Aceitando uns
aos outros
7Portanto,
aceitem-se uns aos outros, da mesma forma como Cristo os aceitou, a fim de que
vocês glorifiquem a Deus. Rm. 15.7
(NVI)
Julgar
ou Aceitar
Quando a aceitação dos outros é baseada em
princípios legalistas, estranhos ao ensinamento bíblico, ou meramente
culturais, somos levados rapidamente a um comportamento acusador ou a uma pseudo-espiritualidade.
Isso cria falsa culpa em quem é rejeitado e destrói a liberdade pessoal do
cristão.
No outro lado do pêndulo, passa-se do
legalismo para a licenciosidade, usando-se a liberdade em Cristo para
engajar-se em atividades que são sem dúvida uma violação dos desejos de Deus,
sob o pretexto de que estão “sob a graça” e não “sob a lei”.
A
chave da unidade
8 Porque pela sua graça é que somos salvos,
por meio da fé que temos em Cristo. Portanto a salvação não é algo que se possa
adquirir pelos nossos próprios meios: é uma dádiva de Deu;9 não é uma recompensa pelas nossas boas
obras. Ninguém pode reclamar mérito algum nisso.10 Somos
a obra-prima de Deus. Ele criou-nos de novo em Cristo Jesus, para que possamos
realizar todas as boas obras que Deus planeou para nós. Ef
2.8-10 (OL)
Devemos aceitar outros cristãos assim como
Cristo nos aceitou, o que nos leva a perguntar: como Jesus nos aceitou?
Obviamente ele não nos aceitou por sermos perfeitos, porque não o somos.
Tampouco não nos recebeu em sua família baseado em nossa cor, status, condição
financeira, idade, sexo ou formação acadêmica.
Jesus nos aceitou como estávamos.
Acreditamos no seu amor por nós e isso foi suficiente. Jesus Cristo nem mesmo
nos pede que arrumemos a casa para sermos aceitos. Ao contrário: ele nos afirma
que nos aceita com nossas fraquezas e tudo mais. Ele nos recebe como estamos
para fazer as transformações de que precisamos.
A aceitação nesses termos: por amor, sem
condições e com compromisso para a transformação é do tipo que glorifica a
Deus, porque reconhece em Deus o autor e consumador da nossa fé.
Nem
desprezo nem julgamento
3Aquele que come de tudo não deve
desprezar o que não come, e aquele que não come de tudo não deve condenar
aquele que come, pois Deus o aceitou. Rm 14.3(NVI)
A aceitação mútua na igreja é uma via de
mão dupla. Aqueles que estão dando seus primeiros passos com o Senhor são
convidados a não julgarem seus irmãos mais experientes por alguma atitude que
não lhe parece correta, mas que você não está certo de que sejam realmente
desobediência ao Senhor.
Aqueles que estão firmes na fé e caminham
com o Senhor há tempos são convidados a não desprezarem os irmãos que em suas
consciências ainda têm dúvidas sobre os assuntos sem orientação expressa nas
Escrituras e se sentem inseguros em situações conflituosas.
20 Não destrua a obra de Deus por causa da
comida. Todo alimento é puro, mas é errado comer qualquer coisa que faça os
outros tropeçarem. 21 É melhor não comer carne nem beber vinho,
nem fazer qualquer outra coisa que leve seu irmão a cair. Rm 14.
20,21 (NVI)
Se somos firmes na fé, teremos
sensibilidade para com nossos irmãos e irmãs em Cristo que não são tão firmes
quanto nós. Devemos ter o cuidado de não fazer nada que possa leva-los a
fraquejar e cair no pecado.
Sem
parcialidade
1 Meus
irmãos, a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, é incompatível com
atitudes de parcialidade em relação às pessoas. Tg 1.1 (OL)
16 Trabalhem juntos com alegria. Não busquem
mostrar grandeza. Não procurem cair nas boas graças de gente importante, mas
tenham prazer na companhia de gente comum. E não pensem que vocês sabem tudo! Rm
12.16 (BV)
Tiago e Paulo alertam sobre a forma
diferente com que alguns irmãos estavam tratando aqueles que tem mais recursos
financeiros ou tem mais importância na sociedade. Tiago é contundente e afirma
que isso não é compatível com a fé em Jesus. Já Paulo alerta para o fato de que
atitudes assim colocam em risco a própria unidade da Igreja, pois é muito
difícil trabalhar juntos quanto o clima da igreja é de preferência e
parcialidade em favor de alguns.
Honra,
sim. Favoritismo, não
Não é errado honrar que é fiel a Deus,
dedicando-lhe suas posses e sua própria vida. Assim como não é errado honrar
cristãos por serem hospitaleiros, anunciadores do evangelho ou servos fiéis em
tudo que fazem. A honra digna de ser recebida também honra a Deus que
presenteou com dons e talentos.
No entanto, favoritismo e discriminação
fazem com que cristãos sejam rejeitados e apartados, o que viola a lei de Deus
e a verdadeira natureza do funcionamento do corpo de Cristo. Se mostramos
favoritismo, destruímos a unidade, a harmonia e a singularidade do corpo de
Cristo.
Adaptação a partir do capítulo 5 – Aceitando
uns aos outros – do livro Um por todos, todos por um, escrito por Gene Getz
Traduzido por Ana Vitória Esteves de Souza e publicado pela Editora Textus –
Rio de Janeiro. Versões da Bíblia: OL – O Livro, BV – Bíblia Viva, NVI – Nova
Versão Internacional
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