É Natal!
O período natalino é
marcado por muitas cores, luzes e festas. São dias de alegria e de belos
cenários. Mas não é sem tensão que
alguns cristãos vivem esses dias. Por um lado, o Natal pretende ser a
celebração do nascimento de Jesus e for assim deveria realmente ser motivo de
festa; por outro lado, certas tradições e símbolos natalinos parecem muitas
vezes sem qualquer relação com o evento mais importante da humanidade.
Aqueles que fixam seus
olhos no menino que nasceu em um estábulo, na longínqua Belém, olham para as
tradições e símbolos natalinos como formas de lembrar seu nascimento. Por
vezes, no entanto, são questionados a respeito da procedência e da validade de
tais costumes. Seriam necessários? Seriam eficazes? Resistem ao crivo das
Escrituras?
Aqueles que se preocupam
com a origem, natureza e forma de várias dessas tradições e perguntam-se sobre
sua coerência com os eventos bíblicos e sua eficácia em apontar para o salvador,
deparam-se com uma época rica em oportunidades para anunciar Jesus e para contar
novamente a história da Redenção. Não
deveriam aproveitar a oportunidade e o interesse das pessoas? Não seriam a
maioria desses símbolos inofensivos à fé?
Durante quatro encontros iremos refletir sobre
essas e outras questões relativas à temporada natalina. Quero convidá-lo a
ficar conosco durante esse mês para juntos considerarmos o que é o Natal e o
que ele tem a ver comigo e com você.
Primeiro iremos
tratar sobre algumas perspectivas do significado do Natal para a cultura
ocidental do século XXI. O que nossos amigos e colegas de trabalho entendem
sobre o natal? O que essa época representa para eles?
Depois vamos lidar
com o principais símbolos e tradições natalinas. Quais suas origens mais
antigas? Quais o usos e significados que têm hoje? É possível conviver com
eles? E usá-los como ponte para proclamação?
Em seguida vamos nos
voltar para as Escrituras e olhar com atenção para os eventos que cercam o
nascimento de Jesus. O que realmente aconteceu ali? Qual o seu propósito? Que implicações
decorrem de seu nascimento?
Por fim, iremos
meditar sobre o maravilhoso anúncio dos anjos aos pastores de ovelhas que
estavam no campo naquela noite: “Não tenham medo. Estou-lhes trazendo boas
novas de grande alegria”.
Tempo de Festa
Talvez uma das
unanimidades quanto ao Natal seja que é um tempo de festa. Dezembro é o mês dos
encontros e das confraternizações. As empresas marcam reuniões festivas, as
famílias se juntam para celebrar e o amigos, de longe e de perto, agendam tempo
junto. Não é raro que faltem dias em dezembro para acomodar todos os encontros.
Natal é tempo de festa!
É difícil se opor ou
mesmo questionar essa onda de alegria e celebração sem parecer, no mínimo,
chato ou insensível. Aliás, porque alguém se oporia a tantos sorrisos,
encontros festivos, abraços e desejos de felicidade? Certamente não faz
sentido. Ainda assim há um incômodo em muitos cristãos e ele me parece estar
relacionado à razão da festa.
A condição natural de
uma festa é a de ser uma consequência. Celebrações acontecem por alguma razão.
Primeiro acontece algo, um fato, um evento, uma situação, que é a fonte e a
origem da alegria. Não cabendo em um único momento ou ainda precisando ser compartilhada,
essa alegria pede uma festa, uma celebração.
Acontece que às vezes
as festas são retiradas da condição de consequência de
uma grande alegria e colocadas como fonte
da própria alegria. Isso tem o poder de descaracterizar as celebrações, tornando-as
um fim em si mesmas. A alegria por algo acontecido pode durar por muito tempo,
mas a alegria de estar alegre pode ser frustrante e bem transitória. Não é à
toa que o escritor de Eclesiastes (7.6) afirma:
6 porque assim como crepitam os gravetos debaixo do
caldeirão, tal é o riso do insensato. Isso também é fugaz, (PAST)
Parece que para
muitos o Natal é apenas mais uma festa. Uma festa com comida e bebida, pra
gente se alegrar, e que virou um fim em si mesma. Não há uma razão que não seja
a própria festa, ou pelo menos eles não se lembram, ou nunca foram informados
do motivo pelo qual essa festa acontece.
Outros, embora
reconheçam o motivo da festa, não tem uma razão pessoal para celebrá-la.
Participam de uma festa que é de outros, apenas para serem agradáveis. Por
isso, ao final da noite, ao voltarem para casa, não sobra muita coisa para
manter o coração aquecido. Não é à toa que muitas pessoas consideram essa época
uma das mais tristes.
Mas essa situação
triste não precisa continuar na vida de ninguém. Veja o que disse o anjo que
anunciou aos pastores de ovelha o nascimento de Jesus:
“Não tenham medo.
Estou lhes trazendo boas novas de grande alegria, que são para todo o povo:
Hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor. Lc
2.10,11(NVI)
A notícia alegre é
para todo o povo. Vejam irmãos que grande oportunidade temos diante de nós! Veja
amigo, que a festa também pode ser sua.
Sem dúvida vamos
falaremos durante esses quatro encontros mais sobre o nascimento de Jesus como
razão para celebrar o Natal, mas por hora precisamos compreender que essa não é
uma realidade presente na vida todas as pessoas.
Tempo de Presentes
Outra característica
da época de Natal são os presentes. Trocar presentes é uma das tradições mais
comuns nas festas de final de ano. Amigos secretos, ocultos, revelados, da onça
e outras brincadeiras tomam conta das festas de família e no trabalho.
Dar e receber
presentes é bom. O que não é bom é ficar refém do consumismo. Presentes são
mais importantes por causa da intenção e do amor que eles representam do que
pelo valor econômico que eles têm. Portanto presente não devem ser usados para
fazer de conta que amamos.
Quando os presentes
se tornam disfarces a gente perde a confiança no outro. Talvez por isso algumas
pessoas considerem essa época do ano aquela em que as pessoas mais mentem e
agem com falsidade. As crianças passam intactas por essas falsidades e talvez
por esse motivo o Natal tem se tornada cada vez mais uma festa infantil.
No nascimento de
Jesus também teve presente. Reis que vieram do oriente chegaram de longe com
presentes ao rei recém-nascido. Percorreram meio mundo para demonstrar sua deferência
e reconhecimento ao Rei do Reis.
10E
vendo eles a estrela, alegraram-se com grande e intenso júbilo. 11Ao
entrarem na casa, encontraram o menino com Maria, sua mãe, e prostrando-se o
adoraram. Então abriram seus tesouros e lhe ofertaram presentes: ouro, incenso
e mirra. Mateus 2.10,11 (KJA)
Por outro lado, o
próprio Jesus é um presente de Deus para a humanidade.
14"Glória
a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens aos quais ele concede o seu
favor".
Durante esses quatro
dias iremos falar mais sobre presentear a Jesus com nossas vidas e também sobre
esse presente de Deus que é Jesus. Por hora, precisamos compreender que os
presentes de Natal nem sempre são expressões de amor. É que talvez, por isso, algumas
pessoas olhem para esse tempo com certo descaso e fisgados pelo consumismo, gastam
mais do que têm tentando simular relacionamentos que ainda não são o que deveriam
ser.
Natal é tempo de
Festa e presentes. Mas é preciso saber o motivo da festa. É preciso receber o
presente de Deus. É preciso dar em presente a Deus e às pessoas.
É nesse ambiente, de
certa forma confuso, que somos chamados a dizer algo que ao mesmo tempo desafie
para vida aqueles que se sentem encolhidos e tristes e conforte com paz e
esperança aqueles cujo o coração bate acelerado e apreensivo.
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