08 junho 2007

Alívio e Descanso - Ativismo

INTRODUÇÃO

Para onde você vai quando a semana é difícil, quando o filho adoece, quando o dinheiro acaba e as contas continuam? Pra onde você vai quando a família se torna insuportável e o desejo de desaparecer começa a aparecer? Pra onde você se dirige quando a vida fica meio chata e sem graça, quando os problemas parecem não ter mais saída? Pra onde você vai quando bate aquela sensação de incompetência, quando você não bate as metas do mês e as suas idéias parecem todas fracassadas? Pra onde ir, quando nos sentimos cansados e sobrecarregados?

Durante as próximas semanas vamos meditar em um dos trechos mais conhecidos das Escrituras. No evangelho de Mateus 11:28-30, o Senhor Jesus se dirigiu aos cansados e sobrecarregados e ofereceu alguns dos bens mais raros e preciosos de que se tem notícia (não só para os nossos dias, mas por toda a história da humanidade): alívio e descanso.

(28) Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. (29) Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. (30) Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve. (Mateus 11:28-30)

As palavras de Jesus são tocantes, mas se você pensar um pouco, alívio e descanso fazem parte das promessas de quase todas as religiões. Há um verdadeiro mercado para esses dois bens tão preciosos, que são oferecidos tanto em roupagens sofisticadas como a dos exercícios de meditação da yoga, quanto no simplismo mercantilista dos cultos neo-pentecostais que traduzem alívio e descanso por carro de luxo e casa de praia.

O que há de diferente na fala de Jesus? Não está Jesus fazendo a mesma coisa que tantos líderes religiosos fizeram e fazem? Não está Jesus apenas oferecendo um tipo diferente de escape para as tristezas e angústias que estão sempre presentes na vida humana? Não é mais uma proposta para uma vida melhor?

Há grande diferença na fala de Jesus é que Ele não nos manda busca alívio em outro lugar. Ele não nos envia para cumprir tarefas difíceis em lugares inóspitos como montanhas e desertos. Ele não oferece uma série de exercícios espirituais que no final trarão descanso. Jesus não nos manda repetir orações ou mantras até que um sentimento de alívio tome conta de nós. Ele nos chama para ele mesmo: Vinde a mim! Jesus assume toda responsabilidade. Ele não transfere para a natureza ou para outra pessoa qualquer. Ele mesmo é a fonte de alívio e descanso.

O Senhor não chama os cansados e sobrecarregados para por sobre seus ombros mais cargas. Não há acusações. Para Jesus a questão não é que eles estejam fazendo algo errado, nem tampouco que eles precisem ser pessoas melhores para encontrarem alívio e descanso; a questão é o quanto estamos próximos dele.

Vinde a mim, todos que estais cansados e sobrecarregados!

Alívio e o descanso invadem a vida daqueles que vão ao Senhor; não porque essa é a fórmula para encontrar alívio e descanso, mas porque têm prazer em compartilhar sua vida com o Ele.

ROTAS DE FUGA

Pra onde ir, quando nos sentimos cansados e sobrecarregados? Qual é a sua rota de fuga? Digo rota de fuga porque ou você aceita o convite de Jesus ou você está fugindo dele.

Todos temos várias rotas de fuga. Algumas se tornam prediletas com o decorrer do tempo e se transformam em maus hábitos que se transformam em vícios. Há outras rotas de fuga que trilhamos uma vez, mas em seguida desistimos.

Ativismo

Nos centros urbanos desse início de século XXI, uma das rotas de fuga mais comuns é o ativismo. Não estamos falando sobre o ativismo político ou ecológico, embora eles também possam se tornar uma fuga. O ativismo de que falamos se caracteriza pelo excesso de atividades e compromissos.

Vez por outra falo com alguém sobre o excesso de atividade da vida. São pessoas que não têm tempo para nada nem para ninguém. Normalmente ouço uma explicação mais ou menos como essa: “bem que eu queria ter uma vida mais tranqüila, mas realmente não dá. Afinal de contas a gente tem que ganhar o pão de cada dia”.

Corre-se desesperadamente de cedo da manhã até tarde da noite para ganhar a vida. Mas quando olho para essas pessoas, não parece que a vida está sendo ganha; parece mais é que a vida está sendo jogada fora.

(1) Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela. (2) Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão que penosamente granjeastes; aos seus amados ele o dá enquanto dormem. (Salmos 127:1-2)

A vida não foi feita por causa do trabalho. O trabalho é que foi feito para compor a vida. O trabalho faz parte da vida, mas também fazem parte, a família, a igreja, os amigos, o descanso e o lazer. Aproveita melhor a vida quem opta pela simplicidade e pelo equilíbrio.

melhor é o pouco, havendo o temor do SENHOR, do que grande tesouro onde há inquietação. (Provérbios 15:16)

melhor é um punhado de descanso do que ambas as mãos cheias de trabalho e correr atrás do vento. (Eclesiastes 4:6)


Nossa sociedade tem uma grande necessidade de preencher cada minuto do dia com alguma coisa produtiva, senão se sente desperdiçando tempo. É a prática da máxima que diz “Tempo é Dinheiro”.

A parte da vida que não conseguimos preencher com trabalho, preenchemos com qualquer outra atividade, conquanto que não sobre nenhum tempo ocioso; até o lazer é usado como forma de ativismo.

Saímos para um tempo que deveria ser de lazer, mas muitas vezes se tornam horas estressantes e cansativas, porque arrastamos para o lazer as expectativas de performance e terminamos por desejar resultados irreais para uma simples tarde de sábado no parque. O resultado é frustração e uma insatisfação generalizada com a vida.

Em busca de ser alguém

Um dos motivos pelos quais hoje as pessoas têm dificuldade de abrir mão do ativismo é porque elas encontram significado para suas vidas está naquilo que elas fazem, e não naquilo que são. Quando param de fazer, as pessoas entram em crise; não sabem mais quem são e a vida começa a perder sentido.

Precisamos acreditar que Deus nos considera importantes mesmo se não realizarmos nenhum grande empreendimento em toda nossa vida. Deus não tem necessidade de que façamos grandes obras pra Ele. A nossa importância diante dele reside do fato de sermos seus filhos!

(16) Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele. (17) E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo. (Mateus 3:16,17)

Ele nos amou quando nós ainda éramos rebeldes e continua nos amando, agora que somos seus filhos, feitos nova criatura pela fé em Jesus.

(6) Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. (7) Dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer. (8) Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. (Romanos 5:6-8)

Se para Deus o que importa é o que nos somos através da nossa fé em Jesus, a melhor coisa que podemos fazer é rejeitar o ativismo como uma rota de fuga.

O Princípio do Descanso

A vacina para o ativismo está na capacidade de descansar. Quem dá o exemplo é o próprio Deus. Depois de seis dias agindo em toda a criação, Deus descansou.

(2) E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito. (3) E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera. (Gênesis 2:2-3)

A terra cultivada também deveria descansar. Durante seis anos era cultivada e no sétimo decansava, enquanto servia de mantimento para os necessitados

porém, no sétimo ano, a deixarás descansar e não a cultivarás, para que os pobres do teu povo achem o que comer, e do sobejo comam os animais do campo. Assim farás com a tua vinha e com o teu olival. (Êxodo 23:11)

O descanso deveria se estender aos empregados, visitantes e animais.

Seis dias farás a tua obra, mas, ao sétimo dia, descansarás; para que descanse o teu boi e o teu jumento; e para que tome alento o filho da tua serva e o forasteiro. (Êxodo 23:12)

Veja a sabedoria da Palavra de Deus: o descanso trás alento. Viver a vida em correria permanente resulta em desânimo. O Senhor Jesus dá a correta dimensão do significado e da importância do descanso quando afirma:

(27) ...O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado; (28) de sorte que o Filho do Homem é senhor também do sábado. (Marcos 2:27-28)

Parar as atividades produtivas por um tempo é uma vacina contra o ativismo e uma prova de confiança no caráter de Deus. Confiança de que Ele vai suprir nossas necessidades. Ele cuida dos seus amados enquanto eles dormem

Deus é digno de confiança! Foi isso que Jesus disse. Ele falou também, com clareza, sobre o benefício de confiar em Deus.

(24) Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas. (25) Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?

(26) Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves? (27) Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?

(28) E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam. (29) Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. (30) Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé?

(31) Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? (32) Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; (33) buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.

(34) Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal. (Mateus 6:24-34)


Quando nos sentirmos cansados e sobrecarregados com a vida e formos tentados a encontrar alívio e descanso no excesso de atividades, devemos nos lembrar de que:

· O ativismo é uma fuga que nos leva pra longe de Jesus;
· A simplicidade é o terreno onde germinam as sementes do alívio e do descanso;
· Deus nos ama pelo que somos, não pelo que fazemos;
· Descansar é confiar no caráter de Deus e em sua provisão.

Encontrando-se com Jesus - O Homem de Gadara





INTRODUÇÃO

Hoje vamos começar uma série de mensagens sobre pessoas que se encontraram com Jesus. Durante os meses de Junho e Julho vamos conhecer e relembrar encontros que marcaram o ministério de Jesus e transformaram a vida daqueles que se encontraram com Ele.

Minha oração hoje é um pedido a Deus para que o Seu Espírito use nossa reflexão sobre esses encontros para conduzir você, que nunca teve um encontro pessoal com o Filho de Deus, a reconhecer a soberania de Cristo e confiar Nele como seu Senhor e Salvador.

Oro também por você meu irmão, para que todos os dias você se reencontre com Jesus. Oro para que a presença de Deus seja tão constante, e para que os valores do Seu Reino estejam tão arraigados em sua alma ao ponto que sua vida seja um permanente encontro com Ele.

Relacionamentos

O Senhor Jesus não viveu sua vida enclausurado, com medo do mundo. Jesus era um estudioso da Palavra, mas não era um rato de biblioteca. Ele era um profundo conhecer das Escrituras, mas não era um erudito cheio de mofo e poeira. Eu creio que o equilíbrio do Senhor nesta área acontecia porque Ele optou por relacionar-se com as pessoas.

Aqui vai um alerta: Se Jesus, que era o próprio Deus feito gente, não abriu mão de estar com as pessoas, como pode alguém que se diz cristão, um seguidor de Jesus, achar que pode viver isolado dos outros? Que cristianismo é esse que vira as costas para o sofrimento do outro? Que cristianismo egoísta é esse que só se preocupa consigo mesmo? Que cristianismo enclausurado é esse que foge das pessoas? Esse não é cristianismo de Jesus.

Por onde Jesus passava as pessoas se aproximavam. Ele exercia uma atração irresistível sobre elas, compadecia-se delas, as curava, as abençoava, as exortava, denunciava os seus pecados, comia com elas, debatia idéias, respondia perguntas, perguntava, enfim, Jesus era alguém que não fugia do contato com outras pessoas.

Preste atenção nessa questão. Pode parecer mais cômodo isolar-se e ficar distante dos outros. É mais fácil lidar só com os nossos problemas e fazer de conta que não temos nada a ver com os amigos, vizinhos e colegas de trabalho. Mas essa atitude pode será uma semente cuja árvore se chama solidão e os frutos causam a morte por isolamento.

Deus nos fez com a capacidade e a necessidade de pertencermos uns aos outros através de relacionamentos saudáveis e apropriados. Foi assim a vida de Cristo, cheia de pessoas. Hoje vamos conhecer a história de um homem da região de Gadara que se encontrou com o Senhor Jesus e teve sua vida transformada.

Vamos ler a narrativa do evangelho de Marcos 5:1-20, mas a história também foi registrada nos evangelhos de Mateus (8:28-33) e Lucas (8:26-34).

03 junho 2007

O Caminho da Cruz - Parte 4

Introdução

Pela manhã aprendemos que Jesus quer substituir o pesado fardo da culpa pelo fardo dele, que é leve e suave. Vimos que confissão e perdão são como inspirar e expirar para nossa saúde espiritual.

Hoje à noite minha palavra vai ser breve. Eu gostaria de deixar um alerta quanto ao perigo de se tornar um súdito no reino da emoção.

Antes começar, no entanto, preciso reafirmar minha crença de que Deus nos fez criaturas com diversas dimensões. Corpo, Mente, Alma e Espírito são os elementos que formam essa mescla muitas vezes complexa.

A dimensão física do corpo se junta às emoções, ao centro da vontade e à capacidade de relacionamento com o Eterno para forma o que conhecemos por ser humano.

Nenhum desses aspectos do ser humano pode ser desprezado. Deus lida conosco considerando todas essas dimensões, por isso nenhuma delas deve ser preterida em função da outra ou privilegiada diante das demais.

Olhando para a história da humanidade, pode-se verificar que durante a idade moderna viveu-se o reinado da mente e da vontade. A lógica e o racional comandaram o mundo dos negócios e dos relacionamentos.

Nos tempos pós-modernos em que nos encontramos o reinado mudou de mão. Agora são emoções que dão as cartas.

O órgão que mais usado para representar o centro das emoções e o coração. O profeta Jeremias faz uma afirmação de grande impacto a respeito do coração humano, isto é, das poderosas emoções que nos atravessam.

Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá? (Jeremias 17:9)

Não podemos nem devemos descartar nossas emoções. Elas são imprescindíveis para sermos quem somos. Mas o profeta nos alerta que elas não são tão confiáveis assim. O coração é enganoso, ora sente uma coisa, ora sente outra oposta. Quem o conhecerá?

Gade e Rúben

(1) Os filhos de Rúben e os filhos de Gade tinham gado em muitíssima quantidade; e viram a terra de Jazer e a terra de Gileade, e eis que o lugar era lugar de gado. (2) Vieram, pois, os filhos de Gade e os filhos de Rúben e falaram a Moisés, e ao sacerdote Eleazar, e aos príncipes da congregação, dizendo: (3) Atarote, Dibom, Jazer, Ninra, Hesbom, Eleale, Sebã, Nebo e Beom, (4) a terra que o SENHOR feriu diante da congregação de Israel é terra de gado; e os teus servos têm gado. (5) Disseram mais: Se achamos mercê aos teus olhos, dê-se esta terra em possessão aos teus servos; e não nos faças passar o Jordão. (6) Porém Moisés disse ao filhos de Gade e aos filhos de Rúben: Irão vossos irmãos à guerra, e ficareis vós aqui? (7) Por que, pois, desanimais o coração dos filhos de Israel, para que não passem à terra que o SENHOR lhes deu? (8) Assim fizeram vossos pais, quando os enviei de Cades-Barnéia a ver esta terra. (9) Chegando eles até ao vale de Escol e vendo a terra, descorajaram o coração dos filhos de Israel, para que não viessem à terra que o SENHOR lhes tinha dado. (Números 32:1-9)

Essa era a segunda vez que Moisés caminhava em direção à terra prometida por Deus. Os descendentes de Rúben e Gade, que eram criadores de gado, viram que a terra que eles acabavam de conquistar era boa para pasto e pediram a Moisés para ficar. O pedido era justo, mas o momento era muito ruim.

Por isso Moisés não questiona o direito à terra. Ele alerta as duas tribos de que essa atitude desanimaria o coração dos demais para enfrentar as batalhas que ainda viriam. Moisés lembrou-se, então, que da primeira vez havia acontecido a mesma coisa.

Daquela vez, todos haviam sido desencorajados pelos espiões de Israel que voltaram falando da altura dos soldados e da fortificação das cidades.

O que precisamos notar aqui é a fragilidade das emoções. O coração destemido rapidamente pode se transformar em um coração temeroso. Os sentimentos positivos se transformam em sentimentos negativos e, de repente, a certeza vira dúvida.

Moisés foi muito impactado pela volatilidade do coração do povo. Tanto que um pouco ante desse momento, ao repetir a lei ele já havia lembrado o ocorrido.

Para onde subiremos? Nossos irmãos fizeram com que se derretesse o nosso coração, dizendo: Maior e mais alto do que nós é este povo; as cidades são grandes e fortificadas até aos céus. Também vimos ali os filhos dos anaquins. (Deuteronômio 1:28)

Paulo e Ágabo

(10) Demorando-nos ali alguns dias, desceu da Judéia um profeta chamado Ágabo; (11) e, vindo ter conosco, tomando o cinto de Paulo, ligando com ele os próprios pés e mãos, declarou: Isto diz o Espírito Santo: Assim os judeus, em Jerusalém, farão ao dono deste cinto e o entregarão nas mãos dos gentios. (12) Quando ouvimos estas palavras, tanto nós como os daquele lugar, rogamos a Paulo que não subisse a Jerusalém. (13) Então, ele respondeu: Que fazeis chorando e quebrantando-me o coração? Pois estou pronto não só para ser preso, mas até para morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus. (Atos 21:10-13)


Agora estamos nos primeiros passos dados pela igreja de Cristo. Saulo o perseguidor dos cristãos havia-se convertido ao Jesus que ele perseguia. Então ele recebe um aviso dado por um profeta de Deus. A profecia foi entregue em forma de dramatização. Paulo seria preso pelos judeus em Jerusalém.

Todos os irmãos começaram a pedir que Paulo não fosse para Jerusalém. Aqueles irmão ficaram tão abalados com a aquela profecia que a atitude deles estava quebrantando o coração do apóstolo.

Há muitas lições aqui, e uma delas é que o coração, a emoções são volúveis. Paulo percebeu que o medo daqueles irmão de que algo lhe acontecesse estava mudando os seus sentimentos.

O caminho da cruz é pela confiança, não pelas emoções

O que há de comum entre as experiências de Moisés e de Paulo? Entre outras coisas, eles não permitiram que seus sentimentos conduzissem suas decisões quando eles tinham clareza sobre qual era o projeto de Deus.

O caminho da cruz é trilhado pela confiança, não pelas emoções. Durante a sua caminhada com Jesus o seu humor vai mudar e isso não pode desviar você do seu destino: a Cruz de Cristo.

· Hora você vai estar triste, hora vai estar alegre;
· Hora você vai ter vontade de pular e saltar cantando louvores a Deus, hora você vai querer ficar no fundo de uma rede;
· Hora os irmãos serão presentes de Deus para você, hora eles serão insuportáveis;
· Hora você vai desejar que tenha culto todos os dias da semana, hora você vai querer que seja de mês em mês;
· Hora o sermão vai tocar profundamente em sua vida, hora ele vai parecer meio água com açúcar;
· Hora a Bíblia vai ser lida com sorriso nos lábios, hora você vai chorar porque não tem vontade de ler;
· Hora vai ser um prazer fazer o bem ao outros, hora você só vai pensar em si mesmo.

Não se desespere!! O caminho da cruz não pode ser trilhado em função dos nossos tobogãs emocionais.

Há uma Palavra, há uma verdade, há um Deus todo poderoso, há poder na cruz de Cristo. E isso não depende das suas emoções. No caminho da cruz, suas emoções não podem ser motivo de tropeço. Por isso você precisar ter sempre à mão a Palavra. Ela é a âncora que lhe mantém firme quando as emoções balançam o barco da vida.

· Quando você se sentir fraco, você lembrará que o poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza;
· Quando você não se sentir salvo, você lembrará que ninguém pode arrebatá-lo das mãos de cristo;
· Quando você se sentir abatido, você lembrará que os que esperam no senhor não se cansarão e voarão como as águias;
· Quando você se sentir desamparado, você lembrará que o Senhor é o seu pastor, nada vai lhe faltar;
· Quando você se sentir um pecador, você lembrará que o sangue de Jesus lhe purificou de todo o pecado.
· Quando você sentir que está longe do Senhor, você lembrará que nem a morte poderá lhe separar do amor de Deus;
· Quando você estiver cansado e sobrecarregado, você lembrar que Cristo aliviará a sua carga;
· Quando você sentir que não tem mais solução, você lembrará que para o homem pode ser impossível, mas para Deus tudo é possível;

Não desfaleça o vosso coração, não temais o rumor que se há de ouvir na terra... lembrai-vos do SENHOR (Jeremias 51:46 e 50)