10 maio 2009

Porque as mães são tão amadas?


Outro dia estava pensando: se fosse possível colocar em uma balança (daquelas com dois pratos), de um lado, o dia dos pais, e do outro, o dia das mães, qual dos pratos seria o mais pesado?

Se você tem alguma dúvida, saiba que os comerciantes não têm dúvida nenhuma. De longe, o dia das mães pesa mais que o dia dos pais, inclusive no bolso de todo mundo. Pai ganha meia, gravata, cinto, lenço ou quando muito um livro. Mas, algumas mães, ganham batedeira, geladeira, jóias, perfumes e TV Digital, mesmo quando seus filhos não podem comprar.

Quem é capaz de negar um presente, um abraço, um carinho que seja à sua mãe ou à mãe dos seus filhos no dia de hoje sem ficar com um peso na consciência?!

Porque nossas mães são tão amadas?

Pode parecer uma pergunta boba. Ora, qualquer criança sabe: porque ela é a nossa mãe. Tudo bem... Mas o que torna as mães essa unanimidade de amor e consideração?

Penso que há três coisas que tornam as mães especiais. São três presentes que Deus deu a elas: o presente da vida, o presente da dor, e o presente da generosidade.

O primeiro presente e dom da vida.

Deus fez das mães um ninho para a vida. No seu útero a vida surge e é gestada; em seus seios a vida se alimenta e em seus braços é acalentada.

Neste ponto há uma grande sabedoria de Deus, porque o ninho da vida não é apenas o seu corpo, mas sua alma. Por isso, mesmo aquelas que nunca geraram, mesmo as que não amamentaram, ou até que aquelas que podem acalentar com seus braços, mesmo essas foram moldadas por Ele para abrigar a vida.

Deus preparou as mães para preservar a vida. Seja mediando as disputas entre os pequeninos ou aconselhando nas brigas de família, são elas que quase sempre trazem as palavras de paz.

Elas são capazes, com suas palavras, de amolecer o coração endurecido de alguém que conspira contra a vida, porque elas não suportam a destruição e a morte. É assim que muitos abortos são evitados, com a palavra encorajadora de uma mãe. Que força poderosa pulsa no coração de uma mãe!

Se o filho está com fome, ela é a primeira a acudir. Basta que a pequenina adoeça e ela se desdobra em cuidados. Se o filho sofre, ela sofre junto; se o filho é injustiçado, ela se entristece; se o filho é ameaçado, ela o protege. Porque uma mãe não suporta a idéia de um filho sofrendo ou passando necessidade.

Eu lembro bem de uma época em nossa família que minha mãe ficou sozinha com os quatro filhos pequenos. Sem nunca ter trabalhado fora, ela enfrentou os próprios medos e com coragem foi em busca de prover o sustento da família. Sabe para que? Para preservar as vidas que ela havia gerado. As mães são assim: nunca abandonam a vida.

Deus concedeu às mães que elas O ajudem a fazer coisas que são parte da natureza Dele: gerar e preservar a vida. Esse é um privilégio especial. É isso que nos faz amar e admirar nossas mães.

Então, toda vez que a vida for gerada, saiba que isso é uma amostra do amor de Deus. Toda vez que você vir o amor de uma mãe preservando a vida, tenha certeza de que ali está um anúncio do amor de Deus.

O segundo presente é dom da dor

Os cientistas já provaram, ou ainda vão provar, que as mulheres são mais resistentes à dor do que os homem. Aliás, basta observar por algumas horas as clínicas de beleza e estética para ter certeza disso.

Cera quente, cera fria, chapinha, alicate, ácido nos cabelos, e tratamentos mais recentes como a lipoaspiração só fazem o sucesso que fazem porque o público alvo principal é feito de mulheres. Alguns homens têm experimentado, mas isso vai contra a natureza masculina.

Os homens são corajosos para enfrentar dores muito grandes, mas sejam rápidas. Mas as mulheres são capazes de suportar dores prolongadas. É claro que ao dizer isso eu não mais estou falando apenas de dores físicas, mas também das dores emocionais que consomem a alma e abalam o espírito.

Esta semana eu estava vendo um documentário sobre os gêmeos siameses, que nascem unidos por alguma parte do seu corpo. A reportagem falava de vários casos e um deles era duas irmãs que nasceram unidas pelo abdômen. Elas compartilhavam o fígado e o coração de uma estava mais de 50% na cavidade torácica da outra.

Com um ano de vida, elas foram submetidas a uma cirurgia para separá-las. O pai falava das filhas com carinho, mas parecia desligado emocionalmente do estava acontecendo, mas as expressões daquela mãe diziam que durante aquele ano inteiro ela tinha vivido intensamente a dor de suas filhas.

Não há dor maior do que ver o sofrimento da vida que você gerou. Essa é dor sentida por Deus. Ele gerou vida em nós, uma vida que é alimentada pela presença Dele. Deus sofre imensamente quando nós somos ameaçados pela morte, ao nos afastarmos dele. Ele sofre porque nos gerou em amor. É isso que faz a dor ser um presente: quando ela é a prova do amor que temos por alguém.

A dor é outra parte da natureza de Deus que ele concedeu às mães. Elas receberam de Deus a habilidade de suportar a dor que nasce do amor nutrem em seus corações. Não é sofrimento à toa, é sofrimento por amor.

Eu me lembro bem da minha avó Alzira, mãe do meu pai, sentada ao lado da cama, por que já não podia ajoelhar-se, orando pelo filhos, filhas, netos, bisnetos, noras, genros, colocando-os um por um, nome por nome, em oração, diante do Senhor. Ela se alegrava com os que estavam nos caminhos de Deus, mas sofria a dor daqueles que estavam longe do Senhor mais do que eles mesmos sentiam. Lendo a Bíblia bem devagar, sílaba por sílaba, ela ia extraindo da Palavra de Deus o conforto para suportar todas as suas dores.

Então, toda vez que você vir uma mãe sofrendo por amor, toda vez que as lágrimas de uma mãe rolarem pelo seu rosto entristecido, toda vez que a expressão apreensiva de uma mãe for o cuidado pelo bem estar de seus filhos, saiba que ali esta uma amostra do amor de Deus.

Se é você essa mãe, você aprender com minha avó e buscar na Palavra de Deus o consolo para sua dores. Certamente você não vai ser decepcionada.

O terceiro presente é o dom da generosidade.


As mães são generosas. Ela aprendem a generosidade muito cedo, quando compartilham o próprio corpo com seus filhos. Imaginem se existe generosidade maior do que essa. Alguém que compartilhe a casa, o carro, as roupas, o dinheiro e já será chamado de generoso. O que dizer de alguém que compartilha o próprio corpo.

Mães que são capazes de abrir mão de sonhos pessoais em prol de seus filhos ensinam generosidade. No dia a dia as mães passam por cima de dezenas de coisa que poderiam se tornar cavalos de batalha. Fazem isso por aprenderam a ceder.

A mãe da Marina é alguém que eu admiro muito pelo seu desprendimento. Na casa dela você precisa ter cuidado com o que fala. Se você olhar para um dos quadros da parede dela e disser que gostou muito, é provável que na sua saída você ganhe aquele quadro de presente. Como são preciosas as pessoas generosas.

Ela tinha um piano em casa. Quando nós casamos Marina estudava piano, então ganhamos o piano de presente. No começo do nosso casamento nós vivemos alguns momentos bem difíceis financeiramente. Mas eu e Marina tínhamos princípios muito rígidos em relação a isso: se o problema era nosso, nós é que iríamos resolver e isso significava não receber dinheiro dos nossos pais para bancar as despesas normais da casa.

Foi aí que entrou o piano. Numa dessas dificuldades e diante da nossa negativa de receber ajuda, ela disse que queria compra o piano. Isso mesmo! Um pouco relutante, mas necessitados do dinheiro, vendemos. Então ela e Seu Valdeci disseram que seria trabalhoso e caro levar o piano de volta para o apartamento deles, por isso eles queriam que o piano ficasse na em casa mesmo. Vez por outra falávamos do piano, até que eles nos deram o piano de presente outra vez. Não sei se vou exagerar, mas acho que o piano foi e veio umas duas ou três vezes.

A generosidade daquela mãe foi tão grande que venceu as regras rígidas de dois jovens que ainda estavam aprendendo sobre o significado do amor.

Deus é assim: generoso. Ele presenteia generosamente. Nossas vidas são um presente que recebemos dele. É tão grande essa generosidade que ao ver nossa falta de compreensão sobre o amor dele e que estamos jogando fora a vida, o bem maior que Ele nos deu, Ele comprou nossas vidas que antes eram Dele, para nos dar de presente novamente.

O preço desse presente foi a vida do seu filho, Jesus Cristo. Deus é assim generoso. Então, sempre que você vir a generosidade de uma mãe, saiba que isso é um amostra do amor generoso de Deus.

Conclusão

Às mamães, sobretudo minha mãe, e mãe dos meus filhos, minha gratidão e alegria porque vocês tem sido usadas por Deus para revelar o amor dele, amor que gera vida, amor que suporta a dor, amor que é generoso.

2 comentários:

floraquario disse...

Muito obrigada por esta mensagem maravilhosa, mexeu muito comigo, há momentos tão difíceis de ser mãe que penso se voltasse no túnel do tempo nunca iria ser mãe. Não que não ame meus filhos pelo contrário, amo-os profundamente, desse jeito mesmo que você expôs na pregação, mas se antes de tê-los eu soubesse que era assim com certeza não seria mãe nunca.
Você é um profeta maravilhoso, tomara Deus continue usando-te assim, sabendo desenvolver cada detalhe da mensagem adquirida.

Aristarco disse...

Deus abençoe sua vida, Flora. Que o Senhor a fortaleça nos momentos difíceis e lhe permita colher os frutos de seu trabalho com mãe. Paz e Sabedoria.