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16 fevereiro 2016

Cristo vive em mim

Cristo vive em mim
Comunidade Batista Mangabeira 4 - João Pessoa/PB - Escola Bíblica  14/02/16

Introdução

Durante este trimestre vamos estudar juntos sobre a Igreja de Jesus. A igreja é ao mesmo tempo simples e misteriosa.

Nas Escrituras, os autores dos textos sagrados, sobretudo o apóstolo Paulo, utilizaram-se de diversas ilustrações para tentar explicar o significado dessa misteriosa realidade espiritual. Uma dessas ilustrações é o corpo humano. Foi exatamente o apóstolo Paulo quem utilizou essa rica ilustração.

Durante este trimestre nosso objetivo será de desenvolver uma melhor percepção sobre a realidade da igreja de Jesus e das dinâmicas espirituais em que estamos envolvidos por sermos parte dela, isto é, membros do corpo de Cristo.

Também iremos refletir sobre a vocação que temos da parte de Deus para irmos além do conhecimento das verdades bíblicas e alcançarmos a experimentação das realidades espirituais que essas verdades representam.

Para começar nossos estudos sobre esse chamado para viver a realidade do corpo de Cristo, vamos nos deter alguns momentos para compreender (1) o estado de morte da alma humana, (2) o novo nascimento, (3) a nova natureza e (4) a nova vida.

Estado de Morte

Talvez a melhor descrição do estado de morte da alma humana seja aquela feita Paulo aos irmãos de Éfeso. Vejamos:

1 Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados,2 nos quais costumavam viver, quando seguiam a presente ordem deste mundo e o príncipe do poder do ar, o espírito que agora está atuando nos que vivem na desobediência.3 Anteriormente, todos nós também vivíamos entre eles, satisfazendo as vontades da nossa carne, seguindo os seus desejos e pensamentos. Como os outros, éramos por natureza merecedores da ira. Ef. 2.1-3 (NVI)

Temos aí a condição desse estado de morte, os principais motores externos dessa morte, o modo de vida que essa morte produz e o estado de nossa relação com Deus.

Desde o jardim o ser humano colhe os frutos de sua desconfiança quanto a caráter de Deus e de sua aventura suicida de autossuficiência. Desde o Éden somos como vivos-mortos; estamos respirando, mas paira sobre nossas cabeças uma merecida sentença de morte. Nosso desejo de autonomia corrompeu nossa alma e nos incapacitou para a vida com Deus. Nosso coração está cheio de desconfiança.

Novo Nascimento

Acontece que apenas sob o reinado de Deus é que existe vida. Em Deus nós nos movemos e existimos. Fora dele nada permanece vivo. Daí as palavras contundentes de Jesus para Nicodemos.

3 Em resposta, Jesus declarou: "Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo". Jo 3.3 (NVI)

Jesus afirma que para experimentar a vida que que existe sob o reinado de Deus não é suficiente mudar algum comportamento, ou se esforçar para viver uma vida correta, ou estudar bastante a respeito de Deus. A transformação necessária para deixarmos de ser vivos-mortos é tão profunda que ele a chamou de novo nascimento. E segundo afirmou o Senhor esse novo nascimento é realizado pelo Espírito de Deus.

Nova Vida
Tanto Jesus como João falam que esse agir de Deus é como trazer à vida algo que estava morto, concedendo assim uma nova vida.

10 O ladrão vem apenas para furtar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente. Jo 10.10

11 E este é o testemunho: Deus nos deu a vida eterna, e essa vida está em seu Filho. 12 Quem tem o Filho, tem a vida; quem não tem o Filho de Deus, não tem a vida. 1 Jo 5.11,112 (NVI)

Nova Natureza

Pedro explica que essa transformação nos faz participar (até onde isso é possível) da própria natureza divina

4 Por intermédio destas ele nos deu as suas grandiosas e preciosas promessas, para que por elas vocês se tornassem participantes da natureza divina e fugissem da corrupção que há no mundo, causada pela cobiça. 2 Pe. 1.4 (NVI)

Essa nova natureza produz nós o desejo de voltar para Deus, faz-nos dispostos a desistir da aventura suicida de autossuficiência, inclina a disposição de nossas almas a nos submetermos a Deus.

Então, quando afirmamos que fomos salvos, não estamos apenas dizendo que recebemos uma passagem para o céu. Isso é uma forma mesquinha de compreender aquilo que Deus fez por nós. Salvação é a forma de explicar os efeitos de havermos recebido da parte de Deus essa nova vida, uma nova natureza, de havermos sidos “recriados” por Ele. É o que alguns chama de regeneração.

Como perceber a vida de Cristo em mim?

Até agora compreendemos o que as escrituras afirmam que acontece com aqueles que aceitam o amor de Deus e desistem esse projeto de autossuficiência.

Como isso acontece é um mistério que o próprio Deus não revelou e nem Jesus gasta tempo em explicar. Poeticamente, os profetas do Antigo Testamento afirmavam que ele iria trocar nosso coração de pedra por um coração de carne.

Por que isso acontece, tem uma única resposta em toda a bíblia: por amor. Ele faz essa transformação em nós por que nos ama.

Existe, no entanto, uma dimensão desse agir de Deus que incomoda algumas pessoas: como sei se isso aconteceu comigo? Ou melhor, como perceber a vida de Cristo em mim? Ou ainda, como a igreja pode perceber a vida de Cristo naqueles que se aproximam da congregação?

A dimensão interior dessa percepção é de foro íntimo e está relacionada com a presença do Espírito Santo em nós. É ele quem comunica essa convicção. O Espírito nos liga a Deus e por causa disso somos tomados de sentimentos de liberdade, intimidade e proximidade com Deus.

4 Mas quando chegou o tempo certo, o tempo determinado por Deus, Ele enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido judeu, 5 para comprar liberdade para nós que éramos escravos da lei, a fim de que ele nos pudesse adotar como seus próprios filhos. 6 E porque nós somos seus Filhos, Deus, mandou o Espírito de seu Filho aos nossos corações para que tenhamos o direito de falar de Deus como nosso querido Pai. Gl. 4.4-6 (OL)

Essa é uma maneira de cada um perceber a vida de Cristo em nós: estamos mergulhados nesse sentimento de filhos de um pai amado? Algo dentro de nós nos arrasta para Deus, nos leva para perto dele? Estamos envoltos numa atmosfera de confiança irrestrita em Deus?

Olhando de fora, também há sinais importantes que podem nos ajudar a perceber a vida de Cristo em nós. Um deles é o desconforto com o pecado.

Quem recebeu essa nova vida, uma nova natureza inclinada para Deus, a vida de Deus, fica muito intranquilo quando peca. Não que ele não peque, mas o pecado deixa de ser algo recebido com naturalidade. Sem a vida de Deus, somos como aquela descrição de Paulo:

também vivíamos entre eles, satisfazendo as vontades da nossa carne, seguindo os seus desejos e pensamentos.

Mas quando a vida de Deus se instala em nós algo muda. Passamos a sentir uma rejeição pelo pecado que antes não existia. Essa rejeição se apresenta na forma de uma prontidão à voz do Espírito. Nossa consciência é restaurada e se mostra mais sensível aos alertas do Espírito.

Outra questão é que a vida de Deus pulsando em alguém quebra as resistências da autossuficiência e torna essa pessoa aberta para o arrependimento. Talvez por isso os profetas falem de “coração de carne”. A convivência pacífica com o pecado ou a resistência em admiti-lo, confessá-lo e arrepender-se (mudar de direção) não é a marca daquele

Conclusão

Por que gastar tempo com esses entendimentos básicos (basilares, não simples) sobre salvação quando nosso assunto é a igreja? Porque não é possível lidarmos com as categorias e realidades espirituais acerca da igreja sem que essa percepção da vida de Cristo em nós esteja clarificada.

O Corpo de Cristo é vivo. A vida que pulsa no corpo de Cristo é exatamente a vida que habita em nós por meio do Espírito Santo. Se por ventura não houvesse vida em nós, não haveria vida na igreja, e, portanto, seríamos, no máximo, apenas uma caricatura de mal gosto daquilo que o Senhor planejou para nós.

A percepção da vida de Deus em nós, no entanto, vista de fora ou vista de dentro, é primeiro individual e só depois disso coletiva. Primeiro a vida de Deus nos é concedida para imediatamente em seguida sermos mergulhados na igreja, conectados como membros do corpo de Cristo.

Então, de forma resumida, talvez possamos dizer que existem dois aspectos que podem nos ajudar a perceber a vida de Cristo em nós:

Naquilo que chamamos dimensão interior, o foro íntimo de nossa alma, existe um aspecto positivo, porque a pessoa é tomada por uma convicção tão intensa do amor de Deus que se descobre livre para desenvolver com Deus um relacionamento de filho de pai amoroso.

Naquilo que é possível observar de fora, a vida de Deus em nós produz um permanente desconforto com o pecado. Assim, mesmo antes de sermos exortados ou admoestados, o Espírito de Deus nos comunicar sobre os aspectos de nossas vidas que não combinam com a nova natureza que recebemos.

Bibliografia de consulta
A realidade da Igreja - Watchman Nee

Traduções das Bíblia
NVI - Nova Versão Internacional
OL - O Livro

30 junho 2014

Fortifica-te na Graça


Mensagem proferida na Igreja Batista em Guarabira/PB em 29/06/2014.


Fortifica-te na graça (de Deus) que está em Cristo 2 Tm 2:1

O apóstolo Paulo escrevia cartas para orientar e encorajar os irmãos dos vários lugares onde o evangelho de Jesus houvesse chegado por intermédio dele. Ele também escreveu para orientar alguns líderes mais jovens que ele, como Tito e Timóteo. Para Timóteo ele escreveu duas cartas cheias de conselhos e palavras de encorajamento. No texto que lemos, ele recomenda a Timóteo para não deixar o desânimo tomar conta de sua vida.

Reaja, Timóteo! Você precisa se fortalecer! A vida é cheia de lutas, dificuldade e problemas, Paulo sabia muito bem disso (ele estava preso, apenas por pregar o evangelho de Jesus, quando escreveu esta carta). Mas ele queria lembrar a Timóteo que existe um poderoso fortificante capaz de nos reanimar e nos encher de disposição para enfrentar as dificuldades da vida.

Quando eu era menino lá em Fortaleza, me lembro de ouvir falar de um medicamento, que àquela época já era antigo, mas que ainda era considerado um santo remédio para quem se sentia fraco e sem forças: Biotônico Fontoura. Bastava uma colher por dia desse fortificante para o sujeito se sentir mais disposto e animado. Talvez alguém ainda se lembre do reclame: “Mais ferro para o sangue e fósforo para os músculos e nervos”. Os fortificantes como Biotônico Fontoura e Emulsão de Scott prometiam dar força aos anêmicos e abatidos.

Mas é claro que Paulo não está recomendando Biotônico Fontoura ou Emulsão de Scott. Mas, ao encorajar Timóteo a buscar forças para enfrentar as dificuldades da vida, ele deixou uma boa dica sobre como a gente pode se fortalecer para enfrentar as dificuldades e viver bem a vida com Cristo. Veja o que ele diz:

Fortifica-te na graça (de Deus) que está em Cristo 2 Tm 2:1

Em nossos dias, quando alguém se sente abatido ou desanimado, mesmo os irmãos da igreja não sabem indicar esse poderoso fortificante recomendado por Paulo: a graça de Deus mediante Jesus Cristo. Tem gente que manda o sujeito buscar uma tal de “força interior” (Acredite em você mesmo!, dizem eles); tem quem mande o desanimado direto para o psicólogo sem uma palavra de encorajamento e tem quem piore a situação com acusações, dizendo que a culpa da tristeza é da própria pessoa que está triste.

Na igreja, se alguém parece abatido pelas lutas da vida, com aquela cara de sofrimento que incomoda todo mundo, logo tem um irmão que, com toda boa vontade, encontra um motivo e uma solução para a situação em menos de trinta segundos.

- Meu irmão, o seu problema é que você tem orado pouco. Venha participar da reunião de oração às terças-feiras. Eu garanto que essa situação vai mudar.

- Ah... mas a irmã tem faltado muito a Escola Bíblica. Por isso as coisas estão dando tão errado. Venha todo domingo que eu quero é ver se isso não muda!

- E o dízimo? Tá sendo fiel? Tem que ter cuidado com isso, se não...

- E a campanha? E o cursilho? E o ensaio do louvor? E a vigília?

Muitos irmãos, de forma equivocada, pensam que a fraqueza e o desânimo são resultado da falta de envolvimento com os programas e programações da igreja. Eles pensam que a empolgação de “fazer algo para Deus” vai produzir força suficiente para enfrentar as dificuldades da vida. Então, passam a acreditar que quanto mais a gente participar dessas coisas, mas forte a gente vai se sentir. Será que é assim mesmo?

Parece que o Apóstolo Paulo pensava diferente. As duas cartas que ele escreveu para Timóteo deixam claro que o jovem pastor estava se deixando abater pelas lutas. Mas ele não recomendou a Timóteo que fizesse mais coisas para Deus (ou para a igreja). Ao invés de buscar forças naquilo que se faz para Deus, Paulo recomendou a Timóteo que se fortificasse nas coisas que Deus fez por ele.

Fortifica-te na graça (de Deus) que está em Cristo 2 Tm 2:1

A verdadeira força para vencer as dificuldades da vida não vem das coisas que a gente faz por Deus, mas daquilo que Deus fez por nós.

Você aceitou a Jesus como seu Senhor e Salvador? Então você precisa saber exatamente o que foi que Deus fez por você, porque isso sim será capaz de fortalece-lo na caminhada. E o que realmente Deus fez por nós? Se voltarmos um pouco no texto (2 Tm 1:8-10) vamos encontrar alguns detalhes daquilo que Deus fez por nós. 

8 Portanto, não se envergonhe de testemunhar do Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro dele, mas suporte comigo os sofrimentos pelo evangelho, segundo o poder de Deus,
9 que nos salvou e nos chamou com uma santa vocação, não em virtude das nossas obras, mas por causa da sua própria determinação e graça. Esta graça nos foi dada em Cristo Jesus desde os tempos eternos,
10 sendo agora revelada pela manifestação de nosso Salvador, Cristo Jesus. Ele tornou inoperante a morte e trouxe à luz a vida e a imortalidade por meio do evangelho.

Que maravilha! Deus nos salvou, meu irmão! Foi isso o que de mais importante Ele fez por nós, e é isso que pode nos fortalecer para suportar os sofrimentos da vida. Mas, para que essa força encontre lugar em sua mente você precisa relembrar como foi que isso aconteceu. E foi assim:

Você estava morto em seus delitos e pecados, mas nem se dava conta disso. Vivia por aí, despreocupado, mas morto. Você era como uma espécie de zumbi, um morto-vivo perambulando pelas ruas. Para aparentar vivo você fazia tudo que lhe viesse à mão e à mente e gastava seus dias em buscar algum prazer, alguma alegria que se parecesse com vida. Mas no final sempre ficava um gosto amargo na boca, por que estava faltando alguma coisa.

Percebendo que a vida não pulsava viva em nossos dias, alguns de nós nos esforçávamos muito para sermos boas pessoas e assim parecermos vivos. Mas as coisas não aconteciam do jeito que a gente queria. Era como se faltasse alguma coisa. Mesmo quando tudo parecia legal, não era suficiente. O vazio em seu peito dizia isso.

Então, Deus se aproximou de você (De cada um de nós Ele se aproxima de um jeito diferente. Conforme nossa maneira de viver Ele encontrou um espaço para falar). Devagar, o Senhor lhe convenceu de que sem Ele não ia dar certo. Sem Ele você continuaria um morto tentando parecer vivo. Sem Ele o destino da sua vida seria terrivelmente ruim. Foi aí que Jesus lhe foi apresentado... E a possibilidade de ter os seus pecados perdoados para sempre se tornou uma realidade... E a bênção de uma vida de verdade que começa agora e dura por toda a eternidade se tornou um presente à sua disposição.

Aí você disse sim! Você desistiu de apenas parecer vivo e aceitou a vida verdadeira que Deus oferece a todos que abrem mão da tentativa louca de Adão, de viver por conta própria e desconectado da única fonte de vida. Você acreditou no amor de Deus por você e aceitou ser salvo por ele através da morte de Cristo na Cruz.

Então, foi assim: você foi salvo por Deus quando desistiu de salvar a si mesmo!

Por que Deus fez isso? Ele não precisa de nós, não depende de nós... Por que Ele se ocupou em livrar você da morte e lhe dar vida? Por que Jesus foi enviado e sofreu em nosso lugar a punição por nossos pecados? Por que Deus arranjou um jeito de perdoar você? No evangelho de João diz que tudo isso foi por amor: Deus amou o mundo de tal maneira...

O que nós fizemos para merecer esse amor? Nada! Por que Deus nos amou dessa forma tão intensa, ponto de enviar a Jesus? Não existe razão para Ele fazer isso, meus irmãos. Esse amor de Deus por você é gratuito e sem motivo. E quando o amor é assim, gratuito e sem merecimento, isso se chama GRAÇA! Amor gracioso, uma expressão da própria natureza de Deus! Pois bem, é nessa graça que o Apóstolo Paulo recomenda que a gente buque força.

Quando entendemos e sentimos o amor de Deus por nós, quando confiamos plenamente que Deus é por nós, quando nós vislumbramos a largura, o comprimento, a altura e a profundidade do amor gracioso de Deus, então nos sentimos fortes e fortalecidos para enfrentar a vida. Deus é por nós, quem será contra nós?! Que verdade maravilhosa!

E ainda tem mais!

Paulo explica a Timóteo que tudo isso: a morte de Cristo por nós, a salvação, a eternidade com Deus... Tudo isso foi providenciado por Deus “antes dos tempos eternos”. Isto quer dizer que antes de você existir, Deus já o amava e já havia estabelecido uma forma de resgatá-lo da morte e de lhe dar vida. Esse amor gracioso que já existia “antes dos tempos eternos” se manifestou a nós através de Cristo Jesus, o nosso salvador.

Essa é a fonte de força de que precisamos! Esse é o fortificante eficaz que anima a vida, que produz alegria, que enche a boca de sorrisos, que ergue o abatido torna a vida uma aventura de fé. Quando estamos fortalecidos por esse amor gracioso, aí estamos prontos para trabalhar com a igreja, servir aos irmãos e fazer diferença na vida das pessoas em nossa volta.

Abastecidos pela graça estaremos prontos para os sofrimentos e as lutas do serviço e da fé. Inverter a ordem, buscando força no serviço só vai nos exaurir, chegando ao ponto de nos tornamos vazios.

Fortifica-te na graça (de Deus) que está em Cristo 2 Tm 2:1

Eu me arrisco a dizer que você, assim como eu, acostumou-se a buscar força em outros lugares e de outras formas. Também me arrisco a dizer que você já se frustrou e se decepcionou diversas vezes tentando se fortificar em outras fontes.

·        Pessoas que você considerava um braço forte lhe decepcionaram. Quando você mais precisou que elas estivessem do seu lado, elas falharam.

·        Líderes religiosos em quem você confiava lhe traíram. Você esperava que eles fossem capazes de lhe fortalecer, mas descobriu que eles mesmos também eram fracos.

·        Sem medo de errar, posso dizer que as fórmulas religiosas (rezas, orações, vigílias, estudos, correntes, novenas, pactos, compromissos e jejuns) já lhe deixaram alguma vez na mão. Elas não foram suficientes para torná-lo forte. Bastou passar um pouco de tempo e lá estava você se sentindo fraco de novo.

·        Por fim, e por experiência própria, eu me arisco a dizer que você já se frustrou consigo mesmo: promessas feitas e quebradas, votos não cumprimos, pecados que teimam em fazer parte de sua vida. E embora você queira fazer a coisa certa, nem sempre consegue (foi assim que você descobriu que essa tal de forma interior não tão forte assim).


Que tal abrir mão desses fortificantes baratos e decidir buscar força na graça (de Deus) que está em Cristo Jesus? Hoje é um ótimo dia para começar a olhar para o amor gracioso de Deus e deixar que a maravilhosa graça salvadora do Pai encha seu coração.

15 julho 2012

O elefante da salvação


Penso que um elemento comum à diferentes igrejas cristãs no Brasil é a salvação. Cada uma observa e entende a salvação por um prisma particular e apresenta-se como defensora e promotora da sua salvação.

Assim, se alguém deixa de beber e fumar para preservar seu corpo, foi salvo; se uma comunidade passa a valorizar a vida humana acima do dinheiro, foi salva; se valoriza a dimensão espiritual e busca uma experiência de transcendência, foi salvo; se defende a vida em suas expressões mais frágeis, foi salvo; se reconhece a responsabilidade de cuidar do planeta, foi salvo.

É como se todos estivessem tateando o grande elefante da salvação (como na história dos cegos) e o descrevendo pelas partes. Tudo isso é salvação, ou melhor, tudo isso resulta de salvação.

Então, um grande desafio para a proclamação do evangelho seria admitir que todos somos parciais em nossa compreensão da salvação, mas todos a desejamos para nós e para os que nos cercam. Cada igreja promove aquilo que acha razoável para explicar e convencer a respeito da salvação que percebe mas, muitas vezes, o faz negando ou diminuindo o entendimento alheio, o que em nada ajuda à compreensão dessa tão grande salvação.

Penso que muito do que entendemos e apresentamos como salvação decorre de uma transação que conhecemos apenas em parte. Algo que não está em nossa dimensão, embora que seus sinais e marcos tenham invadido a humanidade na pessoa de Cristo. Quem sabe, então, se nos detivéssemos a explorar essa tão grande salvação, compreender e experimentar os seus aspectos multifacetados, passaríamos a percebê-la mais presente operando na vida daqueles que nos cercam e a proclamação seria uma grande orquestra de sons harmoniosos.

Quem sabe se a salvação da confissão se juntasse à salvação da espiritualidade e à salvação revolucionária à salvação da proclamação e a todas a demais teríamos boa chance de impactar nossa geração com as boas notícias do Reino de Deus.


Texto extraído e editado a partir de minha participação no fórum de discussão realizado no contexto da disciplina "História da Igreja na América Latina" tendo como assunto "Religiosidade, Piedade e Teologia na Época Colonial". Fórum realizado dentro do formato proposta pela EST - Escola Superior de Teologia.

14 julho 2012

A salvação dos judeus


Acho temerária toda generalização. Definir de uma tacada só o destino dos judeus não me parece um bom caminho. Veja que quando o próprio Jesus esteve entre nós muitos deles o receberam, mas outros o rejeitaram. Isso deve servir de alerta de que a salvação diz respeito ao relacionamento de cada pessoa com aquele que é a encarnação do amor de Deus. Veja como Pedro se dirige aos seu compatriotas e irmãos de fé:

Então Pedro, cheio do Espírito Santo, disse: "Ilustres líderes e anciãos da nossa nação, se os senhores se referem à cura realizada no paralítico, e como aconteceu, permitam que eu claramente afirme aos senhores e a todo o povo de Israel que isto foi feito no nome e no poder de Jesus de Nazaré, o Messias, o Homem que os senhores crucificaram - mas Deus ressuscitou. É pela autoridade dEle que este homem se acha aqui curado! Porque Jesus, o Messias, é Aquele a quem se referem as Escrituras quando falam de uma 'pedra rejeitada pelos construtores que se tornou a pedra principal da esquina'. Não há salvação em nenhum outro mais! Debaixo do céu inteiro não existe nenhum outro nome para os homens chamarem a fim de serem salvos". Ats 4:8-12

Parece-me, então, que Pedro está dizendo bem claro que a promessa de salvação dada por Deus aos descendentes de Abraão se cumpriu em Cristo. Logo, quando alguém que espera a promessa feita a Abraão rejeita a Cristo, virando as costas àquele que tanto esperava, certamente não se encontra em posição de requerer novo cumprimento da promessa já cumprida em Jesus.

Tratando de questão paralela, Paulo testemunha sobre a reação dos judeus (e dos gentios) de seu tempo à boa noticia de que a promessa dada ao judeus havia se cumprido com abrangência para o mundo todo, reações que me parecem presentes também em nossos dias.

"Deus, em sua sabedoria, providenciou para que o mundo nunca encontrasse a Deus através da inteligência humana. E então Ele se manifestou e salvou todos quantos creram em sua mensagem - essa mesma que o mundo considera absurda e ridícula. Parece absurda para os judeus, porque eles desejam um sinal do céu como prova de que o que está sendo pregado é verdadeiro; e é ridícula para os gentios, porque eles crêem somente naquilo que concorde com a sua filosofia e lhes pareça sábio. Por isso, quando pregamos que Cristo morreu para salvá-los, os judeus se ofendem e os gentios afirmam que tudo isso é disparate." 1Co 1:21-23.

Texto extraído e editado a partir de minha participação no fórum de discussão realizado no contexto da disciplina "Temas do Novo Testamento" tendo como assunto "Salvação somente por Jesus?". Fórum realizado dentro do formato proposta pela EST - Escola Superior de Teologia.

01 julho 2012

Salvação pela integridade?




Seu ponto de vista está começando a ficar mais claro, Simone, no entanto ainda tenho algumas dúvidas sobre o comentário anterior e outras que surgiram a partir de seu novo comentário.

Você apresenta a salvação como resultado de um mix de fé e vida íntegra, isto é, a pessoa precisa confiar em Jesus e apresentar determinados comportamentos, como integridade e retidão, para ser aceita por Deus. Embora compreenda, como já afirmei em outro comentário, que a fé produz uma vida íntegra que agrada a Deus, não posso concordar que a integridade é que resulta em nossa aceitação por Deus. Ele nos salvou por sua graça e misericórdia quando estávamos mortos em nossos delitos e pecados, portanto nosso nível de integridade era zero.

Acho que compreendi a relação que você fez entre fé e graça, mas tenho algumas restrições aos termos usados. Prefiro o entendimento de que a fé não é um instrumento para nos apoderarmos da Graça, mas sim um relacionamento de confiança crescente em resposta ao amor de Deus por nós; também acho que nosso contato com a Graça de Deus não se dá em termos de "apoderamento", como se o processo estivesse sob nosso controle, mas compreendo que somos alcançados por esta graça em uma iniciativa que não é nossa.

Não compreendi bem o que seria o "estado de graça" a que você se referiu nesse último comentário. Por outro lado, entendo que é a graça de Deus, expressa no amor em forma humana chamado Jesus, que destranca as portas da desconfiança para que minha resposta de fé seja possível. Assim, é a graça de Deus que conduz à fé, e é a confiança em Deus que resulta em salvação. Isto era assim no AT e é assim a partir de Cristo

É interessante este diálogo porque embora a palavras que estamos usando sejam as mesmas o significado que damos elas são diferentes. Ainda assim estamos juntos no propósito de caminhar com Cristo em novidade de Vida.

Aristarco Coelho




Texto extraído e editado a partir do fórum de discussão realizado dentro do contexto da disciplina "Temas do Novo Testamento" tendo como assunto "Exclusivismo, inclusivismo e pluralismo religioso". Fórum realizado dentro do formato proposta pela EST - Escola Superior de Teologia.

31 dezembro 2007

2008, o ano de reconciliação

Introdução

Porque você continua nessa briga com Deus?
Como assim?! Eu não estou brigando com Deus!

Tem certeza? Será que a maneira como você vive, desconectado de Deus, sem interesse por Ele, preocupado apenas consigo mesmo, não é uma briga com Ele?

Você poderia considerar que não só você, mas todo o mundo está em guerra contra Deus?

Será difícil para você considerar que nosso egoísmo, nossa falta de amor com as pessoas, nosso jeito de comprar e usar, a ausência de compaixão pelos necessitados, a forma violenta da convivência nas cidades são como gritos agressivos nos ouvidos de Deus?

Será difícil para você se convencer de que nossa arrogância ao nos considerarmos donos da verdade, nosso desejo de não precisarmos de Deus e nosso orgulho em não dependermos de ninguém para nada são como um soco na boca do estômago de Deus?

É difícil você perceber que a maneira como tratamos os indefesos, a forma como destratamos as crianças da nossa cidade, o desprezo que temos pelos deficientes, e o nojo que destilamos dos desvalidos soam como palavrões ditos na face de Deus?

É difícil você perceber que ao se esforçar para viver sua vida sem dar importância aos conselhos e orientações do Criador você se fez inimigo Dele?

Uma contenda com os moradores da Terra

O profeta Oséias viveu cerca de 750 anos antes de Cristo. Foi ele quem deixou registradas as seguintes palavras que mais parece o comentário do jornal de hoje:

(1) Ouvi a palavra do SENHOR, vós, filhos de Israel, porque o SENHOR tem uma contenda com os habitantes da terra, porque nela não há verdade, nem amor, nem conhecimento de Deus. (2) O que só prevalece é perjurar, mentir, matar, furtar e adulterar, e há arrombamentos e homicídios sobre homicídios. (3) Por isso, a terra está de luto, e todo o que mora nela desfalece, com os animais do campo e com as aves do céu; e até os peixes do mar perecem. (Oséias 4:1-3 - ARA)

No jardim do Éden declaramos guerra contra Deus. E não adianta dizer que não fomos nós, porque nossa maneira de viver tem alimentado essa disputa contra o Deus eterno. Porque continuamos nessa aposta contra Deus? Será difícil perceber que nós temos tudo a perder?

Tal como dizem as Escrituras: Não há ninguém que seja justo; nem um sequer está inocente. Não há ninguém que compreenda; que busque os caminhos de Deus. Todos se desviaram e juntamente se corromperam. Não há quem faça o bem, absolutamente ninguém! A sua fala é como o mau cheiro dum sepulcro aberto; as suas línguas praticam mentiras. O veneno de serpentes pinga dos seus lábios; as suas bocas estão cheias de maldade e engano. Os seus pés são prontos a derramar sangue; vivem para destruir e para arruinar. Não conhecem o caminho da paz. Não têm nenhum temor a Deus. (Rom. 3:10-18 - O Livro)

É isso que você deseja: continuar tentando, sem sucesso, provar para Deus e para e para os outros que você é uma boa pessoa, um bom pai, uma boa mães, um bom cidadão? É hora de entregar os pontos e se render. 2008 será um ano novo! O ano em que você fará as pazes com seu Criador através do poder reconciliador que há no sacrifício feito por Cristo na Cruz.
O Caminho da Reconciliação

O Evangelho de Jesus, as boas novas, a boa notícia é que há um caminho, um único caminho para a reconciliação com Deus:

Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. (Joh 14:6 - ARA)

Não há reconciliação fora de Cristo. Não dá pra fazer as pazes com Deus apenas com esforços humanos. Nisso está a grandeza do amor de Deus por cada um de nós, por você e por mim: Ele tomou a iniciativa e providenciou um meio de reconciliação.

(6) Quando nos encontrávamos sem possibilidades de sair da situação de pecadores culpados, Cristo veio, no momento oportuno, e morreu por nós, pecadores. (7) Mesmo que fôssemos bons, realmente não esperaríamos que alguém morresse por nós, embora isso fosse muito difícil, naturalmente. (8) Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. ... (10) E se, quando éramos inimigos de Deus, fomos trazidos em paz para junto dele pela morte de seu Filho, quanto mais, tendo sido reconciliados com Deus, seremos salvos de castigo eterno pela sua vida. (11) E agora alegramo-nos intensamente na relação que Deus estabeleceu conosco; tudo, sempre, por causa do que nosso Senhor Jesus Cristo fez, morrendo pelos nossos pecados, fazendo de nós amigos de Deus. (Rom. 5:6-11 – O Livro)

Agora é a hora! Esse é o momento de você fazer as pazes com Deus. Não importa se você um dia já levantou sua mão em uma igreja ou mesmo se você todos os domingos freqüenta um culto, uma missa ou qualquer reunião religiosa.

A questão agora é que você não pode desperdiçar mais um ano de sua vida longe de Deus. Ele já providenciou um acordo de paz. Esse acordo foi escrito com o sangue do seu Filho, selado com sua morte na cruz e tornou-se poderoso para salvar por causa ressurreição do Senhor ao terceiro dia. Agora, basta que você assine e deixe a paz invadir sua vida.

O Ministério da Reconciliação

Saulo viveu nos dia de Jesus. Ele era um religioso judeu, que se achava muito correto, até que encontrou a Jesus. Saulo também brigava com Deus e não tinha paz em seu coração. Para ele Jesus era um agitador, um baderneiro que finalmente tinha sido eliminado. Agora era preciso dispersar também os seguidores de Jesus.

Saulo de Tarso encontrou-se com Jesus no caminho para uma cidade chamada Damasco. Ali, ele reconciliou-se com Deus e recebeu uma missão de Deus: dizer para outras pessoas que era possível fazer as pazes com Deus e receber dele uma nova vida.

(15) E se ele morreu por todos é para que todos os que agora vivem, não vivam mais para si mesmos, mas para Cristo que para eles morreu e ressuscitou. (16) Por isso agora não avaliamos mais as pessoas por aquilo que elas possam parecer, sob o ponto de vista humano. Antigamente, eu pensava em Cristo assim, como se ele fosse um simples ser humano. Mas agora já não é dessa forma que o conheço! (17) Se alguém está ligado a Cristo transforma-se numa nova pessoa; as coisas antigas passaram; tudo nele se fez novo!

(18) Tudo isso é obra de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo, através daquilo que Cristo fez por nós e nos confiou a missão de anunciar essa mesma reconciliação.

(19) Porque Deus estava em Cristo, reconciliando o mundo consigo mesmo, não mais considerando os pecados dos homens como razão de acusação contra eles. Eis pois a mensagem que pregamos. (20) Somos então como embaixadores de Cristo. E é como se Deus por nosso meio lançasse um apelo aos homens. Nós vos suplicamos então, da parte de Cristo, que se reconciliem com Deus! (2 Cor. 5:17-20 – O Livro)

Eu e você fomos feitos embaixadores de Cristo. Ele nos reconciliou com Deus e nos transformou em mensageiros da reconciliação. É através de nós, de nossas vidas, que Deus lança um chamado para todos se reconciliem com Ele.

Reconciliação é Salvação

O desejo de Deus é que todo ser humano abra mão de si mesmo e faça as pazes com Ele. Aparentemente isso pode parecer algo negativo, mas não é! É preciso confiar, crer que aquilo que Deus tem preparado para nós é muito melhor do que os nossos melhores sonhos.

Precisamos falar dessa boa nova para todos. Mas por quê? Porque essa eternidade de alegria, satisfação e felicidade com Deus está reservada apenas para aqueles que estiverem reconciliados com Ele através de Jesus Cristo.

(9) Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo; (10) pois é com o coração que se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação. (11) Porque a Escritura diz: Ninguém que nele crê será confundido. (12) Porquanto não há distinção entre judeu e grego; porque o mesmo Senhor o é de todos, rico para com todos os que o invocam. (13) Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. (14) Como pois invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram falar? e como ouvirão, se não há quem pregue? (15) E como pregarão, se não forem enviados? assim como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam coisas boas! (Rom 10:9-15 - ARA)

Você e eu recebemos de Deus o ministério da reconciliação. Fomos feitos embaixadores de Cristo em um mundo hostil a Deus. Deus nos comissionou, Ele nos deu uma missão: Falar a todo ser humano que Deus deseja reconciliação e Ele mesmo já fez tudo o que era necessário para isso.

2008 será o ano em que você deixará de lado em que você será constrangido pelo amor de Deus a abrir sua boca e falar do seu filho Jesus Cristo. Será o ano em que seu procedimento falará da reconciliação que há na cruz de Cristo.

2008, um ano novo.

2008 será um ano de Reconciliação para todos os que fazem a Igreja Batista do Caminho!

2008 será um ano em que nos renderemos nas contendas que temos com Deus; vamos enfrentar as lutas que temos dentro de nós mesmos e abrir mão das arengas que temos uns com os outros.

2008 será um ano novo! Entraremos nele comprometidos com uma nova vida!

2008 será um ano em que faremos as pazes com Deus. Será um ano para vivermos a Reconciliação com Deus em toda a plenitude.

2008 será um ano em que ansiaremos pela paz em nosso coração e também no coração daqueles que nos cercam. Um ano em que seremos embaixadores da reconciliação que há em Cristo.

Em 2008, você será instrumento de Deus para que o mundo conheça o evangelho de Jesus. Chega de entrar calado e sair mudo! Chega de omissão e silêncio. Chega de ser agente secreto de Deus. A você foi confiado o ministério da reconciliação.

2008 será um ano em que encontraremos consolo na cruz de Cristo; não em nossas habilidades, não naquilo que possuímos, não em nossas alegrias temporárias, nem tampouco em nossas tristezas, que parecem não ter fim.

2008 será um ano novo! Um feliz ano novo.

17 março 2006

Resgate


Aristarco Coelho

Cruzando os mares de um dia
Náufrago à dor do premente
Emaranhado em idéias
Afundo rumo a quem sou

Penumbra que se aproxima
Escuridão se revela
Onde as velas que clareiam
As entranhas da minh’alma?
Afogado em tristeza
Afundo direto ao fundo
À luz daquilo que sou.

De repente um clarão!
E Tua voz pude ouvir
Luz pura, brilhante luz
Que não cega, mas clareia.
Que além de mostrar quem sou
Revela quem posso ser.

As redes que me prendiam
Em pedaços se tornaram
Seguras-me pela mão!
E me fazes subir da morte
Com o sopro do teu amor!

Na superfície de mim
Respiro a graça da Graça
E recostado em Seu peito,
Descubro em Seus olhos a Luz:
Um quê de amor sem limites
Um quê de amor que conduz

Levanta-te, filho náufrago,
Que agora não és mais!
Resgate, alto preço paguei.
Em mim seguro estás.