30 dezembro 2010

Vivendo perigosamente



Uma das dificuldades que cercam aqueles que buscam tornar-se próximo das pessoas é o grande risco de que a aproximação se transforme em decepção acompanhada de tristeza e desânimo. Esse é um risco real e certamente é um dos motivos que faz com que se pense duas vezes antes de escancarar as janelas do próprio coração. Por muito tempo de minha vida, sem que essas ideias houvessem sido elaboradas em minha mente, mantive as janelas do meu coração fechadas para me proteger. Essa estratégia funciona bem, mas descobri que ao me proteger dos riscos dos relacionamentos também fechava as portas para as alegrias de caminhar lado a lado, de ter amigos de jornada.

Desde que decidi mudar me sinto mais exposto em meus relacionamentos. Tenho procurado ser transparente e, na medida do que consigo, sincero em minhas amizades mas percebo que isso funciona como se em meio a um conflito eu depusesse minhas armas, no entanto, sem saber se os outros em minha volta farão o mesmo. Parece uma situação arriscada, e é mesmo. 

Tenho sido machucado mais e com mais freqüência depois disso. Sentimentos de frustração e tristeza por vezes me assolam quando não sou compreendido ou mesmo quando abro mão do meu arsenal e o outro se apossa dele para usar contra mim. Algo realmente doloroso nisso é que o sofrimento capaz de causar os mais próximos e muito maior que aquele provocado pelos mais distantes. Tenho lidado com gente por toda a minha vida adulta, mas não canso de me surpreender com o tanto de desprezo e falta de consideração que pode existir no coração humano.

Já ouvi juras de amor fraternal e promessas de lealdade indissolúvel; já vi expressões de apoio, recebi abraços fervorosos e senti afagos de encorajamento. Tudo isso passa! Quem está perto hoje pode virar as costas amanhã; quem se assenta à sua mesa para ouvi-lo pela manhã à tarde pode simplesmente desprezá-lo sem nada avisar. Já aconteceu comigo e pode acontecer com qualquer pessoa que decidir se aproximar das outras pessoas. Mas esse não é um texto apenas de desabafo e lamento. Escrevo para tentar descobrir como Jesus lidou com essa questão e assim aliviar minhas próprias dores

A primeira coisa que percebo é que Jesus correu o risco. Ele não fugiu das pessoa por causa da grande possibilidade de frustração que os relacionamentos trazem consigo. Ele aceitou convites para estar com as pessoas, recebeu pessoas em sua casa, encontrou-se com elas em meio à rua, foi a jantares, casamentos, e banquetes.

Então essa é a minha primeira decisão para 2011: não vou desistir de me aproximar das pessoas. Vou continuar tentando ir ao encontro e me deixar encontrar, perdoar e ser perdoado, compreender e me fazer compreendido, amar e ser amado. Não estou decidindo jogar pérolas aos porcos e mendigar amizade; estou dizendo que não abrirei mão de correr o risco de ser o próximo daqueles que Deus colocar em meu caminho.

Outra coisa que percebo em Jesus é que embora ele amasse com profundidade as pessoas em sua volta ele não permitia que as atitudes delas pautassem suas emoções: a incredulidade dos apóstolos não o tornou descrente; a traição do distante Judas não o tornou amargo; a traição do amigo Pedro não o fez traidor nem o encheu de autocompaixão, o abandono dos amigos que o acompanharam durante os tempos áureos de ministério não  tornou indignado ou decepcionado. Parece que Ele tinha outras fontes para suprir seu tanque emocional e isso o tornava uma pessoa capaz de agir com graça em vem de reagir em busca de justiça para a injúria. Das palavras ditas na cruz: "Pai, perdoa-lhes porque eles não sabem o que fazem" brotam um frescor e uma leveza de alma que infelizmente raramente tenho experimentado, mas que quero que faça parte de minha vida.

Agora já é tarde. Então vou parar por aqui. Mas quero voltar a pensar e escrever sobre o assunto. Um dos pontos de minha investigação será tentar descobrir o que fazia de Jesus alguém sábio em seus relacionamentos. Não vou desistir, porque essa é uma questão de "vida ou morte" relacional para mim.

28 dezembro 2010

Mais que vencedores


35  Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou  perseguição, ou  fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? 36  Como está escrito: "Por amor de ti enfrentamos a morte todos os dias; somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro". ?

37  Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. 38  Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, 39  nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. Rom 8:35-39

1.  O que significa ser mais que vencedor?

Ser vencedor é participar de uma luta e sair vitorioso porque é superior ao adversário, é mais forte, mais habilidoso, mais inteligente, mais qualquer coisa que seja o critério da disputa. Ser vencedor é esforçar-se e receber o prêmio do seu esforço.

Ser mais que vencedor é diferente: você não é mais forte, não é mais habilidoso, nem mais inteligente ou mais gente boa. No entanto, o prêmio da vitória é entregue em suas mãos. Ser mais que vencedor é receber um prêmio pelo qual você não fez por merecer.

Ora, isso não é justo! É, não é mesmo mesmo! Isso é Graça, favor imerecido.

24 dezembro 2010

O salvador nasceu esta noite


 8  Naquela noite alguns pastores estavam nos campos, guardando seus rebanhos de ovelhas. 9  De repente um anjo apareceu entre eles, e ficaram cercados do brilho da glória do Senhor. Eles ficaram muito atemorizados, 10  mas o anjo os acalmou. "Não tenham medo! " disse ele. "Eu lhes trago a notícia mais alegre que já se deu, e isso é para todo o mundo! 11  O Salvador - sim, o Messias, o Senhor – nasceu esta noite em Belém! 12  Como vocês vão reconhecê-lo? Vocês encontrarão uma criancinha enrolada num cobertor, deitada numa manjedoura! "

13  De repente, juntou-se ao anjo uma grande multidão de outros anjos - o exército celestial louvando a Deus: 14  "Glória a Deus nas maiores alturas", cantavam eles, "e paz na terra para todos aqueles que O agradam".

Luc 2:8-14 

1.     Era uma noite comum, tranquila como qualquer outra noite de trabalho e eles estavam com seus rebanhos para protegê-los de predadores e ladrões. A única coisa que pareceia diferente é que naquela noite o céu estava especialmente estrelado.

2.   Derepente surgiu um anjo entre eles e a noite se transforma em dia com um brilho que eles nunca tinham visto antes. Como você se sentiria?

Às vezes acontece assim com a gente. Quando o Senhor chega mais perto para falar conosco, ficamos com medo porque a nossa vida comum e rotineira foi invadida pela presença de Deus. Quem aqui já ficou com medo quando ouviu a voz de Deus? Os pastores ficaram com muito medo.

3.   Quando o anjo viu que eles estava apavorados tentou acalmá-los: fiquem calmos, não tenham medo! É coisa boa, é coisa do bem...

Ouça agora algo importante: Deus é o próprio bem. Ele não tem planos maus contra você. Deus não está esperando para lhe dar uma rasteira. Ele não está espiando para lhe flagrar e fazer algo contra você. Os pensamentos que Ele tem sobre você são pensamentos de paz.

Então, não tenha medo quando Ele tentar falar com você; seja uma grande revelação ou uma pequena convicção em seu coração isso será para o seu bem. Não tenha medo!

4.   Para acalmar os pastores o anjo disse logo de cara: calma, gente. A notícia é boa. Na verdade é a notícia mais alegre que já se deu, e é boa para todo mundo. Qual era a notícia?