29 janeiro 2011

Viktor Emil Frankl



Viktor Emil Frankl (1905-1997), psiquiatra e psicólogo austríaco, criou um método de tratamento psicológico que denominou logoterapia, uma das dissidências da psicanálise freudiana surgidas em Viena e uma das muitas teorias sobre motivação básica do comportamento humano.
Seu pai fez carreira como funcionário público, chegando a uma posição de diretor no Ministério de Assuntos Sociais em Viena.
Ainda adolescente, sentiu um vivo interesse pela psicanálise. Em 1921 escreveu um primeiro trabalho: Über den Sinn des Lebens ("Sobre o significado da vida"). Então ele é parte da "Sozialistischen Arbeiterjugend" (Juventude trabalhadora socialista) em Viena.
Escreveu, como trabalho final na conclusão dos estudos secundários, em 1923, Zur Psychologie des philosophischen Denkens (eine psychoanalytisch orientierte Pathographie über Arthur Schopenhauer) ("Sobre a psicologia do pensamento filosófico (uma patografia de orientação psicanalítica sobre Arthur Schopenhauer)"). Iniciou então suas primeiras publicações na seção juvenil de um diário local, e também sua correspondência com seu ilustre compatriota Sigmund Freud. Este acolheu com interesse seu ensaio Zur mimischen Bejahung und Verneinung ("Sobre os movimentos da mímica de afirmação e negação") o qual, com o assentimento de Frankl, foi por ele encaminhado para publicação noInternationalen Zeitschrift für Psychoanalyse ("Jornal Internacional de Psicanálise") em 1924. A esse tempo estudante de medicina, Frankl foi porta-voz da "Associação dos estudantes secundários socialistas austríacos".
Apesar de viverem na mesma cidade, Frankl somente em 1925 encontrou-se pessoalmente com Freud. No entanto, preferiu seguir a corrente psicanalítica dissidente fundada por Alfred Adler. É no jornal da corrente adleriana, o Internationalen Zeitschrift für Individualpsychologie ("Jornal internacional de psicologia individual") que ele publica naquele ano Psychotherapie und Weltanschauung ("Psicoterapia e visão do mundo"), explorando a questão filosófica dos significados e dos valores. Ele se entusiasmou pelo livro do filósofo Max Scheler Der Formalismus in der Ethik und die materiale Wertethik ("Formalismo em Ética e Ética informal dos valores"), sobre teoria dos valores. No ano seguinte empregou pela primeira vez a expressão "Logoterapia", nas conferências que pronunciou em congressos em Duesseldorf, Frankfurt, e Berlim. Então, o rumo que tomou dentro do movimento psicanalítico determinou sua expulsão do círculo adleriano.
Interessando-se mais pela medicina psicossomática, Frankl teve o apoio financeiro do professor de Anatomia e membro do conselho de Viena, Julius Tandler, para a fundação, em 1928 e 1929, de postos assistenciais de ajuda e aconselhamento para a juventude, um projeto ligado a sua atividade socialista. Neste projeto, organizou um programa de aconselhamento tão bem sucedido que aquele ano, pela primeira vez, não ocorreu suicídio de estudantes em Viena. Esse projeto o fez internacionalmente conhecido.
Logo que conclui o curso de medicina, em 1930, passou a trabalhar como assistente na clínica psiquiátrica da universidade, e em seguida no hospital neurológico Maria Theresien Schloessl.
 Frankl trabalhou no hospital psiquiátrico Am Steinhof, e então, em seu trabalho no tratamento de mulheres que haviam tentado o suicídio, possivelmente teve, pela primeira vez, sua atenção voltada para a questão do sentido de viver e da vida sem significado.
De 1933 - 1937 Frankl é chefe do pavilhão de mulheres com tendência de suicídio, no Hospital Psiquiátrico de Viena, com atendimento de cerca de 3.000 pacientes por ano.
Em 1938 a Áustria foi invadida pelos nazistas. Os judeus de Viena são obrigados a portar um distintivo para serem facilmente identificados.
No seu trabalho Philosophie und Psychotherapie. Zur Grundlegung einer Existenzanalyse ("Filosofia e Psicoterapia: sobre a fundação de uma análise existencial"), de 1939, ele cunha a expressão "Análise existencial".
De 1940 a 1942, Frankl foi encarregado do departamento de neurologia do hospital judeu Rothschild, em Viena. Vê-se obrigado a fazer dignósticos benígnos, a fim de salvar os pacientes judeus de serem liquidados pelos nazistas. Publica artigos em jornais suiços e começa a escrever o livro Aerztliche Seelsorge ("O médico e a alma").
Frankl pertencia à corrente judaica socialista marxista, justamente a classe de judeus mais odiada por Hitler. Porém, apesar do perigo iminente de ser preso, e de ter um visto para imigrar para os Estados Unidos, decidiu ficar na companhia de seus pais. Casou em 1942, e no mesmo ano foi enviado com a família para um campo de concentração, onde seus pais e a sua mulher morreram. Sua irmã Stella havia emigrado em tempo para a Austrália.
Passou por quatro campos de concentração entre 1942 e 1945, inclusive os de pior fama como o de Therezin (1942-1944) e o de Auschwitz (1944). Quando chegou em Auschwitz, - onde morreriam sua mãe e seu irmão -, teve os manuscritos de seu livro destruídos. Mais tarde foi transferido para Kaufering und Tuerkheim (extensão dos campos de Dachau).
Durante os anos de cativeiro Frankl teve a sustentá-lo seu grande interesse pelo comportamento humano e concluiu depois que esse interesse o havia salvo e que aqueles companheiros de prisão que tinham uma esperança e davam um significado a suas vidas predominavam entre os sobreviventes da selvageria e da fome a que todos haviam sido submetidos. Sobreviveu não apenas aos maus tratos e a fome, mas ainda a um ataque de febre tifóide, no último campo em que esteve internado.
Após sua libertação, Frankl retornou a suas atividades, e foi nomeado, em 1946, Diretor do Hospital Policlínico Neurológico de Viena, posição que manteve por 25 anos. Recompôs o seu livro Aerztliche Seelsorge, e com esta obra, ganhou a habilitação para lecionar na Escola de Medicina da Universidade de Viena. Escreveu então um livro sobre sua teoria do sentido de vida Ein Psycholog erlebt das Konzentrationslager ("Um psicólogo no campo de concentração") que ele, buscando em sua memória e utilizando as poucas notas que havia salvo, ditou para um grupo de assistentes em apenas nove dias. Mais difundido na versão inglesa, Man's Search for Meaning ("A busca de significado do homem"), o livro foi traduzido em inúmeras línguas e vendeu mais de 9 milhões de exemplares, até o ano da sua morte. No mesmo ano publicou também ... trotzdem Ja zum Leben sagen. Drei Vorträge ( ...apesar de tudo dizer sim à vida. Três lições).
Em 1947 Frankl casou segunda vez com Eleonore Schwindt, e nesse ano publicouPsychotherapie in der praxis ("A prática da psicoterapia"), Zeit und verantwortung" e "Die existenzanalyse und die probleme der zeit. No ano seguinte obteve seu doutorado com a tese Der unbewußte Gott ("O Deus inconsciente"), tornando-se Privatdozent (professor associado) de neurologia e psiquiatria na Universidade de Viena. Suas aulas foram publicadas sob o título Der unbedingte Mensch ("O homem incondicional"). Com base em outra série de conferencias ele escreve em 1950 Homo patiens. Versuch einer Pathodizee,cujo tema central é como confortar pessoas que sofrem. No semanário universitário de Salzburger expôs suas "10 Teses sobre a pessoa humana".
Em 1951, no seu livro Logos und Existenz ("O logos e a existência") Frankl completa os fundamentos antropológicos da Logoterapia.
O pensamento de Frankl era que a motivação básica do comportamento do indivíduo é uma busca pelo sentido para sua vida e que a finalidade da terapia psicológica deve ser ajuda-lo a encontrar esse significado particular. Escreveu mais de 32 livros sobre análise existencial e logoterapia, traduzidos, como o primeiro em inúmeras línguas.
A liberdade do homem escolher seu próprio destino e o caminho a seguir, em qualquer circunstância deve ser respeitada. De acordo com a logoterapia (Logos definido como "significado"), o desejo de encontrar um significado para sua vida é a motivação fundamental no ser humano, uma fundamentação diferente do princípio do prazer proposto por Freud na psicanálise. Para Frankl, a principal preocupação do homem é estabelecer e perseguir um objetivo, e é esta busca que é capaz de dar sentido à sua vida, fazendo para ele valer a pena viver, e não a satisfação de seus instintos e o alívio de tensões como sustenta a psicanálise ortodoxa. Não se trata, portanto, de um sentido para a vida em termos gerais, mas um sentido pessoal para a vida de cada indivíduo, que este escolhe, mas também pode criar.
Frankl teorizou que o indivíduo pode encontrar um sentido para sua vida por três vias: (1) criando um trabalho ou realizando um feito notável, ou ao sentir-se responsável por terminar um trabalho que depende fundamentalmente de seus conhecimentos ou de sua ação, (2) experimentando um valor, algo novo, ou estabelecendo um novo relacionamento pessoal. Este é também o caso de uma pessoa que está consciente da responsabilidade que tem em relação a alguém que a ama e espera por ela"; e (3) pelo sofrimento, adotando uma atitude em relação a um sofrimento inevitável, se tem consciência de que a vida ainda espera muito de sua contribuição para com os demais. Nestes três casos, a resposta do indivíduo então deixa de ser a perda de tempo em conversas e meditação, e se torna a ação correta e a conduta moral objetiva.
Em 1954 Frankl atendeu convites de universidades em Londres, Holanda e Argentina. Também lecionou como professor convidado ou pronunciou conferências em inúmeras universidades americanas.
Em 1955 passou de assistente a professor na Universidade de Viena.
Os aspectos teóricos e práticos da neurose do ponto de vista da logoterapia é tratado no seu Theorie und Therapie der Neurosen de 1956. Em 1959 uma exposição ainda mais sistemática da Logoterapia e análise existencial aparece no capítulo Grundriß der Existenzanalyse und Logotherapie ("Fundamentos da análise existencial e logoterapia") noHandbuch der Neurosenlehre und Psychotherapie ("Manual sobre neurose e psicoterapia") editado por Frankl e dois associados.
A partir de 1961, assumiu cadeiras como professor convidado sucessivamente nas universidades Harvard, Stanford, Dallas (1966), San Diego (1970) e Pittsburgh (1972). Recebeu mais de uma vintena de doutorados honorários em diversos países do mundo.
Reunindo suas conferências publicou em 1966 The Will to Meaning ("A vontade de significado"), que ele considerou seu livro mais completo em inglês.
Sua autobiografia Was nicht in meinen Büchern steht ("O que não está em meus livros") aparece em 1995 com sua tradução em ingles Viktor Frankl - Recollections publicada em 1997. Seu último livro foi publicado também em 1997, Man's Search for Ultimate Meaning("A busca do homem pelo significado último").
Faleceu de parada cardíaca em setembro de 1997, em Vienna, aos 92 anos. Pouco antes de falecer publicou Man's Search for Ultimate Meaning and Recollections: An Autobiography
Rubem Queiroz Cobra

24 janeiro 2011

Nossa identidade em Cristo - Sou Aceito


Portanto, aceitem-se uns aos outros, da mesma forma como Cristo os aceitou, a fim de que vocês glorifiquem a Deus. Rom 15:7 

INTRODUÇÃO

Os primeiros anos da vida da igreja, essa nova comunidade que surgiu a partir da assunção de Cristo e da vinda do Espírito Santo, foram marcados, entre outras coisas, pela tensão entre os convertidos de origem judaica e os demais convertidos (chamado pelo judeus de gentios).

Os apóstolos que estiveram com Jesus durante os seu ministério se voltaram para a pregação e o ensino aos judeus, enquanto Paulo, que foi alcançado por Cristo depois, voltou-se para o mundo não judeu. Através de suas viagens ele levou ao resto do mundo a mensagem do evangelho de Cristo: que Deus estava disposto a receber as pessoas em Sua família adotando-as como seus filhos exclusivamente mediante a fé em Jesus Cristo.

Acoantece que essa pregação não era completamente aceita por alguns seguidores de Jesus de origem judaica, porque eles entendiam que os costumes e as leis que faziam parte da cultura judaica há séculos deveriam ser observados também pelos seguidores de Jesus.

Uma questão dizia respeito ao tipo de comida que se deveria ou não comer, já que em volta dos templos pagãos havia um intenso comércio de carnes oriundas dos sacrifícios aos seus deuses, e os seguidores de Jesus de origem judaica eram levados a acreditar que era errado, um pecado mesmo, comer daquela carne; por outro lado muitos seguidores gentios não pensavam dessa forma e achavam normal comprar e comer da carne sacrificada aos ídolos. 

Situações como esta revelaram divergências de pensamento que estavam presente desde o começo na vida da igreja, provocando atitudes e sentimentos de rejeição mútua entre os dois grupos. Se por uma lado os irmãos de origem judaica queriam obrigar os gentios a cumprir os ritos e costumes deles, por outro lado os irmãos de origem gentia muitas vezes desprezava os judeus, seus costumes e seus rituais.

Essa rejeição, sobretudo por parte dos irmãos judeus, era tão forte que Deus precisou revelar-se em sonho a Pedro para convencê-lo de que não havia motivos para agir daquela maneira. Pedro e os demais irmãos judeus não deveriam rejeitar aqueles a quem Deus acolhera e por isso ele, Pedro, não deveria se negar a ir até a casa de um homem chamado Cornélio, gentio, para falar sobre Jesus.

Foi nesse contexto de tensão entre rejeitar ou aceitar que Paulo, escrevendo aos irmãos de Roma (Rom. 14), disse que não fazia sentido rejeitar o irmão por causa daquilo que ele come ou bebe, porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo. Em vez disso, eles deveriam aceitar-se uns aos outros, mesmo havendo diferença de entendimento sobre o que deveriam ou não comer.

O principal argumento de Paulo para encorajar os irmãos (judeus e gentios) a se aceitarem em vez de rejeitarem uns aos outros era que Cristo tinha aceito a ambos os grupos.

No Sítio Joaninha, falta esgoto, mas sobra fé

Cinco igrejas evangélicas. O número corresponde a apenas uma das ruas de terra batida do Sítio Joaninha, favela na divisa entre São Bernardo e Diadema onde a fé parece ser a única forma de suportar a vida. Ali não tem água encanada, esgoto ou energia elétrica: tudo é irregular, ou "gato", como dizem os moradores. Posto de saúde, escola e ponto de ônibus, só depois de meia hora subindo e descendo ladeiras cobertas de poeira na estiagem e enlameadas nos períodos de chuva.
A sujeira é outro problema: a área pertence a um antigo lixão, desativado há pelo menos 10 anos. No entanto, ainda há lixo e entulho espalhados em cada viela, situação que se agravou após a Prefeitura de São Bernardo terminar a remoção das 80 famílias que viviam do seu lado da favela.
Ali será construída uma usina de incineração de resíduos orgânicos, que deve ficar pronta em 2012. Por enquanto, as famílias do lado de Diadema continuam no terreno, que parece uma cidade arrasada por um furacão.

MÚSICA
Ao lado de uma das inúmeras Assembleias de Deus da favela, um grupo de amigos se reúne para tocar e cantar. Paulo de Campos Barbosa, 56 anos, é quem dedilha o violão. Antonio Batista da Silva, 66, Benício Silva, 60, e José Elder, 46, dão voz à melodia lendo as letras em hinários. José Maria Alberto da Silva está ali apenas para ouvir. "Não sou evangélico, mas gosto da mensagem", garantiu.
José Elder é a mais nova ovelha do rebanho: foi convertido há quatro anos, quando aprendeu que a situação difícil que vivencia no Sítio é apenas um prelúdio da vida eterna, segundo suas palavras. "Só assim pra olhar essa terra de ninguém e sorrir", disse. Os colegas cantam: "Há poder no bom salvador, confia no criador".
O Sítio Joaninha depende de licença ambiental da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) para a execução de uma série de obras com recursos de R$ 42 milhões do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Mananciais. O Loteamento Iguassu e o Complexo Caviúna também estão inclusos no pacote, que deve beneficiar cerca de 2.400 famílias.
CRIANÇA
Mas não pense que é só Deus quem olha pelo Sítio Joaninha. A Rede Cultural Beija Flor desenvolve trabalho com 180 crianças e jovens da favela, que frequentam oficinas de capoeira, dança, teatro, artes plásticas e música.
Os irmãos Silva, Max, 11, Fabrício, 10, e Vinicius, 8, e a prima deles, Paola, participam do projeto. A molecada de corpo magro, vestindo roupa surrada e chinelo havaiana no pé, tem gingado para os golpes de capoeira e a dança de rua.
Quando não estão brincando, eles se unem para recolher ferragens das casas demolidas. "Tem dia que a gente consegue uns R$ 10", disse Paola. E o que fazem com esse dinheiro? "A gente compra bala, né, tia!", falou Fabrício, como se fosse óbvio.
Max também sabe tocar cavaquinho, mas o instrumento que ganhou da Beija Flor está com as cordas arrebentadas. "Queria comprar corda nova, mas não tenho dinheiro", disse, dando de ombros e sem deixar o sorriso morrer. Afinal, criança é criança em qualquer lugar. Até mesmo no castigado Sítio Joaninha.

23 janeiro 2011

Com o que se ocupa a sua mente?

Pregação proferida na cerimônia de colação de grau da turma 2010 de Teologia do Seminário Teológico Batista do Ceará, realizada no auditório do Colégio Batista Santos Dumont em 15/01/11


SAUDAÇÕES

Boa noite, irmãos. Saúdo com alegria todos os que vieram aqui celebrar este momento especial, que é a colação de grau dos alunos do curso de teologia do Seminário Teológico Batista do Ceará.

Minha saudação inicial ao presidente da Convenção Batista Cearense, pr. Abdoral Henrique, e sua diretoria, bem como ao demais membros do Conselho Diretor da CBC: graça, paz e sabedoria da parte de Deus sobre suas vidas, irmãos; Também saúdo a equipe de direção do STBC na pessoa da Reitora, pra. Maria Antonieta, bem como à Junta Adminstrativa do Seminário: que o Senhor os fortaleça, irmãos.

A bíblia nos aconselha a alegrar-nos com os que se alegram. Foi fácil pra mim seguir esse conselho hoje. Estou muito alegre em partilhar da alegria dos nossos amados irmãos que hoje completam um etapa importante de suas vidas.

Minha alegria se multiplica quando percebo que participei da vida de alguns deles como colega em sala, como Professor, Deão Acadêmico e Reitor; principalmente porque a exposição mútua pela qual passamos nesses diferentes contatos, ao invés nos afastar uns dos outros, nos levou a uma boa e saudável amizade. Que os créditos desse milagre sejam dados ao Senhor.

Também estou alegre em ver aqui amigos queridos, colegas de ministério, professores e funcionários do STBC, além da presença alegre das famílias, parentes e amigos dos formandos. Que o Senhor abençoe a todos conforme sua sábia vontade. 

INTRODUÇÃO

Perguntas nem sempre são fáceis. Na vida de uma pessoa comum há momentos em que devemos responder as perguntas que nos são feitas. São entrevistas, esclarecimentos ou conversas informais nas quais somos convidados a falar sobre quem somos, o que pensamos e no que acreditamos.  

Na verdade, há quem se sinta incomodado com perguntas e fuja delas a léguas, como os políticos que preferem escamotear seus intentos e disfarçar seus planos, ainda que o dito popular seja claro: perguntar não ofende.

Por outro lado é interessante perceber que Jesus era mestre em fazer perguntas: “De quem é a imagem cunhada na moeda?”... “E os outros nove, onde estão?”... “O que queres que eu faça por ti?”... “Mulher porque choras?”... “Tu me amas?”. As perguntas dele vão ao âmagos das questões, deixando de lado aquilo que é secundário.

Esta noite, a partir de um orientação dada pelo apóstolo Paulo ao jovem pastor Timóteo, quero conduzí-los a fazerem uma pergunta para si mesmos e espero que essa pergunta continue a ecoar em suas almas por muito tempo. Vejamos primeiro o texto:

Nossa identidade em Cristo - Princípios Básicos


Temos uma nova identidade em Cristo


10  Vocês estão vivendo uma espécie de vida totalmente nova, que consiste em estar continuamente aprendendo cada vez mais o que é correto, e procurando constantemente ser cada vez mais semelhante a Cristo, que criou esta vida nova no intimo de vocês. 11  Nesta vida nova não importa a nacionalidade, a raça, a educação ou a posição social de alguém; estas coisas não significam nada. O que importa é se a pessoa tem Cristo ou não, e Ele é igualmente acessível a todos. Col 3:10,11 

1.    Quando nós decidimos confiar nele e entregar a ele nossas vidas, Cristo criou em nós uma nova natureza, inclinada para Deus.
2.    Como decorrência dessa nova natureza, vivemos um nova vida na qual estamos aprendendo como é essa nova natureza e a agir em conformidade com ela.
3.    A identidade dessa nova vida não depende de nacionalidade, raça, educação ou posição social. Nossa identidade esta apoiada naquilo que Cristo é em nós.

9  Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. 10  Antes vocês nem sequer eram povo, mas agora são povo de Deus; não haviam recebido misericórdia, mas agora a receberam.  1Pe 2:9,10

4.    Nossa identidade anterior era marcada por um relacionamento em que estávamos distantes de Deus: não tínhamos ligação com Ele, não nos considerávamos pertencentes a ele e não havíamos provado da sua misericórdia.
5.    Agora somos parte daqueles que foram eleitos por Deus. Fomos comprados por Deus (sua propriedade exclusiva), Fomos separados para Ele (santos) e feitos intercessores (sacerdotes) diante de Deus e anunciadores de tudo isso às outras pessoas.
6.    Essa nova identidade em Cristo, resultado da nova natureza que Deus criou em nós, nos garante que somos povo de Deus.

17  Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas! 18  Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, 19 ou seja, que Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo, não lançando em conta os pecados dos homens, e nos confiou a mensagem da reconciliação. 2Co 5:17 

7.    Em Cristo, fomos feitos novas pessoas. Nossa condição de inimigos de Deus foi refeita. Deus providenciou em Jesus um meio de fazermos as pazes com Ele.
8.    As coisas antigas, que são características de quem é inimigo de Deus já passaram, não precisam mais fazer parte de nossa vidas. Temos agora uma nova identidade: não somos mais inimigos, mas amigos de Deus por meio de Cristo.
9.    Esta mudança é tão significativa que as Escritura afirmam que somos novas criaturas, uma nova criação. Portanto, não precisamos mais agir como inimigos.

·       Inimigos desconfiam – Amigos confiam;
·       Inimigos ficam distantes – Amigos tem prazer em andar juntos;
·       Inimigos não seguem o conselho – Amigos ouvem orientações;
·       Inimigos não esperam perdão – Amigos tem a esperança do perdão;
·       Inimigos não esperam graça – Amigos recebem presentes;
·       Inimigos ameaçam – Amigos se rendem.

Precisamos aprender esta nova identidade

2  Não imitem a conduta e os costumes deste mundo, mas seja, cada um, uma pessoa nova e diferente, mostrando uma sadia renovação em tudo quanto faz e pensa. E assim vocês aprenderão de experiência própria, como os caminhos de Deus realmente satisfazem a vocês. Rom 12:1,2

10.Esta nova identidade que temos em Cristo, como resultado da nova natureza inclinada para Deus que Ele fez nascer em nós, não se estabelece de forma imediata em nosso modo de viver.
11.No entanto, a reconciliação com Deus é imediata. Mediante  arrependimento e decisão de confiar sua vida a Cristo, a obra dele na Cruz e imediatamente aplicada a você: você é adotado na família de Deus.
12.É preciso aprender essa nova identidade (não aprender sobre ela). É como andar de bicicleta; é preciso aprender a andar, e não aprender sobre andar.
13.É preciso adquirir novos hábitos, nova maneira de agir e pensar... é preciso desaprender o medo, desaprender a ansiedade, desaprender a desconfiança... Este aprendizado acontece por experiência própria a cada decisão de fé.

Precisamos nos apropriar desta nova identidade

1  VEJAM COMO nosso Pai celestial nos ama tanto, pois Ele nos permite ser chamados seus filhos - meditem nisto - e realmente nós somos. Entretanto visto que tanta gente não conhece a Deus naturalmente não compreende que somos seus filhos. 2  Sim, queridos amigos, nós já somos filhos de Deus, agora mesmo, não podemos nem imaginar como vai ser mais tarde. Mas sabemos isto, que quando Ele vier nós seremos semelhantes a Ele, como resultado de O vermos como Ele realmente é. 3  E todo aquele que verdadeiramente crê nisto, procurará permanecer puro, porque Cristo é puro. 1Jo 3:1-3 

14.Se você arrependeu-se de tentar dirigir a própria vida e confiou a Jesus a direção do seu viver, então você foi adotado na família de Deus e você é um filho de Deus. Não deixe que ninguém ponha dúvidas em sua mente.
15.Não fique confuso com o fato de que você ainda não se vê semelhante a Jesus em tudo. O fato de você ainda não estar produzindo plenamente todos os frutos não pode roubar a sua identidade em Cristo.
16.Aproprie-se da convicção de que o mesmo Deus que começou a boa obra em você irá concluí-la. Um dia seremos semelhantes a Jesus, o primogênito dessa grande família de Deus.
17.Viva à luz dessa verdade. Viva conforme essa nova identidade que você recebeu em Cristo Jesus. Viva de acordo com Cristo, porque é assim que Deus o vê hoje, e é assim nós nos veremos quando Ele vier.