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24 setembro 2007

Família: Idéia de Deus - 3/6

Depois de refletirmos sobre a família ampliada suas raízes e conseqüências, para concluir o cenário sobre as várias faces da família, vamos falar hoje sobre outras maneiras através das quais a família se expressa em nossos dias.

Famílias nucleares

Embora esteja em decréscimo vertiginoso, as famílias nucleares ainda se constituem a maioria do cenário familiar brasileiro. Pai, mãe e filhos. Onde o pai é o principal mantenedor da casa, a mãe a principal responsável pelo equilíbrio doméstico e os filhos são prole exclusiva do casal.
Essa família nuclear, hoje, tem diversas variações. Algumas delas merecem uma reflexão mais detida.
a) Quem é que sustenta a casa? – Essa é uma questão que tem raízes profundas. Os tradicionais papéis do homem e da mulher dentro da família foram demolidos nas últimas décadas. As mulheres, oprimidas e desconsideradas dentro de suas próprias casas, procuraram refúgio, segurança e valorização fora delas.
Homens, que antes impunham sua vontade pela força do dinheiro, não têm como repetir o que faziam seus pais e avós porque agora ela ganha mais do que ele.
Muitos desses homens não sabem como reagir diante dessa realidade porque aprenderam com seus pais e avós que os homens devem mandar. Para esses homens o casamento é uma guerra de poder pra ver quem manda mais; quanto mais dinheiro se ganha, mas munição para ganhar a guerra.
Os homens são chamados a assumir a responsabilidade de manter seus lares, isso é uma verdade bíblica, mas não há qualquer proibição para que as mulheres, ou mesmo os filhos, também participem. Pelo contrário, veja os conselhos do sábio Salomão sobre o perfil de uma esposa virtuosa.
(10-12) Quem arranjar uma mulher virtuosa, é como se tivesse encontrado um tesouro de alto valor. O seu marido tem confiança nela, e os recursos materiais nunca lhe faltarão. Nunca se tornará um empecilho para o seu esposo; pelo contrário, sempre o ajudará a vida toda. (13) Compra tecidos, compra lã, e vai costurando e trabalhando, com gosto, com as suas mãos. (14) Trata de se fornecer previdentemente com os alimentos necessários à sua casa. (15) Levanta-se cedo, escuro ainda, para preparar as refeições para a família e distribuir o trabalho pelos empregados. (16) Se é preciso comprar um terreno, vai pessoalmente examiná-lo com cuidado. Ela própria cultiva as suas hortas e pomares. (17) Concentra as energias, e procura ganhar forças para o trabalho que lhe compete. (18) É cuidadosa em tudo o que compra. E durante a noite há sempre uma luz acesa na casa. (19-20) Pega de boa vontade nas suas costuras, nas suas malhas, e trabalha confeccionando roupa para os necessitados, a quem as oferece com generosidade. (21-22) Também não tem receio do Inverno, para a família, porque tem roupa quente suficiente para todos. Prepara cobertores, lençóis, toalhas, cortinas com tecidos escolhidos. A roupa com que se veste é fina e de boa qualidade. (23) O seu marido é conhecido pela sua dignidade e pela sua participação honesta na vida cívica da localidade. (24) Ela própria também faz roupa que vende aos negociantes. (25-26) É uma mulher com energia e dignidade e não tem medo da velhice. Quando fala é com graça e sabedoria. É agradável em tudo quanto diz. (27) Zela pelo governo da casa; para ela não há preguiça. (28-29) Os seus filhos bendizem-na; e o marido louva-a dizendo: Há muita mulher virtuosa neste mundo, mas tu és superior a todas! (30-31) Os encantos femininos podem enganar; a beleza não dura sempre. Mas uma mulher que ama e teme Deus, essa merece todos os elogios. Será louvada por tudo o que faz, e os seus atos virtuosos serão reconhecidos publicamente. (Prov 31:10-31)
Há pelo menos dois desafios que ganham outra dimensão quando em uma família a mulher é a principal responsável pelo sustento de casa:
O primeiro desafio é o da liderança: Homens, precisamos aprender a liderar como Jesus ensinou. Isso não depende de quanto você ganha, mas de sua disposição em servir. A liderança do lar é conquistada pelo serviço. Não importa quanto você ganha, é preciso deixar de um chefe que só deseja ser servido para se tornar um líder que se alegrar em servir sua esposa e seus filhos.
O Segundo desafio é o da submissão: Mulheres, Deus não chamou você para entrarem no mesmo jogo de poder dos homens, um jogo com motivações escusas, egoísmo e muita insegurança. Deus a chamou para cooperar com seu esposo e ser por ele liderada. Não importa quanto você ganha, submeter-se à liderança cuidadosa e amorosa do seu esposo é o chamado de Deus para você.
b) Os meus, os seus e os nossos – Cresceu tanto o número de divórcios e novos casamentos que passou a ser comum que em uma família se tenha filhos do casal juntamente com outros filhos dos primeiros casamentos de um, ou até dos dois cônjuges.
Aqui não adianta querer dizer que não é, porque essa situação é sempre conflituosa. Há disputas de amor, de atenção e de recursos. É muito fácil que a mágoa e o ressentimento encontrem espaço para crescer e dar frutos de amargura no coração dos filhos e dos pais.
Essa configuração não é o ideal de Deus. Talvez até pudéssemos repetir a explicação de Jesus quando respondeu aos fariseus sobre o divórcio: mas não foi assim desde o começo (Mat 19:8).
Ainda que situações como essas sejam conseqüências dos nossos próprios pecados (conseqüências com as quais temos que lidar), Deus não nos deixa abandonados.
No Éden, quando Adão e Eva desconfiaram da bondade de Deus e por isso desobedeceram às suas orientações o Senhor não virou as costas para eles. Deus providenciou roupas (túnicas de peles - Gen 3:21) para aquecê-los e vesti-los. O Senhor é assim: justo e amoroso ao mesmo tempo. Deus deixou princípios que podem nos ajudar a lidar com os prejuízos do pecado.
Primeiro é preciso compreender nossa situação diante de Deus. O ditado popular diz que todo mundo é filho de Deus, mas isso não é verdade. Nem todos são filhos de Deus. Na verdade, Deus tem um único filho e o seu nome é Jesus.
(16) Deus amou tanto o mundo que deu o seu único Filho para que todo aquele que nele crê não se perca espiritualmente, mas tenha a vida eterna. (17) Deus não mandou o seu Filho para condenar o mundo, mas para o salvar. (18) Para os que confiam nele como Salvador não há condenação eterna. Mas os que não confiam nele já estão julgados e condenados por não crerem no Filho único de Deus. (João 3:16-18 – O Livro)
(10) Esteve neste mundo, que foi criado por ele, mas não o conheceram. (11) Veio para o seu povo e os seus não o receberam. (12) Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus. Bastava confiarem nele como Salvador. (13) Esses nascem de novo; não no corpo nem de geração humana, mas pela vontade de Deus.( João 1:10-13 – O Livro)
Portanto, todos nós, que um dia fomos libertados da condenação através da nossa fé no filho único de Deus, fomos adotados por Ele em sua família. Não tínhamos o direito de nos dizer filhos de Deus, mas recebemos esse direito por causa de nossa confiança nele como nosso salvador.
Deus é nosso pai por adoção. Ele escolheu nos amar. Ele nos deu as credenciais de filhos e nos amou como se filho fôssemos. É esse o tipo de amor que você precisa ter pelo filho do seu cônjuge. Você precisa escolher adotá-lo em sua família. Precisa desejar amá-lo e fazê-lo seu filho. Você deve dar ao filho do seu cônjuge o direito de sentir-se parte da família por causa do amor que você tem por ele.
...não devemos ser como escravos medrosos e servis, mas devemos nos comportar como verdadeiros filhos de Deus, recebidos no seio da sua família e chamando-lhe realmente querido Pai. (Rom 8:15)
É um grande desafio que precisa ser enfrentado com coragem e confiança. Sempre lembrando do amor do Pai por você.

Famílias com um só cônjuge

Essa é uma configuração cada dia mais comum em nossa sociedade. Além da perda do cônjuge por morte, as famílias com um só cônjuge têm-se formado a partir da paternidade e da maternidade irresponsáveis, do divórcio e separação sem novo casamento e até mesmo da decisão por uma “produção independente”.
A perda precoce do esposo ou da esposa é uma das situações mais traumáticas na vida de uma pessoa. Tocar a família sozinho (a) não será nada fácil. Em vários aspectos, essa situação é parecida com o divórcio ou a separação sem novo casamento: de repente um dos cônjuges se vê com todas as responsabilidades sobre suas costas.
As estatísticas dizem que a maioria dos homens nessa situação acaba encontrando uma nova companheira, enquanto que a maior parte das mulheres decide caminhar só. Minha palavra é para aqueles (homens e mulheres) que tem sob seus ombros toda a responsabilidade do lar.
Compreenda que o Senhor não a abandonará. Aproprie-se das promessas de Deus. Ele será a sua esposa, Ele será o seu marido. Ele é suficiente. Por isso não se angustie em seu coração nem tome decisões precipitadas. O Senhor a conhece e está cuidando de você. Ouça o que Ele diz:
(4) Não temas, porque não serás envergonhada; e não te envergonhes, porque não sofrerás afrontas; antes te esquecerás da vergonha da tua mocidade, e não te lembrarás mais do opróbrio da tua viuvez. (5) Pois o teu Criador é o teu marido; o Senhor dos exércitos é o seu nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor, que é chamado o Deus de toda a terra. (Isa 54:4-5)
Famílias com um só cônjuge precisam estar abertas para serem ajudadas. Não dá pra fazer tudo só. Se pai e mãe ao mesmo tempo e o tempo todo, não dá. Você precisa aceitar ajuda. O fato de você estar só não significar que você deva permanecer solitária (o).
A igreja tem um papel importante nessas situações. Jesus disse que ele proveria pais, mães, irmãs e irmãos para aqueles que tomam a decisão de segui-lo. Esse suprimento de Deus vem através da Sua igreja.
(29) Respondeu Jesus: Em verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou mãe, ou pai, ou filhos, ou campos, por amor de mim e do evangelho, (30) que não receba cem vezes tanto, já neste tempo, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e campos, com perseguições; e no mundo vindouro a vida eterna. (Mar 10.29-30)
Meninos que não têm seu pai próximo precisam de um referencial de pai. São coisas simples, mas importantes. Exemplos de masculinidade como o cuidado e a atenção dispensada a uma mulher, a disposição em proteger e cuidar, a coragem para enfrentar desafios e o compromisso com Deus podem serão copiados de homem mais velhos que estejam perto deles. Você pode ser a pessoa que Deus quer usar.
Meninas que não têm a mãe próxima precisam de referenciais de feminilidade. Vestir-se com esmero, ter cuidado consigo mesma, deixar-se ser cuidada, desenvolver a confiança no amor das outras pessoas. Você, minha irmão pode ser a pessoa que Deus quer usar.
Família significa compromisso mútuo. A família de Deus também significa ter compromisso uns com os outros. Senão tudo não passa de uma farsa.

Famílias sem filhos

Há quarenta anos atrás, isto é na década de 60 do século passado, as famílias tinham em média 6 filhos, na década de 80 os filhos eram em média 4. As últimas estatísticas do IBGE, divulgadas esta semana, afirmam que a família média do brasileiro tem dois filhos.
É claro que Deus não nos chamou para gerarmos filhos irresponsavelmente. Mas a busca pela realização pessoal, pelo sucesso profissional e pelo aperfeiçoamento acadêmico tem adiado, senão eliminado, a idéia de filhos para muitos casais jovens. Eles não estão dispostos a abrir mão de suas conquistas de bem-estar e prazer.
Formou-se assim um contingente de famílias sem filhos. Jovens adultos que não passaram pela experiência do amor que se doar por outra pessoa à custa de algo que lhe é importante.
(3) Os filhos são um presente do Senhor; uma grande recompensa dada por Ele. (4) Os filhos que o homem tem durante a sua mocidade são com flechas de um soldado valente, afiadas e prontas para a defesa. (5) Feliz o homem que tem muitos filhos. Ele terá ajuda quando tiver algum problema com seus inimigos e precisar ir ao tribunal. (Sal 127. 3-5 Bíblia Viva)
Planejar a família é importante nos tempos em que vivemos, mas é preciso ter coragem para enfrentar as motivações na nossa alma quando dizemos não aos presentes que o Senhor quer nos dá.

Propostas Homossexuais

Nas últimas décadas têm-se tornado muito presente nos meios de comunicação a idéia de que parceiros homossexuais também têm direito a constituir família através da legalização de uniões estáveis e também com a possibilidade de adotarem crianças para educá-las. A questão é controversa. No entanto, a cada dia, mais vozes se levantam em defesa desse pretenso direito. Esse é um tema que ainda vamos abordar nessa série de mensagens
Conclusão
A família do século XXI tem muitas faces. Deus tem preferências quanto ao modelo de família. Ele mesmo deixou claro essa preferência através da criação. A preferência de Deus não é uma questão de gosto, mas de sabedoria. Foi Ele quem projetou a família e a fez no formato capaz de cumprir bem todas as suas funções: Pai, mãe e filhos exercitando amor uns pelos outros; aprendendo e ensinando uns aos outros sobre o caráter de Deus.
Mas Deus não deixa de nos amar por causa dos nossos erros e equívocos. Deus rejeita o pecado, mas sempre acolhe o pecador arrependido. É assim que o Senhor trata as diversas faces da família no século XXI: com amor. Ele faz isso como um exemplo do que será a grande família de Deus.
Enquanto toda igreja entra agora em oração diante do Senhor, gostaria de dar a oportunidade a você que ainda não faz parte da família. Você que ainda não aceitou a Jesus com o seu Salvador, mas hoje entendeu que o amor de Deus por você é capa de torná-lo filho de Dele.
A oportunidade é para que você declare hoje a confiança plena em Jesus como o seu Senhor e Salvador. O Senhor não pede nada além da declaração dos seus lábios e da fé em seu coração.
(9) Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo; (10) pois é com o coração que se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação. Rom 10.9-10

03 setembro 2007

Família: Idéia de Deus - 2/6‏

Introdução

Com a maior complexidade da vida humana, a família tribal teve que se dividir passando a funcionar como uma família extensa, composta de três ou quatro gerações. Nessa passagem, aqueles que ficaram de fora no novo modelo ficaram sob responsabilidade de instituições sociais secundárias, um prenúncio do Estado.

Mais recentemente, com a chegada da economia industrial e de uma sociedade urbana, surgiu a família nuclear, ainda menor que a família extensa. Isso porque diante das novas demandas produtivas havia a necessidade de que a família pudesse dispor de grande mobilidade.

Com a redução das famílias, as funções básicas exercidas anteriormente tanto pela família extensa quanto pela família tribal, foram gradualmente sendo incorporadas por instituições políticas, sociais e econômicas.

Assim a educação dos filhos está cada dia mais sob a responsabilidade de creches, escolas e dos meios de comunicação; da segurança estão encarregados corpo de bombeiros, polícia, hospitais, companhias de seguro, consultórios psicológicos e centros para idosos; O comércio e a indústria assumiram as funções de cooperação e tentam ensinar os jovens a sobreviverem por si mesmos; O apoio, cada dia mais tem sido oferecido por clubes, associações, terapeutas profissionais e conselheiros de todos os tipo.

De uma forma lamentável, a família tem sido saqueada de suas principais funções e por isso é vista por um número cada vez maior de pessoas como desnecessária ao avanço da sociedade.

O lugar que a família ocupa na sociedade, sua imagem e as expectativas que ela suscita têm mudado radicalmente ao longo da história e principalmente nas últimas décadas. Temos presenciado uma profunda transformação na vida familiar.

Diferentes Faces da Família

A família do século XXI, que sofre com perda de suas funções apresenta muitas faces. Entre essas faces, gostaria de destacar as famílias ampliadas, as famílias nucleares, famílias com um só cônjuge, famílias sem filhos e as propostas homossexuais de relacionamentos estáveis sem filhos e também com filhos.

Famílias ampliadas: As famílias ampliadas se caracterizam por agregar ao núcleo familiar principal (aquele que tem responsabilidade pelo sustento e autoridade para definir as regras familiares) tanto gerações anteriores quanto posteriores.

Famílias Ampliadas - Cena 1

Algumas vezes, a geração anterior (pais e avós) se agrega ao núcleo familiar de filhos e netos, quando seu envelhecimento não foi bem planejado. O sujeito vive a vida inteira sem um fazer uma poupança, sem um plano de uma previdência pública ou privada e no final da vida torna-se dependente dos filhos e dos netos.


(14) Eis que pela terceira vez estou pronto a ir ter convosco, e não vos serei pesado, pois não vou atrás dos vossos bens, mas procuro a vós outros. Não devem os filhos entesourar para o pais, mas os pais, para os filhos. (2 Co 12:14 RA)


Agora estou pronto para visitá-los pela terceira vez e não lhes serei um peso, porque o que desejo não são os seus bens, mas vocês mesmos. Além disso, os filhos não devem ajuntar riquezas para os pais, mas os pais para os filhos. (2 Co 12:14 NVI)

Alguns pais têm os filhos como se eles fossem um tipo de cofrinho particular ou um plano de previdência pessoal. Investem nos filhos esperando receber algo em troca no futuro. Alimentam a expectativa de que serão sustentados por seus filhos quando envelhecerem e por isso não se esforçam o suficiente para garantirem sua autonomia no futuro. Esse não é um princípio bíblico.

Pais que agem dessa forma não deixam os filhos se esquecerem de suas “obrigações futuras”. Falam como se estivessem brincando, mas colocam jugos pesados sobre os ombros dos seus filhos; jugos que serviram de tropeço durante toda a vida deles atrapalhando a formação de suas futuras famílias.

Em nossa igreja temos muitas famílias com crianças pequenas e menos de 10 anos de casamento. Papai e Mamãe, rejeite essa forma de pensar e assuma a responsabilidade de planejar o seu futuro.

Você não terá a disposição e as oportunidades para o trabalho que tem hoje por toda a sua vida, por isso aprenda a poupar: viva uma vida simples, nos limites de suas posses, isso lhe permitirá fazer reservas e provisões. Nosso sistema de previdência pública é um desastre, então não entre o seu futuro exclusivamente nas mãos do governo; faça você mesmo seu plano de previdência.

Se não queremos causar transtornos às futuras famílias de nossos filhos, precisamos ser sábios e disciplinados com nossas finanças hoje. Assim o futuro não terá um sabor amargo.

ALERTA: Uma palavra de alerta às famílias que hoje já convivem com essa situação: nossa palavra é para consertar o futuro, mas o passado não pode ser mudado. O erro cometido por pais e avós no passado não são justificativas suficientes para nos eximir nossa responsabilidade de ajudá-los e cuidar deles.

Jesus falou fortemente contra os fariseus porque eles estavam usando a religião para fugir da responsabilidade de ajudar seus pais em suas necessidades.


(1) Chegaram então de Jerusalém alguns fariseus e outros lideres dos judeus para fazer umas perguntas a Jesus: (2) Porque desobedecem os teus discípulos aos antigos costumes judaicos? Não acatam o nosso ritual de lavagem das mãos antes de comer. (3) Ao que Jesus respondeu: E porque será que os vossos velhos costumes vão contra os mandamentos bem claros de Deus? (4) Por exemplo, a lei de Deus ordena: 'Respeita o teu pai e a tua mãe; quem amaldiçoar os seus pais morrerá. (5) Mas vocês dizem: 'Mesmo que os teus pais estejam passando necessidade, podes dar a Deus o dinheiro que seria para o sustento deles. (6) E assim, aproveitando-se de uma regra feita pelos homens, contrariam a ordem direta de Deus de que devem respeitar e cuidar dos vossos pais. (Mt 15: 1-6 OL)

Famílias Ampliadas - Cena 2

Outro motivo que leva a essa ampliação da família com as gerações anteriores é o simples envelhecimento de pais e avós, que se tornam mais frágeis física e emocionalmente, carecendo de amparo e cuidado. A família que se amplia por esse motivo, está respondendo ao chamado de Deus para exercer amor às gerações vieram antes de nós.


Quem ferir a seu pai, ou a sua mãe, certamente será morto. (Ex 21:15)

Quem amaldiçoar a seu pai ou a sua mãe, certamente será morto. (Ex 21:17 RA)

O que aflige a seu pai, e faz fugir a sua mãe, é filho que envergonha e desonra. (Pv 19:26 RA)

Maldito aquele que desprezar a seu pai ou a sua mãe. (Deu 27:16 RA)

Quem acolhe o pai ou a mãe idosos, que não têm como cuidar de si mesmos, não está assumindo uma tarefa fácil de realizar, mas encontrará encorajamento nas promessas do Senhor.


Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá. (Ex 20:12 RA)


Honra a teu pai e a tua mãe, como o senhor teu Deus te ordenou, para que se prolonguem os teus dias, e para que te vá bem na terra que o Senhor teu Deus te dá. (Deu 5:16 RA)

Infelizmente há fortes indícios de que a família vem perdendo sua função de apoio mútuo e está sendo corroída pelo egoísmo. Um desses indícios é a tendência atual de se entregarem os velhos para serem cuidados por instituições sociais como abrigos e asilos, em vez de lhes oferecer uma ambiente familiar saudável para envelhecerem em paz.

Embora a nossa sociedade rejeite a velhice, quase todos nós vamos ficar velhos (no Brasil um número cada vez maior de pessoas chega a velhice). Aos velhos e àqueles que ficarão velhos o Senhor tem uma palavra nesta noite: Confie no Senhor, como fez Davi. Ore ao Senhor, como fez Davi.


(4) Livra-me, meu Deus, das mãos desses que te rejeitam, dessa gente injusta e cruel. (5) Senhor, só tu és a minha esperança. Tenho confiado em ti desde menino. (6) Tenho sido sustentado por ti desde que nasci. Foste tu quem me tirou do seio de minha mãe. Por isso te louvarei constantemente. (7) Muitos se admiram por tudo me correr bem, pois tu és o meu forte protetor. (8) Todo o dia a minha boca está cheia de louvores a ti. (9) Agora que estou velho, não me deixes de lado. Não me abandones quando as minhas forças se forem acabando. (Salmo 71:4-9 OL)

Ouça agora a resposta do Senhor:


(3) Escute-me, ó casa de Jacó, todos vocês que restam da nação de Israel, vocês, a quem tenho sustentado desde que foram concebidos, e que tenho carregado desde o seu nacimento. (4) Mesmo na sua velhice, quando tiverem cabelos branco, sou eu aquele, aquele que os susterá. Eu os fiz e eu os levarei; eu os sustentarei e eu os salvarei. (Is 46:3,4 NVI)

Famílias Ampliadas - Cena 3

A ampliação da família para as gerações seguintes é comum como resposta à paternidade ou maternidade irresponsáveis. Pais e mães adolescentes, imaturos emocionalmente, são agregados ao núcleo familiar principal em uma tentativa de reparar os erros cometidos em relacionamento sexual precoce. Essa é uma situação cercada de emoções.

É razoável que as famílias tenham o desejo de ajudar e é saudável que ajudem. Mas recolher a nova família em um quarto do apartamento dos pais ou fazer um quartinho nos fundos da casa da mãe normalmente trás mais mal do que bem.

O princípio bíblico foi apresentado bem no começo.


Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão uma só carne. Gen 2:24

A sabedoria popular transformou a orientação bíblica no ditado: Quem casa, quer casa.

Jesus confirmou esse princípio quando foi indagado pelos religiosos judeus a respeito do divórcio.


(4) Respondeu-lhe Jesus: Não tendes lido que o Criador os fez desde o princípio homem e mulher, (5) e que ordenou: Por isso deixará o homem pai e mãe, e unir-se-á a sua mulher; e serão os dois uma só carne? )Mat 19:4-5)

O apóstolo Paulo quando fala do amor que os maridos devem ter para com suas mulheres, chega a afirmar quem das provas desse amor é que ele abra deixe pai e mãe.


(28) Assim devem os maridos amar a suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo. (29) Pois nunca ninguém aborreceu a sua própria carne, antes a nutre e preza, como também Cristo à igreja; (30) porque somos membros do seu corpo. (31) Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e se unirá à sua mulher, e serão os dois uma só carne. (Eph 5:28-31)

Porque amam suas esposas como a si mesmos, eles devem cortar o cordão umbilical. Isso significa pagar o preço para se tornar independente em pelo menos duas áreas.

Deixar o pai remete à independência financeira. As novas famílias devem aprender a se sustentarem por conta própria. Se precisam de ajuda para isso, os pais devem ajudar, mas nunca sustentar indefinidamente.

Deixar a mãe remete à independência emocional. A nova família precisa de espaço para se conhecer sem a interferência de pais e mães dizendo que ela é assim, ou que ele é assado.

Famílias Ampliadas - Cena 4

26 agosto 2007

Família: Idéia de Deus - 1/6‏

Hoje estamos começando uma série de pregações intitulada “Família: idéia de Deus”.
Esse é um assunto palpitante, uma vez que se encontra no centro da vida das igrejas; prático, já que todos estamos diretamente ligados a ele; e extenso, dado à abrangência que o tema pode alcançar na psicologia, sociologia e antropologia.
Durante o tempo em que vamos refletir sobre esse tema não é nossa proposta fazer uma abordagem acadêmica, mas uma reflexão bíblica, sem deixar de lado elementos que possam nos ajudar a compreender melhor os problemas que temos enfrentado para viver família à luz da palavra de Deus.
Vamos dividir nosso tempo em três blocos: No primeiro bloco vamos compreender a evolução da família a partir de seus primórdios até a forma como a conhecemos no século XXI e pereceber as diferentes faces com que ela se apresenta em nossos dias.
No segundo bloco vamos listar os principais desafios relacionados a ela relacionados na atualidade e procurar respostas para esses desafios na Palavra de Deus;
No terceiro bloco vamos identificar uma proposta bíblica para a família, destacar os principais impactos causados pelo pecado nos relacionamentos familiares e esclarecer os papeis de marido, esposa e filhos, segundo as escrituras;
A FAMÍLIA DO SÉCULO XXI: COMO CHEGAMOS ATÉ AQUI
As Mutações Históricas da Família
A noção que hoje temos sobre família não foi sempre preponderante no decorrer da história. O que hoje compreendemos como família (pai, mãe e filhos) era, no passado, uma pequena unidade de uma estrutura maior que poderia ser caracterizada como tribo ou família tribal.
Ela era formada por grupos de pessoas que viviam em um mesmo lugar, por grupos com ligações genealógicos, relações de parentesco ou de associação, ou ainda por grupos de pessoas com os mesmos interesses e obrigações. Os núcleos familiares do jeito que conhecemos hoje estavam presentes na Antigüidade, mas não eram o foco principal da estrutura familiar.
É fácil ver isso na Bíblia. No Antigo testamento não existe palavra que corresponda precisamente ao moderno termo família, composta de pai, mãe e filhos. A melhor aproximação é o vocábulo Bayith (casa), traduzido como família em I Cr 13:14, II Cr 35:5, 12 e Sl 68:6.
No livro de Josué (7:16-18) há um relato sobre um homem chamado Acã, que havia desobedecido às ordens dadas por Josué ao soldados para não se apropria dos espólio de uma batalha. Esse relato pode nos dá uma boa perspectiva sobre as estruturas familiares existentes na época do antigo testamento.
(16) Então, Josué se levantou de madrugada e fez chegar a Israel, segundo as suas tribos; e caiu a sorte sobre a tribo de Judá. (17) Fazendo chegar a tribo (shêbheth) de Judá, caiu sobre a família (mishpachath) dos zeraítas; fazendo chegar a família(mishpachath) dos zeraítas, homem por homem, caiu sobre Zabdi; (18) e, fazendo chegar a sua casa (bayith), homem por homem, caiu sobre Acã, filho de Carmi, filho de Zabdi, filho de Zera, da tribo de Judá. (Js 7:16-18)
Acã era casado e pai de filhos, mas ainda assim era considerado como da família de seu avô. Isso nos ajuda a compreender melhor o conceito de Família Tribal, que é uma espécie de cone no qual o ancestral fundador está no cume, e todos os seus descendente vivos são a base.
O estudiosos dizem que a família tribal tinha pelo menos cinco funções básicas: reprodução, por meio da qual a tribo se perpetuava; educação, que possibilitava conservar e transmitir crenças e valores, além das aptidões necessárias à sobrevivência; segurança, que propiciava os meio de proteção de seus membros; cooperação, que promovia os meios de produção básicos e uma divisão do trabalho e apoio, que permitia atender às diversas necessidades psicossociais do ser humano.
Na verdade não foram os estudiosos que inventaram essa funções, eles apenas as descobriram. Essas funções, exercidas pela família, são parte da resposta de Deus às necessidades humanas presentes em nossa natureza e que ainda hoje clamam para serem atendidas.
Reprodução
Em Gênesis 1:27, 28 podemos ver a orientação do Senhor para que a humanidade se multiplicasse e enchesse a Terra, cumprindo assim a função reprodutiva da família.
(27) Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. (28) E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra. (Gn 1:27-28)
Gerar filhos não é a única função da família, mas é uma das funções da família. Deus não nos incita a gerar filhos de forma irresponsável, mas Ele entrega à família o privilégio de compartilhar com Ele do ato de criar, ao gerar uma nova vida.
No entanto, em um mundo corrompido pelo pecado, em que a própria natureza geme esperando que Deus a liberte, nem todos temos a capacidade fisiológica de gerar filhos.
Na Bíblia há histórias de casais que não podiam gerar filhos como Elcana e Ana, Manoá e sua esposa. A bíblia conta história de mulheres que clamaram a Deus por um filho como fez Ana:
(1) Houve um homem de Ramataim-Zofim, da região montanhosa de Efraim, cujo nome era Elcana, filho de Jeroão, filho de Eliú, filho de Toú, filho de Zufe, efraimita. (2) Tinha ele duas mulheres: uma se chamava Ana, e a outra Penina. Penina tinha filhos, porém Ana não os tinha. (3) De ano em ano este homem subia da sua cidade para adorar e sacrificar ae Senhor dos exércites em Siló. Assistiam ali os sacerdotes do Senhor, Hofni e Finéias, os dois filhos de Eli. (4) No dia em que Elcana sacrificava, costumava dar quinhões a Penina, sua mulher, e a todos os seus filhos e filhas; (5) porém a Ana, embora a amasse, dava um só quinhão, porquanto o Senhor lhe havia cerrado a madre. (6) Ora, a sua rival muito a provocava para irritá-la, porque o Senhor lhe havia cerrado a madre. (7) E assim sucedia de ano em ano que, ao subirem à casa do Senhor, Penina provocava a Ana; pelo que esta chorava e não comia. (8) Então Elcana, seu marido, lhe perguntou: Ana, por que choras? e porque não comes? e por que está triste o teu coração? Não te sou eu melhor de que dez filhos? (9) Então Ana se levantou, depois que comeram e beberam em Siló; e Eli, sacerdote, estava sentado, numa cadeira, junto a um pilar do templo do Senhor. (10) Ela, pois, com amargura de alma, orou ao Senhor, e chorou muito, (11) e fez um voto, dizendo: ó Senhor dos exércitos! Se deveras atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva não te esqueceres, mas lhe deres um filho varão, ao Senhor o darei por todos os dias da sua vida, e pela sua cabeça não passará navalha. (1Sa 1:1-11)
Deus atendeu à oração de Ana, mas em sua sabedoria eterna nem sempre nossos pedidos são atendidos.
Foi o que aconteceu com um casal de amigos que orou ao Senhor pedindo filhos, utilizou-se de vários métodos de concepção, mas não puderam gerar filhos de si mesmos. Esse casal aprendeu a duras penas lições que talvez só pudessem ser aprendidas daquela maneira.
Depois de um tempo de muita luta com Deus e de recuperação emocional, Deus operou de uma maneira miraculosa e eles decidiram adotar uma criança. Acabaram adotando duas meninas.
Mas, o que sempre me impressionou na experiência desse casal é o testemunho desse meu amigo de que depois de algum tempo visitando as meninas em um orfanato, ao voltar para casa, um dia ele teve a sensação de que havia deixado suas filhas e desejou levá-las para casa.
Disse ele que a partir daquele momento começou a compreender melhor o amor de Deus que também nos adotou em sua família, pagando como preço dessa adoção a vida de seu único filho legítimo: Jesus Cristo.
Hoje há casais que não desejam ter filhos. Muitas vezes o desejo de não gerar filhos está ligado à uma questão econômica: nos sonhos que eles têm para si mesmos não cabem filhos; outras vezes, com medo do mundo caótico em que vivemos, eles se perguntam se vale a pena colocar mais um vida neste mundo.
A vida é um presente de Deus. Ela é sempre bem-vinda. Filhos nos ensinam a abrir mão do egoísmo, a rejeitar a avareza, a compartilhar o que temos e somos. Filhos são um alerta de que não somos um fim em nós mesmos. Não é uma tarefa fácil. Mas concebê-los, de nossas entranhas ou do coração, é participar com Deus da sua criação.
Educação
Outra função da família é a Educação. É da família o principal papel na transmissão às gerações seguintes da cultura, crenças e valores que devem ter continuidade. Em Deut. 6:6-7 o Senhor orienta seu povo (naquele momento uma grande família tribal) a ensinar aos seus filhos o amor a Deus e às pessoas; era preciso explicar às novas gerações porque valia a pena amá-lo e obedecer-lhe. Assim, a família cumpria sua função educativa.
(4) Ouve, ó Israel; o Senhor nosso Deus é o único Senhor. (5) Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas as tuas forças. (6) E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; (7) e as ensinarás a teus filhos, e delas falarás sentado em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te. (8) Também as atarás por sinal na tua mão e te serão por frontais entre os teus olhos; (9) e as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas (Dt. 6:4-9)
Hoje há certa confusão em relação à educação das crianças. A estrutura de muitas famílias não permite aos pais passar tempo com seus filhos. Pai e mãe trabalham, às vezes o dia todo, e não encontram o tempo necessário para compartilhar a vida com seus filhos.
A educação, então, é transferida para as escolas. Que em vez de se ocuparem apenas com a formação acadêmica das crianças passam a ser indutores de cultura, valores e crenças. A criança, ainda bem pequena, passa mais tempo na companhia das professoras no colégio do que na companhia dos pais. À noite, depois de um dia exaustivo de trabalho, pai e mãe chegam cansados demais para dar atenção aos filhos, sentem-se culpados sufocam os filhos com presentes, mimos e concessões.
Quando a família não cumpre seu papel de educar, as crianças serão educadas em outro lugar. Quando você, papai e mamãe, não assume sua responsabilidade de estar perto dos seus filhos e ensinar pelo exemplo sobre o que realmente é importante na vida; quando você abre mão de ensinar pelo exemplo sobre o amor a Deus acima de todas as coisas e o respeito pelas pessoas, seus filhos aprenderam eu outro lugar, de outras pessoas, coisas que talvez você nunca ensinaria para eles.
Quando os filhos vão crescendo é normal que essa função de educação passe a ser compartilhada com outras instituições da sociedade, mas é na família que ela tem suas expressão mais forte: por ação ou por omissão.
Proteção
Em Gênesis 3:21, Deus ensina as primeiras lições práticas sobre proteção como uma das funções da família. Ele revela seu cuidado com a segurança do casal Adão e Eva e providencia para eles vestimentas de pele para protegê-los do frio e do calor.
(21) Fez o SENHOR Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu. (Gn 3:21)
Família é lugar de abrigo e segurança. Adão e Eva tinham desobedecido a Deus. Mais que isso, eles desacreditaram na bondade de Deus e fizeram exatamente o que Ele havia dito que fosse feito. O Senhor, então, ensina na prática, que a família não é lugar de condescendência, mas é lugar de proteger. O erro cometido por Adão é Eva não foi considerado sem importância, mas Deus não lhe negou proteção e cuidado.
A polícia protege contra os marginais (pelo menos deveria proteger), mas quem nos protege de nós mesmos, quem nos protege dos medos que escondemos fora de casa, quem nos protege enquanto aprendemos a lidar com nossas limitações? Proteger é função da família.
Família não é lugar de zombaria, nem pode ter espaço para ser fazer pouco caso um do outro. Família não é lugar de explorar a fraqueza dos outros, mas para de fortalecimento mútuo para enfrentar a vida.
A família não é lugar de complacência mútua, mas é lugar em que há espaço para sermos nós mesmos e ainda assim nos sentirmos amados. Família é uma espécie de casulo que protege e prepara para a vida.
Quando a família não cumpre seu papel de proteger, a proteção é buscada de outra forma, em outro lugar, em outras pessoas. Algumas vezes a igreja cumpre esse papel. Para aqueles que forma rejeitados por suas famílias por causa da fé em Jesus Ele promete muitos irmãos, irmãs, mãe, pais e filhos.
(29) Respondeu Jesus: Em verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou mãe, ou pai, ou filhos, ou campos, por amor de mim e do evangelho,
(30) que não receba cem vezes tanto, já neste tempo, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e campos, com perseguições; e no mundo vindouro a vida eterna. (Mar 10:29-30)
Para aqueles que se sentem rejeitados pelo mundo, e vivem neste mundo sem paz, como forasteiros em terra estranha, sem conexão com ninguém, o Senhor oferece sua família, como lugar de proteção e cuidado.
(14) Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio, na sua carne desfez a inimizade, (15) isto é, a lei dos mandamentos contidos em ordenanças, para criar, em si mesmo, dos dois um novo homem, assim fazendo a paz, (16) e pela cruz reconciliar ambos com Deus em um só corpo, tendo por ela matado a inimizade; (17) e, vindo, ele evangelizou paz a vós que estáveis longe, e paz aos que estavam perto; (18) porque por ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito.
(19) Assim, pois, não sois mais estrangeiros, nem forasteiros, antes sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus, (20) edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra da esquina; (21) no qual todo o edifício bem ajustado cresce para templo santo no Senhor, Eph 2:22 no qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito. (Eph 2:14-22)
Cooperação
Em Gênesis 2:15, Deus orientou Adão para que cultivasse e guardasse o jardim, oferecendo assim à primeira família o caminho para a obtenção de seu sustento e ao mesmo tempo ensinando-lhes sobre função cooperativa da família.
15 Tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar.
É uma função da família ensinar seus membros a obter o sustento necessário para sua sobrevivência. Ela deve fazer isso de forma cooperativa, aproveitando as capacidades individuais, investindo nas habilidades demonstradas.
Papai e mamãe, vocês não são eternos. Seus filhos precisar ser habilitados a sobreviverem por conta própria. É claro que filhos pequenos dependem de seus pais, mas eles precisam depender cada vez menos. Cada etapa de desenvolvimento deles deve corresponder a novas etapas de independência e responsabilidade até que eles estejam prontos para andar por si mesmos.
Isso só será possível se a família for um espaço de cooperação. Se o tom da família é o egoísmo (cada um por si e todos que se virem) dificilmente será possível cumprir bem o papel de cooperação. É preciso encarar essa questão. Cooperar, significa agir juntos, como um time. Mas se cada um busca apenas o seu próprio interesse não há cooperação.
Quando a família falha e promover cooperação e treinamento para a vida, estaremos entregando à sociedade pessoas incapazes de sobreviverem por conta própria. Pessoas que serão um peso para a sociedade e para a própria família.
Apoio
Em Gênesis 2:20-24, vemos o cuidado de Deus com a necessidade humana de intimidade e identificação. Vemos também como de uma forma especial Ele constitui o estabeleceu o relacionamento homem – mulher como resposta a essas necessidades, revelando assim a função de apoio a ser exercida pela família.
20 Deu nome o homem a todos os animais domésticos, às aves dos céus e a todos os animais selváticos; para o homem, todavia, não se achava uma auxiliadora que lhe fosse idônea. 21 Então, o SENHOR Deus fez cair pesado sono sobre o homem, e este adormeceu; tomou uma das suas costelas e fechou o lugar com carne. 22 E a costela que o SENHOR Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher e lha trouxe. 23 E disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada. 24 Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne. (Gn 2:20-24)
Família não é lugar de competição entre marido e mulher. Família não é lugar de concorrência pra ver quem tem mais diplomas, quem ganha mais dinheiro, quem tem mais amigos, quem tem o melhor discurso, ou qualquer outro tipo de disputa. Família não é lugar de auto-afirmação pelo desprezo do outro.
A palavra chave é apoio mútuo. Deus nos fez complementares para que dependêssemos uns dos outros. Por isso, puxar o tapete do outro, expor o ponto fraco, esperar de tocai para acusar, denegrir a imagem diante de terceiros ou qualquer coisa do tipo não ajuda muita coisa para construir um relacionamento de apoio mútuo.
Conclusão
Temos presenciado mudanças muito grandes nas estruturas familiares, mas suas funções básicas são as mesmas, porque elas foram estabelecidas por Deus para suprir nossas necessidades com seres humano.
Não há um retrato único para a família, principalmente quando olhamos sua evolução no transcorrer da história. Mas não podemos esquecer as funções para as quais ela foi instituída por Deus.
A família que cumpre as funções para as quais ela foi instituída é uma miniatura daquilo que Deus deseja prover a todos os seus filhos. Diz o ditado que todos somos filhos de Deus. Mas a Bíblia fala um pouco diferente.
(11) Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. (12) Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus; (13) os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus. (Joh 1:11-13)
Se você deseja fazer parte da família de Deus, você precisa receber a Jesus e crer nele como seu Senhor e Salvador. Confiar na morte de Cristo como eficaz para pagar os seus pecados é o seu passaporte para a família de Deus.
Só assim você poderá aproveitar os benefícios de fazer parte desta família, cujo pai e amoroso, cuidados e age sempre em nosso benefício.