25 junho 2006

Novas denominações evangélicas crescem e atraem adeptos em CG

Por Rosângela Araújo

Dez anos atrás, elas praticamente não existiam em Campina Grande. Os seguidores da chamada linha evangélica ocupavam apenas os assentos das igrejas tradicionais, trazidas para o Brasil no início do século XIX, como a Luterana, Congregacional, Metodista, Batista e Presbiteriana. Passada uma década, os mais de 60 mil evangélicos campinenses seguem doutrinas e linhas com lastros semelhantes, mas divergentes em costumes e pontos secundaristas, adotados pelas mais de 50 denominações diferentes que existem na cidade. As ‘pequenas igrejas’, segundo dados da comunidade evangélica tradicional, somam aproximadamente 150 em Campina Grande.

Os nomes são os mais diversos e algumas respeitam em suas novas designações os nomes das denominações originárias, um exemplo, é a Ministério da Madureira, no bairro do São José, que é uma disseminação da Assembléia de Deus, considerada uma das pentecostais de maior difusão em todo o Brasil. Outras como Evangelho Pleno, Tabernáculo, Evangelho Quadrangular, Betesda, Jesus Cristo é o Maior – Igreja Viva 24 Horas, Sara Nossa Terra, Doutrina Primitiva, Casa de Oração Congregação Cristã no Brasil e inúmeras denominações diferentes estão espalhadas pela cidade. Conhecidas também como ‘igrejas independentes’, elas geralmente surgem de outras ramificações e ocupam cada vez mais espaços nos bairros, sobretudo nas periferias, conquistando adeptos logo que surgem.

Para o presidente da Vinac (Visão Nacional para Consciência Cristã), pastor Euder Fáber, que promove anualmente o Encontro para a Consciência Cristã, a conquista de adeptos faz parte de um processo social fácil de se explicar. “As pessoas são carentes de espiritualidade e estão sempre em busca de Deus, por isso, seguir uma doutrina evangélica, seja qual for a denominação, e mesmo nova, é algo atraente”, declara.

Seguir uma igreja recém-criada porém, não é para o pastor, uma atitude contrária à ideologia evangélica. Isso, porque como frisa, não há na lei brasileira qualquer artigo que disponha contra a criação de novas denominações nem novos templos religiosos, já que é assegurado ao cidadão brasileiro, respeito à religiosidade, seja ela qual for. Esse direito tem garantido a formação de novas tendências religiosas dentro do próprio segmento protestante, erradicado na Alemanha no século XVI, por Martim Lutero, que ganhou o mundo inteiro e hoje conta com milhões de seguidores em todo o Brasil. Na opinião do presidente da Vinac, não importa que igreja evangélica - pelo menos das consideradas realmente da linhagem - a pessoa siga. ‘O mais importante mesmo é que as pessoas aceitem os ensinamentos que pregam a Cristo como Senhor’.

Jornal da Paraíba 25/06/2006

22 junho 2006

João Alexandre Silveira

João Alexandre, nasceu em Campinas-SP, no dia 29 de Setembro de 1964. Músico, intérprete, compositor, arranjador, desde muito cedo começou a cantar, mais especificamente aos 9 anos, quando foi descoberto cantando no banheiro de casa por uma de suas irmãs, Yara que, na época em que ele nasceu, além de ser a irmã caçula da família, já tinha 14 anos!

Daí em diante, por João se tornar o caçula e "temporão" de uma família simples de 6 irmãos, 3 homens e 3 mulheres, ela o carregava para festas de aniversário para acompanhá-lo ao violão, enquanto ele cantava e surpreendia a todo mundo com sua voz fina e afinada!

Foi ainda com 9 anos, que participou, sendo chamado carinhosamente de "O pequeno grande", de um grande evento em Campinas, chamado REMEC (Recital de Músicas Evangélicas de Campinas) onde cantou sozinho, acompanhado sómente por um organista, do extinto Conjunto Universal, que organizara o evento, sendo este, um dos primeiros e grandes momentos musicais de sua vida ainda iniciante na música.

Estudando na Escola Branca de Neve, João começou a aprender seu primeiro instrumento, a corneta, tocando na fanfarra da escola, vindo, logo em seguida a aprender trompete.
Porém, por causa de problemas com a embocadura do instrumento, os pais resolveram interromper o aprendizado deste, o que levou João a outras alternativas instrumentais, como a bateria e logo em seguida, o violão, já com 12 anos de idade, sempre com base auto-didática.

Os primeiros contatos com a bateria vieram nos finais de culto da Igreja do Evangelho Quadrangular, em Campinas, onde, desde os 5 anos de idade, João sempre ia junto com sua mãe, Dona Gilda e onde acabaria por freqüentar e dirigir alguns grupos musicais, além de tocar nos períodos de louvor, por mais de 14 anos.

O ouvido musical, bem como o desejo de aprender, aliados ao incentivo pela música por parte do seu pai , Sr. João, além de irmãos, parentes e amigos, acabaram por dar o grande impulso à vida musical de João, que, daí por diante, começou a compor suas primeiras canções, sempre com letras voltadas para a pessoa do Senhor Jesus, desde muito cedo conhecida através dos ensinamentos dos pais.

Dali em diante, junto de alguns amigos e irmãos, já com 18 anos, João formaria o Grupo Pescador, seguindo uma proposta mais "abrasileirada" de música cristã, que começara através de compositores cristãos como Sérgio Pimenta e Aristeu Pires, os quais, entre tantos outros, ainda hoje, João faz questão de ter em seus trabalhos, regravando e gravando suas canções. O grupo chegou a gravar um trabalho chamado "Contraste", com 10 músicas, sendo 8 de João e uma em parceria com Luciano Garruti, seu parceiro de maior afinidade.

Por ser o único com alguma experiência de gravação, João acabou por gravar todo o vocal do disco, o que tornaria impossível uma apresentação ao vivo do grupo posteriormente, já que as vozes, além de trabalhadas, não teríam como timbrar-se de maneira igual à gravação. O grupo acabou por se desmanchar mais adiante, deixando sua marca como um daqueles trabalhos singulares da música cristã brasileira, que lembrava o grupo vocal Boca Livre, principal inspiração de João na composição das suas canções nessa época.

Além de Luciano Garruti, João encontraria outros parceiros de estrada como o próprio Guilherme Kerr, que, como ele mesmo diz, foi seu grande mestre em matéria de letra e poesia e com quem compôs muitas canções que marcaríam a vida da Igreja, no Brasil.

Com 19 anos, sua querida mãe, modelo de vida e de fé, faleceu e João, juntamente com seu pai, foi morar na casa de alguns de seus irmãos mais velhos, época em que lecionava violão.


Com 20 anos, decidiu ser missionário e participou durante 2 anos de um grupo de missionários/músicos chamado MILAD (Ministério de Louvor e Adoração) que teria como objetivo servir a Igreja de Cristo no Brasil e ser sustentado por ela através de ofertas voluntárias, seguindo uma visão "levítica" de sustento financeiro. Com o grupo, João viajou mais de 200 mil km por todo o Brasil , incluindo até o garimpo de Serra Pelada, no Pará, onde fizeram grandes trabalhos evangelísticos para mais de 45 mil homens.

Com 21 anos, ainda vivendo como missionário, João se casou com Tirza.

Percebendo que o caminho da música profissional tinha mais a ver com sua vida do que própriamente o caminho de "missionário" músico, João resolveu assumir diante de Deus o desafio de seguir sua vida na condição de músico profissional, deixando o MILAD na época em que tinha 1 ano de casamento e assim que soube, com muita alegria, da gravidez de sua esposa.


Daí em diante, retornaram para Campinas onde João, por muito tempo, teve que tocar em alguns bares e casas de shows para se sustentar e, além de começar a viajar juntamente com sua esposa, também intérprete, por todos os cantos do país, divulgando sua música e seu trabalho como músico e intérprete, fez sua trajetória crescer como arranjador e produtor musical com a ajuda de músicos e arranjadores experientes, além dos erros naturais que fazem parte do aprendizado de qualquer músico principiante.

Nomes como Williams Costa Jr., Marquito Cavalcante, Lineu Soares, Mara Granado, além de muitos outros que compartilharíam com ele sua experiência e sabedoria, foram de grande valia e incentivo ao caminho musical de João, que desde então já produziu e participou de mais de uma centena de gravações e produções de CDs, tanto evangélicos como seculares.

O antigo parceiro Guilherme Kerr o chamou para participar de algumas cruzadas evangelísticas do Rev. Caio Fábio D'araújo Filho, já que nessa época, Guilherme trabalhava com a VINDE (Visão Nacional de Evangelização). Mais tarde, Guilherme criaria a Gkerr Produções e João então seria chamado por ele para produzir e arranjar alguns CDs.

Um grupo que marcou muito sua trajetória profissional, possibilitando explorar muito de seu potencial musical harmônico, foi o também extinto Quarteto Vida, 4 meninas de Belo horizonte, que cantava com muita identidade, dando ainda mais riqueza aos arranjos que João fazia para elas. Tal contato faria nascer um amor especial por Minas Gerais, que, mais tarde seria transformado em música no seu primeiro disco solo, "Simplesmente João". Durante esse período, nasceu o primeiro e único filho do casal, Felipe, que hoje, canta juntamente com os pais nas viagens.

Como cristão, João tem sido respeitado e elogiado por músicos do porte de Hélio Delmiro, Rique Pantoja, Oswaldinho do Acordeon, Serginho do grupo Roupa Nova, a cantora Wanda Sá e muitos outros grandes e desconhecidos músicos cristãos e seculares, que além de amigos e irmãos, têm dado uma enorme força ao seu trabalho com suas críticas e experiências.

Visando esclarecer a polêmica gerada sobre o caminho difícil do sustento financeiro e espiritual de músicos e artistas cristãos profissionais, João e Luciano Garruti, seu parceiro de maior afinidade, como já foi dito, decidiram transformar em um livreto, "Músico, Profissão ou Ministério?", as respostas de muitas perguntas que há vários anos João tem dado às pessoas que o questionam sobre o tema.

Algumas revistas voltadas para a área de produção musical e CDs, como BACKSTAGE, SHOPING MUSIC CD, GOSPEL MUSIC CD e GUITAR PLAYER fizeram observações muito positivas sobre seus trabalhos e interpretações, de maneira geral. Revistas evangélicas têm feito grandes entrevistas com João, o que têm resultado numa projeção ainda maior de seu trabalho com intérprete, de sua personalidade simples e de seu talento dado por Deus.

Seus primeiros trabalhos gravados em CD contaram com a ajuda de gravadoras evangélicas como a Gospel Records em São Paulo, a Luz para o Caminho de Campinas, esta última que inclusive chegou a produzir também um CD de sua esposa intitulado "Muito mais". A partir do seu 4o trabalho, "Voz e violão", João decidiu seguir seu caminho por conta própria, "bancando" seus próprios CDs e sempre viajando ao lado de sua família por todo o Brasil, de quem, conforme ele mesmo diz, não abre mão jamais!

Com a ajuda e apoio da missão Vencedores por Cristo que atualmente distribui, divulga e presta serviços na área de propaganda e vendas para João, seus trabalhos têm sido divulgados de maneira mais acentuada nos últimos anos. Um de seus maiores sonhos é poder ter seu próprio estúdio de gravação, o que facilitaria muito o seu trabalho em geral.

De hábitos comuns e muito falante, curte um bom café com leite, além de um churrasco, segundo ele, suas paixões alimentícias, já que por precaução à pressão alta e excesso de peso, vigia constantemente sua alimentação.


Fonte: http://www.joaoalexandre.com.br/

19 junho 2006

A Luta e as Batalhas

É possível verificar, por toda a Bíblia, a existência de uma dimensão invisível aos olhos humanos e habitada por seres espirituais com habilidades e poderes além dos limites naturais da humanidade. Essa realidade sobrenatural é descrita com bastante naturalidade de Gênesis a Apocalipse.

A Bíblia está repleta de eventos onde anjos e demônios são apontados como realidades irrefutáveis. O próprio Jesus, em seu ministério, viveu diversas situações de enfrentamento com esses seres espirituais, tendo sido tentado por Satanás a abandonar sua vocação antes mesmo de começar seu ministério. Venceu a todos e tinha sua autoridade reconhecida por eles.

É preciso deixar claro, logo de início, que no cristianismo bíblico não há espaço para o dualismo. Não existe um luta eterna entre o bem e o mal. Não há uma oposição de forças igualmente poderosas. Deus e o diabo não estão disputando como em um ringue.

A Bíblia afirma a existência de um Deus criador de tudo e de todos. Ela chama essas forças espirituais de principados e potestades e é precisa em dizer que todos foram criados por Deus e para Deus. Não há uma disputa. Deus é soberano sobre a sua criação. Religiões como o Zoroastrismo e o Maniqueísmo fundamentaram suas crenças nesse dualismo, mas isso nada tem a ver com o cristianismo bíblico. No entanto, há uma luta real acontecendo.

Mas qual o ponto de disputa? O que está em jogo? A tentação à que Jesus foi submetido antes de iniciar seu ministério pode nos ajudar nessa compreensão. Jesus foi tentado a suprir suas necessidades por si mesmo:

Está com fome? Transforme pedras em pão!
Está se sentindo abandonado? Chame atenção para si!
Está se sentido inseguro? Usurpe o poder!

A tese de Satanás é de que não vale a pena confiar em Deus! A grande luta que tem sido travada por milênios entre as forças leais ao Senhor e as hostes rebeldes diz respeito à credibilidade do Deus Eterno. Ele é digno de confiança? Ele realmente é bom? Não é melhor assumir o controle da própria vida?

Essas foram as perguntas que plantaram a semente da dúvida no primeiro casal. Essas eram as perguntas por trás da tentação de Cristo. Essa é a grande Luta em que todos estamos envolvidos. Uma Luta espiritual, mas cujas batalhas são travadas no dia-a-dia da vida.

Adão e Eva, atingidos em cheio pelas dúvidas plantadas pelo inimigo de Deus, poderiam ter corrido para os braços do Senhor em busca de paz para suas almas, mas decidiram fugir da presença Dele; o Senhor Jesus, ao contrário, disse não às soluções rápidas e fáceis e afirmou sua confiança no Pai mesmo diante das sugestões de Satanás.

Nenhum principado ou potestade pode lhe impedir de confiar no Senhor. À luz de nossas limitações humanas, essas forças detêm tremendo poder, mas não passam de criaturas submetidas à autoridade do Deus Todo Poderoso e do seu filho Jesus Cristo. Mas é necessário que aqueles que se aproximem de Deus creiam que Ele existe e que é recompensador dos que o buscam.

Essas forças espirituais rebeldes têm seu destino final traçado na Bíblia: então dirá o Senhor: apartai-vos de mim... Sua fé no Filho de Deus como seu Salvador e sua submissão ao Senhorio de Jesus desconectam as ligações com essas forças espirituais, desassociam seu futuro do futuro delas e permitem a Deus lhe transportar do império das trevas para o reino do seu Filho.

A nossa Luta é espiritual. As batalhas acontecem todos os dias. O chamado de Deus para sua vida é confiar Nele. Porque o justo viverá pela Fé.