24 janeiro 2010

Lealdades e Conseqüências 2


Lealdades e Conseqüências
Conexão
Três diálogos curtos que refletem a opinião de Jesus sobre o que significa ser discípulo dele e quais são as conseqüências dessa decisão.
Já entendemos que ser um seguidor de Jesus:
·       Não é alimentar o intelecto de conhecimento,
·       Não é colecionar medalhas de sucessos morais,
·       Não é guardar estrelinha da tarefas religiosas,
·       Não é tornar-se bem-sucedido conforme as regras deste mundo,
Mas é: experimentar com Jesus um relacionamento contínuo, dinâmico e libertador em que o amor toma nossa mão e nos ensina a dança as músicas que a vida nos oferece.
Esses diálogos têm a ver com lealdades e conseqüências.
Eles foram deixados nas Escrituras para que leitores como nós possam refletir sobre: (1) a quem somos leais e (2) se estamos dispostos a sofrer as conseqüências dessa lealdade.
Os três diálogos acontecem entre Jesus e pessoas que ele encontra pelo caminho:
57 Enquanto estavam a caminho, alguém disse a Jesus: “Eu te seguirei aonde quer que tu vás”. 58 Jesus respondeu: “As raposas têm tocas e os pássaros do céu têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”.

O Primeiro Diálogo
Sem campanha evangelística, sem folheto, sem uma Série de Conferências ou qualquer divulgação programada, um sujeito jogou-se diante de Jesus e jurou fidelidade pra toda a vida.
1.          Basta conhecer pessoalmente a Jesus para que as pessoas se sintam atraídas a Ele.
·       Durante seu ministério, sua presença, palavra e amor foram suficientes para que as pessoas se sentissem atraídas para segui-lo.  Hoje, essa presença, sua palavra e o seu amor em nós, pela ação do Espírito Santo, são a força que atrai as pessoas a seguir Jeus.

2.          Mas, cara de limão, frases de efeito e palavras bonitas não impressionam Jesus.
o  Depois de ouvir aquela declaração de lealdade eterna, Jesus não ficou de olhos marejados, emocionado com o que tinha ouvido, mas disse: que bom, mas você entende realmente o que isso significa?

o  Você tem certeza do que está dizendo? Você realmente quer me entregar a sua lealdade e me seguir? Você sabe as conseqüências de fazer parte do meu time?
O teste de Jesus
58 Jesus respondeu: “As raposas têm tocas e os pássaros do céu têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”.
Jesus fez uma comparação direta com coisas simples da natureza para falar de verdades espirituais que têm o poder de transformar nossas vidas. As raposas têm tocas onde dormir, não é verdade? Os passarinhos também têm um galho onde podem descansar, certo? Mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça.
O Filho do Homem é aquele de quem o profeta Daniel afirma:
14 Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído. Dan 7:13-14

Alguém que recebeu o direito de ser servido por todos os povos. Um líder poderoso, cujo reino não tem fim; um rei eterno, cujo o reino jamais será destruído. Os poderes que dominam este mundo caído não o acolheram. Jesus é um Rei que foi rejeitado.
O apóstolo João retratou bem essa situação:
10 Embora Ele tenha feito o mundo, não foi reconhecido pelo mundo, quando veio. 11 Mesmo em sua própria terra entre seu próprio povo, os judeus, Ele não foi aceito. Só uns poucos O acolheram e receberam. João 1:1-10 BV 

Os poderes
Jesus foi rejeitado pelos poderes deste mundo porque a vida, a palavra e a obra dele na cruz eram (e são) uma denúncia contra esses poderes.
As palavras de Jesus são contrárias ao modo de ver a vida que esses poderes têm promovido e por isso ele foi (e é) rejeitado.
Que poderes são esses que rejeitaram e ainda rejeitam a Jesus e seus seguidores? Bom, vou citar três deles: a Religião, a Política, e o Dinheiro. Hoje, refletiremos sobre a Religião.

Poder da Religião
Porque as potestades da religião rejeitam Jesus? Porque ele abre os olhos das pessoas para as mentiras que a religião diz, e, ao fazer isso, denuncia toda a farsa que foi montada para afastar as pessoas de Deus.
Os poderes da religião condicionam o amor do Pai à quantidade e à qualidade dos nossos esforços para agradar a Deus, mas isso é uma mentira; Deus ama porque Ele é amor.
Aqueles que são convencidos pelas potestades da religião, de que o amor de Deus depende das coisas certas que fazemos, caem em uma armadilha diabólica.
Tudo começa com o esforçar para fazer muitas coisas certas, tentando se tornar merecedor do amor do Pai. Depois de alguma frustração, você percebe que é incapaz de alcançar o padrão de Deus naquilo que faz e entra em crise; uma crise de fé.
Aí os Poderes da Religião lançam o seu engodo: se você continuar desse jeito vai perder o amor do Pai. Você precisa se esforçar para fazer mais e melhor. Acreditando na mentira, de que o amor do Pai depende da quantidade e da qualidade dos seus acertos, você se esforça mais.
Depois de muita frustração, confuso e certo de que precisa fazer algo antes de perder o amor do Pai, você começa a fingir que está acertando; cria máscaras para encobrir o rosto opaco, que perdeu o brilho da presença de Deus, e capas para esconder a pessoa humana que você realmente é.
Você caiu na armadilha e se tornou um religioso. Um fingido.
13 Ai de vocês, fariseus, e de vocês, demais líderes religiosos! Fingidos! Pois vocês não deixam os outros entrarem no Reino dos Céus, nem vocês mesmos entram. 14 Vocês parecem ser santos, com todas as suas longas orações públicas nas ruas, enquanto estão expulsando as viúvas das casas delas. Fingidos!

15 Sim, ai de vocês, fingidos. Porque vão a qualquer distância para converter alguém, e depois fazem a mesma pessoa duas vezes mais digna do inferno do que vocês mesmos são.

23 Sim, ai de vocês, fariseus, e demais líderes religiosos - fingidos! Pois dão o dízimo até da última folha de hortelã da sua plantação, mas se esquecem das coisas importantes - a justiça, a misericórdia e a fé. Sim vocês devem dar o dízimo, mas não deve deixar de fazer as coisas mais importantes. 24 Guias cegos! Vocês coam um mosquito e engolem um camelo.

25 Ai de vocês, fariseus, e líderes religiosos - fingidos! Vocês são tão cuidadosos em limpar a parte de fora da taça, mas o interior está imundo de exploração dos outros e de cobiça. 26 Fariseus cegos! Limpem primeiro o interior da taça, e então ela inteira ficará limpa.

27 Ai de vocês, fariseus e líderes religiosos! Vocês são como belos túmulos - cheios de ossos de homens mortos, de podridão e sujeira. 28 Vocês procuram parecer homens santos, mas por baixo desses mantos de bondade, estão corações manchados de toda espécie de fingimento e pecado.

29 Sim, ai de vocês, fariseus, e de vocês, líderes religiosos - fíngidos! Pois constroem monumentos aos profetas mortos pelos seus pais, depositam flores nos túmulos dos homens bondosos que eles destruíram, 30 e dizem: 'É claro que nós nunca faríamos como nossos pais'. 31 Dizendo isso, vocês estão acusando a si mesmos, de serem os filhos de homens perversos. 32 E vocês estão seguindo os seus passos, enchendo até em cima a medida completa da maldade deles. 33 Serpentes! Filhos de víboras! Como vocês escaparão da condenação do inferno? (Mat 23:13-33) 

Que grande destruição os Poderes da Religião são capazes de causar na vida de uma pessoa.

Voltando para as raposas e os passarinhos
Quando Jesus ouviu a declaração de lealdade daquela pessoa à beira da estrada e afirmou que as raposas têm suas tocas e os passarinhos os seus ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça, eles estava dizendo algo mais ou menos assim:
·       Você compreende que a minha vida e as minhas palavras são contrárias aos poderes da religião, e que por isso não há lugar para mim entre aqueles que promovem suas mentiras?
·       Você entende que se você se tornar leal a mim o travesseiro da religião lhe será tirado, e que, assim como eu, você ganhará inimigos gratuitos e não terá onde reclinar a cabeça?
·       Você está disposto a buscar ao Pai com sinceridade de coração e abrir mão do fingimento para experimentar o amor incondicional de Deus?
·       Você está pronto para ser rejeitado pelos poderes religiosos em nome da sua lealdade a mim?
...as raposas têm suas tocas e os passarinhos os seus ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça...
Conclusão
Os poderes da Religião pregam uma mentira sobre Deus: que o amor dele está condicionado aos nossos acertos e sucessos.
Em torno disso foi construído o império da religião, nos qual seus líderes estabelecem as regras dessa mentira de forma cuidadosa e razoável, até tudo pareça verdadeiro.
Esse império atrai milhões com a promessa de que com um pouco de esforço, tudo estará resolvido.
Mas, Jesus expôs o engano dessas potestades na Cruz.
·       Na cruz, a lógica da religião foi desmantelada.
·       Na cruz, o sistema de mérito foi ferido de morte.
·       Na cruz, os poderes da religião foram obrigados a dobrarem-se diante da verdade: O amor de Deus não é resultado dos nossos acertos e sucessos, mas é uma expressão do próprio ser de Deus.
13 Vocês estavam mortos em pecados e seus desejos pecaminosos ainda não tinham sido afastados. Então Ele deu-lhes participação na própria vida de Cristo, porque lhes perdoou todos os pecados, 14 e apagou as acusações confirmadas que havia contra vocês, a lista dos seus mandamentos que vocês não tinham obedecido. Tomando esta lista de pecados, Ele a destruiu, pregando-a na cruz de Cristo. 15 Deste modo Deus tirou o poder de Satanás acusar vocês de pecado e exibiu publicamente ao mundo inteiro o triunfo de Cristo na cruz, onde foram tirados todos os pecados de vocês. Col 2:13-15 

·       Na cruz, a duplicata que provava sua dívida com Deus, foi paga e exposta publicamente, diante dos poderes da religião. nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.
·       Na cruz, as denúncias do Acusador contra você, perderam sua força: Deus perdoou todos os seus pecados e lhe dá a oportunidade de viver a vida abundante que há em Cristo.
·       Na cruz, o amor de Deus tornou-se graça para nos libertar da prisão do esforço e do mérito.
·       Na cruz, Aquele que foi rejeitado pelos poderes da Religião, amou e acolheu a todos para que você possa viver em paz com Deus, livre das mentiras sobre Ele e conhecendo cada dia mais sua bondade, seu amor, sua graça, sua fidelidade, sua misericórdia e longanimidade para conosco.

17 janeiro 2010

Lealdade: eu te seguirei aonde quer que tu vás

Nossa reflexão hoje será em torno de três diálogos curtos que nos permitirão ouvir a opinião de Jesus sobre a maneira com Ele considera o relacionamento que ele deseja ter com seus discípulos.


Isso é sobremaneira importante, quando já entendemos que ser um seguidor de Jesus não é alimentar o intelecto de conhecimento, não é colecionar medalhas de sucessos morais, não é guardar estrelinhas por cumprir tarefas religiosas, nem tampouco tornar-se bem-sucedido conforme as regras deste mundo, mas sim experimentar com Ele um relacionamento contínuo, dinâmico e libertador em que o amor dá tom e rege as músicas que vamos dançar.


Esses diálogos têm a ver com lealdades e conseqüências. Creio que eles foram deixados nas Escrituras para que leitores como nós possam refletir sobre: (1) a quem são leais e (2) se estão dispostos a pagar o preço dessa lealdade.


57 Enquanto estavam a caminho, alguém disse a Jesus: “Eu te seguirei aonde quer que tu vás”. 58 Jesus respondeu: “As raposas têm tocas e os pássaros do céu têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”.


59 Então disse a outro: “Segue-me. ” Este respondeu: “Permite-me primeiro ir enterrar meu pai”. 60 Jesus respondeu: “Deixa que os mortos enterrem os seus mortos; mas tu, vai e anuncia o Reino de Deus”.


61 Um outro ainda lhe disse: “Eu te seguirei, Senhor, mas deixa-me primeiro despedir-me dos de minha casa”. 62 Jesus, porém, respondeu-lhe: “Quem põe a mão no arado e olha para trás, não está apto para o Reino de Deus. ” Luc 9:57-62



Os três diálogos se dão com pessoas que Jesus encontra pelo caminho:


O primeiro interrompe Jesus para dizer que vai segui-lo para qualquer lugar haja o que houver. Jesus, então, lembra para ele que essa decisão tem um preço a ser pago;


O segundo é chamado por Jesus para segui-lo. Ao receber o chamado ele impõe uma condição para ir e Jesus, então, comenta a condição imposta;


O terceiro se voluntaria para seguir a Jesus, mas ao contrário do primeiro tem uma condição para isso. Jesus, assim como fez com o segundo, comenta a condição imposta.


O Primeiro Diálogo


57 Enquanto estavam a caminho, alguém disse a Jesus: “Eu te seguirei aonde quer que tu vás”. 58 Jesus respondeu: “As raposas têm tocas e os pássaros do céu têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”.



Sem campanha evangelística, sem folheto, sem uma Série de Conferências ou qualquer divulgação programada, um sujeito jogou-se diante de Jesus e começou a cantar:


Toda a minha vida eu rendo a Ti
Todo meu ser pertence a Ti
Quero ser só Teu, somente Teu
Meu coração entrego totalmente a Ti
Eu jamais deixarei de Te amar Jesus


1. Basta conhecer Jesus para que as pessoas se sintam atraídas a Ele. Enquanto ele esteve aqui, sua presença, palavra e amor foram suficientes para que as pessoas se sentissem atraídas para segui-lo. Hoje, bastam a presença, a palavra e o amor dele em nós, através do Espírito Santo, para que as pessoas se sintam atraídas para segui-lo.


Tornar Jesus conhecido vai muito além de explicar as quatro leis espirituais, entregar um folheto, realizar culto ao ar livre, fazer um blog evangelístico, ou Twittar versículos da bíblia. É viver a vida de Cristo: É ser tomado pela mente dele e começar a ver o mundo com ele vê. Deixar-se embeber do seu amor e começar a amar como ele amou.



2. Cara de limão, frases de efeito e palavras bonitas não impressionam Jesus. Depois de ouvir aquela declaração de lealdade eterna, Jesus não ficou de olhos marejados, emocionado com o que tinha ouvido, mas disse: que bom, mas você entende realmente o que isso significa?



Ao contrário do que fazem muitos pregadores hoje, ele testou a compreensão e a convicção daquele homem quanto à decisão que ele havia tomado (com o risco de prejudicar as estatísticas): Você tem certeza do que está dizendo? Você realmente quer me entregar a sua lealdade e me seguir? Você sabe as conseqüências de fazer parte do meu time?




O teste de Jesus


58 Jesus respondeu: “As raposas têm tocas e os pássaros do céu têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”.


Jesus fez uma declaração um tanto enigmática, mas usou uma comparação direta com coisas da natureza. As raposas têm tocas onde dormir, não é verdade? Os passarinhos também têm um galho onde pode descansar, certo? Mas o Filho do Homem não tem onde descansar.


Das 82 vezes em que a expressão Filho do Homem aparece no Novo Testamento, 80 foram ditas pelo próprio Jesus referindo-se a si mesmo, assim com é na nossa passagem. O Filho do homem a quem ele se refere é ele mesmo.


De onde Jesus tirou essa expressão? Porque ele se chamava assim?


Essa expressão, Filho do Homem, aparece mais de 100 vezes no Antigo Testamento e quase todas são no livro do profeta Ezequiel e se referem ao próprio profeta. Mas, no livro do profeta Daniel, a expressão ganha outro significado.


13 Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele.


14 Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído. Dan 7:13-14



O Filho do Homem é aquele de quem o profeta Daniel afirma que recebeu domínio, glória e um reinado. Alguém que recebeu o direito de ser servido por todos os povos. Um líder poderoso, cujo reino não tem fim; um rei eterno, cujo o reino jamais será destruído.


Mas veja o que Jesus diz: “...o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”


Jesus é o Filho do Homem, o Rei Eterno, mas, em contradição com a profecia, ele não tem onde reclinar a cabeça. Ele foi desprezado. Os poderes que dominam este mundo caído não o acolheram. Jesus é um rei que foi rejeitado.


O apóstolo João retratou bem essa situação:


1 Antes de existir qualquer coisa, Cristo já existia, e estava com Deus. 3 Ele criou tudo o que há - não existe nada que ele não tenha feito. 4 Nele está a vida eterna, e esta vida traz luz a toda a humanidade. 5 A vida dEle é a luz que brilha no meio da escuridão, e nunca pode ser apagada pela escuridão. (...)


10 Embora Ele tenha feito o mundo, não foi reconhecido pelo mundo, quando veio. 11 Mesmo em sua própria terra entre seu próprio povo, os judeus, Ele não foi aceito. Só uns poucos O acolheram e receberam. João 1:1-10 BV



Jesus foi rejeitado pelos poderes deste mundo porque a vida, palavra e obra dele eram (e são) uma denúncia contra esses poderes. As palavras de Jesus são contrárias ao modo de ver a vida que esses poderes têm promovido e por isso ele foi (e é) rejeitado.


E eis que gritaram: Que temos nós contigo, ó Filho de Deus! Vieste aqui atormentar-nos antes de tempo? Mat 8:29 ARA



Conclusão


Então, em outras palavras, ao falar de raposas e passarinhos, tocas e ninhos, Jesus está dizendo: você já entendeu que tornar-se leal a mim significa ser rejeitado pelos poderes deste mundo? E aí, você realmente quer fazer isso?


O Senhor não tenta seduzir aquele homem com promessas futuras, não oferece benefícios de curto prazo e nem de longe tenta convencê-lo a se converter. Ao invés disso, abre os seus olhos para o quanto custa ser discípulo de Jesus, o rejeitado.


Imagine que Jesus se apresente em sua casa hoje à noite, depois do culto, sente no seu sofá e diga:


Amigo, eu sei que você já afirmou algumas vezes que deseja ser meu discípulo, mas eu acho que você ainda não entendeu: isso significa que você precisa decidir a quem você será leal – a mim ou aos poderes deste mundo.


Escute, eu sou o criador do universo. Eu sou o Rei eterno a quem foi entregue o domínio de tudo. Mas eu fui rejeitado pelos poderes deste mundo caído. Eles estão em sua última agonia antes de tudo ser colocado debaixo dos meus pés pelo Pai.


Até lá, neste mundo rebelde, você certamente terá muitas aflições. Você será rejeitado como eu fui, Você será desprezado e aviltado como eu fui. Você será ridicularizado, como eu fui. Mas, se você for leal a mim até o fim, eu lhe darei a vida como recompensa e repartirei com você a alegria da minha glória.


Qual foi a resposta do personagem da nossa história? Não sabemos. Qual é a sua resposta ao ouvir o mestre?

10 janeiro 2010

Jesus, o Fariseu e a Mulher Pecadora



Convidado por um dos fariseus para jantar, Jesus foi à casa dele e reclinou-se à mesa. Ao saber que Jesus estava comendo na casa do fariseu, certa mulher daquela cidade, uma ‘pecadora’, trouxe um frasco de alabastro com perfume, e se colocou atrás de Jesus, a seus pés. Chorando, começou a molhar-lhe os pés com as suas lágrimas. Depois os enxugou com seus cabelos, beijou-os e os ungiu com o perfume. Lc 7:36-38


• Nossa história tem três personagens: Jesus, um fariseu e uma mulher;
• Ela se passa na casa do fariseu (Simão) durante um jantar especial;
• Ao que parece, era um jantar formal, pois Jesus tomou lugar à mesa;
• É possível que Jesus tenha sido convidado após uma exposição das Escrituras;
• Jesus foi convidado pelo fariseu, mas a mulher não fazia parte dessa lista;
• A mulher era conhecida na cidade, provavelmente uma prostituta.


...O portão do jardim, e a porta... estão abertos... Uma mesa longa e baixa, ou mais freqüentemente apenas os grandes pratos de madeira são colocado ao longo do centro da sala, e divãs baixos de ambos os lados, nos quais os hóspedes, colocados segundo a ordem da sua posição, reclinam-se, apoiando-se no cotovelo esquerdo, com os pés afastados da mesa. Ao chegar, todos tiram as sandálias ou chinelos, e os deixam à porta... Os servos ficam de pé, por detrás dos divãs e colocando uma bacia rasa e larga no chão, derramam água sobre os pés dos hóspedes


• Algumas cortesias são esperadas pelos hóspedes hoje em dia: cumprimentos de mãos, beijos na face, uma palavra de bem vindo, a indicação e um lugar para sentar;
• Algumas cortesias eram esperadas pelos hóspedes naquele tempo: um beijo de saudação, água para lavar os pés e óleo para ungir a cabeça.
• Os rituais de recepção de hóspedes foram grosseiramente omitidos por Simão em relação a Jesus;

27 dezembro 2009

Jesus, o presente de Deus

Há mais de 2.700 anos atrás um homem chamado Isaías escreveu uma palavra de esperança para o seu povo. Essa palavra foi preservada de geração em geração até hoje, por mais de 27 séculos.


Durante todo esse tempo, as palavras do profeta Isaías foram lidas nos momentos de angústia, em meio a derrotas amargas e quando o povo estava cercado de tristeza, com o propósito de trazer ânimo.
Essas palavras de esperança foram cantadas em meio ao sorriso das crianças e também recitadas por entre às lágrimas dos velhos: um menino nascerá! Ele será o presente de Deus. Isa 9:1-7


1 ...ESSA ÉPOCA de escuridão e desespero não vai durar para sempre...2 O povo que está andando na escuridão verá uma grande Luz...3 Deus fará de Israel uma grande nação novamente...4 ... Deus vai quebrar as correntes que prendem o seu povo, vai acabar com os sofrimentos da escravidão, vai quebrar o poder dos que maltratam o (seu) povo...


5 Nesse dia tão lindo, não vai mais se ouvir exércitos marchando; os uniformes de batalha, manchados de sangue serão todos queimados. 6 Tudo isso porque um Menino nasceu; porque Israel ganhou um Filho. Ele receberá todo o poder, o governo de toda a terra. Estes serão os títulos de nobreza que Ele terá: "Maravilhoso", "Conselheiro", "Deus Poderoso", "Pai-Eterno" e "Príncipe da Paz! ”. 7


O seu reino sempre crescerá e viverá em completa paz. Ele governará com justiça perfeita no trono de Davi, desde agora e eternamente. O Senhor do Universo vai providenciar cuidadosamente para que tudo isso aconteça. Isa 9:1-7


Há mais de 2.000 anos atrás um homem chamado Lucas também escreveu sobre esperança: uma esperança alcançada. É a história do nascimento de um menino. 700 anos depois de Isaías, Lucas afirmou: enfim recebemos o presente que havia sido prometido. O Senhor do Universo providenciou para que tudo isso acontecesse. O menino nasceu.


1 POR ESSE tempo César Augusto, o imperador, decretou que se fizesse um recenseamento de toda a nação. 2 (Este recenseamento foi feito quando Quirino era governador da Síria.) 3 Exigia-se que todo mundo voltasse à sua terra natal para se registrar. 4 E como José era da antiga família real, teve de ir a Belém, na Judéia, terra natal do rei Davi - viajando de Nazaré, na Galiléia, para lá. 5 Ele levou consigo Maria, sua esposa, que estava grávida.


6 Estando ali, chegou a hora do Filho dela nascer; 7 e ela deu à luz seu primeiro filho, um menino. Enrolou-O num cobertor e O deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria da aldeia.


8 Naquela noite alguns pastores estavam nos campos, guardando seus rebanhos de ovelhas. 9 De repente um anjo apareceu entre eles, e ficaram cercados do brilho da glória do Senhor. Eles ficaram muito atemorizados, 10 mas o anjo os acalmou. "Não tenham medo! " disse ele. "Eu lhes trago a notícia mais alegre que já se deu, e isso é para todo o mundo! 11 O Salvador - sim, o Messias, o Senhor – nasceu esta noite em Belém! 12 Como vocês vão reconhecê-lo? Vocês encontrarão uma criancinha enrolada num cobertor, deitada numa manjedoura! "


13 De repente, juntou-se ao anjo uma grande multidão de outros anjos - o exército celestial louvando a Deus: 14 "Glória a Deus nas maiores alturas", cantavam eles, "e paz na terra para todos aqueles que O agradam".


15 Quando os anjos voltaram para os céus, os pastores disseram uns aos outros: "Vamos! vamos a Belém! Vamos ver esta coisa maravilhosa que aconteceu, a respeito da qual o Senhor nos falou". 16 Eles correram à aldeia, encontraram Maria e José, e lá estava a criancinha, deitada na manjedoura. (Luc 2:1-16)


Quem recebeu presentes neste Natal? Porque é tão bom receber presentes?

Durante séculos as palavras do profeta Isaías levaram esperança ao povo falando que um dia nós receberíamos um presente de Deus. Esse presente teria a forma de um menino, que se tornaria Rei.

• Ele é a esperança de que ninguém andar mais na escuridão.
• Ele é a esperança de que as correntes serão quebradas;
• Ele é a esperança de que os sofrimentos terão seu fim;
• Ele é a esperança de que seremos libertos da opressão;
• Ele é a esperança de que a paz será uma realidade.
• Ele recebeu o nome de Jesus. Ele é o presente de Deus.


O que significa dizer que Jesus é o presente de Deus?

Certamente há muitas maneiras de olhar para essa afirmação. Hoje à noite lhe convido a considerar quatro aspectos sobre Jesus, o presente de Deus:

1. Jesus é o ponto máximo do amor de Deus

"Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3:16


• Deus tem nos cercado com seu amor (criação, vida);
• Em Jesus, Deus experimentou a morte em seu lugar;
• Em Jesus, Deus entregou-se a si mesmo pela nossa dívida.
• Você não vai encontrar amor maior que este.

2. Jesus é uma prova viva do amor

Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Rom 5:8 

• Deus não é daqueles que apenas falam de amor;
• Em Jesus, Deus demonstrou de forma prática seu amor;
• Em Jesus, Deus levou o amor até à última conseqüência.
• Não tenha dúvidas a respeito desse amor.

3. Jesus deu-se por amor

14 "Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas; e elas me conhecem; 15 assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas. 16 Tenho outras ovelhas que não são deste aprisco. É necessário que eu as conduza também. Elas ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor.

17 Por isso é que meu Pai me ama, porque eu dou a minha vida para retomá-la. 18 Ninguém a tira de mim, mas eu a dou por minha espontânea vontade. Tenho autoridade para dá-la e para retomá-la. Esta ordem recebi de meu Pai". João 10:14-18


• Jesus, o presente de Deus, não foi obrigado a se entregar;
• Em Jesus, o amor de Deus se mostrou espontâneo;
• Em Jesus, Deus o (a) amou livremente, porque desejou.
• Experimente o amor verdadeiro que há em Jesus.


4. Jesus é a chave para a vida

Quem crê no Filho tem a vida eterna; já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele". João 3:36 

• Deus nos criou para a vida, não para a morte;
• A chave da vida é o amor – Jesus é a prova do amor;
• Quem recebe o presente de Deus, recebe a chave da vida.
• Qual sua decisão a respeito do presente de Deus?

25 dezembro 2009

Jesus, o presente de Deus

Há mais de 2.700 anos atrás um homem chamado Isaías escreveu uma palavra de esperança para o seu povo. Essa palavra foi preservada de geração em geração até hoje, por mais de 27 séculos. Durante todo esse tempo, as palavras do profeta Isaías foram lidas nos momentos de angústia, em meio a derrotas amargas e quando o povo estava cercado de tristeza, com o propósito de trazer ânimo.
Essas palavras de esperança foram cantadas em meio ao sorriso das crianças e também recitadas por entre às lágrimas dos velhos: um menino nascerá! Ele será o presente de Deus.

1 ...ESSA ÉPOCA de escuridão e desespero não vai durar para sempre...2 O povo que está andando na escuridão verá uma grande Luz...3 Deus fará de Israel uma grande nação novamente...4 ... Deus vai quebrar as correntes que prendem o seu povo, vai acabar com os sofrimentos da escravidão, vai quebrar o poder dos que maltratam o (seu) povo...


5 Nesse dia tão lindo, não vai mais se ouvir exércitos marchando; os uniformes de batalha, manchados de sangue serão todos queimados. 6 Tudo isso porque um Menino nasceu; porque Israel ganhou um Filho. Ele receberá todo o poder, o governo de toda a terra. Estes serão os títulos de nobreza que Ele terá: "Maravilhoso", "Conselheiro", "Deus Poderoso", "Pai-Eterno" e "Príncipe da Paz! ”. 7


O seu reino sempre crescerá e viverá em completa paz. Ele governará com justiça perfeita no trono de Davi, desde agora e eternamente. O Senhor do Universo vai providenciar cuidadosamente para que tudo isso aconteça. Isa 9:1-7

Há mais de 2.000 anos atrás um homem chamado Lucas também escreveu sobre esperança: uma esperança alcançada. É a história do nascimento de um menino. 700 anos depois de Isaías, Lucas afirmou: enfim recebemos o presente que havia sido prometido. O Senhor do Universo providenciou para que tudo isso acontecesse. O menino nos nasceu.

1 POR ESSE tempo César Augusto, o imperador, decretou que se fizesse um recenseamento de toda a nação. 2 (Este recenseamento foi feito quando Quirino era governador da Síria.) 3 Exigia-se que todo mundo voltasse à sua terra natal para se registrar. 4 E como José era da antiga família real, teve de ir a Belém, na Judéia, terra natal do rei Davi - viajando de Nazaré, na Galiléia, para lá. 5 Ele levou consigo Maria, sua esposa, que estava grávida.


6 Estando ali, chegou a hora do Filho dela nascer; 7 e ela deu à luz seu primeiro filho, um menino. Enrolou-O num cobertor e O deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria da aldeia.


8 Naquela noite alguns pastores estavam nos campos, guardando seus rebanhos de ovelhas. 9 De repente um anjo apareceu entre eles, e ficaram cercados do brilho da glória do Senhor. Eles ficaram muito atemorizados, 10 mas o anjo os acalmou. "Não tenham medo! " disse ele. "Eu lhes trago a notícia mais alegre que já se deu, e isso é para todo o mundo! 11 O Salvador - sim, o Messias, o Senhor – nasceu esta noite em Belém! 12 Como vocês vão reconhecê-lo? Vocês encontrarão uma criancinha enrolada num cobertor, deitada numa manjedoura! "


13 De repente, juntou-se ao anjo uma grande multidão de outros anjos - o exército celestial louvando a Deus: 14 "Glória a Deus nas maiores alturas", cantavam eles, "e paz na terra para todos aqueles que O agradam".


15 Quando os anjos voltaram para os céus, os pastores disseram uns aos outros: "Vamos! vamos a Belém! Vamos ver esta coisa maravilhosa que aconteceu, a respeito da qual o Senhor nos falou". 16 Eles correram à aldeia, encontraram Maria e José, e lá estava a criancinha, deitada na manjedoura. (Luc 2:1-16)

Quem recebeu presentes neste Natal? Porque é tão bom receber presentes?

Durante séculos as palavras do profeta Isaías levaram esperança ao povo falando que um dia nós receberíamos um presente de Deus. Esse presente teria a forma de um menino, que se tornaria Rei.

• Ele é a esperança de que ninguém andar mais na escuridão.
• Ele é a esperança de que as correntes serão quebradas;
• Ele é a esperança de que os sofrimentos terão seu fim;
• Ele é a esperança de que seremos libertos da opressão;
• Ele é a esperança de que a paz será uma realidade.
• Ele recebeu o nome de Jesus. Ele é o presente de Deus.


O que significa dizer que Jesus é o presente de Deus? Certamente há muitas maneiras de olhar para essa afirmação. Hoje à noite lhe convido a considerar quatro aspectos sobre Jesus, o presente de Deus:

1. Jesus é o ponto máximo do amor de Deus

"Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3:16

• Deus tem nos cercado com seu amor (criação, vida);
• Em Jesus, Deus experimentou a morte em seu lugar;
• Em Jesus, Deus entregou-se a si mesmo pela nossa dívida.
• Você não vai encontrar amor maior que este.

2. Jesus é uma prova viva do amor

Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Rom 5:8

• Deus não é daqueles que apenas falam de amor;
• Em Jesus, Deus demonstrou de forma prática seu amor;
• Em Jesus, Deus levou o amor até à última conseqüência.
• Não tenha dúvidas a respeito desse amor.

3. Jesus deu-se por amor

14 "Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas; e elas me conhecem; 15 assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas. 16 Tenho outras ovelhas que não são deste aprisco. É necessário que eu as conduza também. Elas ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor. 17 Por isso é que meu Pai me ama, porque eu dou a minha vida para retomá-la. 18 Ninguém a tira de mim, mas eu a dou por minha espontânea vontade. Tenho autoridade para dá-la e para retomá-la. Esta ordem recebi de meu Pai". João 10:14-18

• Jesus, o presente de Deus, não foi obrigado a se entregar;
• Em Jesus, o amor de Deus se mostrou espontâneo;
• Em Jesus, Deus o (a) amou livremente, porque desejou.
• Experimente o amor verdadeiro que há em Jesus.

4. Jesus é a chave para a vida

Quem crê no Filho tem a vida eterna; já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele". João 3:36

• Deus nos criou para a vida, não para a morte;
• A chave da vida é o amor – Jesus é a prova do amor;
• Quem recebe o presente de Deus, recebe a chave da vida.
• Qual sua decisão a respeito do presente de Deus?

05 novembro 2009

Breves anotações sobre a missão


Quando falamos e ouvimos a palavra missionário, cada um de nós tem um conceito próprio, resultado de tudo que já ouvimos e vimos sobre o assunto.

Para a mente de alguns virão imagens dos nossos irmãos da América do Norte, com um português sofrido e muito amor no coração. Na mente de outros pode vir imagens dos missionários católicos e seu trabalho de evangelização entre os indígenas. Outros vão se lembrar do pastor de paletó e gravata, pouca instrução, pregação fervorosa, percorrendo o os sertões nordestinos para falar de Jesus.

Hoje eu gostaria de refletir com os irmãos sobre alguns conceitos relativos a missões e começar a construir as bases de uma visão missionária para a Igreja Batista do Caminho.
A palavra “missionário” é derivada da palavra missão. Isto é, genericamente um missionário é alguém a quem foi confiado um objetivo a ser alcançado. Missionários são pessoas que têm uma missão a ser cumprida.

Considerando o significado da palavra, os missionários não estão restritos ao universo religioso (um diplomata, poderia perfeitamente ser enquadrado na definição) e dentro da religião não se restringem ao cristianismo (Islâmicos, budistas e outras agremiações religiosas têm também os seus missionários.

Se admitimos a existência de missionários, pessoas que têm uma missão, no contexto da Igreja de Cristo, isso nos remete à necessidade de fazer algumas perguntas:

As primeiras são: qual é a missão, para quem é a missão, qual a abrangência da missão?

Seguiram os onze discípulos para a Galiléia, para o monte que Jesus lhes designara. E, quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram. Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século. Mt 28.16-20

Finalmente, apareceu Jesus aos onze, quando estavam à mesa, e censurou-lhes a incredulidade e dureza de coração, porque não deram crédito aos que o tinham visto já ressuscitado. E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado. Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados. De fato, o Senhor Jesus, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à destra de Deus. E eles, tendo partido, pregaram em toda parte, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra por meio de sinais, que se seguiam. Mc 16.14-20

e lhes disse: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém. Vós sois testemunhas destas coisas. Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder. Então, os levou para Betânia e, erguendo as mãos, os abençoou. Aconteceu que, enquanto os abençoava, ia-se retirando deles, sendo elevado para o céu. Então, eles, adorando-o, voltaram para Jerusalém, tomados de grande júbilo; e estavam sempre no templo, louvando a Deus. Lc 24.46-53

Então, os que estavam reunidos lhe perguntaram: Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel? Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade; mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra. At 1.6-8

1. Qual é a missão

MATEUS: Fazer discípulos
• Convencer (do pecado e da justiça)
• Batizar – Celebrar a obra do Espírito
• Ensinar – Apresentar as Palavras de Jesus

MARCOS: Pregar o evangelho
• O que é o evangelho – Boa notícia: Deus se fez gente para provar o seu amor por nós. Sem que haja em nós qualquer motivo que justifique esse amor, Ele está determinado a nos atrair para si mesmo, para nosso benefício eterno.
• Confirmação de poder – Se não há transformação de vida, a boa notícia ainda não encontrou lugar no coração.

LUCAS: Ser testemunhas
      Testemunhas de que?
      Os discípulos, da morte e ressurreição de Cristo;
      E nós? Da morte da nossa velha natureza inclinada ao pecado e do nascimento de uma nova natureza inclinada para Deus.

De forma abrangente, a missão é mesma para todos: (1) Fazer Discípulos, (2) Pregar o Evangelho e (3) Ser Testemunha.

2. Para quem é a missão é a missão

MATEUS 28:16 Seguiram os onze discípulos para a Galiléia

MARCOS 16:15 Finalmente, apareceu Jesus aos onze, quando estavam à mesa

LUCAS 24:33 E, na mesma hora, levantando-se, voltaram para Jerusalém, onde acharam reunidos os onze e outros com eles,

A missão é para os discípulos. A missão é para todos.

·       Ninguém está fora. Se você é discípulo de Jesus, a missão é pra você; A missão é pessoal.
·       A missão não pode ser terceirizada
Ø Nenhuma agência missionária pode cumprir a sua missão por você;
Ø Nenhum outro irmão pode cumprir a sua missão por você;
Ø Nenhum pastor, pregador, evangelista, obreiro, presbítero, diácono, líder de ministério, conselheiro, professor ou qualquer autoridade eclesiástica pode cumprir sua missão por você.

        Ofertar não é cumprir a missão;
        Orar não é cumprir a missão
        Fazer campanha de missões não é cumprir a missão.

Devemos parar de fazer isso, então? Claro que não! Mas precisa estar bem claro que ao ofertarmos, orarmos e fazermos campanhas de apoio estamos ajudando outros a irmãos a cumprir a missão deles, mas ainda precisamos cumprir nós mesmos a missão: fazer discípulos, pregar o evangelho e ser testemunha do poder transformador de Deus.

3. Qual a abrangência da missão

MATEUS 28:19 Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações...

MARCOS 16:19 15 E disse-lhes: Ide por todo o mundo...

ATOS 1:8 ...e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra

A missão deve ser cumprida ...
... em todas as nações
... por todo o mundo
... até os confins da Terra

• Não temos o direito de restringir a missão à nossa zona de conforto;
• Não temos o direito de escolher uns e excluir outros;
• O mundo inteiro carece da boa notícia do evangelho.

Como vocês acham que os discípulos viram aquela missão? Eu me lembrei do filme: Missão Impossível. E missões impossíveis exigem uma boa estratégia. O estrategista é o próprio Cristo. Lucas revela a estratégia orientada por Cristo: Jerusalém – Judéia – Samaria – Confins da Terra

Jerusalém – Onde você está: seu bairro, sua cidade
Judéia – Nosso estado, ou nossa região
Samaria – Estados ou regiões vizinhas
Confins da Terra – Outros países e nações.

Mais algumas questões:

• Isso é uma seqüência obrigatória ou uma prioridade?
Parece-me uma prioridade sensata. Se não estamos dispostos e prontos para cumprir a missão onde estamos, porque cumpriríamos em uma região distante e inóspita? A seqüência é um antídoto contra a fulga e o escapismo.

• A missão pode ser cumprida de forma concomitante?
Paulo, preso em Roma, fala de Cristo aos soldados que o vigiavam ao mesmo tempo que escrevia cartas para as igrejas de outras cidades e regiões. A cada domingo, eu ensino as Escrituras e testemunho do poder transformador de Deus em minha vida e estas mensagens, publicadas no blog são lidas por pessoas de mais de 30 países diferentes.

• Existe um papel para as igrejas locais no que tange ao cumprimento da missão?

1 Havia na igreja de Antioquia profetas e mestres: Barnabé, Simeão, por sobrenome Níger, Lúcio de Cirene, Manaém, colaço de Herodes, o tetrarca, e Saulo. 2 E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado. 3 Então, jejuando, e orando, e impondo sobre eles as mãos, os despediram. Act 13:1-3

A igreja em Antioquia tinha recebido de Deus dons e capacitações. Eles viviam sua vida com Deus; uma vida de serviço e dedicação. Até que o Espírito Santo de Deus revelou que iria realizar alguma coisa para qual ele usaria Barnabé e Saulo. O que fez a igreja? Ouviu e atendeu ao Espírito de Deus.

A obra missionário não era um projeto da igreja em Antioquia, mas um projeto do Espírito de Deus. A igreja em Antioquia, atenta a voz do Espírito, participou da primeira grande expansão do evangelho na Ásia e Europa.

Conclusão

O que será que o Espírito irá fazer em nossos dias? Qual será a obra de Deus para os nossos tempos? Haverá outra grande onda de expansão do Reino? Ninguém descobre os intentos de Deus sem que Ele os revele.

Então, penso que devemos ficar atentos. Servir ao Senhor onde estamos, com jejum e oração, até que o Espírito nos chame para participar de algo que Ele vai fazer.

Não devemos ter pressa, mas também não devemos temer, porque quando isso acontecer será a obra dele, e nós seremos parceiros de Deus naquilo que Ele estará realizando.


Mensagens e Pregações



O blog Mensagens e Pregações ultrapassou a marca de 150 mil acessos únicos desde que foi criado. Mensalmente pessoas de mais de 50 diferentes países acessam algum texto publicado ali. E todas as semanas recebo comentários e considerações dos leitores.

O blog está sem atividade desde junho, mas continua sendo bastante acessado, provavelmente como fonte de pesquisa para pregadores e gente que gosta de estuda a Bíblia. Nas próximas semanas farei uma grande atualização, publicando as mensagens dos últimos meses.

Confesso que visualmente o Mensagens e Pregações não é muito atrativo: só tem texto, nenhuma imagem. Essa semana fiz algumas pequenas mudanças no layout e incluir uma ferramenta de pesquisa que será muito útil para quem deseja pesquisar determinado assunto. Espero que os leitores gostem.

Sou grato ao Sennhor Jesus por esse canal missionário, educacional, evangelístico (e não se mais o que). Que o Espírito de Deus use cada mensagem conforme o Seu propósito.

03 novembro 2009

Agostinho (354-430)

by Vania DaSilva
Fonte: http://www.sepoangol.org/agostino.htm

Introdução


Filósofo e Teólogo de Hipona, Norte da África. Polemista capaz, pregador de talento, administrador episcopal competente, teólogo notável, ele criou uma filosofia cristã da história que continua válida até hoje em sua essência.Vivendo num tempo em que a velha civilização clássica parecia sucumbir diante dos bárbaros, Agostinho permaneceu em dois mundos, o clássico e o novo medieval.

Nascido em 354, na casa de um oficial romano na cidade de Tagasta em Numidia, no norte da África, era filho de um pai pagão, Patrício, e de uma mãe crente, Mônica. Apesar de não serem ricos, era uma família respeitada. Sua mãe dedicou-se à sua formação e conversão à fé cristã.

Com muito sacrifício, seus pais lhe ofereceram o melhor estudo romano. Seus primeiros anos de estudo foram feitos na escola local, onde aprendeu latim à força de muitos açoites. Logo, foi enviado para a escola próximo a Madaura, e em 375 à Cartago, para estudar retórica.

Longe da família, Agostinho se apartou da fé ensinada por sua mãe, e entregou-se aos deleites do mundo e a imoralidade com seus amigos estudantes. Viveu ilegitimamente com uma concubina durante treze anos, a qual lhe concedeu um filho, Adeodato, em 372. O mesmo morreu cerca do ano 390.



Na busca pela verdade, ele aceitou o ensino herético maniqueísta, o qual ensinava um dualismo radical: o poder absoluto do mal -- o Deus do Antigo Testamento, e o poder absoluto do bem -- o Deus do Novo Testamento. Nesta cegueira ele permaneceu nove anos sendo ouvinte, porém, não estando satisfeito, voltou à filosofia e aos ensinos do Neo-platonismo. Ensinou retórica em sua cidade natal e em Cartago, até quando foi para Milão, Itália, em 384. Em Roma, foi apontado pelo senador Símaco como professor de retórica em Milão, e depois para a casa imperial. Como parte de seu trabalho, ele deveria fazer oratórias públicas honrando o imperador Valenciano II.

Sua Conversão

No ano 386, quando passava várias crises em sua vida, Agostinho estava meditando num jardim sobre a sua situação espiritual, e ouviu uma voz próxima à porta que dizia: “Tome e Leia”. Agostinho abriu sua Bíblia em Romanos 13.13,14 e a leitura trouxe-lhe a luz que sua alma não conseguiu encontrar nem no maniqueísmo nem no neo-platonismo. Com sua conversão à Cristo, ele despediu sua concubina e abandonou sua profissão no Império. Sua mãe, que muito orara por sua conversão, morreu logo depois do seu batismo, realizado por Ambrósio na Páscoa de 387. Uma vez batizado, regressou um ano depois para Cartago, Norte da África, onde foi ordenado sacerdote em 391. Em Tagasta, ele supervisionou e instruiu um grupo de irmãos batizados chamados de “Servos de Deus”. Cinco anos depois, foi consagrado bispo de Hipona por pedido daquela congregação, onde permaneceu até sua morte. Daí até sua morte em 430, empenhou-se na administração episcopal, estudando e escrevendo.

Suas Obras

Agostinho é apontado como o maior dos Pais da Igreja. Ele deixou mais de 100 livros, 500 sermões e 200 cartas. Suas obras mais importantes foram:

Confissões, obra autobiográfica de sua vida antes e depois de sua conversão;

Contra Acadêmicos, obra onde demonstra que o homem jamais pode alcançar a verdade completa através do estudo filosófico e que a certeza somente vem pela revelação na Bíblia;

De Doctrina Christiana, obra exegética mais importante que escreveu, onde figuram as suas idéias sobre a hermenêutica ou a ciência da interpretação. Nela desenvolve o grande princípio da analogia da fé;

De Trinitate, tratado teológico sobre a Trindade;

De Civitate Dei, obra apologética conhecida como Cidade de Deus. Com o saque de Roma por Alarico, rei dos bárbaros em agosto 28 de 410, os romanos creditaram este desastre ao fato de terem abandonado a velha religião clássica romana e adotado o cristianismo. Nesta obra, põe-se a responder esta acusação a pedido de seu amigo Marcelino.

Agostinho escreveu também muitas obras polêmicas para defender a fé dos falsos ensinos e das heresias dos maniqueus, dos donatistas e, principalmente, dos pelagianos. Também escreveu obras práticas e pastorais, além de muitas cartas, que tratam de problemas práticos que um administrador eclesiástico enfrenta no decorrer dos anos do seu ministério.

A formulação de uma interpretação cristã da história deve ser tida como uma das contribuições permanentes deixadas por este grande erudito cristão. Nem os historiadores gregos ou romanos foram capazes de compreender tão universalmente a história do homem. Agostinho exalta o poder espiritual sobre o temporal ao afirmar a soberania de Deus sobre a criação. Esta e outras inspiradoras obras mantiveram viva a Igreja através do negro meio-milênio anterior ao ano 1000.

Agostinho é visto pelos protestantes como um precursor das idéias da Reforma com sua ênfase sobre a salvação do pecado original e atual através da graça de Deus, que é adquirida unicamente pela fé. Sua insistência na consideração dos sentido inteiro da Bíblia na interpretação de uma parte da Bíblia (Hermenêutica), é um princípio de valor duradouro para a Igreja.

Seus últimos meses

Durante os últimos meses de vida, os vândulos tomaram a cidade fortificada de Hipona por mar e terra. Eles haviam destruído as cidades do Império Romano no Norte da África e as evidências do Cristianismo. A cidade estava cheia de pobres e refugiados, e a congregação de Agostinho não era uma excessão. No final de sua vida, ele foi submetido a uma enfermidade fatal, e com 75 anos ele pediu que ficasse só, a fim de se preparar para encontrar com o seu Deus. Um ano depois da morte de Agostinho em 430, os bárbaros queimaram toda a cidade, mas felizmente, a biblioteca de Agostinho foi salva, e seus escritos se perpetuam em nosso meio até a nossa era.




Agostinho de Hipona 2
Por Sérgio Paulo de Lima
Fonte: Revista Palavra Viva - Boas-Novas de Alegria, Editora Cultura Cristã.

Agostinho não morreu martirizado, porém, desenvolveu a Doutrina da Graça de modo tão Bíblico que Calvino o abraçou. Sendo assim, vamos estudar a vida deste servo de Deus e, como os reformadores fizeram, aproveitar de seus ensinos o que tem respaldo bíblico.

A origem

Agostinho nasceu em 13 de novembro de 354, em Tagasta, na África (hoje Argélia) e faleceu em 28 de agosto de 430 em Hipona. Foi um dos maiores pensadores da Igreja. Era filho de Patrício, homem de recursos, pagão, mundano, mas que se converteu nos últimos anos de sua vida e de Mônica, cristã que sempre manteve esperanças em relação ao filho, embora Agostinho tenha vivido sensual e desregradamente até os 32 anos, quando ocorreu sua conversão. Fez os estudos secundários em Madauro e estudou retórica em Cartago.

Agostinho foi um aluno brilhante e capaz em Literatura, línguas e retórica (a arte do bem falar). Aos 17 anos ingressou na fase da imoralidade, teve uma amante, e com ela um filho chamado Deodato. Foi muito imoral e mulherengo. Nesta época, ao orar dizia: “Senhor dá-me continência e castidade, mas não hoje”.

A busca pelo conhecimento

A leitura do Hortensius, de Cícero, o despertou para a filosofia. Por esta época aderiu ao Maniqueísmo, do qual falaremos adiante.

Em 383, desiludido com o Maniqueísmo, aproximou-se temporariamente do Ceticismo. Depois de ter ensinado retórica em Cartago e Roma, em 384 foi nomeado professor em Milão, onde, entrou em contato com Ambrósio, bispo desta cidade.

A conversão

Conta-se que, certo dia, no final do verão de 386, num jardim, numa casa de campo em Milão, na Itália, se encontrava Agostinho assentado num barco. Ao seu lado estava um exemplar das epístolas de Paulo. Mas, ele parecia não estar interessado, pois experimentava uma intensa luta espiritual, uma violenta agitação de coração e mente. Levantando-se do banco, foi para baixo de uma figueira. Ali ouviu a voz de uma criança que dizia “toma e lê, toma e lê”. Quando voltou ao banco e abriu a Bíblia, encontrou a passagem de Rm 13.14,15 . Leu e se converteu ao Cristianismo.

Em 387 foi batizado por Ambrósio e , na volta para Tagasta, perdeu sua mãe, Mônica. Este fato lhe causou grande tristeza.

Renunciou, então, a todos os prazeres, depois de grande luta interior, e retirou-se para Cassiaciacum, perto de Milão, para meditar.

Atraído pelo ideal de recolhimento e ascese, resolveu fundar um Mosteiro em Tagasta. De sua cidade natal dirigiu-se para Hipona, no inicio de 391, onde foi ordenado sacerdote, e quatro anos mais tarde, bispo-coadjutor, passando a titular com a morte do bispo diocesano Valério.

Mesmo assim, não abriu mão do ideal de vida monástica, fundado nas dependências de sua catedral uma comunidade que foi modelo para muitas outras e um centro de irradiação religiosa.

O mundo em que viveu

Agostinho viveu num momento crucial da história- a decadência do Império Romano e o fim da Antiguidade Clássica. A poderosa estrutura que, durantes séculos, dominou o mundo, desabou pela desintegração do proletariado interno e pelo ataque externo das tribos bárbaras.

Em 410 foi testemunha da tomada de Roma pelos visigodos de Alarico. E, ao morrer, em 430, presenciou o sitio de Hipona por Gensérico, rei dos vândalos, e a destruição do poderio romano na África do norte. Foi nesse mundo convulsionado por lutas internas que Agostinho exerceu o magistério sacerdotal e escreveu sua obra, de tão decisiva importância na história do pensamento cristão.

O pensamento

Escreveu contra os maniqueus, defendeu as autoridades das escrituras, explicou sobre a criação, abordou a origem do mal, debateu sobre a questão do livre-arbítrio, quando então, se tornou um grande defensor da predestinação.

A maior de suas lutas foi contra o pelagianismo; estes negavam o pecado original e aceitavam o livre-arbítrio afirmando que o homem tem o poder de vencer o pecado. Afirmavam que o homem podia pecar ou não pecar, logo, tinha vontade livre. Agostinho por sua própria experiência, percebeu o erro disso.

As obras

Além dos inúmeros sermões e cartas, das volumosas interpretações da Bíblia, além de obras didáticas, de catequese e de polemicas contra várias heresias de seu tempo (maniqueísmo, donatismo, pelagianismo), deve-se mencionar, entre as mais importantes de Agostinho:

As confissões de Agostinho (400), uma autobiografia espiritual em que faz ato de penitência e celebra a glória de Deus; relata nela sua piedade; “Tu nos fizeste para ti e nosso coração está inquieto enquanto não encontrar em ti descanso”.

De Trinitate (400-416), um tratado filosófico e teológico;

Civitas Dei ou cidade de Deus (413-426), uma justificação de fé cristã e teologia histórica, da qual é considerado o fundador. É uma síntese do pensamento filosófico – teológico e político de Agostinho. É considerada pelos críticos como uma filosofia racional da história.

Escreveu-a quando os bárbaros invadiam e Europa e Roma estava sitiada pelos infiéis.

Posições de Agostinho

Agostinho defendeu a imutabilidade de Deus, o princípio da livre criação, isto é, Deus não criou nada por imposição. Sustentou também, ao contrario dos que criam os maniqueístas, que o diabo não era igual em força de Deus. Deus é o único criador, e superior a qualquer força contraria.

Agostinho combateu com grande capacidade as heresias de seu tempo e exerceu decisiva influência sobre o desenvolvimento cultural do mundo ocidental. É chamado de “Doutor da Graça”, pois, como ninguém, soube compreender os seus efeitos. Na sua grande obra “cidade de Deus”, que gastou 13 anos para escrever, afirma: “Dois amores fundaram, pois, duas cidades, a saber: o amor próprio, levado ao desprezo de si próprio, a celestial”.

Isto resume a sua obra.Como disse alguém, “seu símbolo é um coração”. Em chamas e o olhar voltado para as alturas”.

Agostinho foi um pregador incansável (400 sermões autênticos).Grande estudioso e teólogo, seu pensamento estava centrado em dois pontos essenciais: Deus e destino do homem.

Conclusão

Agostinho foi exemplo de alguém que saiu de uma vida confusa e desregrada, para uma vida de total consagração a Deus. O texto de Romanos 13.13,14, transformou sua vida cheia de pecados e se revestiu de Cristo, na alimentando a carne. Que essa consagração sirva de exemplo para nós.