31 dezembro 2006

Janelas de Mudança

Janelas

Ao cabo de quarenta dias, abriu Noé a janela que fizera na arca (Gênesis 8:6)

Um tema que me chamou atenção essa semana diz respeito às janelas. Elas aparecem por toda a Bíblia. Foi por uma janela que Noé viu os primeiros raios de sol após um dilúvio de 40 dias

Ela (Raabe), então, os fez descer por uma corda pela janela, porque a casa em que residia estava sobre o muro da cidade. (Josué 2:15)

se, vindo nós à terra, não atares este cordão de fio de escarlata à janela por onde nos fizeste descer; e se não recolheres em casa contigo teu pai, e tua mãe, e teus irmãos, e a toda a família de teu pai. (Josué 2:18)

Em uma janela os homens que estavam espionando a cidade de Jericó foram descidos por uma corda por Raabe. Nessa mesma janela Raabe prendeu um pano vermelho para que ela e sua família fossem poupados quando Josué chegasse

A mãe de Sísera olhava pela janela e exclamava pela grade: Por que tarda em vir o seu carro? Por que se demoram os passos dos seus cavalos? (Juízes 5:28)

Foi também por uma janela que a mãe de Sísera lamentou a demora do seu filho; sem saber que ele havia sido morto.

Então, Mical desceu Davi por uma janela; e ele se foi, fugiu e escapou. (I Samuel 19:12)

Ao entrar a arca do SENHOR na Cidade de Davi, Mical, filha de Saul, estava olhando pela janela e, vendo ao rei Davi, que ia saltando e dançando diante do SENHOR, o desprezou no seu coração. (II Samuel 6:16)

Perseguido por Saul, Davi fugiu por uma janela, ajudado por Mical sua esposa. Nessa mesma janela, Mical viu Davi saltando e dançando diante da arca do Senhor e fez pouco caso dele.

Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa e, em cima, no seu quarto, onde havia janelas abertas do lado de Jerusalém, três vezes por dia, se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como costumava fazer. (Daniel 6:10)

Foi através de uma janela que os inimigos de Daniel o viram orando ao Senhor três vezes ao dia o denunciaram ao rei.

mas, num grande cesto, me (Paulo) desceram por uma janela da muralha abaixo, e assim me livrei das suas mãos.(II Coríntios 11:33)

O apóstolo Paulo conta que Damasco livrou-se de ser preso através de uma janela, por onde ele foi descido por um corda.

Um jovem, chamado Êutico, que estava sentado numa janela, adormecendo profundamente durante o prolongado discurso de Paulo, vencido pelo sono, caiu do terceiro andar abaixo e foi levantado morto. (Atos 20:9)

E por último, o inusitado caso de Êutico, um jovem que ouvia a pregação do apóstolo Paulo de uma janela no terceiro andar e lá por volta da meia noite dormiu, caiu da janela e morreu.

As janelas parecem não significar nada, mas fizeram parte das grandes narrativas da Bíblia, testemunha de muitos acontecimentos que marcaram o povo de Deus.

As janelas são curiosas, porque nos permitem olhar para além dos limites em que estamos, a enxergar tanto o mundo lá fora, quanto o interior de onde estamos e também de quem somos.

Outro tema que tem chamado a minha atenção é a Criação do universo. Porque Deus não criou o universo de uma vez só? Ele poderia, num estalar de dedos, fazer surgir tudo o que estava em sua mente. Sem “perda de tempo”, sem tem que esperar nada, bem ao gosto da nossa cultura fast food.

Ao invés disso, Ele que não está sujeito ao tempo, criou o mundo em etapas, em partes. Penso que há sabedoria nisso.

Ao criar o mundo em etapas, Deus que não teve começo nem fim e que encerrou sua criação sob o tempo nos deixou como legado começos, fins e recomeços. É mais ou menos assim: começa o primeiro dia... Termina o primeiro dia, começa o segundo dia... Termina o segundo dia e assim por diante. Todos eles com manhãs e tardes, que também começam e terminam. É assim no Gênesis, o livro dos começos.

Hoje mais um ano termina, mais um ano vai começar! E quando isso acontece, abre-se uma janela. Uma janela de mudança. Uma janela da qual todos precisamos desesperadamente e sem a qual a transformação que Deus deseja fazer em nós jamais acontecerá. Na verdade é graças aos fins e aos recomeços que podemos mudar a direção da vida.

Final de ano é sempre assim, cheio de promessas de coisas novas, e o desejo de recomeçar. Vou para de beber, vou parar de fumar, vou fazer exercício, vou estudar mais, vou quebrar o cartão de crédito, vou fazer as pazes com aquele parente chato, vou sair mais com os meus filhos, vou tentar mais uma vez salvar meu casamento, vou ler mais (um livro por mês), vou dizer um basta para os abusos do chefe, vou ter coragem para demitir o funcionário relapso... Enfim, esse ano vai ser diferente!

O início de 2007 abre à sua frente uma janela de mudança. O que você deseja mudar? O que você realmente gostaria que fosse diferente?

Hoje à noite, véspera de um novo ano, eu gostaria de lhe desafiar a mudar três coisas em sua vida. Não que o desejo de mudança que está agora em sua mente não seja legítimo e necessário. Mas eu quero lhe desafiar a aproveitar a janela de mudança que Deus tem colocado à sua frente nesse final e início de ano para mudar coisas essenciais:

(1) A maneira como você vê Deus;
(2) A imagem que você tem de si mesmo;
(3) A forma do seu relacionamento com Ele.

O ponto de partida é como você enxerga Deus. Como você o descreveria? A quem você o compararia?

Há pessoas que vêem Deus como um carrasco, pronto a desferir um castigo sobre suas vidas. Pra essas pessoas, Deus tem numa das mãos um caderneta onde Ele anota todos os nossos erros e na outra um chicote pronto a açoitar os pecadores.


Quem enxerga Deus dessa maneira, vê a si mesmo com um sofredor nas mãos de um Deus exigente, alguém que precisar se esforçar para pagar sua dívida com Deus afim de não ser castigado.

E quando essas são as imagens que temos de Deus e de nós mesmos, nosso relacionamento com Ele acontece na base do medo.

Há outras pessoas que vêem Deus como um Rei velhinho senil, de bengala na mão, esquecendo as coisas e sem capacidade para entender os problemas do (nosso) mundo. Para essas pessoas, Deus precisa ser ajudado, E precisa de conselho porque já não está assim com essa bola toda.


Quem olha para Deus e enxerga o Rei velhinho, (com poder, mas senil), olha pra si mesmo e vê um super-homem, uma super-mulher, capaz de solucionar os problemas do resto do mundo.

E aí é inevitável. Quando Deus é um rei senil e nós somos super-seres-humanos, nosso relacionamento com Ele é na base da manipulação.

Há pessoas que guardam em suas mentes a idéia de Deus como um criador relapso, que depois de criar abandonou sua criação à própria sorte. Um Deus displicente que não se importa com o sofrimento humano. Para essas pessoas, Deus não merece crédito.


Por isso, elas vêem a si mesmas como auto-suficientes e como perda de tempo voltar qualquer parte de suas vidas em direção a Deus.

São pessoas que se tornaram indiferentes em seu relacionamento com Deus: Ele não me incomoda e eu não o incomodo.

Como você vê Deus?
Como você vê a si mesmo?
Como você se relaciona com Deus?

Hoje, último dia do ano, abre-se uma janela de mudança pra você!

Para aproveitar essa janela de final de ano e mudar sua imagem a respeito de Deus, nada melhor que conhecer o que a Bíblia fala sobre Ele. A Bíblia está repleta de descrições a respeito de Deus e do seu caráter.

Ele é o Criador e também o noivo que ama sua noiva (a igreja); ele é um general na guerra e um Rei sobre o seu povo; Ele é juiz que julga com retidão e o pastor que cuida das ovelhas; Ele é protege como um escudo e sacia a sede como uma fonte de água. Ele é o agricultor que cuida da sua plantação

Jesus, no entanto, nos ensina que Deus é como um pai. Foi assim que ele nos ensinou a orar: Pai nosso que estás nos céus... Entre pais e filhos há um relacionamento indissolúvel. Um relacionamento de proximidade que nunca deixará de existir, aconteça o que acontecer.

Nossos pais talvez não foram exemplo em tudo, tiveram suas falhas; nós também não somos tão bons pais como gostaríamos. Por isso precisamos saber que tipo de pai é Deus.

Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso pai celeste sabe que necessitais de todas elas (Mateus 6:32)

Deus é um pai que conhece nossas necessidades. Ele não é um pai desligado, que precisa ser avisado todos os dias do que precisamos. Ele também sabe fazer a diferença entre o que precisamos e o que desejamos e não se deixa manipular.

Sede misericordiosos, como também é misericordioso vosso pai. (Lucas 6:36)

Deus não retribui na medida no nosso merecimento. Ele é misericordioso. Muita gente acha que tem recebido de Deus muito menos do que merece. A Bíblia diz que temos recebido muito mais, porque o justo pagamento pelo nosso pecado seria a separação eterna de Deus. Em vez disso ele nos oferece vida

Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. (João 4:23)

Deus se agrada com adoração de verdade. Não é apenas cantar, tocar um instrumento ou levantar as mãos (isso também!), mas, sobretudo viver vida digna, honesta e condizente com o caráter de Cristo.

Porque assim como o pai tem vida em si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida em si mesmo. (João 5:26)

Deus não depende da sua criação. Ele é a fonte da vida. Deus existe independente da nossa existência. Porque Ele é Deus de todo o universo, não apenas da raça humana. Toda a existência, toda a vida emana dele. Isso quer dizer que fora dele só há morte. Mais perto de Deus, mais vida; longe de Deus, morte.

De fato, a vontade de meu pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. (João 6:40)

Deus não tem prazer em ficar longe da sua criação. A vontade dele é que todos vivam ao seu lado e sejam salvos da morte. O caminho para isso é a fé no Filho de Deus.

Na casa de meu pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. (João 14:2)

Deus é um pai provedor. Ele tem casa preparada para todos. Não é conto de fada, não é mitologia, nem conversa pra boi dormir. Não depende de mim, nem de você acreditar. Mas a verdade é que Deus tem lugar preparado para todos os que o amam e o buscam.

(6) porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe. (7) É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige? (Hebreus 12:6 – 7)

Deus não deixa seus filhos sem correção. Deus nunca se deixou levar pela psicologia que afirmava não haver necessidade de disciplinar os filhos. Ele sempre fez e ainda faz isso. Sua disciplina nasce do seu amor por nós. Ainda que cause dor e tristeza por um momento, Ele nos corrige para que o caráter de Cristo seja formado em nós.

Bendito seja o Deus e pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação! (II Coríntios 1:3)

Ele é o Deus que consola. Carrascos não consolam, reis senis não consolam, criadores relapsos não consolam. Mas o Pai Amoroso consola. Seu Espírito é chamado de Consolador, porque ele tem prazer em vir ao encontro dos nossos medos e inquietações.

Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso pai celeste. (Mateus 5:48)

Ele não é como os nossos pais foram, nem tampouco como nós somos. Ele é perfeito. Por isso podemos confiar!

Com quem é a sua comunhão? É com o Deus da Bíblia? Hoje muitas pessoas têm inventado seu próprio Deus. Digo inventado porque falam de um Deus diferente do Deus da Bíblia.

O que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o pai e com seu Filho, Jesus Cristo. (I João 1:3)

Para ver a Deus como esse pai amoroso, é preciso chegar-se a Ele através de Jesus Cristo, por isso muitos não conhecem o Deus da Bíblia como Pai: porque não têm comunhão com o Filho.

Quando Deus é carrasco, nós somos vítimas; quando Deus é um rei senil, nós é que somos os conselheiros dele; quando Deus é um criador relapso, nós criatura abandonadas; mas quando Deus é pai amoroso, nós somos filhos amados. É isso que a Bíblia diz sobre Deus e sobre todos os que um dia compreenderam a terrível situação do ser humano sem Deus e correram para os braços de Cristo.

Quando Deus é pai amoroso e nós filhos amados, nosso relacionamento com Ele passa a ser de confiança. Sabemos que ele nunca nos abandonará e que deseja nos dar vida abundante, agora e por toda eternidade.

Hoje é dia de aproveitar a janela de mudança. É dia de mudar seus conceitos sobre Deus, sobre você mesmo, e sobre seu relacionamento com Ele. Em 2007, aceite o desafio de aprender na prática, no seu viver diário, sobre o caráter do Deus da Bíblia. Reconheça o grande amor dele revelado em Jesus Cristo e confie. Como uma criança que pula sem medo para os braços do pai, entregue cada dia desse novo ano aos cuidados do Pai. Ele não vai decepcioná-lo.

29 dezembro 2006

Janelas de Mudança


Porque Deus não criou o universo de uma vez só? Ele poderia, num estalar de dedos, fazer surgir tudo o que estava em sua mente. Sem “perda de tempo”, sem tem que esperar nada, bem ao gosto da nossa cultura fast food. Ao invés disso, Ele, que não está sujeito ao tempo, criou o mundo em etapas, em partes. Penso que há sabedoria nisso.

Ao criar o mundo em etapas, o Deus que não teve começo nem fim e que encerrou sua criação sob o tempo nos deixou como legado começos, fins e recomeços. Começa o primeiro dia... Termina o primeiro dia, começa o segundo dia... Termina o segundo dia e assim por diante. Todos eles com manhãs e tardes. É assim no Gênesis, o livro dos começos.

Mais um ano termina, mais um ano vai começar! E quando isso acontece, abre-se a janela da mudança. Uma janela de que precisamos desesperadamente e sem a qual a transformação que Deus deseja fazer em nós jamais acontecerá. Os fins e recomeços nos permitem mudar a direção da vida. Não só decidir mudar, mas parar de caminhar na direção em que se vai, virar-se e caminhar em outra direção.

Em 2007 desejamos que as janelas de mudança se abram em sua vida e sejam aproveitadas.

Desejamos que as novas direções sejam tomadas pelo conselho da Palavra de Deus e que a força para manter-se nos novos caminhos venha da presença do Seu Espírito em você. Que você encontre sabedoria para as decisões que irá tomar; sabedoria do alto, não aquela produzida no coração humano. Que o tempo (essa dimensão em que Deus nos encerrou), seus começos, fins e recomeços permitam-lhe ver o amor do Criador revelado em Jesus Cristo e assim render-se a Ele confiadamente.

Boas Festas e Feliz 2007!

Aristarco
Marina
Lídia
Levi

Janelas de Mudança


Porque Deus não criou o universo de uma vez só? Ele poderia, num estalar de dedos, fazer surgir tudo o que estava em sua mente. Sem “perda de tempo”, sem tem que esperar nada, bem ao gosto da nossa cultura fast food. Ao invés disso, Ele, que não está sujeito ao tempo, criou o mundo em etapas, em partes. Penso que há sabedoria nisso.

Ao criar o mundo em etapas, o Deus que não teve começo nem fim e que encerrou sua criação sob o tempo nos deixou como legado começos, fins e recomeços. Começa o primeiro dia... Termina o primeiro dia, começa o segundo dia... Termina o segundo dia e assim por diante. Todos eles com manhãs e tardes. É assim no Gênesis, o livro dos começos.

Mais um ano termina, mais um ano vai começar! E quando isso acontece, abre-se a janela da mudança. Uma janela de que precisamos desesperadamente e sem a qual a transformação que Deus deseja fazer em nós jamais acontecerá. Os fins e recomeços nos permitem mudar a direção da vida. Não só decidir mudar, mas parar de caminhar na direção em que se vai, virar-se e caminhar em outra direção.

Em 2007 desejamos que as janelas de mudança se abram em sua vida e sejam aproveitadas.

Desejamos que as novas direções sejam tomadas pelo conselho da Palavra de Deus e que a força para manter-se nos novos caminhos venha da presença do Seu Espírito em você. Que você encontre sabedoria para as decisões que irá tomar; sabedoria do alto, não aquela produzida no coração humano. Que o tempo (essa dimensão em que Deus nos encerrou), seus começos, fins e recomeços permitam-lhe ver o amor do Criador revelado em Jesus Cristo e assim render-se a Ele confiadamente.

Boas Festas e Feliz 2007!

Aristarco
Marina
Lídia
Levi

24 dezembro 2006

Sete Pecados Capitais - Preguiça

Nossa reflexão hoje será sobre a preguiça, o quarto dos sete pecados capitais. A preguiça é um pecado de omissão. Quando o assunto é preguiça não há uma atitude negativa, mas sim a ausência de atitudes positivas.

Os pecados sobre os quais estamos refletindo são chamados capitais porque abrem portais para que a alma humana demonstre seu afastamento de Deus. Pecados que, por assim dizer, chamam outros pecados e lhe dão vez e voz. Para esses pecados capitais temos encontrado nas Escrituras, tanto nas bem-aventuranças quanto na oração modelo de Jesus, os recursos que nos auxiliam a permanecer longe deles e próximos da graça de Deus.

Sob esse aspecto, a preguiça como a conhecemos não parece ser tão capital assim. Hoje em dia, na verdade, ela se tornou até simpática, desejada por quase todo mundo e alvo de inúmeras campanhas publicitárias. Preguiça, espreguiçar, espreguiçadeira, chinelo de dedo, férias, sono, descanso, o que há de mal nisso? Será que a preguiça é algo tão sério assim, que mereça ser considerada um pecado capital?

O que a preguiça não é

A preguiça listada como um dos sete pecados capitais precisa ser melhor definida para que compreendamos sua seriedade. Ela é muito mais que falta do que fazer, indolência ou letargia, embora essas atitudes acompanhem muitos preguiçoso. A preguiça dos sete pecados capitais também não é a desocupação nem a despreocupação (que em excesso torna a pessoa relapsa). Além disso, preguiça não é depressão, embora a tristeza profunda possa ter origem nesse pecado capital.

O que a preguiça é

A preguiça, que era descrita nas primeiras relações dos pecados capitais como acídia, é uma condição de desânimo espiritual explícito de quem desistiu de buscar a Deus, ao bom e ao belo.

Acídia é uma lassidão de espírito, de sentimento, e também de corpo, um desânimo em relação ao valor das coisas concernentes a Deus. É a desistência de investigar e de compreender sobre as coisas que dizem respeito ao espírito.

Os cristãos da idade média falavam da preguiça como “o demônio do meio-dia”. É aquele tipo de tédio, de tristeza que assola a alma humana em plena luz do dia. Hoje, usamos expressões como “falta de interesse pela vida”, “desesperança”, “paralisia da vontade” e “tédio indiferente”.

Essa tristeza, chamada acídia, e apelidada de preguiça, assola a vida daqueles que, ao se depararem com as coisas relativas ao Espírito e constatarem sua grandeza ficam paralisados e se enchem de medo. São pessoas que têm medo de que algo muito bom lhes aconteça. A acídia é uma espécie de humildade corrompida, que desacredita da vontade de Deus em nos fazer o bem porque não reconhece em Deus o Bem Supremo.

(19) Então, partimos de Horebe e caminhamos por todo aquele grande e terrível deserto que vistes, pelo caminho da região montanhosa dos amorreus, como o SENHOR, nosso Deus, nos ordenara; e chegamos a Cades-Barnéia. (20) Então, eu vos disse: tendes chegado à região montanhosa dos amorreus, que o SENHOR, nosso Deus, nos dá. (21) Eis que o SENHOR, teu Deus, te colocou esta terra diante de ti. Sobe, possui-a, como te falou o SENHOR, Deus de teus pais: Não temas e não te assustes. (22) Então, todos vós vos chegastes a mim e dissestes: Mandemos homens adiante de nós, para que nos espiem a terra e nos digam por que caminho devemos subir e a que cidades devemos ir. (23) Isto me pareceu bem; de maneira que tomei, dentre vós, doze homens, de cada tribo um homem. (24) E foram-se, e subiram à região montanhosa, e, espiando a terra, vieram até o vale de Escol, (25) e tomaram do fruto da terra nas mãos, e no-lo trouxeram, e nos informaram, dizendo: É terra boa que nos dá o SENHOR, nosso Deus. (26) Porém vós não quisestes subir, mas fostes rebeldes à ordem do SENHOR, vosso Deus. (27) Murmurastes nas vossas tendas e dissestes: Tem o SENHOR contra nós ódio; por isso, nos tirou da terra do Egito para nos entregar nas mãos dos amorreus e destruir-nos. (28) Para onde subiremos? Nossos irmãos fizeram com que se derretesse o nosso coração, dizendo: Maior e mais alto do que nós é este povo; as cidades são grandes e fortificadas até aos céus. Também vimos ali os filhos dos anaquins. (29) Então, eu vos disse: não vos espanteis, nem os temais. (30) O SENHOR, vosso Deus, que vai adiante de vós, ele pelejará por vós, segundo tudo o que fez conosco, diante de vossos olhos, no Egito, (31) como também no deserto, onde vistes que o SENHOR, vosso Deus, nele vos levou, como um homem leva a seu filho, por todo o caminho pelo qual andastes, até chegardes a este lugar. (32) Mas nem por isso crestes no SENHOR, vosso Deus, (33) que foi adiante de vós por todo o caminho, para vos procurar o lugar onde deveríeis acampar; de noite, no fogo, para vos mostrar o caminho por onde havíeis de andar, e, de dia, na nuvem. (34) Tendo, pois, ouvido o SENHOR as vossas palavras, indignou-se e jurou, dizendo: (35) Certamente, nenhum dos homens desta maligna geração verá a boa terra que jurei dar a vossos pais, (36) salvo Calebe, filho de Jefoné; ele a verá, e a terra que pisou darei a ele e a seus filhos, porquanto perseverou em seguir ao SENHOR. (Deuteronômio 1:19-36)

Tem o SENHOR contra nós ódio; por isso, nos tirou da terra do Egito para nos entregar nas mãos dos amorreus e destruir-nos.

É assim que você olha para vida? É assim que você olha para Deus? É difícil para você acreditar que o Senhor lhe deseja coisas boas? Você está sempre tentando escapar Dele como um pequeno inseto tentando não ser destruído? É provável que você não conheça bem Deus criador do universo! Porque o medo nasce e cresce no vazio do desconhecimento, da falta de intimidade.

O apóstolo Paulo, escrevendo aos crentes de Éfeso, revela seu desejo intenso de que os irmãos daquela cidade tivessem prazer em investigar e conhecer o amor de Deus revelado em Cristo Jesus. O resultado dessa aventura de investigação sobre o amor de Deus é sermos tomados da Sua plenitude, isto é enxergarmos o sentido da vida assim como Ele a vê.

(14) Por esta causa, me ponho de joelhos diante do Pai, (15) de quem toma o nome toda família, tanto no céu como sobre a terra, (16) para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior; (17) e, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, (18) a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade (19) e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus. (Efésios 3:14-19)

Sabemos que nossos recursos interiores são escassos e pouco eficazes para dar sentido à existência porque sabemos por experiência própria que em nós mesmos não há bem algum. Se, além disso, rejeitamos a graça e o amor de Deus, como fez o povo de Israel ali no deserto, rejeitamos o próprio Deus como o Bem supremo, O resultado é tristeza profunda e a perda do gosto pela vida que consome os que sofrem com a preguiça.

A gravidade da acídia está exatamente na apatia diante da graça de Deus e na rejeição ao projeto de Deus para a vida. Ao rejeitar o Senhor como o Sumo Bem, a pessoa dominada pela acídia é como alguém no 20° andar de um prédio em chamas que tranca a porta do apartamento, impedindo os bombeiros de salvá-lo, joga as chaves pela janela e senta no sofá da sala se lamentando do calor e da fumaça.

Deus não nos criou para a tristeza

John Piper, escritor e teólogo cristão, publicou um livro chamado Teologia da Alegria. Nesse livro, ele procura demonstrar que Deus nos criou para o prazer e a alegria, não para a tristeza e a depressão. Ele nos fez em condições de usufruirmos dessa felicidade plena que está reservada para aqueles que a buscam nele mesmo, que é o Bem Supremo. Deus é a expressão máxima de alegria e satisfação e nos fomos criados com um dispositivo que nos induz a buscar essa plena realização.

É por isso que Gregório Magno, em suas reflexões sobre a acídia, afirma que “ninguém pode permanecer por muito tempo em tristeza, sem prazer”. É por isso também que a acídia trás consigo o desespero: Desespero de livrar-se da tristeza e encontrar alegria e significado para a vida.

Naturalmente, nós nos afastamos daquilo que nos entristece e buscamos aquilo que nos alegra. E quando nada relativo a Deus nos agrada, acabamos por buscar alegria, satisfação e prazer em qualquer outra coisa, ainda que essas coisas ofereçam apenas pequenas doses de alegria, uma satisfação de curta duração.

A acídia então faz dois convites àqueles que se tornam indiferentes à Graça de Deus: o primeiro é um convite ao torpor e à pusilanimidade; o outro, ao ativismo e à inquietação.

Torpor e pusilanimidade são o lado mais conhecido da preguiça. Sem ver sentido nem direção para a vida, o preguiçoso se abandona, pratica uma espécie de suicídio da alma. O escritor de Provérbios faz uma verdadeira ressonância magnética do torpor que toma conta do homem dominado pela acídia.

O preguiçoso não lavra por causa do inverno, pelo que, na sega, procura e nada encontra. (Provérbios 20:4)

O preguiçoso morre desejando, porque as suas mãos recusam trabalhar. (Provérbios 21:25)

(13) Diz o preguiçoso: Um leão está no caminho; um leão está nas ruas. (14) Como a porta se revolve nos seus gonzos, assim, o preguiçoso, no seu leito. (15) O preguiçoso mete a mão no prato e não quer ter o trabalho de a levar à boca. (16) Mais sábio é o preguiçoso a seus próprios olhos do que sete homens que sabem responder bem. (Provérbios 26:13-16)

(6) Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, considera os seus caminhos e sê sábio. (7) Não tendo ela chefe, nem oficial, nem comandante, (8) no estio, prepara o seu pão, na sega, ajunta o seu mantimento. (9) Ó preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantarás do teu sono? (10) Um pouco para dormir, um pouco para tosquenejar, um pouco para encruzar os braços em repouso, (11) assim sobrevirá a tua pobreza como um ladrão, e a tua necessidade, como um homem armado. (Provérbios 6:6-11).

Em nossos dias o torpor provocado pela acídia é cantado em verso e prosa e louvado pelos círculos culturais como uma expressão de vida legítima e satisfatória.

Zeca Pagodinho canta um refrão muito conhecido da composição de Serginho Meriti, que tem se tornado o hino de uma geração “Deixa a vida me levar (vida leva eu)”. O restante da letra (que ninguém sabe nem canta) é até interessante, mas o refrão, cantado em mesas de bar e treinamentos de recursos humanos, é um convite ao torpor e ao abandono de si mesmo.

Expressões do tipo “tô nem aí”, “pra mim tanto faz”, “e eu com isso” revelam a indiferença de gerações que não se importam com nada. Vivem numa preguiça monótona e desinteressada, desapaixonada, que não têm valores pelos quais lutar.

Soren Keirkegaard, foi um dos principais filósofos e pensadores cristãos do século XX. Refletindo sobre a cultura do final do seu século, ele afirma o seguinte:

“Que outros se queixem da perversidade de nossa era; minha queixa é apenas essa: ela é desgraçada, pois lhe falta paixão.”

Meu irmão, se a sua vida tem sido marcada pela apatia, reconheça hoje que o Senhor lhe chama a reconhecer o seu pecado, a abandonar a preguiça que rejeita o Bem Supremo e a arriscar-se na aventura de viver intensamente sua caminhada cristã. Você precisa restaurar sua confiança no amor e na bondade do Senhor. Ouça o que diz a palavra de Deus:

(1) Antigamente, por terem desobedecido a Deus e por terem cometido pecados, vocês estavam espiritualmente mortos. (2) Naquele tempo vocês seguiam o mau caminho deste mundo e faziam a vontade daquele que governa os poderes espirituais do espaço, o espírito que agora controla os que desobedecem a Deus. (3) De fato, todos nós éramos como eles e vivíamos de acordo com a nossa natureza humana, fazendo o que o nosso corpo e a nossa mente queriam. Assim, porque somos seres humanos como os outros, nós também estávamos destinados a sofrer o castigo de Deus. (4) Mas a misericórdia de Deus é muito grande, e o seu amor por nós é tanto, (5) que, quando estávamos espiritualmente mortos por causa da nossa desobediência, ele nos trouxe para a vida que temos em união com Cristo. Pela graça de Deus vocês são salvos. (6) Por estarmos unidos com Cristo Jesus, Deus nos ressuscitou com ele para reinarmos com ele no mundo celestial. (7) Deus fez isso para mostrar, em todos os tempos do futuro, a imensa grandeza da sua graça, que é nossa por meio do amor que ele nos mostrou por meio de Cristo Jesus. (Efésios 2:1-7 NTLH).

Ativismo e inquietação são o lado menos conhecido da acídia. Pode parecer estranho, mas uma das formas pelas quais a preguiça se expressa é através do ativismo. É quando se tenta desesperadamente preencher o vazio da alma e a ausência do Bem Supremo por todo e qualquer tipo de prazer.

É como se outro homem, também dominado pela acídia e descrente sobre a bondade de Deus, no 20° andar do mesmo prédio em chamas, decidisse gastar os poucos minutos que lhe restam em uma busca desesperada por satisfação, em vez de buscar salvação para sua vida

É quando a tristeza da alma busca alegria na droga, no álcool, no tranqüilizante, na posse de bens, no trabalho em excesso, no jogo, no consumismo, no sexo desregrado, na adrenalida do perigo, ou em qualquer outro tobogã de compulsão.

Ativismo e inquietação não são antídotos contra a preguiça, como pregam alguns; São um jeito culturalmente aceito (até desejável por alguns) de expressar a tristeza pela falta de sentido de nossas vidas.

Você pode pensar que é um absurdo o que eu estou dizendo: todo mundo corre, se esforça, se priva da família por um tempo e faz sacrifícios enormes para alcançar realização profissional e pessoal. Será que não vale a pena?

Será que é o sucesso, o conforto e o bem-estar que teremos no futuro não justificam trabalhar desesperadamente hoje? Será que o reconhecimento e o status não são um bom motivo para a ansiedade que consome as almas em nossa sociedade?

Há um personagem da Bíblia que experimentou tudo que era possível em termo de prazer, realizou tudo que alguém poderia desejar, possuiu tudo o que desejou o seu coração. Vamos ver o que ele diz sobre isso.

(4) Empreendi grandes obras; edifiquei para mim casas; plantei para mim vinhas. (5) Fiz jardins e pomares para mim e nestes plantei árvores frutíferas de toda espécie. (6) Fiz para mim açudes, para regar com eles o bosque em que reverdeciam as árvores. (7) Comprei servos e servas e tive servos nascidos em casa; também possuí bois e ovelhas, mais do que possuíram todos os que antes de mim viveram em Jerusalém. (8) Amontoei também para mim prata e ouro e tesouros de reis e de províncias; provi-me de cantores e cantoras e das delícias dos filhos dos homens: mulheres e mulheres. (9) Engrandeci-me e sobrepujei a todos os que viveram antes de mim em Jerusalém; perseverou também comigo a minha sabedoria. (10) Tudo quanto desejaram os meus olhos não lhes neguei, nem privei o coração de alegria alguma, pois eu me alegrava com todas as minhas fadigas, e isso era a recompensa de todas elas. (11) Considerei todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também o trabalho que eu, com fadigas, havia feito; e eis que tudo era vaidade e correr atrás do vento, e nenhum proveito havia debaixo do sol. (12) Então, passei a considerar a sabedoria, e a loucura, e a estultícia. Que fará o homem que seguir ao rei? O mesmo que outros já fizeram. (13) Então, vi que a sabedoria é mais proveitosa do que a estultícia, quanto a luz traz mais proveito do que as trevas. (14) Os olhos do sábio estão na sua cabeça, mas o estulto anda em trevas; contudo, entendi que o mesmo lhes sucede a ambos. (15) Pelo que disse eu comigo: como acontece ao estulto, assim me sucede a mim; por que, pois, busquei eu mais a sabedoria? Então, disse a mim mesmo que também isso era vaidade. (16) Pois, tanto do sábio como do estulto, a memória não durará para sempre; pois, passados alguns dias, tudo cai no esquecimento. Ah! Morre o sábio, e da mesma sorte, o estulto! (17) Pelo que aborreci a vida, pois me foi penosa a obra que se faz debaixo do sol; sim, tudo é vaidade e correr atrás do vento. (18) Também aborreci todo o meu trabalho, com que me afadiguei debaixo do sol, visto que o seu ganho eu havia de deixar a quem viesse depois de mim. (19) E quem pode dizer se será sábio ou estulto? Contudo, ele terá domínio sobre todo o ganho das minhas fadigas e sabedoria debaixo do sol; também isto é vaidade. (20) Então, me empenhei por que o coração se desesperasse de todo trabalho com que me afadigara debaixo do sol. (Eclesiastes 2:4-20)

O que fazer com os valores de um mundo caótico que não teme ao Senhor e nos apresenta prazeres mil em substituição ao Bem Supremo? Como lidar com a tentação de abandonar a Graça de Deus e virar as costas às coisas relativas ao Espírito? Como reagir quando somos chamados a desmanchar nossas próprias vidas em busca de alegria como quem risca com um giz no asfalto da rua até que ele se acabe?

(3-5) Se alguém vier ensinar qualquer doutrina falsa, e se não segue este ensino que é baseado nas salutares palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e na doutrina que é o alicerce de uma vida com Deus, então é porque é soberbo. São pessoas vítimas da ignorância; não fazem mais do que delirar sobre questões inúteis, provocando batalhas de palavras, que provocam invejas, discórdias, difamações e calúnias. São disputas entre gente de entendimento corrompido, fugindo à verdade, pensando que o caminho cristão poderia ser um meio de obter lucros.

(6) Contudo, a verdadeira religião traz satisfação e é uma grande riqueza. (7) Porque nada trouxemos para este mundo, e é evidente que nada levaremos dele. (8) Por isso, estejamos satisfeitos se tivermos alimento e roupa para nos vestirmos.

(9) Mas aqueles que querem a todo o custo enriquecer, sujeitam-se às armadilhas do pecado e às solicitações para o mal; tornam-se vítimas de paixões tão loucas como prejudiciais, e que sempre precipitam as pessoas na ruína e na perdição. (10) O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; e por causa disso já muitos se desviaram do caminho da fé, criando assim nas suas vidas muitas aflições e sofrimentos.

(11) Mas tu, que és um homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, o caminho de Deus, a vida da fé, o amor cristão; aprende a ser perseverante e bondoso. (12) Empenha-te a fundo no combate da fé, vive plenamente a posse da vida eterna. É para isso que Deus te convoca.

(17) Diz aos ricos deste mundo que não sejam altivos, que não ponham a sua esperança nas riquezas, que são coisas instáveis, mas que ponham a sua confiança no Deus vivo, que nos dá generosamente tudo, para a nossa satisfação. (18) Que pratiquem antes o bem, que enriqueçam, mas em obras de justiça, que aceitem de boa vontade repartir com os necessitados os ganhos de que beneficiam; que sejam generosos. (19) Ao fazer isto, eles estarão a armazenar o seu tesouro como uma boa garantia para o futuro a fim de poderem alcançar a vida real. (1 timóteo 6:3-19)

Um chamado de Deus

Meu irmão, a palavra de Deus lhe chama hoje a tomar uma decisão. Ela lhe desafia a acolher ao Senhor e rejeitar a acídia e a preguiça!

(A) O Senhor lhe chama a rejeitar o torpor. O Senhor lhe chama a levantar-se do seu sono, a pôr-se sobre os seu pés com coragem e confiar na bondade Dele. O Senhor lhe diz hoje:

(11) Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais. (12) Então, me invocareis, passareis a orar a mim, e eu vos ouvirei. (13) Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração. (14) Serei achado de vós, diz o SENHOR, e farei mudar a vossa sorte; Jeremias 29:11-14

(B) O Senhor lhe chama a rejeitar o ativismo. O Senhor lhe chama a dobrar os seus joelhos e descansar na soberania dele sobre a sua vida. O Senhor lhe diz hoje:

(31) Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? (32) Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; (33) buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.

(34) Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal. (Mateus 6:31-34)

17 dezembro 2006

Sete Pecados Capitais - Avareza





Introdução



Hoje, chegamos ao quinto dos sete pecados capitais: avareza. Também conhecida como ganância e cobiça.

Mesquinho, miserável, pão-duro, sovina, unha-de-fome, mão-de-vaca... O avarento é aquele que se deixou dominar pela cobiça, que desenvolveu um apego sórdido ao dinheiro, às riquezas e aos bens; que se entregou ao desejo desordenado de possuir e acumular.

A parte mais sensível do corpo de avarento é o bolso, ou a bolsa, principalmente se for para tirar algo. Diz a piada que ele é capaz de atravessar um rio a nado e entregar um sonrisal intacto na outra margem.

O avarento sofre pra tirar uns trocados do banco: é como se ele estivesse perdendo uma parte de si mesmo; também não gosta muito de festa, principalmente aquelas em que se leva um presente: o avarento não consegue lidar bem com a idéia de presentear, de dar algo sem esperar nada em troca. Retribuir é também uma atitude acima da sua capacidade.


Mas se a festa for uma boca-livre, ele vai sem cerimônia.

O avarento fica constrangido na hora de rachar a conta do restaurante, porque tem a sensação de que os outros estão levando vantagem na divisão. Normalmente, mesmo em excelente situação financeira, o avarento vive se queixando e se lamentando dos apertos da vida, como uma espécie de precaução contra algum pedido de ajuda.

Ele não consegue ver ninguém que realmente precise da sua ajuda, e quando ele percebe a necessidade evita a todo custo a frase “posso lhe ajudar em alguma coisa?”.

O avarento conhece bem os verbos somar e multiplicar, ele odeia o subtrair e sente-se roubado com o dividir. A sua maior preocupação não é com o dinheiro que ganha, mas com o dinheiro que guarda. Ele se agarra a sua poupança como um náufrago a um pedaço de tábua.