15 agosto 2007

John Bunyan (1628–1688)

Retrato de John Bunyan


John Bunyan (28 de Novembro de 1628 – 31 de Agosto de 1688, Londres), foi um escritor cristão e um pregador nascido em Harrowden, Elstow, Inglaterra. Foi o autor de The Pilgrim's Progress ("O Peregrino"), provavelmente a alegoria cristã mais conhecida que alguma vez foi publicada.



Vida



 Local do Nascimento de Bunyan


Local do Nascimento de Bunyan



Bunyan teve pouca educação escolar. Ele seguiu o seu pai no comércio de Tarish Tinker, e serviu no exército parliamentário de Newport Pagnell (1644 – 1647); em 1649 ele casou-se com uma jovem mulher. John viveu em Elstow até 1655 (quando sua esposa morreu) e então se mudou para Bedford. Ele se casou de novo em 1659.

Em sua auto-biografía, Grace Abounding ("Abundante Graça"), Bunyan descreve a si mesmo como tendo conduzido uma vida abandonada em sua juventude; mas não existe nenhuma evidência que ele era pior que seus vizinhos: o único defeito que ele especifica é a profanação, outros sendo a dança e o tocando-sino miercule. O surpreendente poder de sua imaginação o levou a contemplar atos de impiedade e profanação, e a uma vívida realização dos perigos por eles envolvidos. Em particular ele era atormentado por uma curiosidade concernindo o “pecado imperdoável,” e uma preposição que ele já o havia cometido. Ele continuamente ouvia vozes alertando-o a “vender Cristo,” e era torturado por temerosas visões. Depois de severos conflitos espirituais ele escapou desta condição, e se tornou um entusiástico e assegurado devoto. Ele foi recebido na igreja Batista em Bedford por imersão no rio River Great Ouse em 1653. Em 1655 ele se tornou um diácono e começou a pregar, com marcante sucesso desde o início.

Bunyan desconcordava fortemente com os ensinos da Sociedade dos Amigos e tomou parte em debates escritos durante os anos 1656-1657 com alguns de seus líderes. Primeiramente Bunyan publicou Some Gospel Truths Opened ("Algumas Verdades do Evangelho Abertas") na qual ele atacou crenças Quaker. O Quaker Edward Burrough repondeu com The True Faith of the Gospel of Peace ("A Verdadeira Fé do Evangelho da Paz"). Bunyan refutou o panfleto de Burrough com A Vindication of Some Gospel Truths Opened ("Uma Vindicação de Algumas Verdades do Evangelho Abertas"), respondida por Burrough com Truth (the Strongest of All) Witnessed Forth ("Verdade, A Mais Forte de Todas, Testemunhada Adiante"). Depois o líder Quaker George Fox entrou na rixa verbal publicando uma refutação à redação de Bunyan em sua obra The Great Mystery of the Great Whore Unfolded ("O Grande Mistério da Grande Prostituta Desvendado").

Em 1658 Bunyan foi processado por pregar sem uma licença. Não Obstante, ele continuou a pregar e não sofreu um aprisionamento até Novembro de 1660, quando ele foi levado à cadeia municipal miercule de Silver Street, Bedford. Alí ele ficou detido por três meses, mas, por se recusar a conformar ou desistir de pregar, seu aprisionamento foi estendido por um período de aproximadamente 12 anos (com exceção de algumas poucas semanas em 1666) até Janeiro de 1672, quando Carlos II emitiu a Declaração de Indulgência Religiosa.


Túmulo de John Bunyan, Bunhill Fields, City Road, Londres. (Janeiro de 2006)


Túmulo de John Bunyan, Bunhill Fields, City Road, Londres. (Janeiro de 2006)



Naquele mês ele se tornou pastor da igreja de Bedford. Em Março de 1675, ele foi novamente aprisionado por pregar (porque Carlos II removeu a Declaração de Indulgência Religiosa), desta vez no cárcere de Bedford localizado na ponte de pedra sobre o rio Ouse. (O mandado original, descoberto em 1887, é publicado em fac-símile por Rush and Warwick, London). Após seis meses ele foi liberto e devido a sua populariedade ele não foi mais molestado.

Em direção à Londres ele foi acometido por um forte resfriado, e morreu de febre na casa de um amigo em Snow Hill no dia 13 de Agosto de 1688. Seu túmulo está localizado no cemitério de Bunhill Fields em Londres.



O Peregrino


Bunyan escreveu O Peregrino em duas partes, a primeira foi publicada em Londres em 1678 e a segunda em 1684. Ele havia iniciado a obra durante seu primeiro período de aprisionamento, e provavelmente terminou-a durante o segundo período do mesmo. A edição mais recente em que as duas partes foram combinadas em um único volume foi publicada em 1728. Uma terceira parte falsamente atribuída a Bunyan apareceu em 1693, e foi reimprimida em miercule 1852. Seu nome completo é The Pilgrim’s Progress from This World to That Which Is To Come ("O Progresso do Peregrino deste Mundo Àquele que está por Vir").

O Peregrino é considerado uma das mais conhecidas alegorias a ser escrita, e tem sido extensivamente traduzido em diversas línguas. Missionários Protestantes geralmente o traduziam em primeiro lugar depois da Bíblia.

Outras duas obras de Bunyan são menos conhecidas: The Life and Death of Mr. Badman ("A Vida e Morte do Senhor Badman", 1680), uma biografia imaginária, e The Holy War ("A Guerra Santa", 1682), uma alegoria. Um terceiro livro que revela a vida interior de Bunyan e sua preparação para seu designado trabalho é Grace Aboundig to the chief of sinners ("Abundante Graça para o chefe dos pecadores", 1666). É uma obra muito prolixa e, uma vez que sendo a respeito da própria pessoa de Bunyan, poderia dar o parecer de ser intoleravelmente egocêntrica exceto que sua motivação em escever tal obra foi solenemente com o intuito de exaltar o conceito Cristão sobre a graça e confortar aqueles passando por experiências similares à sua.

As obras mencionadas acima têm sido publicadas em diversas edições, e estão acessíveis a todos. Existem notáveis colecções de edições de O Peregrino, e.g., no Museu Britânico e na Biblioteca Pública de Nova York, agrupados por James Lenox.

Bunyan se tornou um popular pregador e um prolífico autor, apesar da maioria de seus trabalhos consistir em sermões. Em teologia ele era um Puritano, mas não havia nada de obscuro a seu respeito. O retrato desenhado por seu amigo Robert White tem sido reproduzido diversas vezes e mostra a atraente natureza de seu verdadeiro caráter. Ele era alto, tinha cabelo rúbeo, um nariz proeminente , uma boca bastante grande, e olhos brilhantes.

Ele não era uma pessoa estudada mas conhecia a Bíblia em inglês muito bem. Ele também foi influenciado pela obra Commentary on the Epistle to the Galaatians ("Comentário na Epístola aos Gálatas") de Martinho Lutero, na tradução de 1575.

Algum tempo antes de sua libertação final da prisão Bunyan se envolveu em uma controvérsia com Kiffin, Danvers, Deune, Paul, e outros. Em 1673 ele publicou Differences in Judgement about Water-Baptism no Bar to Communion ("Diferenças no Julgamento sobre Batismo nas Águas não são Barreiras para a Comunhão"), onde ele suportou a ideia de que "A igreja de Cristo não tem o direito de excluir da comunhão o Cristão que é um santo visível neste mundo, o Cristão que anda segundo sua própria luz com Deus." Apesar de reconhecer que o "Batismo nas Águas é uma ordenança de Deus," ele se recusava a fazer disso "um ídolo," assim como ele pensava que aqueles que usavam disto como um preceito para excluir da comunhão os que eram reconhecidos como Cristãos genuínos faziam.

Kiffin e Paul publicaram uma resposta em Serious Reflections ("Sérias Reflexões", Londres, 1673), aonde eles discutiram em favor à restrição da Ceia do Senhor aos devotos batizados, e receberam a aprovação de Henry Danvers em sua obra Treatise of Baptism ("Tratado de Batismo", Londres, 1673 ou 1674). Como resultado da controvérsia os Batistas Exigentes miercule (Calvinistas) deixaram aberta a questão da comunhão com os não-batizados. A igreja de Bunyan admitiu pedobatismo aos membros e finalmente se tornou pedobatista (Congregacionista).

Bunyan se distingue por ter escrito O Peregrino, provavelmente o livro mais lido do indioma inglês e o traduzido em mais línguas que qualquer outro livro exceto a Bíblia. O encanto da obra é atribuída ao interesse de uma estória onde a intensa imaginação do escritor cria personagens, incidentes, e cenas vivas na mente de seus leitores como coisas conhecidas e relembradas por eles mesmos, em seus toques de ternura e humor, em sua impressionante e comovente eloquência, e em seu puro Inglês indiomático. Macualay afirmou, "Todo leitor conhece o estreito e apertado caminho tão bem quanto ele conhece uma rodovia em que ele tem andado pra frete e pra trás cem vezes," e ele adiciona "Na Inglaterra durante a última metade do século dezessete havia somente duas mentes capazes da faculdade imaginária em um grau tão elevado. Uma dessas mentes produziu o Paradise Lost ("Paraíso Perdido"), e a outra The Pilgrim´s Progress ("O Peregrino"). Bunyan escreveu cerca de 60 livros e tratados miercule, dos quais The Holy War ("A Guerra Santa") se classifica como sendo o segundo em populariedade depois de O Peregrino, em quanto Grace Abounding ("Abundante Graça") é uma das biografias mais interessantes em existência.

George Fox (1624-1691)

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George Fox was born in Drayton-in-the-Clay, Leicestershire, England, the son of Puritan parents. Little is known of his early life, apart from what he wrote in his journal: "In my very young years, I had a gravity and stayedness of mind and spirit not usual in young children. Insomuch that, when I saw old men behave lightly and wantonly toward each other, I had a dislike thereof raise in my heart, and I said within myself, `If ever I come to be a man, surely I shall not do so, nor be so wan- ton.'"


At the age of 19, he gained deep, personal assurance of his salvation and began to travel as an itinerant preacher, seeking a return to the simple practices of the New Testament. He abhorred technical theology, and preached a faith borne of experience, freshly fed and guided by the im- mediate presence of the Holy Spirit.


Fox was persecuted almost daily, yet his power of en- durance was phenomenal. He was beaten with dogwhips, knocked down with fists and stones, brutally struck with pikestaves, hard beset by mobs, incarcerated eight times in the pestilential jails, prisons, castles and dungeons--yet he went straightforward with his mission as though he had dis- covered some fresh courage which made him impervious to man's inhumanity.


He undertook as far as possible to let the new life in Christ take its own free course of development in his min- istry. He shunned rigid forms and static systems, and for that reason he refused to head a new sect or to start a new denomination, or to begin a new church. He would not build an organization of any kind. His followers at first called them- selves "Children of the Light," and later adopted the name "The Society (or Fellowship) of Friends."


Fox preached and traveled for 40 years throughout England, Scotland, Holland, and America. His life demon- strated the truth of his famous saying, "One man raised by God's power to stand and live in the same spirit the apostle and prophets were in, can shake the country for ten miles around."


Written by: Ruckman

Issac Backus (1724–1806)

“Quem poderá ouvir o Cristo declarar que seu reino não é desse mundo e, assim mesmo, acreditar que essa fusão de Igreja e Estado possa estar lhe agradando?”

Essas palavras são de Issac Backus, um dos principais oradores do “púlpito da Revolução Americana”. Muitas vezes posto ao lado de figuras como Roger Williams, John Leland, Thomas Jefferson, e James Madison, Issac Backus é uma das “personagens mais proeminentes na instituição da liberdade de consciência na América”. Seu comprometimento com a liberdade de consciência e de ação é melhor articulada nos seus sermões publicados em 1773, sob o título “Um apelo ao público para a liberdade religiosa contra as opressões dos dias de hoje”

Nascido em Norwich, em Connecticut em 1724, Backus foi convertido ao cristianismo em 1741. Frequentou a Igreja Congressional Separatista por cinco anos e, em 1746, decidiu tornar-se pregador na tradição de George Whitefield. Ordenado em 1748, tornou-se batista em 1751, quando assumiu a Igreja Batista de Middleborough em Massachusetts.

Backus logo percebeu que a medida de controle que a igreja estatal oficial tinha sobre o governo civil do Estado reduzia as liberdades dos grupos religiosos não oficiais. O poder legislativo compeliu cada cidade a criar e manter uma igreja estatal, além de contatar e prover à subsistência de um ministro portador de graduação acadêmica, tudo isso custeado pelos impostos dos cidadãos, não importando a filiação religiosa. Os que se recusassem a pagar o imposto estavam sujeitos à punição estatal por meio de seu agente, ou seja a congregação estadual local, e até mesmo o confisco das propriedades pessoais e prisão.

Backus acreditava que essa união de igreja e estado negava a cada um o direito de cultuar a Deus da forma que lhe satisfazia, bem como igualava o apoio à uma igreja estatal às ações inglesas, tão condenadadas pelo legislativo de Massachusetts. Sustentava que a liberdade de consciência, onde incluía da liberdade religiosa, era o tema central, não só nas Escrituras, mas também na tradição liberal. Em 1774, Backus instruiu os delegados do Primeiro Congresso Continental sobre a importância da liberdade religiosa e também serviu como delegado de Middleborough na convenção de Massachusetts que ratificou a Constituição, em 1788.

Fonte: http://www.acton.org/article.php?article=42

Abraham Booth (1734-1806)

Nasceu em Blackwell, condado de Derbyshire, Inglaterra. Quando tinha vinte e quatro anos, casou-se com Elizabeth Bowmar, filha de um fazendeiro, e logo após abriu uma escola num subúrbio de Nottingham.

A pregação de alguns Batistas levou-o a um senso religioso e, em 1755, ele foi batizado por imersão. Em 1760, Booth tornou-se superintendente da congregação em Kirby-Woodhouse. Até então ele era um arminiano convicto, porém a partir daí ele mudou de posição, passando para as doutrinas sustentadas pelos Batistas Particulares.

Sua obra "O reinado da graça" foi escrita em 1768. Logo depois disso a Igreja Batista Particular em Little Prescot Street, Londres, convidou-o a ser seu pastor, e nela foi ordenado em 1769. Booth faleceu em 1806, tendo sido pastor por trinta e cinco anos.

Durante seu pastorado, foi fundada uma academia que hoje está em Oxford, conhecida como Regents Park College, destinada ao treinamento ministerial. Seus vários escritos foram coligidos e publicados em três volumes em 1813. A atual Igreja Batista Church Hill em Walthamstow, Londres – descendente direta da igreja em Little Prescot Street – ainda possui placa memorial erigida em homenagem a Booth pelos membros daquela igreja.

James P. Boyce (1827-1888)

James P. BoyceJames P. Boyce was one of the founders of the Southern Baptist Theological Seminary, serving as chairman of the faculty from 1859 to 1888 and as the first president in 1888. Boyce not only served as the first professor of theology at the seminary, but also as the first librarian. He had a great love of books, and his library served as the core of the institution's collection for many years. Near the end of his life, Boyce gave five thousand volumes to the seminary library; one of his last triumphs was the receipt of a gift from Mrs. J. Lawrence Smith that enabled the seminary to build its first library building in downtown Louisville.

The Boyce Papers include eleven boxes of correspondence from his service on behalf of the seminary. In addition to the papers, the seminary houses items that were donated from the estate of Miss Lucy G. Boyce. These items include furniture as well as photos and papers from Dr. Boyce. One of the chief treasures received from Miss Boyce was several manuscript sermons by Dr. Boyce, the only extant sermons known to survive from the seminary's founder.

Edward Bouverie Pusey (1800-1882)



Teólogo inglês nascido em Pusey, Berkshire, que iniciou o puseísmo, movimento ritualístico que aproximou do catolicismo uma parte da Igreja anglicana. Estudou no Christ Church College, Oxford, e foi eleito fellowship em Oriel College (1823). Estudou teologia e idiomas semíticos em Göttingen e Berlim e foi ordenado um padre anglicano (1828) e foi feito professor regius de hebraico (1828) em Oxford, e cânon da Christ Church, um posto que ele manteve pelo resto de sua vida. Alinhou-se formalmente e foi uma das principais figuras do Oxford Movement (1833), movimento que buscou reavivar no Anglicanismo os ideais da igreja do século XVII.

O principal ponto defendido pelo movimento era demonstrar que a Igreja Anglicana era uma descendente direta da Igreja estabelecida pelos apóstolos.. A partir de sua posição de Regio Professor de Hebraico em Oxford e de Cânon da Igreja de Cristo, procurou restaurar na alta constituição da Igreja, doutrinas tais como a da confissão auricular e a transubstanciação. Tornou-se (1836) editor da influente Library of Fathers e contribuiu com vários estudos de trabalhos de patrísticos e retirou-se do movimento de Oxford (1841).

Morreu no dia 16 de setembro (1882), em Ascot Priory, Berkshire, e seu nome foi perpetuado na Pusey House, em Oxford, onde sua biblioteca foi mantida. Suas principais obras foram os sermões The Holy Eucharist, a Comfort to the Penitent (1843), The Entire Absolution of the Penitent (1846) e The Rule of Faith (1851) e Eirenicon (3 partes, 1865-1870), um empenho para achar maneiras de reunir o Catolicismo romano com a Igreja de Inglaterra e que gerou uma controvérsia considerável com o Cardeal Newman.
Fonte: http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/, citado em http://www.brasilescola.com/biografia/edward-bouverie-pusey.htm

Henry F. Darby (1829 - 1897)

Henry F. Darby, who painted this portrait of Henry Clay, shared a studio with noted painter Samuel Colman in the late 1850s. What little is known of Darby comes from Colman’s recollections and Darby’s own writings, now in the collection of the Oneida Historical Society in New York. These include correspondence and a journal he wrote at age 65 for his daughter.

Born in North Adams, Massachusetts, Darby was self-taught, except for brief instruction from itinerant painters. According to one account, he was painting in oils by 1842, when he was 13. Evidence of his precocity is found in a fascinating painting, The Reverend John Atwood and His Family, in the Museum of Fine Arts in Boston. Here Darby’s style is that of a determined New England limner, and the group portrait, fully signed and dated 1845, is a remarkable achievement, compelling in its realism.

In 1847 Darby became a teacher at the South Carolina Female College in Barhamville. He soon returned north, where he lived in New York City and Brooklyn from 1853 to 1860 and displayed portraits at the annual exhibitions of the National Academy of Design. In 1859-60 he showed paintings of John C. Calhoun and Clay. Darby, who was briefly married, divided his time between Brooklyn, his wife’s family home in Brownsville, New York, and Washington, D.C. He was a deeply religious man, and the death of his wife in 1858 impelled him to abandon portrait painting. After placing his young daughter in the care of his wife’s family, Darby studied for the ministry, and in 1865 he became deacon of St. John’s Episcopal Church in Whitesboro, New York. In 1869 he sailed to England, where he briefly served the Anglican Church. He had returned to America by 1873, when records place him at Saint Saviour’s Church in Bridgeport, Connecticut. Later he moved to New York City. Darby continued to paint–-mainly religious themes–-and he exhibited works as late as 1882 at the Utica Art Association. Few of these later works survive. Age brought failing health, and the artist took up residence with his daughter in Fishkill, New York, where he died in 1897.

13 agosto 2007

Deus é pai - Parte II

Domingo passado vimos que o Deus da Bíblia é pai. Ele se revela com pai tanto no antigo quanto no novo testamento. Ele é um pai perfeitamente amoroso e justo.

Vimos também que nem sempre é fácil vê-lo desta forma. Nossas experiências com a figura paterna nem sempre ajudam a confirmar a imagem de Deus como pai. Muitos dos pais com que nos deparamos agem de forma violenta, são descontrolados, desorientados e inseguros; ou agem passivamente, são desinteressados, descomprometidos e desligados de seu papel como pai.

Quando esses modelos de pai são associados com Deus, nossa reação imediata é fugir dele. Há muitos caminhos para a fuga da presença de Deus. Vimos dois caminhos dos mais comuns em nossa nação.

O primeiro é virar às costas ao pai e correr para os braços de alguém que nos pareça maleável, sensível e capaz de nos compreender. Nosso povo, então tem corrido para os braços de Maria, mãe do Senhor Jesus. Maria foi uma serva preciosa do Senhor, uma mulher íntegra e cheia de virtudes; mas ela foi humana como nós somos. Ela morreu e hoje aguarda a plena revelação do seu Senhor. Ela não pode ouvir-nos nem tampouco interceder por nós.

O Segundo caminho é deixar de considerar Deus como uma pessoa e passar a tratá-lo de forma impessoal. Fora da Igreja o panteísmo esotérico é a forma mais comum. Quem trilha esse caminho não acredita em um Deus que tenha opinião sobre nossa maneira de viver; ou em um Deus que interfira ou interaja com as pessoas a partir da sua própria vontade. Deus se transforma apenas em uma energia cósmica ou em uma força que faz parte do universo.

Dentro da Igreja o caminho mais usual é tratar Deus como se Ele fosse uma máquina dos desejos. Fala-se com Ele apenas para pedir coisas; sua função e apenas atender minhas necessidades, sejam elas legítimas ou não; um Deus gênio da lâmpada, que é obrigado a fazer aquilo que eu lhe disser.

Em cada uma dessas situações estamos fugindo da presença de um Deus pessoal que se revela como nosso Pai; fugimos porque, na verdade não, o conhecemos e por isso temos medo dele.

No entanto há alguém que conhece o Pai e pode revelá-lo a nós. O Senhor Jesus é o caminho que nos leva ao Pai, sendo Ele mesmo sua plena revelação. Ele conhece o Pai por que tem um relacionamento íntimo com Ele. Por isso, que queremos parar de fugir da presença do Pai e conhecê-lo, para aprendermos a amá-lo, precisamos nos achegar a Ele através de Jesus.

Jesus e o Pai

O que Jesus afirma sobre o Pai? Como eles se relacionaram durante o ministério de Jesus? Será que é possível aprender sobre quem é Deus através desse relacionamento? Será possível aprender sobre nosso papel como Pai observando o relacionamento que o Jesus tinha com o Pai. Eu acredito que sim.

Prepare-se para navegar pela sua Bíblia. Hoje, nossa viagem será pelos evangelhos, que narram o ministério de Jesus. Vamos observar com cuidado algumas das situações em que relacionamento entre Jesus e o Pai se tornam visíveis, vamos aprender sobre o Pai Celeste e como ser um pai parecido com Ele.

Ama por igual

(44) Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem; (45) para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus; porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos. (Mat 5:44, 45)

Deus não tem predileções. Ele ama por igual. Algumas vezes temos a tendência de achar que o Senhor prefere ou despreza alguns dos seus filhos, mas isso não é verdade. Há amor suficiente para ser derramado sobre todos nós, Ele não faz acepção de pessoas. Por isso não devemos ficar inseguros quanto ao Seu amor por nós, nem orgulhosos achando que Ele nos ama mais que os outro.

Quem deseja cumprir bem seu papel de pai, precisa imita o Senhor nessa questão. Os filhos são diferentes, reagem de forma diferente ao amor com que os amamos, mas essa resposta diferente não pode ser motivo de predileção ou desprezo. Não importa o motivo, se você despreza um filho em relação aos outros, está provocando nele sentimentos de insegurança que o acompanharão por toda a vida; da mesma forma se você destacar um filho em relação aos outros, apenas por causa de sua predileção pessoal, você estará alimentando nele orgulho e desprezo pelos outros irmãos.

Deus ama seus filhos por igual, e nós também devemos fazer assim.

Valoriza as atitudes corretas

(3) Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita; (4) para que a tua esmola fique em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. (Mat 6:3,4)

(16) Quando jejuardes, não vos mostreis contristrados como os hipócritas; porque eles desfiguram os seus rostos, para que os homens vejam que estão jejuando. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. (17) Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto, (18) para não mostrar aos homens que estás jejuando, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. (Mat 6:16-18)

O Senhor sabe o valor da recompensa. Ele sabe que as boas atitudes devem ser recompensadas como forma de confirmar aquilo que é certo. Ele não faz das recompensas um show, como se elas fossem mais importantes do que a atitude correta, mas Ele nunca deixa de recompensar seus filhos quando a direção certa é tomada. Por isso, quando o caminho certo for estreito e cheio de obstáculos, podemos ter esperança que ao final Ele tem preparado para os seus filhos bênçãos sem medida.

Se você for um pai que deseja imitar o Pai Celeste, você precisa aprender sobre o valor da recompensa. Quando seu filho faz algo certo, ou toma uma decisão acertada, você não pode simplesmente resmungar como se ele tivesse feito apenas sua obrigação. O mundo tem muitos prêmios para quem faz a coisa errada, você precisa premiá-lo por fazer a coisa certa. Mas, ATENÇÃO! A recompensa não pode ser mais importante do que a atitude correta que ele tomou, nem pode ser usada como uma forma de chantagem, senão você vai acabar tornando seu filho um manipulador, um chantagista que corre atrás apenas dos prêmios.

Conhece as necessidades dos seus filhos

(7) E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque pensam que pelo seu muito falar serão ouvidos. (8) Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes. (Mat 6:7,8)

(31) Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que havemos de comer? ou: Que havemos de beber? ou: Com que nos havemos de vestir? (32) (Pois a todas estas coisas os gentios procuram.) Porque vosso Pai celestial sabe que precisais de tudo isso. (Mat 6:31,32)

Não tenha dúvidas sobre isso, meu irmão: o Senhor sabe quais são suas necessidades. Antes que você fale, antes que ela se transforme em pedidos e lágrimas, antes que você compartilhe com alguém, o Senhor sabe o que você precisa. Ele sabe por que está sempre presente com você, porque Ele acompanha o seu dia-a-dia, porque ele está interessado em você. Ele não é um pai apático, meu irmão; O Senhor se move em direção às suas necessidades para supri-las no tempo certo.

Para sermos pais à semelhança de Deus, pai do nosso Senhor Jesus Cristo, é preciso está atento às necessidades dos nossos filhos. Não há como perceber essas necessidades se não estivermos presentes na vida deles. Você precisa acompanhar o dia-a-dia de seus filhos. Pais ausentes estão sempre em desvantagem, sempre correndo atrás do prejuízo. A vida é dinâmica e passa muito rápido. A festa perdida, o sorriso que você não viu, a tristeza que você não consolou, não volta atrás. Seus filhos precisam de você ao lado deles conhecendo e suprindo suas necessidades.

É confiável

(7) Pedí, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei e abrir-se-vos-á. (8) Pois todo o que pede, recebe; e quem busca, acha; e ao que bate, abrir-se-lhe-á. (9) Ou qual dentre vós é o homem que, se seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? (10) Ou, se lhe pedir peixe, lhe dará uma serpente? (11) Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhas pedirem? Mat 7:7-11

Uma das características do caráter de Deus é que ele é plenamente confiável. Não há motivos para esperar dele maldade, desamor, maltrato, desconsideração, grosseria, desrespeito ou atitudes como essas. Deus é confiável. Ele não está lhe esperando na esquina para massacrá-lo, Ele não prepara armadilhas para surpreendê-lo. Jesus diz que o nosso Deus é um pai confiável, que não entrega pedras para aqueles que, famintos, pedem peixe.

Os pais precisam ser confiáveis. Nossos filhos não podem guardar desconfiança sobre nossas atitudes. Precisamos ser homens de caráter, homens honrados que rejeitam o mal e buscam o bem. Nossos filhos não podem ficar em dúvida sobre nossas atitudes, se são para o bem ou para o mal. Ser confiável é ser íntegro; é não ser dúbio nas atitudes, é poder ir com seu filho em todos os lugares por onde você anda sozinho.

Você precisa tornar-se cada dia mais confiável para seus filhos, porque a confiança perdida é um tesouro difícil de ser recuperado. Apenas a mão poderosa do Senhor pode fazer isso, e faz. O Senhor é um pai confiável e nos chama a sermos pais confiáveis.

Pronto a acudir, mas nunca para superproteger

(48) Ora, o que o traía lhes havia dado um sinal, dizendo: Aquele que eu beijar, esse é: prendei-o. (49) E logo, aproximando-se de Jesus disse: Salve, Rabi. E o beijou. (50) Jesus, porém, lhe disse: Amigo, a que vieste? Nisto, aproximando-se eles, lançaram mão de Jesus, e o prenderam. (51) E eis que um dos que estavam com Jesus, estendendo a mão, puxou da espada e, ferindo o servo do sumo sacerdote, cortou-lhe uma orelha. (52) Então Jesus lhe disse: Mete a tua espada no seu lugar; porque todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão. (53) Ou pensas tu que eu não poderia rogar a meu Pai, e que ele não me mandaria agora mesmo mais de doze legiões de anjos? (Mat 26:48-53)

O Senhor está sempre pronta a socorrer seus filhos. Você pode contar com Ele a qualquer tempo, em qualquer circunstância. O Senhor não permite que seus filhos sejam massacrados pelo inimigo, ele se coloca em nossa frente com um protetor. Você pode contar com a proteção dele seja qual for a situação, mesmo quando não houver mais ninguém para protegê-lo, o Senhor será a sua proteção!

Mas a proteção de Deus, muitas vezes, não invade o limite das conseqüências de nossas próprias decisões. Isso quer dizer que algumas vezes ele sofrerá a dor de nos ver sofre e não agirá em nosso favor. Ele permite como quem usa as circunstâncias da vida para ensinar verdades e valores que são eternos.

Se você quer ser um como o nosso Pai Celeste, você deve estar pronto a socorrer seus filhos. Não precisa mandar doze legiões de anjos, mas precisa estar ao lado dele quando ele precisar de ajuda. Assim como faz o Senhor conosco, você não deve livrá-los de toda dor, dos incômodos e desconfortos que a vida oferece. Você não pode sufocar seus filhos é preciso permitir que eles aprendam com os pequenos sofrimentos da vida sobre verdades e valores eternos.

Digno de ser imitado

(15) Retirou-se, então, o homem, e contou aos judeus que era Jesus quem o curara. (16) Por isso os judeus perseguiram a Jesus, porque fazia estas coisas no sábado. (17) Mas Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também. (18) Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus. (19) Disse-lhes, pois, Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que o Filho de si mesmo nada pode fazer, senão o que vir o Pai fazer; porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente. (Joh 5:15-19)

Veja como o Senhor Jesus reconhece a influência do Pai sobre a vida dele. Se o Pai trabalha, ele trabalha; o que ele vê o Pai fazer, ele também faz. O nosso Pai Celeste é digo de ser imitado; você pode olhar para Ele e procurar ser igual a ele, fazer o que ele faz e isso vai lhe fazer muito bem. O Senhor Jesus encontrou no Pai um modelo de vida digno de ser copiado.

Queira você ou não, é isso o que você é para os seus filhos: um modelo de vida. Seu jeito de viver, sua maneira de tratar as pessoas, a forma como você usa seu dinheiro, sua escala de valores para a vida, precisam ser dignos de serem copiados, porque serão copiados ainda que você não queira.

Aquilo que você amar, seus filhos amarão; aquilo que você desprezar, seus filhos desprezarão; aquilo em que você encontrar valor, seus filhos valorizarão; se você mentir, eles mentirão; se você respeitar, eles respeitarão. Então, porque não viver uma vida digna de ser imitada?! Com Cristo isso é possível!

Capaz de declarar amor e alegrar-se com os filhos

(16) Batizado que foi Jesus, saiu logo da água; e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito Santo de Deus descendo como uma pomba e vindo sobre ele; (17) e eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo. (Mat 3:16,17)

(1) Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, a Tiago e a João, irmão deste, e os conduziu à parte a um alto monte; (2) e foi transfigurado diante deles; o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz. (3) E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele. (4) Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, farei aqui três cabanas, uma para ti, outra para Moisés, e outra para Elias. (5) Estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu; e dela saiu uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi. (Mat 17:1-5)

Deus declarou seu amor por Jesus publicamente. Ele não apenas amou, mas disse para Jesus que o amava e diante de todos disse quão grande era o amor que ele tinha por seu filho. Além disso, o Pai Celeste alegrou-se com os passos dados por Jesus, como nessa situação em que ele estava sendo batizado por João Batista.

Não basta que você ame seu filho. É preciso dizer para ele o quanto você ama. O Pai do Céu não perdeu nenhuma oportunidade de dizer isso, porque ele sabe o quanto é importante para um filho ouvir sobre o amor do seu pai. Experimente fazer isso; não vai doer nada e será um bálsamo para ele.

Aprenda a se alegrar com crescimento dele. Os pais não devem ter inveja de seus filhos, mas festejar a cada avanço que ele faz na vida. O pai que nutre inveja dos filhos precisa olhar para o Pai do Céu e encontrar conforto Nele para os seus insucessos pessoais, e não ficar melindrado com o sucesso dos filhos.

Ouve o que seus filhos dizem

(39) Disse Jesus: Tirai a pedra. Marta, irmã do defunto, disse-lhe: Senhor, já cheira mal, porque está morto há quase quatro dias. (40) Respondeu-lhe Jesus: Não te disse que, se creres, verás a glória de Deus? (41) Tiraram então a pedra. E Jesus, levantando os olhos ao céu, disse: Pai, graças te dou, porque me ouviste. (42) Eu sabia que sempre me ouves; mas por causa da multidão que está em redor é que assim falei, para que eles creiam que tu me enviaste. (Joh 11:39-42)

Jesus não tinha dúvidas que seu Pai o estava ouvindo. Ele estava acostumado a conversar com seu pai. O pai tinha tempo para estar com ele. Inúmeras vezes, os evangelhos mostram Jesus se retirando para regiões afastadas com o propósito de ter um tempo de conversa com o Pai. Você também pode ter essa certeza. Os ouvidos do Senhor estão atentos para as orações que você fizer. Você pode conversar com ele a qualquer momento, por que o Pai ouve o que seus filhos dizem.

Você é um pai que ouve os seus filhos? Você separa tempo para ouvir suas histórias? Nem sempre as histórias são importantes ou interessantes para você, mas são importantes para eles.

Você é capaz de parar de ouvir o jornal ou desligar a TV para ouvir seu filho? Você está realmente ouvindo o que Ele fala com você ou sua cabeça está a mil por hora, pensando nos negócios, no emprego, nas despesas do mês, nos clientes ou nos seus próprios problemas. Ouvir é estar interessado no que o outro está falando. Na verdade, é estar interessado no outro.

Ser um pai como o Pai Celeste é dispor-se a ouvir seus filhos, encontrar tempo para isso e fazê-lo com qualidade.

Rejeita a mediocridade, mas enche de esperança

O que dizer diante do desafio de ser um pai como o Pai Celeste? São tantas as atitudes que precisamos rever que não é difícil esmorecer. O Senhor nos desafia a rejeitar a mediocridade.

Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celestial. (Mat 5:48)

Eu quero terminar deixando para você papai e futuro papai, palavras de conforto e ânimo da parte de Deus. Porque o mesmo Deus que nos chama à perfeição como Ele é perfeito, age como um Pai e enche nosso coração de esperança.

Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não te atemorizes, nem te espantes; porque o Senhor teu Deus está contigo, por onde quer que andares. (Jos 1:9)

O Senhor, pois, é aquele que vai adiante de ti; ele será contigo, não te deixará, nem te desamparará. Não temas, nem te espantes. (Deu 31:8)

...Esforça-te e tem bom ânimo, e faze a obra; não temas, nem te desalentes, pois o Senhor Deus, meu Deus, é contigo; não te deixará, nem te desamparará, até que seja acabada toda a obra... (1Ch 28:20)

não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça. (Isa 41:10)

Porque eu, o Senhor teu Deus, te seguro pela tua mão direita, e te digo: Não temas; eu te ajudarei. (Isa 41:13)

Não temas... pois achaste graça diante de Deus. (Luk 1:30)

07 agosto 2007

Deus é pai - Parte I

Introdução

Deus é pai, não é padrasto. Esse ditado é muito conhecido. Mas além de ser uma injustiça com tantos padrastos que se esforçam para cumprir o papel de pais junto aos seus enteados, esse ditado tem perdido força à medida que os pais têm se tornado cada dia mais confusos em relação às funções que devem exercer na família e na sociedade em geral.


Diário de Pernambuco

Edição de Segunda-Feira, 26 de Maio de 2003


Um pai esfaqueou e matou, na madrugada de ontem, o filho de seis anos e feriu a filha, de quatro, no município de Guaraciama, a 369 quilômetros de Belo Horizonte, na região norte de Minas Gerais... O crime teria sido motivado pelo ciúmes que Godinho sentia pela ex-mulher, Sidnésia Lima dos Santos, de quem estava separado há cerca de 15 dias... Embriagado e com uma faca, ele tentou agredi-la, mas a mulher conseguiu fugir... Em seguida, Godinho foi à casa de Sidnésia e desferiu uma facada no peito de E.L. G., que completaria hoje seis anos. O menino morreu na hora. Sua irmã, H.L. G., também foi atingida. Ela recebeu uma facada na parte esquerda do tórax.

Gazeta do Povo

Domingo, 05/08/2007

Um empresário de 66 anos matou os três filhos, de 4, 15 e 17 anos, e se matou em seguida em Alphaville, na Grande São Paulo. A tragédia foi descoberta nesta sexta-feira, quando a empregada chegou para trabalhar e desconfiou por ninguém atender a porta. Segundo testemunhas, o homem estava transtornado com o pedido de separação da mulher. O casal estava separado há três meses. Ao saber do crime, a mãe das crianças entrou em estado de choque e foi levada a um hospital. Na casa foram encontradas várias armas e caixas de munição.

Clica Brasília

08/07/2007 - 15:25:43

A cidade de Buritizeiro, no interior de Minas Gerais, amanheceu sob o impacto de uma tragédia familiar. Um aposentado de 67 anos de idade discutiu com o filho, que chegou bêbado em casa, e o matou com duas facadas. Agnaldo Gama dos Santos tinha 38 anos e deve ser enterrado ainda neste domingo. O aposentado está foragido... Segundo a Polícia, Agnaldo era alcoólatra e ficava agressivo com seus parentes todas as vezes que bebia. Dessa vez, porém, seu pai, que também tem problemas com bebida, revidou as agressões e acabou ferindo o filho na virilha e no peito. O homem foi levado para o hospital, mas acabou morrendo.

Portalmonte.com

28/03/2007

O técnico ucraniano Mykhaylo Zubkov pode ser expulso dos quadros da Fina (Federação Internacional de Natação) após ser flagrado agredindo a sua filha Kateryna Zubkova durante o Mundial de Esportes Aquáticos, em Melbourne... Zubkov havia se irritado com o desempenho da filha na competição. Após a prova, ele partiu para a agressão e as câmeras registraram o fato.

Jornal A Notícia

Terça-feira, 03 de julho de 2007


O Conselho Tutelar de Capão Alto, na Serra catarinense, denunciou à polícia a gravidez de uma menina de 13 anos, estuprada há 11 meses pelo pai. A menina e a mãe foram retiradas do convívio do homem. Na sexta-feira, a vítima passou por exames, que comprovaram a consumação do ato sexual e a gestação de cinco meses. Intimado, o pai, um lavrador de 33 anos, não compareceu à delegacia. A polícia pediu a prisão preventiva dele. Na família do acusado existe um histórico de crimes semelhantes.

Homens desorientados. Homens que esqueceram, ou nunca souberam, o significado de palavras como honradez, respeito, cuidado, sacrifício, dedicação, domínio próprio ou hombridade. Homens desesperados, irresponsáveis, apáticos, inseguros, inquietos, ansiosos (e por isso, violentos, espancadores e sanguinários) têm a possibilidade de gerar filhos.

A escassez de exemplos dignos de serem seguidos agrava a situação desses homens, que não encontram modelos em que possam se espelhar. É claro que é praticamente impossível ouvir as notícias acima e não ficar confuso com a idéia de Deus como pai.

Deus é pai no Antigo Testamento

O relacionamento de Deus com a criação sempre foi repleta de orientação e provisão. Desde o Gênesis, o Senhor interfere na história da humanidade como um pai que sustenta o filho e deseja prepará-lo para a vida.

As figuras mais comuns para ilustrar essa interferência no antigo testamento estão ligadas à necessidade de alguém que: estabeleça as regras de convivência entre as pessoas (Legislador), julgue as causas (O Juiz), batalhe contra os inimigos (General), provenha alimento e provisão (Pastor) e por fim estabeleça e mantenha uma sociedade justa (Senhor e Rei). Mas a figura de Deus como um pai não é estranha ao antigo testamento, pelo contrário.

Em um momento de adoração pública, diante de todo povo de Israel, o rei Davi afirmou:

Por isso Davi louvou ao SENHOR na presença de toda a congregação; e disse Davi: Bendito és tu, SENHOR Deus de Israel, nosso pai, de eternidade em eternidade. (1Ch 29:10)

O profeta Jeremias relata o lamento de Deus por que o povo de Israel havia abandonado o Senhor e começava a chamar de Pai suas imagens de escultura.

(26) Como fica confundido o ladrão quando o apanham, assim se confundem os da casa de Israel; eles, os seus reis, os seus príncipes, e os seus sacerdotes, e os seus profetas, (27) que dizem ao pau: Tu és meu pai; e à pedra: Tu me geraste. Porque me viraram as costas, e não o rosto; mas no tempo do seu aperto dir-me-ão: Levanta-te, e salva-nos.

(28) Mas onde estão os teus deuses que fizeste para ti? Que se levantem eles, se te podem livrar no tempo da tua tribulação; porque os teus deuses, ó Judá, são tão numerosos como as tuas cidades. (29) Por que disputais comigo? Todos vós transgredistes contra mim, diz o Senhor. (Jer 2:26 29)

Mas, talvez seja o profeta Isaías aquele que mais abertamente liga a intervenção de Deus em nossa história à figura de um pai.

Mas agora, ó SENHOR, tu és nosso Pai; nós o barro e tu o nosso oleiro; e todos nós a obra das tuas mãos. (Isa 64:8)

Mas tu és nosso Pai, ainda que Abraão não nos conhece, e Israel não nos reconhece; tu, ó SENHOR, és nosso Pai; nosso Redentor desde a antiguidade é o teu nome. (Isa 63:16)

Deus é pai na nova aliança

Séculos depois dos profetas, Jesus retoma e amplia a imagem de Deus como pai. Um pai que se faz presente na vida dos seus filhos. Ele nos sustenta com a provisão necessária à vida, supre nossas emoções através do seu amor constante e nos alimenta o espírito por meio de sua presença.

De capa a capa, a Bíblia nos revela um Deus que é pai.

O Conflito e as fugas

Ainda que a Bíblia esteja repleta de ilustrações sobre a atuação de Deus como um pai amoroso e cuidados, a realidade de pais desajustados gera um grande conflito em nossas mentes quando Deus nos é apresentado como um pai.

A sensibilidade de Maria

Esse conflito é a porta que tem levado muitos cristãos a desistirem de um relacionamento com Deus Pai e a optarem por um relacionamento impossível com Maria, que parece mais dócil em sua expressão de maternidade. Digo impossível, porque aquela abençoada serva do Senhor, não pode ouvir nem considerar os lamentos, o choro e a dor dos filhos de Deus.

Mesmo com sua vida exemplar, seu caráter quase irretocável e sua missão nobre, Maria foi humana como nós somos, viveu, morreu e hoje aguarda a plena revelação do seu Senhor juntamente com todos os servos de Deus. Ela Não pode ouvir-nos, porque não é onipresente nem onisciente; não poder interferir diante de Deus, porque Jesus é o único mediador; não pode em precisa intermediar nossa relação com Jesus, porque não há empecilho para chegarmos até Ele (Estarei convosco todos os dias até a consumação dos séculos).

Muitas crianças e até adultos agem assim: fogem do pai para os braços de alguém que lhes pareça menos controlador. Essa fuga para os braços de Maria nada mais é do que a expressão de fragilidade na fé do nosso povo, que não se dispõe a desenvolver um relacionamento maduro com Deus. Foge-se por desconhecer o amor do Pai.

A impessoalidade das deidades

a) Panteísmo

Outra fuga desse conflito no qual Deus se revela como um Pai, mas os exemplos de pai que vemos apontam para outra direção é tornar Deus impessoal. Assim, muitos criaram para si um deus sem vontade própria e sem opinião.

Há muitas religiões que fizeram isso através do panteísmo, que considera que Deus está presente em todas as coisas e que cada coisa é um pedaço de Deus. Deus é tudo e tudo é Deus.

Em diversas culturas panteístas, a idéia de um Deus que vive em tudo se complementa com o conceito de múltiplos deuses associados com os diversos elementos da natureza. Para os panteístas o divino também pode ser experimentado como algo impessoal, como a alma do mundo, ou um sistema do universo. Há uma associação clara com o misticismo. O objetivo do mortal é alcançar a união com expressão de divindade impessoal.

Os filmes e novelas estão lotados de idéias panteístas, que despersonalizam Deus. Mas o Deus da Bíblia, embora presente em todo o universo criado, não se confunde com sua criação. Ele tem personalidade.

Ele não renega sua posição de Criador nem desmente sua autoridade

(11) Assim diz o Senhor, o Santo de Israel, aquele que o formou: Perguntai-me as coisas futuras; demandai-me acerca de meus filhos, e acerca da obra das minhas mãos. (12) Eu é que fiz a terra, e nela criei o homem; as minhas mãos estenderam os céus, e a todo o seu exército dei as minhas ordens. (Isa 45:11,12)

Ele tem sentimentos e pode ser insultado por nossa maneira de viver.

O que oprime ao pobre insulta ao seu Criador; mas honra-o aquele que se compadece do necessitado. (Pro 14:31)

Ele se compadece dos cansados e os fortalece.

(28) Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos confins da terra, não se cansa nem se fatiga? E inescrutável o seu entendimento. (29) Ele dá força ao cansado, e aumenta as forças ao que não tem nenhum vigor. Isa 40:28,29

b) Utilitarismo e Manipulação

Se fora do cristianismo a fuga da presença de Deus é pela impessoalidade do panteísmo, dentro do cristianismo a tentativa de não ficar cara a cara com Ele encontrou uma saída na invenção de um deus-servo.

Novamente o conflito e a confusão entre a figura de Deus como pai e os exemplos que experimentamos em nossas vidas. Se Deus é um pai tão bom e cuidadoso, porque Ele não me da tudo que quero?

A saída mais rápida é relacionar-se com um deus que está sujeito às nossas determinações, uma espécie de gênio da lâmpada que atende aos nossos desejos. Temos medo de perguntar ao Pai: porque, Senhor, minha vida está do jeito que está? Talvez porque as lições que precisamos aprender não sejam tão fáceis e curtas como gostaríamos que fossem. Nada melhor então, que um deus-mago que não pergunta nem responde, só atende aos meus pedidos.

(11) Quando forem cumpridos os teus dias, para ires a teus pais, levantarei a tua descendência depois de ti, um dos teus filhos, e estabelecerei o seu reino. (12) Esse me edificará casa, e eu firmarei o seu trono para sempre. (13) Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; e a minha misericórdia não retirarei dele, como a retirei daquele que foi antes de ti; (1Cro 17:11-13)

O Senhor não é um Deus mesquinho que não se importa com seus servos, ou um Deus fraco que não pode atender nossas necessidades, ou mesmo um Deus que se livra dos relacionamentos entregando presentes aos seus servos.

Ele tem prazer em nos abençoar e tem poder para conceder qualquer coisa; mas o Senhor não abre mão de desenvolver conosco um relacionamento livre e maduro. O Senhor não se deixa ser usado, Ele não cede às nossas tentativas de manipulação. Ao invés disso, Ele deseja um relacionamento de amizade conosco. Isso é o que Jesus explica aos seus discípulos: um pai que deseja ser amigo.

4 Tenham o cuidado de viver em mim, e deixem-me viver em vocês. Porque um ramo não pode dar fruto quando separado da videira. Por isso não poderão dar fruto afastados de mim. 5 Sim, eu sou a videira, e vocês são os ramos. Aquele que viver em mim e eu nele produzirá muito fruto. Pois sem mim nada podem fazer... 15-16 Já não vos chamo servos, pois estes não acompanham o que faz o seu Senhor. Vocês são meus amigos, e a prova disso é o fato de vos ter revelado tudo o que o Pai me disse. Não foram vocês quem me escolheram, mas eu vos escolhi a vocês e vos nomeei para irem e produzirem fruto, e fruto que perdure, de modo que o Pai vos dê tudo o que lhe pedirem em meu nome.

O Engano das Experiências Alheias

Acredito que parte da dificuldade em nosso relacionamento com Deus é porque, muitas vezes, não conhecemos o Senhor de primeira mão. Vivemos das experiências dos outros.

Corremos atrás de pregadores que entusiasmem e falem com autoridade. Peneiramos bons livros nas prateleiras das livrarias tentando encontrar algum que tenha uma resposta rápida para nossas perguntas. Amamos os gurus que descobrem uma verdade que ninguém até agora tinha descoberto. Mas qual a nossa experiência com Deus? O que nós descobrimos sobre ele em meio à oração, a leitura da palavra e a busca por uma vida santa?

Não haverá resposta para suas inquietações até que você deixe de se guiar pelas experiências alheias sobre Deus e procure você mesmo conhecê-lo. Enquanto nós mesmos não experimentarmos a intervenção de Deus como pai em nossas vidas, não haverá para onde ir e continuaremos a cair no conto das caricaturas de Deus que os outros nos apresentam.

Com os ouvidos eu ouvira falar de ti; mas agora te vêem os meus olhos. Job 42:5

Aqui é preciso atenção, porque se o seu cristianismo é apenas uma religião emprestada dos outros, então você é parecido com o galho seco da parábola de Jesus, que não produz fruto porque está desligado do tronco.

Eu não estou descartado o testemunho dos homens e mulheres de Deus, passado e do presente, sobre suas caminhadas com o Senhor. O que estou afirmando é que esse testemunho precisa levá-lo a uma vida pessoa de comunhão como Deus.

O Caminho para conhecer o Pai

Há alguém que conheça a Deus e seja capaz de revelá-lo a nós? Como chegaremos a Deus? O que podemos esperar podemos esperar de Deus como Pai?

Apenas o Senhor Jesus conhece realmente o caráter do Pai, e aqueles a quem Ele quiser revelar. Por isso, se queremos um relacionamento de pai e filho com o Senhor, precisamos olhar para Jesus e pedir a Ele que nos revele o Pai.

Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece plenamente o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece plenamente o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar. (Mat 11:27)

Na verdade foi exatamente isso que Tomé fez: mostra-nos o pai, disse o apóstolo.

(6) Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. (7) Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto. (8) Disse-lhe Felipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta. (9) Respondeu-lhe Jesus: Há tanto tempo que estou convosco, e ainda não me conheces, Felipe? Quem me viu a mim, viu o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai? (10) Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, é quem faz as suas obras. (11) Crede-me que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim; crede ao menos por causa das mesmas obras. (João 14:6-11)

O Pai revelou-se a nós através de Jesus. O seu caráter, sua maneira de relacionar-se conosco estão espelhadas na vida de Jesus e no seu relacionamento com o Pai. Alguns de nós nunca experimentamos um relacionamento sequer razoável com o próprio pai; além de serem poucos os exemplos de outros pais que cumpriram bem seu papel.

Mas, há alguém que experimentou em toda sua vida um relacionamento perfeito como Pai. Por isso Ele é o caminho para o Pai, e por isso podemos aprender com ele não só a nos relacionarmos com o Pai, mas também como sermos pais que amam em todo o tempo.

(6) Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.

Você tem andado longe do Pai? Hoje é dia de dar um passo de fé em direção ao Ele, e isso só pode ser feito através de Jesus. Ele é o caminho.

No próximo domingo vamos aprender sobre Deus Pai e sobre o nosso papel como pais através do relacionamento entre Deus e seu filho Jesus Cristo. Você não pode deixar de vir e trazer seu pai para ouvir.

24 julho 2007

Encontrando-se com Jesus – O Pescador de Betsaida

Introdução

Por volta do ano 30 da era cristã, havia na palestina dois jovens quase da mesma idade que causaram um grande alvoroço entre os judeus. Um se chamava João Batista, o outro Jesus Cristo. Eles eram primos. Os dois nasceram em circunstâncias sobrenaturais. O primeiro de uma mãe idosa, o segundo de uma jovenzinha.

João tinha um ministério à moda de alguns dos profetas do antigo testamento. Ele tinha uma dieta diferente e vivia afastado das cidades, onde chegava para pregar mensagens confrontadoras e de denúncia do pecado tanto do povo como das autoridades.

Jesus desenvolveu um ministério urbano. Ele circulava pelas ruas da cidade e usava vários métodos de ensino. Jesus chegou a ser acusado pelos religiosos Judeus que não concordavam com o livre trânsito que Ele tinha entre aqueles que era considerados como pecadores; a despeito disso sua mensagens tão o mais confrontadora do que a do seu primo João Batista.

No início do seu ministério, Ele teve um encontro muito especial com alguns dos homens que mais tarde se tornariam seus discípulos: Simão, André, Tiago e João. Esses quatro homens eram pescadores. O encontro de Jesus sobre o qual vamos meditar nesta noite é eles, e mais especificamente com Pedro, o pescador de Betsaida.

Esse encontro está registrado nos três evangelhos sinóticos: Mt. 4:18-22, Mc 1:16-20 e Lc 5:1-11.

Impressionante

As narrativas de Marcos e de Lucas são impressionantes em relação ao encontro de Jesus com os pescadores. Nas duas narrativas são histórias curtas que apresentam Jesus caminhando na beira do mar da galiléia. De repente Ele se encontra com um grupo de pescadores aparentemente desconhecidos, chama-os e eles largam tudo para segui-lo.


(16) Caminhando junto ao mar da Galiléia, viu os irmãos Simão e André, que lançavam a rede ao mar, porque eram pescadores. (17) Disse-lhes Jesus: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. (18) Então, eles deixaram imediatamente as redes e o seguiram. (19) Pouco mais adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco consertando as redes. (20) E logo os chamou. Deixando eles no barco a seu pai Zebedeu com os empregados, seguiram após Jesus. (Marcos 1:16-20)


O evangelho de Marcos é uma espécie de roteiro de filme. As cenas são rápidas as histórias são curtas e as coisas acontecem num abrir e fechar de olhos. Jesus está caminhando na beira do lago, encontra os pescadores, faz um convite e eles largam tudo para segui-lo. Para reforçar o quadro, Marcos (que provavelmente escreveu seu evangelho a partir das memórias de Pedro), usa a palavra imediatamente.

João e Tiago também eram irmão e filhos de um homem chamado Zebedeu. Simão e André eram irmãos e possuíam um, talvez dois barcos. Pelo texto de Marcos sabemos que Zebedeu tinha empregados, o que pode indicar que Ele e os filhos tinham na verdade uma pequena frota de barcos.

A situação deles não era com a de alguns pescadores desse nosso Ceará que vivem muitas vezes mendigando o que comer, trabalhando em barcos que não lhe pertencem e entregando parte de sua produção aos atravessadores de plantão, que pagam barato pelo trabalho duro e o suor do rosto de seu semelhante.

Porque então esses homens, que tinham uma boa profissão e eram proprietários de seus próprios barcos, “imediatamente”, como afirma o evangelista, largaram tudo e seguiram a Jesus na primeira vez que O viram? Não parece uma atitude responsável ou equilibrada, tomada por homens maduros.

A chave para entender a prontidão dos pescadores, está na narrativa de Lucas, que é a mais detalhada quanto às condições em que tudo aconteceu. Vamos ler a história no evangelho de Lucas.

(1) Aconteceu que, ao apertá-lo a multidão para ouvir a palavra de Deus, estava ele junto ao lago de Genesaré; (2) e viu dois barcos junto à praia do lago; mas os pescadores, havendo desembarcado, lavavam as redes. (3) Entrando em um dos barcos, que era o de Simão, pediu-lhe que o afastasse um pouco da praia; e, assentando-se, ensinava do barco as multidões. (4) Quando acabou de falar, disse a Simão: Faze-te ao largo, e lançai as vossas redes para pescar. (5) Respondeu-lhe Simão: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos, mas sob a tua palavra lançarei as redes. (6) Isto fazendo, apanharam grande quantidade de peixes; e rompiam-se-lhes as redes. (7) Então, fizeram sinais aos companheiros do outro barco, para que fossem ajudá-los. E foram e encheram ambos os barcos, a ponto de quase irem a pique. (8) Vendo isto, Simão Pedro prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Senhor, retira-te de mim, porque sou pecador. (9) Pois, à vista da pesca que fizeram, a admiração se apoderou dele e de todos os seus companheiros, (10) bem como de Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram seus sócios. Disse Jesus a Simão: Não temas; doravante serás pescador de homens. (Lc 5:1-11)

Jesus e o encontro

Era o início do ministério de Jesus, mas ele não era um desconhecido nas imediações do mar da Galiléia. É possível e até provável que Jesus conhecesse alguns dos seus discípulos antes do chamado para seguí-lo. As cidades não eram muito grandes e Jesus vivia uma vida normal, participando dos eventos de sua comunidade. Quando ele pede a Simão que afaste o barco e pede permissão para usá-lo como plataforma para sua pregação, Jesus não está se dirigindo a um estranho.

Não há qualquer indício de que aquela era a primeira vez que Jesus pregava nas imediações do mar da Galiléia. Nem sabemos se era essa a primeira vez que Ele usava o barco de Simão como uma plataforma para falar ao povo. Mas sabemos pela narração de Lucas que já era grande o número de pessoas que queria ouvi-Lo, tanto que a multidão começou a apertá-lo.

Simão e o encontro

Pode ser que Simão já tivesse ouvido Jesus falar antes pessoalmente, ou, quem sabe, algumas pessoas já houvessem contado a Ele sobre um jovem pregador que falava com autoridade sobre as coisas de Deus.

Simão já tinha visto vários pregadores se levantarem naquele tempo em que todos esperavam o messias, e por isso não ele não via motivo para alvoroço. Ele emprestou seu barco para Jesus e enquanto o Senhor pregava, Simão trabalhava lavando as redes. Havia sido um dia ruim, daqueles que não se pesca nada. Mas aquele encontro seria diferente.

Assim como Simão, pode ser que até hoje você tem estado perto do Senhor e algumas vezes tem ouvido falar sobre ele. Você escuta os amigos e parentes falando do amor Dele e sobre como é bom ser seu discípulo, mas você já ouviu isso tantas vezes... Você até empresta seu barco para que eles ouçam ao Senhor, mas você mesmo prefere continuar limpando as redes depois de um dia de trabalho duro e poucos resultados. Hoje, o seu encontro com Jesus pode ser diferente. É preciso apenas que ele tenha as mesmas marcas do encontro entre Ele e Simão.

Acesso Direto

Depois de ensinar multidão sedenta pela palavra de Deus, Jesus fala diretamente com Simão. Sem intermediários, sem mediadores, sem tradutores ou qualquer outra figura entre eles. Aqui está a primeira marca: acesso direto.

O Senhor não precisa de intermediários para falar com você. Na verdade causamos uma grande frustração quando tentamos colocar algo ou alguém entre Ele e nós.

Homens e mulheres do passado, que serviram ao Senhor devem ser imitados em sua busca pela presença de Deus, mas não devem ser colocados como intermediários. São mulheres e homens santos, mas não cabe a eles mediarem nosso relacionamento com o Senhor.

Entre os crentes, há pessoas que quando passam por alguma dificuldade procuram amigos, parentes e até líderes de destaque, (consideradas pessoas dignas ou mais religiosas) e pedem que elas intercedam diante de Deus por sua vida, mas elas mesmas não falam diretamente com o Senhor.

Jesus chamou Simão e falou diretamente com Ele. Você também pode falar diretamente com o Senhor. Basta uma simples oração dita ou pensada, no silêncio da sua dor, diretamente a Ele, e você terá dispensado todos os intermediários.
Confiança Prática

Ao falar com Simão, o Senhor deve ter visto os semblante caído de Pedro, depois de um dia de trabalho sem resultado e fez uma proposta que poderia ter sido recebida até como uma ofensa.

(4) Quando acabou de falar, disse a Simão: Faze-te ao largo, e lançai as vossas redes para pescar. (Lc 5:4)

Simão e os demais homens eram pescadores experientes que aprenderam com os seus pais e os pais dos seus pais a arte de sobreviver através da pesca. Tinham seus próprios barcos, e havia prosperado ao ponto de terem empregados que trabalhavam para eles.

Eles já tinham vivido muitos dias ruins em sua profissão e ainda viveriam muitos outros. Jesus era carpinteiro por profissão e um mestre da palavra, mas de pesca ele não entendia nada, poderia ter pensado Simão.

Simão poderia reagir de várias maneiras: Fazer de conta que não ouviu... Fazer de conta que não entendeu... Tentar explicar a Jesus alguns princípios básicos sobre pesca... ou responder de forma indignada perguntado a Jesus quem ele achava que era para dar vir dar pitaco no trabalho dos outros.

Talvez você já tenha reagido de alguma dessas maneiras. Quem fica ouvindo Jesus a distância, usando outros como intermediários, pode até tentar uma dessas saídas; mas quem fala diretamente como Senhor, como Simão falou; quem ouve a voz daquele que é o Criador do Céus e da Terra, não pode continuar a fazer assim, precisar decidir se irá ou não confiar naquele que lhe dirigiu a palavra.

O Senhor não estava perguntando se Simão acreditaria, ou se ele acharia que ainda poderia pescar algo já no final do dia. Essa confiança não serve de nada; é na verdade uma porcaria. Ela não põe os pés nos chão, é apenas teórica.

Jesus chamou Simão para uma confiança prática. Apenas dessa maneira os seus encontros com Jesus vão deixar de mornos e sem sabor: através de uma confiança prática na Palavra de Cristo, que invade sua vida de segunda a segunda. Quem decide por isso, como Simão fez, deixará de ficar apenas ouvindo de longe para tornar-se um discípulo de Cristo.

Agora saiam mais para o fundo e lancem suas redes, que você vão pegar muitos peixes (Lc 5:4b - BV)

O Alvo certo

Uma outra palavra para confiança é fé. A Bíblia fala muito de fé e todos nós concordamos com a palavra que diz: sem fé é impossível agradar a Deus.

A fé é a vitória que vence o mundo
porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. (I João 5:4)

A fé nos guarda para o dia final
que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo. (I Pedro 1:5)

A provação da fé produz perseverança
sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança (Tiago 1:3)

O justo viverá pela fé
todavia, o meu justo viverá pela fé; e: Se retroceder, nele não se compraz a minha alma. (Hebreus 10:38)

Muitas pessoas tratam a fé como uma espécie de poder que alguns têm e o restante da humanidade deseja ter. A fé é considerada como uma espécie de fórmula mágica através da qual se obtém os desejos da alma.

Aliás, um dos best-selers mais recentes, “O Segredo” defende a tese de que se fixarmos nossos pensamentos mais intensos na direção dos nossos desejos, será um questão de tempo alcançarmos tudo o que quisermos.

No entanto a fé verdadeira é dom dado por Deus e precisa estar direcionada para o alvo certo, caso contrário se tornará um arma de destruição.

Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; Efésios 2:8

Na resposta de Simão ao Senhor, encontramos a terceira marca de um encontro transformador com Jesus: o alvo certo.

(5) Respondeu-lhe Simão: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos, mas sob a tua palavra lançarei as redes.

Simão deixou de lado sua experiência como pescador. Ele não tentou explicar o fracasso do dia, nem colocou a culpa em seus companheiros de pesca. Simão não tentou olhar uma segunda vez para mar da galiléia na tentativa de ver se valeria a pena. Ele disse: sob a tua palavra lançarei as redes!

Sua fé será tão forte quanto à pessoa ou objeto em quem você a deposita. O alvo da fé é que é a sua medida, não o nosso esforço pessoal em crer. Onde há esforço para crer, ainda não há fé. Talvez seja por isso que Jesus disse que a fé só precisa ser do tamanho de um grão de mostarda para que coisas impossíveis começassem a acontecer.

Se a sua fé está apoiada em uma imagem de escultura ela será tão fraca quanto aquela imagem. Se sua fé estiver apoiada em um dos santos homens do passado, ela será tão fraca quanto aqueles homens forma. Se você apoiar sua fé em algum líder religioso dos nossos dias (seja ele o papa, o Dalai Lama, um grande evangelista da TV ou o seu pastor), ela quebrará em pedaços juntamente com esse homem ou mulher em quem você se apoio.

Simão fez a decisão certa: sob tua lançarei as redes. Não é confiado em mim, nem em mais ninguém, mas apenas na tua Palavra.

A grande Pesca

Quando nossos encontros com Jesus são marcados pelo acesso direto a Ele, por uma confiança prática que invade a vida e pela fé em sua Palavra, os resultados são reais e se tornam visíveis de todos.

Depois de confiar na palavra do Senhor e lançar novamente as redes onde ele não havia encontrado nada. Simão encheu se barco de peixe e quase vai a pique. Outro barco foi chamado para ajudar e os dois se encheram de peixes.

No entanto a algo surpreendente na reação de Simão. Não foi a quantidade de peixes que impressionou aquele homem. Simão ficou chocado com a santidade de Cristo. Aquela grande pesca fez com que Simão compreendesse que ele era não apenas um pescador, mas também um pecador que não merecia permanecer na presença do filho de Deus.

Quando você, pela fé em Cristo, lançar as redes onde não havia nada e os peixes encherem o barco, não se espante com o milagre. Adore ao Senhor! Reconheça a santidade Dele. Admita sua necessidade da presença dele e prostre-se aos Seu pés. Aí, como Simão ouviu, você também vai ouvir: NÃO TEMAS! Pescar peixes é bom, mas há algo melhor pescar vidas e conduzir pecadores aos pés de Jesus.