04 março 2007

O Poder que há na Cruz - 2

INTRODUÇÃO

Como parte da nossa introdução ao tema o poder que há na cruz, hoje vamos nos deter no relato bíblico da tentação e queda do primeiro casal, Adão e Eva.

Muitas pessoas têm considerado o relato da criação do homem, registrado no livro de Gênesis, como uma alegoria; uma espécie de ilustração para explicar princípios e conceitos.

Não há dúvida de que o registro nos ajuda a compreender muitas verdades e por isso não deixa de ser um tipo de ilustração, mas o contexto do registro, o tipo de linguagem utilizada e a própria estrutura do texto apontam para um relato histórico.

Adão faz parte das genealogias registradas na Bíblia como alguém real e histórico como todos os demais. Jesus cita a criação do primeiro casal como a base do modelo de Deus para a família, o apóstolo Paulo fala de Jesus como o segundo Adão.

Assim, não há nenhum indício no contexto da Palavra de Deus que nos aponte para o caminho de considerar o relato da criação como apenas uma estória bonita.

Por isso, trataremos criação e queda de Adão e Eva da mesma forma pela qual a trataram os patriarcas, os profetas, os apóstolos e o próprio Jesus: um fato verdadeiro, real, histórico e de grande implicação para o restante da humanidade.

DETALHES DA CRIAÇÃO

1º Relato
(26) Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. (27) Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. (28) E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra. (Gênesis 1:26-28)

2º Relato
(4) Esta é a gênese dos céus e da terra quando foram criados, quando o SENHOR Deus os criou. (5) Não havia ainda nenhuma planta do campo na terra, pois ainda nenhuma erva do campo havia brotado; porque o SENHOR Deus não fizera chover sobre a terra, e também não havia homem para lavrar o solo. (6) Mas uma neblina subia da terra e regava toda a superfície do solo. (7) Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente. ... (21) Então, o SENHOR Deus fez cair pesado sono sobre o homem, e este adormeceu; tomou uma das suas costelas e fechou o lugar com carne. (22) E a costela que o SENHOR Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher e lha trouxe. (23) E disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada. (Gênesis 2:4-7 e 21-23)

No verso 26... três detalhes (26) Também disse Deus (a): Façamos (b) o homem à nossa imagem (c), conforme a nossa semelhança

(a) De acordo com o relato de Gênesis o homem foi a criação mais recente de Deus. Todo o universo já havia sido criado quando Deus anunciou a criação do homem. Esse anúncio é o nosso primeiro detalhe. Apenas a criação do homem é anunciada previamente como se algo especial fosse acontecer.

(b) O escritor do Gênesis, por revelação divina registra a fala de Deus no plural (Façamos). Esse é o nosso segundo detalhe. Na criação o homem se fez presente o Deus trino. Os dois primeiro versos já indicam a presença do Pai e do Espírito Santo. O apóstolo João, no início do seu evangelho nos revela que também o Filho estava presente e foi co-autor da criação.

(c) Deus anuncia que o homem será criado à Sua imagem e semelhança. Este é o nosso terceiro detalhe. Apenas o homem foi criado com essas características. Embora não seja possível compreender todas as implicações dessa semelhança, sabemos que Deus fez o homem moral, isto é, capaz de tomar decisões por si mesmo.

No verso 7... um detalhe (7) Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra(d) e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente.

(d) No segundo relato da criação, vemos que Deus criou o homem do pó da terra soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida. Aqui temos nosso quarto detalhe. Fomos criados com a capacidade de nos relacionarmos tanto com a criação de Deus como com o próprio Deus. Um ser com duas naturezas que não se separam: uma natural e outra sobrenatural.

Uma das perguntas que mais tem incomodado filósofos e pensadores no transcorrer da história da humanidade é “De onde viemos?” Temos sede de saber nossas origens. Faz parte da própria natureza humana o desejo de conhecer sua história. A nossa história faz parte da nossa identidade, de quem somos.

Embora, nos últimos duzentos anos, muitos pensadores, filósofos e cientistas tenham virado a costas para Deus e o renegado, a Bíblia continua afirmando que fomos criados por Ele com amor, carinho e esmero. Nossa história tem origem Nele. Nossa identidade, nosso valor estão ligado ao propósito com que fomos criados por Ele. Fora disso, só dúvida e insatisfação.

TENTAÇÃO E QUEDA

O escritor de Gênesis afirma que Deus criou um jardim para servir de moradia para o primeiro casal. Nesse jardim Deus colocou duas árvores especiais e proibiu o homem de comer o fruto de uma delas.

Há uma compreensão equivocada de que essa fruta (algumas pessoas resolveram achar que era uma maçã, quando a bíblia não diz qual era) representava o sexo. Mas isso não é verdade! O sexo foi criado por Deus como algo bom e nada tem a ver com a tentação pela qual o casal passou.

(8) E plantou o SENHOR Deus um jardim no Éden, na direção do Oriente, e pôs nele o homem que havia formado. (9) Do solo fez o SENHOR Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal. (10) E saía um rio do Éden para regar o jardim e dali se dividia, repartindo-se em quatro braços. ...(15) Tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar. (16) E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, (17) mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás. (Gênesis 2:8-10, 2:15-17)

A princípio, pode parece uma proibição gratuita e sem sentido. Por que não comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal? A resposta era simples: porque Deus o havia proibido. Todas as outras árvores, inclusive a árvore da vida, eram agradáveis à vista e boas para alimento, portanto não havia necessidade de comer da árvore que fora proibida.

Qual era a intenção de Deus?

Adão e Eva haviam sido criados com a capacidade e decidires por si mesmo. Deus os fez com autonomia de vontade. Eles não eram programados para obedecer ou amar, mas tinham vontade própria. Essa capacidade é uma confirmação de que foram criados à imagem e semelhança de Deus.

No jardim, Deus convivia com sua criação. Havia um relacionamento próximo entre o Criador e a criatura, ao ponto que à tardinha Deus passeava pelo jardim para conversar com o casal. Deus fez tudo isso por amor, um amor verdadeiro. Um amor espontâneo que é o único amor realmente digno.

Ele não foi forçado por ninguém a criar o homem, ele o fez por sua vontade embora não precisasse criá-lo. Não foi por obrigação que ele se esmerou ao fazer o jardim e nos demais detalhes da criação, Ele o fez livremente como um ato de amor. Só ama de verdade quem tem a opção de não amar. Esse é o único tipo de amor que pode fazer parte de um relacionamento com Deus.

O amor espontâneo de Adão e Eva pelo Criador deveria então ser confirmado pela decisão de obedecer por livre vontade a uma ordem recebida apenas porque ela havia sido dada por Deus. Seria uma decisão de confiança Nele.

Deus continua amando sua criação. Esse amor não é apenas da boca para fora. A Bíblia diz que Deus prova o seu amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Da mesma forma que Ele continua nos amando por sua livre vontade, Ele continua a nos oferecer a oportunidade de provarmos nossa confiança Nele através de nossa obediência.

Será que foi justo?

Mesmo compreendendo o propósito de Deus, algumas pessoas pensam que não foi justo da parte do Criador permitir que Lúcifer induzisse o jovem casal à desobediência. Mas, na verdade Deus foi completamente justo com eles.

1) Adão e Eva não carregavam consigo o peso do pecado. Eram habitados pelo Espírito de Deus e mantinha estreita comunhão com Ele;
2) A ordem era simples e foi claramente explicada. As conseqüências da desobediência também foram explicadas com clareza;
3) Eles não estavam privados de nada. Tinham tudo de que precisavam em abundância;
4) Eles tinham fortes razões para confiar em Deus, conheciam Sua vontade, experimentavam diariamente Sua presença e companhia.
5) Eles tinham acesso a Deus, poderiam ter pedido uma explicação sobre a história contada pela serpente.

Enfim, não havia desculpas. A desobediência foi resultado de uma decisão pessoal de cada um deles. Eles prefeririam confiar no que dissera a serpente. Viraram as costas para Deus.

Tenha certeza de que o Senhor é sempre justo e verdadeiro. Pode ser que a sua mente está cheia de dúvidas sobre Ele. Não se entristeça ou se apavore com isso. Coloque suas dúvidas e inquietações na presença de Deus em oração, pergunte pra Ele. Peça que Ele lhe responda em Sua Palavra, a Bíblia. O Senhor lhe esclarecerá os pensamentos. Mas não confie nas mentiras daquele que é mentiroso desde o princípio. Confie no Senhor!

A estratégia do inimigo

Já falamos desse púlpito algumas vezes que não devemos perder a perspectiva de que estamos em guerra. O inimigo é tremendamente poderoso, mas maior é aquele que está em nós do que o que está no mundo.

(1) Mas a serpente, mais sagaz que todos os animais selváticos que o SENHOR Deus tinha feito, disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? (2) Respondeu-lhe a mulher: Do fruto das árvores do jardim podemos comer, (3) mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais. (4) Então, a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis. (5) Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal. (6) Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu. (Gênesis 3:1-6)

Da mesma forma que Deus não o força a obedecê-Lo, Ele não permite que qualquer força espiritual o force a pecar. Ninguém o obriga a pecar. Pecamos por nossa própria vontade, por nossa própria decisão. O inimigo de Deus induz ao pecado (o que chamamos de tentação), mas somos nós que decidimos pecar. Assim, cada pessoa é também individualmente responsável pela conseqüência do seu pecado.

Mas como estamos em guerra precisamos conhecer as estratégias do inimigo de nossas almas.

(1) Satanás procura pontos fracos para atacar. Eva pode ter sido escolhida porque não ouvira a orientações diretamente de Deus, mas de Adão. Havia então a possibilidade de que Adão não houvesse explicado corretamente a sua esposa as orientações do Senhor. A verdade é que Eva, ao responder à serpente (verso 3), acrescenta coisas que Deus não havia deixado com ordem. Deus havia dito que eles não deveria comer o fruto, mas não havia qualquer orientação sobre não tocá-lo.

(2) Satanás, então, afirma uma mentira em forma de pergunta (É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?).. Lúcifer sabia qual tinha sido a ordem de Deus, mas ele também sabia que não poderia dizer mentiras abertas sobre Deus em um primeiro momento. Assim ele usa a pergunta para instigar a mente de Eva.

Esteja atento aos argumentos falaciosos. Hoje, muitos líderes religiosos, lobos em pele de ovelha, usam de perspicácia e boa lábia para enganar a fé dos simples. Apresentam-se como mestres do raciocínio, inteligentes e sensatos, mas sua lógica perfeita leva os incautos para longe de Deus.

(3) Em seu passo seguinte, a serpente coloca a palavra de Deus sob suspeição. Lúcifer mente com grande convicção (É certo que não morrereis!) com o objetivo de abalar a confiança que Eva tinha em Deus. O inimigo fala como se não tivesse qualquer dúvida de que a Palavra de Deus não é verdadeira.

Convicção não é sinal de verdade. Muitos estão convictamente envolvidos por uma mentira. Outros estão convictamente errados em suas idéias. A convicção só é boa quando fala da Verdade. Por isso não se sinta intimidado ou maravilhado com os convictos, avalie se aquilo que está sendo dito é verdade à luz da Palavra de Deus.

(4) Em seguida, a serpente põe em dúvida as motivações de Deus ao dar a sua ordem. (Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos...) Lúcifer conduz Eva a duvidar das boas intenções de Deus ao proibi-los de comer do fruto daquela árvore.

Todo cristão precisa permanecer bastante atento quando as motivações de Deus, já reveladas na Bíblia, são postas em dúvidas. Deus não muda. Quando a Bíblia afirma que ele é santo, justo, bondoso e misericordioso ela está afirmando uma verdade que não se altera. Quando a Bíblia diz que Deus é amor, que ele tem pensamentos de paz sobre nossas vidas, isso é uma verdade que não se altera. Quando o profeta afirma que Deus prefere vida íntegra a sacrifícios religiosos, ele está afirmando a verdade. Nele não sombra de mudança. Por isso rejeite as idéias que tentam denegrir as motivações do Senhor

(5) Por último, o inimigo acena com benefícios maiores que as promessas de Deus. (...e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal.). Uma mentira após a outra servem para provocar o orgulho no coração de Eva: ser igual a Deus sem precisar dar satisfações a Ele.

Fique em alerta quando lhe forem feitas promessas que Deus não fez. O Senhor cumprirá todas as suas promessas, mas Ele não tem qualquer compromisso com o que não prometeu. Confira com a Palavra de Deus, verifique as vidas dos servos de Deus registradas nas escrituras. O inimigo inventa promessas maiores do que as prometidas pelo Senhor para provocar em nós o desejo de sermos independentes dele.

Eva cedeu à tentação e comeu o fruto que havia sido proibido por Deus. Além disso, ofereceu o fruto ao seu marido que espontaneamente também comeu, tornando-se ambos culpados de seu próprio pecado.


CONCLUSÃO

Depois de haverem desobedecido, Adão e Eva esconderam-se de Deus. O jardim já não parecia tão bonito, e a presença de Deus já não era tão desejável. Olharam um para o outro e tiveram vergonha de si mesmos.

Eles não tiveram coragem para encontrar o Criador. Sabiam que O haviam desobedecido, mas não tinham coragem para confessar espontaneamente o seu pecado. Quando ouviram a voz do Senhor se esconderam.

Pode ser que seja exatamente essa a sua situação hoje à noite. Escondido e sem qualquer desejo da presença de Deus, porque você com o seu pecado sabe que rejeitou o Senhor, virou as costas para Ele como fizeram Adão e Eva. Hoje eu gostaria de lhe oferecer uma oportunidade para sair do seu esconderijo e correr para os braços do Pai.

No Éden, Deus chamou por Adão: Onde estás? Hoje Ele chama por você. Onde estás? Em Cristo Jesus há esperança para o seu pecado. As conseqüências do seu pecado foram lançadas contra Cristo, na Cruz e hoje você pode apropriar-se do perdão de Deus.

Adão tentou explicar o seu pecado, mas não havia explicação. Não tente explicar nada. Apenas aceite o amor sem motivos que Deus tem por você e que foi provado na cruz fincada no monte chamado calvário.

25 fevereiro 2007

O Poder que há na Cruz - 1

INTRODUÇÃO

Hoje, estamos começando uma série de mensagens através das quais eu gostaria de levar você a compreender e beneficiar-se do poder que há na Cruz de Cristo.

A cruz tornou-se, com o passar dos tempos, um dos símbolos mais marcantes do cristianismo, mas apenas alguns cristãos compreendem o seu significado e poucos se beneficiam do poder que há na Cruz de Cristo.

Durante sete semanas, a começar de hoje, examinaremos as Escrituras, vasculharemos os texto Sagradas, pedindo ao Espírito Santo que nos deixe reconhecer nelas novamente a Palavra do Deus Vivo.

A conclusão dessa série de mensagens que começa hoje acontecerá durante o Primeiro Encontro do Caminho. A série será concluída com algumas reflexões sobre o Caminho da Cruz. Cinco personagens da Bíblia que estiveram presentes aos pés da Cruz nos ajudarão a compreender o caminho que levou o Senhor Jesus a entregar a sua vida, morrendo crucificado no monte chamado Calvário.

Meus irmãos, eu creio firmemente que o Senhor tem preparado um rico tesouro cheio de verdades que irão transformar nossas vidas durante essas semanas. Creio também que durante esse encontro o Espírito de Deus nos libertará de conceitos e práticas estranhas ao evangelho de Jesus e nos dará maior compreensão sobre o mistério que envolve a Cruz de Cristo.


O EVANGELIQUÊS

Nós, os evangélicos, desenvolvemos com o passar do tempo uma linguagem nossa, própria para as nossas crenças, cheia de conceitos e clichês que dificilmente são compreendido pelos que não estão no convívio de uma igreja evangélica. Essa linguagem é conhecida por muitos como evangeliquês.

Assim, um irmão passa pelo outro e pergunta: tá na bênção?! Ao que o outro responde: fogo puro, meu irmãozinho! Essa é de Deus. Participamos de União de Mocidade (nenhuma relação com a escola de samba) ou vamos para um louvorzão. Nossos líderes são ministros e desenvolvem seus ministérios (sem nunca terem ido a Brasília).

Palavras como GRAÇA, BÊNÇÃO, ALELUIA, MISERICÓRDIA, MISSÕES, GRUPO PEQUENO, MINISTÉRIO, OBREIRO, CONVERSÃO, CÂNTICO, DIÁCONO, COMUNHÃO, LOUVOR, e muitas outras fazem sentido para nós, mas levam muita gente a franzir a testa ao tentar compreendê-las.

Se as palavras não são compreendidas, imagine as frases. Temos frases inteiras que não significam absolutamente nada fora das paredes da igreja. Algumas dessas frases fazem parte do nosso linguajar há tanto tempo que nós também já esquecemos o seu real significado.

Aceite a Jesus hoje, amanhã pode ser muito tarde.
O significa aceitar? Aceitar onde? Porque eu deveria? Tarde para que?

Só Jesus Cristo Salva! Salva de quê? Salva quem? Como ele salva? Quem ele salva? Quando essa salvação acontece?


CRUZ – SALVAÇÃO – PECADO

O uso indiscriminado e muitas vezes com intuito de manipulação tem tornado verdades essenciais em frase vazias de sentido. Mas não se engane! Essas são questões importantes sobre as quais não devemos ter dúvidas.

A mensagem central de Jesus está registrada no evangelho de (João 3:16). Jesus falar do amor de Deus pelas pessoas; amor que foi demonstrado na salvação preparada através da entrega do seu filho, Jesus Cristo. Deus é glorificado quando alguém é salvo! O amor dele é reconhecido e a sua bondade é afirmada quando alguém é salvo.

O evangelho de Jesus, a boa notícia de salvação, não pode ser separado da sua morte na cruz; Cruz e salvação fazem parte de uma mesma cena na história da humanidade. No entanto, a salvação e a cruz não seriam necessárias se o pecado não existisse.

O pecado é a razão pela qual precisamos ser salvos. O meu pecado e o seu pecado são os motivos pelos quais o Filho de Deus enfrentou a Cruz. Por isso, vamos nos deter por alguns minutos hoje em busca de compreender a origem, o significado e as conseqüências do pecado.

Compreender as verdades que relacionam a Cruz, a Salvação e o Pecado é compreender as coisas de Deus. São verdades que fazem sentido no mundo espiritual, por apenas com a revelação do Espírito de Deus poderemos sair daqui com elas cravadas em nossos corações.

Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito, que nele está? Assim, também as coisas de Deus, ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus. (I Coríntios 2:11)

Por isso eu gostaria de lhe convidar a fazer uma oração comigo: Senhor, eu quero compreender as verdades sobre a Cruz, a Salvação e o Pecado. Mostra-me!


ORIGEM DO PECADO

O Deus da Bíblia, criador dos céus e da terra, é a essência do amor e da bondade. O apóstolo João afirma isso:

(7) Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. (8) Aquele que não ama não conhece a deus, pois Deus é amor. (I João 4:7-8)

Deus é também santo. Ele é perfeito. Não há qualquer variação em seu caráter, que sempre se inclina para a santidade. Não há nele qualquer traço de dúvida, insegurança ou incerteza. Deus é plenamente confiável. Ser santo é para Ele a sua própria natureza. Pedro afirma isso:

(14) Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; (15) pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, (16) porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo. I Pedro 1:14-16

O Deus trino, criador de todas as coisas existe desde sempre. Ele existe fora das dimensões que chamamos de tempo e espaço. Na verdade tempo e espaço foram criados por Ele para a nossa existência e um dia terão também o seu fim.

Houve um ponto, na existência eterna de Deus, no qual ele criou os anjos. Nenhuma criação de Deus pode ser contrária a sua própria natureza. Por isso os anjos, seres espirituais diferentes dos homens, foram criados santos e perfeitos, prontos para viverem na presença de Deus e adorá-lo.

(4) Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra? Dize-mo, se tens entendimento. (5) Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel? (6) Sobre que estão fundadas as suas bases ou quem lhe assentou a pedra angular, (7) quando as estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus? (Jó 38:4-7)

Embora santos e perfeitos, os anjos foram criados com a capacidade de decidirem por si mesmos. Nem os anjos são obrigados a servirem a Deus, mas fazem isso de livre espontânea vontade. A liberdade de amar ou não a Deus é o que tornar esse amor verdadeiro. Se não houvesse a possibilidade de rejeitar a Deus, nossa decisão por ele não seria amor.

Foi do mau uso desse livre-arbítrio que surgiu o pecado. O pecado jamais poderia ser criado por Deus, porque é contrário a sua própria natureza. Lúcifer, um desses seres angelicais criados por Deus, permitiu que o orgulho enchesse seus pensamentos e usou o livre-arbítrio dado por Deus para rebelar-se contra o Criador, negar Sua santidade e rejeitar o Seu amor.

Das 29 vezes em que Satanás é citado nos evangelho, 25 vezes é o próprio Jesus quem está falando. Em uma dessas vezes ele repreende satanás dirigindo-se diretamente a Pedro. Jesus compreendeu que a tentativa de Pedro de desviá-lo da cruz era uma artimanha do adversário.

Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens. (Mateus 16:23)

Da mesma forma, encontramos os profetas Ezequiel e Isaías proferindo profecias contra os reis de Tiro e Babilônia, mas referindo-se ao anjo rebelde.

(12) Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! (13) Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; (14) subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo. (15) Contudo, serás precipitado para o reino dos mortos, no mais profundo do abismo. (Isaías 14:12-15)

(12) Filho do homem, levanta uma lamentação contra o rei de Tiro e dize-lhe: Assim diz o SENHOR Deus: Tu és o sinete da perfeição, cheio de sabedoria e formosura. (13) Estavas no Éden, jardim de Deus; de todas as pedras preciosas te cobrias: o sárdio, o topázio, o diamante, o berilo, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo e a esmeralda; de ouro se te fizeram os engastes e os ornamentos; no dia em que foste criado, foram eles preparados. (14) Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus, no brilho das pedras andavas. (15) Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniqüidade em ti. (16) Na multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei, profanado, fora do monte de Deus e te farei perecer, ó querubim da guarda, em meio ao brilho das pedras. (17) Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; lancei-te por terra, diante dos reis te pus, para que te contemplem. (Ezequiel 28:12-17)

O pecado tem sua origem na rebeldia de uma das criaturas de Deus que usando o livre-arbítrio que possuía, decidiu virar as costas ao seu Criador, negar a Sua perfeição e santidade, rejeitar o seu amor e por fim cobiçar o Seu lugar.

Em outro ponto, na existência eterna de Deus, o homem foi criado à Sua imagem e semelhança. Também criado santo e perfeito, o homem convivia com o Criador face a face. Além disso, também ao homem foi dado o livre-arbítrio: a capacidade de decidir, por si mesmo, se amaria o Criador.

Expulso da presença de Deus, o poderoso querubim investiu contra a nova criação de Deus e plantou em suas mentes a mesma semente do pecado que o havia afastado da presença do Deus Criador.

(1) Mas a serpente, mais sagaz que todos os animais selváticos que o SENHOR Deus tinha feito, disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? (2) Respondeu-lhe a mulher: Do fruto das árvores do jardim podemos comer, (3) mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais. (4) Então, a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis. (5) Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal. (6) Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu. (Gênesis 3:1-6)


O SIGNIFICADO DO PECADO

O Pecado é uma grande árvore com muitos galhos. Muita gente tenta compreendê-lo dando nome para cada um dos galhos. Embora seja necessário lidar com cada expressão do pecado em particular, é preciso compreender o pecado é um só: REJEITAR O DEUS CRIADOR, que é pessoal, soberano, santo, perfeito, bondoso, justo e fiel.

Lúcifer decidiu que não mais dependeria de Deus. Ele orgulhou-se tanto do seu brilho, das pedras preciosas que o cobriam, da sabedoria que possuía, do poder que exercia, que decidiu esquecer que a fonte de tudo era o Criador, e não ele. Serei igual ao altíssimo.

O pecado é responder NÃO para Deus:

Eu NÃO confio em Deus!
Eu NÃO acredito no seu amor!
Eu NÃO aceito a sua justiça!
Eu NÃO acredito na sua bondade!
Eu NÃO obedeço a sua Palavra!
Eu NÃO confio em suas decisões!
Eu NÃO me submeto ao seu poder!
Eu NÃO creio na sua existência!

Virar as costas para Deus e achar que podemos viver com alegria e realização dizendo NÃO ao criador da vida é uma ofensa contra quem Ele é. É uma insanidade! Uma mentira plantada no coração dos homens pelo Enganador, pelo pai da mentira.

Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira. (João 8:44)


AS CONSEQÜÊNCIAS DO PECADO

O Pecado separa de Deus

(1) Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. (2) Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça. (3) Porque as vossas mãos estão contaminadas de sangue, e os vossos dedos, de iniqüidade; os vossos lábios falam mentiras, e a vossa língua profere maldade. (4) Ninguém há que clame pela justiça, ninguém que compareça em juízo pela verdade; confiam no que é nulo e andam falando mentiras; concebem o mal e dão à luz a iniqüidade. (Isaías 59:1-4)

A santidade de Deus não pode conviver eternamente com o pecado. Ainda que por um tempo Ele nos suporte, por pura misericórdia, não é possível que alguém que deliberadamente renega o Criador conviva com Ele em paz e comunhão. O nosso pecado nos afasta da santidade de Deus. Ainda que não seja essa a sua vontade Dele, cada NÃO que dizemos para Deus e Seu jeito de ver a vida, nos leva para mais distante Dele.

O pecado escraviza

Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte ou da obediência para a justiça? (Romanos 6:16)

O apóstolo Paulo, escrevendo aos romanos, desfaz a idéia da liberdade absoluta, como se fosse possível ao homem fazer valer sua própria vontade. Nas palavras de Paulo nossa decisão deve ser: de quem queremos ser servos. A liberdade absoluta é um mito, uma farsa, uma mentira. De quem você quer ser servo? Quem opta pelo pecado e vira as costas a Deus torna-se servo do pecado. Mas quem virar as costas ao pecado e disser sim para Deus, se tornará servo do Deus eterno e será alvo do seu amor permanente e carinhoso.

O pecado gera morte

Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, (Efésios 2:1)

E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; (Colossenses 2:13)

Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte. (Tiago 1:15)

porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor. (Romanos 6:23)


As palavras dos apóstolos são reflexos do que Deus já havia revelado nas escrituras. Desde o jardim Ele avisara que a desobediência levaria à morte.

(15) Tomou, pois, o SENHOR Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar. (16) E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, (17) mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás. (Gênesis 2:15-17)

Foi exatamente nesse ponto que a serpente ludibriou o primeiro casal e é nesse ponto que ainda hoje Satanás tenta enganar com suas mentiras.

Então, a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis. (Gênesis 3:4)

Sobre que morte Deus estava falando? Depois de consumado o pecado, Adão e Eva realmente não morreram. A serpente estava certa?

Deus nos criou para a eternidade. Com uma alma eterna e um corpo eterno. Não fomos criados para a morte! Ela é um incidente previsível na história de Deus planejou para a raça humana.

A primeira morte é a morte do corpo. O pecado trouxe morte, deterioração. Nossos corpos se decompõem. Morrem por causa da nossa transgressão. É claro que isso não aconteceu de imediato com Adão e Eva, na verdade eles fizeram parte de uma geração bastante longeva. Adão viveu 930 anos, mas morreu. Deus tinha razão; a serpente está mentindo. O pecado gerou a morte.

A segunda morte é a impossibilidade de permanecer na presença de Deus. Essa morte é muito mais terrível do que a primeira e tem efeitos por toda a eternidade. Se a morte do corpo é a sua destruição, a morte do espírito é a sua existência eternamente longe de Deus.

Ao encorajar seus discípulos diante dos sofrimentos e perseguições pelos quais eles passariam, Jesus fez um alerta muito importante.

Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo. (Mateus 10:28)

O Diabo vende sua mentira dizendo que não precisamos nos preocupara com essa coisa de morte.

· Ora ele tenta enganar dizendo que a eternidade não existe;
· Ora ele divulga a mentira que vamos passar por muitas vidas;
· Ora ele tenta passar uma imagem distorcida do caráter de Deus, afirmando que ele não separaria ninguém dele.

Apenas diversas maneiras de dizer: certamente não morrereis.


CONCLUSÃO

Precisamos de salvação, porque o pecado é um vírus replicante que tem tomado conta da raça humana. O pecado destrói nossos relacionamentos com Deus, como os outros seres humanos e também a imagem que temos de nós mesmos.

Precisamos de salvação, porque o pecado nos torna inaceitáveis na presença santa de Deus. Por isso, se não formos alcançados por essa salvação, nosso destino eterno é o inferno, a eterna separação do amor de Deus.

O plano de Deus para essa salvação encontrou seu ápice na Cruz de Cristo. Por isso não é possível compreender a Cruz sem antes compreender o estado lastimoso em que nos encontramos.

(1) Diz o insensato no seu coração: Não há Deus. Corrompem-se e praticam abominação; já não há quem faça o bem. (2) Do céu olha o SENHOR para os filhos dos homens, para ver se há quem entenda, se há quem busque a Deus. (3) Todos se extraviaram e juntamente se corromperam; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. (Salmos 14:1-3)

(10) Não há um justo, nem um sequer (11) não há quem entenda, não há quem busque a Deus; (12) todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. (13) A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios, (14) a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura; (15) são os seus pés velozes para derramar sangue, (16) nos seus caminhos, há destruição e miséria; (17) desconheceram o caminho da paz. (18) Não há temor de Deus diante de seus olhos. (Romanos 3:11-18)

Essa é a real situação de toda a raça humana, que virou as costas para Deus. Mas você não precisa continuar dizendo NÃO. Hoje mesmo você pode dizer SIM e ser alcançado pela salvação que vem da Cruz de Cristo.

Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo. (I João 3:8)

24 janeiro 2007

Martin Luther King (1929-1968)

Martin Luther King nasceu em 15 de janeiro de 1929 em Atlanta na Georgia, filho primogênito de uma família de negros norte-americanos de classe média. Seu pai era pastor batista e sua mãe era professora.

Com 19 anos de idade Luther King se tornou pastor batista e mais tarde se formou teólogo no Seminário de Crozer. Também fez pós-graduação na universidade de Boston, onde conheceu Coretta Scott, uma estudante de música com quem se casou.

Em seus estudos se dedicou aos temas de filosofia de protesto não violento, inspirando-se nas idéias do indu Mohandas K. Gandhi.

Em 1954 tornou-se pastor da igreja batista de Montgomery, Alabama. Em 1955, houve um boicote ao transporte da cidade como forma de protesto a um ato discriminatório a uma passageira negra, Luther King como presidente da Associação de Melhoramento de Montgomery, organizou o movimento, que durou um ano, King teve sua casa bombardeada. Foi assim que ele iniciou a luta pelos direitos civis nos Estados Unidos.

Em 1957 Luther King ajuda a fundar a Conferência da Liderança Cristã no Sul (SCLC), uma organização de igrejas e sacerdotes negros. King tornou-se o líder da organização, que tinha como objetivo acabar com as leis de segregação por meio de manifestações e boicotes pacíficos.

Vai a Índia em 1959 estudar mais sobre as formas de protesto pacífico de Gandhi.

No início da década de 1960, King liderou uma série de protestos em diversas idades norte-americanas. Ele organizou manifestações para protestar contra a segregação racial em hotéis, restaurantes e outros lugares públicos. Durante uma manifestação, King foi preso, tendo sido acusado de causar desordem pública.

Em 1963 liderou um movimento massivo, "A Marcha para Washington", pelos direitos civis no Alabama, organizando campanhas por eleitores negros, foi um protesto que contou com a participação de mais de 200.000 pessoas que se manifestaram em prol dos direitos civis de todos os cidadãos dos Estados Unidos. A não-violência tornou-se sua maneira de demonstrar resistência. Foi novamente preso diversas vezes. Neste mesmo ano liderou a histórica passeata em Washington onde proferiu seu famoso discurso "I have a dream" ("Eu tenho um sonho"). Em 1964 foi premiado com o Nobel da Paz.

Os movimentos continuaram, em 1965 ele liderou uma nova marcha. Uma das conseqüências dessa marcha foi a aprovação da Lei dos Direitos de Voto de 1965 que abolia o uso de exames que visavam impedir a população negra de votar.

Em 1967 King uniu-se ao Movimento pela Paz no Vietnam, o que causou um impacto negativo entre os negros. Outros líderes negros não concordaram com esta mudança de prioridades dos direitos civis para o movimento pela paz.

Em 4 de abril de 1968 King foi baleado e morto em Memphis, Tenessee, por um branco que foi preso e condenado a 99 anos de prisão.

Em 1983, a terceira segunda-feira do mês de janeiro foi decretada feriado nacional em homenagem ao aniversário de Martin Luther King Jr.'s.

Fonte: http://www.lutherking.hpgvip.ig.com.br/biografia.html