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20 março 2016

Pistas para um imitador de Jesus


Pistas para um imitador de Jesus
Comunidade Batista em Mangabeira 4 -  João Pessoa/PB - 20/03/2016

Conexão

Boa noite, irmãos. Semana passada fomos desfiados pelo pr. Francisco a avaliar o custo de ser um discípulo de Jesus. Seguir o Senhor não é como no Facebook; não é apenas clicar e adicioná-lo como amigo.

Ele nos alertou que ser discípulo significa estar disposto a colocar tudo e todos em segundo plano. É confiar no amor de Deus e seguir o exemplo que ele nos deu: Jesus entregou a vida por você (um sacrifício de sangue); você entrega sua vida a ele como uma oferta viva a Deus. Ele morreu por você afim de que você viva para Ele.

Os desafios de entrega total a que o Senhor nos chama são tão difíceis que poderíamos desanimar. Mas ele mesmo é quem garante que não seremos abandonados nessa empreitada. Quando entregamos nossa vida ele, o seu amor gracioso nos alcança e nos socorre em nossas imperfeições e pecados.

O chamado de Jesus para sermos discípulos dele é um convite para nos tornarmos seus imitadores e fazermos como ele fez. Esse chamado ecoou pela voz dos seus apóstolos. É nesse sentido que Paulo nos convoca a termos em nós o mesmo sentimento que também houve em Cristo Jesus.

Hoje vamos continuar esta série de pregações refletindo sobre uma história conhecida por muitos. Esta semana ela foi repetida pelo Papa Francisco como parte das celebrações da semana que é chamada santa: a cerimônia de lava-pés.

Alguns acham que seguir a Jesus é algo misterioso (embora na verdade não seja). Diante disso, meu propósito hoje à noite é oferecer, a partir da narrativa do apóstolo João, algumas pistas para aqueles que desejam ser imitadores de Jesus. Portanto abram suas bíblias no capítulo 13 do evangelho de João para acompanharmos juntos a leitura dos primeiros dezessete versos.

Leitura Bíblica (Jo. 13.1-17).

Oração

Introdução

Neste final de semana muitos estão celebrando a Páscoa. No entanto, a Páscoa festejada nos meios de comunicação nada tem a ver com aquela que estava prestes a acontecer quando os fatos da nossa história se desenrolaram. Hoje a páscoa é uma mistura de símbolos com significados pagãos, como o ovo e o coelho, e muita vontade dos comerciantes de vender chocolate. Essa Páscoa nada tem a ver com o evangelho de Cristo.

Já a páscoa do relato de João era uma festa judaica, instituída por Deus para que os Israelitas celebrassem a libertação do povo que fora escravizado no Egito. Era a lembrança daquele dia fatídico em que os primogênitos egípcios foram mortos, enquanto o anjo passou por cima de todas as casas cujos umbrais estavam marcados com o sangue do cordeiro, poupando assim os filhos de Israel. Essa Páscoa também não é uma festa cristã. Ela é o que é: uma celebração judaica. Portanto, com base nas Escrituras, não há razão para os cristãos festejarem a páscoa judaica e muito menos a páscoa pagã. 

Por outro lado, é inegável que desde os primeiros dias da fé cristã, os discípulos de Jesus de origem judaica reconheceram que há um paralelo entre essas histórias de libertação. Por isso Paulo afirma que Jesus é nosso cordeiro pascoal (I Co. 5.7). No entanto, enquanto celebrava a páscoa judaica com seus discípulos, falando sobre seu sangue a ser derramado e seu corpo a ser entregue por nós, o Senhor nos chama a celebrar uma nova aliança. 

Assim, embora Cristo seja nosso cordeiro pascoal, fomos chamados por ele não para celebrar a páscoa, mas para um memorial sobre seu sacrifício voluntário, anunciando sua morte até que ele venha. 

...um pouco antes da festa da Páscoa, Jo 13.1

Foi um pouco antes da festa da Páscoa, afirma João, que essa história se deu. De forma inusitada, no meio de uma refeição, Jesus tira a capa de sobre seus ombros, amarra uma toalha na cintura, enche uma bacia com água e começa a lavar os pés dos discípulos.

O que era surpreendente naquela cena? Certamente não era que alguém estivesse lavando os pés de outra pessoa, porque aquilo fazia parte da cultura da época. Os pés empoeirados das estradas eram lavados para oferecer mais conforto e higiene durante as refeições, que muitas vezes eram servidas em sofás que permitiam às pessoas conversarem deitadas, próximas umas das outras.

O surpreendente era que Jesus estivesse fazendo uma tarefa que era função de um empregado dos mais simples, muitas vezes um escravo. Isso sim foi impactante para os discípulos e em especial para Pedro.

1ª Pista: Abra mão do controle

É nesse ponto que deixo a PRIMEIRA PISTA para os imitadores de Jesus: abra mão do controle.

Quando Pedro viu o que estava acontecendo, imediatamente se opôs: “Senhor, vais lavar meus pés?”. Ele não estava entendendo aquilo. Não fazia sentido! Como reagiu, Pedro? Ele tentou parar com tudo e assumir o controle da situação.

Não é raro agirmos assim quando sentimos que a vida não nos pede licença para acontecer. Tentamos assumir o volante achando que assim vamos nos sentir mais seguros. Mas o Senhor Jesus fez diferente.

No deserto, faminto e sedento, questionado em sua identidade, seu poder e sua missão, Jesus é tentado a assumir o controle da própria vida e encurtar o caminho. Mas, ao invés disso, ele entregou o destino de sua vida e de seu ministério nas mãos do Pai.

No Getsemani, às vésperas de ser preso e crucificado, angustiado com tudo que o esperava, Jesus fica entristecido ao ponto de suar sangue, mas não cedeu. Entregou sua vontade nas mãos do Pai e confiou nele.

Portanto, irmãos, aqueles que desejam imitar a Jesus devem aprender a abrir mão do controle e confiar no Senhor.


2ª Pista: Saia do raso

Pedro não se satisfez com a primeira fala de Jesus. Disse claramente que de forma alguma Jesus ia lavar os pés dele. "Não; nunca lavarás os meus pés". Aquilo não era o jeito certo de fazer as coisas. Imagine o meu Senhor agir como um servo.

Jesus, então, fala que ele precisava se submeter àquele momento, porque aquilo era uma demonstração, um símbolo da essência da sua missão na terra: “Se eu não os lavar, você não terá parte comigo.”

 Mas Pedro ainda não estava entendendo quase nada. Ele estava em outro canal. Diante da fala de Jesus, pediu para que não só os pés fossem lavados, mas também as mãos e a cabeça. É então que Jesus tenta tirar Pedro do raso e levá-lo para o fundo. Aqui está a SEGUNDA PISTA: para imitar Jesus, saia do raso!

Algumas vezes estamos como Pedro, tateando de um lado para outro, sem compreender a profundidade do amor graciosos de Deus por nós. Gastamos nosso tempo em muitas coisas e algumas delas bastante fúteis. Nossas energias são desperdiçadas sem que nada realmente importante para a eternidade ocupe nossas mentes e corações. Jesus fez diferente.

Ainda adolescente ele demonstrou interesse pelos ensinamentos da lei. Em seus discursos diante dos líderes religiosos judeus e em pregações ao povo, ele se apresentou como alguém que estudava as escrituras e conhecia o ensino dos profetas.

Além disso, os evangelhos nos mostram que o Senhor era uma pessoa de oração. Jesus, mesmo sendo o próprio filho de Deus, por certo limitado em sua humanidade, recorreu à oração como um modo para aprofundar seu relacionamento com o Pai e o entendimento da missão que recebera.

Um amigo muito querido, Silvestre Kuhlmann, escreveu os seguintes versos na canção Choro de Deus:

Sou mar tão profundo e por mais que mergulhes
Os mistérios não cessam por todos os lados;
A cada braçada se vê tanta vida
Por Mim envolvida e que em Mim subsiste.

Sou tão grande tesouro e por mais fundo caves
Não se esgotarão as riquezas que trago
Em meu ser escondidas, gigantes jazidas,
Reservas imensas, insondáveis.

Te contentas com superfície,
Com ouro de tolo, o refugo e o raso;
Com pedras nas mãos não podes cavar,
Com os pés na areia não podes mergulhar.

Sou céu infinito e por mais que te aventures
Não há eternidade capaz de decifrar-me;
Vem, pois, desfrutar-me, não percas mais tempo,
Lança fora o refugo, tira os pés do chão.

Portanto, irmãos, aqueles que desejam viver como discípulos, isto é, imitadores de Jesus, devem abandonar a vida espiritual rasa e buscar nas escrituras e na oração a profundidade do relacionamento com o Senhor.

3ª Pista: Siga o exemplo

Não sabemos qual foi, ou mesmo se houve uma resposta por parte dos discípulos à pergunta de Jesus: “Vocês entendem o que lhes fiz?”. Talvez alguns acenaram com a cabeça afirmativamente e outros ficaram ali com cara de paisagem.

O Senhor, então, explica um outro aspecto do significado daquele momento: O meu amor pelo mundo não é da boca pra fora! Eu estou entregando minha vida como prova desse amor. Eu vim para servir. Servi-los não me diminui, ao contrário, confirma o meu ministério.

Ele conclui essa fala dizendo: “vocês também devem lavar os pés uns dos outros.”. Essa é a TERCEIRA PISTA para o imitadores de Jesus: Siga o exemplo

A verdade, irmãos, é que não basta compreender Jesus e seu ministério. Discípulos são aqueles que fazem como ele fez (e ensinam outros a fazer do mesmo jeito). Compreender é o primeiro passo da jornada, mas não é a jornada toda. A maior parte do caminho é fazer como ele fez. De forma plena, seguir a Jesus é antes de tudo praticar seus ensinamentos.

Veja como o Senhor explica isso:

24 "Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha. 25 Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela não caiu, porque tinha seus alicerces na rocha.
26 Mas quem ouve estas minhas palavras e não as pratica é como um insensato que construiu a sua casa sobre a areia. 27 Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela caiu. E foi grande a sua queda".

Portanto meus irmãos, aqueles que desejam viver com imitadores de Jesus devem praticar seus ensinamentos em sua vida comum. Enquanto compram, vendem, estudam, trabalham, se divertem...

Conclusão

Hoje vimos três pistas úteis para alguém que deseja ser um imitador de Jesus:

Abra mão do controle: confie no Senhor;
Saia do raso: aprofunde relacionamento com Cristo;
Siga o exemplo: pratique o que você compreendeu.

Essas pistas são apenas para quem deseja ser um seguidor de Jesus, um discípulo dele. Não há qualquer imposição aqui, porque seguir a Jesus não é uma obrigação.

Há pessoas que acham o evangelho intimidador. Às vezes sentem-se incomodados com as palavras contundentes de Jesus. Já outros ouvem com atenção, desejando aprender. Reconhecem que são palavras de vida, e sabem que por mais que os desafios pareçam impossíveis, eles poderão contar sempre com a ajuda do Senhor. A diferença entre um grupo e outros e a confiança.

Não tenha dúvidas! O senhor o ama e deseja sua felicidade. Ele lhe deseja todo o bem que existe. Ele entregou-se para que você experimente vida abundante. Confie nele! Ele provou esse amor em uma cruz. 

As pistas estão aí. Que tal segui-las?

16 abril 2006

A Páscoa para os Cristãos




A PÁSCOA PARA OS CRISTÃOS

Introdução

Qual a primeira palavra que vem a sua mente quando você escuta “Páscoa”?

A festa que hoje conhecemos como páscoa é uma colcha com retalhos de diversas culturas e épocas diferentes. Essa colcha de retalhos foi costurada durante séculos e hoje vamos conhecer mais sobre seus pedaços.

Se eu fosse perguntar para cada pessoa quais dúvidas tem respeito da páscoa, talvez precisássemos ficar até mais tarde para responder todas.

Por isso, vamos nos deter em apenas algumas perguntas. Mas, penso que ao respondê-las, vamos tocar em grande parte de todas as dúvidas.

• Qual a origem dos símbolos e tradições da época da páscoa?
• Existe relação entre esses símbolos e a Bíblia?
• De onde realmente surgiu a páscoa e qual o seu significado?
• O cristianismo bíblico recomenda a celebração da páscoa?
• Existe alguma celebração cristã que guarda paralelo com a páscoa dos judeus?

Os Símbolos

Para entender alguns símbolos da festa que hoje é chamada de páscoa, precisamos retornar à Idade Média. Na primavera, os antigos povos pagãos da Europa homenageavam à deusa Ostera ou Ostara.

Ostera ou Ostara é a Deusa da Primavera. Essa divindade é representada segurando um ovo na mão e olha um coelho, símbolo da fertilidade, a pular com alegria ao redor dos pés descalços. A deusa e o ovo que carrega são símbolos da chegada de uma nova vida. Ostara equivale, na mitologia grega, a Persephone. Na mitologia romana, é Ceres.

Esses antigos povos pagãos comemoravam a chegada da primavera decorando ovos. Segundo suas crenças, essa festa havia sido nomeada pelo deus Saxão da fertilidade Eostre, que acompanha o festival de Ostara sob a forma de um coelho.

A Páscoa do coelho e dos ovos foi adaptada e renomeada do feriado pagão Festival de Ostara. A festa foi cristianizada e os símbolos pagãos transformados. O ovo passou a representar a ressurreição; o coelho, a fertilidade do evangelho.

Essa cristianização ocorreu durante o Concílio de Nicéa, em 325 d.C., como sendo "o primeiro Domingo após a primeira Lua Cheia que ocorre após ou no equinócio da primavera boreal, adotado como sendo 21 de março.

Não houve consenso entre as igrejas em relação à data. As igrejas romanas (calendário lunar) e ortodoxas (calendário solar) ainda hoje festejam em datas diferentes.

A simbologia do ovo

Os celtas, gregos, egípcios, fenícios, chineses e muitas outras civilizações acreditavam que o mundo havia nascido de um ovo. Na maioria das tradições, este "ovo cósmico" aparece depois de um período de caos.

Na Índia, por exemplo, acredita-se que uma gansa de nome Hamsa (um espírito considerado o "Sopro divino"), chocou o ovo cósmico na superfície de águas primordiais e, daí, dividido em duas partes, o ovo deu origem ao céu e a terra. Simbolicamente é possível ver o céu como a parte leve do ovo, a clara, e a terra como outra mais densa, a gema.

O mito do ovo cósmico aparece também nas tradições chinesas. Antes do surgimento do mundo, quando tudo ainda era caos, um ovo semelhante ao de galinha se abriu e, de seus elementos pesados, surgiu a terra (Yin) e, de sua parte leve e pura, nasceu o céu (Yan).

Para os celtas, o ovo cósmico é assimilado a um ovo de serpente. Para eles, o ovo contém a representação do universo: a gema representa o globo terrestre, a clara o firmamento e a atmosfera, a casca equivale à esfera celeste e aos astros.

O moderno ovo de páscoa apareceu por volta de 1828, quando a indústria de chocolate começou a desenvolver-se. Ovos gigantescos, super decorados, era a moda das décadas de 1920 e 1930.

Coelhos, ovos e chocolate fazem parte de uma mistura de símbolos pagãos que não tem qualquer relação com a páscoa descrita na bíblia. Essas tradições foram importadas das festas em homenagem à deusa da fertilidade, Ostera, e incorporados ao cristianismo na idade média.

Hoje o coelhinho da páscoa e o ovo de chocolate deixaram de ter conexões espirituais e se tornaram em uma grande jogada de marketing para as indústrias envolvidas e o comércio. (A barra de chocolate e o ovo de chocolate).

Origem e verdadeiro significado da páscoa

Vamos começas pela própria palavra. Páscoa, em hebraico, pessah, vem de um verbo que significa “passar por cima” no sentido de “poupar”.

A páscoa tem sua origem na história do povo de Israel. Cativos no Egito por 400 anos, aquele povo, descendentes de Abraão, Isac e Jacó, estava sendo liderado por Moisés para sair do Egito.

Depois de nove intervenções sobrenaturais de Deus (as chamadas pragas do Egito), todas elas desprezadas pelo Faro, Moisés é informado de eu todos os primogênitos do Egito seriam mortos. Mas Deus iria poupar, passar por cima, dos primogênitos do povo de Israel, dos hebreus.

E foi assim que aconteceu a Páscoa do Senhor. Na noite prevista, um anjo enviado por Deus tirou a vida de todos os primogênitos do Egito, mas poupou, passou por cima, dos primogênitos hebreus.

Aquele momento histórico foi marcado por uma cerimônia, instituída por Deus para servir de lembrança do marco final na libertação do Egito. O nome dessa cerimônia é páscoa.

Assim, a páscoa é, ao mesmo tempo, um fato histórico e uma celebração que lembra esse fato. Vejamos como a bíblia descreve esse evento em Ex. 12:1-13.

Páscoa – Festa dos Judeus

Orientados por Deus, eles sacrificaram um cordeirinho, prepararam uma refeição com pães sem fermento e ervas amargas, e molharam o forramento das portas com o sangue do cordeiro. As portas, pintadas com o sangue do cordeiro, eram a senha para que o primogênito de cada casa fosse poupado. O cordeiro já havia morrido no lugar dele!

Ainda hoje, mais de três mil anos depois, os judeus comemoram a Páscoa do Senhor. Eles festejam a misericórdia de Deus, que poupou seus filhos da morte.

A páscoa é uma festa registrada na bíblia, mas é uma festa dos judeus. Não é uma festa cristã. A Bíblia nos ensina a amar a nação de Israel, assim como todas as demais nações, a orar pela paz em Jerusalém e a apresentar-lhes Jesus, o messias prometido por Deus, mas não a festejar suas festas.

Ignorância

Muitos cristãos, por ignorância, comemoram essa festa misturada de ovos, coelhos, cordeiros, chocolates, ervas amargas, pão de coco e bacalhau.

Além de estranha à bíblia, essa páscoa dos comerciantes não tem significado espiritual. Não passa de mais uma oportunidade para fazer negócios.

Não há recomendação bíblica para que não judeus, como nós, celebremos a páscoa dos judeus, em que os primogênitos foram poupados; e muito menos a páscoa pagã dos coelhos e ovos de chocolate.

Um paralelo

Mas, a páscoa dos judeus guarda um paralelo com o evento mais importante do cristianismo: a morte e ressurreição de Cristo.

A Páscoa é um memorial dos judeus para que não esqueçam a misericórdia e a graça de Deus para com eles no Egito. Ao mesmo tempo, a páscoa dos judeus era um anúncio profético de que de esse amor de Deus alcançaria o resto do mundo através de Jesus.

Leitura: I Coríntios 5: 7b,8 – Cristo, o nosso cordeiro pascal

O apóstolo Paulo, que conhecia profundamente a cultura e as tradições judaicas, chama Cristo de “cordeiro pascal”. Ao fazer isso ele tenta explicar que assim como, no Egito, o sacrifício de um cordeiro era a senha para que os primogênitos fossem poupados, hoje a morte de Jesus é a senha para sejam poupados da justa punição por nossos pecados.

O cordeiro não podia ter defeitos (Ex. 12:5)
Jesus viveu uma vida sem pecados (I Pe. 1:19)

Nenhum osso do cordeiro deveria ser quebrado (Ex. 12:4)
Nenhum osso de Jesus foi quebrado (João 19:36)

O cordeiro deveria ser sacrificado (Ex. 12:6)
Jesus foi sacrificado (João 12:24-27)

O sangue do cordeiro deveria ser aplicado à porta (Ex. 12:7)
A morte de Jesus precisa ser aplicada a sua vida (João 3:16)

João Batista, quando viu Jesus se aproximando, disse: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”

Se vamos fazer referência à páscoa dos Judeus, precisamos dizer como Paulo que Cristo é a nossa páscoa. A morte do cordeiro de Deus é a garantia de que Ele vai me poupar.

A morte de Jesus aplicada a minha vida?

Acontece uma transação espiritual quando você confia em Jesus como seu Senhor e Salvador.

No Egito, para que seus primogênitos fossem poupados, deveriam pintar a porta da casa com o sangue do cordeiro; Hoje, para que você seja poupado da justa ira de Deus, você precisa declarar sua confiança no Filho de Deus.

Por isso eu gostaria de lhe dar a oportunidade de declarar publicamente sua fé em Jesus. Se você tem nos seu coração a decisão de submeter-se a Jesus como seu Senhor e Salvador, faça isso agora levantando uma de suas mãos. Assim a morte de Cristo será aplicada a sua vida.

Um novo memorial

Cristãos não comemoram a páscoa! Os servos de Jesus não receberam dele essa orientação. Mas, Jesus nos deixou outro memorial: A Ceia do Senhor.

A Páscoa era celebrada para lembrar como Deus havia poupado os primogênitos no Egito; a Ceia, para lembrar a morte e ressurreição de Cristo, a razão de havermos sido poupados.

Os elementos

Na Ceia do Senhor, os elementos são o pão e o vinho, lembranças do corpo e do sangue de Jesus. Ao comermos e bebermos, anunciamos a morte do Senhor, o nosso cordeiro pascal, até que ele venha.

Quem pode participar

A Ceia do Senhor é motivo de festa, é celebração da unidade do Corpo de Cristo, a Igreja, resgatada pelo sacrifício do Cordeiro de Deus. Portanto, todos que já aceitaram a Jesus como seu salvador e estão em comunhão em sua comunidade local podem participar.

Paulo, no entanto, faz um alerta aos irmãos de Corinto dizendo que eles deveriam ter discernimento sobre a importância dessa unidade do corpo de Cristo e não participar sem a presença do sentimento e da atitude de unidade.

Não faz sentido participar da Ceia do Senhor se o seu coração está tomado de ódio, inimizade, ressentimento ou rancor por causa de algum irmão em Cristo. Nesse exato momento ore ao Senhor pedindo perdão e depois procure a pessoa implicada.