23 março 2006

Livre-se da Culpa


Por Aristarco Coeho

Culpa é algo que ninguém gosta de sentir. Por isso fugimos dela, e sempre que é possível entregamos esse pacote indesejável para qualquer outra pessoa.

Em algumas situações essa atitude faz parte da maneira como nos defendemos por culpas que não são nossas; outras vezes, no entanto, somos realmente culpados tanto por situações que constrangeram e entristeceram outras pessoas como por prejuízos materiais e morais, resultado da falta do
amor altruista, que nos faz pensar no bem-estar do outro tanto quanto no nosso.

O começo da cura é admtir que fugir da culpa não resolve os sentimentos que corroem nossa alma e muitas vezes até agrava o quadro emocional quando nos sentimos culpados. O primeiro passo de um caminho às vezes longo.

Mas, embora não haja solução rápida, a boa notícia é que A Bíblia oferece um caminho prático e eficaz para lidarmos com esses terríveis sentimentos:

Depois de decidir lidar com o sentimento de culpa, o passo seguinte é reconhecer que antes de ofender ou prejudicar as pessoas, suas atitudes ofenderam primeira e principalmente ao próprio Deus.


Então você é chamado a admitir expressamente sua culpa, diante do principal ofendido, pedindo perdão a Deus. Em uma oração aberta e simples ou escrevendo em um papel, apresente a Ele os fatos, sem rodeios, e peça-lhe perdão.

Em seguida seu reconhecimento de culpa e pedido de perdão precisa ser dirigido às pessoas ofendidas. Essa é uma parte difícil, que exige de você atitudes de simplicidade e humildade.

O que acontece em seguida é a chave para a restauração: PERDÃO. Deus nos garante perdão irrestrito. No Evangelho de João lemos “Se confessarmos os nossos pecados Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”.

O perdão de Deus é possível graças à morte de Jesus na cruz. Ele que nunca havia ofendido ao Pai, foi injustiçado, ultrajado e morto, tudo sob a permissão de Deus. Assim, Jesus pagou pelas nossas culpas e tem disponível perdão para quem crer nele.

Além de apropriar-se do perdão de Deus , você precisa perdoar a si mesmo. Se Deus, que é perfeito, está disposto a lhe perdoar por causa do que Jesus fez, não há porque insistir em se culpar. Nesse processo é muito importante lembrar também que depois de confessados os pecados e recebido o perdão, Deus oferece os recursos especiais para quem quer viver uma vida íntegra: a ação sobrenatural do seu Espírito.

Veja como são sábias as orientações da Bíblia! Perdão do Alto, perdão de fora, perdão de dentro. A culpa é dissipada quando, retirada da escuridão da alma, é iluminada com a luz do perdão.

Ainda que os vossos pecados
sejam vermelhos com a escarlata,
eles se tornaram brancos como a neve.
Salmos 119:50


Não guarde consigo pensamentos que destroem sua alma. Não se deixe consumir pela culpa: reconheça-se culpado, peça perdão a quem foi ofendido, receba perdão de Deus, perdoe-se a si mesmo e reinicie sua vida certo de que Deus o ama profundamente.


Fruto do Espírito - Bondade


Por Aristarco Coelho
Fortaleza, Ceará - 2004

Em minha vida quero ser
cheio da Vida, ó Senhor.
Ao que precise, ajudar;
e ao carente assistir.

Ao que me pede, pronto estar,
em seu favor logo agir.
Bondade, sei, é o Teu pensar;
bondade quero refletir.

Em retidão quero viver!
Em lealdade me expressar
firmado só em Teu poder.
Bondade é o que vem de Ti.

Orações por um Mundo Melhor

Por Walter Rauschenbusch
In Orações por um Mundo Melhor - Ed. Paulus

Ó Deus, nós te damos graças por este universo, nossso lar; pela sua vastidão e riqueza, pela exuberância da vida que o enche e dal qual somos parte. Nós te louvamos pela abóbada celeste e pelos ventos, grávidos de bênçãos, pelas nuvens que navegam e as constelações, lá no alto. Nós te louvamos pelos oceanos, pelas correntes frescas, pelas montanhas que não se acabam, pelas árvores, pelo capim sob os nossos pés.

Nós te louvamos pelos nossos sentidos: poder ver o esplendor da manhã, ouvir as cnações dos namorados, sentir o hálito bom das flores da primavera. Dá-nos, rogamos-te, um coração aberto a toda esta alegria e a toda esta beleza, e livra as nossas almas da cegueira que vem da preocupação com as coisas da vida e das sombras da paixões, a ponto de passar sem vem e sem ouvir até mesmo quando a sarça, ao lado do caminho, se incendeia com a glória de Deus.

Alarga em nós o senso de comunhão com todas as coisa vivas, nossas irmãs, a quem deste esta terra por lar, juntamente conosco. Lembramo-nos, com vergonha, de que no passado nos aproveitamos do nosso mairo domínio e dele fizemos uso com crueldade sem limites, tanto assim que a voz da terra, que deveria ter supido a ti numa canção, tornou-se um gemido de dor. Que aprendamos que as coisas vivas não vivem sõ para nós; que elas vivem para si mesma e para ti, que elas amam a doçura da vida tanto quanto nós, e te servem, no seu lugar, melhor que nós no nosso.

Quando chegar o nosso fim, e não mais pudermos fazer uso deste mundo, e tivermos de dar nosso lugar a outros, que não deixemos coisa alguma destruída pela nossa ambição ou deformada pela nossa ignorância. Mas que pasemos adiante nossa herança comum mas bela e doce, sem que lhe tenha sido tirado nada de sua fertilidade e alegria, e assim nossos corpos possam retorna em paz para o ventre da grande mãe que os nutriu e os nosss espíritos possam gozar da vida perfeita em ti.