08 fevereiro 2009

Que Igreja seremos - Aquele que anucia é guiado pelo Espírito

Introdução

Se queremos ser uma igreja que fala, que anuncia o evangelho, precisamos primeiro compreender algumas coisas sobre o que é e o que não é anunciar o evangelho.

Anunciar o evangelho não é falar dos nossos esforços para nos tornarmos boas pessoas; não é falar de nós mesmos, mas é apresentar a pessoa de Jesus e o jeito dele de ver e viver a vida. Anunciar o evangelho é falar da alegria de nos sentir amados, mesmo quando nossos esforços fracassam.

Anunciar a salvação (disponível para todas as pessoas) não é algo que se decide fazer porque alguém falou que é necessário; mas é uma atitude que transborda de uma vida de amizade com Cristo. É como aqueles amigos tão próximos que um está sempre fazendo referência ao que o outro diz e pensa. Na verdade, falar de Jesus faz parte da vida daqueles que são próximos, íntimos, de Cristo.

Anunciar o evangelho não é uma opção. Anunciar Cristo não é um item a mais na relação de coisas certas que devemos fazer. Falar de Jesus é uma espécie de compulsão que os seus seguidores de Jesus realizam com muita alegria e naturalidade; parece que os seguidores de Jesus são pessoas a tal ponto tomadas pelos Seus ensinos e pelo Seu modo de viver que simplesmente não resistem à “tentação” de sempre colocá-lo no meio das histórias que vivem.

A Bíblia afirma que fomos alcançados pelo amor de Deus. Nós O amamos porque Ele nos amou primeiro. Ele nos atraiu.

Anunciar o evangelho é explicar o caminho que Deus usou para nos atrair até Ele. Em nossas histórias com Deus existe tristeza e felicidade, dúvidas e certezas, encontros e desencontros, vida e poesia. Por isso, anunciar Cristo é algo cheio de beleza e alegria que podem ser notadas quando falamos do nosso relacionamento com Ele; não é um fardo de responsabilidade que somos obrigados a levar sobre os ombros.

Como tem sido a sua história com Deus? Quais foram as estratégias que ele usou para atraí-lo? Como é que ainda hoje Ele fala com você? Anunciar o evangelho é contar o romance de sua caminhada com Deus.

Definitivamente, anunciar o evangelho não é um mero exercício de argumentação, com hipóteses, teses, provas, contra provas. Isso limita Deus, que não é incoerente, mas está além da lógica. Anunciar o evangelho é apresentar um mistério revelado nas vidas dos seguidores de Jesus.

O evangelho não é digno de confiança por que você é capaz de esboçar algumas “leis espirituais” e conduzir alguém a uma encruzilhada lógica em que ele precisa decidir o que fazer. O evangelho se torna digno quando nós o apresentamos como algo experimentado em nossas vidas; um modo de viver.

O evangelho não é um punhado de afirmações incontestáveis, mas é a revelação do coração compreensivo e amoroso de Deus a respeito das dúvidas e incertezas que assediam o coração humano.

O evangelho é a boa notícia de que Ele nos ama, que nos deseja junto Dele, e de que Ele providenciou um jeito (a morte substitutiva de Cristo) através do qual homens e mulheres tão desajustados como nós, podem, agora e na eternidade, permanecer ao lado Dele e encontrar paz.

8 Havia pastores que estavam nos campos próximos e durante a noite tomavam conta dos seus rebanhos. 9 E aconteceu que um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor resplandeceu ao redor deles; e ficaram aterrorizados. 10 Mas o anjo lhes disse: "Não tenham medo. Estou lhes trazendo boas novas de grande alegria, que são para todo o povo: 11 Hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador que é Cristo, o Senhor. Luk 2:8-11

9 Eu sou a porta; quem entra por mim será salvo. Entrará e sairá, e encontrará pastagem. 10 O ladrão vem apenas para furtar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente. 11 "Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas. Joh 10:9-11


Quais são as atitudes de quem anuncia Cristo?

Agora que já entendemos um pouco mais o que é e o que não é anunciar a Cristo, outra pergunta precisa ser feita. Existem atitudes que acompanham aqueles que anunciam o evangelho? Se existem, quais são elas. Eu creio que sim. Existem atitudes que acompanham os que anunciam Cristo. Hoje vamos relacionar algumas delas.

Nesse ponto eu quero ajudá-lo a entender algo muito importante. As atitudes que veremos hoje à noite não farão de você alguém que anuncia o Evangelho. Então você não deve buscá-las ou encená-las para se tornar um anunciador de Cristo. A ordem é inversa: se você é alguém que anuncia o evangelho, então essas atitudes farão parte de sua vida.

E o que eu faço para me tornar alguém que anuncia Cristo? Lembre-se do que vimos até agora: para anunciar Cristo, primeiro você deve se tornar um amigo bem próximo dele. Então, naturalmente, você falará com as outras pessoas sobre Jesus. Se você mergulhar nessa amizade com Cristo, então seu coração se encherá dele e sua bocar falará dele. Porque a boca fala do que o coração está cheio.

Como devemos considerar essas atitudes, então. Eu sugiro que você olhe para elas como modos de agir que o Espírito deseja produzir em você. O Espírito quer moldar o seu jeito de viver para que, ao anunciar Cristo, você cumpra plenamente o desejo do coração de Deus: salvar cada ser humano e toda a criação da terrível armadilha (chamada pecado).

Aquele que anuncia Cristo se deixará guiar pelo Espírito Santo

5 E assim a igreja crescia diariamente na fé e em número. 6 Logo depois eles viajaram através da Frígia e da Galácia, porque o Espírito Santo havia dito para eles não entrarem na província turca da Ásia para pregar naquela ocasião. 7 Por isso eles foram pelas fronteiras da Mísia até o Norte, na província de Bitínia, porém uma vez mais o Espírito de Jesus disse que não. 8 Portanto, em lugar disso, eles foram através da província da Mísia à cidade de Trôade. 9 Naquela noite Paulo teve uma visão. Em seu sonho ele viu um homem lá na Macedônia, na Grécia, suplicando: "venha para cá ajudar-nos". 10 Ora, aquilo decidiu a questão. Nós tínhamos de ir à Macedônia, porque só podíamos concluir que Deus estava nos mandando para pregar a Boa Nova ali. Act 16:5-10

Parece que o Espírito Santo deseja produzir em nós um modo de viver o dia-a-dia em que haja sensibilidade a Sua orientação. Parece que Ele deseja participar de forma ativa em nossas vidas.

Como foi que o Espírito Santo disse para eles não entrarem na província da Ásia? Não sabemos. Mas parece que Lucas, o escritor do livro não tinha dúvidas de que fora o Espírito quem falara com eles.

Por que eles viajaram pela Frígia e pela Galácia e resolveram ir pelas fronteiras da Mísia até o Norte, na província de Bitínia? Não sabemos. Mas Lucas diz que o Espírito de Jesus interferiu e novamente disse não. Como? Não sabemos.

No verso 9 Lucas relata que Paulo teve uma visão: um homem da macedônia dizendo: venha nos ajudar. Lucas diz que aquele sonho decidiu a questão. Eles foram à Macedônia porque “...só podíamos concluir que Deus estava nos mandando para pregar a boa nova.”

Uma questão que nós não podemos perder de vista é que o Espírito Santo esteve diretamente envolvido nas decisões que foram tomadas, mas não decidiu. Ainda cabia a eles tomarem as decisões.

Paulo e seus amigos não sabiam muito bem para onde ir. Eles acreditavam que Deus os chamara para anunciar Cristo, mas não sabiam exatamente por onde começar. Eles tentaram duas vezes, mas receberam nãos do Espírito Santo de uma forma que não foi relatada.

Ao final da narrativa, de forma surpreendente, Lucas afirma que eles concluíram que Deus os estava mandando para pregar as boas novas na Macedônia. O Espírito não falou claramente, mas deu orientações, interveio na história e os conduziu ao ponto em que eles precisavam tomar a decisão de confiar. Parece que Paulo e seus companheiros estavam aprendendo a ouvir a voz de Deus.

Quando olho para nós, para a igreja de Cristo no século XXI, acho que poucos são aqueles que sabem ouvir a voz de Deus.

Algumas questões a considerar:

a)Para sermos guiados pelo Espírito precisamos crer em sua existência e atuação. Precisamos nos tornar sensíveis à Sua presença e abertos a Sua intervenção.

Muitos batistas são arredios ao Espírito. Isso é simplesmente inadmissível. Sem a atuação sobrenatural do Espírito não existiria fé, não existiria Bíblia, não existiriam dons, não existiria Igreja. Precisamos resgatar a atuação sobrenatural do Espírito sem a qual não há salvação, nem transformação de vida.

b) Para sermos guiados pelo Espírito não há a necessidade de vivermos sem planos para a vida, mas precisamos estar dispostos a mudar nossos planos.

Considere o seguinte: sem plano de vôo, uma aeronave não tem direção certa. Ma se o seu plano de vôo não estiver aberto a mudanças, pode ser que você ao destino a que se propôs, mas não chegue aonde Deus gostaria que você chegasse.

c) Para sermos guiados pelo Espírito não podemos tentar controlar todas as circunstâncias de nossas vidas. É preciso aprender a conviver com a incerteza.

A incerteza é a escola da confiança. Quando todas as variáveis estão sob controle, não há lugar para a confiança, mas quando as incertezas aparecem, somos chamados a confiar. Aprender a confiar é o resumo de tudo o que Deus deseja nos ensinar.

d) Para sermos guiados pelo Espírito não devemos limitar Sua atuação. É preciso compreender que o Espírito, que é Deus, tem seus próprios caminhos. Ele não se limita ao que pensamos dele. Senão ao que Ele afirma de si mesmo nas Escrituras.

Jesus disse para Nicodemos que o vento sopra onde quer. Ninguém deveria tentar normatizar e restringir o Espírito. Se ele fala ao seu coração, ouça; Se ele fala através das Escrituras ouça; Se ele fala na pregação, ouça; se ele fala pelo testemunho de um irmão, ouça; se ele fala através de um sonho, ouça; se ele fala através de um livro, ouça; se ele fala através de uma canção, ouça.

e) Para sermos guiados pelo Espírito não devemos ter medo de sua orientação. Quando estivermos convictos de sua vontade, precisamos decidir com coragem.

Espírito estará presente ao seu lado por toda a sua vida. Mas há algo que Ele não fará por você: Ele não decidirá nada em seu lugar. É você que precisa tomar as decisões, porque é você quem precisa aprender a confiar. Quando Ele encher seu coração de convicção, decida. Ele estará ao seu lado para ajudá-lo em suas decisões.

Conclusão

Anunciar Cristo é o resultado de nossa intimidade com Ele. Quando mais próximos formos dele, mas o seu nome, seus pensamentos e seu jeito de ser estará presente em nós, nossas palavras e nossas atitudes.

Deus deseja que ao anunciarmos Cristo façamos isso de forma plena. Por isso ele deseja produzir em nós atitudes, um jeito de viver que nos ajude a salvar pessoas ao anunciarmos a salvação em Cristo.

Uma das atitudes que o Pai deseja produzir em nós é que nos deixemos guiar pelo Espírito Santo. Ele ensinou isso ao apóstolo Paulo e seus companheiros no início de seu ministério.

Não fique preocupado se você descobriu que ainda não sabe se deixar guiar pelo Espírito de Deus. Nós podemos começar a aprender a partir de agora.

a) Devemos nos tornar sensíveis à Sua presença e abertos a Sua intervenção;
b) Precisamos estar prontos para mudar nossos planos;
c) Precisamos aprender a conviver com a incerteza para aprender a confiar;
d) Precisamos compreender que o Espírito tem seus próprios caminhos;
e) Devemos decidir com coragem se temos convicção de Sua vontade.

01 fevereiro 2009

Que Igreja seremos - Fala e não te cales

Introdução

Há algumas semanas estamos pensamos sobre um grande tema: que igreja seremos? Que igreja seremos daqui a 5 ou 10 anos?

Seremos a igreja que decidirmos ser hoje!
Seremos, como igreja, o resultado daquilo que cada um de nós decidir ser hoje.

Seremos uma igreja que ama, ou uma igreja que rejeita?
Seremos uma igreja que serve, ou uma igreja que apenas é servida?

Meu desejo com essas reflexões é conduzir-nos ao ponto de compreendermos que cada um de nós é igreja e que nossas atitudes pessoais influenciam o tipo de igreja que somos e seremos.

Também tenho aproveitado esse tema para estabelecer uma discussão muito necessária em nossos dias sobre como é a igreja que as Escrituras nos revelam e assim permitir uma espécie de comparação desta Igreja das Escrituras com a igreja em que estamos nos tornando.

Na verdade, tenho pensado em mudar o nome dessa série de estudos para a igreja em estamos nos tornando. Por que as nossas decisões no presente, aquilo que fazemos no agora, estão construindo nossa identidade como igreja.

· Se não nos importamos com o estudo sério das Escrituras, estamos nos tornando uma igreja que não valoriza a Palavra Revelada de Deus;

· Se não damos importância à oração, estamos nos tornando uma igreja que não acredita na ação sobrenatural de Deus.

· Se não consideramos as outras pessoas mais importantes que nós mesmos, estamos nos tornando uma igreja que não reconhece o tipo de amor que Cristo teve pelas pessoas;

· Se a nossa alma não se move com aqueles que estão sofrendo como miseráveis na periferia desta cidade, com o meninos que dormem e vivem nas ruas, estamos nos tornando uma igreja insensível que desconhece a compaixão de Cristo pelas multidões que sofrem;

· Se não nos incomodamos com o planeta destruído e queimado, com o lixo nos vias públicas e os rios poluídos, estamos nos tornando uma igreja sem amor pela criação de Deus.

· Se podemos viver nossas vidas sem nos importarmos com aqueles que sofrem em suas mentes e suas almas com idéias falsas sobre si mesmas e sobre Deus, afundados traumas, tristeza profunda, angústias e amarguras, então estamos nos tornando uma igreja egoísta.

· Se conseguimos conviver, em aparente paz, com os milhares de abortos feitos anualmente nesta cidade, com a agressão aos pequeninos dentre de seus lares, com os recém-nascidos jogados no lixo, com as pequeninas que vendem seus corpos, ainda de criança, na av. beira mar, estamos nos tornando uma igreja sem compromisso com a vida abundante que Cristo veio oferecer.

Meus irmãos, se estamos vivendo dessa maneira, nós precisamos, corajosa e humildemente, admitir que estamos nos tornando uma imitação barata da Igreja que as Escrituras nos revelam.

Ainda que vejamos saída para nossas próprias vidass, ainda que não tenhamos esperança na transformação daqules que andam ao nosso lado, ainda que a igreja, por um tempo pareça algo estranho ao evangelho de Cristo, ainda assim, eu acredito com toda minha alma que o Senhor não fracassará. Um dia Ele apresentará sua Igreja santa, perfeita e imaculada diante do Pai.

No capítulo 6 livro de Apocalipse, o apóstolo João viu um livro, um rolo escrito dos dois lados. Neste rolo estava registrado o final da história como a conhecemos. Qual o final da história? Final de morte, ou final de vida? Como será a igreja? Uma farsa ou o corpo santo de Cristo?

Quando todos lamentavam porque não havia ninguém nos céus e na terra que fosse digno para desatar os lacres do livro e revelar o fim da história da humanidade, eis que surgiu o Cordeiro. O cordeiro de Deus.

1 Vi, na mão direita daquele que estava sentado no trono, um livro escrito por dentro e por fora, de todo selado com sete selos. 2 Vi, também, um anjo forte, que proclamava em grande voz: Quem é digno de abrir o livro e de lhe desatar os selos? 3 Ora, nem no céu, nem sobre a terra, nem debaixo da terra, ninguém podia abrir o livro, nem mesmo olhar para ele; 4 e eu chorava muito, porque ninguém foi achado digno de abrir o livro, nem mesmo de olhar para ele. 5 Todavia, um dos anciãos me disse: Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos. Rev 5:1-5

Ele tem a história em suas mãos. Ele intervirá em nossas vidas permitindo ou mesmo produzindo situações que nos transformaram à imagem dele mesmo: Essa é a minha Esperança.

Falar ou Calar


Em que tipo de igreja estamos nos tornando? Uma igreja que fala a respeito de Jesus e de seu evangelho, ou uma igreja que se cala.

(1) Depois disso Paulo saiu de Atenas e foi para Corinto. (2) Ali, encontrou um judeu chamado Áqüila, natural do Ponto, que havia chegado recentemente da Itália com Priscila, sua mulher, pois Cláudio havia ordenado que todos os judeus saíssem de Roma. Paulo foi vê-los (3) e, uma vez que tinham a mesma profissão, ficou morando e trabalhando com eles, pois eram fabricantes de tendas.

(4) Todos os sábados ele debatia na sinagoga, e convencia judeus e gregos. (5) Depois que Silas e Timóteo chegaram da Macedônia, Paulo se dedicou exclusivamente à pregação, testemunhando aos judeus que Jesus era o Cristo. (6) Opondo-se eles e lançando maldições, Paulo sacudiu a roupa e lhes disse: "Caia sobre a cabeça de vocês o seu próprio sangue! Estou livre da minha responsabilidade. De agora em diante irei para os gentios".

(7) Então Paulo saiu da sinagoga e foi para a casa de Tício Justo, que era temente a Deus e que morava ao lado da sinagoga. (8) Crispo, chefe da sinagoga, creu no Senhor, ele e toda a sua casa; e dos coríntios que o ouviam, muitos criam e eram batizados. (9) Certa noite o Senhor falou a Paulo em visão: "Não tenha medo, continue falando e não fique calado, (10) pois estou com você, e ninguém vai lhe fazer mal ou feri-lo, porque tenho muita gente nesta cidade". (11) Assim, Paulo ficou ali durante um ano e meio, ensinando-lhes a palavra de Deus. (Act 18:1-11)


Não tenha medo. Fale. Não se cale. Eu estou com você. Ninguém lhe fará mal. Tenho muita gente nesta cidade. Essas foram as palavras de encorajamento dadas a Paulo pelo Senhor. Nós também precisamos dessas palavras hoje.

Não tenha medo

Quando as vozes se levantarem contra Verdade da salvação, da libertação e da vida abundante que há em Cristo, não tenha medo. Não tenha medo quando as portas se fecharem por causa do seu compromisso com Cristo; não tenha medo se xingamentos e desprezo o acompanharem.

Ao anunciar Jesus, Paulo enfrentou oposição e foi amaldiçoado por seus compatriotas, judeus como ele.

Fale

Fale do que Cristo tem feito em sua vida. Fale das mudança que Ele tem feito em você. Fale do sentido que vida tem por causa de Jesus. Fale do socorro que você tem achado nele. Fale da paz que existe para quem confia nele. Fale da vida eterna que está preparada. Fale o que Jesus pensa da vida, da morte, das pessoas, do amor, da natureza, do dinheiro, das autoridades... fale em nome de Jesus. Fale o que ele falaria.

Não se cale

Não se encolha. Não fique omisso quando a verdade ocultada. Não fique quieto quando a vida for ameaçada. Não se cale diante da injustiça e dos mal tratos. Não emudeça diante da agressão gratuita e da prepotência. Não se cale diante dos desmandos omissões. Fale em nome de Jesus. Fale o que ele falaria.

Ele está com você

Cristo está com você enquanto você fala dele para outras pessoas. Ele não o abandonará jamais. Ele dará força e coragem para você falar. Ele o levará aos lugares certos e colocará as palavras certas em sua boca. Foi essa sua promessa aos seus apóstolos.

14 Mas convençam-se de uma vez de que não devem preocupar-se com o que dirão para se defender. 15 Pois eu lhes darei palavras e sabedoria a que nenhum dos seus adversários será capaz de resistir ou contradizer. Lucas 21:14,15

Mat 28:20 ...E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.


Você não poderá contar comigo a todo momento, você não poderá contar com as pessoas que amam você a todo o momento, mas você poderá contar com Jesus em todos os momentos. Ele está com você.

Ninguém lhe fará mal

Nada acontecerá com você que não tenha sido permitido por Deus. Certa vez Jesus disse o seguinte:

26 “Mas não tenham medo daqueles que ameaçam vocês. Porque está chegando à hora em que a verdade será revelada: os golpes secretos deles se tornarão informação pública”. 27 “O que Eu lhes digo agora enquanto está escuro, gritem ao vento quando amanhecer. O que Eu cochicho nos seus ouvidos, proclamem em público! ” 28 “Não tenham medo daqueles que só podem matar o seu corpo - mas não podem tocar na alma de vocês! Temam apenas a Deus, que pode destruir no inferno a alma e o corpo juntos”. Mat 10:26-28

O Senhor tem muita gente nesta cidade

Ainda há muitos que ouvirão o evangelho de Cristo o aceitarão o filho de Deus como seu Senhor e Salvador. Ainda há muitos que se tornarão nossos irmãos em Cristo e terão seu pecados perdoados por Cristo Jesus, terão suas vestes lavadas pelo sangue do Cordeiro, aquele que é digno de abrir o selos.

Ainda há muitas pessoas na cidade de Fortaleza que invocarão o nome do Senhor e serão salvas.

Rom 10:14 Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue (anuncie)?

Conclusão

Em que tipo de igreja estamos nos tornando: uma igreja que fala ou uma igreja que se cala?

Que tipo de discípulos somos nós: discípulos mudos ou discípulos que anunciam o evangelho de Cristo.

Aquele que é digno de abri os selos...
Aquele que prometeu ficar ao nosso lado...
Aquele que prometeu sussurrar as palavras...
Aquele que veio salvar, não condenar...

Esse mesmo quer usar a mim e a você para anunciarmos as boas novas, o evangelho da salvação que há em Cristo Jesus. Não precisamos mais fugir do Senhor. Em Cristo, podemos agora nos achegar a Ele e seremos acolhidos com amor e carinho pelo Deus que tem a respeito de nós pensamentos de Paz.

Que nos tornemos, todos, boca de Deus.
E através de nossa vida Cristo seja reconhecido e adorado.

Que igreja seremos: Anunciar ou Calar?

Introdução

Há algumas semanas estamos pensamos sobre um grande tema: que igreja seremos? Que igreja seremos daqui a 5 ou 10 anos?

Seremos a igreja que decidirmos ser hoje!
Seremos, como igreja, o resultado daquilo que cada um de nós decidir ser hoje.

Seremos uma igreja que ama, ou uma igreja que rejeita?
Seremos uma igreja que serve, ou uma igreja que apenas é servida?

Meu desejo com essas reflexões é conduzir-nos ao ponto de compreendermos que cada um de nós é igreja e que nossas atitudes pessoais influenciam o tipo de igreja que somos e seremos.

Também tenho aproveitado esse tema para estabelecer uma discussão muito necessária em nossos dias sobre como é a igreja que as Escrituras nos revelam e assim permitir uma espécie de comparação desta Igreja das Escrituras com a igreja em que estamos nos tornando.

Na verdade, tenho pensado em mudar o nome dessa série de estudos para a igreja em estamos nos tornando. Por que as nossas decisões no presente, aquilo que fazemos no agora, estão construindo nossa identidade como igreja.

• Se não nos importamos com o estudo sério das Escrituras, estamos nos tornando uma igreja que não valoriza a Palavra Revelada de Deus;

• Se não damos importância à oração, estamos nos tornando uma igreja que não acredita na ação sobrenatural de Deus.

• Se não consideramos as outras pessoas mais importantes que nós mesmos, estamos nos tornando uma igreja que não reconhece o tipo de amor que Cristo teve pelas pessoas;

• Se a nossa alma não se move com aqueles que estão sofrendo como miseráveis na periferia desta cidade, com o meninos que dormem e vivem nas ruas, estamos nos tornando uma igreja insensível que desconhece a compaixão de Cristo pelas multidões que sofrem;

• Se não nos incomodamos com o planeta destruído e queimado, com o lixo nos vias públicas e os rios poluídos, estamos nos tornando uma igreja sem amor pela criação de Deus.

• Se podemos viver nossas vidas sem nos importarmos com aqueles que sofrem em suas mentes e suas almas com idéias falsas sobre si mesmas e sobre Deus, afundados traumas, tristeza profunda, angústias e amarguras, então estamos nos tornando uma igreja egoísta.

• Se conseguimos conviver, em aparente paz, com os milhares de abortos feitos anualmente nesta cidade, com a agressão aos pequeninos dentre de seus lares, com os recém-nascidos jogados no lixo, com as pequeninas que vendem seus corpos, ainda de criança, na av. beira mar, estamos nos tornando uma igreja sem compromisso com a vida abundante que Cristo veio oferecer.

Meus irmãos, se estamos vivendo dessa maneira, nós precisamos, corajosa e humildemente, admitir que estamos nos tornando uma imitação barata da Igreja que as Escrituras nos revelam.

Ainda que vejamos saída para nossas próprias vidass, ainda que não tenhamos esperança na transformação daqules que andam ao nosso lado, ainda que a igreja, por um tempo pareça algo estranho ao evangelho de Cristo, ainda assim, eu acredito com toda minha alma que o Senhor não fracassará. Um dia Ele apresentará sua Igreja santa, perfeita e imaculada diante do Pai.

No capítulo 6 livro de Apocalipse, o apóstolo João viu um livro, um rolo escrito dos dois lados. Neste rolo estava registrado o final da história como a conhecemos. Qual o final da história? Final de morte, ou final de vida? Como será a igreja? Uma farsa ou o corpo santo de Cristo?

Quando todos lamentavam porque não havia ninguém nos céus e na terra que fosse digno para desatar os lacres do livro e revelar o fim da história da humanidade, eis que surgiu o Cordeiro. O cordeiro de Deus.

1 Vi, na mão direita daquele que estava sentado no trono, um livro escrito por dentro e por fora, de todo selado com sete selos. 2 Vi, também, um anjo forte, que proclamava em grande voz: Quem é digno de abrir o livro e de lhe desatar os selos? 3 Ora, nem no céu, nem sobre a terra, nem debaixo da terra, ninguém podia abrir o livro, nem mesmo olhar para ele; 4 e eu chorava muito, porque ninguém foi achado digno de abrir o livro, nem mesmo de olhar para ele. 5 Todavia, um dos anciãos me disse: Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos. Rev 5:1-5

Ele tem a história em suas mãos. Ele intervirá em nossas vidas permitindo ou mesmo produzindo situações que nos transformaram à imagem dele mesmo: Essa é a minha Esperança.

Falar ou Calar

Em que tipo de igreja estamos nos tornando? Uma igreja que fala a respeito de Jesus e de seu evangelho, ou uma igreja que se cala.

(1) Depois disso Paulo saiu de Atenas e foi para Corinto. (2) Ali, encontrou um judeu chamado Áqüila, natural do Ponto, que havia chegado recentemente da Itália com Priscila, sua mulher, pois Cláudio havia ordenado que todos os judeus saíssem de Roma. Paulo foi vê-los (3) e, uma vez que tinham a mesma profissão, ficou morando e trabalhando com eles, pois eram fabricantes de tendas.

(4) Todos os sábados ele debatia na sinagoga, e convencia judeus e gregos. (5) Depois que Silas e Timóteo chegaram da Macedônia, Paulo se dedicou exclusivamente à pregação, testemunhando aos judeus que Jesus era o Cristo. (6) Opondo-se eles e lançando maldições, Paulo sacudiu a roupa e lhes disse: "Caia sobre a cabeça de vocês o seu próprio sangue! Estou livre da minha responsabilidade. De agora em diante irei para os gentios".

(7) Então Paulo saiu da sinagoga e foi para a casa de Tício Justo, que era temente a Deus e que morava ao lado da sinagoga. (8) Crispo, chefe da sinagoga, creu no Senhor, ele e toda a sua casa; e dos coríntios que o ouviam, muitos criam e eram batizados. (9) Certa noite o Senhor falou a Paulo em visão: "Não tenha medo, continue falando e não fique calado, (10) pois estou com você, e ninguém vai lhe fazer mal ou feri-lo, porque tenho muita gente nesta cidade". (11) Assim, Paulo ficou ali durante um ano e meio, ensinando-lhes a palavra de Deus. (Act 18:1-11)


Não tenha medo. Fale. Não se cale. Eu estou com você. Ninguém lhe fará mal. Tenho muita gente nesta cidade. Essas foram as palavras de encorajamento dadas a Paulo pelo Senhor. Nós também precisamos dessas palavras hoje.

Não tenha medo

Quando as vozes se levantarem contra Verdade da salvação, da libertação e da vida abundante que há em Cristo, não tenha medo. Não tenha medo quando as portas se fecharem por causa do seu compromisso com Cristo; não tenha medo se xingamentos e desprezo o acompanharem.

Ao anunciar Jesus, Paulo enfrentou oposição e foi amaldiçoado por seus compatriotas, judeus como ele.

Fale

Fale do que Cristo tem feito em sua vida. Fale das mudança que Ele tem feito em você. Fale do sentido que vida tem por causa de Jesus. Fale do socorro que você tem achado nele. Fale da paz que existe para quem confia nele. Fale da vida eterna que está preparada. Fale o que Jesus pensa da vida, da morte, das pessoas, do amor, da natureza, do dinheiro, das autoridades... fale em nome de Jesus. Fale o que ele falaria.

Não se cale.

Não se encolha. Não fique omisso quando a verdade ocultada. Não fique quieto quando a vida for ameaçada. Não se cale diante da injustiça e dos mal tratos. Não emudeça diante da agressão gratuita e da prepotência. Não se cale diante dos desmandos omissões. Fale em nome de Jesus. Fale o que ele falaria.

Ele está com você

Cristo está com você enquanto você fala dele para outras pessoas. Ele não o abandonará jamais. Ele dará força e coragem para você falar. Ele o levará aos lugares certos e colocará as palavras certas em sua boca. Foi essa sua promessa aos seus apóstolos.

Luk 21:14 Mas convençam-se de uma vez de que não devem preocupar-se com o que dirão para se defender.
Luk 21:15 Pois eu lhes darei palavras e sabedoria a que nenhum dos seus adversários será capaz de resistir ou contradizer.

Mat 28:20 ...E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.


Você não poderá contar comigo a todo momento, você não poderá contar com as pessoas que amam você a todo o momento, mas você poderá contar com Jesus em todos os momentos. Ele está com você.

Ninguém lhe fará mal

Nada acontecerá com você que não tenha sido permitido por Deus. Certa vez Jesus disse o seguinte:

Mat 10:26 “Mas não tenham medo daqueles que ameaçam vocês. Porque está chegando à hora em que a verdade será revelada: os golpes secretos deles se tornarão informação pública”.
Mat 10:27 “O que Eu lhes digo agora enquanto está escuro, gritem ao vento quando amanhecer. O que Eu cochicho nos seus ouvidos, proclamem em público! ”
Mat 10:28 “Não tenham medo daqueles que só podem matar o seu corpo - mas não podem tocar na alma de vocês! Temam apenas a Deus, que pode destruir no inferno a alma e o corpo juntos”.


O Senhor tem muita gente nesta cidade

Ainda há muitos que ouvirão o evangelho de Cristo o aceitarão o filho de Deus como seu Senhor e Salvador. Ainda há muitos que se tornarão nossos irmãos em Cristo e terão seu pecados perdoados por Cristo Jesus, terão suas vestes lavadas pelo sangue do Cordeiro, aquele que é digno de abrir o selos.

Ainda há muitas pessoas na cidade de Fortaleza que invocarão o nome do Senhor e serão salvas.

Rom 10:14 Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue (anuncie)?

Conclusão

Em que tipo de igreja estamos nos tornando: uma igreja que fala ou uma igreja que se cala?

Que tipo de discípulos somos nós: discípulos mudos ou discípulos que anunciam o evangelho de Cristo.

Aquele que é digno de abri os selos...
Aquele que prometeu ficar ao nosso lado...
Aquele que prometeu sussurrar as palavras...
Aquele que veio salvar, não condenar...

Esse mesmo quer usar a mim e a você para anunciarmos as boas novas, o evangelho da salvação que há em Cristo Jesus. Não precisamos mais fugir do Senhor. Em Cristo, podemos agora nos achegar a Ele e seremos acolhidos com amor e carinho pelo Deus que tem a respeito de nós pensamentos de Paz.

Que nos tornemos, todos, boca de Deus.
E através de nossa vida Cristo seja reconhecido e adorado.

03 dezembro 2008

Que igreja seremos – Servir ou ser servido 2



Introdução

Que igreja seremos no futuro? As decisões que fazemos hoje é que determinam o tipo de igreja que seremos. Planos e projetos são bons, mas não são suficientes para dar direção a uma igreja. A direção de uma igreja é o resultado da decisão de cada um de nós.

Seremos uma igreja que serve ou é servida?
Qual é a sua decisão, servir ou ser servido?

O serviço que agrada o coração do Senhor é voluntário.

• Quem serve por obrigação não tem liberdade é um escravo contra a própria vontade.

• Quem serve pelo pagamento é um empregado que é remunerado pelo que faz, recebe o pagamento do seu serviço e nada mais tem a requerer

• Quem serve voluntariamente, por livre vontade, é um parceiro de Deus na restauração do mundo que Deus planejou para nós.

Quando o serviço ao Senhor (tanto faz, se dentro ou fora da igreja) é prestado de forma espontânea, isso alegra o coração do Pai. Foi esse o exemplo que Jesus deixou quando serviu ao Deus Pai com sua vida.

(14) "Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas; e elas me conhecem; (15) assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas. (16) Tenho outras ovelhas que não são deste aprisco. É necessário que eu as conduza também. Elas ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor. (17) Por isso é que meu Pai me ama, porque eu dou a minha vida para retomá-la. (18) Ninguém a tira de mim, mas eu a dou por minha espontânea vontade. Tenho autoridade para dá-la e para retomá-la. Esta ordem recebi de meu Pai".( Joh 10:14-18 - NVI)

Nesta igreja, o serviço tem sido, e queremos que seja sempre, voluntário. Temos aberto mãos das estratégias que pressionam as pessoas a servir, porque cremos que o Senhor se agrada quando usamos os dons, talentos e recursos que temos voluntariamente.

Não somos nem devemos nos portar como crianças que precisam ser forçadas a fazer as coisas que precisam e devem ser feitas. Devemos nos tornar adultos responsáveis que vêem as necessidades do Corpo de Cristo e se colocam à disposição para servir.

Aqueles que são obrigados a servir ficam esperando que o “feitor” venha dar as ordem e dizer o que deve ser realizado; se o feitor não vier, ótimo. São incapazes de tomar a iniciativa de alguma coisa porque isso só traria mais trabalho para eles, que servem por que se sentem obrigados.

Mas aqueles que decidem servir voluntariamente, como Jesus, ficam de olhos abertos para as oportunidades de participar com seus dons e talentos.

Aqueles que servem pelo pagamento vivem de relógio em punho para contar cada minuto que “trabalham”. Têm um expediente a cumprir, mas não estão dispostos a passar um segundo a mais que seja do contratado. Se servem no sábado, não vem no domingo; se vêm em um domingo, não vêm no outro. E quando termina o seu “expediente” só pensam em voltar para casa.

Mas aqueles que decidem servir voluntariamente, como Jesus, estão sempre à disposição. Estão sempre comprometidos com Reino, porque para eles servir não é para receber nada, é para dar tudo.

Que igreja seremos – Servir ou ser servido 1

Introdução

Que igreja seremos no futuro? As decisões que fazemos hoje é que determinam o tipo de igreja que seremos. Planos e projetos são bons, mas não são suficientes para dar direção a uma igreja. A direção de uma igreja é o resultado da decisão de cada um de nós.

Seremos uma igreja que serve ou é servida?
Qual é a sua decisão, servir ou ser servido?

Nós sabemos que decisão devemos tomar, mas saber a decisão certa não muda nada na vida da gente. O que muda é tomar a decisão certa.

A maioria de nós é capaz de falar muitas coisas bonitas sobre servir, mas poucos são aqueles que se colocam a serviço dos outros. Por quê?

Como cristão conhecemos o valor do servir, mas na prática não nos sentimos atraídos por ele porque nos sentimos diminuídos quando servimos.

Em nossa forma de pensar, servir é uma falta de opção. Nossos filhos são treinados e orientados para estudar e progredir na vida. Esse progresso é sinônimo de ter o que quiser e ser servido pelas outras pessoas.

Na economia o serviço é um bem que é vendido e comprado. Quem não possui propriedades e não tem dinheiro acumulado, vende os seus serviços para sobreviver,

Para muitas pessoas o serviço é considerado uma humilhação porque a posição social de quem serve está ligada ao status do escravo: alguém que não tem liberdade, que é obrigado a fazer aquilo que os outros se negam a realizar.

Por esses e outros motivos, servir soa tão mal aos nossos ouvidos.

Jesus e o serviço

Que tipo de pessoa você quer ser? Alguém que serve ou alguém que é servido? O que realmente é melhor para nós? Qual a melhor decisão para a sociedade? Qual é o tipo de atitude que nos tornará parceiros de Deus para restaurar o mundo que ele planejou para nós?

Precisamos olhar para Jesus. Ele tem uma forma própria de considerar essa questão. A maneira de Jesus ver a decisão entre servir e ser servido é revolucionária porque vai contra o senso comum da humanidade.

Acontece que esse senso comum foi afetado pela nossa distância de Deus e do projeto dele para nós. Por isso, não podemos confiar nele. É preferível confiar em Jesus e no jeito como ele ver todas as coisas, inclusive quanto a essa tensão entre servir e ser servido.

Hoje vamos ver dois textos que nos ajudarão a conhecer melhor a opinião do Filho de Deus sobre servir e ser servido. O primeiro está no evangelho de Marcos 10:32-41 e o segundo é João 13:1-17.

(32) Estavam de caminho, subindo para Jerusalém, e Jesus ia adiante dos seus discípulos. Estes se admiravam e o seguiam tomados de apreensões. E Jesus, tornando a levar à parte os doze, passou a revelar-lhes as coisas que lhe deviam sobrevir, dizendo: (33) Eis que subimos para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos principais sacerdotes e aos escribas; condená-lo-ão à morte e o entregarão aos gentios; (34) hão de escarnecê-lo, cuspir nele, açoitá-lo e matá-lo; mas, depois de três dias, ressuscitará. (Mar 10:32-34)

Era um clima tenso e cheio de apreensões. Jesus e seus discípulos estavam indo em direção a Jerusalém onde uma multidão de peregrinos de todas as partes se reunia todos os anos.

Jesus sabia que aquela seria sua última viagem a Jerusalém e passou a compartilhar com seus discípulos os acontecimentos que estavam prestes a ocorrer. Jesus não queria que eles estivessem à parte do plano de Deus.

Os sacerdotes e escribas judeus fariam um complô para prender Jesus e condená-lo à morte. Depois disso, Jesus seria entregue aos romanos para que a sentença fosse cumprida.

Além disso esse seria um momento de humilhação e zombaria. Jesus seria alvo de pouco caso, seria cuspido em sinal de desprezo e depois de toda a tortura física e emocional, ele seria por fim morto. Dá quase pra ver o rosto triste e o semblante cabisbaixo dos discípulos ao ouvir a descrição de Jesus.

Tiago e seu irmão João, depois de ouvir tudo, dizem que têm algo a pedir para Jesus.

(35) Então, se aproximaram dele Tiago e João, filhos de Zebedeu, dizendo-lhe: Mestre, queremos que nos concedas o que te vamos pedir. (36) E ele lhes perguntou: Que quereis que vos faça? (37) Responderam-lhe: Permite-nos que, na tua glória, nos assentemos um à tua direita e o outro à tua esquerda.

Tiago e João estavam sintonizados em outro canal. Eles não compreendiam o agir de Deus. Para Eles não havia sentido naquilo que Jesus falava. Jesus era o messias vitorioso. Finalmente eles que estavam dominados pelos romanos seriam os dominadores. Jesus era o enviado de Deus. A questão mais importante para eles agora era: quem vai ser o segundo na hierarquia de poder do reino de Cristo?

Depois de três anos de caminhada lado ao lado com aqueles homens, ouvir o que Jesus ouviu dá vontade até de chorar. Mas Cristo, pacientemente, explica que eles não tinham noção do que estavam pedindo e que a preocupação deles com poder e posição não era saudável.

(38) Mas Jesus lhes disse: Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que eu bebo ou receber o batismo com que eu sou batizado? (39) Disseram-lhe: Podemos. Tornou-lhes Jesus: Bebereis o cálice que eu bebo e recebereis o batismo com que eu sou batizado; (40) quanto, porém, ao assentar-se à minha direita ou à minha esquerda, não me compete concedê-lo; porque é para aqueles a quem está preparado. (Mar 10:35-40)

Acontece que toda essa história não passou despercebida aos demais apóstolos. Os outros ficaram indignados com a atitude de Tiago e João. Como é que eles tiveram a coragem de falar com Jesus antes de nós!?

(41) Ouvindo isto, indignaram-se os dez contra Tiago e João.

O pensamento de todos eles era o mesmo. O jeito que eles conheciam para fazer funcionar as coisas era com base no domínio e na opressão. Eles não queriam apenas libertar-se dos romanos, mas queriam se tornar eles mesmos os dominadores.

Dentro de nossas almas há uma enorme sede de controle e poder. Por quê. Porque somos inseguros e quando somos os maiorais, nos sentimos menos inseguros.

Um educador brasileiro chamado Paulo Freire, entendendo que a educação poderia libertar os oprimidos desenvolveu um método de alfabetização de adultos. Depois de anos de trabalho, ele afirmou algo que retrata essa sede da alma por dominar: quando o oprimido é libertado do opressor, ele assume o mesmo papel de opressão. O oprimido tem um opresso oculto em sua alma.

Jesus sabia disso. Então ele chamou os doze para perto de si para ensina algo a respeito de servir e ser servido.

(42) Mas Jesus, chamando-os para junto de si, disse-lhes: Sabeis que os que são considerados governadores dos povos têm-nos sob seu domínio, e sobre eles os seus maiorais exercem autoridade.

Jesus reconhece que há um senso comum na humanidade pelo qual a dominação é a única forma de fazer a vida funcionar. Ele admite que nosso mundo caído, que não se importa com as idéias de Deus sobre vida encontrou um jeito para as coisas acontecerem: uma cadeia de opressão e domínio.

Opressão e domínio não podem conviver com o serviço voluntário e amoroso. Opressão e domínio têm como resultado um serviço doloroso e cheio de amargura. O sistema do mundo em que vivemos funciona assim. O serviço é extraído à força das pessoas, que servem porque são obrigadas a fazê-lo.

Aqueles que tem poder, não usam seu poder para servir, mas para serem servidos. Quem tem autoridade, não a usa em benefício dos outros, mas em benefício de si mesmo. Aqueles que foram colocados em posição de domínio sobre as pessoas, usam essa posição para atingir seu próprios objetivos, não para servi-las.

(43) Mas entre vós não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; (44) e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos. (Mar 10:41-44)

É nesse ponto que vem a palavra revolucionária de Cristo: entre vós não é assim. Jesus chama aqueles homens para se tornarem parceiros de Deus na reconstrução do mundo como Deus imaginou.

No mundo que Cristo deseja restaurar a marca daqueles que têm um grande caráter é o serviço. Grandes não são aqueles que têm pessoas a sua disposição para cumprir suas ordens, mas sim aqueles que se colocam a serviço das pessoas que estão ao seu redor.

No mundo que Cristo deseja restaurar, grandes são aqueles que têm como se não tivessem e são como se não fossem, porque devolvem qualquer poder e qualquer autoridade que receberam de Deus em forma de serviço para as outras pessoas.

No mundo que Cristo deseja restaurar, os primeiros são aqueles que em suas vidas se consideram com a obrigação de servir às pessoas. Esses sãos os recebem o reconhecimento do Pai.

Conclusão

Essa é a opinião de Cristo. Na verdade, não apenas a opinião esse foi o modo de vida de Cristo. Não há dúvidas que é revolucionário e utópico aos olhos humanos, mas é assim que o Filho de Deus vê o mundo funcionando.

Pode ser que a vida tenha lhe tornado cético, porque ela realmente tem essa capacidade. Você já viveu tantas frustrações e decepções que já não tem mais esperança em coisas como essas. Eu não quero desprezar o que você já viveu, apenas quero desafiá-lo a voltar a sonhar e experimentar acreditar nas palavras do Filho de Deus. A vida que Deus planejou para nós não pode ser insossa e sem esperança.

Pode ser você seja um jovem que está dando os primeiros passos por conta própria. Ouça as palavras de Cristo. Viver conforme a orientação Dele só vai trazer bons resultados para sua vida. Decida viver do jeito que Jesus viveu. Além disso, perceba que Cristo está chamando você para ser parceiro dele na reconstrução do mundo. Essa é uma grande aventura que você não pode perder. Decida servir.

Talvez você ouviu tudo isso e está enrolado como filhos, esposa, trabalho, chefes, igreja, família, contas, e dezenas de outras coisas. Sua pergunta é o que isso tudo tem a ver com a minha semana que começa amanhã?

Servir é priorizar as pessoas. Servir é reconhecer que os relacionamentos são mais importantes do que as tarefas e realizações. Servir é valorizar sua esposa e seus filhos e se deixar usar por deus para suprir suas necessidades; servir é decidir que você não está satisfeito com o mundo cão em que você vive, que você tem esperança de a vida possa ser melhor do que é hoje. Servir é ter esperança no coração de que o Reino de Deus virá e que você quer ser parceiro de Deus dizendo: venha o teu reino, seja feita a tua vontade.