01 outubro 2009
Discipulos de Jesus - Negar-se a si mesmo
“Se alguém quer vir após mi, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me.” Lucas 9:23
“Quem não toma a sua cruz e vem após mim, não é digno de mim”. Mateus 10:38
“Então convocando a multidão e juntamente os seus discípulos, disse-lhes: se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me” Marcos 8:34
Três etapas são necessárias para aqueles que desejam ser discípulos de Jesus: negar-se a si mesmo, tomar a cruz e segui-lo.
(A) Essas três etapas são condições. Jesus não corria desesperado à procura de discípulos, como fazem alguns mestres hoje. Ele não negociava oferecendo benefícios em troca de fidelidade a Ele. Em vez disso, Jesus não hesitava em apresentar as condições a serem cumpridas por quem desejasse segui-lo. Não era de qualquer jeito: havia e ainda há condições.
O esforço de muitos pregadores (alguns bem intencionados) para alcançar mais pessoas com a mensagem do evangelho tem deslocado o centro dessa questão; em vez de apresentarem as condições para alguém ser discípulo de Jesus, eles acenam apenas com os benefícios de ser um discípulo de Cristo.
Sem perceber, muitos se tornam culpados de propaganda enganosa: a igreja tem usado letras garrafais para os benefícios e letras miúdas para as condições de ser discípulo. Parece propaganda de eletro-eletrônico.
Presas pela propaganda sobre Cristo, muitas pessoas decidem segui-lo sem compreender o que isso significa, mas apenas para ter acesso aos benefícios prometidos. Então, ao serem chamados para cumprir as condições muitos se decepcionam, se entristecem: viram consumidores enganados, reclamando por seus direitos.
Hoje vamos começar a virar a mesa dessa questão.
Se você observar os evangelhos com cuidado, verá que Jesus nunca correu atrás de discípulos. Os discípulos é que O procuravam. Jesus não fez apelos emocionais nem implorou a quem quer que fosse para que o seguisse. Pelo contrário. Ele impôs condições para os candidatos a discípulos. É sobre essas condições que vamos refletir nessas três mensagens.
Três condições e um pré-requisito
Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, (1) negue-se a si mesmo, (2) tome a sua cruz, e (3) siga-me; (Mat 16:24)
São três condições: negar-se a si mesmo, tomar a cruz e segui-lo. Mas antes delas há um pré-requisito: você precisa querer ser um discípulo de Jesus. Ninguém se torna discípulos porque a mulher, o filho, o amigo ou os parentes querem. A própria pessoa precisa querer e tomar essa decisão.
Se você não quer ser um discípulo de Cristo seja sincero consigo mesmo e com as pessoas ao seu redor. Ainda que essa não seja a melhor decisão, Deus apreciará a sua sinceridade e transparência. Saiba também que Cristo o ama profundamente e deseja alcançá-lo com esse amor.
Mas se você tem convicção de que deseja ser um discípulo de Jesus, o pré-requisito já está cumprido: se alguém quer vir após mim... Vamos agora às condições.
Veja que é o próprio Jesus Cristo que apresenta essas condições. Não é uma invenção minha, nem história de alguém que ouviu falar. Três condições: negar-se a si mesmo, tomar sua cruz e segui-lo.
Hoje vamos buscar orientação do Espírito Santo de Deus para compreender o significado de negar-se a si mesmo.
Negar-se a si mesmo
Nesse começo, precisamos desfazer de imediato dois enganos: o primeiro é que negar-se significa anular-se como pessoa; o segundo é que negar-se é significado de autopunição.
Pedir que nós nos anulássemos seria uma grande incoerência da parte de Deus, já que ele nos criou seres que têm vontade própria e consciência de si mesmos. Por que ele nos daria uma identidade para em seguida impor essa anulação?! Negar-se não é anular-se.
O segundo engano é que negar-se é flagelar-se, buscando sofrimento como uma forma de punição. Deus não se alegra com a nossa dor, quanto mais se essa dor for algum tipo de sofrimento que impomos a nós mesmos. Negar-se não é autopunir-se.
Desfeitos esses dois enganos, precisamos caminhar em busca de compreender o que Jesus quis dizer com negar-se a si mesmo.
Para isso vamos contar com a ajuda de dois trechos das Escrituras. Primeiro, vamos prestar atenção ao encontro alguns sacerdotes e levitas com João Batista, quando alguns deles foram enviados ao profeta para descobrir se Ele era o messias. Em seguida, vamos refletir sobre o contexto do momento em que Jesus falou dessas condições para alguém ser seu discípulo. O senhor falou essa frase dentro de uma situação real.
João Batista
(19) E este foi o testemunho de João, quando os judeus lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para que lhe perguntassem: Quem és tu? (20) Ele, pois, confessou e não negou; sim, confessou: Eu não sou o Cristo. (21) Ao que lhe perguntaram: Pois que? És tu Elias? Respondeu ele: Não sou. És tu o profeta? E respondeu: Não. (22) Disseram-lhe, pois: Quem és? para podermos dar resposta aos que nos enviaram; que dizes de ti mesmo? (23) Respondeu ele: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías. (João 1:19-23)
O negar-se a si mesmo passa pelo reconhecimento de quem somos e da descoberta de quem Deus é. Nesse encontro narrado pelo apóstolo João, há pelo menos três lições preciosas sobre o negar-se a si mesmo.
A - Eu não sou Deus
(20) Ele, pois, confessou e não negou; sim, confessou: Eu não sou o Cristo.
• Não posso controlar o mundo;
• Não consigo fazer tudo dar certo;
• Não posso receber a glória que não é minha.
Muita gente sofre porque resolveu carregar o mundo nas costas. É preciso reconhecer quem somos: limitados e incapazes de lidar com todos os problemas à nossa volta.
João confessou que não era o Cristo. Ele preferiu ser quem ele era e disse não para o orgulho de ser confundido como o Cristo. Você precisa parar de agir como fosse Deus e dizer não para o orgulho que isso dá. Entregue a responsabilidade de dirigir o universo para aquele que pode fazer isso e aceite quem você realmente é!
B- Eu não sou o meu irmão
(21) Ao que lhe perguntaram: Pois que? És tu Elias? Respondeu ele: Não sou. És tu o profeta? E respondeu: Não.
• Não preciso viver do jeito que os outros vivem;
• Não devo almejar o sucesso dos outro;
• Não devo fingir ser o que eu não sou.
Deus não quer que você seja igual a ninguém nessa terra, senão que você seja semelhante ao seu filho Jesus Cristo. Ele lhe fez único e quer que você preserve sua identidade. Quanto sofrimento acontece quando queremos ser iguais a fulano ou beltrano.
Negar-se é uma jornada em busca da nossa verdadeira identidade. É dizer não para as tentativas de nos tornarem quem na verdade não somos. João não aceitou ser chamado de Elias, você também precisa rejeitar as tentativas de fazer de você uma cópia de outra pessoa. Todos nós somos originais.
C- Minha identidade está em Deus
(23) Respondeu ele: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías.
De onde vinha essa convicção de João Batista? Algumas coisas posso garantir.
• Ele não fez curso de Ioga nem Meditação transcendental;
• Também não entrou de cabeça na psicoterapia;
• Não consultou os astrólogos e advinhadores;
• Ele também não leu o último best seller do Augusto Cury;
João encontrou sua identidade na fala de Deus sobre ele:
(13) Mas o anjo lhe disse: Não temas, Zacarias; porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, te dará à luz um filho, e lhe porás o nome de João; (14) e terás alegria e regozijo, e muitos se alegrarão com o seu nascimento; (15) porque ele será grande diante do Senhor; não beberá vinho, nem bebida forte; e será cheio do Espírito Santo já desde o ventre de sua mãe; (16) converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus; (17) irá adiante dele no espírito e poder de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, a fim de preparar para o Senhor um povo apercebido. (Luk 1:13-17)
Assim como aconteceu com João Batista, Deus também fez afirmações sobre você e é nessas afirmações que você deve buscar sua identidade.
• Você foi criado à imagem e semelhança dele;
• Você é alvo do seu amor através de Jesus;
• Sua presença e desejada por Deus.
Meu irmão, há muitas outras palavras de Deus sobre você! Leia as Escrituras, descubra as promessas que Ele fez sobre sua vida e viva conforme sua nova identidade em Cristo. Isso é ser uma nova criatura.
Negar-se é não desejar ser o que você na verdade não é, mas aceitar com gratidão tudo o que você realmente é em Cristo Jesus.
Negar-se é abrir mão do que eu penso que sou e do que os outros dizem que eu sou, para me tornar aquilo que Deus deseja que eu seja. Foi assim com João Batista e deve ser assim comigo e com você.
Jesus Cristo
O segundo trecho da Escrituras em que o negar-se a si mesmo se revela é no contexto da fala de Jesus em Mateus 16:24. Também nesse texto vamos encontrar três lições preciosas.
(21) Desde então começou Jesus Cristo a mostrar aos seus discípulos que era necessário que ele fosse a Jerusalém, que padecesse muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes, e dos escribas, que fosse morto, e que ao terceiro dia ressuscitasse. (22) E Pedro, tomando-o à parte, começou a repreendê-lo, dizendo: Tenha Deus compaixão de ti, Senhor; isso de modo nenhum te acontecerá. (23) Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não estás pensando nas coisas que são de Deus, mas sim nas que são dos homens. (24) Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me; (25) pois, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á. (26) Pois que aproveita ao homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida? ou que dará o homem em troca da sua vida? (Mat 16:21-26)
A - Era necessário...
(21) Desde então começou Jesus Cristo a mostrar aos seus discípulos que era necessário que ele fosse a Jerusalém, que padecesse muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes, e dos escribas, que fosse morto, e que ao terceiro dia ressuscitasse.
Jesus começou a explicar aos seus discípulos sobre negar-se a si mesmo. Ele começou pela necessidade de submeter-nos aos planos do Pai, não importando o preço a ser pago. É nessa submissão a Deus que está a essência do negar-se. Uma submissão espontânea de quem reconhece em Deus uma vontade infinitamente superior e boa.
Jesus deixa claro que a atitude de submissão é a única resposta que podemos dar depois que compreendemos quem somos e quem Deus é.
Esse era o ensino de Jesus. Ele nunca ensinou seus discípulos a barganharem com Deus o alívio de suas dores. Mesmo no jardim do getsêmani, angustiado e já sentindo o gosto da morte, ele concluiu sua oração dizendo: todavia não se faça a minha vontade, mas a tua.( Luk 22:42)
B - Tem compaixão de Ti...
(22) E Pedro, chamando-o a parte, começou a reprova-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá.
Pedro imaginava estar cumprindo bem o papel de discípulo de Jesus. Ele não podia aceitar o sofrimento de Cristo. Mas na verdade ele fez um apelo ao sentimento de auto-piedade, presente em todos os seres humanos.
• Há pais que não suportam o mínimo sofrimento de seus filhos, mesmo quando isso é necessário; Esses educam filhos incapazes de lidar com a dureza da vida.
• Há pessoa que não conseguem deixar Deus agir nas outras pessoas. Nem toda luta ou sofrimento é uma ação maligna, mas, muitas vezes, é o agir de Deus aperfeiçoando o caráter.
Negar-se a si mesmo é não aceitar a posição de coitadinho sofredor (muitas vezes nosso sofrimento e resultado de nossos próprios erros); é não se deixar levar pelas sugestões de autocomiseração, mas reconhecer que Deus está no controle de todas as coisas e que vale a pena seguir os seus passos, mesmo com dor e sofrimento.
C - Não cogitas das coisas de Deus...
(23) Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não estás pensando nas coisas que são de Deus, mas sim nas que são dos homens.
A Bíblia Viva apresenta assim o verso 23: “Você está pensando apenas do ponto de vista humano, e não do ponto de vista de Deus”. Negar-se é abrir mão de nossa maneira limitada de ver as coisas e enxergar a vida sob o ponto de vista de Deus.
O discípulo é aquele que abre mão dos seus conceitos sobre a vida porque encontrou no seu mestre conceitos superiores aos seus.
O discípulo de Jesus nega-se a si mesmo, não por constrangimento, mas porque prefere o modo de viver de Cristo ao seu próprio modo de viver (que ele já sabe que não funciona).
06 setembro 2009
João, o cristão 2
João continuou a freqüentar os cultos e ouvir as pregações. Ele gostava de tudo. Seus versículos prediletos eram: o justo viverá pela fé e pela graça sois salvos, mediante a fé... Ele entendeu que através da fé em Jesus ele havia recebido um bilhete aéreo direto para o céu, ainda que ele não pretendesse usá-lo tão cedo.
Ele tornou-se um freqüentador regular dos cultos e eventualmente contribuía com alguma oferta; cumprimentava as pessoas com alegria e era querido por todos. No entanto sua vida real, fora da igreja, continuava exatamente a mesma.
No trabalho, ele continuava participando do esquema de falsificar os resultados das vendas para bater as metas da empresa; em casa, seus os acessos de ira, os chutes nas portas e as ameaças à esposa continuaram; com os colegas, ele manteve as noitadas de sexta-feira e as piadas picantes na hora do cafezinho; na família, ele continuou a ser rancoroso e amargurado, do tipo que não perdoa e jamais esquece.
Perguntado por um amigo sobre como estava sua nova vida em Cristo, ele respondeu: uma maravilha! Aceitei a Jesus como meu salvador e até já me batizei. Vou aos cultos de domingo e sempre que dá leio uns versículos da Bíblia. Estou muito alegre com minha nova vida.
O que é que está acontecendo com o João?
Admitindo que a oração do João foi sincera e o seu desejo de colocar Jesus no controle de sua vida era verdadeiro, vimos no domingo passado que duas coisas podem estar acontecendo:
Primeiro, pode ser que o João seja um novo convertido, isto é, alguém que entregou sua vida a Jesus há pouco tempo. Aliás, por quanto tempo alguém continua sendo um novo convertido?
Nesse caso, o João ainda não conhece todos os recursos espirituais que estão a disposição para sua nova vida em Cristo. Ele ainda não conhece o poder da oração, ele não sabe o bem que a confissão de pecados faz, ele ainda não aprendeu a confiar em Deus por experiência própria, ele conhece bem pouco sobre o caráter de Deus, pedir perdão e perdoar ainda é algo que ele desconhece, na maior parte do tempo ele ainda age movido pelos seus próprios impulsos, ele ainda está descobrindo a realidade de negar-se a sim mesmo e tomar a própria cruz. Bebês na fé.
Quando o apóstolo Paulo escreveu aos irmãos de corinto, em sua primeira carta, afirmou que eles eram carnais, usando para isso a palavra sarkinos.
Vocês são feitos de carne, irmãos. E quando estivemos juntos pela primeira vez, vocês eram como bebês, recém nascidos para a realidade da vida no espírito! Por isso, eu nem pude conversar com vocês sobre as coisas do Espírito.
A segunda coisa que pode estar acontecendo é que o João seja um crente antigo. Já faz algum tempo que ele reconheceu Jesus como seu Senhor e salvador e durante todo esse tempo ele participou de uma igreja local, ouviu sermões, participou dos encontros do caminho, leu alguns livros e até fez vários cursos.
O João ouviu muita informação sobre como é a vida guiada pelo Espírito de Deus, mas essas informações não se transformaram em mudanças reais em sua vida. Então, de tanto ouvir sobre a vida com Cristo, mas não experimentar dessa transformação em si mesmo, João calejou.
Calos nos ouvidos, calos no coração, calos na alma. Então, João acostumou-se com uma vida dupla: no domingo, cara de santo, roupa de santo, vocabulário de santo; na semana, surge o verdadeiro João, dominado por sua natureza pecadora.
Quando o apóstolo Paulo soube, através de algumas pessoas da família de Cloe, que os irmãos de Corinto estavam divididos em grupos de acordo com preferência que tinham por Pedro, Paulo ou Apolo, ele afirmou: vocês ainda são carnais.
Mas, agora, ele usou outra palavra, sarkikos, porque não era mais o caso de alguém que desconhecia os recursos do espírito para o amadurecimento da fé, mas de pessoas que mesmo depois de serem ensinadas sobre os fundamentos da vida no espírito, fizeram pouco caso disso e continuaram vivendo a vida com suas próprias forças; ainda que tinham aparência de pessoas de fé eram na verdade pessoas religiosas.
Uma pergunta: Ser um discípulo de Jesus seria um mero assentimento, ou concordância, mental? Seria apenas você render-se à lógica da salvação e receber um bilhete para a vida eterna, e fim da história? Isto é, basta aceitar a Jesus?
Se for assim, como deveriam ser entendidas as palavras de Cristo: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me. (Luc 9:23). Qual seria o significado de seguir a Jesus?
Não é razoável que essa forma de pensar (“basta aceitar a Jesus”) seja capaz de paralisar os seguidores de Jesus, assim como aconteceu com o João e com os irmãos de Corinto? Certamente essa pode ser a uma gota de veneno transparente em um copo de água limpa.
A Verdade
Qual é a verdade então?
Bom, Jesus disse que se alguém quiser acompanhá-lo deve segui-lo. Parece que Jesus está dizendo que devemos andar junto com Ele. Dar passos na mesma direção que ele deu. Então, Jesus está dizendo que não basta apenas abrir a boca e dizer que deseja ser discípulo dele, é preciso segui-lo de fato.
Vejamos se isso confere com a vida dele?
(18) Quando Jesus notou que a multidão estava ficando grande demais, deu ordens a seus discípulos para que estivessem prontos para atravessar o lago. (19) Nesse exato momento um dos mestres religiosos dos judeus disse a Ele: "Mestre, eu seguirei o Senhor aonde quer que for! " (20) Mas Jesus respondeu: "As raposas têm tocas e os passarinhos têm ninhos, porém Eu, o Filho do Homem, não tenho meu próprio lar - nem um lugar para pousar a minha cabeça". (21) Um outro dos seus discípulos disse: "Senhor, deixe-me primeiro ir enterrar meu pai". (22) Mas Jesus lhe disse: "Siga-me agora! Deixe aqueles que estão espiritualmente mortos cuidar dos seus próprios mortos".(23) Então Ele entrou num barco e começou a atravessar o lago com seus discípulos. (Mat 8:18-23 - BV)
(61) Disse também outro: Senhor, eu te seguirei, mas deixa-me despedir primeiro dos que estão em minha casa. (62) E Jesus lhe disse: Ninguém que lança mão do arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus. (Luc 9:61-62 – ARC)
(18) Uma vez um líder religioso judeu fez-Lhe esta pergunta: “Bom mestre, que farei para chegar ao céu? ” (19) “Você sabe o que está dizendo quando me chama bom? ” perguntou-lhe Jesus. “Só Deus é verdadeiramente bom, e ninguém mais. (20) Mas quanto à sua pergunta você sabe o que os dez mandamentos dizem – não cometa adultério, não mate, não minta, respeite seus pais, e assim por diante. (21) O homem respondeu: "Eu tenho obedecido a cada uma dessas leis desde pequeno". (22) "Há uma coisa ainda que lhe falta", disse Jesus. "Venda tudo o que tem e dê o dinheiro aos pobres - isso se tornará um tesouro no céu para você - e venha seguir-Me". (23) Mas quando o homem ouviu isto, foi-se embora triste, porque era muito rico. (Luc 18:18-23 – BV)
Você percebeu que Jesus sempre chama a atenção daqueles que querem segui-lo para o fato de que isso implica em disposição para que ocorram mudanças em suas vidas?
Ora, o que realmente acontece quando alguém acredita na mentira de que “basta aceitar a Jesus”? Gradativamente ele vai se fechando para a necessidade de mudanças em sua vida. Afinal de contas, ele já é um salvo, ele é um crente, ele tem Jesus no coração. Mas é só isso? Jesus insiste que não.
A verdade é que somos chamados por Deus para crescer.
Termino minha carta com estas últimas palavras: Alegrem-se. Cresçam em Cristo. Prestem atenção ao que lhes tenho dito. Vivam em harmonia e paz. E que o Deus de amor e paz seja com vocês. (2 Co 13:11)
Somos chamados para ser aperfeiçoados
Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar. (1Pe 5:10 – ARA)
Somos chamados para um processo de transformação.
Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Rom 12:2 – NVI)
Tem uma pergunta que sempre me incomoda quando eu quero fazer qualquer coisa (Talvez incomode também você): Como? Como eu cresço em Cristo? Isso é algo que eu tenho que fazer ou é algo que Deus faz em mim?
Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar. (1Pe 5:10 – ARA)
Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Rom 12:2 – NVI)
A resposta para a pergunta como eu cresço é como uma moeda: é uma só, mas tem duas faces que não podem ser separadas uma da outra.
A primeira face diz respeito à soberania de Deus e à decisão que Ele tomou de nos tornar à imagem de Cristo. Ele está conduzindo a sua história em direção a isso. Nada do que acontece com você está fora do propósito de Deus em lhe aperfeiçoar. Isso deve produzir paz em meu coração. O processo todo está nas mãos de Deus.
A segunda face diz respeito à liberdade (e o poder) que recebemos em Cristo Jesus para decidir a maneira como vamos lidar com esse processo de aperfeiçoamento. Você ira cooperar com esse processo, ou não. Isso produz um senso de responsabilidade em meu coração.
Vamos, então resumir essa parte:
• Se Deus não houvesse planejado o seu aperfeiçoamento, nada poderia acontecer... Mas ele planejou.
• Se Ele, por meio de Cristo, não tivesse nos concedido poder para mudar nossas vidas, nada poderia acontecer... Mas ele concedeu.
• Se você não co-operar com Ele, você perderá a alegria de experimentar já aqui e agora um pouco do você será quando ele completar o seu plano para sua vida. O que você vai fazer?
Que tipo de cooperação essa? Bom, vamos voltar ao texto de Romanos 12 e olhar com mais atenção, porque esse talvez seja o ponto alto da nossa reflexão hoje.
Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Rom 12:2 – NVI)
Amoldar-se e tomar a forma. Transformar-se e mudar a forma. O Espírito de Deus revelou-nos que nosso jeito de viver nesse mundo não pode ser idêntico ao jeito de viver de pessoas que não seguem a Jesus. Vejam só, o chamado é para que sejamos diferentes em nosso modo de viver.
Como eu coopero então? Corto o cabelo diferente? Visto uma roupa diferente? Freqüento lugares diferentes? Ouço uma música diferente? Leio livros diferentes? Falo com palavras diferentes?
Eventualmente, cada uma dessas coisas pode ser usada para transparecer a diferença, mas elas não são a essência do que deve ser diferente em nós.
Qual é a essência dessa diferença, então? A nossa mente. Mas não é uma questão de raciocínio ou inteligência cognitiva; o que precisa ser diferente é a nossa maneira de ver o mundo e compreender a vida. Precisamos abrir mão do nosso jeito próprio de ver a vida e adotar o modo de pensar de Cristo.
Lembre-se de que no decorrer de toda a história da humanidade, Deus tem procurado apresentar, revelar para nós, raça humana, seu modo de ver a vida. Ele tem insistido em dizer quem Ele é, como Ele considera a vida e quais os propósitos dele para as pessoas e para toda a sua criação.
(1) Há muito tempo Deus falou muitas vezes e de várias maneiras aos nossos antepassados por meio dos profetas, (2) mas nestes últimos dias falou-nos por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e por meio de quem fez o universo. (3) O Filho é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser, sustentando todas as coisas por sua palavra poderosa. Depois de ter realizado a purificação dos pecados, ele se assentou à direita da Majestade nas alturas, (4) tornando-se tão superior aos anjos quanto o nome que herdou é superior ao deles. (Heb 1:1-4)
Você percebeu? Jesus é o ápice dessa revelação. Ele é a expressão plena dos pensamentos de Deus. Cristo tem a mente de Deus e nós precisamos da mente de Cristo.
Aqui, vamos voltar ao nosso primeiro texto, em 1 Coríntios 2, para lembrarmos que as Escrituras afirmam que nós temos a mente de Cristo.
(14) Quem não tem o Espírito não aceita as coisas que vêm do Espírito de Deus, pois lhe são loucura; e não é capaz de entendê-las, porque elas são discernidas espiritualmente. (15) Mas quem é espiritual discerne todas as coisas, e ele mesmo por ninguém é discernido; pois (16) "quem conheceu a mente do Senhor para que possa instruí-lo? " Nós, porém, temos a mente de Cristo. ? (1Co 2:14-16)
Como assim temos a mente de Cristo?
Bom, primeiro precisamos lembrar que todo aquele que um dia entregou o controle de sua vida a Deus e pediu a Ele que viesse habitar em si, tem o Espírito de Deus. E o Espírito conhece a mente de Deus.
Segundo, devemos lembrar também que o Espírito de Deus inspirou alguns servos de Deus a registrar a vida de Cristo. Quatro registros diferentes chegaram às nossas mãos. Então, quando lemos sobre a vida de Jesus e seus encontros com as pessoas, ali a mente de Cristo é exposta em seu jeito de encarar a vida.
21 "Vocês ouviram o que foi dito aos seus antepassados: ‘Não matarás’, e ‘quem matar estará sujeito a julgamento’.22 Mas eu lhes digo que qualquer que se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento.
27 "Vocês ouviram o que foi dito: ‘Não adulterarás’.28 Mas eu lhes digo: qualquer que olhar para uma mulher para desejá-la, já cometeu adultério com ela no seu coração.
38 "Vocês ouviram o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente’.
39 Mas eu lhes digo: Não resistam ao perverso. Se alguém o ferir na face direita, ofereça-lhe também a outra.
43 "Vocês ouviram o que foi dito: ‘Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo’.44 Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem, Mat 5:21-44
Nossa mente será transformada à medida que a expomos a mente de Cristo. Isto é, você precisa comparar sua maneira de ver a vida com a maneira como Cristo vê a vida e permitir que o Espírito de Deus faça as mudanças que forem necessárias.
E quanto tempo dura esse processo? A vida inteira. Pelo menos é a minha experiência depois de mais de 25 anos seguindo ao Senhor por decisão própria. Ele está sempre interessado em mostrar as mudanças que eu preciso fazer em minha vida. E eu tenho procurado ouvir.
Final
Lembra do João? Certamente Ele não havia entendido o que nós entendemos hoje. Por isso, ele acabou permitindo que seu coração endurecesse e cultivou uma vida dupla: religiosidade ao domingos, descrença na semana.
O que você acha de parar as tentativas de se resolver sozinho e pedir ajuda ao único que pode fazer algo por você? O que você acha de recorrer aos recursos espirituais que Deus preparou para você, em vez de apenas esforçar-me mais.
O que você acha mudar essa situação? Você está disposto a permitir que a mente de Cristo ocupe sua maneira de viver. Você gostaria de crescer na caminhada com Jesus? Você gostaria de ver sua vida aperfeiçoada pelo Espírito de Deus? Você gostaria de recomeçar no Caminho em busca da vida de Deus em você?
Nós vamos orar juntos ao nosso Deus.
30 agosto 2009
João, o cristão 1
Durante alguns domingos iremos refletir sobre o tema: mentiras que são ditas na Igreja. Pode parecer estranho, ou surpreendente para alguns, mas a verdade é que muita mentira tem sido dita no contexto das igrejas.
Mentiras não causam bem, seja qual for o lugar em que elas forem contadas, mas quando a mentira é dita na igreja ela tem um potencial ainda maior de destruição.
A mentira é como um veneno transparente e muito poderoso. Apenas uma gota desse veneno é capaz de matar. O que é mais perigoso: um copo cheio de veneno no qual está escrito VENENO, ou um copo cheio de água, com um gota do veneno, no qual está escrito ÁGUA.
Normalmente as mentiras ditas na Igreja são assim: um copo em que está escrito ÁGUA, mas que é capaz de roubar a vida que Deus deseja produzir em nós.
Juntos, vamos pedira ao Senhor que nos ajude a identificar, denunciar e desfazer algumas dessas mentiras. Assim o Espírito de Deus ficará livre para produzir em nós a vida de Deus, que está Jesus Cristo.
João, o Cristão
Um dia João aceitou o convite de um amigo, foi a uma igreja e lá ouviu a pregação do evangelho. João ouvi toda mensagem e entendeu que precisava aceitar a Jesus em sua vida. Com coragem, ele ergueu sua mão fez essa decisão. Orou ao Senhor e pediu para Deus transformá-lo.
João continuou a freqüentar os cultos e ouvir as pregações. Ele gostava de tudo. Seus versículos prediletos eram: o justo viverá pela fé e pela graça sois salvos, mediante a fé... Ele entendeu que através da fé em Jesus ele havia recebido um bilhete aéreo direto para o céu, ainda que ele não pretendesse usá-lo tão cedo.
João tornou-se um freqüentador regular dos cultos e eventualmente contribuía com alguma oferta; cumprimentava as pessoas com alegria e era querido por todos. No entanto sua vida fora da igreja continuava exatamente a mesma.
No trabalho, ele continuava participando do esquema de falsificar os resultados das vendas para bater as metas da empresa; em casa, seus os acessos de ira, os chutes nas portas e as ameaças à esposa continuaram; com os colegas, ele manteve as noitadas de sexta-feira e as piadas picantes na hora do cafezinho; na família, ele continuou a ser rancoroso e amargurado, do tipo que não perdoa e jamais esquece.
Perguntado por um amigo sobre como estava sua nova vida em Cristo, ele respondeu: uma maravilha! Aceitei a Jesus como meu salvador e até já me batizei. Vou aos cultos de domingo e sempre que dá leio uns versículos da Bíblia. Estou muito alegre com minha nova vida.
Existe algum problema com a vida do João? Penso que ele foi enganado pela mentira de que “Basta aceitar a Jesus”.
Essa tem sido a pregação em muitas igrejas: basta aceitar a Jesus. Aceite a Jesus e garanta sua passagem para o céu. Aceite a Jesus e livre-se do inferno para sempre; Aceite a Jesus e receba de volta o que é seu; Aceite a Jesus e viva como o filho do Rei; Aceite a Jesus, é bem fácil, basta você levantar sua mão; Aceite a Jesus, é só repetir comigo esta oração.
O João acreditou. Levantou a mão, fez a oração e aceitou a Jesus. E depois? Depois tudo ficou como antes e ele continuou a viver sua vida... A principal mudança que ocorreu na vida do João é que agora, aos domingos ele volta da praia mais cedo para participar dos cultos, o que ele acha muito agradável, porque a música é muito legal.
Basta aceitar a Jesus! Essa é a mentira que está impedindo o João de viver a vida abundante que Deus preparou para ele.
A base bíblica da mentira
Pastor, mas...
E o ladrão da cruz... Hoje mesmo estarás comigo no paraíso;
E quando Paulo falou para o carcereiro... Crê no Senhor Jesus e será salvo
E o texto de Efésios... Pela graça sois salvos.
E a passagem que diz que o justo viverá pela fé...
Todas essas referências apontam para uma verdade: não somos aceitos por Deus pelos nossos méritos, ou seja, por aquilo que fazemos, mas Pela graça de Deus. Como não havia nada de bom em nós. Deus aceitou, por que Ele nos ama, que os méritos de Cristo fossem aplicados em nossa vida.Essa verdade é como um copo de água pura.
No entanto uma gota de veneno tem sido pingada nesse copo. E qual é essa gota de veneno? A crença de que nada mais é necessário. Você já foi salvo, isso é a única coisa que importa.
Algumas perguntas
• Se o ladrão da cruz não tivesse morrido, você acha que ele continuaria na sua profissão?
• Você acha que o carcereiro de Filipos mudou sua maneira de tratar os prisioneiros?
• Você já parou para ler o restante do texto de efésios?
(8) Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; (9) não por obras, para que ninguém se glorie. (10) Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou de antemão para que nós as praticássemos. (Ef 2:8-10)
Dizem que nós somos aquilo que comemos. Isso é realmente é verdade. Aquele almoço gostoso que você comeu hoje pode ser reduzido a uma relação de elementos químicos que o seu corpo irá processar e absorver. O cálcio do leite fortalece os ossos, a vitamina D deixa a pele mais bonita... Somos aquilo que comemos.
A bíblia diz que o justo viverá pela fé. Isto é, a fé será o seu alimento diário. Todos os dias ele precisa comer desse pão para não morrer. Mas como é a essa vida do justo que vive pela fé?
Se alguém se alimenta da fé, o que essa fé faz com Ele. Que tipo de mudanças e transformações ela provoca em sua maneira de viver? Ou será que tudo funciona como na vida do João? Basta aceitar a Jesus, ir aos domingos ao culto e continuar vivendo do mesmo jeito de sempre.
Natural, Espíritual e Carnal
Na primeira carta escrita aos irmãos da cidade de Corinto o apóstolo Paulo falou sobre uma realidade que o incomodava. A igreja de Corinto tinha muitos dons espirituais, mas padecia de ciúmes, divisões e contendas.
(4) Sempre dou graças a meu Deus por vocês, por causa da graça que lhes foi dada por ele em Cristo Jesus. (5) Pois nele vocês foram enriquecidos em tudo, em toda palavra e em todo conhecimento, (6) porque o testemunho de Cristo foi confirmado entre vocês, (7) de modo que não lhes falta nenhum dom espiritual, enquanto vocês aguardam que o nosso Senhor Jesus Cristo seja revelado.
(11) Meus irmãos, fui informado por alguns da casa de Cloe de que há divisões entre vocês. (1 Co 1:4-7,11)
Aqueles irmãos haviam sido alcançados pela Graça de Deus, haviam recebido Dons e capacitações do Espírito para servir à igreja, eles criam na morte e ressurreição de Jesus, mas estavam sendo destruídos pelas divisões e disputas que havia entre eles.
O Espírito revelou a essência do problema ao apóstolo Paulo, vejamos o que ele diz.
(14) Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. (15) Porém o homem espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém. (16) Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo.
(1) Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim como a carnais, como a crianças em Cristo. (2) Leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido; porque ainda não podíeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais. (3) Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem? (1Co 2:14 - 3:3)
Homem Natural x Homem Espiritual
Para desmascarar a gota de veneno que caiu no copo de água pura, precisamos começar com a diferença que existe entre aqueles que têm o Espírito de Deus atuando em suas vidas e aqueles que não têm.
O homem natural, que não tem o Espírito de Deus, não entende as ações do Espírito. Quando ele vê algo sendo realizado pelo Espírito, fica confuso, não consegue compreender e acha uma insanidade.
• É assim que para muitos parece loucura confessar os próprios pecados para outra pessoa.
• Também parece-lhes loucura perdoar uma parente ou amigo que tenha provocado neles dor, choro e tristeza.
• Outra insanidade é abrir mão do que é direito seu para promover a vida e a paz.
Para explicar quem é esse homem natural, o apóstolo usou a palavra grega psíquico, a mesma que deu origem a palavras como psicologia e psiquiatria, que são ciências que procuram estudar a alma humana, suas emoções e tribulações.
Não há nada de errado na psicologia ou na psiquiatria, pelo contrário. No entanto o homem psíquico, o homem natural, é aquele que tenta viver a vida apenas com os recursos da sua própria alma, sem contar com o Espírito de Deus.
Fechado em si mesmo, o homem não aceita o que vem do Espírito de Deus. É uma loucura para ele, e não pode compreender, porque são coisas que devem ser avaliadas espiritualmente. (1Co 2:14)
É assim que você vive? Fechado em si mesmo? Sem aceitar aquilo que vem do Espírito de Deus. Então eu quero lamentar com você, porque eu sei que vir aos domingos para este lugar têm parecido pra você algo inútil. E realmente será inútil se você continuar fechado em si mesmo.
Mas, eu também quero lhe dar uma boa notícia: você não precisa continuar vivendo dessa maneira. Você pode abrir-se para que o Espírito de Cristo participe da sua vida. Quando você fizer isso, você receberá óculos 3D de presente.
Calma que eu explico. Eu sei que várias famílias da igreja, durante as férias de julho, levaram seus filhos para assistir o cinema 3D do Shopping Via Sul. Eu nunca assisti a um filme com essa tecnologia, mas eu sei que eles entregam óculos que permitem a quem está assistindo perceber os efeitos tridimensionais. Minha curiosidade era saber se sem os óculos dava pra ver alguma coisa. E aí, dá?
Quando você reconhecer que não tem os recursos necessários para encontrar a paz e decidir entregar sua vida para ser transformada pelo Espírito de Cristo, uma nova dimensão do mundo e da vida se descortinará diante dos seus olhos. Você deixará de ser um homem natural, para se tornar o homem espiritual.
Homem Espiritual x Homem Carnal
Você se lembra do João? No dia em que ele aceitou a Jesus, ele orou com muito fervor dizendo que queria a presença do Espírito de Deus em sua vida. Foi uma oração sincera de clamor a Deus. Ele não tinha compreendido tudo o que aquilo significava, mas ele estava passando por problemas muito difíceis e sabia que precisa de Deus.
Quando nós clamamos ao Senhor ele ouve as nossas orações. Não tenha dúvidas disso.
(11) As Escrituras nos dizem que quem crê em Deus jamais será decepcionado. (13) Qualquer um que chamar pelo nome do Senhor será salvo. (Rom 10:11,13)
Se você com sinceridade de coração orou ao Senhor entregando a ele a sua vida, declarando sua fé em Cristo Jesus e pedindo ao Espírito Santo que passasse a habitar em você, Deus ouviu sua oração.
Ora, então João, o Cristão, realmente tem o Espírito de Deus. Porque, então, Ele continua participando do esquema de falsificar os resultados para bater as metas da empresa; porque em casa ele continua um homem irado; porque ele permanece rancoroso e amargurado.
Essa era também a situação dos irmãos de Corinto. Haviam recebido o Espírito de Deus, mas continuavam tomados pelo ciúme e participando de brigas e divisões. Veja o que o apóstolo Paulo falou a respeito disso:
(1) Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim como a carnais, como a crianças em Cristo. (2) Leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido; porque ainda não podíeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais. (3) Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem? (1Co 2:14 - 3:3)
Ainda que os chame de irmãos, o apóstolo afirma que quando esteve com eles no passado não os pode tratar como pessoas espirituais, embora o Espírito habitasse neles.
Naquela época eles já haviam nascido de novo, mas ainda estavam descobrindo as dimensões dessa nova natureza. Paulo, então, usou a palavra “carnais” para explicar esse estado em que eles se encontravam.
sárkinos (σάρκινος, G4560)
A palavra grega traduzida aqui por carnal, sárkinos, significa feito de carne. Refere-se à natureza humana pecadora da qual todos nós participamos; uma natureza inclinada para longe de Deus.
Em outras palavras, era compreensível que aqueles irmãos ainda estivessem aprendendo a caminhar com o Senhor e que eles não conseguissem viver a plenitude dessa nova vida porque eram feitos dessa natureza. Eles então receberam os ensinos básicos, o leite espiritual, necessários para fortalecê-los para a caminhada com Cristo.
Não há tristeza nas palavras de Paulo, mas apenas a constatação de que bebês são assim: Precisam de leite, passam o dia sonhando e se sujam o tempo todo. Aos pais cabem as tarefas de continuar dando leite, disciplinar o sono e limpar a sujeira; até que eles cresçam.
Vejam meus irmãos, o papel de cuidar é daqueles que já avançaram em seu relacionamento com o Senhor. Deixar que as crianças cuidem de si mesmas ou umas das outras não é responsável.
Onde está você? Quando tempo você tem dedicado a ensinar um irmão mais novo na fé. Qual foi a última vez que você gastou tempo aconselhando, exortando, consolando e ensinando outra pessoa?
Próxima terça-feira vamos recomeçar as reuniões com um grupo de homens desta igreja. A partir das 7:30 da manhã, estaremos juntos para orar, compartilhar e estudar as Escrituras. E você? Não vamos deixar as crianças cuidarem umas das outras. Certamente Deus hoje está chamando você para reassumir seu papel de irmão mais velho no corpo de Cristo.
Pela Graça de Deus, nós nos tornaremos uma família responsável que cuida dos seus irmãos mais novos. Não seremos acusados de abandono, nem seremos chamados nos tribunais da infância e adolescência dos Céus. Mas isso só poderá acontecer através de mim e de você. Você está pronto?
Lembra do João? Se Ele está iniciando sua caminhada com Cristo, então, ele precisa de um irmão mais velho que caminhe ao lado dele e o ajude, certo?
Procure alguém, João, não fique sozinho. Encontre alguém para andar ao seu lado. Sabe o que fazem os bebês quando não recebem comida, ou quando estão com sono ou sujos? Choram o mais alto que podem. Chore o mais alto que puder João, até que o seu choro incomode os irmãos mais velhos.
sarkikos (σαρκικός, G4559)
Bom, mas essa não era a situação dos irmãos de Corinto quando eles receberam a primeira carta. Os irmãos de Corinto já não eram mais bebês na fé. Ainda assim, o apóstolo Paulo disse que eles ainda eram carnais.
Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais. (3) Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem? (1Co 2:14 - 3:3)
É interessante notar que, neste ponto do texto, ele usou outra palavra, em vez de sárkinos ele usou sarkikós, que quer dizer: dominado pela natureza da carne, sensual (relativo aos sentidos), controlado pelos apetites animais, governado pela natureza humana.
Agora não se está mais falando de bebês espirituais, que ainda não aprenderam a caminhar com Cristo, mas de gente experimentada que durante a caminhada parou de denunciar o próprio pecado e voltou a fechar-se dentro de si mesma.
São carnais porque conhecendo o poder do Espírito de Deus, abriram mão dos recursos espirituais que Deus providenciou para o seu crescimento e foram dominados pela velha natureza humana em vez de prosseguirem crescendo no seu relacionamento com Deus, quem sabe acreditando na mentira de que basta aceitar a Jesus.
Eu não ficaria surpreso se os irmãos de Corinto houvessem sido enganados por essa mentira; A mentira de que Deus fez os bebês para que eles permaneçam eternamente bebês. A mentira de que Deus não está interessado em nosso crescimento, de que Ele está conformado com nossos pecados e não se importa com a sujeira em que estamos nos chafurdando.
Para os irmãos de corinto, ciúmes, contendas e divisões não pareciam coisas assim tão graves, afinal eles tinham tantas habilidades especiais que uma coisa deveria compensar a outra. Eles se acostumaram com a sujeira.
Lembra do João? Será que em vez de um novo convertido ele era um crente antigo? Será que ele se acostumou com a sujeira? Será que ele passou anos e anos sem se importar em crescer no seu relacionamento com Deus e com as pessoas?
Qual é a sujeira que tem se acumulado em sua vida, João? O que foi que interrompeu os seu relacionamento com Deus? Talvez não sejam as mesmas sujeiras dos irmãos de corinto, mas certamente elas estão sempre diante dos seus olhos impedindo que você se aproxime do Pai.
Será que não chegou a hora de dar um basta nisso tudo e admitir a maneira como você tem vivido? Mas como? Como podemos retornar ao caminho do nosso crescimento espiritual, nossa caminhada com Deus?
Felizmente, há uma saída pra você e pra mim, João.
(1) PORTANTO, libertem-se dos seus sentimentos de ódio. Não se finjam de bons! Acabem com a falta de sinceridade e o ciúme, e parem de falar dos outros por trás. (2) Clamem por mais, como um bebê chora por leite. Comam a Palavra de Deus - leiam na, pensem nela - e cresçam fortes no Senhor, (3) se vocês já experimentaram a retidão e a bondade do Senhor (1Pe 2:1)
Precisamos humildemente jogar fora nossas capas de experientes, espertos, sábios e fortes. Precisamos abrir mão dos títulos, diplomas e patentes. Precisamos olhar para nós mesmos como realmente somos: crianças espirituais, com a fralda cheia de sujeira, mas que ainda podem ser limpos pelo poder que há no Espírito de Deus.
Admita que você precisa do genuíno leite espiritual, peça ajuda a um irmão para limpar a sujeira da sua vida. Você experimentará uma revolução espiritual. Um vento suave, um vento do Espírito, soprará sobre você levando fora o cheiro de morte e trazendo de volta a vida de Deus.
Vamos orar ao Senhor.
21 agosto 2009
Palavra do Dia
PATENTE
Na última terça-feira, 18 de agosto, a Microsoft apelou formalmente contra uma decisão judicial que suspendeu a comercialização de seu aplicativo “Word”, por uma suposta violação de patente de uma companhia canadense.
A palavra “patente”, como termo jurídico, designa o direito de propriedade que se dá a alguém por mérito de criação, invenção de objetos, produtos, desenho original de um projeto etc.. O termo tem origem na palavra latina 'patente'.
>> Definição do “iDicionário Aulete”:
(pa.ten.te)
a2g.
1. Bem claro; EVIDENTE: A inteligência do rapaz é patente.
2. Aberto a todos; ACESSÍVEL; FRANQUEADO: "Os cavaleiros chegaram ao topo da subida. A caverna de Covadonga, o palácio do duque de Cantábria, estava patente." (Alexandre Herculano, Eurico, o presbítero))
sf.
3. Documento de concessão de um título, posto ou privilégio (patente de alferes; patente de invenção)
4. Fig. Posto, título ou privilégio
5. Jur. Direito de propriedade concedido a alguém por mérito de invenção de objetos, de desenho original de um produto, um mecanismo etc. [ Tb. se diz carta patente. ]
6. Diploma de membro de irmandade ou confraria: patente de irmão do Santíssimo.
7. Contribuição que os mais antigos numa corporação fazem pagar aos que para ela retornam
8. Bras. S Vaso sanitário, latrina, esp. de louça (porque os primeiros, importados da Inglaterra, traziam impressa a palavra patent, privilégio de fabricação)
[F.: Do lat. Patente.]
14 junho 2009
Porque você ama a Deus?
Não há como negar que o amor verdadeiro só tem a oportunidade de nascer em meio ao calor dos relacionamentos. Só é possível amar de verdade aqueles cujas vidas tocaram nossa vida, que de alguma forma partilharam conosco a experiência de viver, esses é que são passíveis de serem amados.
31 maio 2009
A Graça de Contribuir - Sete Princípios
A. Contribuir é um privilégio
Não é obrigação, não é peso, não é sacrifício... É privilégio. Imagine fazer parte daquilo que Deus está realizando neste mundo! Imagine ser um instrumento usado por Deus para a restauração da humanidade. Imagine sentar-se à mesa e ouvir do Senhor: servo bom e fiel, venha alegrar-se comigo. Isso tudo é um grande privilégio.
B. Primeiro a entrega de si depois a contribuição
O segundo diz respeito ao princípio pelo qual nenhuma doação, nenhuma oferta, nenhuma contribuição pode prescindir da entrega da sua própria vida a Deus. Paulo reconheceu que os irmãos da Macedônia primeiro haviam entregado a si mesmos a Deus para depois ofertar qualquer outra coisa.
Se você ainda não entregou a si mesmo aos cuidados de Deus, não tem como experimentar a alegria e o privilégio de contribuir com alegria.
Se você ainda não rendeu o controle da sua vida a Jesus, ofertar dinheiro e bens pode parecer algo muito estranho e sem cabimento.
Se você ainda anda por esta vida tentando controlar as circunstância do seu viver e manter o mundo em ordem, é possível que muita coisa do que eu disse hoje não faça sentido pra você.
Então, eu quer lhe fazer um convite: entregue o controle de sua vida a Cristo, receba-o como seu Senhor e Salvador e experimente a nova vida que Ele tem preparado para você.
Quando você não tiver mais nada que você considere propriamente seu, quando sua própria vida já não lhe pertencer, quando você não tiver mais nada a que se apegar... Então você receberá do Senhor uma nova vida. Vida abundante de alegria.
Aí certamente você compreenderá melhor esta loucura santa que é contribuir.
Leitura do Texto
(12) Porque, se há prontidão, a contribuição é aceitável de acordo com aquilo que alguém tem, e não de acordo com o que não tem. (13) Nosso desejo não é que outros sejam aliviados enquanto vocês são sobrecarregados, mas que haja igualdade. (14) No presente momento, a fartura de vocês suprirá a necessidade deles, para que, por sua vez, a fartura deles supra a necessidade de vocês. Então haverá igualdade, (15) como está escrito: "Quem tinha recolhido muito não teve demais, e não faltou a quem tinha recolhido pouco". 2 Co 8:12-15
Alguns princípios estão presentes nesses versículos e vamos encerrar nossa reflexão hoje à noite pensando sobre eles
C. A contribuição deve ser proporcional ao que possuímos
Um dos grandes enganos a respeito de contribuição é achar que Deus está preocupado em comparar o valor que cada pessoa oferta e vem quem dá mais. A medida da contribuição de uma pessoa é aquilo que ela possui. Cada um deve contribuir de acordo com o que pode doar.
O Dízimo instituído por Deus no Antigo Testamento é uma demonstração desse princípio.
Lev 27:30 "Os dízimos dos produtos da terra são do Senhor. É a décima parte dos produtos das lavouras e das frutas. Essa parte é santa ao Senhor... "Também de todos os animais criados pelo homem - gado, rebanhos, animais domésticos - o dízimo pertence ao Senhor. De cada dez animais, um é do Senhor. Lev 27:30,32 (BV)
22 Dêem o dízimo de todas as colheitas, todos os anos. ... A finalidade dos dízimos é ensinar vocês a temerem sempre o Senhor, dando sempre a Deus o primeiro lugar nas suas vidas. Deut 14:22,23b (BV)
Aquele que tinha dez animais entregava um com dízimo, aquele que tinha cem animais, entregava dez como dízimo. Hoje, o princípio é o mesmo. A contribuição deve ser proporcional à prosperidade de cada um. Cada um deve ofertar de acordo a aquilo que o Senhor lhe permitiu ter.
E hoje, como devemos fazer? É dez por cento? É dez por cento de que, já que os dízimos eram sobre os produtos agropecuários? É do bruto, é do líquido? E se eu sou comerciante?
O dízimo é um instituto da antiga aliança de Deus com o povo Hebreu, mas não deixa de ser uma referência importante. Entregavam 10% da produção. Isso parece apontar para uma contribuição de 10% sobre o todo de nossas remunerações.
Pessoalmente é isso que eu e minha família fazemos. Enquanto os meninos eram pequenos, o dízimo do meu salário era o dízimo da família. Quando eles cresceram um pouco, passaram a receber mesada e foram ensinados sobre a importância da contribuição.
Hoje, eu Marina, Lídia e Levi temos nossas responsabilidades individuais quanto a este assunto. Cada um tem o seu salário ou renda e decide diante de Deus como vai tratar essa questão.
Todas essas coisas têm uma importância prática, mas o mais importante agora é compreendermos que existe um princípio de igualdade quando a contribuição é proporcional àquilo que cada um possui.
D. Ninguém deve ser sobrecarregado nas contribuições
Esse é um princípio precioso que depende do compromisso de todos. Se cada um de nós fizer sua parte, ninguém será sobrecarregado.
No entanto é muito comum que na vida da igreja algumas pessoas se escorrem em outras. O sujeito olha para o irmão do lado e pensa consigo mesmo: o sujeito tem grana ele ta bem de vida, bem empregado, boas roupas, tem seu carro... Ele é que tem as costas largas... E aí simplesmente não contribui.
Por outro lado há aqueles que têm tantas coisas para comprar, tantos projetos para realizar em casa, viagens para fazer, festas para realizar que não sobra nada para ele contribuir.
Tanto um quanto o outro estão sobrecarregando os demais irmãos que contribuem e acabam assumindo a parte da responsabilidade que era sua.
Toda vez que você ouvir contribuição lembre-se que o assunto é entre você e seu Deus. Converse com Ele. Coloque diante dele seus sentimentos de injustiça, sua incapacidade de confiar, seu orgulho, seu medo e tudo mais que tira de você o privilégio de contribuir.
E. A contribuição deve suprir os necessitados
Nós temos CNPJ, mas não somos uma empresa.
Nós temos objetivos, mas não somos um negócio.
Há funções diferentes, mas não somos uma estrutura hierárquica.
• Se fôssemos uma empresa, nossas ofertas seriam utilizadas exclusivamente para fazer funcionar a empresa;
• Se fôssemos um negócio, nossas ofertas seriam investimentos em busca de lucro.
• Se fôssemos uma hierarquia, nossas ofertas serviriam para manter nosso poder e posição na estrutura.
O que somos então? Somos uma família com um único Pai e muitos irmãos. E por isso, nossas ofertas e contribuições também devem ser usadas para suprir as necessidades dessa família.
O princípio aqui é simples, mas pode passar despercebido.
(15) como está escrito: "Quem tinha recolhido muito não teve demais, e não faltou a quem tinha recolhido pouco". 2 Co 8:15
A referência neste texto é ao episódio do Maná no deserto. O povo se lembrava da comida que tinha no Egito e reclamava a Moisés, quando Deus disse que enviaria alimento todos os dias. No dia seguinte à promessa feita, logo cedo, o chão estava coberto com uma camada daquilo que os Hebreus perguntaram: o que é isso? Maná?
Cada um tinha direito a porção suficiente para sua subsistência naquele dia. Eles colhiam o maná logo cedo, então, ao acordar, todos corriam para colher. Uns pegavam muito e outros pegavam pouco, conforme a possibilidade de cada um.
No entanto, o relato bíblico afirma que depois de colher todo o maná, eles juntavam tudo e dividiam para cada um conforme a medida que Deus lhes havia orientado, de maneira que não sobrava para os que haviam colhido muito, nem faltava para os que haviam colhido pouco.Como acontece em uma família, aquilo que era além das necessidades de cada um era destinado a suprir os outros até que todos tivessem o necessário para sobreviver.
Aquilo que Deus lhe deu a mais do que você precisa não deveria ser desperdiçado em despesas desnecessárias. Ao invés de ser jogado no ralo dos juros de cartão de crédito e do cheque especial, deveria ser usado para abençoar outros membros da família que não possuem ou estão passando por alguma necessidade momentânea.
Visita de Franklin e Rejania
F. Contribuições devem ser administradas com transparência, por mais uma pessoa, todos de inteira confiança da congregação.
16 Sou grato a Deus por ele ter dado a Tito o mesmo interesse profundo por vocês que eu tenho. 17 É com prazer que ele está seguindo minha sugestão de visitá-los de novo - e eu acho que ele teria ido de qualquer maneira, porque está muito ansioso para vê-los! 18 Com ele estou enviando um outro irmão bem conhecido, e que é muito elogiado em todas as igrejas como pregador da Boa Nova. 19 De fato, este homem foi eleito pelas igrejas, para viajar em minha companhia, a fim de levar a oferta a Jerusalém. Isto glorificará ao Senhor e mostrará nossa ansiedade em ajudar-nos mutuamente. 20 Viajando juntos, nós nos guardaremos de qualquer suspeita, pois estamos preocupados com que ninguém encontre falta alguma no modo pelo qual estamos lidando com esta enorme oferta. 21 Deus sabe que somos honestos, mas eu quero que todos o saibam também. Foi por isso que fizemos tal arranjo. 22 E estou enviando ainda um outro irmão, que nós sabemos, por experiência que é um cristão fervoroso. Ele está particularmente interessado, enquanto aguarda esta viagem, porque eu lhe disse tudo a respeito da ansiedade de vocês em ajudar. 23 Se alguém perguntar quem é Tito, digam: ele é meu companheiro e meu auxiliar na ajuda que lhes dou, e podem também dizer que os outros dois irmãos representam as assembléias cristãs daqui, e são admiráveis exemplos daqueles que pertencem ao Senhor. (2 Co 8:16-23)
Onde se mexe com dinheiro há sempre ondas de desconfiança que vem e vão. Será que o sujeito não está colocando esse dinheiro no bolso dele? Será que o dinheiro está sendo para aquilo que foi arrecadado? E esse pastor aí, será que ele é honesto com o dinheiro?
Há um ditado que diz: a ocasião faz o ladrão. O apóstolo Paulo nos orienta em outra de suas cartas a evitar toda a aparência do mal: e é isso o que ele faz em relação às ofertas dos irmãos de Corinto; envia três pessoas com credenciais e reconhecimento da igreja local para que fique qualquer sombra de dúvida.
Nesta igreja, os recursos arrecadados são administrados pelos irmãos Oséas e Jhon, que inclusive são os tesoureiros da igreja diante, como pedem nossas leis civis. A igreja tem uma conta-corrente junto a um banco e todas as ofertas arrecadadas são depositadas nessa conta corrente.
Todas as despesas que são necessárias ao funcionamento da igreja são pagas mediante recibo e nota fiscal e trimestralmente, em uma assembléia geral, são apresentados relatórios que demonstram como os recursos foram aplicados.
Essas informações são tratadas com todo o sigilo que merecem. Eu mesmo solicitei aos irmãos da tesouraria que nenhum relatório em que constem os nomes daqueles que contribuem me seja apresentado. Então, nem eu mesmo sei quem contribui ou com quanto contribui. Eu fiz isso para que minha consciência esteja livre para pregar e ensinar aquilo que o Espírito de Deus me chamar a fazer sem que nada me constranja.
O irmão Oséas tem trabalhado arduamente para, além de registrar o que acontece, hoje recuperar toda a movimentação financeira de nossa igreja, desde a sua fundação.
A cada segunda-feira eu tenho me reunido com o nosso tesoureiro, irmão Oséas, e o Gustavo, que tem liderado várias iniciativas na área administrativa da igreja. Naquela reunião são traçadas diretrizes para a boa aplicação dos recursos arrecadados (em nossa última conversa falamos sobre a necessidade de um orçamento mensal e de prazos para que cada ministério solicite os recursos necessários para suas atividades.
G. Contribuição deve ser precedida de planejamento, o que nos permitirá ofertar voluntariamente.
1 ENTENDO QUE, na realidade, nem lhes preciso falar acerca do auxilio ao povo de Deus. 2 Pois eu sei como vocês estão ansiosos para fazê-lo e eu me gabei aos amigos da Macedônia de que vocês há um ano estavam prontos a enviar uma oferta. De fato, foi esse entusiasmo de vocês que impulsionaram muitos deles a começarem a ajudar. 3 Entretanto, estou enviando estes homens só para ter certeza de que vocês estão realmente prontos, como eu disse a eles que estariam, com seu dinheiro já todo coletado: não desejo que desta vez pareça que eu estava errado, ao gabar-me de vocês. 4 Eu ficaria grandemente envergonhado – e vocês também se alguns destes macedônios fossem comigo ai e tudo o que encontrassem era que vocês ainda não estão prontos, mesmo depois de tudo o que lhes contei! 5 Portanto, pedi a esses outros irmãos que chegassem ai na minha frente, a fim de cuidar que já esteja em mãos e à nossa espera a contribuição que vocês prometeram. Eu quero que ela seja verdadeiramente uma oferta, e não que pareça que foi dada á força. (2 Co 9:1-5)
Muitas pessoas dizem que não contribuem, por que não tem como fazê-lo. O orçamento está sempre apertado, o salário termina e o mês continua, contas que não são pagas... multas e juros passam a ser um constante. Ninguém está livre de passar por situações assim, mas ninguém deveria viver a vida toda assim. Você precisa colocar a casa em ordem.
Os irmãos da macedônia contribuíram em meio à pobreza, mas pobreza não é sinônimo de dívida e desorganização financeira. Pouco recurso para viver não é justificativa para chutar se atolar em dívidas; ao contrário, quanto mais escassos são os recursos, maior a necessidade de planejar e controlar bem o que temos para viver.
Paulo lembrou aos irmãos de Corinto que fazia um ano que eles haviam prometido aquela oferta. Era de se esperar que eles houvessem se planejado para que tudo estivesse pronto. O dinheiro já deveria ter sido separado e arrecadado, pois ninguém estava sendo pego de surpresa.
Eu fico impressionado como a cada domingo parece que alguns de nós somos pegos de surpresa: Olha só rapaz, me esqueci de levar uns trocados para a oferta! É que a gente saiu meio apressado... o jogo na TV ainda estava terminando... e aí eu esqueci. Puxa, esqueci minha carteira... Rapaz, o talão de cheques ficou no carro...
Enquanto contribuição for algo que você se lembra ou se esquece apenas na ora de sair para o culto, certamente é um sinal de que você ainda não tem se preparado para ofertar.
Veja só o que acontece: quando você se prepara para contribuir, sua oferta é entregue com alegria e espírito voluntário; mas quando a contribuição não faz parte da sua vida durante a semana, o sentimento que o invadirá ao ofertar é como se alguém o estivesse forçando a fazer aquilo.
Conclusão
• Contribuir é um privilégio;
• Primeiro a entrega de si depois a contribuição;
• A contribuição deve ser proporcional ao que possuímos;
• Ninguém deve ser sobrecarregado nas contribuições;
• A contribuição deve suprir os necessitados;
• Contribuições devem ser administradas com transparência;
• Contribuição deve ser precedida de planejamento, o que nos permitirá ofertar voluntariamente.
Tenha coragem de olhar para o seu orçamento familiar. Não importa quão amedrontador ele pareça. Você precisa colocar os números em cima da mesa e enfrentar essa situação. Porque se você não decidir os seus credores decidirão por você e normalmente ele cobram bem caro por essa “assessoria”.
Sente-se com sua família e planeje como e quanto será sua contribuição para o avanço do Reino de Deus. Faça não porque eu estou dizendo para você fazer, mas porque você deseja expressar sua gratidão e confiança na provisão dele.
Separe algo do que você ganha para doar a quem precisa mais do que você. Seu coração fica doído com o sofrimento das crianças famintas, das famílias desabrigadas ou do garoto esfarrapado no sinal? Seja prático: separe algum dinheiro do seu orçamento para doar.
Não sabe como fazer? Peça ajuda. Há bons livros nessa área. Procure os conselhos de alguém em que você confia e que tem alcançado vitórias nesta área. Não fique só.
O Senhor deseja derramar chuvas de bênção sobre cada família desta igreja. Mas nós precisamos arar os campos, preparar o terreno e jogar nossas sementes, ainda que sejam poucas, para que Ele dê o crescimento e multiplique tudo para a Glória do Seu nome.