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23 julho 2006

A Luta e as batalhas - O capacete da Salvação


INTRODUÇÃO

(13) Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. (14) Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. (15) Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; (16) embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. (17) Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; (Efésios 6:13-17 – RA).

Na Luta espiritual em que estamos envolvidos, o grande objetivo dos nossos opositores é abalar nossa confiança em Deus. Eles tentam de todas as formas atacar o caráter de Deus e do seu filho Jesus Cristo para que nós não vejamos a bondade, integridade e perfeição do Deus trino.

Por isso, o Senhor nos deu uma armadura, um conjunto de armas indispensáveis para resistirmos ao ataques do inimigo. O apóstolo Paulo fala explicitamente “... para que possais resistir no dia mau...”. As armas que Deus nos dá para usarmos na luta espiritual são armas de defesa... São armas para permanecermos firmes, inabaláveis, mesmo em meio aos ataques.

A febre de amarrar demônios e brigar com o Diabo não têm sua origem na Bíblia. A Bíblia diz que a vitória não é pelas nossas forças. O Senhor Jesus já venceu principados e potestades na Cruz do Calvário. A vitória já aconteceu por causa da morte de Jesus. Mas até que o momento final venha, O Senhor, por causa do seu amor, nos deu uma armadura para resistirmos aos ataques de um exército poderoso, mas derrotado.

16 julho 2006

A Luta e as batalhas - O Escudo da Fé

INTRODUÇÃO

A cada domingo temos chamado a atenção para a existência de uma luta na qual todos estamos envolvidos. O grande objetivo dos nossos opositores nessa luta é abalar a confiança que temos em Deus. Eles tentam, de todas as formas, denegrir o caráter de Deus para que nós não vejamos Sua bondade, integridade e perfeição.

A palavra que o apóstolo Paulo usa para descrever esse combate “Luta” também era usada para falar das lutas livres. Parece que Paulo estava tentado explicar para os seus leitores que ele não estava falando de um luta intelectual, travada em torno de conceitos.

Definitivamente não estava falando de uma luta teológica ou mesmo de uma disputa filosófica. Ao usar a mesma palavra que se usava para as lutas livres romanas, Paulo fala de um combate corpo a corpo. O inimigo está sempre perto, sempre rondando, pronto para atacar.

Os irmãos de Éfeso imediatamente compreenderam que nessa luta eles não poderiam dar as costas ao inimigo, nem subestimar suas artimanhas. Entenderam que os ataques que temos que enfrentar são rápidos e bem planejados para nos atingir em nossos pontos mais fracos.

Por causa do tipo da luta e da força do inimigo, o Senhor nos deu uma armadura, um conjunto de armas indispensáveis para resistirmos nessa luta ao ataques do inimigo. O Senhor não nos tira das batalhas. Ele nos fortalece com a sua presença, e nos dá os meios para resistirmos ao lado dele. Abra sua bíblia na carta de Paulo aos efésios:

(13) Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. (14) Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. (15) Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; (16) embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. (17) Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; (Efésios 6:13-17 – RA).
A ARMADURA

O cinturão da verdade é a sustentação da armadura. Jesus é verdade. O compromisso com Ele e com a sua Palavra é o que sustenta a armadura. Esse compromisso com a Verdade não é apenas uma espécie de assentimento, de concordância intelectual. Cingir-se da verdade é viver a vida tendo a verdade como norteadora de suas atitudes. A Verdade precisa invadir seus negócios, seus estudos, sua família, suas amizades, seu casamento e onde mais você estiver.

A couraça da justiça é a proteção daquilo que é mais importante: sua vida com Deus. A couraça romana cobria o peito e as costas para proteger o coração e o pulmão. A couraça da justiça protege o seu relacionamento com Deus. Para vestir a couraça da justiça, eu preciso antes retirar a minha couraça de pano podre.

Quando eu tento lidar com Deus na base da troca de favores, achando que através do meu esforço próprio posso convencê-lo de que sou uma boa pessoa, estou fazendo uma couraça com pedaços de pano podre. Mas a couraça que protege é feita da justiça de Deus, não da minha justiça própria.

Ele me declara justo quando pela fé eu compreendo o quão distante estou de Deus, reconheço minha incapacidade de controlar a vida e decido confiar em Jesus para me conduzir de volta para perto do Pai.



As sandálias do evangelho da paz. Nenhum soldado poderia ir para a batalha com os pés descalços. Por isso a terceira peça da armadura são as sandálias. Elas eram leves e resistentes. Protegiam os pés e permitiam ao soldado a mobilidade necessária para o combate. As sandálias do soldado romano eram de couro. Na armadura de Deus as sandálias são de paz.

O evangelho da paz são as boas notícias de que Deus, através de Jesus, reconciliou o mundo consigo mesmo. Seria impossível para qualquer soldado lutar com bravura contra o inimigo se a briga dentro dele fosse contra o seu próprio comandante. Por isso Deus promoveu a paz através de Cristo. Da mesma maneira, através de Cristo, temos paz com nossos irmãos e companheiros de batalha.

Não podemos sair para a batalha descalços, olhando para o chão. Precisamos calçar as sandálias do evangelho da paz. Paz com Deus, paz com os irmãos, paz com a criação de Deus, tudo através de Cristo. Aí, de cabeça erguida, podemos partir para o combate.

O Escudo da fé

Os escudos sempre foram peças indispensáveis em uma guerra. São armas de defesa e servem para proteger contra os ataques do inimigo. Os soldados romanos usavam dois tipos de escudo. Havia um escudo pequeno, circular que era usado pelos arqueiros e um outro maior que protegia todo o corpo do soldado. Provavelmente Paulo estava falando desse escudo longo atrás do qual o soldado podia se esconder das flechas e lanças atiradas pelo inimigo.

Nem sempre o significado que a Bíblia confere à palavra fé é o mesmo que usamos no dia a dia. A palavra fé anda tão desgastada que a primeira coisa que precisamos descobrir é sobre qual tipo de fé estamos falando.


09 julho 2006

A Luta e as batalhas - Sandálias do Evangelho da Paz

INTRODUÇÃO
(13) Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. (14) Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. (15) Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; (16) embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. (17) Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; ( Efésios 6:13-17 – RA).
A Luta

Há uma palavra indispensável para a compreensão desse trecho da palavra de Deus: portanto. Qual a importância dela? Ela nos deixa ver que o uso da armadura de Deus tem um motivo.

Não se usa um cinturão para correr na beira mar. Também não se usa colete a prova e balas para mergulhar no mar. A armadura é usada porque estamos em uma luta.

A nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. (Efésios 6:12 RA)
Na luta em que estamos envolvidos, nossos inimigos não são de carne e o osso. O apóstolo Paulo relaciona inimigos pouco conhecidos da grande maioria das pessoas (principados, potestades, dominadores e forças espirituais). São inimigos poderosíssimos que atuam em uma dimensão espiritual e trabalham arduamente para nos afastar de um relacionamento pleno de confiança em Deus.

Nossa luta não é contra o vizinho que incomoda com o som alto no sábado pela manhã. Lutamos contra as forças espirituais que promovem a falta de respeito uns pelos outros e promovem o egoísmo como um estilo de vida... O vizinho deve ser alvo do nosso amor e oração. Mas tenha cuidado! Veja se não é você o vizinho chato.

Nossa luta não é contra o político desonesto que desvia o dinheiro das ambulâncias em benefício próprio e dos amigos. Lutamos contra as potestades que apresentam a desonestidade como uma forma legítima para se tocar a vida... A desonestidade na política deve ser punida pela lei, mas principalmente pela urna. Já o político, a Bíblia no orientar a orar por todos eles para que tenhamos vida tranqüila.

Nossa luta não é contra o assaltante que mata para roubar. Lutamos contra as forças espirituais da maldade que construíram uma escala de valores torcida na qual a vida humana não vale nada... O crime deve ser punido conforme a lei, mas a ninguém deve ser negado o direito de ouvir, compreender e viver os valores de Deus em sua vida.

Nossa luta não é contra os viciados em cocaína, maconha, comida, crack, tabaco, álcool, sexo, anfetaminas, tranqüilizantes, cola ou seja lá o que for. Lutamos contra as forças espirituais que apresentam a droga como uma porta de saída para as angústias e ansiedades da vida... Os dependentes de todos os tipos precisam ouvir as palavras de Jesus: Não estais ansiosos por coisa algum... antes sejam ouvidos os vossos pedidos diante de Deus.

A nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. (Efésios 6:12 RA)
A ARMADURA

Temos estudado nas últimas semanas que essa luta é permanente e acontece em uma dimensão espiritual. Foi por causa dessa luta (que se revela visível nas batalhas que vivemos a cada dia) que o Senhor nos deu uma armadura; não para ser guardada no armário de casa, mas para ser usada. Não resolve invocar o poder da armadura, é preciso usá-la.

O Cinturão da Verdade

Vimos que o cinturão da verdade é a base da armadura. É ele que sustenta todo o resto. Jesus disse ser ele mesmo a verdade. Também disse que a palavra de Deus é a verdade. Estar cingido pela verdade é se deixar envolver pelo caráter de Cristo revelado na Bíblia.

Se a Verdade não for a base de sustentação da vida, você entrará na batalha desajeitado e de armadura frouxa. Apenas o compromisso com Jesus e sua Palavra é capaz de lhe dar segurança e firmeza para enfrentar a vida.

Vimos também que esse compromisso com a Verdade não pode ser apenas conceitual. Quem se cinge da verdade, quem se deixa envolver por Jesus e sua Palavra, deve viver uma vida de verdade, em oposição ao pai da mentira.

A Couraça da Justiça

A segunda peça da armadura de Deus para enfrentarmos a luta espiritual é a couraça da justiça. A couraça era uma espécie de colete à prova e balas e servia para proteger os órgãos vitais (coração, pulmão) e abdominais (fígado e estômago). As couraças romanas eram feitas de couro, algumas de metal. A couraça de Deus é feita de justiça. Mas qual justiça?

Vimos que a justiça com a qual o Senhor confeccionou a couraça não pode ser nossa justiça própria. O nosso esforço para agradar a Deus fazendo as coisas da maneira certa é comparado pelo profeta Isaías a um pano podre.

A armadura é de Deus. Por isso o colete à prova de balas, que serve para estabelecer e preservar nosso relacionamento com Ele, foi costurado com Justiça de Deus.

(7) Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo. (8) Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo (9) e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé; (Filipenses 3:7 – 9 RA).
Essa é a maneira de vestir a couraça. Quando reconhecemos que não somos capazes de produzir uma justiça própria com nossos esforços e aceitamos a justiça que procede de Deus pela fé em Jesus, a nossa couraça de pano podre é trocada pela couraça da justiça de Deus.

Deus, o justo juiz declara justos todos aqueles que reconhecem a Jesus como Senhor e Salvador. Essa decisão de fé faz com que a justiça de Cristo, seja aplicada a sua vida. Assim, você que era incapaz de atender aos padrões de Deus é justificado aos olhos do Pai.

Vimos que a justificação pela fé em Jesus não pode ser motivo para uma vida relaxada e sem compromisso. Pelo contrário, agora que Deus nos considera justos, somos chamados e viver de maneira compatível essa posição. Por isso, Paulo escreveu aos crentes de Éfeso:
(1) Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, (2) com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, (Efésios 4:1,2 – RA)

As Sandálias do evangelho da paz
Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz;
A sandália usada pelo soldado romano não era sofistica, mas era suficiente para proteger os pés e permitir que ele se movimentasse de forma segura durante a batalha. Feita de couro, a sandália era tinha o solado cravejado com pregos e era amarrada às pernas por tiras também de couro.

Os pés apóiam e equilibram o corpo sobre o solo. Eles são peças fundamentais para nossa locomoção. Um sistema de alavancas que serve de suporte, impulsiona ao caminhar e amortece dos impactos que o corpo recebe do solo.

Caminhar é tão natural para maioria das pessoas que nem sequer pensamos sobre isso. Mas na verdade é uma ação muito complexa. Envolve 650 músculos do corpo todo e cerca de 80% dos ossos que compõem o esqueleto humano. E é sobre o pé que recai a responsabilidade de fazer com que todos estes movimentos sejam harmoniosos.

Ao recomendar que os pés sejam calçados, o apóstolo Paulo reconhece que todos nós precisamos de proteção e apoio para viver a vida de forma harmoniosa.

Quando os pés estão desprotegidos, parece que a caminhada fica desajeitada. A gente sai pulando aqui e ali correndo o risco de escorregar ou se machucar seriamente. Imagine o que seria de um soldado que vai para o campo de batalha descalço...

Para enfrentar a luta espiritual na qual todos estamos participando, além de cingir-se com cinturão da verdade e vestir a couraça da justiça, você precisa calçar os pés no evangelho da paz.

Calçar os pés no evangelho da paz é viver apoiado pela boa notícia da paz, é viver protegido pela paz do evangelho.

Infelizmente, nos jornais e na TV, o que se ouve e se vê é uma guerra após a outra, um assassinato após o outro, um estupro após o outro, uma rebelião após a outra, um seqüestro após o outro, uma nação destruindo a outra, um povo ameaçando outro. Que paz é essa, então, na qual devemos calçar os pés?

Certa vez, o apóstolo Pedro recebeu uma lição de Deus. Em um sonho, Deus mostrou ao judeu Pedro que no reino de Deus não há acepção de pessoas. Conduzido a um homem chamado Cornélio, que não era judeu, Pedro apresentou o evangelho da paz que está disponível para qualquer pessoa, inclusive para você.

(34) Então Pedro começou a falar: Agora percebo verdadeiramente que Deus não trata as pessoas com parcialidade, (35) mas de todas as nações aceita todo aquele que o teme e faz o que é justo. (36) Vocês conhecem a mensagem enviada por Deus ao povo de Israel, que fala do evangelho de paz por meio de Jesus Cristo, Senhor de todos. (37) Sabem o que aconteceu em toda a Judéia, começando na Galiléia, depois do batismo que João pregou, (38) como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e poder, e como ele andou por toda parte fazendo o bem e curando todos os oprimidos pelo diabo, porque Deus estava com ele. (39) Nós somos testemunhas de tudo o que ele fez na terra dos judeus e em Jerusalém. A este mataram, suspendendo-o num madeiro. (40) Deus, porém, o ressuscitou no terceiro dia e fez que ele fosse visto, (41) não por todo o povo, mas por testemunhas que designara de antemão, por nós que comemos e bebemos com ele depois que ressuscitou dos mortos. (42) Ele nos mandou pregar ao povo e testemunhar que este é aquele a quem Deus constituiu juiz de vivos e de mortos. (43) Todos os profetas dão testemunho dele, de que todo aquele que nele crê recebe o perdão dos pecados mediante o seu nome". (Atos 10:34-43 NVI)

Paz com Deus

O evangelho da paz é a boa notícia de que através de Jesus podemos ter paz com Deus.

Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; (Romanos 5:1 RA )
Veja a ligação entre as peças da armadura. Quando você veste a couraça da justiça, isto é, quando você é justificado por Deus mediante a sua fé em Jesus, seus pés são calçados com paz.

O estado de guerra em que nos encontramos na sociedade nada mais é do que os desdobramentos da nossa guerra com Deus. Através de Jesus, o Senhor nos oferece a oportunidade de termos paz com Ele.

Esse é o ponto de partida: paz com Deus. Se estivermos calçados com essa paz, podemos enfrentar a Luta e vencer as batalhas. Aí nossos movimentos, nossas palavras e nossas vidas serão harmoniosas e seguras, mesmo em meio às batalhas. Quando a palavra diz “calce os pés no evangelho da paz”, ela está dizendo: aproprie-se da paz que há em Jesus.

Não há razão para que você continue brigando com Deus. Através de Cristo Jesus, você pode receber de Deus essa paz, que vem da certeza de que o Senhor nos ama incondicionalmente.

O evangelho da paz é a boa notícia de que Deus nos reconciliou com Ele por meio de Cristo.

(18) Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, (19) a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação. (II Coríntios 5:18 RA)
Deus tomou a iniciativa de promover a paz. Ele propôs reconciliação por meio de Cristo. A conta que você deveria pagar por sua vida de rebeldia contra Deus foi debitada em Jesus. Ele pagou o preço. Por isso podemos ter paz com Deus.
Paz com os outros

O evangelho da paz é boa notícia Deus nos reconciliou uns com os outros por meio de Cristo. Quando a paz com Deus é restabelecida, estamos prontos para ter paz uns com os outros.

O apóstolo Paulo ilustra essa verdade quando fala da inimizade que havia entre judeus e não-judeus. Ele diz que, na cruz Deus fez a paz entre os dois povos.

Porque o próprio Cristo é o nosso meio de obter a paz. Ele fez a paz entre nós, os judeus, e vocês, os gentios, fazendo de todo nós uma só família, derrubando a muralha de desprezo que nos separava. Pela sua morte ele acabou com o ressentimento rancoroso que havia entre nós, provocado pelas leis judaicas que favoreciam os judeus e excluíam os gentios, pois Ele morreu para anular todo aquele sistema de leis judaicas. Depois, ele tomou os dois grupos que se opunham um ao outro e os fez parte dele mesmo; assim, Ele nos combinou, para tornar-nos uma nova criatura, e finalmente houve paz. Como membros do mesmo corpo, desapareceu o rancor que tínhamos um contra o outro, pois ambos fomos reconciliados com Deus. E assim, finalmente, a rixa se acabou na cruz. E Ele trouxe essa boa nova da paz, a vocês, os gentios que estavam tão longe dele, e a nós, os judeus, que estávamos perto. Agora todos nós, quer sejamos judeus quer gentios, por causa daquilo que Cristo fez por nós podemos ir a Deus o Pai com a mesma ajuda do Espírito Santo. (Efésios 2:14-18 BV)
Paulo falou da paz entre gentios e judeus. Mas Ele quer estabelecer a paz também entre pais e filhos e entre marido e mulher; Ele quer juntar em um só povo não só gentios e judeus, mas também negros, brancos e mestiços, homens e mulheres, brasileiros e europeus, ricos e pobres, letrados e não letrados, patrões e empregados.

Mas Ele também deseja fazer a paz entre você e sua mãe, entre você e seus colegas de trabalho, entre seu pai e seu irmão, entre seu professor e a esposa dele; entre você e o seu empregado;

Calçar os pés no evangelho da paz é permitir que a paz com Deus, recebida pela fé através de Cristo, não fique retida em você mas tome conta de todos os seus relacionamentos. Quem está reconciliado com Deus precisa reconciliar-se com as pessoas. As duas coisas precisam estar juntas.

CONCLUSÃO

Não há sossego quando o coração não tem paz. Pode ser que o inimigo de Deus até hoje tenha escondido de você as sandálias do evangelho da paz. Pode ser que você esteja sofrendo no meio das batalhas porque está andando descalço; e com os pés desprotegidos está de cabeça baixa olhando para o chão procurando um lugar para pisar.

De cabeça baixa, você não vai notar a presença de Cristo ao seu lado no campo de batalha. Em nome de Jesus, calce a sandália do evangelho da paz e erga a cabeça. Perceba como Cristo, o autor e consumador da fé, tem estado presente em sua vida provendo suas necessidades!

De cabeça baixa, você não tem com enfrentar os poderosos inimigos que querem destruir sua vida. Em nome de Jesus, calce a sandália do evangelho da paz e erga a cabeça. Aproprie-se da reconciliação com Deus que há em cristo Jesus!

De cabeça baixa, você não vai enxergar as pessoas que estão ao seu lado. Você vai deixar de ajudar aqueles que precisam de você e vai perder a ajudar daqueles que o Senhor enviará ao seu socorro. Em nome de Jesus, calce as sandálias do evangelho da paz e erga a cabeça. Permita que a paz com Deus tome conta de seus relacionamentos!

02 julho 2006

A Luta e as batalhas - Couraça da Justiça

INTRODUÇÃO

Há três semanas temos nos debruçado sobre a Palavra de Deus para compreendermos mais sobre a luta espiritual em que toda raça humana está envolvida. Compreender melhor essa luta vai nos ajudar a travar as batalhas da vida com a segurança de saber quem é, de que lado batalha está e como proteger-se.

(13) Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. (14) Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. (15) Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; (16) embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. (17) Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; ( Efésios 6:13-17 – RA).

A armadura de Deus

Nenhum soldado guarda seu equipamento de combate no armário de casa e depois vai para a batalha. A armadura de Deus é pra ser usada.

Lembre-se que você está em uma luta. Por isso não guarde sua armadura no armário de casa. Guardada ela não vai lhe proteger. Não existem palavras mágicas ou frases de efeito que substituam o uso da armadura. Não adianta evocar o poder da armadura ou determinar que ninguém tem o direito de lhe tocar. É preciso usar a armadura. Não adianta esbravejar contra o inimigo, xingá-lo ou amaldiçoá-lo, tem que usar a armadura.

O soldado que vai pra guerra e leva apenas uma parte da armadura está tão fragilizado quanto aquele que nada levou. Espada sem escudo, capacete sem sandálias ou espada sem cinturão simplesmente não funcionam.

Deus preparou uma armadura completa. Cada peça tem a sua utilidade e todas são imprescindíveis. Um soldado bem treinado não se deixa enganar pelas histórias mentirosas de que a armadura é pesada ou de que algumas peças se tornaram antiquadas. Ele sabe que a proteção só é completa quando toda a armadura é usada.

Domingo passado conhecemos a primeira peça da armadura que Deus coloca à nossa disposição para a luta espiritual: o cinturão da verdade.

O Cinturão da Verdade

Mas o cinturão era uma peça indispensável para o soldado romano. Preso em volta da cintura, o cinto servia para ajustar a armadura em volta do corpo, permitindo que o soldado se movimentasse com mais agilidade. Além disso, era usado para sustentar a adaga e a espada. O cinturão era uma peça estratégica. Ele era responsável pela estrutura e sustentação de toda a armadura.

A verdade é a peça da armadura que sustenta todo o resto. Jesus é a verdade, a Palavra de Deus é a verdade. Se a verdade não for a base de sustentação da vida, você entrará na batalha de armadura frouxa. O compromisso com Jesus e sua Palavra é capaz de lhe dar segurança e firmeza para enfrenta a vida.

Mas esse compromisso com a Verdade não deve ser apenas conceitual. Quem se cinge da verdade, quem se deixa envolver por Jesus e sua Palavra, deve viver uma vida de verdade, em oposição ao pai da mentira. É nessas batalhas de cada dia que somos chamados a ser vitoriosos.

Quando a verdade, em nossas vidas, se torna uma opção sem alternativas, principados e potestades são humilhados e a luta espiritual e vencida.

A Couraça da Justiça

A segunda peça da armadura de Deus para enfrentarmos a luta espiritual é a couraça da justiça. A couraça era uma peça de couro com duas partes: a primeira cobria o tórax e a segunda cobria as costas. A couraça romana ia do pescoço até um pouco abaixo da cintura.

Parecida com os coletes à prova e balas, a couraça servia para proteger os órgãos vitais (coração, pulmão) e abdominais (fígado e estômago).

A LUTA

Ao usar essa ilustração da couraça, Paulo estava tentado explicar que Deus nos oferece uma proteção para enfrentarmos a luta espiritual. (1) Precisamos lembrar que o principal objetivo dessa luta espiritual é convencer, induzir e conduzir homens e mulheres a permanecerem longe de Deus. (2) O argumento que tem sido usado desde o início por potestades e principados e que Deus não é digno de confiança.

Diante disso, precisamos pensar: que tipo de proteção é essa que o apóstolo chama de couraça da justiça? Ela nos protege de que? Como podemos vesti-la?

Justiça

Sobre que tipo de justiça o apóstolo Paulo está se referindo? Algumas pessoas quando lêem esse texto são levadas a concluir que ele está falando sobre ser justo ao julgar algo, fazer as coisas certas e agir com justiça para com as pessoas.

Com certeza essa atitudes são desejáveis para qualquer pessoa e principalmente para um cristão, mas será que se esforçar para ser uma boa pessoa pode dar proteção no meio dessa luta? Será que a bíblia está prometendo uma troca? Você age com justiça e será protegido!

A justiça de que vem do meu esforço em fazer as coisas certas se chama justiça própria. É essa, então, a couraça da justiça? Ela é confeccionada com as minhas tentativas de fazer certo? É claro que não! Se a justiça for própria, a couraça é própria, a armadura é própria! É a sua armadura.
(6) Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades, como um vento, nos arrebatam. (7) Já ninguém há que invoque o teu nome, que se desperte e te detenha; porque escondes de nós o rosto e nos consomes por causa das nossas iniqüidades. (Isaías 64:6 -7 – RA)

Fazer uma couraça na base dos nossos atos de bondade e justiça própria é tentar costura pedaços de pano podre: é difícil de fazer e mesmo que você faça não serve de nada.

Escrevendo aos romanos, o apóstolo Paulo falou seguinte sobre os judeus que se esforçavam para serem considerados justos diante de Deus.
(1) Irmãos, a boa vontade do meu coração e a minha súplica a Deus a favor deles são para que sejam salvos. (2) Porque lhes dou testemunho de que eles têm zelo por Deus, porém não com entendimento. (3) Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus. (Romanos 10:1- 3 RA)
A palavra diz que a armadura é de Deus. Não é uma armadura que eu mesmo faço, é uma armadura que eu recebo de Deus. Assim também a justiça não é própria. É a justiça de Deus que me protege na luta espiritual, não a minha justiça própria.

Sobre esse assunto, Paulo também dá seu testemunho pessoal. Ele era daqueles sujeitos certinhos que se esforça ao máximo para fazer tudo certinho, do jeito que deve ser feito.
(4) Bem que eu poderia confiar também na carne. Se qualquer outro pensa que pode confiar na carne, eu ainda mais: (5) circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu, (6) quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na lei, irrepreensível. (Filipenses 3:4 – 6 RA)
Esse tipo de pessoa tenta obedecer a tudo, mas esse esforço é para “marcar pontos” com Deus e depois sentir-se no direito de exigir alguma coisa dele. Como se Deus fosse um comerciante da fé que vende bênção em troca de boas ações; ou um daqueles deuses pagãos que têm sua ira aplacada com sacrifícios.

Como vestir a couraça da justiça?

Continuando seu testemunho, Paulo diz que não decidiu vestir a couraça da justiça de Deus e abandonar sua couraça de pano podre.
(7) Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo. (8) Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo (9) e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé; (Filipenses 3:7 – 9 RA).

Essa é a maneira de vestir a couraça. Quando reconhecemos que não somos capazes de produzir uma justiça própria com nossos esforços e aceitamos a justiça que procede de Deus pela fé em Jesus, a nossa couraça de pano podre é trocada pela couraça da justiça de Deus.

Deus, o justo juiz declara justos todos aqueles que reconhecem a Jesus como Senhor e Salvador. Essa decisão de fé faz com que a justiça de Cristo, seja aplicada a sua vida. Assim, você que era incapaz de atender aos padrões de Deus é justificado aos olhos do Pai. Na luta espiritual, sua couraça de pano podre não serve de nada. Em nome de Jesus, jogue fora os trapos com os quais você tem tentado se proteger e vista a couraça da justiça de Deus pela fé em Cristo Jesus.

Proteção de que?

A couraça romana guardava os órgãos vitais. A couraça da justiça de Deus é a salvaguarda da nossa vida. É ela quem protege nosso relacionamento com Deus. Vestido da couraça da justiça de Deus você não precisa temer as acusações do inimigo.

Não é à toa que o Satanás e chamado de acusador. Ele se ocupa dia e noite de acusar os filhos de Deus. Em sua visão sobre a vitória final de Deus nessa luta espiritual, o apóstolo João nos revela essa atividade dos principados e potestades.
Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus. (Apocalipse 12:10 RA)

Mas essa visão de João é uma realidade também em nosso dia-a-dia. Principados e potestades rebeldes ao Senhor são hábeis acusadores. Traiçoeiros, destruidores e mentirosos, eles tentam nos induzir ao erro, oferecendo oportunidades para negarmos nossa confiança em Deus para em seguida nos cobrirem de acusações.

A couraça da justiça de Deus é apropriada para lhe proteger dessas ameaças de fora. Deus não lhe aceita pela sua capacidade de fazer certo, mas pela sua decisão de confiar nele para viver uma vida bonita, que alegra o coração do Pai. Por isso não há porque temer as acusações. Você está protegido pela couraça da justiça.

Quando o inimigo lhe cobrir de acusações, faça valer a couraça da justiça e confie na justiça de Cristo.

AS BATALHAS

Quando estamos revestidos pela couraça da justiça de Deus em Cristo Jesus, temos liberdade e poder para viver vidas justas; não mais com o objetivo de sermos aceitos por Deus ou para “marcar pontos” com ele, mas como expressão de gratidão. Aquele que está revestido com a couraça da justiça e chamado por Deus para viver vida justa através da fé em Jesus.

O presente que recebemos de Deus pela fé, a nossa justificação, não pode ser motivo para uma vida relaxada e sem compromisso. Pelo contrário, agora que Deus nos considera justos, somos chamados e viver de maneira compatível com a maneira como ele nos vê. Por isso, Paulo escreveu aos crentes de Éfeso:
(1) Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, (2) com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, (Efésios 4:1,2 – RA)
Também na carta que ele escreveu aos irmãos da cidade de Colossos, o apóstolo diz que tem orado incessantemente para que eles vivam de modo digno do Senhor:
(9) Por esta razão, também nós, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós e de pedir que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual; (10) a fim de viverdes de modo digno do Senhor, para o seu inteiro agrado, frutificando em toda boa obra e crescendo no pleno conhecimento de Deus; (Colossenses 1:9,10 – RA)

Quem pratica a justiça alegra o coração de Deus. No salmo 15 Davi pergunta: Senhor quem habitará no teu tabernáculo? Quem habitará no teu santo monte? Quem são aqueles com quem Deus tem prazer em conviver? O Salmista responde: aquele que pratica a justiça.
Viver uma vida justa é o que Deus desejou para nós desde o começo. Praticar a justiça e enxergar o mundo com olhos de Deus e agir conforme o caráter Dele.

Justiça nos Negócios

Ao contrário do que imaginam alguns a Bíblia é muito prática. Uma da área em que somos exortados a praticar justiça é nos negócios.


Balança enganosa é abominação para o SENHOR, mas o peso justo é o seu prazer. (Provérbios 11:1 RA)

Dois pesos são coisa abominável ao SENHOR, e balança enganosa não é boa. (Provérbios 20:23 RA)

Poderei eu inocentar balanças falsas e bolsas de pesos enganosos? (Miquéias 6:11 RA)


Todos fazemos negócios. Todos compramos e vendemos. Como andam os seus negócios? Você tem sido reto, justo, quando negocia? Ou usa dois pesos e duas medidas, uma para comprar e outra para vender. Na hora de comprar não vale nada, na hora de vender vale uma fortuna? Na hora de comprar só os defeitos, na hora de vender só as virtudes? Você é honesto com seus clientes ou segue as leis do mercado?

Parece que no comércio as coisas mudam de nome: CD pirata, que rouba os direitos autorais... É alternativo (para os crentes uma bênção); mentir para o cliente sobre quanto vai durar um produto... Vira otimismo; o metro de 98 cm... Uma estratégia de venda; a comida congelada cheia de gelo... É uma fatalidade; mentir nos ingredientes de um produto... É uma necessidade, vender produto vencido... É desovar estoque. Há um grande desafio, para todos nós: alegrar o coração de Deus em meio aos negócios.

Justiça ao Julgar

Todos nós julgamos. E quando estamos investidos da responsabilidade de julgar, seja uma disputa entre os filhos ou como juízes no Supremo Tribunal Federal, somos chamados a praticar justiça

Não farás injustiça no juízo, nem favorecendo o pobre, nem comprazendo ao grande; com justiça julgarás o teu próximo. (Levítico 19:15 RA)

Não torcerás a justiça, não farás acepção de pessoas, nem tomarás suborno; porquanto o suborno cega os olhos dos sábios e subverte a causa dos justos. A justiça seguirás, somente a justiça, para que vivas e possuas em herança a terra que te dá o SENHOR, teu Deus. (Deuteronômio 16:19-20 RA)

• Não favoreça o pobre porque ele é pobre;
• Não favoreça porque ele é rico;
• Não interprete em favor de quem você se agrada;
• Não aceite favores para beneficiar um dos lados.

O Senhor se alegra com a justiça, não como a religiosidade. Veja o que diz Ele diz através do profeta Isaías:

Quando vocês levantarem as mãos para orar, eu não olharei para vocês. Ainda que orem muito, eu não os ouvirei, pois os crimes mancharam as mãos de vocês. Lavem-se e purifiquem-se! Não quero mais ver as suas maldades! Parem de fazer o que é mau e aprendam a fazer o que é bom. Tratem os outros com justiça; socorram os que são explorados, defendam os direitos dos órfãos e protejam as viúvas. (Isaías 1: 15,16 NTLH)

Justiça nos Relacionamentos

A Justiça precisa permear todos os relacionamentos. A maneira como vivemos em família, na igreja, no trabalho. A forma de conviver e tratar aqueles que estão perto de nós revela ou não uma forma justa de viver

Não furtareis, nem mentireis, nem usareis de falsidade cada um com o seu próximo; nem jurareis falso pelo meu nome, pois profanaríeis o nome do vosso Deus. Eu sou o SENHOR. (Levítico 19:11,12 RA)

Praticar a justiça é não roubar aquilo que não lhe pertence: seja um bombom nas Lojas Americanas, uma uva no supermercado, a energia que não lhe pertence, a TV por assinatura que você não pagou, o crédito do celular que você não comprou ou a herança que não lhe pertencia.

Praticar a justiça é dizer a verdade e também ser verdadeiro com as pessoas; às vezes a verdade é dolorosa, mas ela faz uma limpeza indispensável para uma vida justa.

Justiça com os mais Necessitados

Por mais que sejamos necessitados, há sempre alguém com necessidades maiores que as nossas. Praticar a justiça é considerar a necessidade dos necessitados.

Não oprimirás o teu próximo, nem o roubarás; a paga do jornaleiro não ficará contigo até pela manhã. (Levítico 19:13 RA)

Porque retardar o pagamento se você pode fazê-lo logo? Por tentar ganhar nas costas daqueles que não têm quase nada? Porque explorar aquele que precisa mais do que você? Praticar a justiça é não oprimir.

Justiça com os portadores de Deficiência

Nas últimas décadas o mundo tem-se alertado sobre a desumanidade sofrida pelos portadores de deficiência. Isso não é novidade para quem conhece a Palavra de Deus e faz parte da prática da justiça.

Não amaldiçoarás o surdo, nem porás tropeço diante do cego; mas temerás o teu Deus. Eu sou o SENHOR. (Levítico 19:14 RA)

Em tudo que estiver ao seu alcance, promova a justiça para os portadores de deficiência física. É Justo! É bíblico! É viver de forma digna o Senhor! Alegra o coração de Deus!

CONCLUSÃO

Estamos em luta espiritual cujo objetivo é afastá-lo de Deus e convencê-lo de que não vale a pena confiar nele. O inimigo é cruel, mentiroso, sagaz e destruidor.

Mas Deus colocou a sua disposição uma armadura especial para lutar essa luta. Ele lhe deu uma couraça de justiça. Não é como a sua couraça de pano podre, costurada com suas obras de justiça própria. É a Couraça da Justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo. É pela fé me Cristo que você veste a couraça.

Ela lhe protege contra as acusações do inimigo. Com ela você protege o seu relacionamento com Deus. Você sabe que pode se aproximar Dele com confiança não nas suas tentativas de fazer as coisas certas, mas na justiça perfeita de Cristo.

Vestido da couraça da justiça, você é chamado por Deus para viver vida justa. Para agir conforme o caráter daquele que lhe chamou. Não pelo seu esforço, mas pela Graça de Deus.

25 junho 2006

A luta e as Batalhas - Cinturão da Verdade

Introdução

Hoje vamos dar continuidade à nossa busca em compreender através das Escrituras a luta espiritual que está presente nas batalhas que enfrentamos no dia-a-dia.

No capítulo 6 da carta aos Efésios, o apóstolo Paulo, a partir de verso 10, a título de concluir sua epístola, revela as características de uma luta que acontece atrás dos acontecimentos corriqueiros da vida.

(10) Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. (11) Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; (12) porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.

(13) Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. (14) Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. (15) Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; (16) embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. (17) Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; (18) com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos (19) e também por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra, para, com intrepidez, fazer conhecido o mistério do evangelho, (20) pelo qual sou embaixador em cadeias, para que, em Cristo, eu seja ousado para falar, como me cumpre fazê-lo. (Efésios 6:10-20 RA)

Essa luta acontece em uma dimensão espiritual que não é visível aos olhos humanos. Dela participam forças espirituais poderosíssimas que assumiram posições opostas sobre a seguinte pergunta: vale a pena confiar em Deus? Ele é digno da minha confiança?

O Motivo da Luta

Há milênios atrás esses poderes espirituais rebeldes (criados pelo próprio Deus – o dualismo que considera uma luta eterna entre o bem e mal não encontra espaço na Bíblia), que decidiram não confiar na bondade de Deus, carimbaram seu passaporte para uma eternidade distante do criador. O destino deles é uma existência sem propósito.

A vida encontra seu propósito naquele que é o seu autor. Longe do autor da vida, viver torna-se uma agonia sem fim e morrer a perpetuação dessa agonia. É por isso que hoje se vive uma crise sem precedentes onde uma parcela cada vez maior da população sofre com distúrbios mentais e emocionais. O Autor da vida foi banido da vida, por isso a vida vem perdendo o seu sentido.

Ao decidirem não confiar no caráter do Autor da vida, essas forças espirituais (o apóstolo Paulo as chama de principados, potestades, dominadores do mundo das sombras e forças espirituais da maldade) selaram para si mesmas uma eternidade cheia de um vazio existencial; porque não há nada que satisfaça, que dê sentido final à existência se estamos longe do Autor da vida.

Quando você decide viver a vida dando as costas para Deus, resolve que o Autor da vida e a sua Palavra não são dignos de confiança e parte para viver de acordo com os seus pensamentos, sentimentos e motivações algumas coisas acontecem: (1) a vida perde gradativamente o seu propósito, (2) você está associando o seu destino eterno ao destino daquelas forças espirituais rebeldes e (3) sendo usado como exemplo vivo de acusação contra o caráter de Deus.

Por isso, a grande luta travada na dimensão espiritual é em torno da resposta de cada ser humano à mesma pergunta: vale pena confiar em Deus? Ele é digno da minha confiança?

A Vitória de Cristo

A pergunta é intrigante. É possível ou não viver uma vida marcada pela confiança plena em Deus? É possível ou não experimentar o amor de Deus em um mundo corroído pelo egoísmo e pela crueldade?

Quem já viveu um pouco mais na vida e testemunhou a maldade do coração humano, que aflora em cada pequena atitude é tentado a responder NÃO. A resposta tem fundamento prático e encontra respaldo na Bíblia.

(10) como está escrito: Não há justo, nem um sequer, (11) não há quem entenda, não há quem busque a Deus; (12) todos se extraviaram, a uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. (13) A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios, (14) a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura; (15) são os seus pés velozes para derramar sangue, (16) nos seus caminhos, há destruição e miséria; (17) desconheceram o caminho da paz. (18) Não há temor de Deus diante de seus olhos. (Romanos 3:10 -18 - RA)

O que dizer dessa afirmação do apóstolo Paulo? Têm razão os principados e potestades que acusam a Deus de injusto? Se o homem não tem em si mesmo os recursos para alcançar por esforço próprio uma vida marcada pela confiança plena em Deus, o que fazer?

É preciso olhar para a cruz de Cristo!

O filho de Deus submeteu-se às limitações humanas (Fl. 2:6-8) e como homem viveu uma vida de plena confiança no Pai (Hb. 4:15). Por isso obedeceu até o fim e entregou sua própria vida.

A Bíblia diz que principados e potestades foram expostos à vergonha na cruz do calvário. Porque ali se consumou a obra de Cristo. Ali foi definitivamente provado que é possível ser novamente amigo de Deus. Não através da nossa força ou habilidade, mas por meio da vida e da morte de Cristo. Para nós, que estávamos de costas para Ele, mortos em nossos delitos e pecados, Deus providenciou um escape através de Cristo Jesus.

A vida de Jesus, vivida em plena confiança em Deus, sua morte injusta e sua ressurreição pelo poder de Deus podem ser aplicados a sua vida. Essa possibilidade é um presente de Deus para você. Não há mérito em ninguém para recebê-lo. Mas há um jeito certo de receber esse presente: pela fé.

Quando você decide confiar em Deus e pela fé aceita que a vida, morte e ressurreição de Cristo sejam aplicadas a sua vida, são quebradas as ligações com essas forças espirituais rebeldes. O seu destino eterno, que estava ligado ao destino delas, passa a ficar ligado ao destino eterno de Cristo Jesus.

Por causa disso é que ninguém está fora dessa luta. Todos fazemos parte, porque é um luta que acontece dentro de nós.

As Batalhas na Luta

O apóstolo Paulo afirma que essa luta é espiritual. Mas, nos capítulos anteriores da sua carta, ele deixa claro que as batalhas dessa luta acontecem nos fatos corriqueiros de um dia comum e ensolarado.

A luta é na igreja, na família, no trabalho, na escola, nas festas de aniversário, ao ser assaltado na porta de casa e na saída com os amigos; a luta é ao navegar na Internet, na conversa com uma vizinha e ao negociar qualquer coisa; a luta acontece na perda de um ente querido, na alegria de emprego novo, ao abastecer o carro e em frente a TV. É em cada simples momento da vida que nossa confiança em Deus precisa ser experimentada.

A ARMADURA DE DEUS

Como nós vimos no primeiro dia desse assunto, quando Paulo escreveu a carta aos irmãos de Éfeso ele estava preso, provavelmente vigiado por soldados romanos. E foi da armadura usada por aqueles soldados que ele retirou uma ilustração para explicar são os recursos que Deus colocou a nossa disposição para nos defendermos dos ataques do inimigo.

13) Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. (14) Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. (15) Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; (16) embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. (17) Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; (18) com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos

As peças da armadura são essas: um cinturão, uma couraça, sandálias, um escudo, um capacete e uma espada. A partir de hoje vamos aprender com a Palavra de Deus sobre cada peça dessa maravilhosa armadura que Ele nos Deus. (1) A que se destina cada peça? (2) Como deve ser usada para proteger? (3) É possível usá-las no dia-a-dia?

Sua Atitude

Antes de começarmos a ver cada peça da armadura, vamos pensar um pouco sobre nossa atitude em relação a ela. Esse é um ponto importante porque sua atitude em relação à armadura de Deus é que vai definir a eficácia dela em sua vida.

Efésios 6:13

...tomai toda a armadura de Deus (RA)

...usem cada peça da armadura de Deus (BV).

Usem

Nenhum soldado sairia para a guerra sem seus equipamentos. Não é sensato. Mais que isso é quase um suicídio. Por mais sofisticadas e poderosas que sejam as armas à disposição dele, não valem nada se não forem usadas.

Lembre-se que você está em uma luta. Por isso não guarde sua armadura no armário de casa. Guardada ela não vai lhe proteger. Não existem palavras mágicas ou frases de efeito que substituam o uso da armadura. Não adianta evocar o poder da armadura ou determinar que ninguém tem o direito de lhe tocar. É preciso usar a armadura. Não adianta esbravejar contra o inimigo, xingá-lo ou amaldiçoá-lo, tem que usar a armadura.

Se você encontrar, no meio de uma guerra, um soldado sem a sua armadura observe com cuidado (principalmente se for você mesmo o soldado): (1) É possível que ele seja um recruta e precise ser ensinado sobre a existência da armadura; (2) É possível ainda que ele não tenha sido bem treinado e precise ser melhor orientado sobre como usá-la (3) ou mesmo, que seja um soldado antigo e arrogante, que esqueceu porque estava lutando, perdeu o gosto pela vida e gasta seus dias falando mal da comida e do desconforto do campo de batalha. Não há alternativa. Ou usamos a armadura ou seremos mortalmente feridos na batalha.

Toda

Mas não resolve usar só algumas peças da armadura e deixar outras de lado: Imagine ir para uma batalha levar o escudo e esquecer o capacete; ou usar o calçado, mas esquecer a espada.

Deus preparou uma armadura completa. Cada peça tem a sua utilidade e todas são imprescindíveis. Um soldado bem treinado não se deixa enganar pelas histórias mentirosas de que a armadura é pesada ou de que algumas peças se tornaram antiquadas. Ele sabe que a proteção só é completa quando toda a armadura é usada.

O Cinturão da Verdade

A luta

A primeira peça da armadura é um cinturão. Pode parecer estranho que a primeira peça da armadura de Deus para a luta espiritual seja um cinto, não?

Mas o cinturão era uma peça indispensável para o soldado romano. Preso em volta da cintura, o cinto servia para ajustar a armadura em volta do corpo, permitindo que o soldado se movimentasse com mais agilidade. Além disso, era usado para sustentar a adaga e a espada. O cinturão era uma peça estratégica. Ele era responsável pela estrutura e sustentação de toda a armadura.

O apóstolo Paulo afirma que na luta espiritual em que estamos envolvidos é preciso estar cingido com o cinturão da verdade. É preciso que haja algo capaz de sustentar o restante da armadura. Esse algo é a verdade!

Vivemos dias em que a verdade tem perdido espaço no coração e na alma do homem. Tudo é relativo e a verdade é uma questão de ponto de vista, de ângulo de visão.

O vazio deixado pela expulsão da verdade tem provocado uma destruição dos relacionamentos, das pessoas e da própria vida. Se a verdade não existe, tudo o mais se torna uma questão de gosto próprio e cada um tem o direito de viver sua verdade particular.

Jesus fez uma das afirmações mais ousadas da história. Ele disse: “Eu sou a verdade” (Jo.14:6). A verdade não só existe, mas ela tornou-se viva no filho de Deus.

Jesus, a verdade feita gente, ao orar pelos seus discípulos, e por nós, pediu a Deus que fôssemos santificados na verdade (Jo. 14:17) e orando ao Pai disse: a tua palavra é a verdade.

Jesus é a verdade e a sua palavra é a verdade. Por isso, para usar a armadura de Deus precisamos estar envolvidos pela verdade. A Palavra de Deus precisa ser a sustentação da nossa vida. A pessoa de Jesus, o seu caráter, precisa ser a base de nossas atitudes. É preciso enxergar a vida pelos olhos de Cristo e apropriar-se dessa visão como sendo a sua própria.

Quando a sua vida estiver estruturada na verdade, você vai se tornar mais ágil para as batalhas, porque a verdade vai lhe dar segurança.

Ninguém que tenha no mínimo uma idéia das implicações eternas dessa luta, como nós temos visto aqui, pode abrir mão da verdade e ainda assim se dizer sensato. Não abra mão de Jesus ou da Sua Palavra. O preço de abandoná-lo e ver, mais cedo ou mais tarde, que a vida perdeu o sentido e você é um náufrago em um mar de insegurança e medo.

As batalhas

Mas é claro que ao falar do cinturão da verdade, Paulo não perdeu de vista que o inimigo de Deus nessa luta espiritual, Satanás, foi chamado pelo próprio Jesus como o pai da mentira (Jo. 8:44).

Por isso, a aplicação é imediata: quem se cinge da verdade, quem se deixa envolver por Jesus e sua Palavra, deve viver uma vida de verdade, em oposição ao pai da mentira. Essas são as batalhas do dia-a-dia que todos enfrentamos.

· Você atende ao telefone e o outro pede para que você diga que ele não está (uma mentira branca, como se diz por aí);

· O estágio na empresa é para jovens carentes, mas o empregado arranja uma vaga para o sobrinho com uma pequena mentira;

· A aposentaria era para filhas solteiras, por isso ela nunca teve uma certidão de casamento e arrastou uma mentira por toda a vida;

· O aluno não estudou, mas tirou dez na prova. Um pedaço de papel no bolso da calça ajudou na mentira;

· A esposa mente ao marido sobre a qualidade da vida sexual do casal porque tem medo da reação dele;

· O marido navega madrugada a dentro em sites pornográficos, mas jura de pés juntos que estava fazendo pesquisas para o trabalho;

· Na igreja, um irmão se sentiu ferido com a atitude de outro, mas mente domingo após domingo com um sorriso no rosto e a paz do Senhor;

· O patrão não paga um salário justo e explica mentindo sobre a situação da empresa;

· O empregado faz de conta de trabalha e mente para quem lhe paga um salário pra trabalhar;

· A filha saiu com o namorado, mas mente aos pais com medo do que eles vão dizer;

· Homens públicos, que deveriam ocupar-se com a boa administração dos recursos da comunidade, mentem dizendo fazer o que nunca fizeram.

É nessas batalhas que somos chamados a ser vitoriosos. É quando ganhamos essas batalhas que principados e potestades são humilhados e a luta espiritual e vencida. Porque só é possível vencê-las se a nossa confiança estiver depositada na bondade de Deus demonstrada em Jesus.

A mentira produz medo e insegurança. Ela é uma bomba relógio que mais cedo ou mais tarde vai explodir e ferir muita gente. Mas você não precisa esperar até que ela venha a explodir. Você pode desarma essa bomba confessando e pedindo perdão. Não é fácil, mas é o único caminho para desarmar a bomba da mentira.

Sua primeira confissão deve ser a Deus, porque ele foi o primeiro a ser ofendido por sua mentira. Depois, você precisa pedir sabedoria a Deus para o tempo e o modo de confessar sua mentira às pessoas envolvidas. O desafio pode parecer intransponível, mas é digno da nossa vocação. Está à altura do tudo o que Cristo fez por nós na cruz.

A mentira aprisiona, mas a verdade liberta. Jesus disse “conhecereis a verdade e Ela vos libertará” (Jo. 8:32) e ainda “Se o filho vos libertar, sereis realmente livres” (Jo. 8:36).

Cinja-se da verdade! E declare diante de principados e potestades que a sua vida pertence àquele que é a verdade! Jesus.

Cinja-se da verdade! E experimente a segurança que há em Jesus.

Cinja-se da verdade! Aí você vai estar pronto para usar as demais peças da armadura de Deus.

19 junho 2006

A Luta e as Batalhas

É possível verificar, por toda a Bíblia, a existência de uma dimensão invisível aos olhos humanos e habitada por seres espirituais com habilidades e poderes além dos limites naturais da humanidade. Essa realidade sobrenatural é descrita com bastante naturalidade de Gênesis a Apocalipse.

A Bíblia está repleta de eventos onde anjos e demônios são apontados como realidades irrefutáveis. O próprio Jesus, em seu ministério, viveu diversas situações de enfrentamento com esses seres espirituais, tendo sido tentado por Satanás a abandonar sua vocação antes mesmo de começar seu ministério. Venceu a todos e tinha sua autoridade reconhecida por eles.

É preciso deixar claro, logo de início, que no cristianismo bíblico não há espaço para o dualismo. Não existe um luta eterna entre o bem e o mal. Não há uma oposição de forças igualmente poderosas. Deus e o diabo não estão disputando como em um ringue.

A Bíblia afirma a existência de um Deus criador de tudo e de todos. Ela chama essas forças espirituais de principados e potestades e é precisa em dizer que todos foram criados por Deus e para Deus. Não há uma disputa. Deus é soberano sobre a sua criação. Religiões como o Zoroastrismo e o Maniqueísmo fundamentaram suas crenças nesse dualismo, mas isso nada tem a ver com o cristianismo bíblico. No entanto, há uma luta real acontecendo.

Mas qual o ponto de disputa? O que está em jogo? A tentação à que Jesus foi submetido antes de iniciar seu ministério pode nos ajudar nessa compreensão. Jesus foi tentado a suprir suas necessidades por si mesmo:

Está com fome? Transforme pedras em pão!
Está se sentindo abandonado? Chame atenção para si!
Está se sentido inseguro? Usurpe o poder!

A tese de Satanás é de que não vale a pena confiar em Deus! A grande luta que tem sido travada por milênios entre as forças leais ao Senhor e as hostes rebeldes diz respeito à credibilidade do Deus Eterno. Ele é digno de confiança? Ele realmente é bom? Não é melhor assumir o controle da própria vida?

Essas foram as perguntas que plantaram a semente da dúvida no primeiro casal. Essas eram as perguntas por trás da tentação de Cristo. Essa é a grande Luta em que todos estamos envolvidos. Uma Luta espiritual, mas cujas batalhas são travadas no dia-a-dia da vida.

Adão e Eva, atingidos em cheio pelas dúvidas plantadas pelo inimigo de Deus, poderiam ter corrido para os braços do Senhor em busca de paz para suas almas, mas decidiram fugir da presença Dele; o Senhor Jesus, ao contrário, disse não às soluções rápidas e fáceis e afirmou sua confiança no Pai mesmo diante das sugestões de Satanás.

Nenhum principado ou potestade pode lhe impedir de confiar no Senhor. À luz de nossas limitações humanas, essas forças detêm tremendo poder, mas não passam de criaturas submetidas à autoridade do Deus Todo Poderoso e do seu filho Jesus Cristo. Mas é necessário que aqueles que se aproximem de Deus creiam que Ele existe e que é recompensador dos que o buscam.

Essas forças espirituais rebeldes têm seu destino final traçado na Bíblia: então dirá o Senhor: apartai-vos de mim... Sua fé no Filho de Deus como seu Salvador e sua submissão ao Senhorio de Jesus desconectam as ligações com essas forças espirituais, desassociam seu futuro do futuro delas e permitem a Deus lhe transportar do império das trevas para o reino do seu Filho.

A nossa Luta é espiritual. As batalhas acontecem todos os dias. O chamado de Deus para sua vida é confiar Nele. Porque o justo viverá pela Fé.

18 junho 2006

A luta e as Batalhas - Introdução Parte 2

Introdução

Domingo passado vimos que a Bíblia, de Gênesis a Apocalipse, descreve com naturalidade a existência de uma dimensão espiritual na qual é travada uma luta permanente entre seres espirituais leais ao Criador, que O honram e adoram, e um outro grupo de seres rebeldes a Ele. O ponto de disputa dessa luta é o relacionamento entre a criação e o Criador.

As forças rebeldes ao Senhor têm apostado por milênios que não vale a pena amar, servir e adorar ao Senhor. Eles têm trabalhado arduamente para convencer a humanidade de que Deus e seus valores devem ser desprezados.

As forças leais ao Senhor têm demonstrado, a partir de sua lealdade, que o Deus Eterno e seu filho Jesus Cristo são dignos de todo amor, serviço e adoração. Enquanto isso, elas assistem aos servos de Deus em suas necessidades e lutam a favor do Reino de Deus nessa dimensão espiritual.

Essa é uma realidade sobrenatural, mas a Bíblia não faz disso um mistério. (1) Daniel foi orientado por um mensageiro do Senhor; (2) o servo de Eliseu enxergou um exército de anjos que não estava vendo; (3) Jó foi atormentado por Satanás; (4) Maria foi avisada sobre a concepção de Jesus por um anjo; (5) Adão e Eva foram provocados ao pecado por Lúcifer; (6) Jesus foi tentado pelo Diabo e, após vencer as tentações, servido por anjos; (7) em seu ministério, Ele também expulsou e repreendeu inúmeros demônios; (8) Também o apóstolo Paulo enfrentou a interferência dessas forças espirituais em seu ministério de pregação do evangelho.

Homens e mulheres do passado, tementes a Deus, não ousaram viver suas vidas sem considerar essa realidade espiritual! Por que nós faríamos isso?

Pelo contrário esses homens e mulheres do passado, servos do Senhor, consideraram a realidade das lutas espirituais e buscaram no Senhor as armas para essa luta.

Entendendo o Dualismo

Antes de prosseguirmos em nosso tema, é preciso deixar claro que há um grande engano que tem invadido as igrejas.

Quando o tema é essa outra dimensão onde são travadas lutas tremendas, por seres poderosíssimos, muitos crentes desenvolvem a idéia de essa é uma luta eterna entre o Bem e o Mal. Uma disputa entre forças iguais que se opõem e querem se destruir. De um lado Deus e seus exércitos, do outro Lúcifer e seus demônios. Acredite: esse não é um conceito bíblico!

O dualismo faz parte das crenças do Zoroastrismo, religião iraniana cujo principal profeta foi Zarathustra. Ele viveu cerca de cinco séculos antes de Cristo e considerava o mundo como uma luta eterna entre Ahura Mazda (o senhor sábio) e Angra Mainyu (o espírito do mal). Segundo o zoroastrismo o Bem e Mal vieram à existência, ao mesmo tempo, em um passado distante. Ele conclamava as pessoas a ficarem ao lado de Ahura Mazda nessa luta e viverem suas vidas de acordo com a máxima “bons pensamentos, boas obras, boas ações”.

O dualismo também faz parte das crenças do Maniqueísmo, religião que teve seu auge no século III e foi fundada por Mani a partir de elementos persas, cristãos e budistas. Segundo o Maniqueísmo, a luz e as trevas, o bem e o mal, no princípio eram igualmente co-eternas e independentes. Mas o ataque do príncipe das trevas precipitou a queda dos primeiros seres humanos. Isso resultou no aprisionamento da Luz, um pedaço do Pai das Luzes, dentro dos homens, que serão salvos mediante a gnose ou conhecimento, que consistia em rigorosas disciplinas espirituais.

Quando você ouvir idéias como essas, que falam da igualdade de poder e autoridade entre o Bem e o Mal; de uma luta eterna entre as forças do Bem e do Mal; de energias positivas e negativas se contrapondo, de Yin e Yang, acredite: essas são idéias estranhas à bíblia!

Quem é o Deus da Bíblia

O Deus da Bíblia é Senhor sobre tudo que existe. Nada nem ninguém o precedeu ou pode a Ele ser comparado. Ele é o criador de todas as forças espirituais que existem no universo. Somos criaturas dele: homens e anjos, principados autoridades e poderes, rebeldes ou leais, todos foram criados por Ele e estão debaixo da autoridade do seu filho Jesus.

(15) Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; (16) pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. (17) Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste. (Colossenses 1:15 -17 - RA)

(5) Porque, ainda que há também alguns que se chamem deuses, quer no céu ou sobre a terra, como há muitos deuses e muitos senhores, (6) todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele. (I Coríntios 8:5- 6 - RA)

... para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos (19) e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder; (20) o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, (21) acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir não só no presente século, mas também no vindouro. (Efésios 1:18b – 20 - RA)


Satanás e seus anjos são seres morais, responsáveis por seus atos. E embora retenham ainda poderes inerentes a sua condição angelical, não passam de criaturas do Deus Eterno e atual debaixo da autoridade de Deus.

Por isso, nenhum ataque pode ser desferido contra os filhos de Deus sem a sua permissão. (Jó 1:6-12);

Nenhuma tentação será maior que a capacidade do crente de suportá-la (I Cor. 10:13).

Cada movimento no universo acontece sob a permissão e o controle de Deus. Ele é Senhor e soberano sobre tudo e todos. No cristianismo bíblico não há lugar para dualismos!

A Situação da Humanidade

Agora que esclarecemos alguns dos termos dessa luta, é preciso compreender a sua situação nessa batalha. Eu preciso que você preste bastante atenção!

A Bíblia nos revela que fomos criados por Deus com a capacidade de decidir e a responsabilidade de arcar com as conseqüências de nossas decisões.

Por isso, ao criar o primeiro casal, Deus lhes deu orientações sobre qual era a Sua vontade para eles e as conseqüências que resultariam se eles decidissem não viver como haviam sido orientados. Tudo muito simples.

O primeiro casal exerceu sua capacidade de decidir, mas decidiu mal. Satanás planou no coração dele dúvidas a respeito do caráter de Deus (É Deus realmente bom e suas orientações sobre a vida o melhor para nós?).

Assaltados pela dúvida, eles poderiam ter corrido para os braços do Senhor e indagado, inquirido, investigado até que seus corações encontrassem paz. Mas preferiram alimentar seus próprios medos.

Deus não tem receio nem aborrecimento de lidar com nossas dúvidas, anseios e inquietações. Pelo contrário, Ele se alegra em ensinar, em esclarecer, em trazer paz. Mas para isso é preciso correr para os braços Dele, e não para longe como fizeram Adão e Eva.

Desde Adão e Eva, por toda a história da humanidade, temos sido rebeldes fugitivos. Jogamos fora amizade de Deus, quebramos o relacionamento de confiança e amor que Ele pretendia desenvolver conosco. Com nossas atitudes e acusações contra o se caráter, temos nos tornado inimigos Dele.

O Senhor é fonte da vida. Foi ele quem criou a existência, a vida vem Dele. Por isso, longe Dele só há morte. Veja como a Bíblia descreve essa situação de rebeldia:

(1)... Estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, (2) nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; (3) entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais. (Efésios 2:1b - 3 - RA)

Mas onde tudo isso se encaixa em nosso tema?

Meus irmãos e irmãs, todo aquele que permanece longe de Deus; que não confia na perfeita bondade de Deus; que vive com um fugitivo correndo para longe da presença Dele; que age com um rebelde acusador; que decide viver, apática ou ofensivamente, rebelado contra a soberania de Deus, está ligando sua vida às forças espirituais rebeldes ao Senhor e associando o seu futuro eterno ao futuro deles.

Então, o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos. (Mateus 25:41 - RA)

Não é da vontade de Deus que homens e mulheres, criados com tanto carinho à sua imagem e semelhança tenham o mesmo destino daqueles que se rebelaram contra a Sua autoridade. Mas, esse seria o destino de todos nós.

Por isso a vinda de Jesus! Com sua vida reta, seu testemunho de amor a Deus e à criação de Deus, sua morte injusta e sua ressurreição, Jesus declarou a vitória de Deus sobre os principados e potestades rebeldes.

Jesus demonstrou que é possível a um ser humano, limitado, vivendo em um mundo cheio de pecado, CONHECER, CONFIAR E OBEDECER a Deus.

A tese mentirosa de Lúcifer, de que é impossível amar a Deus, servi-lo e, de coração limpo, confiar nele foi pregada na cruz, expondo ao ridículo principados e potestades: Cristo, Filho de Deus, foi vitorioso!

A partir de então, a justiça que emana da vida, morte e ressurreição de Cristo pode ser aplicada à sua vida. Assim, mesmo sendo um pecador rebelde, Deus pode lhe tratar como um filho, porque Jesus pagou o preço pela sua rebeldia. Isso acontece quando você por sua vontade, entrega o controle da sua vida a Deus e aceita a Jesus como seu Senhor e Salvador.

(13) E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; (14) tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz; (15) e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz. (Colossenses 2:13 - 15 - RA)

Quando alguém, pela fé, aceita a soberania de Deus sobre sua vida, são desfeitas suas ligações com as forças espirituais rebeldes. Você é transportado do reino das trevas para o reino do Filho de Deus. Os poderes espirituais que antes podiam reclamar algum direito sobre sua vida, são obrigados a reconhecer que você agora é um filho de Deus pelo poder do Espírito Santo.

A Bíblia é clara. Ninguém pode ficar fora dessa luta. Não há campo neutro. Só há duas posições.

(1) Aqueles que colocaram sua confiança em Deus e entregaram a Jesus o controle de suas vidas, crendo na eficácia da morte de Cristo para reconciliá-los com Deus.

· Seu destino final é mudado. As acusações são retiradas e ele passou da morte para a vida. (Rom. 8:1)

· Eles estão seguros nas mãos de Jesus, nenhum força espiritual poderá ameaçar essa segurança (Jo. 10:28)

· Como eles amam ao Senhor e atenderam ao seu chamado ao arrependimento, todas as coisas contribuem para o seu bem. (Rom. 8:28)

· Sua vitória final está garantida. Eles são mais que vencedores. Não porque sejam fortes, mas porque o poder de Cristo irá completar neles a obra de aperfeiçoamento de suas vidas. (Rom. 8:37)

(2) A outra posição é daqueles que permanecem em uma atitude de rebeldia; acham-se capazes de cuidarem de si mesmos; decidem afastar-se de Deus e o tratam com descaso e descrença, requerendo para si mesmos o mesmo destino preparado para o maior dos rebeldes e seus anjos: uma eternidade sem propósito e sem sentido para existir.

Qual a sua situação?

O Senhor já providenciou tudo o que era necessário para que você tome a decisão de confiar nele. Mas essa decisão é sua. Você vai carregar consigo por toda a eternidade as conseqüências dessa decisão. Pare um momento e avalie sua vida. Em que posição você se encontra hoje?

Se você um dia entregou o controle de sua vida a Jesus e confiou nele como seu Salvador, quero deixar um texto para sua reflexão durante a semana:

Eu lhes suplico – eu, um prisioneiro aqui na cadeia por estar servindo ao Senhor – que vivam e comportem-se de maneira digna daqueles que foram escolhidos para receber bênçãos tão maravilhosas como estas. Sejam humildes e amáveis. Sejam pacientes uns com os outros, tendo tolerância pelas faltas uns dos outros por causa do amor entre vocês. Procurem sempre ser juntamente guiados pelo Espírito Santo, e assim vivam em paz uns com ou outros. (Efésios 4:1-3 - BV)

Mas se você reconhece que tem se mantido em uma posição de rebeldia (às vezes passiva, às vezes ostensiva) contra a autoridade de Deus em sua vida. Não tem confiança na bondade de Deus e resiste à vontade soberana Dele, eu quero lhe dar a oportunidade de mudar sua posição agora.

Arrependa-se do seu pecado, mude a direção da sua vida. Pela fé, confie em quem o Senhor diz ser e aceito o sacrifício de Jesus na Cruz como eficaz para lhe reconciliar com Deus.