos. É verdade, sim, que agora são corpos mortais, mas quando voltarmos à vida serão corpos cheios de energia. (44) Ao morrerem não passam de meros corpos humanos, mas na ressurreição serão corpos sobre-humanos. Porque tal como há corpos de natureza humana, também há corpos espirituais.
Logo em seguida, ao comparar a natureza terrena do corpo que herdamos de Adão com natureza celestial do corpo que herdaremos de Cristo, Paulo conclui dizendo que os nossos corpos atuais não são capazes de suportar a eternidade. Por isso, ganharemos corpos novos.
(45) As Escrituras dizem-nos que o primeiro homem, Adão, se tornou um ser com vida, mas o último Adão, isto é, Cristo, é um Espírito que dá vida. (46) Nós temos primeiramente estes nossos corpos humanos, mas depois Deus dá-nos corpos celestiais. (47) Adão foi feito da terra, mas Cristo veio do céu. (48) Todo o ser humano tem um corpo como o de Adão, feito da terra, mas os que são de Cristo terão como ele um corpo celestial. (49) E se agora cada um de nós ainda tem um corpo como o de Adão, um dia viremos a ter um corpo semelhante ao de Cristo. (50) Uma coisa vos garanto, irmãos: é que um corpo terreno, feito de carne e de sangue, não pode entrar no reino de Deus. Estes nossos corpos mortais não têm uma natureza que lhes permita viver para sempre.
Os corpos que receberemos na ressurreição terão a mesma natureza do corpo que Cristo recebeu após ressurgir. A natureza do corpo de Cristo depois da ressurreição não era mais a mesma que antes.
(36-37) Enquanto assim falavam, (a) o próprio Jesus surgiu no meio deles, saudando-os: A paz esteja com vocês!. Mas (b) todo o grupo ficou muito assustado, pensando que via um fantasma.
(38-40) Porque se assustam?, perguntou ele. Porque é que duvidam que seja realmente eu? (c) Olhem as minhas mãos; olhem-me para os pés! Estão a ver que sou eu mesmo. Toquem-me e verifiquem que não sou nenhum fantasma. Porque (d) os fantasmas não têm carne nem ossos, como vêem que eu tenho! Enquanto falava, mostrava-lhes as mãos e os pés.
(41-43) Ainda indecisos, eles contemplavam-no, cheios de espanto e alegria. Então Jesus perguntou-lhes: Têm aqui alguma coisa que se possa comer? Deram-lhe um pedaço de peixe assado (e) e pôs-se a comê-lo enquanto o observavam. (Lucas 24 36-37)
A partir do verso 51, o apóstolo Paulo revela um mistério sobre a ressurreição. Era mistério, mas foi revelado e já não é mais. Aqueles que estiverem vivos quando o Senhor vier buscar os seus corpos transformados sem que tenham passado pela morte.
(51) Mas posso revelar-vos um mistério: é que nem todos morreremos, mas contudo todos receberemos novos corpos! (52) E tudo isso acontecerá num abrir e fechar de olhos, quando a última trombeta soar. Porque haverá no céu um toque de trombeta, e todos os cristãos que já morreram tornarão à vida com novos corpos que nunca mais hão-de morrer, e então nós, os que estivermos vivos ainda, seremos revestidos de novos corpos, igualmente. (53) Pois que os nossos corpos terrenos, sujeitos à morte, serão transformados em corpos celestiais que não podem morrer, mas que viverão para sempre. (54-55) Quando isto acontecer - quando os nossos perecíveis corpos terrenos forem transformados em corpos celestiais que nunca morrerão - então se cumprirá o que diz a Escritura: A morte foi tragada na vitória. Onde está pois, ó morte, a tua vitória? Onde está o teu aguilhão? (56) Porque o pecado - esse aguilhão que causa a morte - terá desaparecido completamente; e a lei, que traz a manifesto os nossos pecados, nunca mais será nosso juiz.
Exaltado seja o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo que venceu a morte e agora pode nos dar vida! Bendito seja o Deus da nossa salvação que nos fez vitoriosos sobre a morte. Tragada foi a morte pela vitória!
(58) Assim meus queridos irmãos, sejam firmes e constantes, trabalhando com entusiasmo na obra do Senhor, pois sabem que nada do que fizerem para Deus será em vão.
Amados, a Esperança que temos em Cristo é o que nos fortalece em meio ao serviço ao Senhor. Por causa da eternidade que nos aguarda é que conseguimos ser firmes e constantes naquilo em que nos dispomos a ser usados por Ele. Se não for assim, estaremos em grandes apuros quando a tormenta cair sobre nós.
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