25 junho 2006

A luta e as Batalhas - Cinturão da Verdade

Introdução

Hoje vamos dar continuidade à nossa busca em compreender através das Escrituras a luta espiritual que está presente nas batalhas que enfrentamos no dia-a-dia.

No capítulo 6 da carta aos Efésios, o apóstolo Paulo, a partir de verso 10, a título de concluir sua epístola, revela as características de uma luta que acontece atrás dos acontecimentos corriqueiros da vida.

(10) Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. (11) Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; (12) porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.

(13) Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. (14) Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. (15) Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; (16) embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. (17) Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; (18) com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos (19) e também por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra, para, com intrepidez, fazer conhecido o mistério do evangelho, (20) pelo qual sou embaixador em cadeias, para que, em Cristo, eu seja ousado para falar, como me cumpre fazê-lo. (Efésios 6:10-20 RA)

Essa luta acontece em uma dimensão espiritual que não é visível aos olhos humanos. Dela participam forças espirituais poderosíssimas que assumiram posições opostas sobre a seguinte pergunta: vale a pena confiar em Deus? Ele é digno da minha confiança?

O Motivo da Luta

Há milênios atrás esses poderes espirituais rebeldes (criados pelo próprio Deus – o dualismo que considera uma luta eterna entre o bem e mal não encontra espaço na Bíblia), que decidiram não confiar na bondade de Deus, carimbaram seu passaporte para uma eternidade distante do criador. O destino deles é uma existência sem propósito.

A vida encontra seu propósito naquele que é o seu autor. Longe do autor da vida, viver torna-se uma agonia sem fim e morrer a perpetuação dessa agonia. É por isso que hoje se vive uma crise sem precedentes onde uma parcela cada vez maior da população sofre com distúrbios mentais e emocionais. O Autor da vida foi banido da vida, por isso a vida vem perdendo o seu sentido.

Ao decidirem não confiar no caráter do Autor da vida, essas forças espirituais (o apóstolo Paulo as chama de principados, potestades, dominadores do mundo das sombras e forças espirituais da maldade) selaram para si mesmas uma eternidade cheia de um vazio existencial; porque não há nada que satisfaça, que dê sentido final à existência se estamos longe do Autor da vida.

Quando você decide viver a vida dando as costas para Deus, resolve que o Autor da vida e a sua Palavra não são dignos de confiança e parte para viver de acordo com os seus pensamentos, sentimentos e motivações algumas coisas acontecem: (1) a vida perde gradativamente o seu propósito, (2) você está associando o seu destino eterno ao destino daquelas forças espirituais rebeldes e (3) sendo usado como exemplo vivo de acusação contra o caráter de Deus.

Por isso, a grande luta travada na dimensão espiritual é em torno da resposta de cada ser humano à mesma pergunta: vale pena confiar em Deus? Ele é digno da minha confiança?

A Vitória de Cristo

A pergunta é intrigante. É possível ou não viver uma vida marcada pela confiança plena em Deus? É possível ou não experimentar o amor de Deus em um mundo corroído pelo egoísmo e pela crueldade?

Quem já viveu um pouco mais na vida e testemunhou a maldade do coração humano, que aflora em cada pequena atitude é tentado a responder NÃO. A resposta tem fundamento prático e encontra respaldo na Bíblia.

(10) como está escrito: Não há justo, nem um sequer, (11) não há quem entenda, não há quem busque a Deus; (12) todos se extraviaram, a uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. (13) A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios, (14) a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura; (15) são os seus pés velozes para derramar sangue, (16) nos seus caminhos, há destruição e miséria; (17) desconheceram o caminho da paz. (18) Não há temor de Deus diante de seus olhos. (Romanos 3:10 -18 - RA)

O que dizer dessa afirmação do apóstolo Paulo? Têm razão os principados e potestades que acusam a Deus de injusto? Se o homem não tem em si mesmo os recursos para alcançar por esforço próprio uma vida marcada pela confiança plena em Deus, o que fazer?

É preciso olhar para a cruz de Cristo!

O filho de Deus submeteu-se às limitações humanas (Fl. 2:6-8) e como homem viveu uma vida de plena confiança no Pai (Hb. 4:15). Por isso obedeceu até o fim e entregou sua própria vida.

A Bíblia diz que principados e potestades foram expostos à vergonha na cruz do calvário. Porque ali se consumou a obra de Cristo. Ali foi definitivamente provado que é possível ser novamente amigo de Deus. Não através da nossa força ou habilidade, mas por meio da vida e da morte de Cristo. Para nós, que estávamos de costas para Ele, mortos em nossos delitos e pecados, Deus providenciou um escape através de Cristo Jesus.

A vida de Jesus, vivida em plena confiança em Deus, sua morte injusta e sua ressurreição pelo poder de Deus podem ser aplicados a sua vida. Essa possibilidade é um presente de Deus para você. Não há mérito em ninguém para recebê-lo. Mas há um jeito certo de receber esse presente: pela fé.

Quando você decide confiar em Deus e pela fé aceita que a vida, morte e ressurreição de Cristo sejam aplicadas a sua vida, são quebradas as ligações com essas forças espirituais rebeldes. O seu destino eterno, que estava ligado ao destino delas, passa a ficar ligado ao destino eterno de Cristo Jesus.

Por causa disso é que ninguém está fora dessa luta. Todos fazemos parte, porque é um luta que acontece dentro de nós.

As Batalhas na Luta

O apóstolo Paulo afirma que essa luta é espiritual. Mas, nos capítulos anteriores da sua carta, ele deixa claro que as batalhas dessa luta acontecem nos fatos corriqueiros de um dia comum e ensolarado.

A luta é na igreja, na família, no trabalho, na escola, nas festas de aniversário, ao ser assaltado na porta de casa e na saída com os amigos; a luta é ao navegar na Internet, na conversa com uma vizinha e ao negociar qualquer coisa; a luta acontece na perda de um ente querido, na alegria de emprego novo, ao abastecer o carro e em frente a TV. É em cada simples momento da vida que nossa confiança em Deus precisa ser experimentada.

A ARMADURA DE DEUS

Como nós vimos no primeiro dia desse assunto, quando Paulo escreveu a carta aos irmãos de Éfeso ele estava preso, provavelmente vigiado por soldados romanos. E foi da armadura usada por aqueles soldados que ele retirou uma ilustração para explicar são os recursos que Deus colocou a nossa disposição para nos defendermos dos ataques do inimigo.

13) Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. (14) Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. (15) Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; (16) embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. (17) Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; (18) com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos

As peças da armadura são essas: um cinturão, uma couraça, sandálias, um escudo, um capacete e uma espada. A partir de hoje vamos aprender com a Palavra de Deus sobre cada peça dessa maravilhosa armadura que Ele nos Deus. (1) A que se destina cada peça? (2) Como deve ser usada para proteger? (3) É possível usá-las no dia-a-dia?

Sua Atitude

Antes de começarmos a ver cada peça da armadura, vamos pensar um pouco sobre nossa atitude em relação a ela. Esse é um ponto importante porque sua atitude em relação à armadura de Deus é que vai definir a eficácia dela em sua vida.

Efésios 6:13

...tomai toda a armadura de Deus (RA)

...usem cada peça da armadura de Deus (BV).

Usem

Nenhum soldado sairia para a guerra sem seus equipamentos. Não é sensato. Mais que isso é quase um suicídio. Por mais sofisticadas e poderosas que sejam as armas à disposição dele, não valem nada se não forem usadas.

Lembre-se que você está em uma luta. Por isso não guarde sua armadura no armário de casa. Guardada ela não vai lhe proteger. Não existem palavras mágicas ou frases de efeito que substituam o uso da armadura. Não adianta evocar o poder da armadura ou determinar que ninguém tem o direito de lhe tocar. É preciso usar a armadura. Não adianta esbravejar contra o inimigo, xingá-lo ou amaldiçoá-lo, tem que usar a armadura.

Se você encontrar, no meio de uma guerra, um soldado sem a sua armadura observe com cuidado (principalmente se for você mesmo o soldado): (1) É possível que ele seja um recruta e precise ser ensinado sobre a existência da armadura; (2) É possível ainda que ele não tenha sido bem treinado e precise ser melhor orientado sobre como usá-la (3) ou mesmo, que seja um soldado antigo e arrogante, que esqueceu porque estava lutando, perdeu o gosto pela vida e gasta seus dias falando mal da comida e do desconforto do campo de batalha. Não há alternativa. Ou usamos a armadura ou seremos mortalmente feridos na batalha.

Toda

Mas não resolve usar só algumas peças da armadura e deixar outras de lado: Imagine ir para uma batalha levar o escudo e esquecer o capacete; ou usar o calçado, mas esquecer a espada.

Deus preparou uma armadura completa. Cada peça tem a sua utilidade e todas são imprescindíveis. Um soldado bem treinado não se deixa enganar pelas histórias mentirosas de que a armadura é pesada ou de que algumas peças se tornaram antiquadas. Ele sabe que a proteção só é completa quando toda a armadura é usada.

O Cinturão da Verdade

A luta

A primeira peça da armadura é um cinturão. Pode parecer estranho que a primeira peça da armadura de Deus para a luta espiritual seja um cinto, não?

Mas o cinturão era uma peça indispensável para o soldado romano. Preso em volta da cintura, o cinto servia para ajustar a armadura em volta do corpo, permitindo que o soldado se movimentasse com mais agilidade. Além disso, era usado para sustentar a adaga e a espada. O cinturão era uma peça estratégica. Ele era responsável pela estrutura e sustentação de toda a armadura.

O apóstolo Paulo afirma que na luta espiritual em que estamos envolvidos é preciso estar cingido com o cinturão da verdade. É preciso que haja algo capaz de sustentar o restante da armadura. Esse algo é a verdade!

Vivemos dias em que a verdade tem perdido espaço no coração e na alma do homem. Tudo é relativo e a verdade é uma questão de ponto de vista, de ângulo de visão.

O vazio deixado pela expulsão da verdade tem provocado uma destruição dos relacionamentos, das pessoas e da própria vida. Se a verdade não existe, tudo o mais se torna uma questão de gosto próprio e cada um tem o direito de viver sua verdade particular.

Jesus fez uma das afirmações mais ousadas da história. Ele disse: “Eu sou a verdade” (Jo.14:6). A verdade não só existe, mas ela tornou-se viva no filho de Deus.

Jesus, a verdade feita gente, ao orar pelos seus discípulos, e por nós, pediu a Deus que fôssemos santificados na verdade (Jo. 14:17) e orando ao Pai disse: a tua palavra é a verdade.

Jesus é a verdade e a sua palavra é a verdade. Por isso, para usar a armadura de Deus precisamos estar envolvidos pela verdade. A Palavra de Deus precisa ser a sustentação da nossa vida. A pessoa de Jesus, o seu caráter, precisa ser a base de nossas atitudes. É preciso enxergar a vida pelos olhos de Cristo e apropriar-se dessa visão como sendo a sua própria.

Quando a sua vida estiver estruturada na verdade, você vai se tornar mais ágil para as batalhas, porque a verdade vai lhe dar segurança.

Ninguém que tenha no mínimo uma idéia das implicações eternas dessa luta, como nós temos visto aqui, pode abrir mão da verdade e ainda assim se dizer sensato. Não abra mão de Jesus ou da Sua Palavra. O preço de abandoná-lo e ver, mais cedo ou mais tarde, que a vida perdeu o sentido e você é um náufrago em um mar de insegurança e medo.

As batalhas

Mas é claro que ao falar do cinturão da verdade, Paulo não perdeu de vista que o inimigo de Deus nessa luta espiritual, Satanás, foi chamado pelo próprio Jesus como o pai da mentira (Jo. 8:44).

Por isso, a aplicação é imediata: quem se cinge da verdade, quem se deixa envolver por Jesus e sua Palavra, deve viver uma vida de verdade, em oposição ao pai da mentira. Essas são as batalhas do dia-a-dia que todos enfrentamos.

· Você atende ao telefone e o outro pede para que você diga que ele não está (uma mentira branca, como se diz por aí);

· O estágio na empresa é para jovens carentes, mas o empregado arranja uma vaga para o sobrinho com uma pequena mentira;

· A aposentaria era para filhas solteiras, por isso ela nunca teve uma certidão de casamento e arrastou uma mentira por toda a vida;

· O aluno não estudou, mas tirou dez na prova. Um pedaço de papel no bolso da calça ajudou na mentira;

· A esposa mente ao marido sobre a qualidade da vida sexual do casal porque tem medo da reação dele;

· O marido navega madrugada a dentro em sites pornográficos, mas jura de pés juntos que estava fazendo pesquisas para o trabalho;

· Na igreja, um irmão se sentiu ferido com a atitude de outro, mas mente domingo após domingo com um sorriso no rosto e a paz do Senhor;

· O patrão não paga um salário justo e explica mentindo sobre a situação da empresa;

· O empregado faz de conta de trabalha e mente para quem lhe paga um salário pra trabalhar;

· A filha saiu com o namorado, mas mente aos pais com medo do que eles vão dizer;

· Homens públicos, que deveriam ocupar-se com a boa administração dos recursos da comunidade, mentem dizendo fazer o que nunca fizeram.

É nessas batalhas que somos chamados a ser vitoriosos. É quando ganhamos essas batalhas que principados e potestades são humilhados e a luta espiritual e vencida. Porque só é possível vencê-las se a nossa confiança estiver depositada na bondade de Deus demonstrada em Jesus.

A mentira produz medo e insegurança. Ela é uma bomba relógio que mais cedo ou mais tarde vai explodir e ferir muita gente. Mas você não precisa esperar até que ela venha a explodir. Você pode desarma essa bomba confessando e pedindo perdão. Não é fácil, mas é o único caminho para desarmar a bomba da mentira.

Sua primeira confissão deve ser a Deus, porque ele foi o primeiro a ser ofendido por sua mentira. Depois, você precisa pedir sabedoria a Deus para o tempo e o modo de confessar sua mentira às pessoas envolvidas. O desafio pode parecer intransponível, mas é digno da nossa vocação. Está à altura do tudo o que Cristo fez por nós na cruz.

A mentira aprisiona, mas a verdade liberta. Jesus disse “conhecereis a verdade e Ela vos libertará” (Jo. 8:32) e ainda “Se o filho vos libertar, sereis realmente livres” (Jo. 8:36).

Cinja-se da verdade! E declare diante de principados e potestades que a sua vida pertence àquele que é a verdade! Jesus.

Cinja-se da verdade! E experimente a segurança que há em Jesus.

Cinja-se da verdade! Aí você vai estar pronto para usar as demais peças da armadura de Deus.

Novas denominações evangélicas crescem e atraem adeptos em CG

Por Rosângela Araújo

Dez anos atrás, elas praticamente não existiam em Campina Grande. Os seguidores da chamada linha evangélica ocupavam apenas os assentos das igrejas tradicionais, trazidas para o Brasil no início do século XIX, como a Luterana, Congregacional, Metodista, Batista e Presbiteriana. Passada uma década, os mais de 60 mil evangélicos campinenses seguem doutrinas e linhas com lastros semelhantes, mas divergentes em costumes e pontos secundaristas, adotados pelas mais de 50 denominações diferentes que existem na cidade. As ‘pequenas igrejas’, segundo dados da comunidade evangélica tradicional, somam aproximadamente 150 em Campina Grande.

Os nomes são os mais diversos e algumas respeitam em suas novas designações os nomes das denominações originárias, um exemplo, é a Ministério da Madureira, no bairro do São José, que é uma disseminação da Assembléia de Deus, considerada uma das pentecostais de maior difusão em todo o Brasil. Outras como Evangelho Pleno, Tabernáculo, Evangelho Quadrangular, Betesda, Jesus Cristo é o Maior – Igreja Viva 24 Horas, Sara Nossa Terra, Doutrina Primitiva, Casa de Oração Congregação Cristã no Brasil e inúmeras denominações diferentes estão espalhadas pela cidade. Conhecidas também como ‘igrejas independentes’, elas geralmente surgem de outras ramificações e ocupam cada vez mais espaços nos bairros, sobretudo nas periferias, conquistando adeptos logo que surgem.

Para o presidente da Vinac (Visão Nacional para Consciência Cristã), pastor Euder Fáber, que promove anualmente o Encontro para a Consciência Cristã, a conquista de adeptos faz parte de um processo social fácil de se explicar. “As pessoas são carentes de espiritualidade e estão sempre em busca de Deus, por isso, seguir uma doutrina evangélica, seja qual for a denominação, e mesmo nova, é algo atraente”, declara.

Seguir uma igreja recém-criada porém, não é para o pastor, uma atitude contrária à ideologia evangélica. Isso, porque como frisa, não há na lei brasileira qualquer artigo que disponha contra a criação de novas denominações nem novos templos religiosos, já que é assegurado ao cidadão brasileiro, respeito à religiosidade, seja ela qual for. Esse direito tem garantido a formação de novas tendências religiosas dentro do próprio segmento protestante, erradicado na Alemanha no século XVI, por Martim Lutero, que ganhou o mundo inteiro e hoje conta com milhões de seguidores em todo o Brasil. Na opinião do presidente da Vinac, não importa que igreja evangélica - pelo menos das consideradas realmente da linhagem - a pessoa siga. ‘O mais importante mesmo é que as pessoas aceitem os ensinamentos que pregam a Cristo como Senhor’.

Jornal da Paraíba 25/06/2006

22 junho 2006

João Alexandre Silveira

João Alexandre, nasceu em Campinas-SP, no dia 29 de Setembro de 1964. Músico, intérprete, compositor, arranjador, desde muito cedo começou a cantar, mais especificamente aos 9 anos, quando foi descoberto cantando no banheiro de casa por uma de suas irmãs, Yara que, na época em que ele nasceu, além de ser a irmã caçula da família, já tinha 14 anos!

Daí em diante, por João se tornar o caçula e "temporão" de uma família simples de 6 irmãos, 3 homens e 3 mulheres, ela o carregava para festas de aniversário para acompanhá-lo ao violão, enquanto ele cantava e surpreendia a todo mundo com sua voz fina e afinada!

Foi ainda com 9 anos, que participou, sendo chamado carinhosamente de "O pequeno grande", de um grande evento em Campinas, chamado REMEC (Recital de Músicas Evangélicas de Campinas) onde cantou sozinho, acompanhado sómente por um organista, do extinto Conjunto Universal, que organizara o evento, sendo este, um dos primeiros e grandes momentos musicais de sua vida ainda iniciante na música.

Estudando na Escola Branca de Neve, João começou a aprender seu primeiro instrumento, a corneta, tocando na fanfarra da escola, vindo, logo em seguida a aprender trompete.
Porém, por causa de problemas com a embocadura do instrumento, os pais resolveram interromper o aprendizado deste, o que levou João a outras alternativas instrumentais, como a bateria e logo em seguida, o violão, já com 12 anos de idade, sempre com base auto-didática.

Os primeiros contatos com a bateria vieram nos finais de culto da Igreja do Evangelho Quadrangular, em Campinas, onde, desde os 5 anos de idade, João sempre ia junto com sua mãe, Dona Gilda e onde acabaria por freqüentar e dirigir alguns grupos musicais, além de tocar nos períodos de louvor, por mais de 14 anos.

O ouvido musical, bem como o desejo de aprender, aliados ao incentivo pela música por parte do seu pai , Sr. João, além de irmãos, parentes e amigos, acabaram por dar o grande impulso à vida musical de João, que, daí por diante, começou a compor suas primeiras canções, sempre com letras voltadas para a pessoa do Senhor Jesus, desde muito cedo conhecida através dos ensinamentos dos pais.

Dali em diante, junto de alguns amigos e irmãos, já com 18 anos, João formaria o Grupo Pescador, seguindo uma proposta mais "abrasileirada" de música cristã, que começara através de compositores cristãos como Sérgio Pimenta e Aristeu Pires, os quais, entre tantos outros, ainda hoje, João faz questão de ter em seus trabalhos, regravando e gravando suas canções. O grupo chegou a gravar um trabalho chamado "Contraste", com 10 músicas, sendo 8 de João e uma em parceria com Luciano Garruti, seu parceiro de maior afinidade.

Por ser o único com alguma experiência de gravação, João acabou por gravar todo o vocal do disco, o que tornaria impossível uma apresentação ao vivo do grupo posteriormente, já que as vozes, além de trabalhadas, não teríam como timbrar-se de maneira igual à gravação. O grupo acabou por se desmanchar mais adiante, deixando sua marca como um daqueles trabalhos singulares da música cristã brasileira, que lembrava o grupo vocal Boca Livre, principal inspiração de João na composição das suas canções nessa época.

Além de Luciano Garruti, João encontraria outros parceiros de estrada como o próprio Guilherme Kerr, que, como ele mesmo diz, foi seu grande mestre em matéria de letra e poesia e com quem compôs muitas canções que marcaríam a vida da Igreja, no Brasil.

Com 19 anos, sua querida mãe, modelo de vida e de fé, faleceu e João, juntamente com seu pai, foi morar na casa de alguns de seus irmãos mais velhos, época em que lecionava violão.


Com 20 anos, decidiu ser missionário e participou durante 2 anos de um grupo de missionários/músicos chamado MILAD (Ministério de Louvor e Adoração) que teria como objetivo servir a Igreja de Cristo no Brasil e ser sustentado por ela através de ofertas voluntárias, seguindo uma visão "levítica" de sustento financeiro. Com o grupo, João viajou mais de 200 mil km por todo o Brasil , incluindo até o garimpo de Serra Pelada, no Pará, onde fizeram grandes trabalhos evangelísticos para mais de 45 mil homens.

Com 21 anos, ainda vivendo como missionário, João se casou com Tirza.

Percebendo que o caminho da música profissional tinha mais a ver com sua vida do que própriamente o caminho de "missionário" músico, João resolveu assumir diante de Deus o desafio de seguir sua vida na condição de músico profissional, deixando o MILAD na época em que tinha 1 ano de casamento e assim que soube, com muita alegria, da gravidez de sua esposa.


Daí em diante, retornaram para Campinas onde João, por muito tempo, teve que tocar em alguns bares e casas de shows para se sustentar e, além de começar a viajar juntamente com sua esposa, também intérprete, por todos os cantos do país, divulgando sua música e seu trabalho como músico e intérprete, fez sua trajetória crescer como arranjador e produtor musical com a ajuda de músicos e arranjadores experientes, além dos erros naturais que fazem parte do aprendizado de qualquer músico principiante.

Nomes como Williams Costa Jr., Marquito Cavalcante, Lineu Soares, Mara Granado, além de muitos outros que compartilharíam com ele sua experiência e sabedoria, foram de grande valia e incentivo ao caminho musical de João, que desde então já produziu e participou de mais de uma centena de gravações e produções de CDs, tanto evangélicos como seculares.

O antigo parceiro Guilherme Kerr o chamou para participar de algumas cruzadas evangelísticas do Rev. Caio Fábio D'araújo Filho, já que nessa época, Guilherme trabalhava com a VINDE (Visão Nacional de Evangelização). Mais tarde, Guilherme criaria a Gkerr Produções e João então seria chamado por ele para produzir e arranjar alguns CDs.

Um grupo que marcou muito sua trajetória profissional, possibilitando explorar muito de seu potencial musical harmônico, foi o também extinto Quarteto Vida, 4 meninas de Belo horizonte, que cantava com muita identidade, dando ainda mais riqueza aos arranjos que João fazia para elas. Tal contato faria nascer um amor especial por Minas Gerais, que, mais tarde seria transformado em música no seu primeiro disco solo, "Simplesmente João". Durante esse período, nasceu o primeiro e único filho do casal, Felipe, que hoje, canta juntamente com os pais nas viagens.

Como cristão, João tem sido respeitado e elogiado por músicos do porte de Hélio Delmiro, Rique Pantoja, Oswaldinho do Acordeon, Serginho do grupo Roupa Nova, a cantora Wanda Sá e muitos outros grandes e desconhecidos músicos cristãos e seculares, que além de amigos e irmãos, têm dado uma enorme força ao seu trabalho com suas críticas e experiências.

Visando esclarecer a polêmica gerada sobre o caminho difícil do sustento financeiro e espiritual de músicos e artistas cristãos profissionais, João e Luciano Garruti, seu parceiro de maior afinidade, como já foi dito, decidiram transformar em um livreto, "Músico, Profissão ou Ministério?", as respostas de muitas perguntas que há vários anos João tem dado às pessoas que o questionam sobre o tema.

Algumas revistas voltadas para a área de produção musical e CDs, como BACKSTAGE, SHOPING MUSIC CD, GOSPEL MUSIC CD e GUITAR PLAYER fizeram observações muito positivas sobre seus trabalhos e interpretações, de maneira geral. Revistas evangélicas têm feito grandes entrevistas com João, o que têm resultado numa projeção ainda maior de seu trabalho com intérprete, de sua personalidade simples e de seu talento dado por Deus.

Seus primeiros trabalhos gravados em CD contaram com a ajuda de gravadoras evangélicas como a Gospel Records em São Paulo, a Luz para o Caminho de Campinas, esta última que inclusive chegou a produzir também um CD de sua esposa intitulado "Muito mais". A partir do seu 4o trabalho, "Voz e violão", João decidiu seguir seu caminho por conta própria, "bancando" seus próprios CDs e sempre viajando ao lado de sua família por todo o Brasil, de quem, conforme ele mesmo diz, não abre mão jamais!

Com a ajuda e apoio da missão Vencedores por Cristo que atualmente distribui, divulga e presta serviços na área de propaganda e vendas para João, seus trabalhos têm sido divulgados de maneira mais acentuada nos últimos anos. Um de seus maiores sonhos é poder ter seu próprio estúdio de gravação, o que facilitaria muito o seu trabalho em geral.

De hábitos comuns e muito falante, curte um bom café com leite, além de um churrasco, segundo ele, suas paixões alimentícias, já que por precaução à pressão alta e excesso de peso, vigia constantemente sua alimentação.


Fonte: http://www.joaoalexandre.com.br/

19 junho 2006

A Luta e as Batalhas

É possível verificar, por toda a Bíblia, a existência de uma dimensão invisível aos olhos humanos e habitada por seres espirituais com habilidades e poderes além dos limites naturais da humanidade. Essa realidade sobrenatural é descrita com bastante naturalidade de Gênesis a Apocalipse.

A Bíblia está repleta de eventos onde anjos e demônios são apontados como realidades irrefutáveis. O próprio Jesus, em seu ministério, viveu diversas situações de enfrentamento com esses seres espirituais, tendo sido tentado por Satanás a abandonar sua vocação antes mesmo de começar seu ministério. Venceu a todos e tinha sua autoridade reconhecida por eles.

É preciso deixar claro, logo de início, que no cristianismo bíblico não há espaço para o dualismo. Não existe um luta eterna entre o bem e o mal. Não há uma oposição de forças igualmente poderosas. Deus e o diabo não estão disputando como em um ringue.

A Bíblia afirma a existência de um Deus criador de tudo e de todos. Ela chama essas forças espirituais de principados e potestades e é precisa em dizer que todos foram criados por Deus e para Deus. Não há uma disputa. Deus é soberano sobre a sua criação. Religiões como o Zoroastrismo e o Maniqueísmo fundamentaram suas crenças nesse dualismo, mas isso nada tem a ver com o cristianismo bíblico. No entanto, há uma luta real acontecendo.

Mas qual o ponto de disputa? O que está em jogo? A tentação à que Jesus foi submetido antes de iniciar seu ministério pode nos ajudar nessa compreensão. Jesus foi tentado a suprir suas necessidades por si mesmo:

Está com fome? Transforme pedras em pão!
Está se sentindo abandonado? Chame atenção para si!
Está se sentido inseguro? Usurpe o poder!

A tese de Satanás é de que não vale a pena confiar em Deus! A grande luta que tem sido travada por milênios entre as forças leais ao Senhor e as hostes rebeldes diz respeito à credibilidade do Deus Eterno. Ele é digno de confiança? Ele realmente é bom? Não é melhor assumir o controle da própria vida?

Essas foram as perguntas que plantaram a semente da dúvida no primeiro casal. Essas eram as perguntas por trás da tentação de Cristo. Essa é a grande Luta em que todos estamos envolvidos. Uma Luta espiritual, mas cujas batalhas são travadas no dia-a-dia da vida.

Adão e Eva, atingidos em cheio pelas dúvidas plantadas pelo inimigo de Deus, poderiam ter corrido para os braços do Senhor em busca de paz para suas almas, mas decidiram fugir da presença Dele; o Senhor Jesus, ao contrário, disse não às soluções rápidas e fáceis e afirmou sua confiança no Pai mesmo diante das sugestões de Satanás.

Nenhum principado ou potestade pode lhe impedir de confiar no Senhor. À luz de nossas limitações humanas, essas forças detêm tremendo poder, mas não passam de criaturas submetidas à autoridade do Deus Todo Poderoso e do seu filho Jesus Cristo. Mas é necessário que aqueles que se aproximem de Deus creiam que Ele existe e que é recompensador dos que o buscam.

Essas forças espirituais rebeldes têm seu destino final traçado na Bíblia: então dirá o Senhor: apartai-vos de mim... Sua fé no Filho de Deus como seu Salvador e sua submissão ao Senhorio de Jesus desconectam as ligações com essas forças espirituais, desassociam seu futuro do futuro delas e permitem a Deus lhe transportar do império das trevas para o reino do seu Filho.

A nossa Luta é espiritual. As batalhas acontecem todos os dias. O chamado de Deus para sua vida é confiar Nele. Porque o justo viverá pela Fé.

Dignidade, ética e a busca do bem comum

Ao Sr. Magno Malta
Senador da Rebública
com cópia aos Srs. Senadores membros da CPI dos Bingos

"Não posso deixar de aplaudir a retirada do jogo de azar da Lei de Contravenções Penais para realocá-lo no Código Penal, que é onde deve estar o jogo: um crime! Contudo, não vemos como possa esta CPI concluir seus trabalhos com a apresentação de projeto de lei regulamentando a atividade dos bingos" (Magno Malta)

Caro Sr. Magno Malta.

Como cidadão brasileiro diretamente interessado na conciliação entre o progresso econômico e o estabelecimento de uma ética elevada em nosso país, quero oferecer meu apoio e externar minha satisfação quanto a sua posição, apresentada na declaração acima e publicada pelo Jornal do Senado.

A ligação dos jogos de azar com inúmeros crimes e contravenções como corrupção, lavagem de dinheiro, financiamento do tráfico de drogras, tráfico de armas, formação de quadrilhas, subornos e tantos outros é notória e não carece de muito esforço para ser comprovada.

Por isso, nesse momento de nossa história em que os fundamentos econômicos do país e a conjuntura política parecem oferecer-nos a oportunidade há muito esperada de avançar na redução da miséria que dizima nosso povo e na distribuição mais equânime da riqueza produzida por esta nação, não espero nada diferente do Senado da República que o repúdio firme aos jogos de azar, oferecendo à sociedade brasileira a sinalização de que nosso país rejeita a vocação para tornar-se escoderijo e fonte de renda para máfias, quadrilhas e criminosos daqui e de todo o mundo.

Envio esta mensagem com cópia aos demais membros da comissão na esperança de que sua atitude e posição, Senador Magno Malta, sejam apoiadas e seguidas por todos os senadores coprometidos com os valores capazes de resgatar a dignidade, a ética e a busca do bem comum como elementos norteadores da atividade parlamentar.

Aristarco Coelho
Fortaleza - Ceará

aristarco_coelho@yahoo.com.br
aristarco_coelho@hotmail.com