30 agosto 2009

João, o cristão 1

Introdução


Durante alguns domingos iremos refletir sobre o tema: mentiras que são ditas na Igreja. Pode parecer estranho, ou surpreendente para alguns, mas a verdade é que muita mentira tem sido dita no contexto das igrejas.


Mentiras não causam bem, seja qual for o lugar em que elas forem contadas, mas quando a mentira é dita na igreja ela tem um potencial ainda maior de destruição.


A mentira é como um veneno transparente e muito poderoso. Apenas uma gota desse veneno é capaz de matar. O que é mais perigoso: um copo cheio de veneno no qual está escrito VENENO, ou um copo cheio de água, com um gota do veneno, no qual está escrito ÁGUA.


Normalmente as mentiras ditas na Igreja são assim: um copo em que está escrito ÁGUA, mas que é capaz de roubar a vida que Deus deseja produzir em nós.


Juntos, vamos pedira ao Senhor que nos ajude a identificar, denunciar e desfazer algumas dessas mentiras. Assim o Espírito de Deus ficará livre para produzir em nós a vida de Deus, que está Jesus Cristo.


João, o Cristão


Um dia João aceitou o convite de um amigo, foi a uma igreja e lá ouviu a pregação do evangelho. João ouvi toda mensagem e entendeu que precisava aceitar a Jesus em sua vida. Com coragem, ele ergueu sua mão fez essa decisão. Orou ao Senhor e pediu para Deus transformá-lo.


João continuou a freqüentar os cultos e ouvir as pregações. Ele gostava de tudo. Seus versículos prediletos eram: o justo viverá pela fé e pela graça sois salvos, mediante a fé... Ele entendeu que através da fé em Jesus ele havia recebido um bilhete aéreo direto para o céu, ainda que ele não pretendesse usá-lo tão cedo.


João tornou-se um freqüentador regular dos cultos e eventualmente contribuía com alguma oferta; cumprimentava as pessoas com alegria e era querido por todos. No entanto sua vida fora da igreja continuava exatamente a mesma.


No trabalho, ele continuava participando do esquema de falsificar os resultados das vendas para bater as metas da empresa; em casa, seus os acessos de ira, os chutes nas portas e as ameaças à esposa continuaram; com os colegas, ele manteve as noitadas de sexta-feira e as piadas picantes na hora do cafezinho; na família, ele continuou a ser rancoroso e amargurado, do tipo que não perdoa e jamais esquece.


Perguntado por um amigo sobre como estava sua nova vida em Cristo, ele respondeu: uma maravilha! Aceitei a Jesus como meu salvador e até já me batizei. Vou aos cultos de domingo e sempre que dá leio uns versículos da Bíblia. Estou muito alegre com minha nova vida.


Existe algum problema com a vida do João? Penso que ele foi enganado pela mentira de que “Basta aceitar a Jesus”.


Essa tem sido a pregação em muitas igrejas: basta aceitar a Jesus. Aceite a Jesus e garanta sua passagem para o céu. Aceite a Jesus e livre-se do inferno para sempre; Aceite a Jesus e receba de volta o que é seu; Aceite a Jesus e viva como o filho do Rei; Aceite a Jesus, é bem fácil, basta você levantar sua mão; Aceite a Jesus, é só repetir comigo esta oração.


O João acreditou. Levantou a mão, fez a oração e aceitou a Jesus. E depois? Depois tudo ficou como antes e ele continuou a viver sua vida... A principal mudança que ocorreu na vida do João é que agora, aos domingos ele volta da praia mais cedo para participar dos cultos, o que ele acha muito agradável, porque a música é muito legal.


Basta aceitar a Jesus! Essa é a mentira que está impedindo o João de viver a vida abundante que Deus preparou para ele.


A base bíblica da mentira


Pastor, mas...


E o ladrão da cruz... Hoje mesmo estarás comigo no paraíso;
E quando Paulo falou para o carcereiro... Crê no Senhor Jesus e será salvo
E o texto de Efésios... Pela graça sois salvos.
E a passagem que diz que o justo viverá pela fé...


Todas essas referências apontam para uma verdade: não somos aceitos por Deus pelos nossos méritos, ou seja, por aquilo que fazemos, mas Pela graça de Deus. Como não havia nada de bom em nós. Deus aceitou, por que Ele nos ama, que os méritos de Cristo fossem aplicados em nossa vida.Essa verdade é como um copo de água pura.


No entanto uma gota de veneno tem sido pingada nesse copo. E qual é essa gota de veneno? A crença de que nada mais é necessário. Você já foi salvo, isso é a única coisa que importa.



Algumas perguntas


• Se o ladrão da cruz não tivesse morrido, você acha que ele continuaria na sua profissão?


• Você acha que o carcereiro de Filipos mudou sua maneira de tratar os prisioneiros?


• Você já parou para ler o restante do texto de efésios?


(8) Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; (9) não por obras, para que ninguém se glorie. (10) Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou de antemão para que nós as praticássemos. (Ef 2:8-10)


Dizem que nós somos aquilo que comemos. Isso é realmente é verdade. Aquele almoço gostoso que você comeu hoje pode ser reduzido a uma relação de elementos químicos que o seu corpo irá processar e absorver. O cálcio do leite fortalece os ossos, a vitamina D deixa a pele mais bonita... Somos aquilo que comemos.


A bíblia diz que o justo viverá pela fé. Isto é, a fé será o seu alimento diário. Todos os dias ele precisa comer desse pão para não morrer. Mas como é a essa vida do justo que vive pela fé?


Se alguém se alimenta da fé, o que essa fé faz com Ele. Que tipo de mudanças e transformações ela provoca em sua maneira de viver? Ou será que tudo funciona como na vida do João? Basta aceitar a Jesus, ir aos domingos ao culto e continuar vivendo do mesmo jeito de sempre.


Natural, Espíritual e Carnal


Na primeira carta escrita aos irmãos da cidade de Corinto o apóstolo Paulo falou sobre uma realidade que o incomodava. A igreja de Corinto tinha muitos dons espirituais, mas padecia de ciúmes, divisões e contendas.


(4) Sempre dou graças a meu Deus por vocês, por causa da graça que lhes foi dada por ele em Cristo Jesus. (5) Pois nele vocês foram enriquecidos em tudo, em toda palavra e em todo conhecimento, (6) porque o testemunho de Cristo foi confirmado entre vocês, (7) de modo que não lhes falta nenhum dom espiritual, enquanto vocês aguardam que o nosso Senhor Jesus Cristo seja revelado.


(11) Meus irmãos, fui informado por alguns da casa de Cloe de que há divisões entre vocês. (1 Co 1:4-7,11)


Aqueles irmãos haviam sido alcançados pela Graça de Deus, haviam recebido Dons e capacitações do Espírito para servir à igreja, eles criam na morte e ressurreição de Jesus, mas estavam sendo destruídos pelas divisões e disputas que havia entre eles.


O Espírito revelou a essência do problema ao apóstolo Paulo, vejamos o que ele diz.


(14) Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. (15) Porém o homem espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém. (16) Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo.


(1) Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim como a carnais, como a crianças em Cristo. (2) Leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido; porque ainda não podíeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais. (3) Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem? (1Co 2:14 - 3:3)


Homem Natural x Homem Espiritual


Para desmascarar a gota de veneno que caiu no copo de água pura, precisamos começar com a diferença que existe entre aqueles que têm o Espírito de Deus atuando em suas vidas e aqueles que não têm.


O homem natural, que não tem o Espírito de Deus, não entende as ações do Espírito. Quando ele vê algo sendo realizado pelo Espírito, fica confuso, não consegue compreender e acha uma insanidade.


• É assim que para muitos parece loucura confessar os próprios pecados para outra pessoa.


• Também parece-lhes loucura perdoar uma parente ou amigo que tenha provocado neles dor, choro e tristeza.


• Outra insanidade é abrir mão do que é direito seu para promover a vida e a paz.


Para explicar quem é esse homem natural, o apóstolo usou a palavra grega psíquico, a mesma que deu origem a palavras como psicologia e psiquiatria, que são ciências que procuram estudar a alma humana, suas emoções e tribulações.


Não há nada de errado na psicologia ou na psiquiatria, pelo contrário. No entanto o homem psíquico, o homem natural, é aquele que tenta viver a vida apenas com os recursos da sua própria alma, sem contar com o Espírito de Deus.


Fechado em si mesmo, o homem não aceita o que vem do Espírito de Deus. É uma loucura para ele, e não pode compreender, porque são coisas que devem ser avaliadas espiritualmente. (1Co 2:14)


É assim que você vive? Fechado em si mesmo? Sem aceitar aquilo que vem do Espírito de Deus. Então eu quero lamentar com você, porque eu sei que vir aos domingos para este lugar têm parecido pra você algo inútil. E realmente será inútil se você continuar fechado em si mesmo.


Mas, eu também quero lhe dar uma boa notícia: você não precisa continuar vivendo dessa maneira. Você pode abrir-se para que o Espírito de Cristo participe da sua vida. Quando você fizer isso, você receberá óculos 3D de presente.


Calma que eu explico. Eu sei que várias famílias da igreja, durante as férias de julho, levaram seus filhos para assistir o cinema 3D do Shopping Via Sul. Eu nunca assisti a um filme com essa tecnologia, mas eu sei que eles entregam óculos que permitem a quem está assistindo perceber os efeitos tridimensionais. Minha curiosidade era saber se sem os óculos dava pra ver alguma coisa. E aí, dá?


Quando você reconhecer que não tem os recursos necessários para encontrar a paz e decidir entregar sua vida para ser transformada pelo Espírito de Cristo, uma nova dimensão do mundo e da vida se descortinará diante dos seus olhos. Você deixará de ser um homem natural, para se tornar o homem espiritual.


Homem Espiritual x Homem Carnal


Você se lembra do João? No dia em que ele aceitou a Jesus, ele orou com muito fervor dizendo que queria a presença do Espírito de Deus em sua vida. Foi uma oração sincera de clamor a Deus. Ele não tinha compreendido tudo o que aquilo significava, mas ele estava passando por problemas muito difíceis e sabia que precisa de Deus.


Quando nós clamamos ao Senhor ele ouve as nossas orações. Não tenha dúvidas disso.


(11) As Escrituras nos dizem que quem crê em Deus jamais será decepcionado. (13) Qualquer um que chamar pelo nome do Senhor será salvo. (Rom 10:11,13)


Se você com sinceridade de coração orou ao Senhor entregando a ele a sua vida, declarando sua fé em Cristo Jesus e pedindo ao Espírito Santo que passasse a habitar em você, Deus ouviu sua oração.


Ora, então João, o Cristão, realmente tem o Espírito de Deus. Porque, então, Ele continua participando do esquema de falsificar os resultados para bater as metas da empresa; porque em casa ele continua um homem irado; porque ele permanece rancoroso e amargurado.


Essa era também a situação dos irmãos de Corinto. Haviam recebido o Espírito de Deus, mas continuavam tomados pelo ciúme e participando de brigas e divisões. Veja o que o apóstolo Paulo falou a respeito disso:


(1) Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim como a carnais, como a crianças em Cristo. (2) Leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido; porque ainda não podíeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais. (3) Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem? (1Co 2:14 - 3:3)


Ainda que os chame de irmãos, o apóstolo afirma que quando esteve com eles no passado não os pode tratar como pessoas espirituais, embora o Espírito habitasse neles.


Naquela época eles já haviam nascido de novo, mas ainda estavam descobrindo as dimensões dessa nova natureza. Paulo, então, usou a palavra “carnais” para explicar esse estado em que eles se encontravam.


sárkinos (σάρκινος, G4560)


A palavra grega traduzida aqui por carnal, sárkinos, significa feito de carne. Refere-se à natureza humana pecadora da qual todos nós participamos; uma natureza inclinada para longe de Deus.


Em outras palavras, era compreensível que aqueles irmãos ainda estivessem aprendendo a caminhar com o Senhor e que eles não conseguissem viver a plenitude dessa nova vida porque eram feitos dessa natureza. Eles então receberam os ensinos básicos, o leite espiritual, necessários para fortalecê-los para a caminhada com Cristo.


Não há tristeza nas palavras de Paulo, mas apenas a constatação de que bebês são assim: Precisam de leite, passam o dia sonhando e se sujam o tempo todo. Aos pais cabem as tarefas de continuar dando leite, disciplinar o sono e limpar a sujeira; até que eles cresçam.


Vejam meus irmãos, o papel de cuidar é daqueles que já avançaram em seu relacionamento com o Senhor. Deixar que as crianças cuidem de si mesmas ou umas das outras não é responsável.


Onde está você? Quando tempo você tem dedicado a ensinar um irmão mais novo na fé. Qual foi a última vez que você gastou tempo aconselhando, exortando, consolando e ensinando outra pessoa?


Próxima terça-feira vamos recomeçar as reuniões com um grupo de homens desta igreja. A partir das 7:30 da manhã, estaremos juntos para orar, compartilhar e estudar as Escrituras. E você? Não vamos deixar as crianças cuidarem umas das outras. Certamente Deus hoje está chamando você para reassumir seu papel de irmão mais velho no corpo de Cristo.


Pela Graça de Deus, nós nos tornaremos uma família responsável que cuida dos seus irmãos mais novos. Não seremos acusados de abandono, nem seremos chamados nos tribunais da infância e adolescência dos Céus. Mas isso só poderá acontecer através de mim e de você. Você está pronto?


Lembra do João? Se Ele está iniciando sua caminhada com Cristo, então, ele precisa de um irmão mais velho que caminhe ao lado dele e o ajude, certo?


Procure alguém, João, não fique sozinho. Encontre alguém para andar ao seu lado. Sabe o que fazem os bebês quando não recebem comida, ou quando estão com sono ou sujos? Choram o mais alto que podem. Chore o mais alto que puder João, até que o seu choro incomode os irmãos mais velhos.


sarkikos (σαρκικός, G4559)


Bom, mas essa não era a situação dos irmãos de Corinto quando eles receberam a primeira carta. Os irmãos de Corinto já não eram mais bebês na fé. Ainda assim, o apóstolo Paulo disse que eles ainda eram carnais.


Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais. (3) Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem? (1Co 2:14 - 3:3)


É interessante notar que, neste ponto do texto, ele usou outra palavra, em vez de sárkinos ele usou sarkikós, que quer dizer: dominado pela natureza da carne, sensual (relativo aos sentidos), controlado pelos apetites animais, governado pela natureza humana.


Agora não se está mais falando de bebês espirituais, que ainda não aprenderam a caminhar com Cristo, mas de gente experimentada que durante a caminhada parou de denunciar o próprio pecado e voltou a fechar-se dentro de si mesma.


São carnais porque conhecendo o poder do Espírito de Deus, abriram mão dos recursos espirituais que Deus providenciou para o seu crescimento e foram dominados pela velha natureza humana em vez de prosseguirem crescendo no seu relacionamento com Deus, quem sabe acreditando na mentira de que basta aceitar a Jesus.


Eu não ficaria surpreso se os irmãos de Corinto houvessem sido enganados por essa mentira; A mentira de que Deus fez os bebês para que eles permaneçam eternamente bebês. A mentira de que Deus não está interessado em nosso crescimento, de que Ele está conformado com nossos pecados e não se importa com a sujeira em que estamos nos chafurdando.


Para os irmãos de corinto, ciúmes, contendas e divisões não pareciam coisas assim tão graves, afinal eles tinham tantas habilidades especiais que uma coisa deveria compensar a outra. Eles se acostumaram com a sujeira.



Lembra do João? Será que em vez de um novo convertido ele era um crente antigo? Será que ele se acostumou com a sujeira? Será que ele passou anos e anos sem se importar em crescer no seu relacionamento com Deus e com as pessoas?


Qual é a sujeira que tem se acumulado em sua vida, João? O que foi que interrompeu os seu relacionamento com Deus? Talvez não sejam as mesmas sujeiras dos irmãos de corinto, mas certamente elas estão sempre diante dos seus olhos impedindo que você se aproxime do Pai.


Será que não chegou a hora de dar um basta nisso tudo e admitir a maneira como você tem vivido? Mas como? Como podemos retornar ao caminho do nosso crescimento espiritual, nossa caminhada com Deus?


Felizmente, há uma saída pra você e pra mim, João.


(1) PORTANTO, libertem-se dos seus sentimentos de ódio. Não se finjam de bons! Acabem com a falta de sinceridade e o ciúme, e parem de falar dos outros por trás. (2) Clamem por mais, como um bebê chora por leite. Comam a Palavra de Deus - leiam na, pensem nela - e cresçam fortes no Senhor, (3) se vocês já experimentaram a retidão e a bondade do Senhor (1Pe 2:1)


Precisamos humildemente jogar fora nossas capas de experientes, espertos, sábios e fortes. Precisamos abrir mão dos títulos, diplomas e patentes. Precisamos olhar para nós mesmos como realmente somos: crianças espirituais, com a fralda cheia de sujeira, mas que ainda podem ser limpos pelo poder que há no Espírito de Deus.


Admita que você precisa do genuíno leite espiritual, peça ajuda a um irmão para limpar a sujeira da sua vida. Você experimentará uma revolução espiritual. Um vento suave, um vento do Espírito, soprará sobre você levando fora o cheiro de morte e trazendo de volta a vida de Deus.


Vamos orar ao Senhor.

21 agosto 2009

Palavra do Dia

PATENTE

Na última terça-feira, 18 de agosto, a Microsoft apelou formalmente contra uma decisão judicial que suspendeu a comercialização de seu aplicativo “Word”, por uma suposta violação de patente de uma companhia canadense.

A palavra “patente”, como termo jurídico, designa o direito de propriedade que se dá a alguém por mérito de criação, invenção de objetos, produtos, desenho original de um projeto etc.. O termo tem origem na palavra latina 'patente'.

>> Definição do “iDicionário Aulete”:

(pa.ten.te)

a2g.

1. Bem claro; EVIDENTE: A inteligência do rapaz é patente.

2. Aberto a todos; ACESSÍVEL; FRANQUEADO: "Os cavaleiros chegaram ao topo da subida. A caverna de Covadonga, o palácio do duque de Cantábria, estava patente." (Alexandre Herculano, Eurico, o presbítero))

sf.

3. Documento de concessão de um título, posto ou privilégio (patente de alferes; patente de invenção)

4. Fig. Posto, título ou privilégio

5. Jur. Direito de propriedade concedido a alguém por mérito de invenção de objetos, de desenho original de um produto, um mecanismo etc. [ Tb. se diz carta patente. ]

6. Diploma de membro de irmandade ou confraria: patente de irmão do Santíssimo.

7. Contribuição que os mais antigos numa corporação fazem pagar aos que para ela retornam

8. Bras. S Vaso sanitário, latrina, esp. de louça (porque os primeiros, importados da Inglaterra, traziam impressa a palavra patent, privilégio de fabricação)

[F.: Do lat. Patente.]

14 junho 2009

Porque você ama a Deus?


Quais são as pessoas próximas de você a quem você tem devotado o seu amor? Quem você ama profundamente: seu esposo ou esposa, seus filhos, sua mãe, seu pai, um amigo ou amiga de infância? O que nos leva a amar alguém?


Não há como negar que o amor verdadeiro só tem a oportunidade de nascer em meio ao calor dos relacionamentos. Só é possível amar de verdade aqueles cujas vidas tocaram nossa vida, que de alguma forma partilharam conosco a experiência de viver, esses é que são passíveis de serem amados.
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É possível ser cordial com qualquer pessoa, também é possível ser caridoso com alguém que não conhecemos. Somos capazes de nos compadecer por pessoas que nunca vimos, apenas porque ouvimos suas histórias. É até é possível alimentar uma paixão à distância. Mas o amor precisa de convivência para nascer e se desenvolver. Não que a convivência em si seja suficiente, mas é necessária e imprescindível.
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A Bíblia diz que Deus é amor. Em Deus o amor simplesmente existe, mas fora de Deus ele precisa de motivos para existir. O amor não é um sentimento sem razão; ele precisa de terra para fixar suas raízes. Esse chão é produzido através dos relacionamentos.
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Deus ama por sua própria natureza; nós precisamos de motivos para amar. Pelas Escrituras sabemos que Deus nos ama. E você? Ama a Deus? Por quê?
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31 maio 2009

A Graça de Contribuir - Sete Princípios

Quero concluir essa série de pregações refletindo sobre sete princípios que não podem ser esquecido quando o assunto é contribuição. Dois deles nós já vimos nas pregações anteriores

A. Contribuir é um privilégio

Não é obrigação, não é peso, não é sacrifício... É privilégio. Imagine fazer parte daquilo que Deus está realizando neste mundo! Imagine ser um instrumento usado por Deus para a restauração da humanidade. Imagine sentar-se à mesa e ouvir do Senhor: servo bom e fiel, venha alegrar-se comigo. Isso tudo é um grande privilégio.

B. Primeiro a entrega de si depois a contribuição

O segundo diz respeito ao princípio pelo qual nenhuma doação, nenhuma oferta, nenhuma contribuição pode prescindir da entrega da sua própria vida a Deus. Paulo reconheceu que os irmãos da Macedônia primeiro haviam entregado a si mesmos a Deus para depois ofertar qualquer outra coisa.

Se você ainda não entregou a si mesmo aos cuidados de Deus, não tem como experimentar a alegria e o privilégio de contribuir com alegria.

Se você ainda não rendeu o controle da sua vida a Jesus, ofertar dinheiro e bens pode parecer algo muito estranho e sem cabimento.

Se você ainda anda por esta vida tentando controlar as circunstância do seu viver e manter o mundo em ordem, é possível que muita coisa do que eu disse hoje não faça sentido pra você.

Então, eu quer lhe fazer um convite: entregue o controle de sua vida a Cristo, receba-o como seu Senhor e Salvador e experimente a nova vida que Ele tem preparado para você.

Quando você não tiver mais nada que você considere propriamente seu, quando sua própria vida já não lhe pertencer, quando você não tiver mais nada a que se apegar... Então você receberá do Senhor uma nova vida. Vida abundante de alegria.

Aí certamente você compreenderá melhor esta loucura santa que é contribuir.

Leitura do Texto

(12) Porque, se há prontidão, a contribuição é aceitável de acordo com aquilo que alguém tem, e não de acordo com o que não tem. (13) Nosso desejo não é que outros sejam aliviados enquanto vocês são sobrecarregados, mas que haja igualdade. (14) No presente momento, a fartura de vocês suprirá a necessidade deles, para que, por sua vez, a fartura deles supra a necessidade de vocês. Então haverá igualdade, (15) como está escrito: "Quem tinha recolhido muito não teve demais, e não faltou a quem tinha recolhido pouco". 2 Co 8:12-15

Alguns princípios estão presentes nesses versículos e vamos encerrar nossa reflexão hoje à noite pensando sobre eles

C. A contribuição deve ser proporcional ao que possuímos

Um dos grandes enganos a respeito de contribuição é achar que Deus está preocupado em comparar o valor que cada pessoa oferta e vem quem dá mais. A medida da contribuição de uma pessoa é aquilo que ela possui. Cada um deve contribuir de acordo com o que pode doar.

O Dízimo instituído por Deus no Antigo Testamento é uma demonstração desse princípio.

Lev 27:30 "Os dízimos dos produtos da terra são do Senhor. É a décima parte dos produtos das lavouras e das frutas. Essa parte é santa ao Senhor... "Também de todos os animais criados pelo homem - gado, rebanhos, animais domésticos - o dízimo pertence ao Senhor. De cada dez animais, um é do Senhor. Lev 27:30,32 (BV)

22 Dêem o dízimo de todas as colheitas, todos os anos. ... A finalidade dos dízimos é ensinar vocês a temerem sempre o Senhor, dando sempre a Deus o primeiro lugar nas suas vidas. Deut 14:22,23b (BV)

Aquele que tinha dez animais entregava um com dízimo, aquele que tinha cem animais, entregava dez como dízimo. Hoje, o princípio é o mesmo. A contribuição deve ser proporcional à prosperidade de cada um. Cada um deve ofertar de acordo a aquilo que o Senhor lhe permitiu ter.

E hoje, como devemos fazer? É dez por cento? É dez por cento de que, já que os dízimos eram sobre os produtos agropecuários? É do bruto, é do líquido? E se eu sou comerciante?

O dízimo é um instituto da antiga aliança de Deus com o povo Hebreu, mas não deixa de ser uma referência importante. Entregavam 10% da produção. Isso parece apontar para uma contribuição de 10% sobre o todo de nossas remunerações.

Pessoalmente é isso que eu e minha família fazemos. Enquanto os meninos eram pequenos, o dízimo do meu salário era o dízimo da família. Quando eles cresceram um pouco, passaram a receber mesada e foram ensinados sobre a importância da contribuição.

Hoje, eu Marina, Lídia e Levi temos nossas responsabilidades individuais quanto a este assunto. Cada um tem o seu salário ou renda e decide diante de Deus como vai tratar essa questão.

Todas essas coisas têm uma importância prática, mas o mais importante agora é compreendermos que existe um princípio de igualdade quando a contribuição é proporcional àquilo que cada um possui.

D. Ninguém deve ser sobrecarregado nas contribuições

Esse é um princípio precioso que depende do compromisso de todos. Se cada um de nós fizer sua parte, ninguém será sobrecarregado.

No entanto é muito comum que na vida da igreja algumas pessoas se escorrem em outras. O sujeito olha para o irmão do lado e pensa consigo mesmo: o sujeito tem grana ele ta bem de vida, bem empregado, boas roupas, tem seu carro... Ele é que tem as costas largas... E aí simplesmente não contribui.

Por outro lado há aqueles que têm tantas coisas para comprar, tantos projetos para realizar em casa, viagens para fazer, festas para realizar que não sobra nada para ele contribuir.

Tanto um quanto o outro estão sobrecarregando os demais irmãos que contribuem e acabam assumindo a parte da responsabilidade que era sua.

Toda vez que você ouvir contribuição lembre-se que o assunto é entre você e seu Deus. Converse com Ele. Coloque diante dele seus sentimentos de injustiça, sua incapacidade de confiar, seu orgulho, seu medo e tudo mais que tira de você o privilégio de contribuir.

E. A contribuição deve suprir os necessitados

Nós temos CNPJ, mas não somos uma empresa.
Nós temos objetivos, mas não somos um negócio.
Há funções diferentes, mas não somos uma estrutura hierárquica.

• Se fôssemos uma empresa, nossas ofertas seriam utilizadas exclusivamente para fazer funcionar a empresa;

• Se fôssemos um negócio, nossas ofertas seriam investimentos em busca de lucro.

• Se fôssemos uma hierarquia, nossas ofertas serviriam para manter nosso poder e posição na estrutura.

O que somos então? Somos uma família com um único Pai e muitos irmãos. E por isso, nossas ofertas e contribuições também devem ser usadas para suprir as necessidades dessa família.

O princípio aqui é simples, mas pode passar despercebido.

(15) como está escrito: "Quem tinha recolhido muito não teve demais, e não faltou a quem tinha recolhido pouco". 2 Co 8:15

A referência neste texto é ao episódio do Maná no deserto. O povo se lembrava da comida que tinha no Egito e reclamava a Moisés, quando Deus disse que enviaria alimento todos os dias. No dia seguinte à promessa feita, logo cedo, o chão estava coberto com uma camada daquilo que os Hebreus perguntaram: o que é isso? Maná?

Cada um tinha direito a porção suficiente para sua subsistência naquele dia. Eles colhiam o maná logo cedo, então, ao acordar, todos corriam para colher. Uns pegavam muito e outros pegavam pouco, conforme a possibilidade de cada um.

No entanto, o relato bíblico afirma que depois de colher todo o maná, eles juntavam tudo e dividiam para cada um conforme a medida que Deus lhes havia orientado, de maneira que não sobrava para os que haviam colhido muito, nem faltava para os que haviam colhido pouco.Como acontece em uma família, aquilo que era além das necessidades de cada um era destinado a suprir os outros até que todos tivessem o necessário para sobreviver.

Aquilo que Deus lhe deu a mais do que você precisa não deveria ser desperdiçado em despesas desnecessárias. Ao invés de ser jogado no ralo dos juros de cartão de crédito e do cheque especial, deveria ser usado para abençoar outros membros da família que não possuem ou estão passando por alguma necessidade momentânea.

Visita de Franklin e Rejania

F. Contribuições devem ser administradas com transparência, por mais uma pessoa, todos de inteira confiança da congregação.

16 Sou grato a Deus por ele ter dado a Tito o mesmo interesse profundo por vocês que eu tenho. 17 É com prazer que ele está seguindo minha sugestão de visitá-los de novo - e eu acho que ele teria ido de qualquer maneira, porque está muito ansioso para vê-los! 18 Com ele estou enviando um outro irmão bem conhecido, e que é muito elogiado em todas as igrejas como pregador da Boa Nova. 19 De fato, este homem foi eleito pelas igrejas, para viajar em minha companhia, a fim de levar a oferta a Jerusalém. Isto glorificará ao Senhor e mostrará nossa ansiedade em ajudar-nos mutuamente. 20 Viajando juntos, nós nos guardaremos de qualquer suspeita, pois estamos preocupados com que ninguém encontre falta alguma no modo pelo qual estamos lidando com esta enorme oferta. 21 Deus sabe que somos honestos, mas eu quero que todos o saibam também. Foi por isso que fizemos tal arranjo. 22 E estou enviando ainda um outro irmão, que nós sabemos, por experiência que é um cristão fervoroso. Ele está particularmente interessado, enquanto aguarda esta viagem, porque eu lhe disse tudo a respeito da ansiedade de vocês em ajudar. 23 Se alguém perguntar quem é Tito, digam: ele é meu companheiro e meu auxiliar na ajuda que lhes dou, e podem também dizer que os outros dois irmãos representam as assembléias cristãs daqui, e são admiráveis exemplos daqueles que pertencem ao Senhor. (2 Co 8:16-23)

Onde se mexe com dinheiro há sempre ondas de desconfiança que vem e vão. Será que o sujeito não está colocando esse dinheiro no bolso dele? Será que o dinheiro está sendo para aquilo que foi arrecadado? E esse pastor aí, será que ele é honesto com o dinheiro?

Há um ditado que diz: a ocasião faz o ladrão. O apóstolo Paulo nos orienta em outra de suas cartas a evitar toda a aparência do mal: e é isso o que ele faz em relação às ofertas dos irmãos de Corinto; envia três pessoas com credenciais e reconhecimento da igreja local para que fique qualquer sombra de dúvida.

Nesta igreja, os recursos arrecadados são administrados pelos irmãos Oséas e Jhon, que inclusive são os tesoureiros da igreja diante, como pedem nossas leis civis. A igreja tem uma conta-corrente junto a um banco e todas as ofertas arrecadadas são depositadas nessa conta corrente.

Todas as despesas que são necessárias ao funcionamento da igreja são pagas mediante recibo e nota fiscal e trimestralmente, em uma assembléia geral, são apresentados relatórios que demonstram como os recursos foram aplicados.

Essas informações são tratadas com todo o sigilo que merecem. Eu mesmo solicitei aos irmãos da tesouraria que nenhum relatório em que constem os nomes daqueles que contribuem me seja apresentado. Então, nem eu mesmo sei quem contribui ou com quanto contribui. Eu fiz isso para que minha consciência esteja livre para pregar e ensinar aquilo que o Espírito de Deus me chamar a fazer sem que nada me constranja.

O irmão Oséas tem trabalhado arduamente para, além de registrar o que acontece, hoje recuperar toda a movimentação financeira de nossa igreja, desde a sua fundação.

A cada segunda-feira eu tenho me reunido com o nosso tesoureiro, irmão Oséas, e o Gustavo, que tem liderado várias iniciativas na área administrativa da igreja. Naquela reunião são traçadas diretrizes para a boa aplicação dos recursos arrecadados (em nossa última conversa falamos sobre a necessidade de um orçamento mensal e de prazos para que cada ministério solicite os recursos necessários para suas atividades.

G. Contribuição deve ser precedida de planejamento, o que nos permitirá ofertar voluntariamente.

1 ENTENDO QUE, na realidade, nem lhes preciso falar acerca do auxilio ao povo de Deus. 2 Pois eu sei como vocês estão ansiosos para fazê-lo e eu me gabei aos amigos da Macedônia de que vocês há um ano estavam prontos a enviar uma oferta. De fato, foi esse entusiasmo de vocês que impulsionaram muitos deles a começarem a ajudar. 3 Entretanto, estou enviando estes homens só para ter certeza de que vocês estão realmente prontos, como eu disse a eles que estariam, com seu dinheiro já todo coletado: não desejo que desta vez pareça que eu estava errado, ao gabar-me de vocês. 4 Eu ficaria grandemente envergonhado – e vocês também se alguns destes macedônios fossem comigo ai e tudo o que encontrassem era que vocês ainda não estão prontos, mesmo depois de tudo o que lhes contei! 5 Portanto, pedi a esses outros irmãos que chegassem ai na minha frente, a fim de cuidar que já esteja em mãos e à nossa espera a contribuição que vocês prometeram. Eu quero que ela seja verdadeiramente uma oferta, e não que pareça que foi dada á força. (2 Co 9:1-5)

Muitas pessoas dizem que não contribuem, por que não tem como fazê-lo. O orçamento está sempre apertado, o salário termina e o mês continua, contas que não são pagas... multas e juros passam a ser um constante. Ninguém está livre de passar por situações assim, mas ninguém deveria viver a vida toda assim. Você precisa colocar a casa em ordem.

Os irmãos da macedônia contribuíram em meio à pobreza, mas pobreza não é sinônimo de dívida e desorganização financeira. Pouco recurso para viver não é justificativa para chutar se atolar em dívidas; ao contrário, quanto mais escassos são os recursos, maior a necessidade de planejar e controlar bem o que temos para viver.

Paulo lembrou aos irmãos de Corinto que fazia um ano que eles haviam prometido aquela oferta. Era de se esperar que eles houvessem se planejado para que tudo estivesse pronto. O dinheiro já deveria ter sido separado e arrecadado, pois ninguém estava sendo pego de surpresa.

Eu fico impressionado como a cada domingo parece que alguns de nós somos pegos de surpresa: Olha só rapaz, me esqueci de levar uns trocados para a oferta! É que a gente saiu meio apressado... o jogo na TV ainda estava terminando... e aí eu esqueci. Puxa, esqueci minha carteira... Rapaz, o talão de cheques ficou no carro...

Enquanto contribuição for algo que você se lembra ou se esquece apenas na ora de sair para o culto, certamente é um sinal de que você ainda não tem se preparado para ofertar.

Veja só o que acontece: quando você se prepara para contribuir, sua oferta é entregue com alegria e espírito voluntário; mas quando a contribuição não faz parte da sua vida durante a semana, o sentimento que o invadirá ao ofertar é como se alguém o estivesse forçando a fazer aquilo.

Conclusão

• Contribuir é um privilégio;
• Primeiro a entrega de si depois a contribuição;
• A contribuição deve ser proporcional ao que possuímos;
• Ninguém deve ser sobrecarregado nas contribuições;
• A contribuição deve suprir os necessitados;
• Contribuições devem ser administradas com transparência;
• Contribuição deve ser precedida de planejamento, o que nos permitirá ofertar voluntariamente.

Tenha coragem de olhar para o seu orçamento familiar. Não importa quão amedrontador ele pareça. Você precisa colocar os números em cima da mesa e enfrentar essa situação. Porque se você não decidir os seus credores decidirão por você e normalmente ele cobram bem caro por essa “assessoria”.

Sente-se com sua família e planeje como e quanto será sua contribuição para o avanço do Reino de Deus. Faça não porque eu estou dizendo para você fazer, mas porque você deseja expressar sua gratidão e confiança na provisão dele.

Separe algo do que você ganha para doar a quem precisa mais do que você. Seu coração fica doído com o sofrimento das crianças famintas, das famílias desabrigadas ou do garoto esfarrapado no sinal? Seja prático: separe algum dinheiro do seu orçamento para doar.

Não sabe como fazer? Peça ajuda. Há bons livros nessa área. Procure os conselhos de alguém em que você confia e que tem alcançado vitórias nesta área. Não fique só.

O Senhor deseja derramar chuvas de bênção sobre cada família desta igreja. Mas nós precisamos arar os campos, preparar o terreno e jogar nossas sementes, ainda que sejam poucas, para que Ele dê o crescimento e multiplique tudo para a Glória do Seu nome.

A Graça de Contribuir - Sete Princípios

Quero concluir essa série de pregações refletindo sobre sete princípios que não podem ser esquecido quando o assunto é contribuição. Dois deles nós já vimos nas pregações anteriores

A. Contribuir é um privilégio

Não é obrigação, não é peso, não é sacrifício... É privilégio. Imagine fazer parte daquilo que Deus está realizando neste mundo! Imagine ser um instrumento usado por Deus para a restauração da humanidade. Imagine sentar-se à mesa e ouvir do Senhor: servo bom e fiel, venha alegrar-se comigo. Isso tudo é um grande privilégio.

B. Primeiro a entrega de si depois a contribuição

O segundo diz respeito ao princípio pelo qual nenhuma doação, nenhuma oferta, nenhuma contribuição pode prescindir da entrega da sua própria vida a Deus. Paulo reconheceu que os irmãos da Macedônia primeiro haviam entregado a si mesmos a Deus para depois ofertar qualquer outra coisa.

Se você ainda não entregou a si mesmo aos cuidados de Deus, não tem como experimentar a alegria e o privilégio de contribuir com alegria.

Se você ainda não rendeu o controle da sua vida a Jesus, ofertar dinheiro e bens pode parecer algo muito estranho e sem cabimento.

Se você ainda anda por esta vida tentando controlar as circunstância do seu viver e manter o mundo em ordem, é possível que muita coisa do que eu disse hoje não faça sentido pra você.

Então, eu quer lhe fazer um convite: entregue o controle de sua vida a Cristo, receba-o como seu Senhor e Salvador e experimente a nova vida que Ele tem preparado para você.

Quando você não tiver mais nada que você considere propriamente seu, quando sua própria vida já não lhe pertencer, quando você não tiver mais nada a que se apegar... Então você receberá do Senhor uma nova vida. Vida abundante de alegria.

Aí certamente você compreenderá melhor esta loucura santa que é contribuir.

Leitura do Texto

(12) Porque, se há prontidão, a contribuição é aceitável de acordo com aquilo que alguém tem, e não de acordo com o que não tem. (13) Nosso desejo não é que outros sejam aliviados enquanto vocês são sobrecarregados, mas que haja igualdade. (14) No presente momento, a fartura de vocês suprirá a necessidade deles, para que, por sua vez, a fartura deles supra a necessidade de vocês. Então haverá igualdade, (15) como está escrito: "Quem tinha recolhido muito não teve demais, e não faltou a quem tinha recolhido pouco". 2 Co 8:12-15

Alguns princípios estão presentes nesses versículos e vamos encerrar nossa reflexão hoje à noite pensando sobre eles

C. A contribuição deve ser proporcional ao que possuímos

Um dos grandes enganos a respeito de contribuição é achar que Deus está preocupado em comparar o valor que cada pessoa oferta e vem quem dá mais. A medida da contribuição de uma pessoa é aquilo que ela possui. Cada um deve contribuir de acordo com o que pode doar.

O Dízimo instituído por Deus no Antigo Testamento é uma demonstração desse princípio.

Lev 27:30 "Os dízimos dos produtos da terra são do Senhor. É a décima parte dos produtos das lavouras e das frutas. Essa parte é santa ao Senhor... "Também de todos os animais criados pelo homem - gado, rebanhos, animais domésticos - o dízimo pertence ao Senhor. De cada dez animais, um é do Senhor. Lev 27:30,32 (BV)

22 Dêem o dízimo de todas as colheitas, todos os anos. ... A finalidade dos dízimos é ensinar vocês a temerem sempre o Senhor, dando sempre a Deus o primeiro lugar nas suas vidas. Deut 14:22,23b (BV)

Aquele que tinha dez animais entregava um com dízimo, aquele que tinha cem animais, entregava dez como dízimo. Hoje, o princípio é o mesmo. A contribuição deve ser proporcional à prosperidade de cada um. Cada um deve ofertar de acordo a aquilo que o Senhor lhe permitiu ter.

E hoje, como devemos fazer? É dez por cento? É dez por cento de que, já que os dízimos eram sobre os produtos agropecuários? É do bruto, é do líquido? E se eu sou comerciante?

O dízimo é um instituto da antiga aliança de Deus com o povo Hebreu, mas não deixa de ser uma referência importante. Entregavam 10% da produção. Isso parece apontar para uma contribuição de 10% sobre o todo de nossas remunerações.

Pessoalmente é isso que eu e minha família fazemos. Enquanto os meninos eram pequenos, o dízimo do meu salário era o dízimo da família. Quando eles cresceram um pouco, passaram a receber mesada e foram ensinados sobre a importância da contribuição.

Hoje, eu Marina, Lídia e Levi temos nossas responsabilidades individuais quanto a este assunto. Cada um tem o seu salário ou renda e decide diante de Deus como vai tratar essa questão.

Todas essas coisas têm uma importância prática, mas o mais importante agora é compreendermos que existe um princípio de igualdade quando a contribuição é proporcional àquilo que cada um possui.

D. Ninguém deve ser sobrecarregado nas contribuições

Esse é um princípio precioso que depende do compromisso de todos. Se cada um de nós fizer sua parte, ninguém será sobrecarregado.

No entanto é muito comum que na vida da igreja algumas pessoas se escorrem em outras. O sujeito olha para o irmão do lado e pensa consigo mesmo: o sujeito tem grana ele ta bem de vida, bem empregado, boas roupas, tem seu carro... Ele é que tem as costas largas... E aí simplesmente não contribui.

Por outro lado há aqueles que têm tantas coisas para comprar, tantos projetos para realizar em casa, viagens para fazer, festas para realizar que não sobra nada para ele contribuir.

Tanto um quanto o outro estão sobrecarregando os demais irmãos que contribuem e acabam assumindo a parte da responsabilidade que era sua.

Toda vez que você ouvir contribuição lembre-se que o assunto é entre você e seu Deus. Converse com Ele. Coloque diante dele seus sentimentos de injustiça, sua incapacidade de confiar, seu orgulho, seu medo e tudo mais que tira de você o privilégio de contribuir.

E. A contribuição deve suprir os necessitados

Nós temos CNPJ, mas não somos uma empresa.
Nós temos objetivos, mas não somos um negócio.
Há funções diferentes, mas não somos uma estrutura hierárquica.

• Se fôssemos uma empresa, nossas ofertas seriam utilizadas exclusivamente para fazer funcionar a empresa;

• Se fôssemos um negócio, nossas ofertas seriam investimentos em busca de lucro.

• Se fôssemos uma hierarquia, nossas ofertas serviriam para manter nosso poder e posição na estrutura.

O que somos então? Somos uma família com um único Pai e muitos irmãos. E por isso, nossas ofertas e contribuições também devem ser usadas para suprir as necessidades dessa família.

O princípio aqui é simples, mas pode passar despercebido.

(15) como está escrito: "Quem tinha recolhido muito não teve demais, e não faltou a quem tinha recolhido pouco". 2 Co 8:15

A referência neste texto é ao episódio do Maná no deserto. O povo se lembrava da comida que tinha no Egito e reclamava a Moisés, quando Deus disse que enviaria alimento todos os dias. No dia seguinte à promessa feita, logo cedo, o chão estava coberto com uma camada daquilo que os Hebreus perguntaram: o que é isso? Maná?

Cada um tinha direito a porção suficiente para sua subsistência naquele dia. Eles colhiam o maná logo cedo, então, ao acordar, todos corriam para colher. Uns pegavam muito e outros pegavam pouco, conforme a possibilidade de cada um.

No entanto, o relato bíblico afirma que depois de colher todo o maná, eles juntavam tudo e dividiam para cada um conforme a medida que Deus lhes havia orientado, de maneira que não sobrava para os que haviam colhido muito, nem faltava para os que haviam colhido pouco.Como acontece em uma família, aquilo que era além das necessidades de cada um era destinado a suprir os outros até que todos tivessem o necessário para sobreviver.

Aquilo que Deus lhe deu a mais do que você precisa não deveria ser desperdiçado em despesas desnecessárias. Ao invés de ser jogado no ralo dos juros de cartão de crédito e do cheque especial, deveria ser usado para abençoar outros membros da família que não possuem ou estão passando por alguma necessidade momentânea.

Visita de Franklin e Rejania

F. Contribuições devem ser administradas com transparência, por mais uma pessoa, todos de inteira confiança da congregação.

16 Sou grato a Deus por ele ter dado a Tito o mesmo interesse profundo por vocês que eu tenho. 17 É com prazer que ele está seguindo minha sugestão de visitá-los de novo - e eu acho que ele teria ido de qualquer maneira, porque está muito ansioso para vê-los! 18 Com ele estou enviando um outro irmão bem conhecido, e que é muito elogiado em todas as igrejas como pregador da Boa Nova. 19 De fato, este homem foi eleito pelas igrejas, para viajar em minha companhia, a fim de levar a oferta a Jerusalém. Isto glorificará ao Senhor e mostrará nossa ansiedade em ajudar-nos mutuamente. 20 Viajando juntos, nós nos guardaremos de qualquer suspeita, pois estamos preocupados com que ninguém encontre falta alguma no modo pelo qual estamos lidando com esta enorme oferta. 21 Deus sabe que somos honestos, mas eu quero que todos o saibam também. Foi por isso que fizemos tal arranjo. 22 E estou enviando ainda um outro irmão, que nós sabemos, por experiência que é um cristão fervoroso. Ele está particularmente interessado, enquanto aguarda esta viagem, porque eu lhe disse tudo a respeito da ansiedade de vocês em ajudar. 23 Se alguém perguntar quem é Tito, digam: ele é meu companheiro e meu auxiliar na ajuda que lhes dou, e podem também dizer que os outros dois irmãos representam as assembléias cristãs daqui, e são admiráveis exemplos daqueles que pertencem ao Senhor. (2 Co 8:16-23)

Onde se mexe com dinheiro há sempre ondas de desconfiança que vem e vão. Será que o sujeito não está colocando esse dinheiro no bolso dele? Será que o dinheiro está sendo para aquilo que foi arrecadado? E esse pastor aí, será que ele é honesto com o dinheiro?

Há um ditado que diz: a ocasião faz o ladrão. O apóstolo Paulo nos orienta em outra de suas cartas a evitar toda a aparência do mal: e é isso o que ele faz em relação às ofertas dos irmãos de Corinto; envia três pessoas com credenciais e reconhecimento da igreja local para que fique qualquer sombra de dúvida.

Nesta igreja, os recursos arrecadados são administrados pelos irmãos Oséas e Jhon, que inclusive são os tesoureiros da igreja diante, como pedem nossas leis civis. A igreja tem uma conta-corrente junto a um banco e todas as ofertas arrecadadas são depositadas nessa conta corrente.

Todas as despesas que são necessárias ao funcionamento da igreja são pagas mediante recibo e nota fiscal e trimestralmente, em uma assembléia geral, são apresentados relatórios que demonstram como os recursos foram aplicados.

Essas informações são tratadas com todo o sigilo que merecem. Eu mesmo solicitei aos irmãos da tesouraria que nenhum relatório em que constem os nomes daqueles que contribuem me seja apresentado. Então, nem eu mesmo sei quem contribui ou com quanto contribui. Eu fiz isso para que minha consciência esteja livre para pregar e ensinar aquilo que o Espírito de Deus me chamar a fazer sem que nada me constranja.

O irmão Oséas tem trabalhado arduamente para, além de registrar o que acontece, hoje recuperar toda a movimentação financeira de nossa igreja, desde a sua fundação.

A cada segunda-feira eu tenho me reunido com o nosso tesoureiro, irmão Oséas, e o Gustavo, que tem liderado várias iniciativas na área administrativa da igreja. Naquela reunião são traçadas diretrizes para a boa aplicação dos recursos arrecadados (em nossa última conversa falamos sobre a necessidade de um orçamento mensal e de prazos para que cada ministério solicite os recursos necessários para suas atividades.

G. Contribuição deve ser precedida de planejamento, o que nos permitirá ofertar voluntariamente.

1 ENTENDO QUE, na realidade, nem lhes preciso falar acerca do auxilio ao povo de Deus. 2 Pois eu sei como vocês estão ansiosos para fazê-lo e eu me gabei aos amigos da Macedônia de que vocês há um ano estavam prontos a enviar uma oferta. De fato, foi esse entusiasmo de vocês que impulsionaram muitos deles a começarem a ajudar. 3 Entretanto, estou enviando estes homens só para ter certeza de que vocês estão realmente prontos, como eu disse a eles que estariam, com seu dinheiro já todo coletado: não desejo que desta vez pareça que eu estava errado, ao gabar-me de vocês. 4 Eu ficaria grandemente envergonhado – e vocês também se alguns destes macedônios fossem comigo ai e tudo o que encontrassem era que vocês ainda não estão prontos, mesmo depois de tudo o que lhes contei! 5 Portanto, pedi a esses outros irmãos que chegassem ai na minha frente, a fim de cuidar que já esteja em mãos e à nossa espera a contribuição que vocês prometeram. Eu quero que ela seja verdadeiramente uma oferta, e não que pareça que foi dada á força. (2 Co 9:1-5)

Muitas pessoas dizem que não contribuem, por que não tem como fazê-lo. O orçamento está sempre apertado, o salário termina e o mês continua, contas que não são pagas... multas e juros passam a ser um constante. Ninguém está livre de passar por situações assim, mas ninguém deveria viver a vida toda assim. Você precisa colocar a casa em ordem.

Os irmãos da macedônia contribuíram em meio à pobreza, mas pobreza não é sinônimo de dívida e desorganização financeira. Pouco recurso para viver não é justificativa para chutar se atolar em dívidas; ao contrário, quanto mais escassos são os recursos, maior a necessidade de planejar e controlar bem o que temos para viver.

Paulo lembrou aos irmãos de Corinto que fazia um ano que eles haviam prometido aquela oferta. Era de se esperar que eles houvessem se planejado para que tudo estivesse pronto. O dinheiro já deveria ter sido separado e arrecadado, pois ninguém estava sendo pego de surpresa.

Eu fico impressionado como a cada domingo parece que alguns de nós somos pegos de surpresa: Olha só rapaz, me esqueci de levar uns trocados para a oferta! É que a gente saiu meio apressado... o jogo na TV ainda estava terminando... e aí eu esqueci. Puxa, esqueci minha carteira... Rapaz, o talão de cheques ficou no carro...

Enquanto contribuição for algo que você se lembra ou se esquece apenas na ora de sair para o culto, certamente é um sinal de que você ainda não tem se preparado para ofertar.

Veja só o que acontece: quando você se prepara para contribuir, sua oferta é entregue com alegria e espírito voluntário; mas quando a contribuição não faz parte da sua vida durante a semana, o sentimento que o invadirá ao ofertar é como se alguém o estivesse forçando a fazer aquilo.

Conclusão

• Contribuir é um privilégio;
• Primeiro a entrega de si depois a contribuição;
• A contribuição deve ser proporcional ao que possuímos;
• Ninguém deve ser sobrecarregado nas contribuições;
• A contribuição deve suprir os necessitados;
• Contribuições devem ser administradas com transparência;
• Contribuição deve ser precedida de planejamento, o que nos permitirá ofertar voluntariamente.

Tenha coragem de olhar para o seu orçamento familiar. Não importa quão amedrontador ele pareça. Você precisa colocar os números em cima da mesa e enfrentar essa situação. Porque se você não decidir os seus credores decidirão por você e normalmente ele cobram bem caro por essa “assessoria”.

Sente-se com sua família e planeje como e quanto será sua contribuição para o avanço do Reino de Deus. Faça não porque eu estou dizendo para você fazer, mas porque você deseja expressar sua gratidão e confiança na provisão dele.

Separe algo do que você ganha para doar a quem precisa mais do que você. Seu coração fica doído com o sofrimento das crianças famintas, das famílias desabrigadas ou do garoto esfarrapado no sinal? Seja prático: separe algum dinheiro do seu orçamento para doar.

Não sabe como fazer? Peça ajuda. Há bons livros nessa área. Procure os conselhos de alguém em que você confia e que tem alcançado vitórias nesta área. Não fique só.

O Senhor deseja derramar chuvas de bênção sobre cada família desta igreja. Mas nós precisamos arar os campos, preparar o terreno e jogar nossas sementes, ainda que sejam poucas, para que Ele dê o crescimento e multiplique tudo para a Glória do Seu nome.