21 julho 2012

Como se vive relacionamento com Deus?


Parece-me que a ênfase expansionista tem-nos levado a um ativismo sem precedente em torno de mega-eventos e em honra a personalidades. Isso ocorre em detrimento da necessidade básica de nos ensinarmos mutuamente, através do exemplo, como se vive uma vida de comunhão e relacionamento com Deus.

Ora, se Deus não é uma realidade experiencial para os discípulos de quem se espera maturidade, o que podemos esperar de jovens e adolescente? Se homens e mulheres com décadas de caminhada cristã são incapazes de apresentar sua fé em uma conversar informal de um contexto pluralista, o que vamos cobrar de nosso jovens e adolescentes?

Acho que são aqueles a quem Deus concedeu dons e autoridade que devem tomar a iniciativa de conduzir as comunidades de fé das quais participam à maturidade; e isso inclui especialmente os jovens e adolescentes. Penso que esse é o pensamento de Paulo ao afirmar:

"Ele concedeu dons de apóstolo, profeta, evangelista e pastor-mestre para treinar os seguidores de Cristo, para que haja um serviço de qualidade no corpo de Cristo, a igreja. Ele fez isso para que todos possam trabalhar juntos em perfeita harmonia e sintonia, numa resposta cheia de gratidão e dedicação eficiente ao Filho de Deus, como adultos plenamente maduros, plenamente desenvolvidos, plenamente cheio de vida, como Cristo. Chega de ser criança. Não dá para tolerar gente ingênua, bebezinho que são alvos fáceis dos impostores. Deus quer que cresçamos, conheçamos toda a verdade e a proclamemos em amor - à semelhança de Cristo, em tudo." Ef. 4:11-15 AM

É necessário que uma mescla equilibrada de conhecimento sobre Deus e conhecimento de Deus faça parte de nossa tarefa pedagógica. Precisamos ensinar (e aprender) como andar com Deus, não apenas a fazer uma lista de coisas a respeito dele. E precisamos começar "ontem", porque o amadurecimento não tem pressa. Gente não amadurece como banana.

Texto extraído e editado a partir de minha participação no fórum de discussão realizado no contexto da disciplina "Pedagogia e Correntes Pedagógicas" tendo como assunto "Analfabetismo religioso e a mudança de imagem de Deus". Fórum realizado dentro do formato proposta pela EST - Escola Superior de Teologia.

19 julho 2012

Fé, família e igreja


Acho um risco colocar nos "lombos da igreja" uma responsabilidade que me parece ter sido delegada à família desde o tempos antigos da lei. É no contexto natural da vida, quando os dilemas e questionamentos de fé realmente surgem, que o ensino sobre quem é Deus e de como Ele se relaciona conosco toma corpo e pode ser experimentado por crianças, jovens e adolescente dentro dos limites da compreensão de cada um.

Um dos riscos que vejo quando despejamos a responsabilidade pela formação da vida de fé das crianças e adolescentes na "igreja" é a despersonalização dessa responsabilidade. Pais e mães, então, podem "descansar" porque a instituição igreja e seus programas educacionais darão conta do recado. Tenho visto muitas famílias fracassarem ao abdicar suas responsabilidades em favor da "igreja".

Outro risco que percebo é que, ao assumir a total responsabilidade quanto à educação religiosa de pais e filhos, a "igreja", através da atuação de seus líderes, pode produzir um processo de infantilização dos membros adultos da comunidade; pais e mães são esvaziados de seu inalienável papel pedagógico e se tornam meros coadjuvantes em um processo educacional que muito provavelmente será pautado pela dependência e submissão emocional aos líderes religiosos.

Por outro lado, acho que, como parte de uma comunidade de fé (E o que é um comunidade de fé, senão um agrupamento de famílias?) todos somos responsáveis uns pelos outros. Isso porque nossos exemplos de vida e a maneira como nos relacionamos com Deus e uns com os outros está efetivamente construindo os referenciais da vida de fé de nosso filhos.

A mim, parece-me razoável compreender a comunidade de fé como cooperadora com a família, mas nunca como responsável pela formação de fé de crianças e adolescentes. Se há uma responsabilidade pedagógica realmente a ser exercida no contexto do Corpo de Cristo, diz respeito à preparar-nos mutuamente para a autonomia e a liberdade em Cristo que advém de um relacionamento sadio com Deus.




Texto extraído e editado a partir de minha participação no fórum de discussão realizado no contexto da disciplina "Pedagogia e Correntes Pedagógicas" tendo como assunto "Vitimização e desigualdades são faces da mesma moeda". Fórum realizado dentro do formato proposta pela EST - Escola Superior de Teologia.

Inclusão e controle


Um aspecto que considero positivo é exatamente a clarificação da terrível estratégia de exclusão generalizada para assumir o controle do processo de inclusão. Transformar em situação padrão a não participação (exclusão) das pessoas no bem-estar que Deus, a partir dos recursos naturais, franqueou a todos e em seguida se apresentar como quem inclui os excluídos (é claro que conforme seus próprios critérios) é uma estratégia de controle e manutenção de poder; não se trata de situação restrita aos sistemas políticos e modos de produção.

A mesma situação acontece no contexto da igreja quando o sacerdócio universal do crente é apagado do ensino prático da igreja, o sacerdotalismo (católico e evangélico) é considerado como padrão, e, em seguida, os sacerdotes-pastores apresentam políticas de inclusão e participação dos leigos. Como assim "inclusão"? O véu do templo foi rasgado de cima abaixo? A exclusão não foi banida da cruz e essa coisa de clero/laicato não foi partida em pedaços no gólgota? No entanto, são considerados avançados e beneméritos os sacerdotes que incluem os leigos. E aqueles que trabalham em prol da inclusão 
são os visionários, mesmo reforçando o paradigma de controle e poder .

Essa mesma estratégia leva alguns servidores públicos a criarem dificuldade para vender facilidade. O cidadão tem direitos assegurados em lei mas os desconhece (ou insanamente não se importa com eles). Os direitos, então, são "apagados" da relação servidor-cidadão como forma de controle da situação e manutenção de poder. A partir daí o servidor público que "conceder" aqueles mesmo direitos passa a ser "o cara" (mesmo tendo ele extirpado o direito do cidadão, concedendo-o em conta-gotas conforme o seu próprio critério). Os espertos, então, são aqueles que conhecem a pessoa certa para fazer-lhes um favor (reforçando o falso paradigma de controle e poder).

De forma idêntica, se a Diaconia, no contexto da fé cristã, esquecer que seu trabalho é restabelecer o direito natural ao bem-estar (a despeito dos regimes e políticos e modos de produção) e transformar-se em mero benfeitor da estratégia sistêmica de manutenção de poder pela pseudoinclusão, estaremos tão somente reproduzindo o modelo deste mundo; isso sim é mundanismo.

Jesus alertou seus discípulos que começavam a disputar o poder no colégio apostólico dizendo que o modo de ver o outro que se tornou padrão neste mundo é o da dominação, mas que no Reino dele é diferente; a relação que tem valor é a do serviço mútuo, porque essa é coerente com o direito natural de bem-estar concedido ao ser humano e que estava na mente do criador.


Texto extraído e editado a partir de minha participação no fórum de discussão realizado no contexto da disciplina "Diaconia e Cuidado" tendo como assunto "A nova mentalidade do 'moderno colonizado' ". Fórum realizado dentro do formato proposta pela EST - Escola Superior de Teologia.

Diaconia: aprendendo com o passado


Síntese do texto "Diaconia e cuidado: testemunhos dos primeiros séculos do cristianismo" escrito por Rodolfo Gaede Neto. Produzido dentro dos limites de forma exigidos pela EST - Escola Superior de Teologia como requisito da disciplina Diaconia e Cuidado. 

A proposta do texto é apresentar diferentes formas de “solidariedade e amor ao próximo” presentes na vida da igreja durante os primeiros séculos de sua existência. A relação das diferentes expressões é ampla e inclui itens como o sepultamento, que dificilmente seria identificado como expressão de amor e solidariedade em nossos dias.

Ágape

As refeições comunitárias realizadas pela igreja, que incluíam a celebração da Ceia do Senhor, era um dos elementos importantes na vida da comunidade cristã. Nos Ágapes as pessoas levavam alimentos e outros bens para partilhar e assim suprir os mais necessitados. Além disso, as reuniões faziam parte da prática hospitaleira da igreja, que acolhia os irmãos em viagem (a expansão do evangelho com os apóstolos apoiou-se nisso). Os Ágapes, antes de serem separados da Ceia do Senhor, possuíam a virtude de incluir as dimensões social e mística do amor.

Socorro em epidemias

São muitos os registros históricos que dão conta do trabalho realizado pelos cristãos durante as epidemias que varreram o mundo antigo. Enquanto outros abandonavam os seus para morrerem, os cristãos cuidavam sem distinção de cristãos e não-cristãos. Muitos irmãos morreram ao se exporem no ampara aos infectados e cuidado dos moribundos. Vários líderes se destacaram na organização desta ajuda, mas foi o povo cristão que se entregou em sacrifício vivo para oferece um pouco de dignidade àqueles que sofriam com a peste.

Hospitalidade

Em comunidades nas quais praticamente inexistia um sistema de hotelaria, a hospitalidade era prática comum (e desejada) entre os cristãos. Sem esse acolhimento era certo que os viajantes em trânsito dormiriam ao relento, ralves sem comida e expostos ao frio. A hospitalidade entre os cristãos certamente tem como pano de fundo as orientações veterotestamentárias, mas se fortaleceu e consolidou a partir da decisão dos irmãos de abrir suas casas e torna-las em locais de encontro e convívio, verdadeiras igrejas caseiras.

Caixa comunitária

Entre os cristãos do primeiro século, a partilha de bens não era algo obrigatório, mas espontâneo. Aqueles que desejavam doavam o que bem lhes parecia para servir de suporte aos necessitados. As doações eram recolhidas à “caixa comum” da comunidade. Eram contribuições livres e costumavam ser modestas. Segundo Tertuliano, as doações eram usadas para alimentar os pobres, sepultar os indigentes, socorrer os órfãos e as viúvas, sustentar os escravos idosos e amparar os náufragos, além de ajudar os que sofriam nas minas, ilhas e prisões.

Coletas

O cuidado dos cristãos em cada comunidade nos primeiros séculos se estendia às necessidades das outras comunidades espalhadas pelo mundo. Foi assim que muitas vezes foram realizadas coletas para enviar recursos aos irmãos que passavam por necessidades em outras cidades. Essa expressão de amor e unidade encontra-se exemplificada no relato da campanha que Paulo realizou entre as comunidades da macedônia (de origem gentílica) para amenizar o sofrimento dos irmãos de Jerusalém (de origem judaica).

Sepultamento

A ausência de um sepultamento digno não era incomum no contexto experimentado pela igreja dos primeiros séculos e assim como hoje era tido como algo vergonhoso e lamentável, punitivo mesmo (como no caso dos romanos que negavam aos parentes os corpos dos mártires executados). Neste contexto, os cristãos muitas vezes entenderam como Missão prover os pobres e desvalidos de um pouco de dignidade depois de suas mortes. O entendimento de que o corpo do ser humano criado por Deus às sua imagem e semelhança merecia respeito mesmo depois da morte levou os cristãos a fazer algo a respeito. Havia comunidades inteiras comprometidas com isso, mas, sobretudo, individualmente era que cada cristão fazia o que estava ao seu alcance, havendo entre os mais abastados quem abrisse seus sepulcros particulares para abrigar o corpo daqueles que nada possuíam.

Posicionamento Pessoal

Considero o texto um belo resgate das práticas experimentadas pela igreja em seus anseios por seguir os passos de Cristo, imitando seu procedimento. É impressionante a variedade de oportunidades de serviço que a igreja encontrou em meio a contextos adversos, humilhantes e opressores, ratificando o entendimento de que bem-estar e individualismo conjugados raramente produzem pessoas capazes de atitudes de honradez e dignidade.

Dentre as várias questões poderiam ser destacadas, quero apontar para uma comparação entre a destinação prioritária dos recursos da igreja naqueles primeiros dias e a forma como ocorre hoje.

Vê-se claramente que a igreja de então, mesmo pobre e sem muitos recursos, decidiu que o pouco que tinha seria destinado prioritariamente a ajudar, socorrer, apoiar, suprir, alimentar e, de várias formas, restaurar a dignidade inerente ao ser humano criado por Deus. Não havia espaço na mente daqueles irmãos para copiar as estruturas religiosas ou a suntuosidade dos cultos pagãos existentes à época. Não havia o desejo de formar e sustentar uma casta sacerdotal ou de erigir monumentos arquitetônicos em homenagem à fé.

Aqueles irmãos encontraram as brechas (que eram muitas) deixadas pela sociedade quanto ao usufruto do bem-estar concedido por Deus e agiram em prol das pessoas em atitude amor e consideração. O cenário pode ser diferente, mas a situação é a mesma: a concentração de poder e de recursos naturais nas mãos de poucos priva os demais de experimentar a vida abundante desejada por Deus. O que faz a igreja? Alia-se ao sistema opressor e sai em busca do seu naco de bem-estar? Ou revoluciona a história e rompe o paradigma em loucas expressões de amor, respeito e dignidade? Há muito aprendizado necessário à igreja de nossos dias na mera leitura da história e dos exemplos daqueles irmãos.

Diaconia e Cuidado


Síntese do texto "Uma reflexão sobre o voluntariado" escrito por Márcia Paixão. Produzido dentro dos limites de forma exigidos pela EST - Escola Superior de Teologia como requisito da disciplina Diaconia e Cuidado

Referências históricas

Começando pelas confrarias do deserto (ativas 3 mil anos antes de Cristo) e terminando pelas associações voluntárias no Brasil do século XIX, a autora procura relacionar referências históricas do serviço voluntário.

A autora destaca que a partir da era cristã, sobretudo com a conversão do imperador romano Constantino, o serviço aos necessitados, que antes era visto como um ato de caridade ganhou uma conotação de prática religiosa. Essa institucionalização do serviço ao próximo, segundo a autora, caracterizou-se pela mera prestação de assistência, sem envolvimento com a história do sofrimento do outro.

Ressalta o texto ainda que as questões levantadas pelos reformistas na Idade Média em relação a diversas práticas eclesiais equivocadas vieram confrontar também os excessos cometidos pela Igreja em nome da caridade. Por esse tempo a igreja havia incorporado as obras de caridade e as ordens religiosas pregavam o serviço ao próximo e o desapego aos bens materiais. Com a reforma a prática da assistência ganhou novo significado com um retorno da participação leiga, recuperando este aspecto das confrarias do deserto.

No Brasil as associações voluntárias marcam presença em meados do século XIX, quando surgem também as organizações seculares de assistência.

A ação de Deus

A autora compreende que a diaconia (serviço) que liberta e promove autonomia é impulsionada pela encarnação de Deus em Jesus Cristo. Para socorrer a humanidade, Deus se fez gente e experimentou a condição humana. Essa é uma prova inconteste de seu amor. Da mesma forma somos desafiados a amar como Ele nos amou, isto é, devemos receber com gratidão o amor de Deus e partilhá-lo fazendo-nos iguais daqueles a quem pretendemos servir, respeitando sua alteridade e buscando o bem-estar e a justiça para todos.

Assim como Deus provou seu amor na encarnação, é no amor prático que os valores e a fé são demonstrados. Esse caminho remete ao aprendizado permanente, à conversão diária que encontra em Jesus o exemplo e desafio. Servir, então, é promover libertação e transformação no cotidiano da vida humana em seus mais diversos aspectos. Diferencia-se assim a diaconia motivada pelas boas notícias do amor de Deus demonstrado em Cristo do mero assistencialismo motivado pelo amor e bem-estar próprios.

O voluntariado e o bem-estar social

A autora procura estabelecer uma definição para bem-estar relacionando-o ao nível de acesso aos elementos básicos de sobrevivência, como moradia alimento, lazer, educação e trabalho, bem como ao exercício dos direitos civis. Em seu entendimento o bem-estar produz no ser humano uma relação de harmonia interna e relacional, uma vez que haja a percepção de igualdade com as demais pessoas em nossa volta.

Destaca em seguida que esse bem-estar não é experimentado por muitas pessoas, privadas de acesso àqueles elementos básicos de sobrevivência. Segundo afirma, essa privação impede que se experimente a vida plena desejada por Cristo para todos, mas pode ser amenizada pelo exercício do trabalho voluntário baseado no amor de Deus e comprometido em denunciar e transformar as estruturas que cerceiam a justiça e a dignidade humana.

Segundo a autora, o voluntariado com base no amor de Deus só será eficaz se houver coerência entre os valores de quem serve e as bases do evangelho de Cristo. Em outras palavras, é preciso que aquele que serve sonde suas próprias motivações e encontre em suas ações o desejo de libertação e transformação da pessoa servida e do ambiente limitador que a mantém privada do bem-estar. Não se trata de apenas sentir-se bem ajudando, mas de comprometer-se com o bem-estar do outro.

A diaconia do voluntariado

Neste tópico, a autora inicia fazendo diferença entre “diaconia ampla”, que diz respeito ao serviço prestado pelo crente à luz do sacerdócio universal e mediante o exercício dos dons espirituais, e “diaconia específica”, que diz respeito ao “ministério ordenado da Igreja” na figura dos diáconos chamados para “exercerem este ministério na Igreja”.

Em seguida reforça a autora seu entendimento de que o serviço diaconal não é a mera ajuda com bens materiais e alimentos, mas atuação que visa libertar da opressão. Só assim a pessoa poderá “entender e viver a graça de Deus”, já que “o sofrimento anestesia a compreensão” tornando impossível entender a graça do evangelho.

Posicionamento pessoal

De forma geral parece-me que o texto se propõe a encontrar fundamentos bíblicos para uma atuação voluntária comprometida com libertação e transformação, sobretudo social. Considero o propósito de apresentar a diaconia além do mero assistencialismo algo valoroso, mas entendo que a autora fez considerações que merecem reflexão detida e aprofundada.

Seu conceito de bem-estar é quase materialista, não havendo espaço para uma espiritualidade que sobreviva à escassez, à desigualdade ou à opressão. Ocorre que muitas pessoas convivem e iram conviver com essas situações por toda a sua vida. Não está esquecendo a autora de ponderar afirmações contundentes de Paulo sobre viver contente em qualquer situação e que ele não se deixava guiar pelas circunstâncias? Essa materialização do bem-estar parece-me levar o pêndulo para o lado oposto, sem promover equilíbrio.

Penso que ao procurar levar a diaconia além do assistencialismo a autora arrisca-se a tornar o usufruto do bem-estar dependente da ação do diácono. Assim, para entender a graça divina e experimentar vida plena a pessoa em situação de opressão depende do “serviço de libertação diaconal”. Entendo que a história da igreja demonstra sobejamente que não devemos descartar o sofrimento como veículo da Graça de Deus.

Outra questão que merece reflexão é a manutenção do paradigma clero/laicato, levando a autora a criar as categorias ampla e específica para o serviço. Vejo essa questão como um desserviço ao entendimento, já sofrido em nossos dias, quanto ao sacerdócio universal do crente.