10 novembro 2010

Nossa Identidade em Cristo 3


E como Deus quebrou o poder do pecado?

Através de Cristo o Deus trino assumiu e experimentou as consequências do pecado em nosso lugar. Jesus deu-se a si mesmo como sacrifício, isto é, em substituição a mim e a você.

Agora, não há mais nada que possa ser exigido daqueles por quem Ele se deu. Todas as consequencias que justamente vêm sobre aqueles que permanecem sob o domínio da natureza humana envelhecida foram despejadas sobre Jesus. Ele experimentou a separação do Pai. Na cruz, Jesus bradou angustiado: “Eli, Eli, lamá sabactani” – Deus meu, Deus meu! Porque me desamparaste.

Acontece que Ele havia vivido um vida de completa confiança no Pai. Jesus estava fora do ciclo vicioso do pecado. Essa natureza envelhecida não teve poder sobre ele, porque ele confiou completamente no Pai. Sem dever nada ao pecado, Ele entregou voluntariamente a sua vida e asssim ganhou o direito de dar vida.

21  Pois, da mesma forma que o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida, o Filho também dá vida a quem ele quer dá-la. 26  Pois, da mesma forma como o Pai tem vida em si mesmo, ele concedeu ao Filho ter vida em si mesmo.  Joã 5:21 

“Portanto, não há qualquer condenação aguardando aqueles que pertencem a Cristo. Portanto o pode do Espírito doador da vida... me livrou do círculo vicioso do pecado e da morte.”

Agora podemos obedecer!

3b ...Enviou seu próprio Filho, em corpo humano como o nosso - com a exceção de que o nosso é pecador - e destruiu o controle do pecado sobre nós, dando-Se a Si mesmo como sacrifício por nossos pecados. 4  Assim, agora podemos obedecer às leis divinas se seguirmos o Espírito Santo... e não mais obedecermos à velha natureza pecaminosa que está dentro de nós. 5  Aqueles que se deixam controlar por sua natureza inferior, vivem tão somente para agradar a si próprios; mas aqueles que seguem o Espírito Santo, constatam que fazem as coisas que agradam a Deus. Rom 8:4,5 BV

Com essa transação no mundo espiritual, Deus abriu um novo caminho de acesso, que nos possibilitar voltar a ficar perto dele que é a fonte de Vida. Agora é possível obedecer – coisa que antes parecia impossível.

Aqui é preciso atenção. A vida, morte e ressurreição de Cristo não aconteceram para que “você” fique mais forte para obedecer as Leis Divinas. O Caminho é outro. O poder que havia em Cristo e que Deus nos dá não é prioritariamente para obedecer regras, mas para seguir o Espírito Santo.


01 novembro 2010

Nossa Identidade em Cristo 2




Deus pôs em ação um plano diferente

Ora, como apenas saber qual é a vontade de Deus não foi suficiente para mudar a inclinação do nosso coração – a prova disso é o fracasso da humanidade em fazer aquilo que sabemos que é certo – Deus colocou em ação um plano diferente para nos resgatar, nos libertando do poder dessa velha natureza que habita em nós.

Enviou seu próprio Filho, em corpo humano como o nosso - com a exceção de que o nosso é pecador - e destruiu o controle do pecado sobre nós, Rom 8:3 BV

O controle do pecado!

A velha natureza, a natureza humana envelhecida pela distância em que a raça humana se encontra de Deus, tem uma espécie de poder. Ela exerce um controle sobre nós. Ao exercer esse domínio e nos afastar da fote da vida, essa natureza inferior nos conduz à morte (separação).


Essa velha natureza chama-se pecado e nos assedia repetindo dia e noite em nossos ouvidos que Deus náo é digno de confiança. Aquele que ouvem a voz dessa velha natureza caminham a passos largos para longe da vida que há em Deus e, por fim, estarão completamente separados dele.

Quanto mais distantes de Deus menos nós O conhecemos; e mais ficamos inseguros e desconfiados sobre Ele. Esse é o script do pecado: tornar sua vida aqui insegura, cheia de temores e, por fim, conduzir você à morte eterna (ausência permanente de amor, propósito e significado.

Viver sob o poder do pecado é viver controlado pelo medo – de falar, de ficar calado, de errar e de acertar também; de prosseguir, de parar, da morte e da vida também; medo do que vai aocntecer com filhos, do futuro e até do passado; medo de perder o emprego, de ser desprezado pelo vizinho, humilhado pelo chefe ou decepcionado pelo vizinho. Viver sob o poder do pecado e viver inseguro, sentindo-se desprotegido e desamparado.

Esse é o estado em que toda a humanidade se encontra. Todos os seres humanos estão debaixo de maldição desde que Adão foi posto fora do Jardim.

Estamos girando em um ciclo vicioso em que (1) nossa distância de Deus nos impede de conhecê-lo, (2) o que nos faz desconfiar dele e (3) nos afastar ainda mais, (4) tornando cada vez mais difícil confiar, (5) até o ponto em que não será mais possível voltar.

Por isso as escrituras dizem: buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Porque esse ciclo leva as pessoas ao dia em que estarão tão distantes de Deus que não o reconhecerão nem desejarão conviver com Ele. A Bíblia chama este estado final de separação de inferno.

Cristo destruiu o poder do pecado.

A boa notícia do evangelho, que está disponível a todas as pessoas, é que Cristo veio a este mundo para destruir o poder do pecado sobre nós!

Esse ciclo vicioso do pecado, depois de ter começado em Adão se tornou um processo contínuo, sem começo nem fim. Como uma roda gigante que começa a roda e a gente não sabe sabe mais por onde começou nem onde vai terminar.

Então onde foi que Cristo mexeu para parar a roda gigante?

No plano concebido pelo Deus Trino, o ciclo vicioso e destrutivo do pecado deveria ser quebrado antes do ponto em que a convivência entre o ser humano e Deus se tornasse insuportável e a separação eterna fosse inevitável e definitiva.

A vida, morte e ressurreição de Cristo tem o propósito de nos reconciliar com Deus. Não que Ele esteja brigado com a gente, mas que nós estamos em conflito constante com Ele. Jesus entrou na história como o Caminho traçado pelo Deus trino para nos reconciliar com Ele mesmo

15  Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação, 16  pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele. 17  Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste. 18  Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a supremacia. 19  Pois foi do agrado de Deus que nele habitasse toda a plenitude, 20  e por meio dele reconciliasse consigo todas as coisas, tanto as que estão na terra quanto as que estão no céu, estabelecendo a paz pelo seu sangue derramado na cruz.

 21  Antes vocês estavam separados de Deus e, em suas mentes, eram inimigos por causa do mau procedimento de vocês. 22  Mas agora ele os reconciliou pelo corpo físico de Cristo, mediante a morte, para apresentá-los diante dele santos, inculpáveis e livres de qualquer acusação, Col 1:15-22 

E como Deus quebrou o poder do pecado?

As engrenagens do pecado continuariam destruíndo e massacrando a humanidade se Deus não tomasse a iniciativa de fazer algo. Sentado na roda gigante da morte, nós até nos distraíamos olhando a paisagem, mas a destrução era certa. Então o Deus Trino interviu na história.

Através de Cristo o Deus trino assumiu e experimentou as consequências do pecado em nosso lugar. Jesus deu-se a si mesmo como sacrifício, isto é, em substituição a mim e a você.

Agora, não há mais nada que possa ser exigido daqueles por quem Ele se deu. Todas as consequencias que justamente vêm sobre aqueles que permanecem sob o domínio da natureza humana envelhecida foram despejadas sobre Jesus. Ele experimentou a separação do Pai. Na cruz, Jesus bradou angustiado: “Eli, Eli, lamá sabactani” – Deus meu, Deus meu! Porque me desamparaste.

Acontece que Ele havia vivido um vida de completa confiança no Pai. Jesus estava fora do ciclo vicioso do pecado. Essa natureza envelhecida não teve poder sobre ele, porque ele confiou completamente no Pai. Sem dever nada ao pecado, Ele entregou voluntariamente a sua vida e asssim ganhou o direito de dar vida.

Joã 5:21  Pois, da mesma forma que o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida, o Filho também dá vida a quem ele quer dá-la.
Joã 5:26  Pois, da mesma forma como o Pai tem vida em si mesmo, ele concedeu ao Filho ter vida em si mesmo.

Então o ciclo foi quebrado. Ou nas palavra de Jesus: está consumado! Movido por seu próprio amor, Deus decidiu pagar o preço. Portanto, não há qualquer condenação aguardando aqueles que pertencem a Cristo.

Portanto o poder do Espírito doador da vida... me livrou do círculo vicioso do pecado e da morte.

Conclusão

1.     Você quer descer da roda gigante? Pare de se esforçar para parecer digno, distinto e honesto.

2.   Reconheça que sua vida está andando em círculos sem ir a lugar nenhum e que você já tentou de tudo e roda gigante não pára.

3.   Aceite a oferta graciosa de Deus. A vida de Cristo no lugar da sua.

4.   Começe a ouvir a atender a voz do Espírito de Deus.

30 outubro 2010

Mulheres fiéis e seu Deus maravilhoso


Por Marina Coelho

Meu nome é Marina, sou casada a 23 anos com  Aristarco e tenho dois filhos, Lídia de 22 e Levi de 19 anos.  Fiquei muito feliz com o convite do pr. João Eduardo para vir na sua igreja pelo privilégio de conhecê-las. Sou uma serva aprendendo a servir meu Senhor e uma filha buscando expressar seu amor por seu Pai. Não sou chegada a palcos e púlpitos, acho até mais fácil organizar teorias e conceitos a respeito dos diversos assuntos da vida, mas eu preferia caminhar com cada uma de vocês e poder viver esses conceitos nos momentos reais de nossas vidas. Como não terei essa oportunidade vamos então conversar um pouco hoje a tarde como amigas e irmãs.

Mulheres fiéis e seu Deus maravilhoso. O que nos torna fiéis? Ou a que somos fiéis?


Somos  fiéis a quem confiamos e confiamos em quem conhecemos.

Realmente podemos ser fiéis a um Deus maravilhoso, mas será que realmente você confia que seu Deus é maravilhoso? Hoje em dia tenho ouvido pessoas questionarem muito a Deus por conta de tanta violência e dizerem, que Deus é esse que pode tudo e não fez nada na hora que essa criancinha estava sendo violentada ou que esse jovem foi atropelado? Você já pensou assim também? Sua confiança no amor desse Deus maravilhoso é a chave para que você seja fiel.

Não me acho competente para abordar esse assunto, principalmente com respaldo bíblico,  mas gostaria apenas de compartilhar com vocês, minhas irmãs, o que pensei quando uma pessoa veio questionar o amor do meu Deus em relação a esses acontecimentos. Em primeiro lugar eles não acontecem apenas hoje, os homens são maus desde que pecaram e sempre cometeram atos atrozes, apenas hoje temos a mídia que nos mostra diariamente todos esses atos. Tem um horário na tv que se você procurar assistir alguma coisa não consegue porque em cada canal aberto está passando um programa de violência, é rota 22, barra pesada, etc.

Nosso Deus não está de braços cruzados assistindo tudo isso sem fazer nada.  Desde o princípio Ele tem agido, e sua maior prova de amor foi não desistir de nós, Ele poderia ter acabado com a raça humana e feito outra no exato momento que desconfiamos Dele (no Édem) e nós nem saberiamos disso, mas não, Ele nos amou e como nós não conseguiriamos chegar a Ele, Ele mandou seu filho pra pagar o preço em nosso lugar. Se você fica triste ao ouvir que uma criança foi violentada, imagine a tristeza de Deus ao ver essa criança passando por isso, mas também ao ver em que se tornou a outra criança que ele também amou e agora é um adulto capaz de fazer algo assim. Deus ama todos nós e tem agido para acabar todo esse sofrimento. Esse dia vai chegar, e está próximo. Os planos do Senhor não serão frustrados, a eternidade nos fará esquecer qualquer sofrimento vivido aqui e a presença do Deus maravilhoso hoje já nos dá o gostinho dessa alegria incomparável.

Somos fiéis quando temos consciência de quem somos.

Quando duvidamos de nosso valor, do quanto  somos amadas por Deus, sedemos a qualquer sedução que nos aparece e ficamos vulneráveis às tentações. Pode ser um relacionamento destrutivo, que lhe leva pra longe de Deus, que lhe maltrata, pode ser o excesso de trabalho ou estudo que lhe torna insensível aos outros, apenas focado no objetivo de ser alguém (ter valor), mas também pode ser a apatia, dando espaço pra preguiça, pra acomodação, por achar que é inferior e que nunca conseguira nenhuma vitória. Tudo isso nos leva pra longe de Nosso Maravilhoso Deus.

Gostaria de lembrá-la hoje de quão especial você é para seu Pai. A palavra de Deus diz: Gn 1:27 Criou Deus pois, o homem, à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. 

Deus nos fez a sua imagem, não fomos feitas a imagem do homem, mas a imagem de Deus. Ap. 1:5 Àquele que nos amou e pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados. Jesus morreu por amor a mim e a você. Alguém a amou tanto, acredita tanto em você, que deu sua própria vida por você. Mas tem uma coisa que Deus não faz, Ele não nos obriga a nada, Ele optou por nos fazer livres, Ele ama, Ele age, Ele se desdobra pra chamar sua atenção, mas Ele espera que você olhe pra Ele. Receba o abraço caloroso do Nosso Pai. Asssim você pode começar essa caminhada de fidelidade com o Senhor.

Baseado nessa confiamos de quem é Nosso Deus e de quem somos pra Ele, gostaria de ver com vocês o exemplo de duas mulheres que viveram antes de nós e que pra mim são exemplo de fidelidade. O que as tornaram mulheres fiéis, o que elas tiveram de especial.

Ester

Ester viveu aproximadamente 500 anos antes de Jesus nascer, em Susã. Seu pai e sua mãe haviam morrido e Ester foi criada por seu primo Mordecai. Susã havia sido um importante centro político, cultural e religioso durante séculos. No tempo de Ester, a cidade era uma das capitais de um vasto império que se estendia de onde hoje é a Índia, a leste, até a Turquia e Etiópia, a oeste. As ruinas de Susã encontram-se no Irã, perto de sua fronteira com o Iraque.

Ester não vivia em condições muito favoraveis à sua fidelidade a Deus. Com certeza havia escutado as história do Deus de seu povo, mas esse amor de Deus, aparentemente não havia chegado até ela. Era órfã e morava longe de seu povo. A Bíblia diz também que Ester era muito bonita. (Et 2:7), por essa razão foi escolhida para concorrer a vaga de rainha no palácio no lugar de Vastir, que havia sido tirada da sua posição de rainha por desreipeito e desobidiência ao rei. Depois de um ano de preparação (Et. 2:12) Ester foi a presença do rei e ele a escolheu por rainha.

Acredito que diante de tudo que Ester havia passado, a perda dos pais, morando em uma cidade que não valorizava seu povo, tornar-se rainha poderia perfeitamente levá-la a confiar unicamente em si mesma e na sua beleza. Mas segundo o relato da vida de Ester não foi assim que ela agiu.

- Ester foi obediente. Et 2:10. Aprendemos menos hoje e erramos mais porque achamos que já sabemos tudo. Desprezamos, muitas vezes, os conselhos dos mais velhos e nos tornamos arrogantes. Ester considerou a orientação de seu primo padrasto e fez como ele disse.

- Ester dependeu de Deus. Et 4:16. Ester não sabia o que aconteceria. Não confiou em sua beleza, em sua bondade, ou mesmo na bondade do rei,  confiou exclusivamente em Deus e entregou-se totalmente a sua vontade.

- Ester foi paciente. Et 5:1-4. Depois de toda a tensão passada por Ester, se o rei a receberia ou se ela morreria, Ester teve a paciência de marcar outro encontro com o Rei para resolver a situação. Em nenhum momento ela se achou dona da situação.  Quando confiamos em Deus não precisamos resolver de imediato, sabemos esperar. Atropelamos as coisas quando achamos que somos nós que vamos resolver. Quando confiamos em Deus temos paciência. A paciência de Ester deu tempo para a ação de Deus. Et. 7:7-10.

Maria  (mãe de Jesus)

Maria, diferente de Ester, morava com sua família e convivia com seu povo desde pequena. Cresceu aprendendo a amar a Deus e viveu uma vida exemplar, como consequência dessa vida “certinha”  estava com seu futuro garantido, noiva de um homem bom, temente a Deus e que a amava muito. Tudo que uma jovem de sua época poderia sonhar. De repente, em meio aos preparativos de seu casamento, dos chás de cozinha, de langeri, das contratações dos bufês, ela recebe a visita de um anjo. A notícia era, no mínimo, muito extranha. O anjo diz que ela ficaria grávida. (Lc 1:26-31)

- Maria confiou. Lc. 1:34 . Maria confiou a ponto de perguntar como isso iria acontecer. Ela não argumentou a impossibilidade de acontecer o que o anjo estava dizendo, ela apenas não sabia como iria acontecer.

- Maria entregou-se totalmente a Deus . Lc 1:38. Ao ser revelado pelo anjo os planos de Deus Maria não hesitou.  Ela poderia ter pensado em todas as implicações desse anuncio, mas sua atitude imediata, movida pelo foco de sua vida foi entregar-se. Penso que depois que o anjo saiu Maria deve ter dito “o que eu fiz?”, “ eu estou louco” , “vou perder tudo que tenho”.  Mas nenhum desses pensamentos foi mais forte que sua confiança em seu Deus Maravilhoso.

 - Maria arriscou tudo o que tinha (Lc. 1:19) Será que José acreditaria nisso e toda a sua família e amigos? Ela era virgem como poderia estar grávida? Provavelmente seu casamento seria cancelado. Pelas leis de seu tempo ela poderia até ser apedrejada por adultério. José a amava tanto que resolveu fugir e receber para si a difamação (descrédito, calúnia, infâmia) ao invés de imafamá-la (Cobrir publicamente de vergonha).

A fidelidade de Ester resultou no livramento do povo judeu de sua época, a fidelidade de Maria resultou em nossa salvação. O que tornaram essas mulheres fiéis a Deus a esse ponto?

Ester não confiou em sua beleza ou na paixão de seu rei por ela, mas no Deus que conhecia. Maria não se sustentou na sua vida abençoada e certinha, mas no Deus que a havia abençoado.

Hoje somos cada vez mais levados a buscar situações que nos dê segurança, assim quando conseguimos alcançá-las, mesmo que reconheçamos que foi dado por Deus, nos apegamos a essas conquistas como a coisa mais importante para nós. E isso pode ser um marido, um filho, um trabalho, uma condição social, um bem...  Dessa forma quando nos vemos ameaçadas de perder essas bençãos nos apavoramos e deixamos de confiar no Deus maravilhoso.

Essas mulheres e muitas outras nos ensinam que quando confiamos plenamente no nosso Deus somos constantimente desafiadas a sermos fiéis a Ele. A fidelidade não vem sem uma confiança total. 

Quando as circunstâncias não forem favoráveis, minha irmã, e tudo parecer estar desmoronando lembre-se que seu Deus maravilhoso não perde o controle de nada. CONFIE. Esse é o desafio para nossa fidelidade. Confiar em meio as lutas, confiar apesar das circunstâncias, e assim esperimentar milagres em nossas vidas.

Que nosso Deus nos abençoe!



Nossa identidade em Cristo 1


3  Não estamos a salvo das garras do pecado só pelo fato de conhecermos os mandamentos de Deus, pois não podemos guardá-los e não os guardamos, mas Deus pôs em ação um plano diferente a fim de nos salvar. Enviou seu próprio Filho, em corpo humano como o nosso - com a exceção de que o nosso é pecador - e destruiu o controle do pecado sobre nós, dando-Se a Si mesmo como sacrifício por nossos pecados. Rom 8:3 BV

1)   Saber qual é a vontade de Deus não salva do pecado

o   Saber que Deus abomina a mentira não faz alguém dizer a verdade;
o   Saber que Deus se alegra com a fidelidade não faz alguém ser leal com sua esposa/esposo;
o   Saber que Deus deseja que nos amemos não torna alguém amoroso.

O problema, então, não é apenas a falta de conhecimento a respeito da vontade de Deus. Encher a mente de conhecimento, mesmo que sejo o conhecimento sobre o desejo de Deus para nós, não é eficaz contra as inclinações destrutivas do coração humano.


Quando achamos que o único problema é porque as pessoas ainda não sabem qual é a vontade de Deus, (1) corremos para explicar às pessoas qual é modo de vida que Deus deseja, (2) depois pedimos que elas vivam conforme algumas regras e (3) condenamos aqueles que não vivem.

Quando achamos que o único problema é porque as pessoas não sabem qual é a vontade de Deus, somos incapazes de lidar com as incoerências e incongruências de quem se diz seguidor de Jesus, mas não esconde sua imperfeições. Apenas saber qual é a vontade de Deus não resolve!

2)  Por nossa conta não temos como atender ao desejo de Deus

O que nos faz pessoas incapazes de atender o desejo de Deus?

·        Porque, se você sabe que a verdade é melhor, continua mentindo?
·        Porque, se você sabe que a fidelidade resulta no bem, continua sendo infiel mesmo sabendo que resulta no mal?
·        Porque, se você sabe que o amor é melhor que ódio, continua nutrindo o ódio do seu coração?

O que nos torna pessoas..

*    Com pensamentos impuros e ansiosos por prazer carnal;
*    Cheias de ódio e disputa, ciúme e ira;
*    Cujo esforço constante é para conseguir o melhor para si próprio;
*    Repletas de queixas e críticas; com o sentimento de que todo mundo esta errado, menos aqueles que são do nosso próprio grupinho;
*    Dominadas pela  inveja, capazes de matar, tomadas pela embriaguez e promotoras de divisões ferozes e toda essa espécie de coisas.

*    Que fazem mais coisas erradas do que certas;
*    Cuja boca é capaz de dizer coisas atrozes e terríveis;
*    Cheias de mentiras e que usam as palavras como ferrão e o veneno;
*    Repletas de maldição e de amargura;
*    Prontos para matar, odiando qualquer um que não concorde conosco;
*    Que deixam a miséria e o transtorno atrás de si, por onde quer que vão;
*    Que não sabem o que é sentir-se seguro e desfrutar as bênçãos de Deus.

Talvez, você se identifique com o testemunho de um dos seguidores de Jesus do primeiro século que refletiu sobre essa nossa incapacidade de, por nossa conta, atender ao desejo de Deus para nós.

15  Não me compreendo de modo algum, pois realmente quero fazer o que é correto, porém não consigo. Faço, sim, aquilo que eu não quero - aquilo que eu odeio. 16  Eu sei perfeitamente que o que estou fazendo está errado, e a minha consciência má prova que eu concordo com essas leis que estou quebrando. 17  No entanto, não o posso evitar por mim mesmo, porque já não sou eu que estou fazendo. É o pecado dentro de mim, que é mais forte do que eu e me obriga a fazer tais coisas ruins.
18  Eu sei que estou completamente corrompido no que diz respeito à minha velha natureza pecaminosa. Seja para que lado for que eu me volte, não consigo fazer o bem. Quero, sim, mas não consigo. 19  Quando quero fazer o bem, não faço; e quando procuro não errar, mesmo assim eu erro. 20  Agora, se estou fazendo aquilo que não quero, é simples dizer onde a dificuldade está: o pecado ainda me retém entre suas garras malignas.
21  Parece um fato da vida que, quando quero fazer o que é correto, faço inevitavelmente o que está errado, 22  Quanto à minha nova natureza, eu gosto de fazer a vontade de Deus; 23  Contudo existe alguma coisa bem no meu íntimo, lá em minha natureza inferior, que está em guerra com a minha mente e ganha a luta, fazendo-me escravo do pecado que ainda está dentro de mim: Em minha mente desejo de bom grado ser um servo de Deus, mas, em vez disso, vejo-me ainda escravizado ao pecado.
Assim, vocês podem ver como isto é: minha nova vida manda-me fazer o que é correto, porém a velha natureza que ainda está dentro de mim gosta de pecar. 24  Que situação terrível, esta em que eu estou! Quem é que me livrará da minha escravidão a essa mortífera natureza inferior? Rom 7:15-24ª (BV) 

Paulo reconhece que há uma luta acontecendo em sua mente e alma. Ele sabe qual é a vontade de Deus, ele gosta da vontade de Deus, mas ele não consegue atender a essa vontade. Paulo chama essa força de natureza inferior, uma velha natureza que tem prazer em rejeitar a vontade de Deus.

De onde vem essa velha natureza?

12  Quando Adão pecou, o pecado entrou na raça humana inteira. O pecado dele espalhou a morte pelo mundo todo, de modo que todas as coisas começaram a envelhecer e morrer, porque todos pecaram, 13  ( Sabemos que foi o pecado de Adão que ocasionou isso ) porque embora, naturalmente, as pessoas pecassem desde o tempo de Adão até Moisés Deus não as julgou culpadas de morte, naqueles tempos, por quebrarem suas leis pois Ele ainda não lhes dera suas leis, nem lhes dissera o que desejava que elas fizessem.

14  Então, quando seus corpos morriam, não era por causa dos seus próprios pecados, visto que eles mesmos nunca haviam desobedecido à lei especial de Deus que ordenava não comer do fruto proibido, tal como Adão tinha feito. (...) 15  Pois este único homem, Adão, trouxe a morte para muitos por meio do seu pecado (...).:16  Esse único pecado de Adão trouxe a pena de morte para muitos (...). 17  O pecado deste único homem, Adão, fez com que a morte reinasse sobre todos (...). 18  Sim, o pecado de Adão trouxe o castigo para todos (...). 19  Adão fez que muitos fossem pecadores porque ele desobedeceu a Deus (...).Rom 5:12-21 

Essa velha natureza, que tem prazer em rejeitar a vontade de Deus, é o resultado em que nós nos transformamos depois de sermos infectados por um virus mortífero.

A raça humana foi contaminada pelo virus chamado desconfiança que encontrou uma porta de entrada através de um homem chamado Adão e se espalhou por toda a humanidade. Esse virus encontrou um ambiente favorável para se desenvolver na mente e na alma de Adão e produziu uma infecção chamada desobediência, que leva à morte.

A desconfiança a respeito de quem Deus é: (1) se Ele é bom ou não, (2) se Ele é confiável ou não, (3) se Ele é poderoso ou não, (4) se Ele é egoísta ou amoroso, (5) Ele quer nosso bem ou nos fazer sofrer... A desconfiança a respeito de quem Deus é, é o que nos afasta Dele e nos leva a agir por conta própria.

Longe de Deus tudo perde o sentido. Longe de Deus a natureza humana perde o referencial e se corrompe. Longe Dele a vida soprada por Deus em nós vai envelhecendo, se tornando amarga, amargurada, temerosa, agressiva, insegura, racorosa, egoísta... uma natureza envelhecida, uma velha natureza incapaz de atender a vontade de Deus, que se nega a reconhecer que tem um Pai e que o seu estado atual resultado da sua distância do Pai.

3)  Deus pôs em ação um plano diferente

Ora, como apenas saber qual é a vontade de Deus não foi suficiente para mudar a inclinação do nosso coração – a prova disso é o fracasso da humanidade em fazer aquilo que sabemos que é certo – Deus colocou em ação um plano diferente para nos resgatar, nos libertando do poder dessa velha natureza que habita em nós.

Enviou seu próprio Filho, em corpo humano como o nosso - com a exceção de que o nosso é pecador - e destruiu o controle do pecado sobre nós, Rom 8:3 BV

Diante da nossa incapacidade em vencer essa velha natureza que nos afasta Dele e sabendo que o resultado de seguirmos essa velha natureza seria a nossa separação definitiva Dele, o Deus trino, decidiu que na época oportuna o Filho se faria gente, isto é, assumiria a forma humana para destruir o controle dessa velha natureza pecaminosa (abreviadamente chamada de pecado) sobre nós.

Como o poder dessa velha natureza poderia ser quebrado?

...dando-Se a Si mesmo como sacrifício por nossos pecados. Rom 8:3 BV

Onde está o poder da velha natureza? Ela se fortalece se alimentado da nossa desconfiança de Deus. Quanto mais fragil a nossa fé, quanto mais fraca nossa confiança em Deus, mais forte e poderosa será a velha natureza.

Quanto menos você confiar que Deus suprirá suas necessidades, mais você viverá ansioso por exemplo, sobre o seu trabalho: o chefe, a promoção, a comissão, os concorrente, os clientes, o salário,  

Você pode virar puxa-saco do chefe ou tramar um motim para derrubá-lo
Você pode ser traiçoeiro com os colegas de trabalho para ser promovido
Você pode decidir falsificar os relatórios para receber uma comissão maior
Você pode resolver espalhar boatos mentirosos contra os concorrentes
Você pode manipular os clintes para comprar o que você quer vender
Você pode se tornar em um chato que reclama o tempo todo do salário que tem

A velha natureza encontrou força em sua insegurança quanto ao caráter de Deus... sua dúvidas se ele realmente cumprirá às promessas que fez, de que não desamparará os seus. Sua desconfiança sobre Deus a fortaleceu.

A questão é: que plano diferente é esse que Deus pôs em prática? Como a vinda de Jesus destruíu o poder dessa velha natureza pecaminosa? O que é que Ele fez que vai contra essa natureza inferior, que habita em nós e teima em tentar nos dominar e arrastar para longe de Deus?

Primeiro: Ele autolimitou-se, abrindo mão temporariamente dos poderes de sua natureza divina.

5  Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, 6  que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se;  7  mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens.  8  E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz! Flp 2:5-8 NVI 

E o que isso tem a ver com os poderes da velha natureza? É que ao deixar de lado seu imenso poder e sua glória, Jesus estava afirmando sua confiança no Pai e dando um duro golpe na velha natureza humana, que se alimenta da desconfiança em Deus.

Segundo: Ele viveu a vida experimentando confiar no Pai e aprendendo a obediência como fruto da confiança.

7  Ainda mais, enquanto estava aqui na terra, Cristo suplicou a Deus, orando com lágrimas e agonia de alma ao único que O salvaria da morte ( prematura ). E Deus ouviu as orações dele por causa do seu intenso desejo de obedecer a Deus em todos os momentos. 8  E embora Jesus fosse o Filho de Deus, teve de aprender por experiência própria o que era obedecer, quando a obediência significa sofrimento. 9  Foi depois desta experiência, quando Ele provou que era perfeito, que Jesus se tornou o doador da salvação eterna a todos os que Lhe obedecem. Heb 5:7-9  (BV)

Essa é uma passagem reveladora, porque mostra que o plano diferente que Deus pôs em prática, diante do nosso fracasso em atender a vontade Dele, dependia de que Cristo confiasse de forma tão completa no Pai que estivesse disposto a obedecer, mesmo se essa obediência significasse sofrimento.

E foi isso que Jesus fez. Confiou mesmo quando o preço da confiança era o sofrimento.

Terceiro: Essa confiança irrestrita O levou a ser desprezado, ridicularizado, criticado, incompreendido, acusado, injustiçado, aprisionado, espancado e morto de forma humilhante em um cruz.

Diante da nossa incapacidade comprovade de vencer nossa velha natureza pecaminosa, e diante do fim inexorável de todos aqueles que, vencidos por essa velha natureza, afastam-se definitivamente do Pai, Cristo se ofereceu para viver esta terrível experiência em nosso lugar.

...dando-Se a Si mesmo como sacrifício por nossos pecados. Rom 8:3 BV

Na cruz ele gritou em agonia: Pai, pai, porque me desamparaste?

Ele não merecia a experiência do desamparo. Ele não havia confiado irrestritamente no Pai. Ele obecedeu até à morte. Mas ele decidiou que sofreria o dano em nosso lugar para que a Velha Natureza Pecaminosa não tivesse mais nenhum direito sobre nós.

Quero concluir lendo novamente o texto de

Eis aqui o contraste entre Adão e Cristo, que ainda estava para vir. 15  E também a diferença entre o pecado do homem e o perdão de Deus: Pois este único homem, Adão, trouxe a morte para muitos por meio do seu pecado, Porém este outro homem, Jesus Cristo, trouxe perdão para muitos por meio da misericórdia divina. 16  Esse único pecado de Adão trouxe a pena de morte para muitos, enquanto que Cristo tira de graça os muitos pecados, e oferece em seu lugar uma vida gloriosa. 17  O pecado deste único homem, Adão, fez com que a morte reinasse sobre todos, porém todos quantos receberam o presente divino de perdão e absolvição reinarão em vida, por causa deste único homem, Jesus Cristo. 18  Sim, o pecado de Adão trouxe o castigo para todos, mas o ato de retidão de Cristo faz com que os homens sejam retos para com Deus, para que possam viver. 19  Adão fez que muitos fossem pecadores porque ele desobedeceu a Deus, e Cristo fez que muitos fossem aceitos por Deus porque Ele obedeceu. Rom 5:14b-19

  
Conclusão

Nossa identidade em Cristo está ancorada em quem ele é no que ele fez.

Nossa identidade passa (1) pela aceitação de que não temos controle por nós mesmos sobre nossa natureza pecaminosa, (2) pelo entendimento de que se nada for feito a esse respeito seremos arrastados por ela para longe de Deus, e (3) pela decisão de aceitar aquilo que Cristo fez na Cruz, entregando-se a si mesmo para experimentar no seu lugar o desamparo e a distância do Pai.

Sem isso, não o que falar em identidade em Cristo.