23 outubro 2007

Jesus e as Crianças

Por Aristarco Coelho
Igreja Batista do Caminho


Este final de semana aconteceu mais um dos chamados feriadões. O país todo iniciou o final de semana na sexta e não no sábado. Alguns iniciaram na quinta-feira depois do expediente.

No dia 12 de outubro há duas festas no país: o dia das crianças e a consagração à Padroeira do Brasil. O dia é feriado, não por causa das crianças, mas para que seja possível prestar culto público oficial à essa que é uma das dezenas de representações da mãe de Jesus. Esse feriado é bem recente e foi sancionado pelo Presidente João Figueiredo.

LEI Nº 6.802, DE 30 DE JUNHO DE 1980 - Declara feriado nacional o dia 12 de outubro consagrado à Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º É declarado feriado nacional o dia 12 de outubro, para culto público e oficial a Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil.

Art. 2º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Para todos os efeitos o Brasil é um país laico, isto é, onde o Estado e a Igreja estão separados um do outro. Mas, na verdade essa separação não é tão grande assim, uma vez que dois dos poderes da república (Legislativo e Executivo) consagraram um dia para que a nação realize culto público e oficial a uma representação da mãe de Jesus.

A verdade é que o brasileiro adora um feriado. Ao ponto que os mais de 30 milhões de evangélicos, junto com outros milhões de católicos, aproveitam o dia para ir à praia, pegar um cineminha, passear no parque ou encher a cara durante dois dias em uma mesma semana. Eu me pergunto se isso é coerente com a nossa fé.

O Feriado é da padroeira, mas a festa principal é das crianças. O Dia das crianças é festejado em vários países em datas diferentes e com motivações diferentes.

Japão: O dia é comemorado em 5 de maio. Foi decretado feriado nacional em 1948. É hábito no dia das crianças que as famílias soltem enormes pipas em forma de carpa, simbolizando força e sucesso, fora de casa e coloquem bonecos de guerreiros famosos e heróis dentro de casa.Também neste dia as famílias tomam banhos com raízes e folhas de iris, porque esta planta é considerada promotora de boa saúde e protetora contra o mal.

Turquia: Mustafa Kemal Aataturk iniciou esta comemoração na Turquia após a I Guerra Mundial. Ele amava as crianças e sempre dizia que "Crianças são um novo começo do amanhã". Ele dedicou o dia 23 de abril às crianças, e esta data é hoje celebrada como o Dia das Crianças, bem como a data da Fundação da República da Turquia.

Moçambique: Comemora-se no dia 1 de Junho o Dia Internacional da Criança. 1 de junho foi instituído Dia Internacional da Criança para assinalar o dia em que muitas crianças de tenra idade foram barbaramente assassinadas a sangue frio pelas forças nazis em Junho de 1943.

Brasil: A iniciativa de criar um dia especialmente dedicado às crianças foi do deputado federal Galdino do Valle Filho, ainda na década de 1920. Depois de aprovada pelos deputados, o 12 de outubro foi oficializado como Dia da Criança pelo presidente Arthur Bernardes, por meio do decreto nº 4867, de 5 de novembro de 1924.

Durante quase 40 anos esse é um dia de homenagem assim com o dia do índio ou o dia do soldado, Mas em 1960 houve uma mudança: A Fábrica de Brinquedos Estrela fez uma promoção conjunta com a Johnson & Johnson para lançar a "Semana do Bebê Robusto" foi então que a data passou a ser comemorada.

Logo depois, outras empresas decidiram criar a Semana da Criança, como meio de aumentar as vendas. No ano seguinte, os fabricantes de brinquedos decidiram escolher um único dia para a promoção e "ressuscitaram" o antigo decreto. A partir daí, o 12 de outubro se transformou em uma das datas mais importantes do ano para o setor de brinquedos.

Dia Universal da Criança: Muitos países comemoram o dia das Crianças em 20 de novembro, já que a ONU (Organização das Nações Unidas) reconhece esse dia como o dia Universal das Crianças, pois nessa data também é comemorada a aprovação da Declaração dos Direitos das Crianças.

Não resta dúvida de que presentear é uma das mais belas expressões de reconhecimento amor e carinho. Presentear é abrir mão de si mesmo e um forma de demonstrar que pensa no outro.

Mas é preciso ficar alerta com as manipulações dos departamentos de marketing e propaganda: os presentes não são a única maneira de expressar amor; na verdade, muitas vezes eles se transformam em uma maneira de substituir o amor. Não é segredo que pais e mães ausentes têm a tendência de encher os filhos de presentes como uma espécie de compensação.

JESUS E AS CRIANÇAS

Jesus também amou as crianças. Mas o seu amor por elas foi expresso de uma maneira diferente. Em um tempo que as crianças não eram tão valorizadas como nossos dias, Jesus demonstrou na prática a valor das crianças. A forma como Jesus demonstrou seu amor pelas crianças deve servir de orientação para cada um de nós. Vamos ler juntos o texto que servirá de base para nossa reflexão nesta noite: Marcos 10:13-16.

(13) Então lhe traziam algumas crianças para que as tocasse; mas os discípulos o repreenderam. (14) Jesus, porém, vendo isto, indignou-se e disse-lhes: Deixai vir a mim as crianças, e não as impeçais, porque de tais é o reino de Deus. (15) Em verdade vos digo que qualquer que não receber o reino de Deus como criança, de maneira nenhuma entrará nele. (16) E, tomando-as nos seus braços, as abençoou, pondo as mãos sobre elas. (Mar 10:13-16)

Jesus gostava de ensinar as pessoas sobre o reino de Deus e sobre as coisas que Deus acha importante. No início desse capítulo, Marcos afirma que Ele tinha saído para a Judéia e, ali, novamente as pessoas se aglomeravam em torno dele para ouvir o Seu ensino.

Depois de uma discussão teológica com alguns fariseus sobre o divórcio, o Senhor é procurado por várias pessoas, com crianças nos braços, pedido a Jesus que as abençoe.

Veja que diferença: enquanto os religiosos queriam discutir a lei, o povo queria a bênção de Jesus sobre suas crianças. Na mesma cena em que algumas pessoas queriam saber como desfazer um casamento, outras demonstravam o cuidado com suas famílias.

É bom ficarmos alerta porque às vezes estamos preocupados é em achar um jeito de quebrar os relacionamentos sem desobedecer a lei; em vez disso, deveríamos reparar as rachaduras da família pedindo que Jesus nos abençoe

(13) Então lhe traziam algumas crianças para que as tocasse; mas os discípulos os repreenderam.

Na época de Jesus era costume que as crianças fossem abençoadas pelos chefes das sinagogas. Também os filhos eram abençoados pelos seus pais (um costume que existia no Brasil antigo mas que se perdeu) e os discípulos eram abençoados por seus mestres. Jesus era tido com um rabi, um mestre das Escrituras e por isso aquelas crianças foram levadas até ele.

O texto fala que as pessoas queriam que Jesus as tocasse, porque a bênção que eles esperavam era costumeiramente feita com a imposição das mãos, assim como a benção de Jacó sobre seus filhos (Gen 48:14).

Uma questão interessante é que não encontramos no texto nenhum indício de que as crianças estivessem doentes ou que precisassem de algum tipo de cura física ou emocional. Também não parece que aquelas crianças foram levadas para que entendesse o ensino de Jesus através do raciocínio.

Ao que tudo indica elas foram levadas a Jesus porque eles acreditavam que, de alguma maneira, a presença abençoadora do Senhor faria diferença para a vida delas.

Infelizmente há pais que desprezam a importância dessa exposição dos filhos à presença abençoadora de Cristo. Não é apenas para serem curados ou para estudar a Bíblica que nossos filhos devem ser levados a Cristo, mas para serem abençoados com a presença do Senhor Jesus.

Cada papai e mamãe tem a responsabilidade de ser essa presença de Cristo em sua própria casa, esse é o ponto de partida. Mas é também no convívio com o povo de Deus, participando dessa família chamada igreja que a presença de Cristo se torna bênção para os nossos filhos.

Eu e Marina sempre consideramos o convívio na igreja como parte do processo de formação espiritual de nossos filhos. Sempre privilegiamos o contato deles com o povo de Deus porque entendemos que a igreja funciona como um auxílio na formação dos nossos filhos.

Pense um pouco sobre isso. Você considera importante que seus filhos sejam abençoados com presença de Cristo, ou você só se interessa em apresentá-los ao Senhor quando um deles precisa de algo miraculoso da parte de Deus?

Quando lemos a história do encontro entre Jesus e as crianças, ficamos surpresos com a reação dos discípulos porque eles repreenderam o movimento que estava acontecendo em volta de Jesus.

Realmente não foi só um alerta ou um conselho. A palavra usada por Marcos revela que eles exigiram de forma dura que as crianças saíssem dali. Eles não estavam acreditando como é que alguém poderia fazer uma coisa daquelas: interromper o trabalho de mestre e pedir a Ele que abençoasse crianças.

No entanto, os primeiros leitores do evangelho de Marcos não se espantaram com essa atitude. Essa era uma reação normal. As crianças não tinham muito valor, não eram contadas nem tratadas como pessoas que têm identidade e dignidade. Aquilo fazia parte da cultura deles.

Precisamos compreender uma coisa: a maneira como os apóstolos trataram a questão fazia parte da sua cultura, mas nem sempre a cultura está certa.

Há famílias em que é costume xingar os outros com palavrões. Em outras famílias faz parte da tradição a humilhação e a zombaria. Há famílias em que o silêncio é uma regra de ouro que encobre o sofrimento e a dor de seus membros. Outras famílias cultivam tradições destrutivas para o caráter dos pequeninos e reforçam comportamentos de vingança, violência e agressão.

Nem sempre o que é costume em nossas famílias está de acordo com o desejo do Senhor. Nem sempre as nossas tradições são boas de serem seguidas, por isso devemos sempre confrontá-las com os princípios eternos da Palavra de Deus.

Portanto a grande surpresa do texto não é a atitude dos apóstolos, mas a reação de Jesus. Veja a continuação do relato bíblico.

(14) Jesus, porém, vendo isto, indignou-se e disse-lhes: Deixai vir a mim as crianças, e não as impeçais, porque de tais é o reino de Deus.

Jesus indignou-se com o tratamento dado às crianças. Para o Senhor era inadmissível que os pequeninos fossem tratados daquela maneira. A palavra usada pelo escritor do evangelho indica que Jesus demonstrou fisicamente sua insatisfação ao ponto que ficou claro para todos que algo estava muito errado.

Algumas pessoas gostam de ver Jesus como alguém passivo e sem atitude sobre nada. Um sujeito meio frouxo e sem expressão. Mas não é esse o quadro que a Bíblia mostra do Senhor. Ele nunca foi dominado por sua ira, mas sempre que foi necessário demonstrou sua indignação. Jesus tinha palavras de mansidão e graça, mas não do tipo politicamente correto, que para aparecer melhor na fita fica calado sobre suas convicções.

Hoje as pessoas não gostam de ser como Jesus. Elas preferem transigir, deixar pra lá, não dizer sua opinião, não explicar o que pensam; preferem o silêncio e a apatia. Negar a Cristo, ainda que nas pequenas coisas, não é a melhor resposta para o amor que Ele teve por cada um de nós.

Negar os valores do Reino de Deus como medo do que outros vão dizer é virar as costas para Cristo. Ele não terá como acolher aqueles que, por medo, decidem viver uma vida de negação e silêncio. Nessa história o Senhor deixa um exemplo de indignação santa: Vocês não podem tratar as crianças desta forma!

Veja que Jesus usou duas expressões diferentes para orientar os discípulos sobre como as crianças deveriam ser tratadas: (1) Deixai vir e (2) Não impeçais.

Em uma leitura rápida pode parecer apenas um reforço de expressão, isto é, Jesus falou e depois repetiu de outro jeito. Mas essas duas expressões apontam para duas atitudes diferentes sobre as quais vale a pena refletirmos.

Deixai vir

Um dos significados do verbo grego traduzido como deixar é consentir. Consentir é dar aprovação, mas também pode ser entendido como tornar possível, dar ocasião, facilitar as circunstâncias para que algo aconteça.

Aquelas crianças tinham um grande sorriso no rosto e estavam ansiosas para conhecerem o homem sobre quem todos falavam. É assim, as crianças têm atração pelo evangelho e pela pessoa de Jesus. Elas querem saber sobre Ele, e ficam maravilhadas quando alguém lhes explica algo sobre Deus.

A primeira orientação do Senhor é para que eles facilitem as coisas. Tornem possível que elas se aproximem de mim! O amor que Ele tem pelas crianças exige caminhos abertos e preparados para os pequeninos chegarem a até Deus.

Mas, há pais que não ajudam em nada a caminhada de seus filhos até os pés de Jesus.

Levamos nossos filhos para o shopping todo final de semana e não pode faltar o cinema, os brinquedos eletrônicos e passeio no trenzinho na beira-mar. Fazemos o possível para oferecer diversão, mas não facilitamos nada para que eles fiquem perto de Jesus. A diversão é saudável e faz parte da vida da criança, mas a vida não se resume à diversão.

Quando é a hora de levar o filho para a escola bíblica ou programas realizados na igreja, aí fica tudo mais difícil. Os bem pequeninos são até enganados... “Não meu filho, hoje não tem igreja”. Uma mentirinha branca... Pode pensar o pai ou a mãe. Talvez seu filho realmente nunca se lembre disso, mas você precisa ouvir a voz do Senhor: Deixai vir... Porque delas é o Reino de Deus.

O Caminho Kids é uma expressão do amor que Deus tem pelas crianças. Papai e Mamãe, facilite as coisas. Quando você vem um dia sim e oito não, você está dificultando a integração e o envolvimento de seu filho com as demais crianças e é muito possível que ele comece a ter alguma dificuldade

O Arena é um programa realizado pelo ministério aos jovens. Papai e mamãe, torne possível! Venha deixar e buscar. O acontece aqui a cada primeiro sábado de mês e uma expressão do cuidado de Deus com seu filho. Não desperdice as oportunidades.

Não as impeçais

I. O verbo grego traduzido como impedir poderia também ser entendido como proibir ou como colocar um obstáculo ao avanço de alguém.

Parece que os discípulos, ao estilo segurança de celebridade, fizeram uma barreira de proteção em volta de Jesus e impediram as crianças de se aproximarem dele. O Senhor reagiu de imediato não impeçam, não coloquem obstáculos e talvez, hoje, o Senhor diria: não se tornem um obstáculo.

Infelizmente alguns pais, além de não ajudarem, impedem seus filhos estar na presença do Senhor por causa de seus próprios testemunhos de vida. A maneira como vivemos pode ser uma muralha de separação entre nossos filhos e o Senhor.

Como você imagina que seus filhos irão desenvolver um amor verdadeiro por Deus se você não demonstrar esse amor em sua vida?

Como seus filhos poderão se comprometer com os valores do Reino de Deus se o seu compromisso é com o dinheiro, o trabalho, o status, a diversão ou qualquer outra coisa?

Como seu filho valorizará a Palavra de Deus se em sua casa a Bíblia não tem lugar de honra nas decisões e na maneira de viver? Se ela nunca lida, nunca é estudada e fica de enfeite em cima da mesa, seus filhos nunca darão valor a ela.

Como você pensa que seus filhos desenvolverão apreço pelo igreja do Senhor Jesus se da sua boca saem palavras de crítica, condenação e pouco caso aos irmãos?

II. Você poderia me dizer: Pr. talvez os discípulos até imaginassem que estavam protegendo o mestre... É verdade! Eles enxergaram o mestre, mas esqueceram as crianças. É impressionante! É como se Jesus dissesse: o cuidado de vocês comigo não faz sentido! Eu não preciso ser protegido do amor que essas crianças têm por mim, não as impeçais!

Algumas vezes acontece assim com a gente também. Transformamos Deus e tudo que diz respeito a Ele em algo tão engessado, tão distante, cheio de protocolo e formalidade, que construímos uma barreira que os pequeninos de chegarem espontaneamente ao Senhor.

É claro que os pequenos devem aprender que há tempo para tudo e que o Senhor é digno de honra e respeito. Mas Jesus estava tentando explicar para os discípulos que a forma de ensinar temor a Deus é através do amor e não usando uma capa de religiosidade. Ele demonstrou isso na mesma hora ao tomar aquelas crianças em seus braços.

Tomando-as em seus braços

(16) E, tomando-as nos seus braços, as abençoou, pondo as mãos sobre elas.

Os pais daquelas crianças queriam que o Senhor impusesse as mãos sobre elas e as abençoasse. Jesus, no entanto, dá um passo a mais em direção dos pequeninos e os toma nos braços.

Imaginem a cena! Imaginem a cara dos discípulos. Imaginem a murmuração de Judas, a testa franzida de Pedro, os pensamentos que se passavam pela mente de Tomé, o sorriso nos lábio de João, que gostou do que Jesus fez, mas também não estava entendendo nada.

I. Crianças precisam ser tomadas nos braços. Crianças precisam sentir-se seguras e amadas. Crianças precisam ser abençoadas através de vidas íntegras, como fez Jesus. Crianças precisam ser tocadas pela mão do Mestre e nós somos extensões das mãos Dele. Papai e Mamãe, é através de você que o Senhor Jesus toma seus filhos nos braços e os abençoa.

Não há substitutos para o relacionamento. Crianças precisam interagir. Elas não podem ser tratadas como animaizinhos ou como plantinhas. Elas são gente e precisam ser abraçadas e beijadas. Não há nada que substitua o amor.

II. Crianças precisam ser abençoadas. Quais são as palavras que saem da sua boca quando você fala com seus filhos. As palavras se impregnam na alma.

Eph 4:29 Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que seja boa para a necessária edificação, a fim de que ministre graça aos que a ouvem.

Tenho visto pais e mães que são capazes de ameaçar seus filhos com palavrões. Na hora em que deveriam cuidar e ensinar vomitam sobre seus filhos palavras de acusação, ameaças e maldições. Nossas crianças precisam ser abençoadas.

III. Pode ser que você esteja pensando agora que a mensagem de hoje não foi para você porque afinal de contas você não tem filhos, ou seus filhos já cresceram e não são mais crianças. Deixe-me lembrá-lo que Jesus não tinha filhos gerados de si mesmo. Ele acolheu nos braços e abençoou crianças que talvez nem conhecesse, isso porque ele não poderia deixar de testemunhar do amor de Deus. Por isso essa palavra é também para você: o Senhor deseja demonstrar amor às crianças através de você.

Conclusão

Na semana que passou foi festejado o dia da criança. Um dia em que os apelos comerciais deixam adultos e crianças encurralados. Pais, tios e avós gastam, o que têm e o que não têm para demonstrar seu amor pelos pequenos; do outro lado as crianças aprenderam o amor se demonstrar assim, com presentes, e são incentivadas a cobrar suas cotas de amor.

Tudo vira um grande desespero. Shopping lotados, cartões estourados, crianças insatisfeitas e pais frustrados.

A Palavra de Deus nos chama a resgatar a verdadeira expressão de amor por essas preciosidades que Ele tem nos dado como filhos, sobrinhos, netos ou simplesmente conhecidos.

1) Deixe que eles busquem ao Senhor. Não os impeça;

2) Não se torne obstáculo entre eles e Cristo;

3) Tome-os nos colo, abrace-os e os abençoe.

Não há presentes maiores do que estes.

Que o Senhor nos ensine a ser como Jesus, que amou os pequeninos e declarou ou seu amor por eles em alto e bom som. Que sejamos como Jesus, que não permitiu barreiras entre ele e a crianças, mas as tomou nos braços e as abençou.

07 outubro 2007

Família: Idéia de Deus - 5/6

Por Aristarco Coelho
Igreja Batista do Caminho

É um grande desafio falar sobre família, à luz da Palavra de Deus, principalmente em nossos dias. É um desafio porque há um espírito de rejeição, quanto às orientações que Deus deixou para vivermos a vida. Esse espírito de rejeição conquistou um grande espaço na mente e no coração das pessoas nas últimas décadas.
As pessoas parecem desorientadas e sem rumo. Parecem cães que encontraram um portão aberto e correm descontrolados pelo meio da rua; giram atrás da própria calda, correm de um lado para outro da rua, avançam sobre qualquer um que vêem pela frente e, não se enganem, mordem a qualquer um que chegue perto.
É violência sobre violência, assalto sobre assalto, morte sobre morte, roubos, estupros e corrupção em todas as instâncias governamentais. A própria vida humana perdeu o valor. Essa semana morreu o bebê que foi jogado pela mãe em um rio poluído de Contagem, Minas Gerais.
A mentira que foi plantada na mente das pessoas, de que não há certo ou errado, que tudo depende do ponto de vista da pessoa, que cada um deve definir a sua própria verdade, começa a apresentar os seus frutos: as pessoas não conseguem mais separar o certo do errado e atendem a qualquer desejo que vem às suas mentes.
Dá vontade de clamar ao Senhor, como fez o profeta Habacuque:
(2) Até quando Senhor, clamarei eu, e tu não escutarás? ou gritarei a ti: Violência! e não salvarás? (3) Por que razão me fazes ver a iniqüidade, e a opressão? Pois a destruição e a violência estão diante de mim; há também contendas, e o litígio é suscitado. (Hab 1:2,3 ARA)
O profeta então foi esperar a resposta do Senhor. O Senhor não emudeceu diante do clamor do profeta. Ele respondeu! É na palavra do Senhor que encontramos consolo e orientação.
(1) Sobre a minha torre de vigia me colocarei e sobre a fortaleza me apresentarei e vigiarei, para ver o que me dirá, e o que eu responderei no tocante, a minha queixa. (2) Então o Senhor me respondeu, e disse: Escreve a visão e torna-se bem legível sobre tabuas, para que a possa ler quem passa correndo. (3) Pois a visão é ainda para o tempo determinado, e se apressa para o fim. Ainda que se demore, espera-o; porque certamente virá, não tardará. (4) Eis o soberbo! A sua alma não é reta nele; mas o justo pela sua fé viverá. (Hab 2:1-4 ARA)
O justo viverá pela fé! Essa é a resposta do Senhor. Não há outro caminho para enfrentar o mal que não seja a confiança irrestrita na soberania de Deus. Essa é a visão precisamos escrever com letras bem grandes: a crueldade e a maldade humanas só podem ser suportadas por aqueles que colocam sua confiança no Senhor. Ele é fiel e justo. Ainda que a justiça uma humana se corrompa, Ele fará justiça; Ainda que o amor desapareça, Ele continuará amando. É o caráter de Deus que nos mantém na direção certa.
(14) Não entres na vereda dos ímpios, nem andes pelo caminho dos maus. (15) Evita-o, não passes por ele; desvia-te dele e passa de largo. (16) Pois não dormem, se não fizerem o mal, e foge deles o sono se não fizerem tropeçar alguém. (17) Porque comem o pão da impiedade, e bebem o vinho da violência. (18) Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito. (19) O caminho dos ímpios é como a escuridão: não sabem eles em que tropeçam. (20) Filho meu, atenta para as minhas palavras; inclina o teu ouvido às minhas instruções. (21) Não se apartem elas de diante dos teus olhos; guarda-as dentro do teu coração. (22) Porque são vida para os que as encontram, e saúde para todo o seu corpo. (23) Guarda com toda a diligência o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida. (24) Desvia de ti a malignidade da boca, e alonga de ti a perversidade dos lábios. (25) Dirijam-se os teus olhos para a frente, e olhem as tuas pálpebras diretamente diante de ti. (26) Pondera a vereda de teus pés, e serão seguros todos os teus caminhos. (27) Não declines nem para a direita nem para a esquerda; retira o teu pé do mal. (Pro 4:14-27 NVI)
Hoje é a quinta mensagem dessa série de pregações sobre Família: uma idéia de Deus. Estamos refletindo sobre os principais desafios enfrentados pela família nesse início de século. Temos visto que a desassociação entre sexo e casamento tem gerado situações que exercem grande poder destrutivo sobre a família.
Vimos que o liberalismos sexual em seu estágio pós revolução sexual tem transformado o sexo em um mero instinto animal, abrindo as portas para a busca de prazer a qualquer custo. Prostituição, adultério, pedofilia, zoofilia, promiscuidade e pornografia fazem parte do modo de vida que tem sido apresentado como compatível como essa busca desenfreada pelo prazer.
Vimos também, através da história de Jó que as portas de entrada para essa fogueira de paixões são olhos. Essas portas que precisam ser fechadas para os estímulos que corrompem a alma humana e nos afastam do ideal de Deus.
Ainda dentro dos subprodutos dessa separação entre sexo e casamento, o terceiro grande desafio que a família enfrenta é o avanço da proposta homossexual. Uma questão que tem ganhado espaço na mídia e que se transformou em um grande mercado de consumo.
Avanço da proposta homossexual
A primeira coisa que gostaria de afirmar sobre essa questão é que Deus ama profundamente o ser humano. Nossas decisões com relação a nossa expressão sexual não mudam absolutamente nada desse amor.
O amor que Deus tem por sua criação é tão grande e tão incompreensível que Ele é capaz de nos amar intensamente mesmo quando nossa discordância com Ele se transforma em um afronta à sua vontade. A prova disso é que ele enviou seu filho para sofre a punição de pecadores rebeldes; verdadeiros inimigos de Deus, o que todos nós éramos.
É assim que acontece com relação àqueles que optam por expressar sua sexualidade através de relacionamentos com pessoas do mesmo sexo. Por isso não cabe nenhuma palavra ou atitude discriminatória em relação a qualquer pessoa que optou pelo caminho da homossexualidade.
No entanto, não podemos deixar de constatar que o avança da proposta homossexual está ligada diretamente a essa dissociação entre o sexo e casamento e à busca do prazer a qualquer custo.
A proposta homossexual tem invadido a sociedade e a igreja não apenas como uma forma de expressão de sexualidade (que vai de encontro à idéia de Deus sobre sexo e família revelada na Bíblia), mas também como um modelo de relacionamento familiar que não encontra apoio nas páginas da Escritura.
Os movimentos de apoio ao homossexualismo têm a exata noção de como esses modelos são incompatíveis com a proposta cristã para a família, e por isso eles têm avançado com firmeza para ocupar espaços e vender suas propostas através do todos os meios de comunicação existente.
A igreja, nesta questão, parece acuada. Líderes inseguros sobre como abordar a questão emudecem sobre o assunto em seus púlpitos. Mais que isso, igrejas que se dizem cristãs consagram pastores homossexuais, e autorizam esses líderes a celebrarem casamentos homossexuais.
Como a Bíblia trata a questão?
Primeiro é preciso ir ao início de tudo. O relato bíblico da criação da raça humana aponta para um projeto belo e simples. Deus criou homem e mulher, masculino e feminino. Deus os fez com a possibilidade de gerar novas vidas e criou seus corpos de forma que isso fosse possível.
(26) Então disse Deus: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os grandes animais de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão". (27) Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. (28) Deus os abençoou, e lhes disse: "Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra! Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem pela terra". (Gen 1:26-28 ARA)
Homem e mulher foram criados de forma complementar, tanto em seus corpos quanto em suas almas.
(18) Então o SENHOR Deus declarou: "Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda". ...(21) Então o SENHOR Deus fez o homem cair em profundo sono e, enquanto este dormia, tirou-lhe uma das costelas, fechando o lugar com carne. (22) Com a costela que havia tirado do homem, o SENHOR Deus fez uma mulher e a levou até ele. (23) Disse então o homem: "Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher, porque do homem foi tirada". (24) Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne. (Gen 3:18-24 NVI)
Deus poderia ter criado dois homens ou duas mulheres, mas não era essa a sua idéia para a família. Deus tinha em mente a idéia de complementaridade. Por isso ele criou seres diferentes um do outro física e emocionalmente, mas que se complementam. Faz parte do projeto de Deus que a família nasça da diferença entre um homem e uma mulher, masculino e feminino.
Os homossexuais não concordam com nada disso. Embora alguns se digam tementes a Deus e até cristãos, na sua imensa maioria eles não estão muito dispostos a tentar entender essa questão. No entanto, veja que é muito comum que nas parcerias homossexuais, seja entre homens ou entre mulheres, um dos dois normalmente assume a função da masculinidade, enquanto que o outro assume o papel da feminilidade.
Os papéis masculinos e femininos fazem parte da idéia de Deus para a família. Deus entregou aos homens a masculinidade e às mulheres a feminilidade. Aqui um alerta para os papais e mamães.
Masculinidade e feminilidade têm elementos fisiológicos e psicológicos. Isso quer dizer que a família cristã é responsável pelo desenvolvimento sadio e coerente da sexualidade de seus filhos. Meninos devem ser educados de fora a alcançarem a plena masculinidade, o que é coerente com o sexo masculino; meninas devem ser educadas em direção da plena feminilidade, o que é coerente como o sexo feminino.
John Piper e Wayne Grudem, no livro Homem e Mulher (Editora Fiel, pág. 12 e 13) apresentam definições de masculinidade e feminilidade que podem nos ajudar nessa função.
“No cerne da masculinidade madura está um senso de responsabilidade benevolente para liderar as mulheres, prover a elas e protegê-las, através de formas apropriadas aos diferentes relacionamentos de um homem.”
“No cerne da feminilidade madura está uma libertadora disposição de ratificar, receber e nutrir força e liderança de homens dignos, através de formas apropriadas aos diferentes relacionamentos de uma mulher.”
Veja que masculinidade não está ligada à violência ou a opressão, mas a uma liderança que serve, provê e protege. Veja também que a feminilidade não está ligada à subserviência, mas ao deixar-se liderar, ser provida e protegida. Deus deu a homens e mulheres estruturas emocionais e físicas diferentes e os encarregou de funções diferentes na formação da família.
No entanto, no decorrer da história humana homens e mulheres têm dito não para o que Deus pensa sobre a família. A prática do homossexualismo é uma expressão de rebeldia ao que Deus pensa sobre família e deixou revelado nas escrituras. Ora, não é de se espantar que isso aconteça. Quando estamos desconectados de Deus, todos os aspectos da vida humana perdem a direção dada por Ele. Aí vale tudo. Não poderia ser diferente em relação à sexualidade e à família.
A Bíblia, então, não se furta ao papel de comentar, exortar e orientar essa área do comportamento humano.
As leis dadas por Deus ao povo de Israel no Antigo Testamento eram bastante severas. O povo vivia em uma ambiente hostil ao pensamento de Deus, e era necessário estabelecer com força e clareza a diferença entre ser servo do Deus Criador e adorar as divindades pagãs. Além disso, elas funcionavam também como uma espécie de código civil e penal. Ainda assim, devemos observar a seriedade com que a questão da prática homossexual foi tratada:
(13) "Se um homem se deitar com outro homem como quem se deita com uma mulher, ambos praticaram um ato repugnante. Terão que ser executados, pois merecem a morte. (Lev 20:13 NVI)
Muitos povos da antiguidade acreditavam na existência de deuses que eram responsáveis pelas boas colheitas e pela fertilidade da terra, dos animais e das pessoas. Eles tinham rituais que quase sempre envolviam orgias sexuais e em muitos templos havia homens e mulheres que prestavam seus serviços, transformando-se em prostitutas e prostitutos sexuais.
O povo de Israel, no entanto, foi orientado a rejeitar essa forma de culto. Nem mesmo deveria ser aceito o dinheiro ganho como resultado desse tipo de atividade.
Não serão permitidas prostitutas em Israel – nem homens nem mulheres; muito menos com o pretexto de estarem prestando serviços ao templo. Ninguém deverá apresentar ofertas ao Senhor provenientes dos lucros ganhos por prostitutas e homossexuais. Dinheiro ganho assim não serve para cumprir promessa feita. As pessoas que vivem assim são insuportáveis aos olhos do Senhor nosso Deus! (Deut. 20:17.18 BV)
Se na antiga aliança a questão é tratada assim abertamente, no novo testamento não poderia ser diferente. Não omissão sobre o assunto da prática do homossexualismo.
Uma das cartas mais densas escritas pelo apóstolo Paulo foi a carta aos Romanos. Roma era uma cidade de moral pervertida, cheia de idolatria e de todo tipo de expressão de sexualidade. Seus governantes eram mais devassos quanto mais alta era patente. Era esse o ambiente em que viviam os irmãos a quem Paulo escreveu sua carta.
(18) Portanto, a ira de Deus é revelada dos céus contra toda impiedade e injustiça dos homens que suprimem a verdade pela injustiça, (19) pois o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. (20) Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis; (21) porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e o coração insensato deles obscureceu-se. (22) Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos (23) e trocaram a glória do Deus imortal por imagens feitas segundo a semelhança do homem mortal, bem como de pássaros, quadrúpedes e répteis. (24) Por isso Deus os entregou à impureza sexual, segundo os desejos pecaminosos do seu coração, para a degradação do seu corpo entre si. (25) Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram a coisas e seres criados, em lugar do Criador, que é bendito para sempre. Amém. (26) Por causa disso Deus os entregou a paixões vergonhosas. Até suas mulheres trocaram suas relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza. (27) Da mesma forma, os homens também abandonaram as relações naturais com as mulheres e se inflamaram de paixão uns pelos outros. Começaram a cometer atos indecentes, homens com homens, e receberam em si mesmos o castigo merecido pela sua perversão. (28) Além do mais, visto que desprezaram o conhecimento de Deus, ele os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem o que não deviam. (29) Tornaram-se cheios de toda sorte de injustiça, maldade, ganância e depravação. Estão cheios de inveja, homicídio, rivalidades, engano e malícia. São bisbilhoteiros, (30) caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, arrogantes e presunçosos; inventam maneiras de praticar o mal; desobedecem a seus pais; (31) são insensatos, desleais, sem amor pela família, implacáveis. (32) Embora conheçam o justo decreto de Deus, de que as pessoas que praticam tais coisas merecem a morte, não somente continuam a praticá-las, mas também aprovam aqueles que as praticam. (Rom 1:18-32)
Os irmãos da cidade de Corinto também foram alertados em relação a esta questão. Paulo usou duas palavras quando se referiu ao que praticam o homossexualismo: malakós (μαλακός), palavra originalmente usada para descrever um tecido suave e arsenokoítês (ἁρσενοκοίτες), que é a junção das palavras arsen (homem) e koite (cama ou leito).
(9) Vocês não sabem que os perversos não herdarão o Reino de Deus? Não se deixem enganar: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem homossexuais passivos ou ativos e, (10) nem ladrões, nem avarentos, nem alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros herdarão o Reino de Deus. (1 Cor 6:9,10)
Timóteo, o jovem pastor, também recebeu orientação sobre o assunto.
(5) O objetivo desta instrução é o amor que procede de um coração puro, de uma boa consciência e de uma fé sincera. (6) Alguns se desviaram dessas coisas, voltando-se para discussões inúteis, (7) querendo ser mestres da lei, quando não compreendem nem o que dizem nem as coisas acerca das quais fazem afirmações tão categóricas. (8) Sabemos que a Lei é boa, se alguém a usa de maneira adequada. (9) Também sabemos que ela não é feita para os justos, mas para os transgressores e insubordinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreverentes, para os que matam pai e mãe, para os homicidas, (10) para os que praticam imoralidade sexual e os homossexuais, para os seqüestradores, para os mentirosos e os que juram falsamente; e para todo aquele que se opõe à sã doutrina. (1 Tim 1:5-10)
Conclusão
Quando o sexo assume uma dimensão na vida humana maior do que aquela que Deus projetou, tudo pode acontecer; Quando o prazer passa a ser um fim em si mesmo, vale tudo; Quando o ser humano vira as costas para Deus e não reconhece que as palavras dele são vida, nos tornamos uma espécie mortos-vivos.
Não há pecadinhos e pecadões. Todo pecado é uma afronta a Deus e todo pecador, seja ele um ladrão, um adúltero, um beberão, um homossexual, um corrupto ou um desonestos precisa reconhecer o seu pecado, arrepender-se e pedir ao Senhor o poder para mudar.
No que diz respeito à família, o avanço do homossexualismo é uma ameaça ao modelo de família deixada por Deus e por isso é um grande desafio para quem deseja viver família segundo a palavra de Deus. Essa é uma questão sobre a qual não cabe negociação.
Um grande desafio se coloca para a Igreja do Senhor Jesus Cristo: Oferecer um ambiente onde se promova a correta e saudável expressão sexual. Um ambiente tão cheio de amor e segurança quanto à vontade de Deus que exerça uma atração irresistível sobre aqueles que optaram pelo homossexualismo e os conduza aos pés de Cristo e a compreensão do amor indescritível que Ele tem por nós.
Um grande desafio se coloca para as famílias cristãs: assumir a responsabilidade pela orientação sexual de seus filhos, ensinando aos pequeninos, à luz da idéia de Deus para a família, maneiras adequadas para expressão de masculinidade e feminilidade. Papai e Mães, isso faz parte de sua tarefa.
Que o Senhor nos ajude e nos fortaleça para os tempos tenebrosos que ainda iremos enfrentar. Que o Espírito de Deus no encha de sabedoria e nos ensine. Que a Graça maravilhosa do Senhor Jesus alcance todo o povo de Deus agora e para sempre.

24 setembro 2007

Família: Idéia de Deus - 4/6

Por Aristarco Coelho
Igreja Batista do Caminho

Em nossa quarta mensagem sob o tema “Família: Idéia de Deus” quero refletir com os irmãos sobre os principais desafios enfrentados pela família nesse início de século.
Para introduzir alguns desses desafios, gostaria de apresentar um diagnóstico feito pelo sociólogo José Pastore da Universidade de São Paulo. Em um texto de sua autoria sobre a situação sócio-econômica da mulher, divulgado pelo Conselho nacional de Direitos da Mulher, ele diz:
“Até o final dos anos 50, o relacionamento sexual se baseava no engajamento amoroso de longa duração. Para ter sexo era preciso casar. Na década de 60, o mundo assistiu a separação entre sexo e casamento. O sexo atrelou-se à sinceridade dos parceiros, e não necessariamente ao casamento. O sexo fora do casamento deixou de ser tratado como expressão do pecado, passando a ser considerado como uma saudável expressão de amor. Mas a família continuou essencial para criar a prole. Na década de 90, porém, o casamento começou a se descolar da família. Hoje, muitas crianças vêm sendo geradas e criadas por parceiros não casados, e que não pretendem se casar... Assim, num primeiro estágio, o sexo se separou do casamento. Agora o casamento ameaça se dissociar da família... Resta saber qual será o impacto dessa inovação sobre os produtos do relacionamento - os filhos. Só o futuro dirá. Afinal, as crianças nascem sem voz, voto ou veto.”
Penso que José Pastore fez uma leitura correta da situação. Muitos dos problemas enfrentados por quem deseja viver família nos dias de hoje estão relacionados à desconstrução dessa liga que dá sustentação à estrutura social: Sexo, Casamento e Família.
Esses três elementos foram amalgamados pelo Senhor desde a criação do homem, mas vêm sendo separados uns dos outros nos últimos 50 anos. Em Gênesis 2:24, vemos claramente essa liga de sustentação:
Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne. (Gen 2:24)
Deixar pai e mãe é formar uma família; unir-se a sua mulher aponta para o casamento, o que autoriza tornar-se uma só carne, e isso inclui o sexo.
Nessa liga, são consideradas lícitas apenas as relações sexuais que fazem parte do contexto do casamento que é o ponto de partida a formação de uma família. Assim, é preciso casar para formar uma família e desfrutar de sexo lícito.
O Sexo desassocia-se do casamento
A partir da década de 60 do século 20, o sexo passou a ser considerado lícito também fora do casamento e, assim, deixou de ser necessário casar para desfrutá-lo. A partir dessa nova compreensão, basta a sinceridade dos envolvidos para que o sexo seja uma experiência moralmente correta. Esse momento de ruptura é muito importante para a família.
A questão principal não é que os anos 60 trouxeram o sexo fora do casamento (ele sempre existiu). A questão é que, a partir desse momento, a sociedade deixou de considerar isso como pecado e começou a tratar como uma expressão de amor e sinceridade.
Perdeu-se quase completamente a noção de que há um tempo certo e um cenário apropriado para o sexo. Esse cenário, chamado casamento, onde existem direitos e responsabilidades mútuas, foi substituído por uma visão hedonista da existência através da qual as pessoas e os relacionamentos servem apenas como meios para obtenção de prazer.
Alguns subprodutos dessa primeira ruptura como o Liberalismo Sexual, a Pornografia e o Avanço da Proposta Homossexual, se tornaram grandes desafios para a família:
Liberalismo Sexual
Vivemos hoje na pós-revolução sexual. A busca pelo prazer a qualquer custo tem levado os jovens a se iniciarem cada vez mais cedo na vida sexual. Na verdade, antes mesmo da adolescência, nossos filhos são expostos diariamente a uma cultura sensual e erótica.
Novelas, filmes e comerciais bombardeiam os olhos e a mente de nossos pequeninos com idéias e valores sobre o sexo que lhes roubam a infância e a ingenuidade. Nas meninas, a menarca chega cada vez mais cedo; nos meninos se desenvolve o interesse precoce pelos estímulos sexuais.
Quando chegam à adolescência a pressão por sexo é tremenda e a turma está sempre cobrando uma vida sexual ativa. Os resultados são mudanças visíveis e trágicas: a redução na média de idade na primeira relação sexual, o aumento do número de adolescentes grávidas, a multidão de filhos sem pais e a rejeição da virgindade como um símbolo de domínio próprio, respeito e honra.
Na juventude, alguns competem na quantidade e variedade de parceiros sexuais. Essa promiscuidade, que é aceita e incentivada por nossa sociedade permissiva é uma das principais formas de contaminação pelo vírus da AIDS. A saída encontrada são campanhas recomendando o sexo seguro com o uso de preservativos (porque não há campanhas incentivando o sexo dentro do casamento e a fidelidade conjugal como métodos de prevenção 100% seguros?).
Solteiros promíscuos arriscam-se a si mesmos e a seus muitos parceiros; Casados promíscuos colocam em risco também o cônjuge fiel que se considera protegido pela falsa integridade de seu relacionamento.
Na verdade parece que o Sexo se transformou em uma brincadeira irresponsável e sem limites.
Será que é assim? Sexo é como fazer uma caminhada, pular corda ou jogar uma partida de futebol, apenas uma atividade física? Claro que não! Ele tem consigo ligações físicas, emocionais e espirituais que não podem ser esquecidas.
(12) "Tudo me é permitido", mas nem tudo convém. "Tudo me é permitido", mas eu não deixarei que nada me domine. (13) "Os alimentos foram feitos para o estômago e o estômago para os alimentos", mas Deus destruirá ambos. O corpo, porém, não é para a imoralidade, mas para o Senhor, e o Senhor para o corpo. (14) Por seu poder, Deus ressuscitou o Senhor e também nos ressuscitará. (15) Vocês não sabem que os seus corpos são membros de Cristo? Tomarei eu os membros de Cristo e os unirei a uma prostituta? De maneira nenhuma! (16) Vocês não sabem que aquele que se une a uma prostituta é um corpo com ela? Pois, como está escrito: "Os dois serão uma só carne". (17) Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele. (18) Fujam da imoralidade sexual. Todos os outros pecados que alguém comete, fora do corpo os comete; mas quem peca sexualmente, peca contra o seu próprio corpo. (19) Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de si mesmos? (20) Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o seu próprio corpo. (1 Co 6:12-20 NVI)
A tentativa de tornar o sexo uma mera expressão física, um mero instinto animal, não encontra respaldo na Palavra de Deus. Tornar-se uma só carne é o ápice de um processo de convergência mútua de propósitos, sonhos, objetivos e crenças. Sexo é unir-se a outra pessoa física, emocional e espiritualmente: uma expressão de plena unidade.
É por isso que a Bíblia leva tão a sério a forma como expressamos nossa sexualidade e coloca nossas práticas sexuais lado a lado com questões ética, morais e espirituais.
Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros. (Heb 13:4)
Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte. (Rev 21:8)
(9) Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, (10) nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbedos, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus. (11) E tais fostes alguns de vós; mas fostes lavados, mas fostes santificados, mas fostes justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus. (1Co 6:9-11)
(3) Mas a prostituição, e toda sorte de impureza ou cobiça, nem sequer se nomeie entre vós, como convém a santos, (4) nem baixeza, nem conversa tola, nem gracejos indecentes, coisas essas que não convêm; mas antes ações de graças. (5) Porque bem sabeis isto: que nenhum devasso, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus. (Eph 5:3)
Nestes textos a palavra grega traduzida como impuro ou devasso é por'-nos (a mesma palavra que deu origem à pornografia) e tem o sentido de debochado, libertino ou fornicador. São textos que nos desafiam a uma vida pessoal santa.
Pornografia
Outro subproduto da independência entre o sexo e o casamento que ameaça a família é a proliferação da pornografia. Os meios de comunicação estão inundados de imagens pornográficas que reduzem o sexo a algo vulgar, mundano, subumano e pecaminoso.
A pornografia não atinge apenas as crianças e adolescentes, ao apresentar para eles uma caricatura do sexo; nem tampouco apenas os jovens, seduzindo-os com prazer fácil e sem compromisso. Muitos casais estão presos ao uso de filmes e brinquedo pornográficos e chegam a incluir terceiros em seus relacionamentos, tudo em busca de prazer. Sem perceber estão tomando veneno com gosto de açúcar.
Os homens os mais assediados pela pornografia, porque Deus nos fez estimulados através da visão (embora muitas mulheres já possam listar a pornografia como mais uma de suas conquistas). Jesus afirmou que a visão é uma porta de entrada inclusive ao adultério.
(27) Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. (28) Eu, porém, vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela. (Mat 5:27-28)
Houve um homem que fez um pacto com seus olhos. Um pacto de integridade que todos os homens cristãos precisam fazer. O nome desse homem é Jó. Ele apresentou sua defesa diante dos amigos que o acusavam de pecado e explicou esse pacto as razões que o motivaram a fazê-lo.
(1) Fiz acordo com os meus olhos de não olhar com cobiça para as moças. (2) Pois qual é a porção que o homem recebe de Deus lá de cima? Qual a sua herança do Todo-poderoso, que habita nas alturas? (3) Não é ruína para os ímpios, desgraça para os que fazem o mal? (4) Não vê ele os meus caminhos, e não considera cada um de meus passos? (5) Se me conduzi com falsidade, ou se meus pés se apressaram a enganar, (6) - Deus me pese em balança justa, e saberá que não tenho culpa – (7) se meus passos desviaram-se do caminho, se o meu coração foi conduzido por meus olhos, ou se minhas mãos foram contaminadas, (8) que outros comam o que semeei, e que as minhas plantações sejam arrancadas pelas raízes. (9) Se o meu coração foi seduzido por mulher, ou se fiquei à espreita junto à porta do meu próximo, (10) que a minha esposa moa cereal de outro homem, e que outros durmam com ela. (11) Pois fazê-lo seria vergonhoso, crime merecedor de julgamento. 12 Isso é um fogo que consome até a Destruição; teria extirpado a minha colheita.
Jó fez um pacto consigo mesmo e com Deus. Um pacto com o propósito de NÃO fixar seus olhos em outra mulher que não fosse a sua. E embora isso possa parecer impossível para muitos homens e seja difícil de acreditar para muitas mulheres, Jó foi bem sucedido.
Deus mesmo foi quem atestou o sucesso de Jó.
E disse o SENHOR a Satanás: Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal. (Job 1:8)
Esse pacto de NÃO fixar os olhos em outra mulher que não fosse a sua, envolveu pelo menos três outros compromisso que serviram de suporte para que ele alcançasse o seu objetivo:
a) Não mentir ou enganar (v.5);
Jó compreendeu que para honrar o pacto que fizera com Deus era preciso agir com integridade e rejeitar a mentira e o engano. Mentira e engano são atitudes que preparam o terreno para a pornografia e impureza sexual.
· Folhear o encarte do jornal de forma aparentemente despretensiosa, mas ficar ligado nas propagandas de lingerie é mentir e enganar.
· Dizer que vai assistir o jornal da noite, mas ficar zapeando na TV em busca de alguma cena picante é mentir e enganar.
· Afirmar que vai acessar o Orkut e passar antes pelas páginas do ensaio fotográfico do mês é mentir e enganar.
· Dizer que chegou mais tarde porque se complicou no trabalho, quando na verdade passou um tempo na Lan House é mentir e enganar.
Não é possível crescer em credibilidade quando se cultiva mentiras no decorrer do dia. Não é possível crescer em dignidade enganando os outros e se escondendo atrás de uma farsa.
Jó decidiu não mentir nem enganar ninguém.
b) Não permitir que o coração seja conduzido pelos olhos (v.7);
Outra decisão de Jó foi não permitir que suas emoções fossem guiadas pelos seus olhos. Esse é o segundo estágio. Pode ser que você tenha usado a mentira para preparar o terreno da pornografia, mas você não precisa deixar essa história chegar ao final.
· Pare de folhear o encarte do jornal e passe a ler o jornal.
· Durma mais cedo ou tente ler um livro ou uma revista.
· Mude a posição do computador, acesse de portas abertas.
· Seja transparente sobre seus horários de saída e chegada.
(6) O SENHOR disse a Caim: "Por que você está furioso? Por que se transtornou o seu rosto? (7) Se você fizer o bem, não será aceito? Mas se não o fizer, saiba que o pecado o ameaça à porta; ele deseja conquistá-lo, mas você deve dominá-lo". (Gen 4:6-7)
c) Não desejar outra mulher que não seja a sua.
A terceira decisão de Jó foi não desejar outra mulher que não seja a sua. Para se proteger disso ele tomou duas providências:
Primeiro não se deixar seduzir. É muito fácil entrar um jogo de sedução. No início parece uma brincadeira boba, mas é um jogo de cartas marcadas e o final é conhecido de todos. Se você não quer o final, não jogue o jogo da sedução.
Segundo não ficar espreitando a casa ou a vida ou mulher de quem quer que seja. Se você começar a observar... e considerar... e admirar... e elogiar... o desejo será o próximo passo.
Há um livro chamado “O Mito da Grama Mais Verde” em que o autor defende a tese de temos a tendência de valorizar o que não possuímos e desprezar o que está ao nosso alcance.
Faça um pacto com Deus sobre onde seus olhos vão repousar e permanecer. Faça como fez Jó. Decida em seu coração não em fixar seus olhos em nada e ninguém em que essa atitude não seja legítima.
Conclusão
Famílias sofrem por causa dessa separação entre o sexo e o casamento. Esposas sofrem com maridos que sucumbiram à pornografia. Maridos sofrem com esposas que se renderam à sedução como estratégia de sobrevivência. Famílias sofrem com seus orçamentos estourados por causa do preço pago pela diversão sexual. A igreja sofre com casamentos à beira do desastre. A sociedade sofre pela expressão desenfreada da sexualidade humana.
É hora de darmos um basta e reconectarmos os fios partidos. É no casamento que o sexo pode ter expressão para rica e repleta de prazer. Deus não rejeita o sexo, mas espera que ele seja vivido na dimensão em que Ele o projetou para nós.
(2) Ah, se ele me beijasse, se a sua boca me cobrisse de beijos... Sim, as suas carícias são mais agradáveis que o vinho... (10) Como são belas as suas faces entre os brincos, e o seu pescoço com os colares de jóias! (13) O meu amado é para mim como uma pequenina bolsa de mirra que passa a noite entre os meus seios. (15) Como você é linda, minha querida! Ah, como é linda!... (16) Como você é belo, meu amado! Ah, como é encantador! Verdejante é o nosso leito. 17 De cedro são as vigas da nossa casa, e de cipreste os caibros do nosso telhado. (Ct 1)
(2) Como um lírio entre os espinhos é a minha amada entre as jovens. A Amada... (3) Como uma macieira entre as árvores da floresta é o meu amado entre os jovens. Tenho prazer em sentar-me à sua sombra... (6) O seu braço esquerdo esteja debaixo da minha cabeça, e o seu braço direito me abrace. (16) O meu amado é meu, e eu sou dele; (Ct 2)
(9) Você fez disparar o meu coração, minha irmã, minha noiva; fez disparar o meu coração com um simples olhar, com uma simples jóia dos seus colares. (10) Quão deliciosas são as suas carícias... São mais agradáveis que o vinho, e a fragrância do seu perfume supera o de qualquer especiaria! (11) Os seus lábios gotejam a doçura dos favos de mel, minha noiva; leite e mel estão debaixo da sua língua. A fragrância das suas vestes é como a fragrância do Líbano. (12) Você é um jardim fechado, minha irmã, minha noiva; você é uma nascente fechada, uma fonte selada. (13) De você brota um pomar de romãs com frutos seletos, com flores de hena e nardo, (14) nardo e açafrão, cálamo e canela, com todas as madeiras aromáticas, mirra e aloés e as mais finas especiarias. (16) Acorde, vento norte! Venha, vento sul! Soprem em meu jardim, para que a sua fragrância se espalhe ao seu redor. Que o meu amado entre em seu jardim e saboreie os seus deliciosos frutos. (Ct 1)
Hoje eu gostaria de dar oportunidade para você clamar a Deus pela restauração da liga que Ele estabeleceu no Éden para fazer diferença em nossa sociedade. Decida hoje pedir ao Senhor que restaure essa área tão importante de sua vida e o ajude a adotar, na totalidade, os padrões de Deus para o Sexo, o Casamento e a Família.
Fale isso para Ele agora, em oração.
Primeiro confesse o seu pecado pelo nome que ele tem. Deus se alegra quando confiamos nele o bastante para escondermos nada. Confesse todos eles, desde aqueles que parecem inofensivos até aqueles que você considera mais graves. O Senhor deseja perdoar todos eles.
Peça perdão ao Senhor. Antes de tudo seu pecado é uma ofensa contra Ele. Reconheça que o seu pecado tem causado dor e sofrimento a você mesmo e a outros. Peça sabedoria a Deus para descobrir as formas de pedir perdão às pessoas que você magoou.

Se você é casado, peça ao Senhor que faça da sua cama um leito sem mácula. Se você é solteiro, viúvo ou separado peça ao Senhor que preserve seu testemunho e supra suas necessidades. Se você está namorando peça ao Senhor decisão e coragem para demonstrar seu amor esperando o tempo certo. Decida agora fazer um pacto, assim com Jó fez. Um pacto de integridade e pureza.