19 maio 2008

O Ensino de Jesus - Oração e Jejum

Introdução

Existe alguma possibilidade de que o pensamento de Cristo Jesus sobre a vida tenha utilidade para o homem e a mulher desse início de século XXI?

Como devemos tratar as palavras de Cristo? Como bons conselhos que já não são apropriados para a dinâmica que nossas vidas assumiram? Prefiro vê-las como sabedoria divina; palavras vindas da mente de Deus, que deseja o melhor para nós.

Em nosso último encontro refletimos sobre o ensino de Jesus a respeito do auxílio e da misericórdia. Vimos que Jesus considerou que o auxílio ao pobre e necessitado faz parte das disciplinas espirituais que devemos cultivar.

Também ficou claro que, ao ajudarmos outras pessoas, não devemos tornar essa ajuda em moeda de barganha com Deus; nem tampouco usá-la para extrair reconhecimento ou louvor das pessoas.

O Senhor tem uma recompensa preparada para aqueles que socorrem os pobres e necessitados. Vale a pena esperar pelo reconhecimento e pelo louvor que vem Dele. Até porque o presente do Pai é infinitamente melhor do que qualquer bala ou doce que os convidados da festa queiram nos oferecer.

Hoje iremos refletir sobre outros dois ensinos de Jesus: primeiro sobre a oração e depois sobre o jejum. É claro que não vamos esgotar esses assuntos, mas apenas tentar aproveitar esse momento que estamos juntos para olhar com atenção para alguns aspectos do ensino de Cristo.
Oração

(5) Quando orarem, não devem ser como os hipócritas, que se mostram piedosos, orando publicamente às esquinas das ruas e nas sinagogas, onde toda a gente os pode observar. Na verdade, já receberam a sua recompensa. (6) Mas tu, quando orares, fecha-te em casa, e ora secretamente ao teu Pai, e ele, que conhece os teus segredos, te dará o galardão. (7-8) Não recitem a mesma oração uma vez, e outra, e outra, como os pagãos fazem, julgando que as orações são mais atendidas pela sua repetição constante. Lembrem-se de que o vosso Pai bem sabe aquilo de que necessitam ainda antes de lho pedirem! (Mat 6:5-8 – OL)

A oração é parte integrante e indispensável da vida de alguém que deseja se tornar amigo de Deus. Por quê? Porque não é possível conhecer alguém ou deixar-se conhecer por alguém sem que aconteça algum tipo de diálogo. Para ser amigo é preciso falar o que vai na alma e também é preciso ouvir o que o outro tem a dizer; só assim a gente se torna íntimo de alguém.

Muitas músicas falam de intimidade com Deus. Muita gente fala que deseja essa intimidade com o Senhor, mas não está disposta a gastar tempo com Deus. É preciso permanecer na presença dele todo o tempo. Conversar com ele todo o tempo: falar com franqueza e ouvir com singeleza e humildade.

• Sem oração, nosso destino será o aqui e agora, não a eternidade;
• Sem oração, nosso destino será a humanidade decaída, não a imagem de Cristo;
• Sem oração nosso destino será a canseira do esforço humano, não o poder sobrenatural de Deus;
• Sem oração, nosso destino será a solidão no meio da multidão, não a o aconchego da solitude;
• Sem oração, nosso destino será guerrear com tudo e todos, não a paz que excede todo o entendimento.

A oração faz parte de sua vida? Se não, você precisa experimentá-la!
Há algo maravilhoso na oração: você pode orar o tempo todo e em todo lugar. Ninguém pode impedi-lo de orar, ninguém pode controlar, censurar ou analisar sua oração. Oração é uma conversa particular entre você e o seu Deus.

A oração pode nascer no meio do perigo de um assalto, como um grito de socorro, ou pode surgir no choro da madrugada, quando ninguém mais ouve você. A oração pode ser um ato de gratidão pelo pão de cada dia e pelo teto sobre a cabeça ou mesmo um resmungo de dúvida e questionamento diante da doença sem cura ou da morte de uma criança.

Tudo na vida merece uma oração; porque Deus está interessado em nos ensinar sobre a vida que ele nos deu. Aqui há uma chave: só há espaço para a oração quando cremos em Deus e desejam conhecê-lo melhor.

Hoje há muita confusão sobre oração.

Desejar a um amigo sucesso em uma cirurgia, não é orar por ele; orar é pedir a Deus que guie os médicos e cuide da saúde do seu amigo.

Alegrar-se com o sucesso de um filho que passou no vestibular não é orar; orar e agradecer a Deus por ter levado paz ao coração dele, permitindo assim que ele fizesse uma boa prova.

Afirmar que aquele colega de trabalho não vai conseguir realizar uma maldade contra você porque você é filho do Rei não é orar; orar é clamar a Deus que proteja sua vida e sua família do mal e que Ele tenha misericórdia daquele que está desejando o seu mal.

Orar é expressar a nossa dependência de Deus. Orar não é uma afirmação da nossa capacidade, da nossa bondade, do merecimento ou dos nossos desejos.
Não devemos ser como os hipócritas

(5) Quando orarem, não devem ser como os hipócritas, que se mostram piedosos, orando publicamente às esquinas das ruas e nas sinagogas, onde toda a gente os pode observar. Na verdade, já receberam a sua recompensa. (6) Mas tu, quando orares, fecha-te em casa, e ora secretamente ao teu Pai, e ele, que conhece os teus segredos, te dará o galardão.


Mas quem são os hipócritas?
ὑποκριτής hupokritēs hoop-ok-ree-tace'

A palavra que Jesus usou e que foi traduzida como hipócrita, era usada também para falar dos atores, que desempenhavam um determinado papel.

Hipócritas eram aqueles que se apresentavam para as pessoas como um personagem que na verdade não era ele. Os hipócritas viviam uma espécie de farsa, já que o seu verdadeiro modo de pensar e agir não era aquele que ele mostrava para as pessoas. O hipócrita era na verdade uma outra pessoa.

Ao orarmos, portanto, não devemos ser como os hipócritas. Não devemos tentar parecer que somos o que não somos. Não devemos tentar impressionar as pessoas com palavras bonitas ou com gestos majestosos, quando na verdade estamos precisando chorar a nossa dor no ombro de alguém.

Ao orarmos, não devemos ser como os hipócritas. Não devemos tentar apresentar para Deus um personagem diferente de quem somos. Não é preciso fazer uma encenação para Ele, porque o Senhor sabe exatamente quem somos.

Ao orarmos, não devemos tornar nossas orações em um meio de obter reconhecimento sobre nossa espiritualidade. Sua intimidade como Deus não precisa ser motivo de conversa e bate-papo entre outras pessoas.
Quer dizer que agora não podemos mais orar em público? Não! Quer dizer que aqueles homem, orando publicamente, caíram em uma tipo de armadilha que fazem para si mesmos aqueles que buscam reconhecimento nas palavras de elogio das pessoas, em vez de aguardar o reconhecimento do Pai.

Assim como acontece com aqueles que tocam trombeta diante de si quando vão socorrer o pobre e necessitado, as pessoas que usam seu relacionamento como Deus para serem reconhecidos como homens e mulheres espirituais também já receberam sua recompensa.

Em vez disso, o Senhor nos convida a sermos discretos quando o assunto é a nossa caminhada de intimidade com o Ele.

Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. (Mat 6:6 ARA)

E da mesma maneira que aqueles que socorrem os pobres e necessitados de forma discreta serão vistos e recompensados pelo Senhor, também aqueles que não fazem alarde de suas lutas de oração, que são silenciosos sobre suas madrugadas de intercessão também serão ouvidos e receberão do Pai a justa recompensa.

Não devemos repetir nossas orações

Não recitem a mesma oração uma vez, e outra, e outra, como os pagãos fazem, julgando que as orações são mais atendidas pela sua repetição constante. Lembrem-se de que o vosso Pai bem sabe aquilo de que necessitam ainda antes de lho pedirem! (Mateus 6:7,8 – OL)

Talvez você pensasse que essa coisa de repetir a mesma oração o tempo todo fosse algo inventado recentemente. Aliás, eu fico impressionado com o sujeito que é capaz de repetir a mesma frase 20 ou 30 vezes e consegue fazer uma entonação diferente a cada vez.

A repetição de orações parece que está entranhada na natureza humana. Por que as pessoas repetem a mesma oração dezenas, centenas de vezes até? Não precisamos ir muito longe para entender o porquê, Jesus mesmo explica essa questão.

As orações são repetidas por causa do entendimento errado de que Deus possa ser pressionado ou sensibilizado com a insistência de algumas frases, repetidas um sem número de vezes. Além disso, quem repete sua oração uma vez após outra não está tentando se relacionar com Deus. Na verdade faz assim não está orando, porque repetir a mesma coisa dezenas de vezes não é uma conversa; e orar é conversar.

As rezas repetidas têm sua origem nos mantras pagãos que tinham o propósito de coagir os deuses e arrancar deles o favor desejado.

Mas o nosso Deus não é assim. Jesus afirma que Deus é um pai amoroso e atento. Ele tanto sabe quais são as necessidades de seus filhos antes que eles peçam quanto tem o desejo de atendê-las. Por isso, a oração não deve se tornar em um instrumento de ameaça contra Deus.

Quer dizer que não posso pedir algo a Deus mais de uma vez ou agradecer o amor dele por mim cada vez que eu me lembrar? É claro que não é isso.

O desafio é não permitir que a oração sejam mecanizada, e em vez disso, desenvolver um relacionamento com Deus. Ninguém senta ao lado de um amigo e repete a mesma frase dezenas de vezes. No entanto, é comum aos amigos conversarem sobre o mesmo assunto várias vezes.

Oração não é repetição. Oração é conversação.

Jejum

Quando jejuarem, não o façam publicamente como os hipócritas, que procuram parecer abatidos para despertar admiração. Verdadeiramente, essa é a única recompensa que receberão. Mas apresentem-se o melhor possível, de tal modo que ninguém desconfie de que não ingeriram alimentos, sabendo-o apenas o vosso Pai, que conhece todos os segredos. Ele vos recompensará. (Mateus 6:16-18)

As palavras de Jesus nos deixam entender que também o jejum faz parte das disciplinas espirituais dos cristãos. Dentre as disciplinas espirituais, talvez, essa seja uma das menos lembradas em nossos dias.

O jejum bíblico é abster-se de alimentação por um tempo com propósitos espirituais. A abstenção de alimentos pode ter outros propósitos, mas nesses casos não estaríamos falando do jejum bíblico: a abstenção de alimentos com propósito físicos é conhecido como regime ou dieta; a abstenção de alimentos com propósitos políticos é a greve de fome.

No antigo testamento, não há leis sobre o jejum. Também não há uma ordem direta de Jesus ou dos apóstolos para que ele seja praticado, no entanto, ao explicar a forma de fazê-lo, Jesus considera que o jejum é uma parte natural da vida de devoção daquele que busca a Deus.

A vida de muitos dos grandes personagens bíblicos foi marcada pelo Jejum. Deus não ordena ou pede jejuns, mas no decorrer da história, homens e mulheres que viveram em busca de Deus praticaram o jejum de forma voluntária.

Davi
Buscou Davi a Deus pela criança; jejuou Davi e, vindo, passou a noite prostrado em terra. (2 Samuel 12:16)

Esdras
Nós, pois, jejuamos e pedimos isto ao nosso Deus, e ele nos atendeu. (Esdras 8:23)

Neemias
Tendo eu ouvido estas palavras, assentei-me, e chorei, e lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus. (Neemias 1:4)

Ester
Vai, ajunta a todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais, nem bebais por três dias, nem de noite nem de dia; eu e as minhas servas também jejuaremos. Depois, irei ter com o rei, ainda que é contra a lei; se perecer, pereci. (Ester 4:16)

Daniel
Voltei o rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, pano de saco e cinza. (Daniel 9:3)

Jesus
E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome. (Mateus 4:2)

Paulo
...nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns, (2 Coríntios 6:5)

O jejum não é uma fórmula mágica ou um ritual para se obter coisas, mas um meio de nos aproximarmos mais de Deus. O jejum é a abstenção voluntária do alimento que sustenta a vida do corpo. Portanto, quem jejua está afirmando duas coisas: primeiro, que confia em Deus para ser o sustento da sua vida; segundo, que está disposto a abrir mão do prazer deste mundo para encontra sentido para a vida em Deus.

• Jesus jejuou quando foi tentado no deserto. (Mateus 4:2)
• Jesus prometeu que o Pai abençoaria o jejum. (Mateus 6:17-18)
• Jesus disse que seus discípulos jejuariam. (Mateus 9:14-15)
• O jejum é necessário para vencer algumas forças demoníacas. (Mateus 17:21)
• Jejuar fez parte do serviço [prestado por] Ana a Deus. (Lucas 2:37)
• O jejum fez parte do ministério dos servos [de Cristo] em Antioquia. (Atos 13:2)
• A ordenação [de pastores] era acompanhada por jejum. (Atos 13:3, 14:23)
• O jejum e a oração são a única razão adequada para a abstinência no relacionamento conjugal. (1 Coríntios 7:5)
• O jejum foi um modo como Paulo validou o seu ministério. (2 Coríntios 6:5)
• Paulo jejuava com freqüência. (2 Coríntios 11:27)

O jejum não é para quem jejua ou para demonstração de espiritualidade para outras pessoas. O jejum é para Deus. É uma declaração de amor e confiança Nele.

Foi por isso que Jesus afirmou que o verdadeiro jejum não poderia ser motivo para contar vantagens espirituais. Aqueles que praticam o verdadeiro jejum não devem fazer pose de abatidos e enfraquecidos para em seguida ganhar elogios dos outros.

Quem pratica o jejum bíblico, não tenta parecer espiritual para os outros porque está jejuando. Porque aquele que deseja receber sua recompensa dos homens, será recompensado apenas pelos homens.

Conclusão

Três disciplinas espirituais que precisam fazer parte de sua vida: socorro aos pobres e necessitados, oração e jejum. Esses são alguns dos ensinos práticos que Jesus deixou. Você começará essa semana com um desafio: encontrar uma forma de praticar essas disciplinas espirituais no seu dia-a-dia.

Peça ao Espírito de Deus que o ajude a praticar os ensinos de Cristo. Essa é uma decisão digna de um cristão, um seguidor de Jesus.

Peça que Deus lhe traga à memória o ensino de Jesus sobre essas disciplinas sempre que isso for necessário. Coloque-se a disposição para aprender a praticar essas disciplinas.

Acredite que praticar o ensino de Cristo lhe causará bem, e não mal. Confie nas palavras Dele. Ele o abençoará agora e na eternidade.

Lembrando a história do menino e a festa de aniversário: é melhor aguardar o presente especial do nosso Pai Celeste, que receber balas e doces dos convidados da festa.

O Ensino de Jesus - Dinheiro e posses



Introdução 

Hoje, continuando esta série de mensagens sobre o ensino de Jesus, refletiremos sobre as afirmações de Jesus a respeito de como devemos nos relacionar com o dinheiro e com as posses.

Pode parecer surpreendente para alguns que Cristo tenha-se preocupado com isso, já que muitos vêem o evangelho como uma alienação da vida. Mas a verdade é que há inúmeras referências sobre o assunto. Vamos juntos o texto que servirá de base para nós essa noite.

(19) Não ajunteis para vós tesouros na terra; onde a traça e a ferrugem os consomem, e onde os ladrões minam e roubam; (20) mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem os consumem, e onde os ladrões não minam nem roubam. (21) Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração. (22) A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo teu corpo terá luz; (23) se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes são tais trevas! (24) Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas. (Mat 6:19-24)

Em nossos dias, o evangelho de Cristo tem sido manipulado para atender as necessidades e expectativas das pessoas. Há uma espécie de acordo entre alguns pregadores e suas igrejas: eu falo o que você quer ouvir e você ouve aquilo que eu falar. O Apóstolo Paulo alertou o jovem pastor Timóteo sobre esses tempos:

(3) Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos, (4) e não só desviarão os ouvidos da verdade, mas se voltarão às fábulas. (5) Tu, porém, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério. (2Ti 4:3-5)

Alguns transformaram o evangelho em uma negociata com Deus, onde os céus são intimados, sob ameaça, para fazerem prosperar os negócios particulares daqueles que se acham com o direito de processar o Senhor, caso Ele não cumpra as promessas que eles imaginam ter o direito de receber.

Para esses, talvez Jesus dissesse: não coloque a posse de bens como uma prioridade em sua vida, porque “A vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui.”.

Outros praticam um evangelho desencarnado, em que a fé está tão divorciada da vida prática que ficam desconfiados (e até escandalizados) quando o assunto da pregação é dinheiro. Para esses, não há qualquer conexão entre seguir a Cristo e a forma como eles administram seus bem e recursos. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.

Para esses outros, talvez a fala de Jesus fosse: não tente separar aquilo que na verdade está junto, porque “Onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração.”.

A verdade, é que o Senhor não faz negociata com ninguém, mas tem muito a dizer (e a esperar de nós) em relação ao dinheiro, seu uso e seu valor. Você não pode dizer-se um discípulo de Cristo sem que essa área de sua vida tenha sido tratada por Ele.

Aqueles que recebem a Cristo como Senhor e Salvador precisam fazer ajustes em sua maneira errada de lidar com o dinheiro, da mesma maneira que promovem ajustes em relação a outros pecados de sua vida.

O Ensino de Jesus - Auxílio e Misericórdia

Introdução

Será que é possível encontrar aplicação para os ensinos de Jesus para o homem e a mulher do século XXI? Será que aquilo que Jesus ensinou, há mais de dois mil anos atrás, percorrendo pequenos vilarejos empoeirados da palestina, pode ser útil para mim e para você hoje? Será que os ensinos simples e diretos de Jesus ainda são necessários e relevantes em meio a complexa vida urbana que temos?

Eu penso que sim.

Quando Jesus falava às pessoas de seu tempo, elas ficavam grandemente impressionadas. Mas não era a erudição do discurso ou mesmo o falar bonito que impressionavam. As pessoas eram tocadas porque as palavras de Jesus eram ditas com autoridade.

O Senhor não falava de religiosidade, isto é, o ensino de Jesus não era uma maneira de organizar os esforços humanos para alcançar a Deus; Jesus falava do amor de Deus, e de como esse amor deveria nos mover a viver vidas santas e retas.

Nesta e nas próximas semanas iremos refletir sobre o Ensino de Jesus e procurar as aplicações desse ensino para os nossos dias. Faremos isso pedido ao Espírito de Deus que nos ensine e nos esclareça sobre as palavras do Filhos de Deus.

Eu quero lhe fazer um desafio. Durante essas semanas leia os capítulos 6 e 7 do evangelho de Mateus. Esse será o nosso texto básico durante essa série de mensagens. Leia detidamente, com calma, procurando compreender o significado das palavras de Jesus. E peça discernimento ao E.S.

O Sermão do Monte

Os capítulos 6 e 7 do evangelho de Mateus fazem parte de um dos sermões ou discursos mais conhecidos de Jesus: o sermão do monte; essa pregação de Jesus ocupa os capítulos 5, 6 e 7 e faz parte dos 5 discursos mais longos registrados nas escrituras.

(A) É no sermão do monte que Jesus apresenta as bem-aventuranças e aponta para as características daqueles que encontram a verdadeira felicidade:

(3) Felizes os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus. (4) Felizes os que choram, porque eles serão consolados. (5) Felizes os mansos, porque eles herdarão a terra. (6) Felizes os que têm fome e sede de justiça porque eles serão fartos. (7) Felizes os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia. (8) Felizes os limpos de coração, porque eles verão a Deus. (9) Felizes os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus. (10) Felizes os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. (11) Felizes sois vós, quando vos injuriarem e perseguiram e, mentindo, disserem todo mal contra vós por minha causa. (Mat 5:3-11)

(B) No sermão do monte o Senhor diz que os seus discípulos são luz do mundo e sal da terra. Luz para iluminar as trevas e levar conhecimento de Deus para aqueles que não sabem quem Ele é; Sal para conservar a vida em todas as suas dimensões e para dar um bom sabor para a existência daqueles que nos cercam.

(13) Vós sois o sal da terra; mas se o sal se tornar insípido, com que se há de restaurar-lhe o sabor? para nada mais presta, senão para ser lançado fora, e ser pisado pelos homens. (14) Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; (15) nem os que acendem uma candeia a colocam debaixo do alqueire, mas no velador, e assim ilumina a todos que estão na casa. (16) Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus. (Mat 5:13-16)

(C) É no sermão do monte que Jesus explica que o amor que Deus teve por nós não nos deixa outra possibilidade, senão a amarmos os nossos inimigos e orarmos por aqueles que nos perseguem. E assim, de forma desconcertante, Jesus nos desafia a confia no Pai e no fato de que Ele está no controle de todas as coisas.

(43) Ouvistes que foi dito: Amarás ao teu próximo, e odiarás ao teu inimigo. (44) Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem; (45) para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus; porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos. (46) Pois, se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? não fazem os publicanos também o mesmo? (47) E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis demais? não fazem os gentios também o mesmo? (Mat 5:43-47)

(D) Também no sermão do monte, Jesus afirma que precisamos ficar ansiosos com a vida, porque essa ansiedade em obter coisas e alcançar posições na verdade não acrescenta nada de proveitoso. Em vez disso, devemos buscar primeiro o reino de Deus, porque aí todas as coisas de que realmente precisamos nos serão dadas pelo nosso Pai, que nos conhece melhor que nós mesmos.

(31) Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que havemos de comer? ou: Que havemos de beber? ou: Com que nos havemos de vestir? (32) (Pois a todas estas coisas os gentios procuram.) Porque vosso Pai celestial sabe que precisais de tudo isso. (33) Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. (34) Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal. (Mat 6:31-34)

(E) É no sermão do monte, que Jesus faz um alerta sério: quem pensa que está fazendo uma grande coisa ao apontar as falhas e pecados de um irmão deve parar com essa atitude e olhar primeiramente para suas próprias falhas. Se fizer isso, talvez descubra que suas falhas e pecados são até mais graves do que aquelas que ele estava vendo nos outros.

(3) E por que vês o argueiro no olho do teu irmão, e não reparas na trave que está no teu olho? (4) Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu? (5) Hipócrita! tira primeiro a trave do teu olho; e então verás bem para tirar o argueiro do olho do teu irmão. (Mat 7:3-5)

(F) Também no sermão do monte, Cristo fala que segui-lo não é uma decisão fácil. Desejar ser um discípulo de Jesus e desejar caminhar por caminhos estreitos e às vezes pouco confortáveis. Mas é esse caminho estreito que leva à vida eterna.

(13) Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; (14) e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz à vida, e poucos são os que a encontram. (Mat 7:13-14)

(G) É lá, no sermão do monte, que Jesus afirma que ser discípulo dele não é uma coisa da boca para fora, mas sim um compromisso de obediência. Não é apenas falar, mas viver o que se fala.

(22) Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitos milagres? (23) Então lhes direi claramemnte: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade. (24) Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática, será comparado a um homem prudente, que edificou a casa sobre a rocha. (25) E desceu a chuva, correram as torrentes, sopraram os ventos, e bateram com ímpeto contra aquela casa; contudo não caiu, porque estava fundada sobre a rocha. (26) Mas todo aquele que ouve estas minhas palavras, e não as põe em prática, será comparado a um homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia. (27) E desceu a chuva, correram as torrentes, sopraram os ventos, e bateram com ímpeto contra aquela casa, e ela caiu; e grande foi a sua queda. (Mat 7:22-27)

Durante essa série, vamos olhar pausadamente para alguns dos ensinos de Jesus. Mas não queremos apenas estudar ou compreender esses ensinos, porque Cristo nos chamou para praticá-los. Viver o evangelho: esse é o nosso grande desafio!

Auxílio e Misericórdia

(1) Cuidado, não pratiquem as boas obras com ostentação, só para serem admirados, porque se o fizerem, perderão a recompensa que o vosso Pai do céu vos dá. (2) Quando derem alguma coisa a um pobre, nada de alarde, como fazem os fingidos, tocando trombeta nas sinagogas e nas ruas para chamar a atenção para os seus actos de caridade. Digo-vos com toda a seriedade: esses já receberam toda a recompensa que poderiam ter. (3,4) Mas quando fizerem um favor a alguém, façam-no em segredo, sem dizerem à mão esquerda o que faz a direita. Vosso Pai, que conhece todos os segredos, vos recompensará. (Mat 6:1-4 – OL)

Duas Bandeiras

Quando Jesus fala “as boas obras” (“ARA = a vossa justiça”, “NVI = suas obras de justiça”) ele está se preparando para falar das três prática piedosas que eram costume entre os fariseus: as esmolas, as orações e o jejum.

O Senhor não tem qualquer palavra de repreensão aos fariseus por causa dessas disciplinas espirituais. Ele não as condena, não diz que os fariseus estavam errados em praticá-las, nem apresenta qualquer outra coisa como substituto. Isso deve nos conduzir ao entendimento que a misericórdia e o auxílio ao pobre e necessitado devem ser marcas do discípulo de Jesus, assim como o são a oração e o jejum. Mas porque não é assim?

Os desvios pelos quais a igreja passou em sua história (principalmente o engano promovido pelo catolicismo romano, de que a ajuda aos necessitados poderia contar pontos para que Deus nos salvasse), fizeram com que no século XVI os reformadores levantaram bem alto a bandeira da salvação pela graça de Deus, mediante a fé.

Lutero, Calvino, Wesley, Zwínglio e outros repudiaram a venda de passagens para o céu e rejeitaram a teologia que permitia aos ricos viverem tranquilamente de forma corrupta, porque a salvação deles estava garantida mediante as esmolas e as doações à igreja.

Mas a igreja de Cristo, quando foi jogar fora a água suja da barganha que estava na bacia, esqueceu de tirar primeiro o menino limpo da misericórdia. Então, o repúdio às negociatas com Deus foi tão incisivo que fez com que as pessoas se sentissem desobrigadas em relação ao compromisso de socorrer os necessitados.

Por causa disso, ainda hoje, muitas igrejas e seus membros se mostram insensíveis quando o assunto é ser misericordioso, socorrer o necessitado ou auxiliar aqueles que precisam de ajuda. É fácil ouvir “aleluias” e “glórias a Deus” quando o assunto é o “espiritual” e a salvação de “almas”, mas quando o assunto é alimentar os que tem fome, matar a sede daqueles que bebem água poluída ou vestir aqueles que estão em trapos, os “aleluias” e os “glórias a Deus” emudecem.

Fortaleza é a cidade dos carros importados, mas está cheia também de gente pobre que passa necessidade, pedintes nas calçadas e crianças nos sinais. Alguns são profissionais da esmola (nós sabemos disso), mas outros precisam de um pouco de amor prático e de ajuda para sobreviverem em um mundo tão hostil. Não estou dizendo que é fácil fazer isso, estou dizendo que é necessário fazermos.

Precisamos das duas bandeiras. A salvação é pela graça mediante a fé em Cristo Jesus, mas a vida cristã precisa ser vivida mediante um compromisso prático com aqueles mais necessitados. Era assim que os primeiros discípulos compreendiam a fé.

(8) Porque pela sua graça é que somos salvos, por meio da fé que temos em Cristo. Portanto a salvação não é algo que se possa adquirir pelos nossos próprios meios: é uma dádiva de Deus (9) Não é uma recompensa pelas nossas boas obras. Ninguém pode reclamar mérito algum nisso. (10) Foi o próprio Deus quem fez de nós o que somos e nos deu uma vida nova da parte de Cristo Jesus; e muitos séculos atrás, Ele planejou que gastássemos essa vida em auxiliar aos outros. (Ef. 2:8,9 – OL, 10 – BV)

(14) Meus irmãos, que interessa se alguém disser que tem fé em Deus, e não fizer prova disso através de obras? Esse tipo de fé não salva ninguém. (15) Se um irmão ou irmã sofrer por falta de vestuário, ou por passar fome, (16) e se vocês lhe disserem: Procure mas é viver pacificamente, e vá-se aquecendo e comendo como puder, e se não lhe derem aquilo de que ele precisa para viver, uma tal resposta fará algum bem? (17) Assim também a fé cristã, se não se traduzir em actos, é morta em si mesma. (Tg. 2:14;17 – OL)

Não toque trombeta

(1) Cuidado, não pratiquem as boas obras com ostentação, só para serem admirados, porque se o fizerem, perderão a recompensa que o vosso Pai do céu vos dá. (2) Quando derem alguma coisa a um pobre, nada de alarde, como fazem os fingidos, tocando trombeta nas sinagogas e nas ruas para chamar a atenção para os seus atos de caridade. Digo-vos com toda a seriedade: esses já receberam toda a recompensa que poderiam ter.

Alguns comentaristas dizem que a linguagem de Jesus é figurada. Ele fala da trombeta para dizer que aqueles que socorrem os necessitados não devem fazer barulho e chamar a atenção para si.

Outros afirmam que Jesus está usando como ilustração um fato que era comum em seus dias, isto é, que realmente havia pessoas que tocavam uma espécie de trombeta para avisar aos pobres que iriam começar a fazer suas esmolas.

Outros dizem ainda que a tocar a trombeta se refere ao gazofilácio do templo. Feito de metal ele ecoava quando as moedas eram lançadas nele, fazendo assim soar a trombeta.

Seja qual for a situação, as palavras de Jesus nesses versos são desafiadoras. Precisamos socorrer os necessitados, mas essa ajuda não deve ser uma forma e alcançar destaque e reconhecimento. Precisamos fazer a coisa certa da maneira certa.

A cesta de alimento deve ser doada para a família desempregada, as fraldas devem compradas para a mãe que não fez enxoval, a consulta ao médico deve ser paga para aquele que não tem qualquer assistência médica, a escola do garoto sem pai deve ser paga, a passagem para irmão que deseja vir à igreja deve ser doado, a visita ao hospital/presídio deve ser feita. Mas nada disso deve ser usado para extrair reconhecimento e admiração dos outros.

Você não deve ser misericordioso para ser aplaudido, nem tampouco socorrer os necessitados para ser louvado pelas pessoas por causa de sua atitude. Você não deve sair em busca de palavras de elogio por que você é uma boa pessoa. Aliás, essa atitude, por si só, já demonstra que você não é uma pessoa tão boa assim. Por que fazemos isso? Porque estamos ávidos pela recompensa. Queremos receber o prêmio.

Somos como um garoto ansioso que no dia do aniversário não consegue esperar até que o pai lhe dê o seu presente. A festa vai acontecendo, e a sua ansiedade aumenta porque o presente não chega. O garoto, então, começa a achar que o pai esqueceu dele e até a desconfiar do amor que o pai diz ter por ele.

Então, com medo de ficar sem presente, ele encontra um jeito de aplacar sua ansiedade e decide mostrar para os convidados as habilidades que tem: ele canta, dança, faz piruetas e caretas e apresenta números de malabarismo. No final, ele sorrir para os convidados e faz uma cara de bonzinho.

Encantados com a apresentação do menino os convidados vasculham os bolsos e entregam para o garoto balas, bombons e pirulitos; tudo o que eles tinham. O garoto abre um largo sorriso, apanha os doces e senta-se no chão satisfeito com seu presente.

O pai, então, depois de ver aquela cena, entristecido porque o filho escolhera os doces como seu presente de aniversário, volta-se cabisbaixo para dentro de casa. Nas mãos daquele pai um grande pacote coberto por um lindo papel colorido e envolvido em laços vermelhos. Sobre o pacote, as lágrimas de um pai rejeitado.

Jesus afirma que o Pai tem uma recompensa preparada para aqueles que se dispõe a socorrer os necessitados. O presente é uma promessa certa, mas vem das mãos do Pai. Não faça careta e malabarismos para comer doces e pirulitos. Vale muito mais a pena o presente especial que o Pai tem preparado para você. Essa é a única maneira de nosso coração aquietar-se: a confiança de que o Senhor é recompensador daqueles que o buscam.

Em segredo

(3,4) Mas quando fizerem um favor a alguém, façam-no em segredo, sem dizerem à mão esquerda o que faz a direita. Vosso Pai, que conhece todos os segredos, vos recompensará.

É interessante que essa tradução use a expressão “fazer um favor”. Porque muitas vezes nem um simples favor, como emprestar algo, é feito de forma desinteressada. Às vezes fica claro que a intenção é depois poder “cobrar” o favor e não uma atitude desprendida de fazer como ao Senhor.

A tradição judaica diz que havia no templo uma “câmara de segredos” onde as ofertas para os pobres e necessitados era depositadas longe das vistas dos outros, para que, em segredo, eles pudessem receber ali o seu sustento.

Ajudar em segredo protege aquele que doa da auto-exaltação, mas também protege aquele que recebe da exposição pública de seu sofrimento. Ajudar em segredo é ser misericordioso com aquele que está fragilizado em sua dor.

Você percebe que o irmão precisa de ajuda com a limpeza do carro e marca uma tarde de sábado para lavar carro com ele. Aí, no domingo seguinte, toda a igreja já sabe os detalhes de como o irmão é desleixado e sem cuidado com o carro dele.

Vocês percebem que aquele casal amigo precisa de um tempo sozinhos, sem os filhos, e aí se colocam à disposição para ficar com os meninos. Mas, no dia seguinte, meia igreja já sabe como os filhos do amado casal são uns pestinhas mal-educados.

Ajudar em segredo é suportar a fragilidade do outro. É colocar-se ao lado e sofrer junto. A recompensa vem do Senhor, não de uma atitude de menosprezo pela necessidade do outro.
As promessas

Quais são essas recompensas? O que o Senhor tem preparado para aqueles que se interessam pelos que passam necessidade? Esse é um assunto tão importante que o Senhor não deixou a questão totalmente aberta.

O Salmista, inspirado pelo Espírito Santo, fez questão de lista algumas dessas promessas de Deus para aqueles que entregam suas vidas para serem usadas em prol das outras pessoas, e não apenas de si mesmo.

(1) Feliz é aquele que se interessa pelo pobre; o Senhor o livrará no dia do mal. (2) O Senhor o guardará, e o conservará em vida; será abençoado na terra; tu, Senhor não o entregarás à vontade dos seus inimigos. (3) O Senhor o sustentará no leito da enfermidade; tu lhe amaciarás a cama na sua doença. (Sl. 41: 1 – NVI, 2,3 – ARA)

Quando você se interessa genuinamente pelos necessitados:

• O Senhor livra você nos tempos de adversidade;
• Ele protege e preserva a sua vida segundo a Sua vontade;
• O Senhor o faz bem-aventurado, feliz;
• Ele não permite que seus inimigos façam o que querem com você;
• O Senhor será a sua força na doença e tornará suportável a dor.

Pare de olhar apenas para si mesmo e comece a enxergar a dor, o sofrimento e a necessidade do outro. Não tenha receio! O Senhor cuidará de você.

• Quando você acudir o desamparado, o Senhor será o seu amparo;
• Quando você ajudar o necessitado, o Senhor será o seu socorro;
• Quando você alimentar o faminto, o Senhor será o seu suprimento;
• Quando você visitar o encarcerado, o Senhor será a sua liberdade;
• Quando você saciar o sedento, o Senhor será a sua água;
• Quando você vestir o nu, o Senhor será um manto sobre você;
• Quando você visitar o doente, o Senhor será a sua saúde;
• Quando você chorar com os que choram , o Senhor será sua alegria;