13 março 2006

O Primeiro Pastor Brasileiro


No dia 17 de dezembro de 1865 era ordenado, pelo recém-instalado Presbitério do Rio de Janeiro, o primeiro pastor presbiteriano brasileiro, o paulista filho de portugueses José Manoel da Conceição. Conhecido como o padre protestante, ele não foi apenas o primeiro pastor presbiteriano brasileiro, mas o primeiro pastor brasileiro.

José Manoel da Conceição nasceu na cidade de São Paulo, no ano de 1822. Em 1844, foi ordenado padre da igreja romana, e pelo espaço de 18 anos exerceu o cargo de pároco em diversos lugares de sua província natal.

Mas não era esse o motivo pelo qual ele era chamado pelos seus contemporâneos e entrou para a história como o Padre Protestante. É que, mesmo antes de deixar a batina, ele já aborrecia os bispos católicos ao estimular seus párocos a lerem a Bíblia. Quando o Rev. Alexander Blackford trabalhava em Brotas, no interior de São Paulo, ouviu falar de certo padre católico romano que lia a Bíblia e manifestava interesse por seus ensinamentos. Blackford fez uma visita de cordialidade ao jovem sacerdote.

Essa visita veio a ser o ponto marcante de mudança na vida de Conceição, que partiu para o Rio de Janeiro, a fim de se instruir com Simonton, Blackford e Chamberlain. No dia 23 de outubro de 1864, o ex-padre José Manoel da Conceição professava sua fé em Jesus Cristo como seu Redentor e Senhor, tornando-se membro da Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro.

Seu espírito esclarecido e reto não podia conciliar os dogmas e a prática da Igreja Católica Apostólica Romana com a luz do evangelho, que seus estudos lhe traziam, e depois de uma renhida luta espiritual por alguns anos, decidiu tudo abandonar por amor da verdade. Em setembro do mesmo ano participou ao bispo de São Paulo a sua retirada definitiva da igreja romana e a sua renúncia dos cargos que nela tinha exercido.

Em dezembro de 1865, foi ordenado ministro do Evangelho pelo Presbitério do Rio de Janeiro, reunido na cidade de São Paulo. Tornando-se o primeiro pastor Presbiteriano Nacional. Ele possuía, em alto grau as características essenciais para o ministério sagrado, uma profunda e viva simpatia com seus semelhantes; e em toda parte onde andava, foi admirado e amado pelo povo.

Poucos meses depois, empreendeu o que era seu trabalho predileto, andar de casa em casa e de lugar em lugar anunciando aos homens a boa nova de salvação de graça por nosso Senhor Jesus Cristo. E até o fim de sua vida, umas vezes a cavalo outras vezes a pé, prosseguiu, como podia, nesta sua nobre missão. Seus colegas e amigos, muitas vezes instavam com ele para aceitar algum outro emprego ou modo de trabalho mais compatível com as suas forças. Ele, porém, não quis anuir.

Muitas cidades, vilas e arraiais e milhares de pessoas nas províncias de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, foram testemunhas da fidelidade, zelo e fervor com que ele pregava Cristo crucificado como único Redentor. Ele semeou a boa semente, da qual haverá no Brasil e no céu uma imensa colheita.

José Manoel da Conceição padecia, havia muitos anos de uma grave enfermidade, que as vezes, o incapacitava por dias e semanas inteiras para qualquer serviço. Em 1867, na esperança de achar alívio desta sua enfermidade, fez uma viagem aos Estados Unidos, onde exerceu o seu ministério, pregando o Evangelho a duas colônias portuguesas no estado de Ilinois com grande aceitação.

Voltou de lá em 1868; e logo depois tornou a seu trabalho predileto de andar pregando pelo interior, no qual continuou, apesar de agravar-se a moléstia de que padecia. Os rogos e ofertas de seus irmãos e amigos não puderam demovê-lo.

A 24 de dezembro de 1873, vindo, segundo parece, em direção à cidade do Rio de Janeiro, e chegando a um lugar perto de Cascadura na freguesia de Irajá, o Sr. Conceição não pode mais prosseguir.

Tendo recebido notícia vaga de sua doença, um amigo seu saiu logo no dia seguinte à procura dele. Chegando ao lugar indicado, soube que tinha sido transportado, por ordem do digno subdelegado da Irajá, para a enfermaria do Laboratório Químico de Campinho, onde, depois de receber todos os socorros possíveis tinha falecido às 4 horas da manhã desse dia, 25 de dezembro.

Figura fundamental na expansão do evangelho no território nacional, o Rev. José Manoel da Conceição, além de realizar freqüentes cruzadas no Rio e em São Paulo, fazia questão de visitar a população do interior, não passando por nenhuma fazenda ou casa pobre sem orar e ler a Bíblia com os moradores. Através da influência do ex-padre, as antigas paróquias católicas interioranas acabaram se transformando em igrejas evangélicas. Conceição era homem de grande erudição, emotivo e dotado de influência considerável. Pregava com muito zelo e grandes multidões vinham ver e escutar o ex-padre.

11 março 2006

Para ser Amigo de Deus



Tiago 4:7-10

Primeiro – Sujeite-se a Ele. Tudo começa com um exercício de confiança irrestrita Nele. Submeta-se confiadamente a Deus;

Segundo – Resista ao Diabo. Mesmo depois da decisão e sujeitar-se a Deus você será assediado pelo Diabo, que usa o sistema de valores mundanos para provocar sua natureza rebelde. Resista e ele fugirá! É a promessa da Palavra;

Terceiro – Chegue-se a Ele. Não há amizade sem proximidade. Você precisa conhecer a Deus para confiar nele. Nem Deus espera de você uma confiança cega. A confiança nasce do conhecimento, da intimidade com Deus. Quando nos chegamos a Ele, Ele se achega a nós;

Quarto – Purifique suas Mãos. Deus é santo e pede pureza. Essa pureza é marcada pela integridade. Deus quer toda a sua vida, não apenas algumas horas por semana; Deus quer todas as áreas da sua vida, não apenas alguns assuntos. Deus lhe quer por inteiro, não qualquer parte de você.

Quinto – Aflija-se, lamente e chore. Pra ser amigo de Deus é preciso enxergar-se de forma honesta e verdadeira. É preciso haver lágrimas pelos erros cometidos, arrependimento e aflição sinceros, tristeza em vez de riso diante dos nossos pecados.

Sexto – Humilhe-se. Os amigos de Deus não têm receio em humilhar-se diante do seu Senhor, porque sabem que, ao Seu tempo, Ele os exaltará. Deus exalta o coração quebrantado.

Deus porá aqueles que se consideram frágeis sobre uma rocha firme, Ele socorre todo o que clama por socorro, ouvirá o clamor daqueles que esperam nele. O Senhor dará graça aos humildes, mas resistirá aos soberbos.

09 março 2006

O Dono da Festa

Por Aristarco Coelho

Certa vez um homem muito rico resolveu realizar uma festa em sua casa. Ele mandou preparar convites especiais e enviou para toda a cidade. O dono de festa preparou tudo com muito cuidado. Havia comidas deliciosas, bebidas especiais, música e um ambiente decorado com muito esmero. No dia da festa havia uma multidão, como se toda a cidade estivesse lá.

Um pouco depois de iniciada a festa, aquele homem resolveu andar pelo salão principal e ver como tudo estava acontecendo. Qual não foi a sua surpresa ao encontrar um homem cumprimentando a cadeira de madeira maciça que ficava em sua sala de estar.

O dono da festa ficou impressionado ao ver aquele homem agradecendo efusivamente a uma cadeira, que havia sido comprada no mercado, por haver sido convidado para aquela bela festa. O quadro ficou ainda mais incrível quando outras pessoas se juntaram àquele homem e começaram a aplaudir a cadeira e dizer uns para outros como a cadeira da sala era sábia.

- Uma excelente companhia! – disse um deles.

O dono da festa saiu daquele ambiente triste porque aquelas pessoas estavam satisfeitas com a companhia de uma cadeira de madeira e festejavam entre si a importância e a sabedoria de pedaços de madeira.

Ao sair da sala, depois de presenciar aquela cena, ele dirigiu-se para o jardim em frente da casa. O dono da festa era um homem muito criativo. Sua casa era bem decorada por dentro, e por fora havia um lindo jardim. Ele também gostava muito de animais. Ali ele deparou-se com um quadro não menos impressionante: uma mulher acabara de começar a agradecer ao seu cachorro pelo convite a tão bela festa. Falava bem da comida, farta e deliciosa, e embora o cachorro saísse desconfiado com aquele falatório, a mulher e outras pessoas explodiram em palmas e homenagens ao cachorro do dono da festa.


Algo realmente parecia estar errado. O dono da festa andou do por toda a casa e não foi sequer notado por muitas daquelas pessoas que ele mesmo havia convidado. Algumas delas estavam realmente se divertindo tanto que até se esqueceram da situação de convidados e agiam como se dono da casa fossem.

Em um grande salão, o dono da festa encontrou um grupo de pessoas que gesticulavam e falavam alto. Ao aproximar-se viu que eles conversavam sobre um de seus convidados mais especiais, um grande amigo seu. Ele ficou muito surpreso porque aquelas pessoas estavam afirmando que esse outro convidado era o verdadeiro dono da festa. Diziam que esse amigo comum era tão especial, uma pessoa tão boa, que tinha feito tanto bem aos outros que ele merecia ser o dono da festa.

Já desanimado, o verdadeiro dono da festa sentou na escadaria em frente a porta de entrada. Seu semblante já não era o mesmo do início da noite. Foi então que sua tristeza se completou. Ao olhar para o lado, viu um de seus convidados recebendo outros convidados e se apresentando como o dono da festa. Sem nenhum constrangimento, aquele homem estava em frente de uma casa que não era a dele, recebendo convidados que não eram dele. Mentindo para si mesmo e para os outros, ele cumprimentava a todos como se fosse o próprio dono da festa.

Cabisbaixo e triste com tudo o que havia visto, o dono da festa ficou muito desgostoso. Foi então que um pequeno grupo de pessoas aproximou-se dele e disse:

- Você é que é o dono da festa, não é?
- Sim, sou eu – disse o verdadeiro dono da festa.
- Nós vimos lhe prestar nossa homenagem por ter realizado uma festa tão linda – disseram eles. Queremos também lhe agradecer por nos ter convidado.

Depois de tudo que tinha visto, o dono da festa até ficou surpreso com aquilo, mas alegre por haver sido reconhecido. Então aquelas pessoas o aplaudiram por muito tempo e homenagearam o verdadeiro dono da festa.

Todos nós recebemos o dom da vida sem nada fazer por isso. Fomos convidados a participar da grande festa da vida e a considerá-la como um presente especial. Fomos convidados por Aquele que criou e mantém a vida. Veja cada um como decide tratar o verdadeiro Dono da Festa.

07 março 2006

Entre Livros - Edição Especial

CONTEÚDO
8 - Introdução O maior best-seller de todos os tempos
20 - Antigo testamento A história e a sabedoria do povo hebreu
46 - Novo testamento Jesus é o grande personagem que surge dos Evangelhos
58 - Literatura Os autores que recriaram passagens bíblicas
68 - Música O som que nasce inspirado no livro sagrado
74 - Artes e cinema O Novo Testamento aguça a visão e chega às telas
86 - Filosofia Com a pós-modernidade, leitura da Bíblia retorna
42 - AS TRADUÇÕES COMPARADAS
98 - COLABORADORES