Mostrando postagens com marcador Conforto. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Conforto. Mostrar todas as postagens

20 agosto 2017

Advertir, confortar e auxiliar


Advertir, confortar e auxiliar

14Exortamos vocês, irmãos, a que advirtam os ociosos, confortem os desanimados, auxiliem os fracos, sejam pacientes para com todos. 1 Ts 4.14 (NVI)

O Apóstolo Paulo era um missionário itinerante. Depois de ser alcançado por Jesus no caminho de Damasco e ter sua visão sobre o amor de Deus transformada, ele gastou sua vida pregando o evangelho de Jesus, plantando igrejas e treinando lideranças.

Dos 27 livros do NT, 8 são cartas dele. Algumas dessas cartas foram escritas às igrejas que ele mesmo estabeleceu, outras a igrejas que ele visitou e algumas a igrejas que ele nem mesmo conhecia pessoalmente. Duas dessas cartas foram escritas à igreja da cidade de Tessalônica.

As palavras de Paulo àqueles irmãos parecem revelar que aquela igreja tinha um lugar especial no coração do apóstolo. Eles eram como aqueles alunos estudiosos a quem os professores admiram e elogiam. (1 Ts 1.2-4)

2Vocês todos são para nós um motivo de constante gratidão a Deus, e sempre vos nomeamos nas nossas orações; 3nunca nos esquecemos da atividade que a fé vos inspira, de todo o vosso trabalho feito por amor cristão, da vossa persistência na esperança no nosso Senhor Jesus Cristo. 4Nós sabemos, queridos irmãos, que foi Deus quem vos escolheu. 1 Ts 1.2-4 (OL)

Na comparação com outras igrejas com que o apóstolo lidava parece que os irmãos de Tessalônica eram os primeiros da turma. Mas é interessante notar que mesmo tendo um apreço especial por aqueles dedicados irmãos, Paulo não deixou de escrever-lhes com o propósito de dar instruções sobre sua nova vida em Cristo.

Essa postura do apóstolo certamente serve de alerta para nós, irmãos. Nenhum seguidor de Jesus deveria se sentir intocável. Por mais experientes a amadurecidos que sejamos, carecemos de orientação sobre o modo como estamos vivendo nossas vidas. Não existe crente blindado. Quem se fecha para a exortação do Espírito de Deus está enganando-se a si mesmo e acaba sabotando o seu próprio crescimento como discípulo de Jesus. 

Precisamos manter em mente que somos aqueles que passaram a confiar na eficácia da morte de Cristo para nos fazer parte da família de Deus. Nós somos aqueles que pararam de tentar alcançar os céus ficando de ponta-de-pé e que agora encontram o céu através da presença de Cristo em suas vidas. Nós somos aqueles que foram livrados da culpa do pecado, que estamos libertos do domínio do pecado e que seremos livres da presença do pecado.

Isso tudo é verdade! E exatamente por isso é que precisamos da orientação do Espírito para viver como discípulos de Jesus.

O verso que lemos no começo faz parte de uma série de orientações que finalizam essa primeira carta. São orientações diretas, ditas sem muitas voltas. Oro ao Senhor para que elas cumpram o propósito de Deus nesta noite.

Advertir os ociosos, confortar os desanimados e auxiliar os fracos. E para com todos ser paciente. É bom não confundir as coisas, se não pode da tudo errado. Imagine como só como seria traria pouco benefício para igreja se nós, com muito amor, nos dedicássemos a “confortar os ociosos” ou a “auxiliar os desanimados” ou ainda a “advertir os fracos”.

Essa simples correlação adequada entre o tipo de necessidade e o serviço a ser prestado, irmãos, serve de alerta para nós. A vida comunitária deve ser experimentada de forma sábia. Somos chamados a servir considerando com cuidado a melhor maneira de ajudar-nos uns aos outros. Se não estivermos atentos a isso será tudo um grande desperdício. O serviço assim “de bolo” acrescenta muito pouco. No máximo alivia por um momento a consciência de quem serviu.

Advirtam os ociosos


Os irmãos de Tessalônica abraçaram a fé de forma tão intensa que viviam a expectativa da volta imediata de Cristo. Eles estavam tão desejos de estar com Cristo que começaram a relaxar quanto às responsabilidades diárias que cada um tinha. Alguns deixaram seus empregos e passaram a esperar a volta de Cristo a qualquer momento. Essas pessoas começaram, então, a depender da ajuda de outros irmãos que continuavam a trabalhar.

Essa situação certamente criou situações de conflito entre os irmãos e Paulo aproveitou as duas cartas para orientá-los sobre o assunto.

Hoje, a motivação para a ociosidade não é a mesma dos irmãos de Tessalônica, mas existem outras situações que também precisamos ser alertados.

Ausência de tarefas domésticas

Papai e mamãe, vocês precisam ensinar os pequeninos, desde muito cedo que eles têm obrigações que precisam ser cumpridas: (1) brinquedos não voltam sozinhos para o lugar de onde foram tirados; (2) chinelos e sapatos não são peças de decoração; (3) camas não se arrumam sozinhas.

Além disso, a casa tem rotinas que precisam ser compartilhadas. Esse ensino precisa acontecer desde muito cedo, porque depois será fácil consertar a ociosidade do adolescente que se acostumou a não fazer em casa quando era pequeno.

Ensinar desde cedo que todos temos responsabilidades para dar conta pode poupar muito sofrimento no futuro e certamente ajuda na construção de uma sociedade em que cada um assume sua parte.

Universitários dependentes

Há alguns cursos universitários que realmente não permitem um trabalho regular por causa dos turnos em que as aulas acontecem, mas na maioria dos casos é perfeitamente possível conciliar um curso universitário com alguma atividade prática de trabalho, ainda que seja um estágio.

No entanto alguns pais parecem querer “proteger” seus filhos do trabalho e dessa forma acabam abrindo espaço para uma ociosidade justificada, que depois vai cobrar um alto preço do seu protegido.

É impressionante o número de jovens que terminam seus cursos universitários sem sequer uma experiência de trabalho. Eles chegam ao final de seus cursos muitas vezes inseguros sobre o que farão na prática e sem nada que ser pareça com a vida real e possa ser apesentado ao mercado de trabalho. Assim, o que parece uma proteção amorosa no começo pode se revelar um imenso atrapalho para a pessoa e para a sociedade.

Recém-casados dependentes

É cada dia mais comum que jovens se casem ou mesmo comecem a morar juntos e continuem a morar na casa dos pais de um deles. Essa é uma fórmula falida. É como dá um tiro no próprio pé.

O ditado popular diz que quem casa quer casa e a bíblia diz “deixará ... pai e mãe”. Um jovem casal que não sai da casa dos pais terá muita dificuldade para construir uma nova família. Isso fará mal a eles, às famílias e a sociedade como um todo.

Às vezes é preciso abrigar filhos temporariamente em nossas casas, mas isso precisa ser sempre uma transição e jamais uma situação indefinida. Jovens casais que permanecem na casa dos pais acabam usando mal o tempo e flertam com a ociosidade, já que papai e mamãe tomam conta de tudo. Além disso, não adquirem a noção de responsabilidade, não sabem o preço das coisas, têm dificuldade de valorizar o trabalho e acabam vivendo uma realidade insustentável e danosas para todos.

Adultos dependentes

Hoje muitos adultos que não constituíram família optam por permanecer da casa dos pais. Portanto é comum vermos, principalmente homens, de 40 anos ou mais, às vezes sem trabalhar, sendo servidos por mães e pais que deveriam estar em outra fase da vida.

Além disso, há aqueles que mesmo casados e com família constituída sentem-se no direito de ser sustentados por parentes e amigos, sem nunca assumirem de forma plena suas responsabilidades.

Adultos que dependem integral ou parcialmente de seus pais ou de outros adultos precisam ser desafiados a buscar o próprio sustento de forma digna. Não é justo que a geração que nos antecedeu e que já cumpriu seu papel de manter e sustentar seja constrangida a continuar fazendo isso de forma indefinida.

Confortem os desanimados


A segunda orientação do Espírito nesse verso 14 é para que os desanimados sejam confortados.

Se você prestar atenção, vai perceber que aqueles que desejam ajudar alguém desanimado, normalmente fazem de tudo para animá-lo. Não suportamos ver alguém cabisbaixo, tristonho e sem ânimo perto da gente, e aí fazemos o que for possível para animá-lo. Vale dar presente, vale contar piada, vale levar pra sair, vale carinho, o importante desfazer aquele desânimo.

Mas, o apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito de Deus, diz que o os desanimados devem ser confortados. Há uma diferença entre animar e confortar. Animar é tentar fazer o outro esquecer os motivos do seu desânimo; confortar é ficar com a pessoa em meio ao desânimo e tornar aquele tempo menos difícil.

Para confortar os desanimados é preciso ficar junto deles. Confortar os desanimados é ficar ao lado da cama enquanto a febre não passar, afofar o travesseiro, arrumar os lençóis, cochilar ao lado da cama, e só sair quando a febre passar.

Muitas pessoas têm dificuldade de se aproximar daqueles que sofrem com doenças crônicas ou estão em estado terminal em uma cama de hospital. A questão e que nesses casos não há nada a fazer senão afofar o travesseiro, arrumar os lençóis e quem sabe cantarolar uma canção que dê paz ao coração.

Outras pessoas não são capazes de consolar simplesmente porque o que as incomoda é ter que conviver com alguém desanimado. Elas não estão necessariamente preocupadas com a dor do outro, mas em resolver o próprio desconforto de estar perto de alguém desanimado. Estão pensando apenas em si mesmos.

4Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros. (Fil. 2:4)

Que tal se colocar a disposição para Deus o (a) use para confortar aqueles que precisam de conforto? Que tal cuidar não apenas dos seus interesses, mas também dos interesses daqueles que precisam de conforto em sua volta?
Auxiliem os fracos


Quando olho para a forma como tratamos os fracos em nossa sociedade, entendo melhor que o homem sem Deus é levado a agir pela lei do mais forte, em que os fracos são desprezados e não sobrevivem. Essa lei está embutida nos relacionamentos humanos, nas regras do mercado e nas negociações diplomáticas.

Nietzsche acreditava que os fracos e débeis deveriam ser eliminados até que surgisse um novo homem, um super-homem sem traços de piedade e misericórdia, seguro de si e de seu destino. A filosofia de Nietzsche foi usada por Hitler para justificar a purificação da raça ariana com o extermínio dos judeus.

A lei de Cristo é diferente da lei do mais forte. O Espírito diz que os fracos devem ser auxiliados. Isso começa nos pequenos detalhes, quando o julgamento apressado é substituído pela compaixão. Quando as piadinhas de corredor sobre a fraqueza do irmão são substituídas por uma atitude de auxílio.

O escárnio, a zombaria, o pouco caso, o isolamento e o distanciamento daqueles que parecem fracos são provas de desamor e não podem fazer parte da vida de um discípulo de Jesus!


-->
Veja que outra vez o Espírito de Deus nos empurra para perto das pessoas. Não dá pra auxiliar de longe, tem que se aproximar. Tem que caminhar lado a lado para saber como auxiliar da melhor maneira. Não resolve apenas mandar dinheiro ou encher de presentes. É preciso estar junto.
Sejam pacientes com todos

Para viver o evangelho de Jesus é preciso ser paciente. Pode parecer difícil ser paciente como os outros, sobretudo se eles são ociosos, desanimados e fracos. Mas ajuda muito quando nós olhamos para nós mesmos e vemos que não somos lá muito diferentes. Também nós precisamos ser advertidos, confortados e auxiliados. Ainda assim o Senhor é paciente conosco.

18 outubro 2008

Instruções Finais

Introdução

O Apóstolo Paulo era um missionário itinerante. Ele viajou pregando o evangelho de Jesus, plantando igrejas e treinando lideranças.

Dos 27 livros do NT, 8 são cartas que Paulo escreveu às igrejas. Algumas às igrejas que ele mesmo estabeleceu, outras a igrejas que ele visitou e algumas a igrejas que ele nem mesmo conhecia pessoalmente.

Duas dessas cartas foram escritas à igreja de Tessalônica. As palavras de Paulo àqueles irmãos parecem revelar que aquela igreja tinha um lugar especial no coração do apóstolo. Tudo indica que os tessalonicenses eram como aqueles alunos estudiosos a quem os professores admiram e elogiam.

(2) Vocês todos são para nós um motivo de constante gratidão a Deus, e sempre vos nomeamos nas nossas orações; (3) nunca nos esquecemos da atividade que a fé vos inspira, de todo o vosso trabalho feito por amor cristão, da vossa persistência na esperança no nosso Senhor Jesus Cristo. (4) Nós sabemos, queridos irmãos, que foi Deus quem vos escolheu. (5) E o evangelho que vos anunciamos não vos foi comunicado apenas por meio de simples palavras, mas com poder e pelo Espírito Santo, produzindo uma grande certeza no vosso espírito. Vocês sabem como é que as nossas vidas foram no vosso meio, e por amor de vocês. (6) Conseqüentemente tornaram-se nossos imitadores, seguindo o modelo de vida que o Senhor vos comunicou. Foi no meio de muitas tribulações que vocês receberam a palavra, e com a alegria do Espírito Santo, (7) de tal forma que vocês mesmos se tornaram num exemplo para todos os crentes da Macedônia e da Acaia. (8) Na verdade por vosso intermédio a palavra do Senhor se espalhou por essas duas regiões, como também em muitos outros sítios a vossa fé em Deus se tornou conhecida. Até nem precisamos falar dela às pessoas, (9) pois elas próprias testemunham de como fomos recebidos por vocês e como se converteram a Deus e abandonaram os ídolos para servirem o Deus vivo e verdadeiro. 10 E elas falam da vossa esperança no regresso dos céus do Filho de Deus - Jesus, a quem o Pai ressuscitou da morte. Foi ele quem nos livrou do julgamento futuro. (I Tes 1:2-10 OL)

Instruções Finais

É interessante que ainda assim, ainda que Paulo tivesse um apreço especial por aqueles irmãos, ele escreveu para eles com o propósito de dar orientações e instruções sobre como deve ser a vida daqueles que entregaram o controle de suas vidas nas mãos do Deus eterno: nós.

Nós somos aqueles que passaram a confiar na eficácia da morte de Cristo para nos fazer parte da família de Deus. Nós somos aqueles que pararam de tentar alcançar os céus ficando de ponta-de-pé e que agora encontram o céu através da presença de Cristo em suas vidas. Nós somos aqueles que foram livrados da culpa do pecado, que estamos libertos do domínio do pecado e que seremos livres da presença do pecado.
Ainda assim, precisamos de orientação do Senhor para viver essa nova vida em Cristo. Por isso apóstolo escreveu para aqueles irmãos e agora nós também podemos ouvir a voz do Espírito de Deus.

12 Agora lhes pedimos, irmãos, que tenham consideração para com os que se esforçam no trabalho entre vocês, que os lideram no Senhor e os aconselham. 13 Tenham-nos na mais alta estima, com amor, por causa do trabalho deles. Vivam em paz uns com os outros.

Consideração e estima. Não é muito o que a palavra de Deus pede. Consideração para com aqueles que servem liderando e aconselhando a igreja. Estima por aqueles a quem o Senhor incumbiu de pastorear o rebanho. Infelizmente nem sempre isso acontece.

Líderes de ministério merecem nossa consideração e estima. Professores e mestres da Palavra devem ser tratados com consideração e estima. Também os pastores devem ser considerados na mais alta estima. Sabe por quê? Por causa do trabalho que fazem.
Como é difícil liderar aqueles que não querem ser liderados, que rejeitam a autoridade e não se dispões a cooperar! Como é difícil ensinar aqueles que pensam já saber tudo e perderam a postura de aprendiz que Jesus tanto ensinou. Como é difícil pastorear ovelhas que não desejam ser pastoreadas e pensam não precisar do cuidado de ninguém.

Tratar com consideração e estima é submeter-se em amor àqueles que lideram e aconselham a igreja compreendendo que eles estão cumprindo um chamado do Senhor; Essas são pessoas que o Espírito usa para aperfeiçoar nossas vidas.
Tratar com consideração e estima e estar atento às necessidades daqueles que trabalham entre nós liderando e aconselhando. Que péssimo testemunho dá a igreja que é desatenta ao justo sustento de seus líderes.

Tratar com consideração é compreender que essas pessoas são presentes que Deus deu à igreja, mas que são pessoas como todos nós somos. Não são supercrentes, não tem poderes especiais, cometem erros e falhas, precisam ser perdoados e amados.
Tratar com consideração é sustentar em oração aqueles que lideram e aconselham em nossos meio. Como precisam de oração aqueles que dia após dia ouvem o choro e a dor dos outros! Como precisam de oração aqueles que são convidados a participar da vida dos outros. Essas pessoas precisam ser sustentadas por oração constantes. Isso também é ter consideração e estima.

Paulo ensina que agindo assim estamos provendo paz no meio do povo de Deus.

14 Exortamos vocês, irmãos, a que advirtam os ociososa, confortem os desanimados, auxiliem os fracos, sejam pacientes para com todos.

Não confunda as coisas, se não pode da tudo errado. Imagine só confortar os ociosos, auxiliar os desanimados e advertir os fracos. Cada necessidade dos membros do corpo de Cristo e das pessoas em nossa volta deve ser atendida de forma adequada.

Advirtam os ociosos

Os irmãos de Tessalônica viviam a expectativa da volta imediata de Cristo. Eles estavam tão desejos de estar com Cristo que começaram a relaxar quanto às responsabilidades diárias que cada um tinha. Alguns deles deixaram seus empregos e passaram a esperar a volta de Cristo. Essas pessoas passaram então a depender da ajuda dos outros irmãos que continuavam a trabalhar.

Hoje, esse tipo de motivação não é muito comum para a ociosidade, mas existem outros motivos e outras situações que também precisam de advertência.

Ausência de tarefas domésticas - Papai e mamãe, vocês precisam ensinar os pequeninos, desde muito cedo que eles têm obrigações que precisam ser cumpridas: (1) brinquedos não voltam sozinhos para o lugar de onde foram tirados; (2) chinelos e sapatos não são peças de decoração; (3) camas não se arrumam sozinhas. Além disso, a casa tem rotinas que precisam ser compartilhadas. Esse ensino precisa acontecer desde muito cedo, porque depois é grande sofrimento consertar a ociosidade do adolescente que acostumou-se a nada fazer em casa.

Universitários dependentes – Há alguns cursos universitários que não permitem um trabalho regular por causa dos turnos em que acontecem, mas na maioria dos casos é perfeitamente possível conciliar um curso universitário com alguma atividade prática de trabalho, ainda que seja um estágio. No entanto alguns pais “protegem” seus filhos do trabalho abrindo espaço para uma ociosidade que depois vai cobrar um preço alto.

Recém casados dependentes – É cada dia mais comum que jovens se casem e passem a morar na casa dos pais de um deles. Essa é uma fórmula falida. É como dá um tiro no próprio pé. O ditado popular diz que quem casa quer casa e a bíblia diz “deixará ... pai e mãe”. O ociosidade é fruto que se colhe quando uma jovem família se acomoda na casa dos pais.

Adultos dependentes – Hoje muitos adultos que não constituíram família optam por permanecer da casa dos pais. Portanto é comum ver, principalmente homens, de 40 anos ou mais, sendo servido por mães e pais que deveriam estar em outra fase da vida. Além disso, há aqueles que mesmo casados e com família constituída sentem-se no direito de ser sustentados por parentes e amigos, sem nunca assumirem de forma plena suas responsabilidades.

Há outras expressões de ociosidade. Em nosso país é fácil ouvir alguém expressar o desejo de ganhar na loteria e parar de trabalhar. Sombra e água fresca.

Entre nós o trabalho é tratado como uma punição, um fardo do qual todo mundo que se livrar. Trabalho é sinônimo de careta e nariz torcido. É certo que o pecado transformou o trabalho em algo difícil, principalmente em uma sociedade que se especializou na exploração uns dos outros, mas aqueles que entregaram suas vidas a Jesus não devem, sob nenhuma hipótese, ceder à tentação da ociosidade.

Na segunda carta que escreveu àqueles irmãos, o Espírito de Deus foi ainda mais claro e específico sobre como aqueles que nasceram de novo devem lidar com a ociosidade.

6 Irmãos, em nome do nosso Senhor Jesus Cristo nós lhes ordenamos que se afastem de todo irmão que vive ociosamentea e não conforme a tradição que vocês receberam de nós. 7 Pois vocês mesmos sabem como devem seguir o nosso exemplo, porque não vivemos ociosamente quando estivemos entre vocês, 8 nem comemos coisa alguma à custa de ninguém. Ao contrário, trabalhamos arduamente e com fadiga, dia e noite, para não sermos pesados a nenhum de vocês, 9 não por que não tivéssemos tal direito, mas para que nos tornássemos um modelo para ser imitado por vocês. 10 Quando ainda estávamos com vocês, nós lhes ordenamos isto: Se alguém não quiser trabalhar, também não coma. 11 Pois ouvimos que alguns de vocês estão ociosos; não trabalham, mas andam se intrometendo na vida alheia. 12 A tais pessoas ordenamos e exortamos no Senhor Jesus Cristo que trabalhem tranqüilamente e comam o seu próprio pão. 13 Quanto a vocês, irmãos, nunca se cansem de fazer o bem. (2 Tes 3:6-13)


A advertência aos ociosos é para que procurem coragem da parte do Senhor Jesus para assumir suas próprias responsabilidades para consigo mesmo, para com suas família e para como a sociedade. A advertência do Espírito e para que aqueles que são tentados pela ociosidade aprendam a viver a vida conforme suas posses, a trabalhar tranquilamente e comer o seu próprio pão. Isso faz da gente pessoas mais dignas, mais seguras e mais livres.

Confortem os desanimados

A segunda orientação do Espírito nesse verso 14 é para que os desanimados sejam confortados.

Se você prestar atenção, vai perceber que aqueles que desejam ajudar alguém desanimado, normalmente fazem de tudo para animá-lo. Não suportamos ver alguém cabisbaixo, tristonho e sem ânimo perto da gente, e aí fazemos o que for possível para animá-lo. Vale dar presente, vale contar piada, vale levar pra sair, vale carinho, o importante desfazer aquele desânimo.

Mas, o apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito de Deus, diz que o os desanimados devem ser confortados. Há uma diferença entre animar e confortar. Animar é tentar fazer o outro esquecer os motivos do seu desânimo; confortar é ficar com a pessoa em meio ao desânimo e tornar aquele tempo menos difícil.

Para confortar os desanimados é preciso ficar junto deles. Confortar os desanimados é ficar ao lado da cama enquanto a febre não passar, afofar o travesseiro, arrumar os lençóis, cochilar ao lado da cama, mas só sair quando a febre passar.

Muitas pessoas têm dificuldade de se aproximar daqueles que sofrem com doenças crônicas ou estão em estado terminal em uma cama de hospital. A questão e que nesses casos não há nada a fazer senão afofar o travesseiro, arrumar os lençóis e quem sabe cantarola uma canção que dê paz ao coração.

Outras pessoas não são capazes de consolar simplesmente porque o que as incomoda é ter que conviver com alguém desanimado. Elas não estão necessariamente preocupadas com a dor do outro, mas em resolver o próprio desconforto de estar perto de alguém desanimado. Estão pensando apenas em si mesmos.

4 Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros. (Fil. 2:4)

Que tal se colocar a disposição para Deus o (a) use para confortar aqueles que precisam de conforto? Que tal cuidar não apenas dos seus interesses, mas também dos interesses daqueles que precisam de conforto em sua volta?

Auxiliem os fracos

Quando eu olho para a forma como tratamos os fracos em nossa sociedade, eu entendo melhor que o homem sem Deus é levado a agir pela lei do mais forte, onde os fracos são desprezados e não sobrevivem. Essa lei está embutida nos relacionamentos humanos, nas regras do mercado e nas negociações diplomáticas.

Nietzsche acreditava que os fracos e débeis deveriam ser eliminados até que viesse a surgir um novo homem, um super-homem sem traços de piedade e misericórdia, seguro de si e de seu destino. A filosofia de Nietzsche foi usada por Hitler para justificar a purificação da raça ariana com o extermínio dos judeus. Ambos negaram ao outros a misericórdia, o auxílio de que eles mesmos precisavam.

A lei de Cristo é diferente da lei do mais forte. O Espírito diz que os fracos devem ser auxiliados. Isso começa nos pequenos detalhes, quando o julgamento é substituído pela compaixão. Quando as piadinhas de corredor sobre a fraqueza do irmão são substituídas por uma atitude de auxílio.

Que grande prova de desamor é a atitude de escárnio, zombaria, pouco caso, isolamento e distanciamento daqueles que parecem fracos.

Os fracos não devem ser privilegiados. Não se deve ter pena daqueles que se demonstram fracos. Devemos é auxiliá-los em suas fraquezas.

Percebe que outra vez o Espírito de Deus nos empurra para perto das pessoas. Não dá pra auxiliar de longe, tem que se aproximar. Tem que caminhar lado a lado para saber como auxiliar da melhor maneira. Não resolve se mandar dinheiro ou encher de presentes. É preciso estar junto.

Sejam pacientes com todos

Para viver o evangelho de Jesus é preciso ser paciente. Pode parecer difícil ser paciente como os outros, sobretudo se eles são ociosos, desanimados e fracos. Mas ajuda muito quando nós olhamos para nós mesmos e vemos que não somos lá muito diferentes. Também nós precisamos ser advertidos, confortados e auxiliados. Ainda assim o Senhor é paciente conosco.

Não é possível viver o cristianismo sem o poder de Cristo. Não dá prazer essas coisas sem que Cristo seja o seu Senhor e salvador, porque só quando você entrega sua vida a Ele é que o Espírito de Deus passará a agir livremente em sua vida. Você que hoje aceitar a Jesus como seu Senhor e Salvador.