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21 janeiro 2018

A esperança que há em Jesus 3



21Visto que a morte veio por meio de um só homem, também a ressurreição dos mortos veio por meio de um só homem. 22Pois da mesma forma como em Adão todos morrem, em Cristo todos serão vivificados. 1 Co 15.21-22 (NVI)

Continuamos investigando, a partir de 1 Co 15, a esperança que há em Jesus. E o que me chama atenção nessa parte do texto é que ressurreição e a vida chegam a nós por meio de Cristo. Nossa esperança está em Cristo! Então, se alguém tem colocado sua esperança em qualquer outra pessoa, instituição ou lugar, eu peço que reconsidere isso. Jesus Cristo é aquele por meio de quem a ressurreição e a vida nos são oferecidas.

Essas afirmações de Paulo sobre ressurreição e vida ecoam a fala do próprio Senhor Jesus quando Lázaro, seu amigo, morreu. As irmãs de Lázaro, Marta e Maria, estavam profundamente abaladas com a morte de seu irmão quando Jesus finalmente chegou à cidade de Betânia, três dias depois do sepultamento.

26Disse-lhe Jesus: "Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; 26e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente. Você crê nisso? " Jo 11.25,26 (NVI)

Essa fala de Paulo fazendo um paralelo entre Adão e Jesus deixa claro que a ressurreição e a vida vêm a nós através de Jesus, mas isso merece uma explicação mais detalhada. Aqui ele faz uma afirmação, mas não explica o que disse, como se os seus leitores já estivessem familiarizados com o assunto.

No entanto, há algumas considerações na carta escrita aos romanos que nos oferecem os detalhes. Trata-se de uma impressionante comparação entre Adão e Cristo capaz de explicar esse verso 22. Vejamos então Rm 5.12-21 (KJA)

12Concluindo, da mesma forma como o pecado ingressou no mundo por meio de um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte foi legada a todos os seres humanos, porquanto todos pecaram. 13Porque antes de ser promulgada a Lei, o pecado já estava no mundo; todavia, o pecado não é levado em conta quando não existe a lei. 14No entanto, a morte reinou desde a época de Adão até os dias de Moisés, mesmo sobre aqueles que não cometeram pecado semelhante à desobediência de Adão, o qual era uma prefiguração daquele que haveria de vir.

Somos apresentados aqui a uma herança de morte. Paulo não deixou claro os mecanismos dessa herança, mas explicou com clareza as etapas do processo:

O pecado entrou no mundo criado por Deus através de Adão. A essência do pecado é a rejeição da soberania de Deus e de seu projeto para a humanidade. Conforme a narrativa do Gênesis, foi isso que aconteceu com Adão e sua mulher.

Ao rejeitar a Deus, rompendo um relacionamento de confiança e amor, Adão colheu as consequências que haviam sido previstas e foi alcançado pela morte. Não apenas a morte do corpo, mas uma morte completa. Porque fora de Deus não há vida.

Esse estado de afastamento de Deus experimentado por Adão, que mata o corpo e definha o espírito, nos foi passado, geração a geração, como um legado, uma herança que molda nosso modo de relacionamento com Deus, com as pessoas e com todo o universo criado.

Certamente é impressionante pensar que a decisão de um só homem tenha produzido um desastre tão grande. E é chocante considerar que, gerações e gerações depois disso, nós ainda amargamos o peso dessa decisão sobre nossas próprias vidas.

Talvez isso nos sirva de alerta para o fato de que o pecado em sua essência, isto é, viver uma vida desconectada de Deus, é algo sério e desastroso. Alguma vezes somos levados a pensar, como Adão, que podemos adotar nossas próprias regras e ainda nos sairmos bem. Mas esse é um pensamento enganoso, um caminho de morte que você pode evitar.

A explicação não para por aí. Esse é primeiro lado do paralelo entre Adão e Cristo. Vejamos como continua?

15Contudo, não há comparação entre o dom gratuito e a transgressão. Pois, se muitos morreram por causa da desobediência de um só, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, transbordou para multidões! 16Por isso, não se pode comparar a graça de Deus com a consequência do pecado de um só homem; porquanto, o julgamento derivou de uma só ofensa que resultou em condenação, mas o dom gratuito veio de muitas transgressões e trouxe a justificação. 17Pois, se pela transgressão de um só homem, a morte reinou por meio desse, muito mais os que recebem da transbordante provisão da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por intermédio de um único homem: Jesus Cristo!

Depois de reconhecer o enorme dano provocado por Adão. Paulo afirma que não dá para comparar esse estrago, por maior que seja, com o tamanho da salvação disponível em Cristo Jesus.

Como isso é importante, irmãos! Às vezes somos soterrados pelo pecado. Às vezes somos levados a acreditar que os erros que cometemos são irreparáveis. Mas a verdade é que não há como comparar. O dom gratuito de Deus, o perdão que temos por meio de Jesus é sempre maior que o pecado.

A desobediência de Adão com seu projeto de vida desconectado de Deus levou muitos à morte; mas a obediência de Jesus e sua submissão ao Pai abençoa multidões com ressurreição e vida.

Uma única pisada de bola de Adão desligou a humanidade de Deus e deixou uma herança de morte; mas o sim de Jesus abriu a porta do perdão gracioso de Deus. Isso é ainda mais poderosa porque oferece restauração e vida a todos os transgressores.

A estratégia de vida de Adão, colocando Deus de lado fez com que a morte reinasse; mas a estratégia de Jesus, que decidiu confiar no amor e na sabedoria de Deus, nos colocará de volta ao lado de Cristo como reis-mordomos sobre sua criação.

18 Portanto, assim como uma só transgressão determinou na condenação de todos os seres humanos, assim igualmente um só ato de justiça resultou na justificação que traz vida a todos os homens. 19 Sendo assim, como por meio da desobediência de um só homem muitos se tornaram pecadores, assim também, por intermédio da obediência de um único homem, muitos serão feitos justos.

Uma só transgressão = condenação
Um só ato de justiça = justificação

A desobediência de um só = pecadores
A obediência de um só = justificados

20A Lei foi instituída para que a transgressão fosse ressaltada. Mas onde abundou o pecado, superabundou a graça, 21para que, assim como o pecado reinou na morte, assim também reine a graça pela justiça para outorgar vida eterna, por intermédio de Jesus Cristo, nosso Senhor.

A lei de Deus visa ao homem perfeito. Portanto, ela condena tudo que não é perfeito. A lei fala do pecado e da punição. Ela cumpre bem seu papel quando torna o pecado mais fácil de ser percebido em nós. Quanto mais a lei é abraçada, mas o pecado é percebido. Ela nunca pretendeu redimir o transgressor, mas apontar seus erros. Portanto, a lei não é tábua de salvação para ninguém.

É um tremendo engano pensar que é possível, ainda que com muito esforço atender completamente às exigências da lei, porque o que ela nos pede é uma perfeição que está fora de nosso alcance. Por isso precisamos da graça de Deus.

A graça faz por nós o que a lei não consegue: ela nos aceita mesmo imperfeitos. O amor gracioso de Deus nos aceita imperfeitos, se confiarmos naquele que é perfeito: Jesus Cristo. Somos recebidos imperfeitos para que o Seu complete em nós a perfeição exigida pela lei.


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Isso nos devolve a condição de participantes da vida eterna e planta em nossos corações a esperança da ressurreição, de uma vida abundante que começa agora e que não avança por toda a eternidade.