03 dezembro 2017

É natal!



É Natal!

O período natalino é marcado por muitas cores, luzes e festas. São dias de alegria e de belos cenários.  Mas não é sem tensão que alguns cristãos vivem esses dias. Por um lado, o Natal pretende ser a celebração do nascimento de Jesus e for assim deveria realmente ser motivo de festa; por outro lado, certas tradições e símbolos natalinos parecem muitas vezes sem qualquer relação com o evento mais importante da humanidade.

Aqueles que fixam seus olhos no menino que nasceu em um estábulo, na longínqua Belém, olham para as tradições e símbolos natalinos como formas de lembrar seu nascimento. Por vezes, no entanto, são questionados a respeito da procedência e da validade de tais costumes. Seriam necessários? Seriam eficazes? Resistem ao crivo das Escrituras?

Aqueles que se preocupam com a origem, natureza e forma de várias dessas tradições e perguntam-se sobre sua coerência com os eventos bíblicos e sua eficácia em apontar para o salvador, deparam-se com uma época rica em oportunidades para anunciar Jesus e para contar novamente a história da Redenção.  Não deveriam aproveitar a oportunidade e o interesse das pessoas? Não seriam a maioria desses símbolos inofensivos à fé?

 Durante quatro encontros iremos refletir sobre essas e outras questões relativas à temporada natalina. Quero convidá-lo a ficar conosco durante esse mês para juntos considerarmos o que é o Natal e o que ele tem a ver comigo e com você.

Primeiro iremos tratar sobre algumas perspectivas do significado do Natal para a cultura ocidental do século XXI. O que nossos amigos e colegas de trabalho entendem sobre o natal? O que essa época representa para eles?

Depois vamos lidar com o principais símbolos e tradições natalinas. Quais suas origens mais antigas? Quais o usos e significados que têm hoje? É possível conviver com eles? E usá-los como ponte para proclamação?

Em seguida vamos nos voltar para as Escrituras e olhar com atenção para os eventos que cercam o nascimento de Jesus. O que realmente aconteceu ali? Qual o seu propósito? Que implicações decorrem de seu nascimento?

Por fim, iremos meditar sobre o maravilhoso anúncio dos anjos aos pastores de ovelhas que estavam no campo naquela noite: “Não tenham medo. Estou-lhes trazendo boas novas de grande alegria”.
  
Tempo de Festa

Talvez uma das unanimidades quanto ao Natal seja que é um tempo de festa. Dezembro é o mês dos encontros e das confraternizações. As empresas marcam reuniões festivas, as famílias se juntam para celebrar e o amigos, de longe e de perto, agendam tempo junto. Não é raro que faltem dias em dezembro para acomodar todos os encontros. Natal é tempo de festa!

É difícil se opor ou mesmo questionar essa onda de alegria e celebração sem parecer, no mínimo, chato ou insensível. Aliás, porque alguém se oporia a tantos sorrisos, encontros festivos, abraços e desejos de felicidade? Certamente não faz sentido. Ainda assim há um incômodo em muitos cristãos e ele me parece estar relacionado à razão da festa.

A condição natural de uma festa é a de ser uma consequência. Celebrações acontecem por alguma razão. Primeiro acontece algo, um fato, um evento, uma situação, que é a fonte e a origem da alegria. Não cabendo em um único momento ou ainda precisando ser compartilhada, essa alegria pede uma festa, uma celebração.

Acontece que às vezes as festas são retiradas da condição de consequência de uma grande alegria e colocadas como fonte da própria alegria. Isso tem o poder de descaracterizar as celebrações, tornando-as um fim em si mesmas. A alegria por algo acontecido pode durar por muito tempo, mas a alegria de estar alegre pode ser frustrante e bem transitória. Não é à toa que o escritor de Eclesiastes (7.6) afirma:

6 porque assim como crepitam os gravetos debaixo do caldeirão, tal é o riso do insensato. Isso também é fugaz, (PAST)

Parece que para muitos o Natal é apenas mais uma festa. Uma festa com comida e bebida, pra gente se alegrar, e que virou um fim em si mesma. Não há uma razão que não seja a própria festa, ou pelo menos eles não se lembram, ou nunca foram informados do motivo pelo qual essa festa acontece.

Outros, embora reconheçam o motivo da festa, não tem uma razão pessoal para celebrá-la. Participam de uma festa que é de outros, apenas para serem agradáveis. Por isso, ao final da noite, ao voltarem para casa, não sobra muita coisa para manter o coração aquecido. Não é à toa que muitas pessoas consideram essa época uma das mais tristes.

Mas essa situação triste não precisa continuar na vida de ninguém. Veja o que disse o anjo que anunciou aos pastores de ovelha o nascimento de Jesus:

“Não tenham medo. Estou lhes trazendo boas novas de grande alegria, que são para todo o povo: Hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor. Lc 2.10,11(NVI)

A notícia alegre é para todo o povo. Vejam irmãos que grande oportunidade temos diante de nós! Veja amigo, que a festa também pode ser sua.

Sem dúvida vamos falaremos durante esses quatro encontros mais sobre o nascimento de Jesus como razão para celebrar o Natal, mas por hora precisamos compreender que essa não é uma realidade presente na vida todas as pessoas.

Tempo de Presentes

Outra característica da época de Natal são os presentes. Trocar presentes é uma das tradições mais comuns nas festas de final de ano. Amigos secretos, ocultos, revelados, da onça e outras brincadeiras tomam conta das festas de família e no trabalho.

Dar e receber presentes é bom. O que não é bom é ficar refém do consumismo. Presentes são mais importantes por causa da intenção e do amor que eles representam do que pelo valor econômico que eles têm. Portanto presente não devem ser usados para fazer de conta que amamos.

Quando os presentes se tornam disfarces a gente perde a confiança no outro. Talvez por isso algumas pessoas considerem essa época do ano aquela em que as pessoas mais mentem e agem com falsidade. As crianças passam intactas por essas falsidades e talvez por esse motivo o Natal tem se tornada cada vez mais uma festa infantil.

No nascimento de Jesus também teve presente. Reis que vieram do oriente chegaram de longe com presentes ao rei recém-nascido. Percorreram meio mundo para demonstrar sua deferência e reconhecimento ao Rei do Reis.

10E vendo eles a estrela, alegraram-se com grande e intenso júbilo. 11Ao entrarem na casa, encontraram o menino com Maria, sua mãe, e prostrando-se o adoraram. Então abriram seus tesouros e lhe ofertaram presentes: ouro, incenso e mirra. Mateus 2.10,11 (KJA)

Por outro lado, o próprio Jesus é um presente de Deus para a humanidade.

14"Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens aos quais ele concede o seu favor".

Durante esses quatro dias iremos falar mais sobre presentear a Jesus com nossas vidas e também sobre esse presente de Deus que é Jesus. Por hora, precisamos compreender que os presentes de Natal nem sempre são expressões de amor. É que talvez, por isso, algumas pessoas olhem para esse tempo com certo descaso e fisgados pelo consumismo, gastam mais do que têm tentando simular relacionamentos que ainda não são o que deveriam ser.
  
Natal é tempo de Festa e presentes. Mas é preciso saber o motivo da festa. É preciso receber o presente de Deus. É preciso dar em presente a Deus e às pessoas.


É nesse ambiente, de certa forma confuso, que somos chamados a dizer algo que ao mesmo tempo desafie para vida aqueles que se sentem encolhidos e tristes e conforte com paz e esperança aqueles cujo o coração bate acelerado e apreensivo.

26 agosto 2017

Jovens Transformados



Jovens Transformados

Acredito que se alguém deseja prosseguir com determinação na caminhada como discípulo de Jesus, encontrará no estudo sério e na meditação piedosa das Escrituras a força e o ânimo necessários para enfrentar a jornada.

Trilhar o caminho do discipulado sem os recursos que a Palavra de Deus nos oferece é ou ingenuidade ou irresponsabilidade. Precisamos resgatar a leitura reflexiva das Escrituras. Precisamos reaprender a encontrar nas páginas da Bíblia a exortação, o conforto, o consolo e o encorajamento que nos ajudarão em nossa caminhada como discípulos de Jesus.

O texto em que vamos refletir hoje é aquele que serviu de base para a divisa. Encontra-se em Rm 12. 1,2. Vamos ler e depois orar.

1Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês. 2 Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

Introdução

A carta aos Romanos foi escrita pelo apóstolo Paulo provavelmente entre os anos 55 e 56 da era cristã. Ela faz parte do que alguns estudiosos chamas de “ministério epistolar”, pois em seu trabalho missionário Paulo usou várias vezes as epístolas como um recurso para complementar o ensino e o discipulado dos novos irmãos.

É interessante perceber que, certamente sem se dar conta do que estava fazendo, o apóstolo dos gentios deixou registrada uma coleção de escritos que foram, depois, reconhecidos pela igreja cristã como inspirados por Deus para a edificação e o ensino do povo de Deus. No momento em que Paulo escrevia essas cartas elas eram apenas uma estratégia ministerial, mas Deus tinha outros planos para elas.

Diante dessa consideração singela peço que você considere a forma como você tem lidado com o seu serviço à igreja. Porque às vezes somos tentados a desprezar as pequenas tarefas que nos chegam às mãos, como se elas não fossem importantes. Somos atraídos pelas grandes coisas, porque imaginamos que ficarão registradas na história. É claro que essa não é uma boa motivação, além do mais está fora da nossa competência definir o que será mais ou menos importante no futuro.

Paulo era um missionário itinerante e escrever cartas possivelmente não era sua atividade preferida, mas quando as circunstâncias lhe impuseram essa tarefa ele a fez com dedicação e esmero. Portanto faça com o esmero e dedicação tudo que lhe vier às mãos. Não seja displicente ou relaxado no serviço apenas porque você acha que não tem importância. O que está em jogo não é apenas o serviço, mas o seu caráter como filho de Deus.

O capítulo 12 de Romanos é um ponto de virada no texto nessa carta. A expressão “portanto” no primeiro verso é o que marca a passagem da primeira parte doutrinárias da carta para a segunda parte, claramente mais exortativa. Esse “portanto” é como se Paulo começasse dizendo “considerando tudo que eu escrevi até agora...” Ele começa, então, essa segunda parte com um pedido.

Rogo-vos

O sentido principal do verbo parakaleo, usado neste verso é “chamar para o meu lado”. É uma convocação para que a outra pessoa faça ou pense a mesma coisa que nós. Então ele está dizendo para os irmãos de Roma “Ei, eu quero vocês do meu lado neste assunto”.

Depois de expor seu entendimento teológico do evangelho da Graça de Deus nos onze primeiros capítulos, o apóstolo chega ao ponto em que convoca os irmãos da capital do império a assumirem uma posição.

A verdade é que a gente vai vivendo a vida... levando como dá... vai à igreja quando dá certo... lê a bíblia quando dá tempo... ora quando está precisando de alguma coisa... mas vai chegar uma ora na sua vida que você será chamado para assumir uma posição.

Pelas misericórdias de Deus

Algo que me chama a atenção é que Paulo não convoca os irmãos por si mesmo. Ele não apresenta sua autoridade apostólica como justificativa. A razão pela qual os irmãos deveriam considerar o que ele iria falar é a misericórdia de Deus.

Os romanos foram desafiados, antes de considerar o desafio, a trazer à memória o agir maravilhoso de Deus em suas vidas.

Considerem, irmãos, como vocês foram alcançados e libertos! Lembrem-se de como Deus tirou seus pés da lama do pecado e os colocou sobre a rocha firme da sua graça misericordiosa! Considerem atentamente que vocês estavam perdidos. O destino de vocês era viver para morrer! Quando, então, foram alcançados pelo amor de Deus, e forma feitos novas criaturas, destinados agora para a vida eterna. Considerem essas coisas e tomem uma decisão.

Que se ofereçam

Qual era a decisão que o apóstolo queria que os irmãos tomassem? Paulo convocou os romanos a se oferecerem como sacrifício a Deus. No passado havia religiões que sacrificavam humanos, mas a maioria das religiões na época do NT funcionavam à base de sacrifícios de animais.

Então, quando Paulo desafiou os irmãos a se sacrificarem isso certamente chamou a atenção deles. A provocação feita pelo apóstolo, no entanto, foi de que eles deveriam fazer um sacrifício vivo. Isto é, nos cultos pagãos o corpo dos animais mortos era queimado em oferenda às divindades, mas os discípulos de Jesus deveriam apresentar seus corpos em sacrifício vivo.

Vejam só, irmãos, o evangelho de Jesus não é para a morte, e sim para a vida! Os discípulos de Jesus não ficam lamentando a própria sorte e esperando a morte chegar. Somos chamados pelo evangelho a viver a vida em toda a intensidade com que ela se apresenta.

A eternidade com Deus é uma esperança que deve nos animar todos os dias, mas enquanto ela não chega somos convocados a tornar nossas vidas eu uma oferenda, um presente vivo, santo e agradável a Deus

Bom, você não está morto. Então, para quem sua vida está sendo oferecida? Como você está gastando os seus dias? A que você se dedica? O que consome suas forças e faz seus olhos brilhares de satisfação? Há quem viva por si mesmo, há quem viva por uma causa, há quem viva por um sonho. Mas nós somos chamados a viver nos vida por Jesus, que entregou sua vida por nós.

Este é o culto racional de vocês

Quando Paulo se refere a “culto racional” somos tentados a imaginar que ele estava fazendo um contraponto apenas aos cultos pagãos marcados pelo êxtase emocional e pela sensibilidade. É certo que o culto cristão nada tinha a ver com eles elementos, tanto que na carta aos coríntios (1 Co 14.40) há uma orientação para que o culto deveria aconteça com ordem e decência.

Paulo, no entanto, também está fazendo referência aos filósofos e eruditos gregos. Eles não gostavam dos sacrifícios de animais e das cerimônias sensuais. Como eles chamavam Deus de “pensamento puro” e “razão suprema”, achavam que o culto deveria ser um exercício mental. Eles então chamavam de “culto racional”. Na verdade, a fé desses eruditos da filosofia era uma fé desencarnada. Uma fé apenas para a mente.

Ao convocar os irmãos a apresentarem seus corpos como uma oferenda a Deus, o texto bíblico bate de frente com essa ideia dos filósofos, porque apresenta a caminha cristão como uma jornada completamente inserida na vida real, de carne e osso.

Portanto, irmãos, nós também devemos deixar de lado essas espiritualizações baratas e desencarnadas. A vida com Deus é uma entre pessoas de carne e osso. O nosso culto racional não deve ser um mero exercício da mente, mas uma experiência pulsante. É preciso olhar no olho, sentir a dor do outro, alegrar-se com seu sorriso, chorar com suas perdas e lamentar com seus erros como se fossem nossos.

Não se amoldem

Qualquer pessoa que vive neste mundo sabe que existe um jeito de viver que a maioria das pessoas segue. Esse jeito depende da época ou do lugar, mas a verdade é que existe um certo padrão de valores, costumes e modos de agir que se tornam comuns em uma geração.

Vou me valer aqui de um dos capítulos do livro “Tenham ânimo! Eu venci o mundo!” escrito por Roberto J. Sudermann e publicado pela Editora Encontro, para apresentar alguns desses padrões dos nossos dias que precisam ser avaliados à luz da mensagem de cristo.

Individualismo
Entendimento de que a pessoa se basta para si mesma, que a vida pode ser boa independente dos outros. A pessoa se coloca no centro de sua própria existência e considera tudo mais secundário.

Dualismo
Entendimento que a alma humana tem uma vida separada da vida do corpo. A alma é importante, mas o corpo não. Assim o corpo humano e muitas vezes tratado como um objeto. Alguns tentam negar os impulsos do corpo e outros tentam satisfazer todos os desejos.

Relativismo
Entendimento de que a verdade e os valores não são absolutos, tudo depende da situação. Assim é impossível afirmar o que é verdadeiro e bom, porque tudo é relativo.

Determinismo
Entendimento de que tudo ocorre como deve ocorre. Resulta em uma postura fatalista que nega o valor das decisões humanas. Ninguém é responsável por nada, porque é tudo uma questão de destino (ou da vontade de Deus).

Narcisismo
Entendimento de que a autograficação imediata é o critério ético mais importante. A pessoa decide pensando em sua própria satisfação. Deixa de enxergar a necessidade das pessoas e não se sente responsável pelas gerações seguintes.

Bom, os nomes podem ser difíceis, mas o modo de agir é bem conhecido por todos nós. Paulo afirmou que não devemos simplesmente nos acomodar a essas e outras maneiras de pensar simplesmente porque todo mundo está pensando assim. Deve haver em nós um certo espírito de rebeldia em relação aos modos de viver a vida que não estão sintonizados com o evangelho de Jesus.

Como você lida com isso? Alguns crentes estão tão mergulhados nesse modo de viver que parecem insensíveis aos apelos do Espírito. Estão acomodados feito geléia. Tomaram a forma desse mundo: acham que se bastam, não reconhecem a complexidade da vida humana, contornam a verdade sempre que são confrontados por ela e se negam a assumir responsabilidades agora e para o futuro.

Paulo clamou aos irmãos de Roma que não se transformassem em geleias. Seja corajoso! Não se conforme! Não se deixe levar pela vida! Rebele-se contra a mentalidade deste mundo e decida oferecer sua vida como um sacrifício vivo a Deus.

Transformem-se pela renovação

É interessante observar que o chamado do apóstolo Paulo é duplo. Além de nos convocar a dizerem NÃO à mentalidade deste século ele nos chama para dizer um SIM à transformação pela renovação da mente.

Há pessoas que gostam do evangelho apenas do NÃO, mas definitivamente ele é incompleto. Outros gostam do evangelho apenas do SIM, porque tem dificuldade para abrir mãos de suas opiniões e gostos. Mas o evangelho de Jesus tem NÃO e tem SIM.

Algumas pessoas acham que conversão é uma mudança de atitude. Você bebia e agora não bebe mais, você fumava e agora não fuma mais, você ia para a praia no domingo e agora vai pra igreja, você gastava seu dinheiro na farra e agora gasta com a família. É claro que essas e outras mudanças são importantes, mas a conversão e algo que acontece antes disso.

Conversão é quando você compreende que seu corpo foi criado para glorificar a Deus e que por isso você precisa cuidar dele e não destruí-lo. Conversão é quando você compreende a importância de administrar bem o seu tempo e que isso inclui conviver com os irmãos de fé. Conversão é quando você compreende que é apenas um mordomo, um cuidador das coisas que tem e que por isso deve perguntar ao dono de tudo qual é a melhor maneira de gastar.

Perceba que tudo começa com uma mudança em nossa maneira de entender as coisas. Primeiro a maneira de encarar a vida é mudada, depois mudam as atitudes. Primeiro vem o convencimento do Espírito atuando em nossos corações, depois vem as mudanças na maneira de viver. Essa também é ordem através da qual somos aperfeiçoadas: primeiro nossas mentes são renovadas e depois somos transformados.

Irmãos, o mundo em que vivemos é como uma correnteza gigantesca, arrasta a tudo e a todos. Não há como resistir por conta própria. Para não virarmos uma geleia sem forma e sem vida, precisamos permitir que nossa visão de mundo seja transformada. Essa é a renovação da mente a que Paulo se refere.

Hoje à noite começamos afirmando que se alguém deseja prosseguir com determinação como discípulo de Jesus não pode abrir mão do estudo sério e da meditação piedosa nas Escrituras.

Quero concluir agora afirmando que a renovação de nossas mentes ocorre quando nos expomos à Palavra Viva de Deus, que é Jesus Cristo. Em Jo 15.3 Jesus falou aos seus discípulos “vocês já estão limpos, pela palavra que lhes tenho falado’. Portanto, a mente é renovada quando deixamos nosso ponto-de-vista sobre a vida ser iluminado pelo olhar de Jesus, porque ele mesmo é a Palavra de Deus.

Dê a ele a oportunidade de convencê-lo. Exponha-se a Jesus! Ouça a mensagem dele, leia sobre Jesus nas Escrituras, considere atentamente seu ensino nos evangelhos. À medida que isso for acontecendo seu modo de ver a vida será moldado, não mais por este mundo, mas pela mente de Cristo.

Esse é o maravilhoso processo através do qual é possível experimentar a boa, perfeita e agradável vontade de deus. É o caminho para todo e qualquer discípulo de Jesus. O que você acha de aceitar a convocação do apóstolo Paulo e dizer NÃO a este mundo e SIM para o evangelho de Jesus? Eu espero que você aceite o desafio.


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Que Deus nos abençoe.