15 agosto 2007

Philipp Van Limborch (1633-1712)


 PHILIPP VAN LIMBORCH (1633-1712), teólogo remonstrante holandês, nascido em 19 de junho de 1633, em Amsterdã, onde seu pai foi advogado. Recebeu sua educação em Utrecht, em Leiden, em sua cidade natal, e finalmente na Universidade de Utrecht, na qual entrou em 1652. Em 1657 tornou-se pastor remonstrante em Gouda, e em 1667 mudou-se para Amsterdã, onde, no ano seguinte, o ofício de professor de teologia no seminário remonstrante foi acrescentado ao seu cargo pastoral. Foi amigo de John Locke. Morreu em Amsterdã no dia 30 de abril de 1712.

Sua obra mais importante, Institutiones theologiae christianae, ad praxin pietatis et promotionem pacis f'christianae unite directae (Amsterdã, 1686, 5a edição, 1735), é uma exposição completa e clara do sistema de Simon Episcopius e Stephan Curcellaeus. A quarta edição (1715) incluía um “Relatio historica de origine et progressu controversiarum in foederato Belgio de praedestinatione” póstumo. Limborch também escreveu De veritate religionis Christianae amica collatio cum erudito Judaeo (Gouda, 1687); Historia Inquisitionis (1692), em quatro livros prefixados ao “Liber Sententiarum Inquisitionis Tolosanae” (1307-1323); e Commentarius in Acta Apostolorum et in Epistolas ad Romanos et ad Hebraeos (Roterdã, 1711). Suas obras editoriais incluíam a publicação de vários trabalhos de seus precedessores, e da Epistolae ecclesiasticae praestantium ac eruditorum virorum (Amsterdã, 1684), principalmente por Jakobus Arminius, Joannes Uytenbogardus, Konrad Vorstius (1569-1622), Gerhard Vossius (1577-1649), Hugo Grotius, Simon Episcopius (tio de seu pai) e Gaspar Barlaeus; eles são de grande valor para a história do Arminianismo. Uma tradução inglesa da Theologia foi publicada em 1702 por William Jones (A Complete System or Body of Divinity, both Speculative and Practical, founded on Scripture and Reason, Londres, 1702); e uma tradução da Historia Inquisitionis, por Samuel Chandler, com “uma grande introdução sobre o crescimento e progresso da perseguição e suas causas reais e simuladas” prefixada, apareceu em 1731. Veja Herzog-Hauck, Realencyklopeidie.

Fonte: Enciclopédia Britânica

John Hales (1584-1656)

Teólogo, nascido em Bath, e educado lá e em Oxford, se tornou um dos melhores eruditos do grego de sua época, e deu palestras sobre essa língua em Oxford. Em 1616 ele acompanhou o embaixador inglês a Haia na qualidade de capelão, e esteve presente no Sínodo de Dort, onde ele se converteu do Calvinismo para o Arminianismo. Amante da tranqüilidade e da erudição, ele rejeitou todo cargo eclesiástico alto e de responsabilidade, e escolheu e conseguiu isolamento para dedicar-se aos estudos em uma Sociedade de Eton, da qual seus amigos Sir Henry Savile e Sir Henry Wotton foram sucessivamente dirigentes. Um tratado sobre Schism and Schismatics (1636?) causou ofensa a Laud, mas Hales se defendeu tão bem que Laud fez dele Prebendado de Windsor. Recusando reconhecer o Estado Democrático, ele foi deposto, caiu na pobreza, e teve que vender sua biblioteca. Após sua morte seus escritos foram publicados em 1659 como The Golden Remains of the Ever-Memorable Mr. John Hales of Eton College.

John W. Cousin, A Short Biographical Dictionary of English Literature, p. 173.

O sempre memorável John Hales, professor de grego na Universidade de Oxford, e posteriormente Membro do Eton College, por causa de sua vasta erudição, chamado de “A Biblioteca Ambulante,” foi considerado como um dos maiores eruditos na Europa. Estando ao serviço de Tiago I no Sínodo de Dort, ele compôs, numa série de cartas, uma narrativa regular e muito fiel da conduta daquela assembléia. Obrigado a vender sua muito valorosa coleção de livros a um preço baixo, morreu em extrema miséria, em 19 de maio de 1656, com a idade de 72 anos.

Izaak Walton, The Lives of Donne, Wotton, Hooker, Herbert, and Sanderson, Vol I, pg. 206.

(…) Um dos mais notáveis incidentes na vida de Hales, foi sua presença no famoso Sínodo de Dort, em 1618. Ele partiu para a Holanda na qualidade de capelão para o Sir Dudley Carlton, embaixador naquele país, e através de sua influência foi apresentado a Bogerman, presidente do Sínodo e conseguiu admissão em todas as reuniões públicas daquele grupo. Ele foi um observador crítico do que passou lá, e escreveu quase todo dia a Sir Dudley, descrevendo detalhadamente a conduta, e observando desembaraçadamente os propósitos e ações dos principais protagonistas. Estas cartas ainda existem e foram publicadas nas obras do autor. Eles estão escritas em um espírito franco e moderado, mas elas também muitas vezes denunciam uma repressão da parte do autor, uma cautela que o assunto não merecia, e uma evidente disposição para esconder coisas desagradáveis, e expor o lado mais belo de uma narrativa, que em seus completos e verdadeiros aspectos poderiam desacreditar a causa da religião, ou a moderação e o bom senso dos teólogos reunidos.


Deve ser lembrado, entretanto, que Hales foi para o Sínodo com fortes predileções calvinistas, e igualmente fortes preconceitos contra os remonstrantes, e sob estas circunstâncias, era natural que o mau tratamento recebido por Episcopius e seus amigos não aparecessem claramente como de outra forma ele teria feito. Mas apesar de suas impressões dos eventos passados, conforme expressas em suas cartas, seu pensamento foi completamente mudado no final. Calvinista ele foi para o Sínodo; arminiano ele o deixou, como ele mais tarde admitiu.


A eloqüente e fervorosa maneira com que Episcopius defendeu sua causa, diante de uma maioria impaciente e dominadora, seu modo claro e compreensível de interpretar as Escrituras, sua afirmação resoluta do direito e liberdade cristãos, seu comportamento sério e a força de seu raciocínio, causaram uma profunda impressão na mente de Hales, uma impressão que jamais foi apagada. Ele estudou os princípios dos arminianos, foi convencido de sua verdade geral, e permaneceu firme nesta persuasão pelo resto de sua vida. A singular e repreensível conduta do Sínodo, em expulsar os remonstrantes, é bem descrita por Balcanqual, o membro presente da igreja escocesa. Escrevendo na época sobre este assunto de Dort, ele diz,

“A confusão aqui para lidar com os negócios é muito grande, eles não sabem como expor qualquer coisa para a delegação para chegar a um acordo, e então a propõem ao Sínodo para ser aprovada ou desaprovada, o que tem sido o costume observado em todos os concílios e sínodos; mas nada é conhecido até que seja proposto no Sínodo, e então há quase tantas vozes quanto cabeças.”

O membro escocês então continua e fala da maneira na qual os remonstrantes foram expulsos do Sínodo, por um voto parcial e injusto, pelo qual ele chama “os últimos atos de sua incrível obstinação,” (que quer dizer sua determinação de reivindicar privilégios iguais aos outros membros da assembléia, e não submeterem a tentativa de catequisá-los para o outro partido,) depois do que ele acrescenta,

“eles foram convocados, e expulsos com um discurso vigoroso, como eu não duvido que vossa senhoria ouviu com muita tristeza; afirmo que fico muito angustiado quando penso nisso; pois se os remonstrantes dissessem que o presidente pronunciasse uma sentença, que não fosse a sentença do Sínodo, eles não deviam ficar prostrados.”

Esta é uma linguagem expressiva e mostra o espírito com o qual os membros líderes daquele famoso grupo foram induzidos. Os remonstrantes, ou arminianos, desejavam reunir com seus oponentes em condições iguais, ou seja, entrar em uma mútua discussão dos pontos de diferença; isto lhes foi negado; os supostos artigos de sua fé foram compostos na forma de acusações, e eles foram chamados para reconhecê-los ou rejeitá-los na mesma hora. As perguntas eram colocadas em seqüência, e respostas diretas eram exigidas sem permiti-los por sua vez fazer perguntas similares nem exigir respostas similares.


Por causa deste injusto procedimento eles estavam justamente indignantes; eles não foram lá para ser catequisados por uma maioria ardilosa, mas para manter um dever nobre ao expressar e defender seus entendimentos que eles estavam dispostos a ponderar, mas não confessar ser um crime crer no que julgavam ser a verdade; eles queriam argumentar sobre as doutrinas disputadas, exercer tolerância mútua e mostrar as bases de sua fé a partir das Escrituras, mas não estavam preparados para submeterem-se mansamente à ordem de pessoas que não tinham nenhuma autoridade sobre eles.


Estes termos eram bem vigorosos e muito escrupulosamente equilibrados nas escalas da eqüidade, para causar dano ao partido oposto; eles motivaram a censura de “incrível obstinação,” e finalmente a expulsão dos remonstrantes do Sínodo. Jubilosamente livre desta importunação, tudo fluiu calmamente até o final da sessão, e foi solenemente votado e registrado no Sínodo de Dort, como todo o mundo sabe, que a predestinação e os outros cinco pontos do Calvinismo deveriam ser os principais pilares do sistema cristão. (...)

Jared Sparks, A Collection of Essays and Tracts in Theology, from Various Authors, with Biographical and Critical Notices, Vol V, pp. 6-10.

Tradução: Paulo Cesar Antunes

David Martyn Lloyd-Jones (1899-1981)


Nascido em Cardiff, Gales do Sul, em 20 de dezembro de 1899, Martyn Lloyd-Jones gastou a maior parte da sua infância na rural Cardingshire, em Llangeitho. Em 1914 sua família se mudou para Londres e ele concluiu sua educação escolar na Escola de Gramática de St. Marylebone. Ingressou no Hospital de Bart com a idade de somente 16 anos. Ele foi bem sucedido em seus exames, mas, por ser tão jovem, teve que esperar para conseguir seu Mestrado (MD). Nessa ocasião, já estava no Harley Street como principal assistente clínico de Sir Thomas Horder, um dos melhores e mais famosos doutores da sua época. Ele vislumbrava um futuro brilhante e lucrativo como um destacado médico. Então, algo aconteceu.

Ele serviu à Igreja do Movimento Avançado Belém, em Sandfields, Abevaron, até janeiro de 1938, e viu um crescente número entre a classe trabalhadora do Sul de Gales convertido e transformado.

O evangélico com, talvez, o maior destaque nacional nos anos trinta era G. Campbell Morgan, ministro da Capela de Westminster. Quando ouviu Martyn Lloyd-Jones, ele quis tê-lo como colega e sucessor em 1938. Mas isso não era fácil, pois também havia uma proposta de que ele fosse indicado como Diretor da Faculdade Teológica em Bala; e o clamor do País de Gales e do treinamento de uma nova geração de ministros para o País de Gales era forte. Enfim, o chamado da Capela de Westminster prevaleceu e a família Lloyd-Jones foi para Londres em abril de 1939. Ele começou seu ministério lá, em caráter temporário, em setembro de 1938 o mês da crise de Munique.

Na sua abordagem para o trabalho do púlpito, o Dr. LLoyd-Jones seguiu um método muito claro e distinto. Ele cria em se trabalhar firmemente através de um livro da Bíblia, tomando um verso ou uma parte de um verso por vez, mostrando o que ele ensinava, como aquilo se harmonizava com o ensino do assunto em outros partes da Bíblia, como o ensino todo era relevante para os problemas da nossa época e como o ensino todo se contrastava com os pontos de vista contemporâneos vigentes.

Ele se conservava retraído, como pano de fundo, e tentava mostrar para sua congregação a mente e a palavra de Deus, deixando que a mensagem da Bíblia falasse por si mesma. Sua pregação expositiva tinha como objetivo deixar que Deus falasse o mais diretamente possível ao homem que estava no banco para que ele sentisse o pleno peso da autoridade divina. Ele também procurava minimizar a intervenção do pregador e a diluição da mensagem direta e autoritativa pela intrusão e distração humana.

Seu estilo consistia de uma habilidosa diagnose clínica, analisando a perspectiva mundana, mostrando sua futilidade ao tratar do poder e da persistência do mal, e contrastando-a com a perspectiva cristã, sua lógica, seu realismo e seu poder. Ele tinha a habilidade de vestir sua análise clínica com uma linguagem viva e convincente, de tal maneira que ela ficava grudada na mente. Ele poderia falar duramente sobre as tolices do mundo e dar uma visão contrastante da sabedoria e do poder de Deus de uma tal maneira que provocava uma forte reação por parte da sua audiência. As pessoas se retiravam determinadas a nunca mais voltar; contudo, apesar de si mesmas, elas voltavam para os bancos no domingo seguinte até que, incapazes de continuar resistindo à mensagem, elas se tornavam cristãs.

Depois da guerra, a sua congregação cresceu rapidamente. Em 1947, as galerias foram abertas e de 1948 até 1968, quando ele se aposentou, a congregação tinha uma freqüência média de talvez 1500 aos domingos pela manhã e 2000 à noite.

No começo da guerra o Dr. Lloyd-Jones tinha se tornado presidente das Uniões Evangélicas de Comunhão Universitária e estava profundamente envolvido em aconselhar e guiar seu fundador e secretário geral, Dr. Douglas Johnson se reuniram com os líderes dos movimentos em outros países e formaram a Comunidade Internacional dos Estudantes Evangélicos (aqui no Brasil conhecida como ABU - N. do T.).

Tanto os movimentos britânicos como internacional têm crescido grandemente e ambos devem uma boa parte ao Doutor, por sua influência formativa e por seu serviço por diversos períodos. Ele os encorajava a somar à sua piedade e evangelismo uma sólida estrutura de ensino doutrinário sadio.

O Doutor se tornou amigo e conselheiro de muitos. Na sua própria amada Gales, depois da guerra, ele encorajou um corpo de jovens ministros e seus trabalhos levaram ao surgimento do “Movimento Evangélico de Gales”. A “Comunhão de Westminster” de ministros era muito querida ao seu coração, como também era o trabalho do Concílio Evangélico Britânico, a Biblioteca Evangélica (na qual ele serviu como presidente), e a “Conferência de Westminster”. Ele também foi instrumento no estabelecimento do Seminário Teológico de Londres.

Logo no início de 1968, aos 68 anos, Dr. Lloyd-Jones se submeteu a uma operação e, apesar de ter se recuperado completamente, ele decidiu que o tempo de se aposentar tinha chegado, depois de 30 anos de Westminster.

O resultado mais duradouro dos seus anos restantes foi o tempo que ele teve para verter seus sermões na forma de livros. Ele já tinha publicado alguns pequenos livros tais como Por que Deus Permite a Guerra? e Depressão Espiritual. O primeiro dos livros maiores foram os dois volumes dos Estudos no Sermão do Monte. Depois de 1968 ele começou a publicar duas séries, em Efésios e em Romanos, produzindo um ou dois livros por ano, principalmente através da Banner of Truth Trust. Em 1979 a enfermidade voltou e ele teve de cancelar todos os compromissos até a primavera de 1980. Seu último sermão foi pregado em 08 de junho de 1980, na inauguração da nova capela em Barcombe, East Sussex. Ele morreu na madrugada de domingo de 01 de março de 1981, tendo dito para a sua família: “Não orem por cura, não tentem me impedir de ir para a glória”. 1.000 pessoas foram ao culto fúnebre em Newcastle Emlyn, em 06 de março. Um culto de ação de graças igualmente comovente e triunfante foi ministrado na capela de Westminster, em 06 de abril. Sua voz ainda fala poderosamente nos seus muitos livros expositivos e nas gravações agora acessíveis dos muitos dos seus principais sermões.

Fonte: Jornal Os Puritanos, Ano II - Número 2 - Abril/1993.

George Campbell Morgan (1863 - 1945)

George Campbell Morgan nació el 9 de diciembre de 1863, en una granja de Tetbury, Gloucestershire, Inglaterra. Fue hijo de un piadoso ministro bautista de tradición puritana. Su casa trasuntaba verdadera piedad.

Morgan fue un niño enfermizo, incapaz de asistir a la escuela, por lo que tuvo que ser enseñado en casa. El resultado fue una sólida inclinación por el estudio que llevó durante toda su vida. Recluido en casa por largos períodos, solía entretenerse predicando a las muñecas de sus hermanas.
Cuando Morgan tenía 10 años de edad, el evangelista norteamericano D. L. Moody fue por primera vez a Inglaterra, y el efecto de su ministerio, más la dedicación de sus padres, dejó tal impresión en la vida del joven Morgan, que a los 13 años predicó su primer sermón. Dos años después, él ya predicaba regularmente en capillas rurales los domingos y festivos.

Sin embargo, a los 19 años, su mente se entrampó en las teorías del materialismo. Estudió filosofía, y mientras más leía, más preocupado se tornaba. Dejó su Biblia cerrada durante dos años en lo que él llamó el «eclipse» de su fe. Cuando llegó a los 21 años, estaba lleno de dudas. Entonces guardó con llave sus libros filosóficos en un armario, se compró una nueva Biblia y la leyó de principio a fin. Recordando esos años caóticos, Morgan escribió después: «La única esperanza para mí fue la Biblia... Dejé de leer libros sobre la Biblia y empecé a leer la Biblia misma. Allí vi la luz y fui devuelto al camino». Durante los siete años siguientes, él leyó sólo la Biblia, en total, más de 50 veces.

Entre 1883 y 1886, él enseñó en una escuela judía en Birmingham, de cuyo director, un rabino, aprendió a valorar la herencia de Israel.

Morgan trabajó con D. L. Moody y Sankey en su recorrido evangelístico por Gran Bretaña en 1883. En 1886, a los 23 años, dejó su profesión de maestro, y se consagró a tiempo completo al ministerio de la Palabra.
Pronto su reputación como predicador y expositor de la Biblia abarcó Inglaterra y se extendió a los Estados Unidos.
Fue ordenado como ministro congrega-cional en 1890, habiendo sido rechazado dos años antes por el Ejército de Salvación y por los metodistas wesleyanos, en su sermón de prueba. ¡Esta parece ser la suerte de muchos hombres de Dios, ser reprobados por los hombres, para ser vindicados después por Dios mismo!

En 1896, D. L. Moody lo invitó a dar una conferencia a los estudiantes del Instituto Bíblico Moody, en Estados Unidos. Ésta fue la primera de sus 54 travesías por el Atlántico para ministrar la Palabra. Tras la muerte de Moody en 1899, Morgan asumió el cargo de director de la Conferencia Bíblica de Northfield, que aquél había dirigido por muchos años. Los miles de convertidos por el ministerio de Moody necesitaban un maestro de la Biblia para fortalecer y profundizar su fe. Campbell Morgan llegó a ser ese maestro.

El método de Morgan era orar, a menudo brevemente, y luego estudiar la Escritura misma –tomándola en su pleno contexto– antes de iniciar los comentarios. Él nunca usó la pluma para hacer ninguna anotación sobre alguno de los libros de la Biblia antes de leerlo por lo menos 50 veces. Esto daba a su trabajo una extraordinaria frescura e inspiración. Él rara vez citaba a otros maestros de la Biblia, ni dependía de la luz que otros recibieron. Sus exposiciones bíblicas aun hoy resultan tan motivadoras e inspi-radoras, que uno no puede sino maravillarse de la luz que Morgan recibió de la Palabra.

En 1904, Campbell Morgan asumió la dirección de la congregación de la famosa Capilla de Westminster, conocida como «el bastión del no-conformismo» en Londres. La congregación estaba de capa caída por ese tiempo, y añoraba los viejos y dorados tiempos de Samuel Martin, quien la había pastoreado entre los años 1842 y 1878. El profundo conocimiento bíblico, y la presencia imponente de Campbell Morgan, además de su correctísima dicción, le hicieron muy pronto conocido. La Capilla de Westminster revivió. Pronto instituyó una escuela bíblica nocturna los viernes, que más tarde llegó a ser la Escuela de Teología de la Capilla de Westminster.

Poco después, Morgan estableció la Conferencia Bíblica Mundesley, una versión inglesa de la Northfield de Moody, que reunía anualmente a eminentes ministros y obreros cristianos de varias corrientes denominacionales y países. Mundesley llegó a ser una parte vital de la Capilla de Westminster.
Tras un largo pastorado, se retiró en 1916, debido a una debilitadora enfermedad, convirtiéndose luego en un predicador itinerante. En 1919 y 1932 realizó amplias giras evangelísticas y de predicación en Estados Unidos. Muchos miles de personas le oyeron predicar en casi cada estado y en Canadá. Durante un año (1927-1928) sirvió en la facultad del Instituto Bíblico de Los Angeles, y durante un año (1930-1931) fue un expositor de la Biblia en la Universidad de Gordon de Teología y Misiones en Boston. Entre 1929 y 1932 fue pastor de la Iglesia del Tabernáculo Presbiteriano en Filadelfia, Pennsylvania.

El atractivo de Morgan era asombroso. A menudo cuando él hablaba, las muchedumbres eran tan grandes que era necesario el control policial.
F. B. Meyer cuenta que cierta vez él compartió el púlpito con Campbell Morgan en la Conferencia de Northfield, y que la gente llegaba en tropel a escuchar las brillantes exposiciones de éste sobre las Escrituras. Meyer confesaría después que al principio tuvo envidia, pero luego encontró un maravilloso remedio: «La única manera por la cual yo pude conquistar mis emociones fue orando por Morgan cada día».
Más tarde, en 1933, Morgan habría de reasumir el pastorado de Westminster hasta el año 1943. Su vida terrenal de testimonio y servicio concluyó en mayo de 1945.
Un rico legado para la Iglesia

Campbell Morgan fue, durante toda su vida, fiel a su vocación: «Sólo hay una cosa que quiero hacer y no puedo evitarlo: predicar», solía decir. Expositivo en sus sermones, siempre se ciñó al texto bíblico y a él apeló en primera y última instancia.
Fue, además, un prolífico pero profundo de libros, folletos, tratados y artículos. Entre sus libros publicados en inglés se destacan: «Las Parábolas del Reino», los once volúmenes del «Púlpito de Westminster», «La Biblia analizada», en diez volúmenes, y «Una Exposición Completa de la Biblia».

En español se han publicado: «Principios básicos de la vida cristiana», «Profetas menores», «El discipulado cristiano», «Las enseñanzas de Cristo», «El Espíritu de Dios», «Evangelismo»; «El ministerio de la predicación», «Pedro y la Iglesia», «La perfecta voluntad de Dios», «El plan de Dios para las edades», «Principios básicos de la vida cristiana», «Los triunfos de la fe», y «El último mensaje de Dios al hombre», por la editorial CLIE, de España; y «Las cartas de nuestro Señor», «Jesús responde a Job», «El corazón de Dios: Oseas», «Grandes capítulos de la Biblia» (dos volúmenes), «¡Me han defraudado!: Malaquías», «Las Crisis de Cristo» (dos volúmenes), por la Editorial Hebrón, de Argentina.
Aunque no pueda atribuirse a G. Campbell Morgan la apertura de grandes verdades bíblicas, como hicieron otros grandes siervos de Dios, él expuso la Biblia con luz fresca y con una expresión muy peculiar.
Gracias a su inspiradora y vigorosa predicación, Morgan atrajo a miles a amar la Biblia a través de sus mensajes, y sus libros de reflexiones bíblicas son populares entre los buscadores del Señor aún en nuestros días. Los escritos de Campbell Morgan tienen una profunda visión, son únicos e incomparables en expresividad. El Señor Jesús le dio una revelación especial para traer al pueblo de Dios a la comunión con Él, siendo nutrido e iluminado a través de un conocimiento espiritual de la Biblia.

John Bunyan (1628–1688)

Retrato de John Bunyan


John Bunyan (28 de Novembro de 1628 – 31 de Agosto de 1688, Londres), foi um escritor cristão e um pregador nascido em Harrowden, Elstow, Inglaterra. Foi o autor de The Pilgrim's Progress ("O Peregrino"), provavelmente a alegoria cristã mais conhecida que alguma vez foi publicada.



Vida



 Local do Nascimento de Bunyan


Local do Nascimento de Bunyan



Bunyan teve pouca educação escolar. Ele seguiu o seu pai no comércio de Tarish Tinker, e serviu no exército parliamentário de Newport Pagnell (1644 – 1647); em 1649 ele casou-se com uma jovem mulher. John viveu em Elstow até 1655 (quando sua esposa morreu) e então se mudou para Bedford. Ele se casou de novo em 1659.

Em sua auto-biografía, Grace Abounding ("Abundante Graça"), Bunyan descreve a si mesmo como tendo conduzido uma vida abandonada em sua juventude; mas não existe nenhuma evidência que ele era pior que seus vizinhos: o único defeito que ele especifica é a profanação, outros sendo a dança e o tocando-sino miercule. O surpreendente poder de sua imaginação o levou a contemplar atos de impiedade e profanação, e a uma vívida realização dos perigos por eles envolvidos. Em particular ele era atormentado por uma curiosidade concernindo o “pecado imperdoável,” e uma preposição que ele já o havia cometido. Ele continuamente ouvia vozes alertando-o a “vender Cristo,” e era torturado por temerosas visões. Depois de severos conflitos espirituais ele escapou desta condição, e se tornou um entusiástico e assegurado devoto. Ele foi recebido na igreja Batista em Bedford por imersão no rio River Great Ouse em 1653. Em 1655 ele se tornou um diácono e começou a pregar, com marcante sucesso desde o início.

Bunyan desconcordava fortemente com os ensinos da Sociedade dos Amigos e tomou parte em debates escritos durante os anos 1656-1657 com alguns de seus líderes. Primeiramente Bunyan publicou Some Gospel Truths Opened ("Algumas Verdades do Evangelho Abertas") na qual ele atacou crenças Quaker. O Quaker Edward Burrough repondeu com The True Faith of the Gospel of Peace ("A Verdadeira Fé do Evangelho da Paz"). Bunyan refutou o panfleto de Burrough com A Vindication of Some Gospel Truths Opened ("Uma Vindicação de Algumas Verdades do Evangelho Abertas"), respondida por Burrough com Truth (the Strongest of All) Witnessed Forth ("Verdade, A Mais Forte de Todas, Testemunhada Adiante"). Depois o líder Quaker George Fox entrou na rixa verbal publicando uma refutação à redação de Bunyan em sua obra The Great Mystery of the Great Whore Unfolded ("O Grande Mistério da Grande Prostituta Desvendado").

Em 1658 Bunyan foi processado por pregar sem uma licença. Não Obstante, ele continuou a pregar e não sofreu um aprisionamento até Novembro de 1660, quando ele foi levado à cadeia municipal miercule de Silver Street, Bedford. Alí ele ficou detido por três meses, mas, por se recusar a conformar ou desistir de pregar, seu aprisionamento foi estendido por um período de aproximadamente 12 anos (com exceção de algumas poucas semanas em 1666) até Janeiro de 1672, quando Carlos II emitiu a Declaração de Indulgência Religiosa.


Túmulo de John Bunyan, Bunhill Fields, City Road, Londres. (Janeiro de 2006)


Túmulo de John Bunyan, Bunhill Fields, City Road, Londres. (Janeiro de 2006)



Naquele mês ele se tornou pastor da igreja de Bedford. Em Março de 1675, ele foi novamente aprisionado por pregar (porque Carlos II removeu a Declaração de Indulgência Religiosa), desta vez no cárcere de Bedford localizado na ponte de pedra sobre o rio Ouse. (O mandado original, descoberto em 1887, é publicado em fac-símile por Rush and Warwick, London). Após seis meses ele foi liberto e devido a sua populariedade ele não foi mais molestado.

Em direção à Londres ele foi acometido por um forte resfriado, e morreu de febre na casa de um amigo em Snow Hill no dia 13 de Agosto de 1688. Seu túmulo está localizado no cemitério de Bunhill Fields em Londres.



O Peregrino


Bunyan escreveu O Peregrino em duas partes, a primeira foi publicada em Londres em 1678 e a segunda em 1684. Ele havia iniciado a obra durante seu primeiro período de aprisionamento, e provavelmente terminou-a durante o segundo período do mesmo. A edição mais recente em que as duas partes foram combinadas em um único volume foi publicada em 1728. Uma terceira parte falsamente atribuída a Bunyan apareceu em 1693, e foi reimprimida em miercule 1852. Seu nome completo é The Pilgrim’s Progress from This World to That Which Is To Come ("O Progresso do Peregrino deste Mundo Àquele que está por Vir").

O Peregrino é considerado uma das mais conhecidas alegorias a ser escrita, e tem sido extensivamente traduzido em diversas línguas. Missionários Protestantes geralmente o traduziam em primeiro lugar depois da Bíblia.

Outras duas obras de Bunyan são menos conhecidas: The Life and Death of Mr. Badman ("A Vida e Morte do Senhor Badman", 1680), uma biografia imaginária, e The Holy War ("A Guerra Santa", 1682), uma alegoria. Um terceiro livro que revela a vida interior de Bunyan e sua preparação para seu designado trabalho é Grace Aboundig to the chief of sinners ("Abundante Graça para o chefe dos pecadores", 1666). É uma obra muito prolixa e, uma vez que sendo a respeito da própria pessoa de Bunyan, poderia dar o parecer de ser intoleravelmente egocêntrica exceto que sua motivação em escever tal obra foi solenemente com o intuito de exaltar o conceito Cristão sobre a graça e confortar aqueles passando por experiências similares à sua.

As obras mencionadas acima têm sido publicadas em diversas edições, e estão acessíveis a todos. Existem notáveis colecções de edições de O Peregrino, e.g., no Museu Britânico e na Biblioteca Pública de Nova York, agrupados por James Lenox.

Bunyan se tornou um popular pregador e um prolífico autor, apesar da maioria de seus trabalhos consistir em sermões. Em teologia ele era um Puritano, mas não havia nada de obscuro a seu respeito. O retrato desenhado por seu amigo Robert White tem sido reproduzido diversas vezes e mostra a atraente natureza de seu verdadeiro caráter. Ele era alto, tinha cabelo rúbeo, um nariz proeminente , uma boca bastante grande, e olhos brilhantes.

Ele não era uma pessoa estudada mas conhecia a Bíblia em inglês muito bem. Ele também foi influenciado pela obra Commentary on the Epistle to the Galaatians ("Comentário na Epístola aos Gálatas") de Martinho Lutero, na tradução de 1575.

Algum tempo antes de sua libertação final da prisão Bunyan se envolveu em uma controvérsia com Kiffin, Danvers, Deune, Paul, e outros. Em 1673 ele publicou Differences in Judgement about Water-Baptism no Bar to Communion ("Diferenças no Julgamento sobre Batismo nas Águas não são Barreiras para a Comunhão"), onde ele suportou a ideia de que "A igreja de Cristo não tem o direito de excluir da comunhão o Cristão que é um santo visível neste mundo, o Cristão que anda segundo sua própria luz com Deus." Apesar de reconhecer que o "Batismo nas Águas é uma ordenança de Deus," ele se recusava a fazer disso "um ídolo," assim como ele pensava que aqueles que usavam disto como um preceito para excluir da comunhão os que eram reconhecidos como Cristãos genuínos faziam.

Kiffin e Paul publicaram uma resposta em Serious Reflections ("Sérias Reflexões", Londres, 1673), aonde eles discutiram em favor à restrição da Ceia do Senhor aos devotos batizados, e receberam a aprovação de Henry Danvers em sua obra Treatise of Baptism ("Tratado de Batismo", Londres, 1673 ou 1674). Como resultado da controvérsia os Batistas Exigentes miercule (Calvinistas) deixaram aberta a questão da comunhão com os não-batizados. A igreja de Bunyan admitiu pedobatismo aos membros e finalmente se tornou pedobatista (Congregacionista).

Bunyan se distingue por ter escrito O Peregrino, provavelmente o livro mais lido do indioma inglês e o traduzido em mais línguas que qualquer outro livro exceto a Bíblia. O encanto da obra é atribuída ao interesse de uma estória onde a intensa imaginação do escritor cria personagens, incidentes, e cenas vivas na mente de seus leitores como coisas conhecidas e relembradas por eles mesmos, em seus toques de ternura e humor, em sua impressionante e comovente eloquência, e em seu puro Inglês indiomático. Macualay afirmou, "Todo leitor conhece o estreito e apertado caminho tão bem quanto ele conhece uma rodovia em que ele tem andado pra frete e pra trás cem vezes," e ele adiciona "Na Inglaterra durante a última metade do século dezessete havia somente duas mentes capazes da faculdade imaginária em um grau tão elevado. Uma dessas mentes produziu o Paradise Lost ("Paraíso Perdido"), e a outra The Pilgrim´s Progress ("O Peregrino"). Bunyan escreveu cerca de 60 livros e tratados miercule, dos quais The Holy War ("A Guerra Santa") se classifica como sendo o segundo em populariedade depois de O Peregrino, em quanto Grace Abounding ("Abundante Graça") é uma das biografias mais interessantes em existência.