19Se é somente para esta vida que temos esperança em Cristo, dentre todos os
homens somos os mais dignos de compaixão. 1
Co 15.19 (NVI)
Hoje vamos começar a refletir sobre o capítulo 15 da 1ª carta
escrita à igreja em Corinto e avaliar com mais atenção a esperança que temos em
Cristo.
A palavra grega traduzida por esperança deriva de uma
outra cujo significado é expectação: algo que ao ser antecipado na mente
produz alegria.
Quando alguém se aproxima de Jesus, seja lendo as
Escrituras ou em uma breve oração, vai se percebendo cheio de expectativas. O que ele fará? Como será minha história com ele. À media que conhecemos Jesus essas expectativas transformam-se em expectação, que ao fim pode muito bem ser chamada de esperança.
Separei esse verso 19 para introduzir nossa reflexão neste capítulo porque nele somos chamados a calibrar essas expectativas. Somos chamados
a abraçar um esperança que tem a ver com esta vida, mas não resume a isso. Vai
além!
Vamos, então. começar do começo. O Senhor irá nos guiar, passo a passo até que o esclarecimento do Espírito Santo se complete.
A RESSURREIÇÃO
1Irmãos, quero lembrar-lhes o evangelho que lhes preguei, o qual vocês receberam e no qual estão firmes. 1 Co 15.1 (NVI)
Parece que temos
memória curta e precisamos periodicamente ser lembrados do que já sabemos,
olhar novamente a bússola, corrigir os rumos, alinhar a direção... e, então
prosseguir. Sim, precisamos lembrar uns aos outros o tempo todo sobre o evangelho de Jesus.
2Por meio deste evangelho vocês são salvos, desde que se apeguem firmemente à palavra que lhes preguei; caso contrário, vocês têm crido em vão. 1 Co 15.2 (NVI)
Esse evangelho não é uma estratégia temporária para fazer
as coisas funcionarem melhor. Sabe quando a pessoa está passando por um aperto e
busca ajuda para aquele problema, pede oração, faz promessa... até que o
problema deixa de existir e aí ele volta a viver sua vida normal?
Jesus e seu evangelho precisam ser abraçados definitivamente, integralmente
e com firmeza, assim como o jangadeiro em alto
mar se agarra a sua jangada: como a única esperança de permanecer vivo e voltar para sua
família. Não é à toa que Jesus afirma ser: a porta, o caminho, a verdade, a
vida.
3Pois o que primeiramente lhes transmiti foi o que recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, 4foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, 5e apareceu a Pedro e depois aos Doze. 6Depois disso apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, a maioria dos quais ainda vive, embora alguns já tenham adormecido. 7Depois apareceu a Tiago e, então, a todos os apóstolos; 8depois destes apareceu também a mim, como a um que nasceu fora de tempo. 9Pois sou o menor dos apóstolos e nem sequer mereço ser chamado apóstolo, porque persegui a igreja de Deus. 10Mas, pela graça de Deus, sou o que sou, e sua graça para comigo não foi em vão; antes, trabalhei mais do que todos eles; contudo, não eu, mas a graça de Deus comigo. 11Portanto, quer tenha sido eu, quer tenham sido eles, é isto que pregamos, e é isto que vocês creram. 1 Co 15.3-11 (NVI)
Jesus é um
personagem histórico, não uma lenda. Sua vida, narrada nos evangelhos, foi pública e conhecida.
Sua morte e sepultamento foram acompanhados tanto pelos amigos e parentes
quanto pelas autoridades constituídas romanas e judaicas. Isso é importante e Paulo resolveu
lembrar os irmãos.
Depois de lembrar aos irmãos a vida pública de Jesus, sua morte e sepultamento, Paulo ressaltou que
ainda havia, naquela época, um testemunho público de sua ressurreição: Pedro, os
12, quinhentos irmãos, Tiago, os apóstolos e por último o próprio Paulo, viram
Jesus ressuscitado. O evangelho, irmãos, não é estorinha de ninar. Quem decide seguir a Jesus está abraçando a história
real e sobrenatural de sua vida, morte, sepultamento e ressurreição.
Nós, os seguidores de Jesus do século XXI, não vimos o
Jesus ressurreto, mas temos o testemunho das Escrituras e a presença revigorante
do Espírito Santo em nós. Essa presença é o penhor, a garantia das promessas, que
ele nos deixou até que todo plano de Deus para humanidade se complete.
Somos herdeiros e fieis depositários dessa história maravilhosa, real e sobrenatural, que fala de um homem que viveu neste mundo, foi crucificado e morto, mas que ao terceiro dia ressuscitou. É nele em quem colocamos nossas esperanças!
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