Introdução
Daqui a cinco anos, qual será a reação de quem souber que você faz parte desta igreja? Um sorriso, um nariz torcido ou a indiferença?
A igreja que seremos no futuro está sendo construída hoje por cada um de nós. Cada atitude que tomamos hoje, cada decisão sobre sua maneira de viver é um tijolo a mais no tipo de igreja que seremos. Por isso, é um erro pensar que nossa maneira de viver o evangelho não tenha importância para nossos irmãos ou que isso diga respeito apenas a nós mesmos.
Será possível a uma igreja escolher o jeito que deseja ser no futuro? Será que podemos pedir ao Senhor que nos faça ser uma igreja com estas e aquelas características? Será aceitável para Deus que sua igreja almeje ser de um jeito e não de outro? Se esse jeito que almejarmos estiver de acordo com a vontade do Pai, eu creio que sim.
Assim como cada um de nós pode orar individualmente ao Senhor e pedir que Ele nos transforme, nos faça pessoas diferentes do que somos, também podemos, como igreja, clamar ao Senhor para nos transformar e nos fazer uma igreja diferente do que somos. Podemos pedir que Ele nos conduza para que nos tornemos o desejo do Seu coração nesses dias difíceis em que vivemos.
Então, que tipo de igreja nós seremos? O que enxergaremos no espelho ao nos olharmos daqui a cinco anos? Qual será a cara a Igreja Batista do Caminho daqui a dez anos? Definitivamente, isso tem a ver comigo e com você e nossa atitude hoje.
Seremos uma igreja que ama, ou uma igreja que rejeita? Nós devemos decidir isso agora. Eu e você decidiremos a direção para onde irá a Igreja do Caminho ao decidirmos, todos os dias, a direção para onde nossas vidas irão: Quando sairmos hoje à noite dessa reunião, seremos pessoas que amam, ou pessoas que rejeitam?
Se você decidir amar seus irmãos em Cristo, a Igreja Batista do Caminho será uma igreja que ama; mas se você decidir rejeitar seus irmãos em Cristo, a Igreja Batista do Caminho será um igreja que rejeita. Vejamos o que dizem as escrituras sobre isso em 1 João 3.10-16.
Se amarmos os outros cristãos, isto prova que fomos libertos do inferno e nos foi dada a vida eterna no céu. Mas uma pessoa que não tem amor pelos outros está seguindo para a morte eterna. Qualquer um que odeia seu irmão em Cristo já é, na realidade, um assassino no coração; e vocês sabem que ninguém que deseja matar tem a vida eterna dentro de si. Nós sabemos o que é o amor verdadeiro pelo exemplo de Cristo, ao morrer por nós. E, portanto nós devemos sacrificar as nossas vidas pelos nossos irmãos em Cristo. (1 João 3.10-16)
A prova de que você nasceu de novo, isto é, de que foi gerada em você uma nova natureza pelo Espírito de Deus, não é a quantidade de conhecimento que você tem da Bíblia ou o tipo de dom espiritual que você tem. A prova de que você foi liberto do inferno e recebeu a vida eterna não é o seu falar bonito, nem sua prosperidade financeira, mas sua disposição para amar o seu irmão. Mas o que é amar o irmão?
Amar o irmão é não rejeitá-lo por causa dos pecados do passado.
Há quem se anime em amar aqueles que têm uma vida certinha, que fizeram tudo sempre correto e que parecem ser exemplos irretocáveis de procedimento. Mas a prova de que você foi liberto do inferno é sua disposição em amar o seu irmão, mesmo que o passado dele seja sombrio o tortuoso.
Ananias, da cidade de Damasco, foi desafiado por Deus a não rejeitar Saulo de Tarso por causa do seu passado recente cheio de violência contra os cristãos.
13-14 Mas, Senhor, exclamou Ananias, contaram-me coisas terríveis que este homem fez aos crentes de Jerusalém! E consta que tem mandatos de prisão, passados pelos principais dos sacerdotes, autorizando-o a prender, em Damasco, todos os que invocam o teu nome!
15-16 O Senhor insistiu: Vai, pois Saulo é o meu instrumento escolhido para levar a minha mensagem às nações e até à presença dos reis, bem como ao povo de Israel. E mostrar-lhe-ei quanto ele deverá sofrer por mim.
17 Ananias obedeceu. Na presença de Saulo, pôs as mãos sobre ele e disse-lhe: Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho, enviou-me para que sejas cheio do Espírito Santo e tornes a ver.
18 Imediatamente, caindo-lhe como que umas escamas dos olhos, Saulo recuperou a vista, e, levantando-se, foi batizado. (Atos 9.13-18)
Estamos prontos para amar as pessoas a despeito do seu passado? Estamos prontos para amar a jovem senhora que em sua adolescência abortou o filho indesejado? Quais serão nossos sentimentos para com irmão que confessa a destruição que causou a sua família por causa do alcoolismo? Vamos amar a irmã que revela sua dependência de poderosos calmantes que a fazem dormir? Que palavras de amor diremos ao irmão que confessa em lágrimas sua atração por pornografia infantil.
Amar o irmão é não desprezá-lo porque ele é diferente de você.
Alguns desejam conviver apenas com aqueles que eles consideram parecidos por que têm uma cultura semelhante, uma posição social próxima, uma condição financeira parecida e melhor ainda se tiver o mesmo nível acadêmico. Mas, onde está o amor quando alguém decide amar apenas as pessoas que o agradam e rejeita aquelas que são diferentes dele?
Pedro foi desafiado por Deus para amar o diferente. Entrar na casa de alguém que não era judeu era um ato de obediência às leis judaicas, mas o Senhor desafiou Pedro a ir além da letra da lei e amar os diferentes.
28 Pedro disse-lhes: Sabem que é contra as leis judaicas eu entrar assim num lar de estrangeiros. Mas Deus mostrou-me numa visão que nunca deveria considerar alguém meu inferior .29 Apressei-me pois a vir, e agora digam-me porque me mandaram vir. (...) 34 E Pedro respondeu: Vejo bem que os judeus não são os únicos favoritos de Deus!35 Ele aceita pessoas de todas as nações que o temem e fazem o que é justo.
Se o sujeito é muito alto vira piada porque é alto; se muito baixo, fica fora do grupo porque é baixinho. Se os cabelos são crespos, não faz parte do grupinho; se os cabelos são escorridos também fica de fora. Se for magro, tá doente; se é gordo não é chamado para participar. Se for negro, não faz parte do clube; mas se for japonês pode. Se tiver nível superior, eu paro pra conversar; se não tiver, não vale a pena; se veio de carro pra igreja, eu corro pra falar com o sujeito; se veio de ônibus, e melhor ele ir logo antes que fique tarde. Se ela tem marido e filhos, eu me aproximo; mas, se é mãe solteira, é melhor não misturar as coisas;
Estamos prontos para amar os diferentes?
Como é possível amar se estamos longe um dos outros?
Essa é uma questão que tem me inquietado nos últimos anos. Falamos muito de amor, mas o nosso estilo de vida resulta em poucas oportunidades para amar. Estamos longe uns dos outros, mas não é de distância geográfica que estou falando.
Eu e Marina somos amigos de Toni e Vânia há pelo menos 10 anos. Durante alguns anos, apenas poucas quadras nos separavam geograficamente uns dos outros. Hoje são muitos quilômetros entre nós, mas estamos bem mais próximos do que no passado.
Por que estamos distantes uns dos outros? O que nos separa? Precisamos entender isso, porque vencer essa distância é indispensável para sermos uma igreja que ama.
Há grandes muros que nos separam uns dos outros. Muros que foram destruídos na cruz de Cristo, mas que têm sido reerguidos por uma igreja debilitada que na prática desconhece ou despreza a mensagem da Cruz de Cristo.
Poderoso é o nosso Senhor para destruir as barreiras e muros que nos separam uns dos outros, precisamos apenas aceitar e por em prática seu evangelho.
Estamos separados pelo muro do egoísmo
Não é preciso ir muito longe para constatar que a preocupação das pessoas apenas consigo mesmas é uma marca dos nossos dias. Há uma série de idéias que se tornaram comuns em nossa maneira de pensar e servem para explicar e justificar o nosso jeito egoísta de ser.
• Precisamos primeiro amar a nós mesmos, para então amarmos o próximo;
• Devemos cuidar de nossa auto-estima colocá-la como uma prioridade;
• Somos desafiados a darmos presentes a nós mesmos;
• Os bons profissionais fazem promoção de si mesmos;
• Gostamos do personais... personal trainning, personal stylist,
• E se ninguém fala bem de mim, eu mesmo faço isso.
Nada disso é ruim em si mesmo, mas são tijolos como esses que muitas vezes usamos para construir o muro do egoísmo em torno de nós mesmo. Um muro pode até dar a sensação provisória de segurança, mas ao mesmo tempo ele nos separa uns dos outros.
O egoísmo pode até parecer uma boa solução no curto prazo e de forma localizada, mas quando pensamos em um mundo em que todos sejam egoístas o tempo todo, certamente não é um mundo que gostaríamos deixar como herança para nossos filhos. O egoísmo separa as pessoas e separados nós não temos a oportunidade de amar.
Por outro lado, se a lógica da vida é cada um por si, a pergunta que deveríamos fazer é: porque não ser egoístas? Se ninguém se preocupa comigo, porque eu deveria me preocupar com alguém? Se ninguém vai me estender a mão quando eu precisar de ajuda, porque eu deveria parar a minha vida para ajudar outra pessoa. É fácil, então, perceber que o egoísmo é o resultado de uma profunda sensação de abandono e desgoverno que está instalada na alma humana.
O que o evangelho de Cristo tem a dizer sobre o muro do egoísmo? Lembre-se: o egoísmo nos separa uns dos outros e isso nos impede de amar, então para sermos uma igreja que ama precisamos desfazer essa separação.
Quem é o meu próximo?
Certa vez Jesus contou uma história sobre a prática do amor.
(25) Um doutor da Lei se levantou e, querendo experimentar Jesus, perguntou: “Mestre, que devo fazer para herdar a vida eterna? ” (26 ) Jesus lhe disse: “Que está escrito na Lei? Como lês? ” (27) Ele respondeu: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com toda a tua alma, com toda a tua força e com todo o teu entendimento; e teu próximo como a ti mesmo!” (28) Jesus lhe disse: “Respondeste corretamente. Faze isso e viverás”. (29) Ele, porém, querendo justificar-se, disse a Jesus: “E quem é o meu próximo?”.
(30) Jesus retomou: “Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos de assaltantes. Estes arrancaram-lhe tudo, espancaram-no e foram-se embora, deixando-o quase morto. (31) Por acaso, um sacerdote estava passando por aquele caminho. Quando viu o homem, seguiu adiante, pelo outro lado. (32) O mesmo aconteceu com um levita: chegou ao lugar, viu o homem e seguiu adiante, pelo outro lado.
(33) Mas um samaritano, que estava viajando, chegou perto dele, viu, e moveu-se de compaixão. (34) Aproximou-se dele e tratou-lhe as feridas, derramando nelas óleo e vinho. Depois colocou-o em seu próprio animal e o levou a uma pensão, onde cuidou dele. (35) No dia seguinte, pegou dois denários e entregou-os ao dono da pensão, recomendando: “Toma conta dele! Quando eu voltar, pagarei o que tiveres gasto a mais”. E Jesus perguntou: (36) “Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes? ” (37) Ele respondeu: “Aquele que usou de misericórdia para com ele”. Então Jesus lhe disse: “Vai e faze tu a mesma coisa”. (Luk 10:25-37)
Veja que a pergunta do mestre da lei foi: quem são as pessoas que eu devo amar (quem é o meu próximo), porque certamente ele entendia que deveria amar algumas pessoas, mas a outras não. Aquele intérprete da lei queria saber quais eram as pessoas merecedoras do seu amor.
O muro do egoísmo é construído quando você seleciona as pessoas que vai amar, porque não está disposto a amar a todos. O muro do egoísmo é construído com desculpas esfarrapadas e sem graça: meu ministério não é esse, não tenho muita intimidade com ela, não sei chegar perto de pessoas que eu não conheço, sou meio atrapalhado pra essas coisas...
Esse texto tem muitas verdades preciosas, mas hoje gostaria de destacar apenas uma delas: a resposta de Jesus mudou o foco da pergunta do intérprete da lei.
(29) Ele, porém, querendo justificar-se, disse a Jesus: “E quem é o meu próximo?”.
(36) “Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?”.
Portanto, a questão deixou de ser “quem será o meu próximo?” para se tornar “eu serei o próximo de quem?” Assim, Jesus desafiou aquele homem a parar com sua tentativa de fazer uma lista das pessoas que ele ajudaria, e se tornar ele mesmo uma ajuda viva para qualquer pessoa que precise ser amada.
Quando permanecemos distantes do outro, escolhendo quem será o alvo do nosso amor, o muro do egoísmo ser ergue e se fortalece; quando nós nos tornamos próximos do outro, o muro do egoísmo perde sua força e cai. Então o amor encontra espaço para acontecer. Mas nós precisamos tomar a decisão de chegar perto, como fez o samaritano.
(33) Mas um samaritano, que estava viajando, chegou perto dele, viu, e moveu-se de compaixão.
Quem vai cuidar de mim?
Se eu decidir abrir mão do egoísmo e me importar com as outras pessoas, quem vai cuidar de mim? Se eu resolver ser o próximo do outro, quem vai ter compaixão de mim. Se eu gastar a minha vida por causa de pessoas que não têm nada a me oferecer, quem virá em meu socorro quando eu precisar. Vale a pena?
Com certeza esses pensamentos também passaram pela mente do filho de Deus, que foi tão humano quanto eu e você: viver a vida em função de si mesmo ou importar-se com os outros e abrir mão do egoísmo? Jesus decidiu importar-se com as pessoas. É assim o seu evangelho. Foi assim a sua vida.
Embora os religiosos não compreendessem porque um jovem tão promissor se envolvia com a escória da sociedade, a opção de Jesus foi sempre pelos rejeitados, doentes, cansados, quebrados e sobrecarregados.
(10) Mais tarde, enquanto Jesus estava jantando na casa de Mateus, muitos cobradores de impostos e outras pessoas de má fama chegaram e sentaram-se à mesa com Jesus e os seus discípulos. (11) Alguns fariseus viram isso e perguntaram aos discípulos: - Por que é que o mestre de vocês come com os cobradores de impostos e com outras pessoas de má fama? (12) Jesus ouviu a pergunta e respondeu: - Os que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. (13) Vão e procurem entender o que quer dizer este trecho das Escrituras Sagradas: “Eu quero que as pessoas sejam bondosas e não que me ofereçam sacrifícios de animais.” Porque eu vim para chamar os pecadores e não os bons. (Mat 9:10-13 NTLH)
Há uma palavra clara para nas Escrituras sobre esse assunto e nós precisamos ouvi-la:
(3) Não sejam egoístas; não vivam para causar boa impressão aos outros. Sejam humildes, pensando dos outros como sendo melhores do que vocês mesmos. (4) Não pensem unicamente em seus próprios interesses, mas preocupem-se também com os outros e como que eles estão fazendo. (Php 2:3-4 BV)
Nesse mesmo texto o Espírito de Deus segue falando e somos desafiados a agir da mesma maneira que o Senhor Jesus agiu. Ele não pensou no seu próprio bem estar, mas decidiu sofrer as dores pelas quais passam todos aqueles que decidem se importar com as pessoas.
(5) A atitude de vocês deve ser semelhante àquela que nos foi mostrada por Jesus Cristo, (6) que embora (sendo) Deus, não exigiu nem tampouco Se apegou a seus direitos como Deus, (7) mas pôs de lado seu imenso poder e sua glória, ocultando-se sob a forma de escravo e tornando-se como os homens. (8) E Se humilhou ainda mais, chegando ao ponto de sofrer uma verdadeira morte de criminoso numa cruz. (Php 2:5-8 BV)
Como nos importarmos do jeito que Jesus se importou? Como nos tornaremos próximos do jeito que Ele fez? Como nos preocuparemos mais com as necessidades dos outros do que com as nossas? É preciso que tenhamos a mesma confiança que Ele teve no Pai.
Nós precisamos aprender dia-a-dia, em cada pequena decisão, que sempre vale a pena confiar no Senhor, mesmo nos momentos de confusão, dor e dúvida.
Quem vai cuidar de você? O Senhor, Ele vai cuidar de você! Deus honrou a decisão de Jesus e honrará também a sua decisão de se importar com as pessoas. O Pai cuidou do Filho e também cuidará de nós, enquanto cuidamos de outras pessoas. O Pai ressuscitou o filho e também nos ressuscitará para estarmos com ele pra sempre. Ouça a Palavra do Senhor:
(9) Contudo, foi por causa disso que Deus O elevou até às alturas do céu e Lhe deu um Nome que está acima de qualquer outro nome, (10) para que ao Nome de Jesus todo joelho se dobre no céu, na terra, e debaixo da terra, (11) e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus o Pai. (Php 2:3-11 BV)
Conclusão
Seremos uma igreja que ama ou uma igreja que rejeita?
Nós nos tornaremos próximos das pessoas e daremos uma oportunidade para que o amor se torne real, ou levantaremos os muros do egoísmo?
Vamos gastar nossas vidas apenas em função de nós mesmos ou faremos como Cristo, que se deixou gastar em benefício dos outros.
Pode ser que depois de ouvir essas palavras você olhou para si mesmo e se sentiu fraco para abrir mão do seu jeito de viver e demolir a muralha de egoísmo em sua volta. Não se preocupe em seu coração, creia em Deus, creia também em Jesus.
(3) Pois, embora vivamos como homens, não lutamos segundo os padrões humanos. (4) As armas com as quais lutamos não são humanas; pelo contrário, são poderosas em Deus para destruir fortalezas. (5) Destruímos argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo. (2Co 10:3-5 NVI)
A mudança em sua maneira de viver será feita pelo Espírito de Deus. Mesmo que seus hábitos egoístas tenha lhe acompanhado por toda sua vida, as armas do Espírito são poderosas em Deus para destruir argumentos e toda pretensão que se levantam contra Deus. Arrenda-se agora, confesse e venha até à frente para orarmos por você.
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