Mostrando postagens com marcador Mensagens e Pregações. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Mensagens e Pregações. Mostrar todas as postagens

18 setembro 2010

Eleições: vale a pena?


 Em algumas semanas todo o país vai participar de mais um eleição. Todos os brasileiros com mais de 16 anos de idade poderão expressar sua vontade através do voto direto.

Em cada Estado deste país, brasileiros e brasileiras irão se deslocar até suas sessões eleitorais e exercer o direito inalienável de escolher seus governantes.

São centenas de candidatos disputando mandatos para Presidente da República, Senador, Deputado Federal, Governador e Deputado Estadual.

Quem assiste ao programa eleitoral gratuito sabe que tem candidato de todo jeito:


·       Tem aquele que fala muito e ninguém entende nada;
·       Tem candidato que fala pouco e também não se entende nada;
·       Tem candidato engraçado e simpático e outros sérios e sisudos;
·       Há quem se apresente com o nome completo e outros pra quem basta o apelido;
·       Tem candidato que não pede voto, tem os que pedem e aqueles que imploram “pelo amor de Deus”;
·       Tem candidato que apela pedindo voto porque é  “irmão”;
·       E tem também aquele que apela porque é negro, jovem, pobre, homossexual, deficiente, funcionário público, militar, do interior, ou porque teve uma vida sofrida na infância.

No entanto, mesmo com tanto barulho, ninguém pode negar: quando o assunto é eleição, somos uma sociedade em fase de aprendizado; faz pouco tempo que reconquistamos a plenitude do direto de escolher nossos representantes.

Isso aconteceu com o retorno das eleições diretas na segunda metade da década de 80, no século passado. Pode parecer muito tempo para os mais novos, mas em termos de história é quase nada. Pode-se dizer com tranqüilidade que estamos em pleno aprendizado. Há menos de 30 anos atrás, uma eleição como essa da qual vamos participar no próximo mês era apenas um sonho acalentado no coração de alguns.

Partindo desse cenário, hoje eu gostaria de refletrir sobre compromissos que os seguidores de Jesus deveriam assumir nesses tempos de eleição. Vamos fazer isso nos nos detendo em quatro questões:

(A) Política serve para alguma coisa?

Infelizmente, em nosso país, quando ouvimos a palavra política as imagens que nos vêm à mente são corrupção, mar de lama, desonestidade, suborno, sangue-suga, acordos feitos na calada da noite, mensalão, propina, máfia das ambulâncias, corrupção e uma total falta de compromisso em conciliar os interesses da nação.

No Brasil, a política tornou-se uma forma de usurpar os recursos públicos e usá-los em benefício próprio ou em benefício de um grupo de amigos privilegiados.

Mas, política serve para alguma coisa boa? Claro que sim! Alguém afirmou que “política é a ciência que estuda e exercita os relacionamentos entre as pessoas, entre as pessoas e instituições e entre instituições”.

A política está sempre associada ao “conjunto de relações sociais que distribuem o poder, ordenam, hierarquizam e organizam os grupos humanos”. A política está presente tanto nas relações familiares, quanto nos acordo internacionais.

1.         Negociar com o filho adolescente a que horas ele vai voltar para casa é um exercício político;
2.         Apaziguar uma disputa entre filhos pequenos é um ato também político;
3.         Decidir se vai pintar o muro do condomínio ou colocar uma cerca elétrica é um grande desafio político;
4.         Realizar um acordo de paz entre duas nações é fazer política (em alguns casos esse acordos entre nações são mais fáceis do que aquela decisão do condomínio).

A política não é má em si mesma, ela é o meio pelo qual os interesses divergentes de uma sociedade são atendidos. Portanto, nenhum cristão deveria considerar a política como algo desprezível e inservível, mas sim como uma ferramenta capaz de ser usada em benefício do ser humano e do restante da criação de Deus.

(A) Política serve para alguma coisa?
(B) O que a Bíblia fala sobre política

A palavra política não se encontra na Bíblia. Mas, o conceito de política perpassa praticamente todos os livros das Escrituras Sagradas. E não podia ser diferente, porque a Bíblia narra a história de pessoas, de seus relacionamentos com Deus e entre si. Um exemplo disso são os vários personagens bíblicos que ocuparam posições onde a política estava sempre presente.

José
Depois de ser vendido pelos irmãos como um escravo e preso injustamente, José foi conduzido por Deus ao centro das decisões políticas do Egito: a nação mais rica e poderosa do seu tempo. (Gen. 41:37-40)

Foi José quem organizou a produção do Egito durante os sete anos de fartura lidando com interesses divergentes e a perspectiva de uma grande fome que se aproximava.
Por isso, além de habilidades administrativas, Ele precisou de sabedoria política dada por Deus para sobreviver nesse ambiente, ainda mais sendo um hebreu em meio aos egípcios.

Davi
Davi, um simples pastor de ovelhas, também tem sua história ligada ao ambiente político. Enquanto José foi mantido por Deus no centro das decisões através de suas habilidade administrativas, Davi foi conduzido através suas habilidades militares.

Antes mesmo de ser ungido rei, Davi foi perseguido e enfrentou a ira de Saul. Fez aliança com Jônatas e sobreviveu às perseguições do Rei sem jamais atentar contra a vida dele. Davi também precisou lidar com os interesses de seus generais e relacionar-se com os reinos vizinhos.

Perseguido por Absalão, seu filho, Davi foi expulso de Jerusalém. Em sua fuga, encontra Husai e planeja uma estratégia para lidar com a rebelião de seu filho em que Husai, amigo de Davi, entra no conselho de Absalão para se contrapor a Aitofel, o conselheiro que era contra Davi. (2 Sam. 15:31-37)

Daniel
Daniel foi cativo na Babilônia por muitos anos. Em certo momento, o rei Dario cogitou colocar Daniel como um dos três presidentes responsáveis por acompanhar o trabalho dos 120 sátrapas, que eram administradores de pequenas províncias.

Daniel, não fugiu da responsabilidade, mas teve que enfrentar as articulações políticas tanto dos outros dois presidentes quanto dos sátrapas. (Daniel 6:1-9)

A política faz parte da vida das cidades. Não há como, nem porque fugir dela. É no meio de tudo que é insosso que o sal é notado; é no meio da escuridão que a luz é vista; é no meio de uma sociedade que não tem compromisso com o bem comum que o cristão deve afirmar sua disposição em fazer parte da solução e enfrentar o risco de participar, de opinar, de votar e ser votado, pedindo a Deus sabedoria para isso de forma a manter intacto seu compromisso como os valores do Reino de Deus.



(A) Política serve para alguma coisa?
(B) O que a Bíblia fala sobre política
(C) Como o cristão deveria lidar com política?

(1) Alguns cristãos fogem da política como o diabo foge da cruz. Por isso, pouco sabem sobre a maneira como o país é governado e muito menos sobre que participação cada um de nós pode ter.

(a) Alguns se omitem porque trazem consigo uma herança distorcida dos missionários estrangeiros que, ao chegarem ao Brasil, não podiam envolver-se com as questões políticas do país e por isso se mantinham afastados.

O que não foi muito bem explicado aos nossos pais na fé, a geração que foi evangelizada por esses missionários, é que em seus países de origem eles eram em sua maioria cidadãos comprometidos com suas comunidades e muitas vezes envolvidos politicamente.

A fé evangélica não deveria ser usada como motivo de alienação política nem justificativa para nos afastarmos das decisões do país.

Ao contrário disso, em vários momentos da história, a Igreja esteve profundamente envolvida nas questões sócio-politicas, como nos avivamentos que abalaram a Europa nos séculos XVII e XVIII, com participação ativa de homens com a envergadura John Wesley e George Whitefield, e que tocaram em questões de grande interesse político e econômico como o trabalho escravo nas minas de carvão.

(b) Há outros que se omitem de participar politicamente, porque se sentem impotentes diante de tanta corrupção e desonestidade. Não se pode negar que estamos anestesiados diante da triste realidade em que se encontram nossas instituições. Há um clima geral de desesperança e tristeza.

Esse é um desalento legítimo. Mas deve nos alertar para o fato de que as esperanças da nação não podem ser depositadas nas mãos de uma só pessoa (seja ela presidente, governador, senador ou deputado). Políticos não são messias prometidos por Deus. O desalento é legítimo, mas não podemos nos deixar dominar por ele.

Martin Luther King, pregador batista, viveu dias em que nos EUA um negro não podia sentar em um mesmo ônibus com um branco. E quando um branco entrasse no ônibus, o negro tinha que se levantar e ceder o lugar. Os banheiros públicos eram separados, os bairros eram separados e, pasmem, as igrejas eram separadas.

Foi ele quem disse a seguinte frase: "O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons."

·       É o seu silêncio, a sua omissão como cidadão brasileiro, o abandono das suas responsabilidades como cidadão do Reino que abrem o espaço para que o grito dos maus seja ouvido com tanta força.

(2) Há um segundo grupo de cristãos que está próximo da política e se acha astuto e inteligente, mas na verdade tem se deixado corromper pelo brilho do poder e pelas cifras do dinheiro, que estão sempre perto das decisões políticas. Para esses cristãos tudo não passa de um jogo de interesses.

Alguns deles são eleitores venais que, de título na mão buscam favores e benesses (devidamente traduzidas como “bênçãos” no evangeliquês), oferecendo em troca seus votos; outros são pastores e líderes venais, que por sua vez vendem os votos da igreja inteira ao político A ou B, de porteira fechada, como diz o ditado.

Pela ação dessas pessoas, igrejas se transformam em verdadeiros currais eleitorais que denigrem a integridade dos crentes e trata com desprezo a sensatez dos eleitores evangélicos.

·       Não coloque seu voto à venda, junto com ele você está vendendo também a sua dignidade.
·       Da mesma forma, os púlpitos das igrejas não podem ser “alugados” como palanques para fins de politicagem eleitoreira;
·       O aprisco de Deus não pode ser tratado como curral eleitoral.
·       Que o Senhor guarde a sua igreja e o seu povo!

(A) Política serve para alguma coisa?
(B) O que a Bíblia fala sobre política
(C) Como o cristão deveria lidar com política?
(D) Que compromissos deveríamos assumir nestas eleições?

1.  Não abra mão do direito de votar. Deus constrói a história se utilizando das estruturas sociais, econômicas e políticas de cada tempo. Votar em branco é entregar para os outros o direito que é seu; Anular intencionalmente o voto é fugir de uma responsabilidade que é sua;

2.  Não negocie seu voto. Um servo de Jesus não vende ou compra votos, não troca o voto por um favor, por um emprego, uma promessa, um aperto de mão, um elogio ou qualquer outra coisa. Voto não é mercadoria, é o exercício livre da sua vontade.

3.  Não vote no irmão só porque ele é irmão. Eleição não é um concurso para escolhermos o cristão do ano. Presidente, senadores, deputados e governadores devem exercer suas funções de forma abrangente, para todas as pessoas. Por isso, seja um evangélico ou não, devemos escolher aqueles que irão governar ou legislar para todos. Também não deixe de votar porque ele é um irmão; avalie as propostas.

4.  Conheça e acompanhe seu candidato. Antes de votar, procure conhecer o máximo possível sobre o seu candidato. Conheça suas propostas, suas bandeiras políticas, seu estilo de vida, sua maneira de ver o mundo. Leia jornais e revistas que falam sobre ele, pesquise na internet, investigue sobre sua história política. Depois de votar, acompanhe seus discursos e entrevistas, compare as promessas feitas com as realizações, escreva cartas e emails, aplauda os acertos e reclame quando for preciso;

5.  Conheça as propostas e programas dos partidos políticos. Você não precisa filiar-se a um partido, mas deve conhecer a linha política do partido ao qual seu candidato pertence. Votar em um candidato é também votar em um partido;

6. Peça sabedoria ao Senhor. Votar é um importante aspecto da vida. Todo cristão deve votar de forma livre, de acordo com sua consciência. Não vincule seu voto a quem quer que seja. Padres, pastores, professores, médicos ou qualquer outra autoridade podem ser bons conselheiros, mas não devem definir o seu voto. Depois de conhecer os candidatos, partidos e suas propostas, peça sabedoria a Deus e vote em paz com sua consciência.

7. Ore pelo Brasil e pelas pessoas investidas de autoridade. Ore por aqueles que receberam autoridade para administrar orçamentos, prestar serviços ao público, construir obras públicas, definir estratégias, optar por projetos, contratar serviços, assinar contratos, etc.


(1) Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens, (2) em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranqüila e mansa, com toda piedade e respeito. (3) Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, (4) o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade. (I Timóteo 2:1-4)

Oração pelo Brasil

11 setembro 2010

Lealdades e Conseqüências - Os Poderes do Dinheiro



Hoje concluíremos esse primeiro diálogo de Jesus sobre ser discípulo dele.

58 Jesus respondeu: “As raposas têm tocas e os pássaros do céu têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”. Luc 9:58 

Já vimos que Ele rejeitou os poderes da religião e da política. Fazendo isso abriu mão dos travesseiros oferecidos por eles e preferiu, neste mundo não ter onde reclinar a cabeça. 

Certamente há muitos outros travesseiros que Jesus abriu mão. Hoje, gostaria de concluir esse bloco de mensagens conversando sobre os Principados do Dinheiro.



A bíblia está repleta de histórias, circunstâncias e ensinamentos relacionados ao dinheiro.

“O terreno coberto de espinheiros representa um homem que ouve a mensagem, mas as preocupações desta vida, e pelo dinheiro, sufocam a Palavra de Deus, e ele trabalha cada vez menos para Deus”. Mat 13:22 

Jesus lhe disse: “Se quer ser perfeito, vá e venda tudo o que tem, dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro no céu, depois venha e siga-Me”. Mat 19:21 

15 Quando chegaram de volta a Jerusalém, Ele foi para o templo e começou a expulsar os negociantes e seus fregueses, derrubando as mesas dos cambistas de dinheiro e as barracas dos vendedores de pombas, 16 impedindo que alguém carregasse mercadorias pelo templo.17 E dizia-lhes: “Está nas Escrituras: ‘Meu templo deve ser um lugar de oração para todas as nações’, mas vocês o transformaram num esconderijo de ladrões”. Mar 11:15-17

6 Estando Jesus em Betânia, na casa de Simão, o leproso, 7 aproximou-se dele uma mulher com um frasco de alabastro contendo um perfume muito caro. Ela o derramou sobre a cabeça de Jesus, quando ele se encontrava reclinado à mesa. 8 Os discípulos, ao verem isso, ficaram indignados e perguntaram: “Por que este desperdício? 9 Este perfume poderia ser vendido por alto preço, e o dinheiro dado aos pobres”. Mat 26:6-9

41 Então Ele passou para onde estavam os cofres de ofertas do templo. Sentou-Se e ficou observando o povo colocar seu dinheiro. Alguns que eram ricos punham grandes quantias. 42 Nisso veio uma viúva pobre e colocou duas moedinhas. Mar 12:41-42

3 Então Satanás entrou em Judas, chamado Iscariotes, um dos Doze.4 Judas dirigiu-se aos chefes dos sacerdotes e aos oficiais da guarda do templo e tratou com eles como lhes poderia entregar Jesus. 5 A proposta muito os alegrou, e lhe prometeram dinheiro. 6 Ele consentiu e ficou esperando uma oportunidade para lhes entregar Jesus quando a multidão não estivesse presente. Luc 22:3-6

·       Novo Testamento, contem aproximadamente dez vezes mais  versículos que falam sobre o dinheiro e finanças, do que sobre salvação e fé.
·      
S São 215 versículos relacionados a fé, 218 versículos sobre salvação e 2084 versículos tratando de administração e contabilidade de dinheiro e finanças.
·       
D Dezesseis das trinta e oito parábolas de Jesus tratam de dinheiro.

Para falar sobre os poderes ou principados do dinheiro, vamos ler uma das afirmações mais contundentes de Jesus sobre esse assunto

19 Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; 20 Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. 21 Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. 22 A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz; 23 Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas! 24 Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom. Mat 6:19-24

Lealdades e Conseqüências

1.  O que é realmente importante para você?
2.  Não importam suas respostas, por mais coerentes, sensatas e religiosas elas sejam. Para saber o que realmente é importante para você basta olhar para o que você está juntando durante a sua vida.

Não ajunteis tesouros na terra... Ajuntai tesouros no céu

É provável que você já tenha ouvido essa palavra de Jesus. Não sei o que ele provoca em você, mas se ela faz brotar em seu coração sentimentos de desdém, pouco caso, descrença ou chacota, eu peço que você reflita sobre onde está o seu tesouro.

Os fariseus que amavam profundamente o seu dinheiro, naturalmente zombavam de tudo isso. Luc 16:14 

1.  Aquilo que se tornar o seu tesouro ganhará seu coração.
2.  Sua lealdade será rendida ao tesouro da sua vida.

...onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração

Quem possuir sua lealdade definirá os valores (seu jeito de ver a vida) da sua vida. Então, tenha cuidado com o que você está juntando, porque isso definirá a quem você será leal. E não se pode ser leal a dois senhores.

Imagine se, ao chegar ao trabalho amanhã, lhe derem a notícia de que agora o seu setor vai ter dois chefes e que você deve atender às orientações dos dois?

E se você descobrisse que os dois chefes têm visões opostas sobre o funcionamento do setor, usam metodologias de trabalho que entram em conflito, têm valores pessoais que se chocam e, por fim, têm metas para você que não são conciliáveis. É possível atender aos dois chefes?

 Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro

·       Não é possível servir a Deus (Criador do universo) e a Mamon (divindade do panteão caldeu).
·       Não é possível seguir ao mesmo tempo os valores de Deus e os valores das Potestades do Dinheiro.
·       Não é possível agradar ao mesmo tempo ao Espírito de Deus e ao Espírito de Riqueza.
·       Não é possível entregar sua lealdade a Deus e a Mamon.

A Agenda de Deus
7  aproximou-se dele uma mulher com um frasco de alabastro contendo um perfume muito caro. Ela o derramou sobre a cabeça de Jesus, quando ele se encontrava reclinado à mesa. 8 Os discípulos, ao verem isso, ficaram indignados e perguntaram: "Por que este desperdício? 9  Este perfume poderia ser vendido por alto preço, e o dinheiro dado aos pobres". 10 Percebendo isso, Jesus lhes disse: "Por que vocês estão perturbando essa mulher? Ela praticou uma boa ação para comigo. Mat 26:7-10

Quem entrega sua lealdade a Deus usa o que tem conforme a agenda de Deus; e a agenda do Pai é a glória do Filho. Mas quem é leal a Mamom, usa seus bens e recursos do jeito que quer. Esta é a agenda de Mamom: rejeitar a vontade do pai.

O perfume era caríssimo. Havia muitas coisas úteis e importantes que poderiam ser feitas com a quantia que foi usada para comprar aquele perfume. Mas a mulher usou em benefício do corpo de Cristo. O Filho de Deus e sua obra de salvação entre nós é mais importante que qualquer outra coisa.

É por isso que Jesus afirma que não é possível dividir-se entre dois Senhores. Não é possível a nenhum ser humano conciliar em sua alma o amor ao dinheiro e o amor a Deus.
Não adianta você tentar controlar seu dinheiro, ainda que seja para aplicar em coisas que você considera louváveis, porque ainda assim você estará cumprindo a agenda de Mamom; o chamado de Jesus é para você sempre perguntar a Deus sobre qual é o uso deseja para aquilo que Ele lhe permitiu possuir.

Quem tenta acumular e controlar o dinheiro acaba dominado por Mamom e suas potestades, mas quando você coloca aquilo que possui a serviço da agenda de Deus, os principados e potestades que corrompem o uso do dinheiro perdem o controle e são obrigados a se retirar.

Tudo entregarei
41 Assentado diante do gazofilácio, observava Jesus como o povo lançava ali o dinheiro. Ora, muitos ricos depositavam grandes quantias. 42 Vindo, porém, uma viúva pobre, depositou duas pequenas moedas correspondentes a um quadrante. 43 E, chamando os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta viúva pobre depositou no gazofilácio mais do que o fizeram todos os ofertantes. 44 Porque todos eles ofertaram do que lhes sobrava; ela, porém, da sua pobreza deu tudo quanto possuía, todo o seu sustento. Mar 12:41-44

Quem entrega sua lealdade a Deus coloca tudo o que tem a serviço Dele. Mas quem serve a Mamom retém para si aquilo que lhe dá segurança e entrega ao Senhor o controle sobre as sobras.

Na minha infância e adolescência eu cantei muitas vezes um hino que dizia o seguinte:


Tudo, ó Cristo, a ti entrego;
Tudo, sim, por ti darei!
Resoluto, mas submisso,
Sempre, sempre, seguirei!

Tudo, ó Cristo, a ti entrego,
Corpo e alma, eis aqui!
Este mundo mau renego,
Ó Jesus, me aceita a mim!

Tudo, ó Cristo, a ti entrego,
Quero ser somente teu!
Tão submisso à tua vontade
Como os anjos lá no céu!



O ensino de Mamom para reter o dinheiro diz respeito a uma de suas promessas: Mamom oferece segurança. Ele diz que não devemos esperar em Deus e que não vale a pena confiar nele, por isso devemos reter tudo o que for possível para nos garantirmos por nós mesmos. Se sobrar alguma coisa (dinheiro, tempo, energia, disposição), então podemos entregar a Deus.

O ensino do Deus de Abraão, Isac e Jacó é que Ele mesmo será a nossa segurança. Que Ele é que nos sustenta e nos sustentará. Que vale a pena confiar nele e não em nossos tesouros (que os ladrões roubam, a traça come e a ferrugem corrói).

Não é possível conciliar as atitudes da viúva e dos homens ricos; Também não é possível atender aos ensinamentos de Mamom e do Deus de Abraão, Isac e Jaco, o nosso Deus.

Faça o que for necessário
13 Estando próxima a Páscoa dos judeus, subiu Jesus para Jerusalém. 14 E encontrou no templo os que vendiam bois, ovelhas e pombas e também os cambistas assentados; 15 tendo feito um azorrague de cordas, expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e os bois, derramou pelo chão o dinheiro dos cambistas, virou as mesas 16 e disse aos que vendiam as pombas: Tirai daqui estas coisas; não façais da casa de meu Pai casa de negócio. Joã 2:13-16

Quem entrega sua lealdade a Deus permanece leal ao modo de Deus ver a vida (princípios e valores que ele nos ensina). Mas que serve a Mamom fará o que for necessário para ganhar e acumular dinheiro.

Mamom não tem escrúpulos. Os Principados do Dinheiro tem pautado a agenda econômica das nações e das pessoas.
Então, se para acumular riqueza uma nação precisar explorar outra, pagando menos do que vale naquilo que compra ou vendendo mais caro por causa da necessidade do outro não vai haver hesitação.

Mamom colocou lenha na fogueira da exploração das Américas pelos europeus, na escravidão da África pelo resto do mundo e nos sistemas de crédito e endividamento que mantiveram pobres nações inteiras, por décadas, trabalhando para sustentar o padrão de riquezas de seus credores nações.

São Poderes do Dinheiro que ensinam as pessoas a desprezarem a vida humana. Por dinheiro, Mamom mata, explora, extorque, corrompe, mente, ameaça, engana, finge, manipula, dissimula, abandona e transforma até o culto a Deus em forma de acumular riqueza para si.

Mas Jesus, em sua um momento de ira e zelo pelo nome de Seu Pai, denuncia os Poderes do Dinheiro e anuncia que existe algo mais importante e mais recompensador: confiar no Pai e seguir seus ensinamentos.

Não é o dinheiro que garantirá o seu futuro, mas o Deus em quem você diz confiar. Então, em vez de corromper todos em sua volta para obter mais dinheiro; em vez de tornar a vida uma jornada sem fim para juntar um tesouro longe de Deus, renda-se ao Senhor da vida e ore, ore, ore.

Todas as quartas temos um encontro de oração dos membros de nossa igreja onde nos colocamos diante do Senhor para reconhecê-lo como o nosso Deus, buscarmos orientação para a caminhada, confessarmos nossos pecados e lutas e intercedermos uns pelos outros.

A vida não é um negócio. Não fomos criados para lucrar a qualquer preço. A vida é mais que o dinheiro, mais que o lucro, mais que a riqueza. A vida é um presente de Deus que devolvemos a Ele em oração como uma expressão da nossa confiança e amor.

Raposas e Pássaros

Quando aquele homem disse que seguiria a Jesus para onde quer que Ele fosse, o Senhor lembrou:

58 Jesus respondeu: “As raposas têm tocas e os pássaros do céu têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”. Luc 9:58 

Eu abri mão do travesseiro dos Poderes do Dinheiro. Eu decidi confiar no Pai e entregar a ele a minha vida. Eu decidi que o dinheiro não será o centro da minha vida. Eu decidi que não buscarei segurança em juntar um tesouro aqui. Minha vida aqui será pela agenda de Deus e não pela agenda de Mamom. Você ainda quer me seguir?

Eu tenho um travesseiro diferente, que é travesseiro do Espírito, a alegria de fazer a vontade do Pai, é nele em que eu reclino minha cabeça. 

Usando o tempo de Deus


Um homem de negócios americano, no ancoradouro de uma aldeia da costa mexicana, observou um pequeno barco de pesca que atracava naquele momento trazendo um único pescador. No barco, vários grandes atuns de barbatana amarela. O americano deu parabéns ao pescador pela qualidade dos peixes e lhe perguntou quanto tempo levara para pescá-los. Pouco tempo, respondeu o mexicano.

Em seguida, o americano perguntou por que ele não permanecia no mar mais tempo, o que lhe teria permitido uma pesca mais abundante. O mexicano respondeu que tinha o bastante para atender as necessidades imediatas de sua família.

O americano voltou à carga:

- Mas o que é que você faz com o resto de seu tempo?

O mexicano respondeu:

- Durmo até tarde, pesco um pouco, brinco com meus filhos, tiro a siesta com minha mulher Maria, vou todas as noites à aldeia, bebo um pouco de vinho e toco violão com meus amigos. Levo uma vida cheia e ocupada senhor.

O americano assumiu um ar de pouco caso e disse:

- Eu sou formado em administração em Harvard e poderia ajudá-lo. Você deveria passar mais tempo pescando e, com o lucro, comprar um barco maior. Com a renda produzida pelo novo barco, poderia comprar vários outros. No fim, teria uma frota de barcos pesqueiros. Em vez de vender pescado um intermediário, venderia diretamente a uma indústria processadora e, no fim, poderia ter sua própria indústria. Poderia controlar o produto, o processamento e a distribuição. Precisaria deixar esta pequena aldeia costeira de pescadores e mudar-se para a Cidade do México, em seguida para Los Angeles e, finalmente, para Nova York, de onde dirigiria sua empresa em expansão.

- Mas senhor, quanto tempo isso levaria? - perguntou o pescador.

- Quinze ou vinte anos - respondeu o americano.

- E depois, senhor?

O americano riu e disse que essa seria a melhor parte.

- Quando chegar a ocasião certa, você poderá abrir o capital de sua empresa ao público e ficar muito rico. Ganharia milhões!

- Milhões, senhor, e depois?

- Depois - explicou o americano - "você se aposentaria. Mudaria para uma pequena aldeia costeira, onde dormiria até tarde, pescaria um pouco, brincaria com os netos, tiraria a siesta com a esposa, iria à aldeia todas as noites, onde poderia tomar vinho e tocar violão com os amigos"

Quando o Pr. João me convidou para compartilhar a Palavra do Senhor hoje a noite eu perguntei:

– Sobre qual assunto os irmãos gostariam de refletir.

Ele, então me disse: “Como estou usando o tempo de Deus em minha vida

O tempo é um presente que recebemos de Deus. O ditado diz que tempo é dinheiro e os homens de negócio certamente concordam com isso, mas eu prefiro afirmar que tempo é vida.

Então, hoje você vai ter a oportunidade de responder, para si mesmo: como eu tenho usado a vida que Deus me deu? Como tenho gastado meu tempo da melhor maneira?

Para refletir sobre isso quero convidá-lo a examinar as Escrituras e descobrir como Jesus lidava com o tempo, isto é, ver como ele usou a vida que recebeu para viver, que aliá foi bem curta.

Por que isso é importante? Porque o jeito de Jesus viver revela o entendimento dele sobre os desejos do coração de Deus, que sempre nos abençoam. Vamos então ver três histórias.

CENA 1

Imagine que você está viajando para uma região onde há várias cidades próximas umas das outras. É um local de onde você poderia anunciar o Reino de Deus a uma multidão de pessoas. Quando você chega a essa cidade dois sujeitos, moradores do local, se aproximam de você gritando e dizem o seguinte:

(29) ... Que temos nós contigo, ó Filho de Deus! Vieste aqui atormentar-nos antes de tempo? (Mat 8:9)

O que você faz? Para pra lidar com aqueles homens ou passa direto para as cidades onde você pode alcançar muitas pessoas?

CENA 2

Imagine que você está voltando de viagem para sua cidade e as pessoas começam a reconhecê-lo na rua e fazer muita festa pelo seu retorno. Ao chegar, uma das mais importantes autoridades da cidade se joga aos seus pés e pede pra você ir correndo na casa dele porque a filha estava à morte.

(40) Ao regressar Jesus, a multidão o recebeu com alegria, porque todos o estavam esperando. (41) Eis que veio um homem chamado Jairo, que era chefe da sinagoga, e, prostrando-se aos pés de Jesus, lhe suplicou que chegasse até a sua casa. (42) Pois tinha uma filha única de uns doze anos, que estava à morte. Enquanto ele ia, as multidões o apertavam. (Luc 8:40-42)

Mas, no apertado da multidão, você sente que alguém lhe tocou de modo diferente: o toque de fé. O que você faz? Para pra saber quem foi que tocou você ou segue em frente para a casa daquele homem importante?




CENA 3

Imagine que você recebe um aviso de que um grande amigo seu está doente, à beira da morte. Você está nas proximidades da cidade onde ele mora.

(1) Estava enfermo Lázaro, de Betânia, da aldeia de Maria e de sua irmã Marta. (2) Esta Maria, cujo irmão Lázaro estava enfermo, era a mesma que ungiu com bálsamo o Senhor e lhe enxugou os pés com os seus cabelos. (3) Mandaram, pois, as irmãs de Lázaro dizer a Jesus: Senhor, está enfermo aquele a quem amas. (João 11:1-3)

O que você faz? Vai o mais rápido possível ao encontro do seu amigo ou volta para passar outra vez em uma cidade por onde você tinha acabado de ir?

A mente de Cristo

Minha esperança é olhando para esses textos possamos encontrar algumas dicas sobre como Cristo gastou a vida dele e assim conheceremos um pouco mais da mente de Cristo.

Quem sabe o final de cada uma daquelas histórias?

CENA 1 – A primeira história se passa em Gadara. Os homens que Jesus encontrou estavam possessos por demônios. Jesus poderia ter passado direto para as cidades próximas e ali pregar e ensinar, mas ele decidiu parar e expulsar aqueles demônios.

(28) Tendo ele chegado à outra margem, à terra dos gadarenos, vieram-lhe ao encontro dois endemoninhados, saindo dentre os sepulcros, e a tal ponto furiosos, que ninguém podia passar por aquele caminho. (30) Ora, andava pastando, não longe deles, uma grande manada de porcos. (31) Então, os demônios lhe rogavam: Se nos expeles, manda-nos para a manada de porcos. (32) Pois ide, ordenou-lhes Jesus. E eles, saindo, passaram para os porcos; e eis que toda a manada se precipitou, despenhadeiro abaixo, para dentro do mar, e nas águas pereceram. (Mat 8:28-32)

Será que não teria sido melhor passar direto, deixar aqueles dois de lado e pregar o evangelho pelas cidades próximas?

CENA 2 – Na segunda história, Jesus parou e não deu mais um passo até que se descobrisse quem havia tocado nele. Era uma senhora que há doze anos sofria com uma hemorragia. Enquanto isso aquele homem, uma autoridade da cidade, estava esperando. Então chegaram os empregados daquele homem e disseram: tua filha morreu.

(43) Certa mulher que, havia doze anos, vinha sofrendo de uma hemorragia, e a quem ninguém tinha podido curar e que gastara com os médicos todos os seus haveres, (44) veio por trás dele e lhe tocou na orla da veste, e logo se lhe estancou a hemorragia. (45) Mas Jesus disse: Quem me tocou? Como todos negassem, Pedro com seus companheiros disse: Mestre, as multidões te apertam e te oprimem e dizes: Quem me tocou?. (49) Falava ele ainda, quando veio uma pessoa da casa do chefe da sinagoga, dizendo: Tua filha já está morta, não incomodes mais o Mestre. (Luc 8:43-49) 

Será que não teria sido melhor ir logo para a casa do chefe da sinagoga? Afinal a mulher já havia sido curada, mas a filha daquele homem ainda estava doente.

CENA 3 – Na terceira história, a de Lázaro, Jesus, depois de saber que Lázaro estava doente, demorou dois dias onde ele estava e depois voltou outra vez para um lugar que ele já tinha ido.

(6) Quando, pois, soube que Lázaro estava doente, ainda se demorou dois dias no lugar onde estava. (7) Depois, disse aos seus discípulos: Vamos outra vez para a Judéia. (17) Chegando Jesus, encontrou Lázaro já sepultado, havia quatro dias. (20) Marta, quando soube que vinha Jesus, saiu ao seu encontro; Maria, porém, ficou sentada em casa. (21) Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se estiveras aqui, não teria morrido meu irmão. (32) Quando Maria chegou ao lugar onde estava Jesus, ao vê-lo, lançou-se-lhe aos pés, dizendo: Senhor, se estiveras aqui, meu irmão não teria morrido. (João 11:6-7,17,20-21,32)

Será que não teria sido melhor ir logo ao encontro do seu amigo que estava doente?

Será que existe um lógica na maneira como Jesus decidiu gastar o tempo, usar sua vida, nessas três histórias.

Há um detalhe interessante naquela primeira história. Depois que Jesus expulsou os demônios daqueles homens os criadores de porcos, inconformados com o prejuízo que tiveram, junto com o restante da cidade, pediram a Jesus que ele fosse embora daquela região.

Por causa daquele evento, Jesus não teve mais acesso àquela região, ainda que muitas pessoas ouviram falar e testemunharam a libertação daqueles homens.

Na segunda história, Jesus não cedeu à pressão pela encabeçada pelos seus próprios discípulos. Era muito mais urgente atender ao chefe da sinagoga do que àquela mulher que inclusive já havia sido curada. Mas Jesus considerou mais importante, naquele momento, completar a cura daquela mulher (corpo, alma e espírito).

Na correria do dia-a-dia, as coisas urgentes têm tanta força que muitas vezes ocupam o lugar das importantes.

·       É assim que a rotina de casa rouba da mãe o tempo de conviver com os filhos;
·       É assim que a hora extra, para completar o salário do mês, rouba o tempo com a esposa;
·       É assim que o último capítulo da novela rouba o tempo daquela reunião na igreja;
·       É assim que o conserto da pia tira o tempo de comer pipoca com sua garotinha;
·       E assim um bom salário rouba o tempo dos estudos e o sujeito fica a vida toda limitado em suas oportunidades.

Na terceira história, Jesus tomou uma decisão que pareceu totalmente ilógica para aqueles que estavam com ele. Depois de receber a notícia de que seu amigo estava muito doente, Jesus não se apressou em ir vê-lo. Ele até “inventou” uma passagem por uma cidade onde ele já tinha ido antes.

O resultado é que Lázaro morreu antes que ele chegasse. Quando Jesus chegou em Betânia foi coberto de cobranças e acusações. Se o Senhor tivesse vindo logo... Se o Senhor estivesse aqui...

Não me parece haver uma lógica comum para as três histórias. Então eu acho que Jesus já tinha em sua mente um projeto de vida e a cada nova decisão que enfrentava ele voltava aos seus objetivos de vida para ver se a direção estava certa.

E qual era esse projeto de vida que norteava as decisões de Jesus?

(38) Pois Eu vim do céu aqui para fazer a vontade de Deus, que Me enviou, e não para seguir o Meu próprio caminho. (39) E esta é a vontade de Deus: que Eu não perca de todos que Ele Me deu, mas que levante todos para a vida eterna no Último Dia. João 6:38-39

Então, o grande projeto, ao qual Jesus dedicou a sua vida, é fazer a vontade de Deus. Jesus diz claramente que não tem um caminho próprio. Ele não vive para realizar os seus desejos, mas para realizar os desejos do coração do Pai.

Quem vive para realizar os seus próprios desejos é como alguém que, por conta própria, decide construir um castelo de areia na beira da praia. Ele investe sua vida inteira neste projeto. Reclama quando maré enche, se lamenta quando as ondas batem no castelo e vive pedindo a Deus para sustentar seu castelo de areia. Quando uma onda mais forte destrói o castelo ele pragueja e fica decepcionado porque Deus não guardou seu castelo de areia.

Mas o Senhor se volta para ele e com amor diz: eu nunca lhe pedi para construir esse castelo de areia. Eu estou construindo um grande castelo de pedra sobre um alicerce firme bem perto daqui. Todo o tempo eu tenho lhe chamado para largar esse castelo de areia e se juntar a mim no castelo de pedras, mas você tem virado as costas para mim. Hoje eu permiti que o seu castelo de areia viesse abaixo para você largue seu projeto frágil e efêmero e se una a mim em projeto que é eterno.
A Agenda do Pai.

Jesus não tem uma agenda própria, mas anda com a agenda do Pai debaixo do braço. Quando ele se depara com alguma decisão, em vez de analisar por si mesmo a melhor maneira de gastar sua vida, ele abre a agenda do Pai e decide conforme a vontade do Pai.

Bom, e agora o Pr. João entregará a todos você a agenda do Pai (temos capas em duas cores: preto e vinho), e isso custará para cada um dos irmãos a bagatela de R$ 10,00... É claro que não é assim que as coisas acontecem. Não é assim que temos acesso à agenda do Pai.

E como é que se descobre a agenda do Pai?

Andando com Ele e o vendo agir. A agenda do Pai é revelada para nossas vidas à medida que andamos com o Ele e experimentamos o Seu jeito de agir em nossas vidas e nas vidas dos nossos irmãos.

Então, você precisa manter os olhos e o coração abertos para perceber o que Deus está fazendo neste mundo. Quando você perceber o agir de Deus, se junte a Ele na obra Ele estiver fazendo. E não faça nada de si mesmo.

(17) Mas ele lhes disse: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também. (19) Então, lhes falou Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho também semelhantemente o faz. (João 5:17,19) 

Foi assim que Jesus viveu: juntando-se a Deus Pai na obra de resgate e transformação das pessoas.

Mas como eu sei quando Deus está realizando algo? Não é uma pergunta fácil de responder, mas você pode contar com a orientação do Espírito de Deus para discernir isso. Porque é o Espírito de Deus que conhece a mente de Deus.

·         Quando você vir alguém interessado em questões espirituais, saiba que Deus está agindo.
·         Quando você vir alguém interessado em preservar a vida, saiba que Deus está agindo.
·         Quando você vir alguém investigando a eternidade, saiba que Deus está agindo.
·         Quando você vir alguém interessando na Palavra de Deus, saiba que ele está agindo.
·         Quando você vir alguém com o desejo de fazer o bem, saiba que ali tem a mão do Senhor
·         Quando você vir alguém rejeitando o mal, tenha certeza que isso é obra de Deus.
·         Quando você vir alguém insatisfeito com as disputas, intrigas e divisões, saiba que Deus está fazendo algo.
·         Quando você vir alguém doando a si mesmo em favor das outras pessoas, saiba que a mão de Deus está ali.
·         Quando você vir alguém disposto a amar de forma sacrificial, não tenha dúvidas, Deus está agindo ali.

Então, qual deve ser sua decisão? Juntar-se ao Senhor naquilo que ele estiver fazendo. Essa é a melhor maneira de usar o tempo que Ele lhe deu. Gastar sua vida cooperando com o que Ele está fazendo neste mundo.

Deus não é o servente da sua construção. Você é que é um trabalhador na obra dele. Nós costumamos dizer que queremos fazer a obra de Deus, mas na verdade o que fazemos é pedir que ele seja nosso funcionário. É hora de tomar a decisão certa sobre a sua vida e se unir a Ele naquilo que está fazendo.

Você ainda não entregou sua vida a Jesus? Então esse e o primeiro passo. Se você que deixar de lado seu castelo de areia na beira da praia e se juntar ao Senhor, entregue agora mesmo o controle de sua vida a Ele.

Você já entregou sua vida ao Senhor? Então peça agora mesmo ao Senhor para que os seus dias sejam gastos em prol do grande projeto de Deus para a redenção do universo, que começa na sua casa, escola faculdade, vizinha e igreja.