13 agosto 2006

Em espírito e em verdade - Parte 2

Disse o rei Dario... Faço um decreto pelo qual, em todo o domínio do meu reino, os homens tremam e temam perante o Deus de Daniel, porque ele é o Deus vivo e que permanece para sempre; o seu reino não será destruído, e o seu domínio não terá fim. (Daniel 6:26 ARA)

Três vezes ao Dia

Ele estava muito longe da sua terra natal. Havia sido levado como um prisioneiro, mas por sua distinção ele e alguns amigos foram separados para servir diretamente ao Rei. Naqueles dias, Babilônia era a sede do grande império medo-persa e o rei era Dario.

O rei o admirava. Não cansava de falar como os governadores e ministros sobre a forma sábia e a maneira prudente com que ele administrava. Pensava até em promovê-lo a primeiro ministro.

Os adversários o invejaram. Não era possível que aquele estrangeiro, que havia chegado com um escravo se tornasse a autoridade mais importante depois do rei. Foi aí que eles se juntaram.

Investigaram tudo: cada decisão administrativa... Cada autorização de compra... Cada serviço pago... Cada pessoa contratada... Cada ato de governo: não encontraram nada. Então, vasculharam a vida: Sua esposa... Seus filhos... Suas posses... Seus amigos... E até seus inimigos: não encontraram nada.

Por fim, chegaram a sua fé: todos os dias, três vezes ao dia, ele sobre ao seu quarto e de janela aberta ajoelha-se e ora ao seu Deus. Esse era o seu ponto fraco, pensaram.

Os adversários prepararam armadilha. Primeiro, convenceram o rei a aprovar uma lei esquisita que valia por apenas 30 dias: quem adorar qualquer outro que não seja o rei, deve ser lançado aos leões.

O rei achou bom. Afinal, os reis devem ser respeitados, pensou. Agora, era uma questão de tempo, pensaram os adversários. Eles conheciam a sua fé tanto quanto a sua competência e tinham certeza que ele cairia na armadilha.

Ele se manteve firme. O decreto já fora assinado pelo rei, mas o dia começara igual a outro dia qualquer: uma manhã clara e uma brisa fresca. Naquele dia, três vezes ele subiu ao seu quarto, e de janelas abertas três vezes se ajoelhou para orar ao Deus vivo, mesmo sabendo o risco que corria.

Os adversários sorriram. Eles haviam planejado tudo com cuidado: o passarinho entrara na gaiola. Correram ao rei e denunciaram: o queridinho do rei estava adorando outro Deus e agora a lei precisava ser cumprida.

O rei se entristeceu. Não era isso o que ele queria! Pensou em voltar atrás... Pensou em mudar a lei... Durante todo o dia tentou livrá-lo, mas não conseguiu. É assim a lei dos medos e dos persas, majestade: os reis não se arrependem – lembraram os adversários. O rei lamentou grandemente e assinou a ordem de prisão.

Ele foi preso. Não era justo! Era uma trama política, uma armadilha desonesta coberta por uma lei de encomenda. Mas ele estava preso e em breve o seu destino eram os leões.

O rei foi visitá-lo. Estava inquieto e angustiado. Não queria a morte de seu melhor servo, mas não podia voltar atrás. Caíra refém do desejo de ser adorado. Mas quem sabe o Deus dele o livra? Quem sabe a quem ele serve e adora tem mais poder do que eu! Foram esses os votos do rei antes da cova dos leões ser aberta.

A cova foi aberta, ele foi jogado dentro e uma grande pedra apagou a luz fraca que entrava no buraco. Do lado de fora, o rei lacrou tudo com o seu anel, conforme a lei, e voltou para o palácio.

O rei perdeu a fome, perdeu a alegria, perdeu o sono e passou a noite pensando no que havia feito. Porque ele não havia obedecido à lei? Não dava para ficar 30 dias sem orar? Quem era o Deus daquele homem?

O sonho não vinha e ele virou para o outro lado da cama. Por que, à beira da cova dos leões, seu melhor servo não demonstrava desespero? Seria esse Deus poderoso para livrá-lo?

A dúvida e a tristeza tomaram conta do rei até o amanhecer.

O rei não podia esperar. Logo cedo foi até a cova dos leões e com voz triste perguntou: Daniel, servo do Deus vivo! Dar-se-ia o caso que o teu Deus, a quem tu continuamente serves, tenha podido livrar-te dos leões?

Um breve silêncio apertou o coração do rei, mas uma voz, de dentro da caverna disse: Ó rei, vive eternamente! O meu Deus enviou o seu anjo e fechou a boca aos leões, para que não me fizessem dano.

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Conhecimento de Deus e Adoração

Durante esse mês de agosto o tema principal das nossas reflexões tem sido adoração. Adorar é muito mais que cantar, levantar as mãos, tocar um instrumento ou dançar de alegria.

As expressões de arte são canais de adoração. São algumas das muitas maneiras que temos para adorar a Deus.

Deus é adorado quando reconhecemos que ele é amor e transborda amor. Deus é adorado quando falamos da sua bondade sem fim e vivemos vidas onde essa bondade tem espaço. Deus é adorado quando reconhecemos que Ele é um Deus justo, e fazemos isso através da prática da justiça. Deus adorado quando reconheço a misericórdia de Deus pra comigo. Deus é adorado quando falo a todos da fidelidade Deus a sua própria natureza.

Por isso fica tão claro que a adoração está diretamente ligada ao conhecimento de Deus. Quanto mais conhecemos de Deus, mais estamos aptos para adorá-lo. Se o seu conhecimento de Deus é deficiente, sua adoração será deficiente. Se o nosso relacionamento com Ele é superficial, nossa adoração será superficial.

Se virmos a Deus como um Papai Noel que dá brinquedos a quem é bonzinho, a nossa adoração dependerá de gostarmos ou não dos presentes que ganhamos.

Através do profeta Oséias, Deus deixou registrada sua queixa para com a nação de Israel. A falta do conhecimento de Deus estava destruindo o povo

(1) Ouvi a palavra do SENHOR, vós, filhos de Israel, porque o SENHOR tem uma contenda com os habitantes da terra, porque nela não há verdade, nem amor, nem conhecimento de Deus. (2) O que só prevalece é perjurar, mentir, matar, furtar e adulterar, e há arrombamentos e homicídios sobre homicídios. (3) Por isso, a terra está de luto, e todo o que mora nela desfalece, com os animais do campo e com as aves do céu; e até os peixes do mar perecem... (6) O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento... (Oséias 4:1-3,6 ARA).

Lembrando um pouco da nossa reflexão domingo passado, vemos que Jesus falou para a mulher samaritana que os verdadeiros adoradores adoram em verdade. Logo em seguida, ele explicou que essa adoração em verdade está ligada ao conhecimento de Deus. Os samaritanos rejeitavam grande parte das escrituras e por isso não conheciam ao Senhor em sua plenitude. A questão não é apenas se dizer servo do Deus verdadeiro, mas saber quem é esse Deus vivo, e aí adorá-lo em verdade.

Os adversários de Daniel, que tramaram a sua morte, nada conheciam sobre o Deus de Israel, por isso não tinham motivo algum para adorá-lo. O rei Dario pouco conhecia do caráter de Deus, por isso era tímido em suas afirmações sobre Ele. Como anda seu conhecimento de Deus? Você tem procurado conhecer mais sobre Ele? Será possível alguém conhecer a Deus?

O conhecimento de Deus que leva à adoração não é apenas intelectual ou teórico. Há grandes estudiosos da bíblia que nem mesmo acreditam em Deus. Com suas mentes eles compreendem o que está escrito, mas isso não afeta as suas vidas. Isso não é conhecimento de Deus.

O verdadeiro conhecimento de Deus, que conduz à adoração, se parece mais com uma amizade longa e profunda onde o compromisso mútuo de ambas as partes é completo.

Conhecimento de Deus e Semelhança

Quando duas pessoas convivem por muito tempo elas vão se tornando parecidas, já percebeu? Os gostos se aproximam, os hábitos se parecem, usam frases que lembram o jeito de falar do outro e falam sobre os mesmos fatos. Não é que elas se anulem, mas é que por causa da proximidade um reflete o outro e por isso eles se tornam semelhantes.

Deus nos criou semelhantes a Ele. No jardim, o primeiro casal estava tão perto de Deus, andava tão junto Dele que refletia o caráter Dele e confirmava assim sua semelhança com o Criador.

Essa é uma realidade. Quando nos aproximamos de alguém em um relacionamento duradouro e comprometido, nos tornamos semelhantes.


(14) Mas os israelitas do Reino do Norte não quiseram obedecer; foram teimosos como os seus antepassados, que não confiaram no SENHOR, o Deus deles. (15) Eles não quiseram obedecer aos seus ensinamentos e não guardaram a aliança que ele tinha feito com os seus antepassados e desprezaram os avisos dele. Adoraram ídolos sem valor e desse modo eles mesmos ficaram sem valor. Seguiram os costumes das nações vizinhas, desobedecendo à ordem que o SENHOR tinha dado para que não as imitassem. (II Reis 17:14,15 NTLH)

(1) Não a nós, SENHOR, não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua misericórdia e da tua fidelidade. (2) Por que diriam as nações: Onde está o Deus deles? (3) No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada. (4) Prata e ouro são os ídolos deles, obra das mãos de homens. (5) Têm boca e não falam; têm olhos e não vêem; (6) têm ouvidos e não ouvem; têm nariz e não cheiram. (7) Suas mãos não apalpam; seus pés não andam; som nenhum lhes sai da garganta. (8) Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem e quantos neles confiam. (Salmos 115:1-8 ARA)

Deus criou o primeiro casal e decidiu relacionar-se com sua criação. Ele se aproximou. À tardinha, no final do dia, o Senhor passeava pelo jardim para conversar, pra se fazer conhecido; para que o homem, ao se tornar íntimo do seu criador, refletisse Sua imagem e semelhança. Quanto mais nos aproximamos de Deus, mais visível ele se torna em nós.

Nós vivemos hoje um hiato entre o Jardim (onde Deus iniciou um relacionamento com o homem) e a Nova Jerusalém (Onde Ele se fará conhecer em sua plenitude). Paulo diz que hoje nossa visão sobre Deus é turva em como em um pedaço de metal opaco usado com espelho, por isso não o conhecemos bem. Um dia, diz Paulo, o veremos face a face, e assim o conheceremos como somos conhecidos.

Olhe para a trajetória do ser relacionamento com Deus e responda pra você mesmo: a que distância eu me encontro de Deus? Pense um pouco mais e responda pra si mesmo: eu tenho buscado proximidade com Deus ou tenho fugido da presença dele? Ou talvez você seja daqueles dizem: se quiser pode ficar, agora vê se não me incomoda!

É fácil saber. Olhe pra você! Olhe pra sua vida, pra os seus compromissos e para as coisas que você valoriza; olhe para a forma como você gasta o tempo e usa o seu dinheiro; olhe para o valor que você dá às pessoas, pense no significado que a eternidade tem para você... Depois compare tudo com a maneira como Deus vê o mundo. Quem convive com Deus acaba vendo o mundo parecido com o jeito que Ele vê.

Adoração em Verdade

Adorar em verdade é buscar o conhecimento de Deus e assim ficar cada dia mais parecido com Jesus;

Adorar em verdade é encontrar prazer na companhia de Deus e se alegrar ao descobrir mais e mais sobre ele;

Adorar em verdade é não corromper o caráter a identidade de Deus em benefício próprio, mas conhecê-lo como Ele se revela nas Escrituras;

Adorar em verdade entregar-se sem reservas e confiar plenamente nas promessas dele. É crer que Ele tem todo o poder, que a vida está em suas mãos e que Ele tem pensamentos de paz sobre nós.

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O rei sorriu de alegria. Mandou tirá-lo da cova dos leões e ficou impressionado porque não havia um arranhão sequer. O Deus Vivo havia protegido o Seu servo de uma morte terrível.

O rei adorou. Bastou conhecer um pouco mais de perto o Senhor, para que o rei adorasse. Decretou que todos deveriam adorar o Deus de Daniel. Disse que o Deus de Daniel é um Deus vivo, que é um Deus imutável, que o reino dele é indestrutível para sempre e que o Seu poder é infinito; disse ainda que é um Deus libertador que salva o seu povo da morte.

O rei adorou o Deus de Daniel, porque ele não o conhecia pessoalmente. Mas pode adorar agora o Deus da sua vida; o Deus que lhe deu salvação em Cristo Jesus.

06 agosto 2006

Em espírito e em verdade - Parte 1

Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. (João 4:23 ARA)

A mulher do poço

A região se chamava Samaria e o vilarejo é conhecido como Sicar, perto das terras que Jacó dera a seu filho José.

O céu amanhecera sem nuvens e prometia um dia com muita luz, mas o coração daquela mulher era o mesmo da noite anterior, a mesma busca de ontem e anteontem, mais um dia procurando significado para a vida.

Envolveu-se com os afazeres de casa até que chegasse a hora de ir ao poço próximo da cidade e buscar água sem o desconforto de encontrar com outras pessoas e mais uma vez sentir-se desprezada pelos olhares e comentários sussurrados.

Próximo dali, na Judéia, ele decidiu virar as costas para a fama, literalmente fugir dela. Os comentários eram de que ele batizava mais discípulos que o seu primo João, reconhecido por todos como um grande profeta. Fugiu da fama com um grupo de amigos e foi em direção à Galiléia.

Sol a pino, cansado da viagem, parou em um poço próximo a Sicar. Foi quando ela chegou para pegar água. É sempre assim: o calor do meio dia afugenta a todos e assim ela pode pegar água sem ser incomodada; por isso ficou surpresa quando de longe viu que havia outra pessoa próxima ao poço. Quando chegou, surpresa maior: um judeu.

Ele pediu água. Ela ficou quase indignada e lembrou que ele era judeu e ela samaritana; que ele era homem e ela era mulher. Enfim, aquela conversa não deveria estar acontecendo!

Ele insistiu! Falou que tinha um tipo de água que mata a sede para sempre. Ela ficou confusa. Que água era aquela que mataria a sede para sempre? Como ele poderia tirar água do poço se não tinha nada nas mãos para isso?! Quem era esse homem que dizia ter algo melhor para oferecer?

Ele insistiu novamente! Falou que a água do poço mata a sede mas só por um momento; a água viva, que ele tem pra dar, mata a sede para sempre. Ela não teve dúvidas! Imagine não ter que ir todos os dias, sol a pino, buscar água pra matar a sede! Imagine não correr o risco de ser desprezada com os olhares e humilhada com as palavras! Oh, Senhor dá-me dessa água!

Ele começou a se aproximar. Sugeriu que ela fosse chamar seu marido para os dois receberem dessa água. Ela se entristeceu. Não tinha marido. Sua vida amorosa e familiar tinha sido um desastre. Trocara tantas vezes de companheiro e por motivos tão fúteis que não sabia mais o que era ser amada.

Ele chegou mais perto: Já tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu. Ela ficou impressionada, mas sentiu-se ameaçada. Como aquele estranho sabia sobre a sua vida? Sua história havia ultrapassado as fronteiras ou aquele homem era um tipo de profeta? Quem sabe o messias prometido? Ninguém jamais havia falado de forma tão direta sobre o estado da sua vida, mas como permitir que aquele homem se aproximasse de seus sentimentos mais profundos da sua alma?

Ela lembrou que ele era judeu. Lembrou que havia uma linha divisória entre eles. Era assim que ela o afastaria! Nós adoramos aqui no monte, vocês adoram em Jerusalém. Vocês são judeus, nós samaritanos. Escondido no argumento, um pedido: por favor, não chegue mais perto do meu coração!

Ele contornou o obstáculo. O lugar não era importante. Vai chegar um tempo em que a adoração a Deus acontecerá fora de Jerusalém e longe desse monte. Aí não vai fazer diferença quem é judeu ou samaritano. Ela ouvia curiosa.

Ele explicou melhor. Deus procura verdadeiros adoradores. Não é o lugar de adoração que torna um adorador verdadeiro, não é assim que Deus avalia. O que faz verdadeiro o adorador é qualidade da adoração. Ela ouvia atenta.

Ele continuou explicando. Adorar não é apenas cumprir os rituais da lei. A lei mata; o espírito vivifica. O próprio Deus é espírito e se alegra quando encontra adoradores que o adoram em espírito; não para cumprir formalidade, não pela obrigação do medo, não para obter favores.

Ele se alegra quando encontra adoradores que o adoram em verdade; adoração sem fingimento do que se é, adoração sem farsa do que se vive, adoração sem falsidade no falar.

Ela foi tocada pelas palavras daquele homem. Adorar a Deus de espírito livre e sem esconder quem era! Essa era a sua esperança com a vinda do messias.

Poder abrir o coração diante de alguém que conheça os detalhes da sua vida e ainda assim lhe receba; chorar suas dores e angústias para alguém que saiba o que elas significam; lamentar pos seus erros e clamar por consolo! Ela não tinha dúvidas: isso sim, poderia saciar a sede da sua alma!

Mas apenas o Cristo de Deus, o messias prometido, o salvador esperado poderia ser a água para matar essa sede. Ela baixo a cabeça.

Ele olhou para ela e disse: Eu o sou, eu que falo contigo.

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Durante esse mês de agosto o tema principal das nossas reflexões será adoração. É triste constatar que em nossos dias o entendimento de um grande número de evangélicos sobre o que é adoração não tem qualquer relação com o ensino da palavra de Deus.

Pra muita gente adoração é sinônimo de cantar. Talvez um dos grandes responsáveis por essa confusão sejam os departamentos de marketing das gravadoras evangélicas que se utilizam massivamente dessa conexão entre adoração e música para vender seus produtos. Uma música pode ser ou não uma expressão de adoração, mas adorar é muito mais que cantar.

Pra outras pessoas adoração é sinônimo de culto, de cerimônia, de liturgia. Esse foi o resultado de um caminho tortuoso trilhado pela igreja, que durou muitos século e que vamos tentar compreender mais à frente. A cerimônia ou a liturgia podem ou não ser adoração. Mas adorar não pode estar restrito aos momentos formais de culto.

A origem da palavra

No antigo testamento a palavra hebraica traduzida quando o contexto é a adoração é bhôdâ, já no novo testamento a palavra grega utilizada é latreia. Ambas as palavras originalmente foram usadas para falar do trabalho realizado por um escravo ou servo.

Acontece que o servo ou escravo era alguém cuja vida inteira e todas as horas do dia estavam à disposição do seu Senhor. A situação era bem diferente do trabalho assalariado dos nossos dias em que você vende algumas horas do dia por um preço contratado. O servo pertencia ao seu senhor e viva para servi-lo. Em sua origem, então, a adoração a Deus está intrinsecamente ligada ao conceito de uma vida inteira dedicada a Ele. O servo colocava a vida ao serviço do seu senhor porque pertencia a ele.

Na história antiga muitos senhores não eram dignos do serviço prestado por seus servo e escravos. Eram cruéis e sanguinários, sem nenhum respeito pela via humana. Mas havia senhores bondosos, capazes de se compadecer com o sofrimento de seu servos.

De qualquer forma, o serviço de um era o reconhecimento da posição do outro. A adoração a Deus guarda semelhanças com essa situação porque ela surge quando reconhecemos e afirmamos o caráter de Deus em nossas vidas.

Deus é adorado quando reconhecemos que ele é amor e transborda amor. Deus é adorado quando falamos da sua bondade sem fim e vivemos vidas onde essa bondade tem espaço. Deus é adorado quando reconhecemos que Ele é um Deus justo, e fazemos isso através da prática da justiça. Deus adorado quando reconheço a misericórdia de Deus pra comigo. Deus é adorado quando falo a todos da fidelidade Deus a sua própria natureza. Deus não nega a si mesmo.

(1) Exaltar-te-ei, ó Deus meu e Rei; bendirei o teu nome para todo o sempre. (2) Todos os dias te bendirei e louvarei o teu nome para todo o sempre. (3) Grande é o SENHOR e mui digno de ser louvado; a sua grandeza é insondável. (4) Uma geração louvará a outra geração as tuas obras e anunciará os teus poderosos feitos. (5) Meditarei no glorioso esplendor da tua majestade e nas tuas maravilhas. (6) Falar-se-á do poder dos teus feitos tremendos, e contarei a tua grandeza. (7) Divulgarão a memória de tua muita bondade e com júbilo celebrarão a tua justiça. (8) Benigno e misericordioso é o SENHOR, tardio em irar-se e de grande clemência. (9) O SENHOR é bom para todos, e as suas ternas misericórdias permeiam todas as suas obras. (10) Todas as tuas obras te renderão graças, SENHOR; e os teus santos te bendirão. (Salmos 145:3 – 10 ARA)

A vida em adoração

Essa é a adoração da vida, é a vida é adoração. Adoração em espírito e em verdade. Ela não espera lugar apropriado e não divide a vida em compartimentos com e sem adoração. Ela não se prende a liturgia e nem depende da música. A adoração em espírito e em verdade acontece quanto a presença de Deus inunda a vida por completo.

Era assim que os patriarcas do antigo testamento entendiam a adoração a Deus. Era assim que jacó, aquele que fez o poço onde a nossa história começou entendia a adoração a Deus.

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Ela o ouviu dizer que era o messias. O seu coração palpitou forte. Ela jamais se acharia digna de vê-lo face a face, mas era verdade. Ele estava ali. Ela largou o cântaro e correu para a cidade. Ele viu a alegria em sua face e também se alegrou.

Ela não podia guardar a notícia, contou para outras pessoas. Ela não podia adorá-lo sozinha, chamou outros para confirmarem com ela: ali estava o messias. A água viva que mata a sede da alma.

03 agosto 2006

Fanny Crosby (1820-1915)

Cega desde criança, Fanny Crosby tornou-se a maior autora de hinos sacros de toda a História.


A vida da poetisa e compositora Fanny Jane Crosby (1820-1915) é tão impressionante quanto à qualidade e quantidade de seus hinos. Ao todo são quase nove mil hinos que incentivam a mudança de vida de pecadores, encorajam cristãos e inspiram toda a humanidade até os dias de hoje. É difícil ficar passível diante da força das palavras do hino 15 do tradicional Cantor Cristão, cujo título é Exultação
A Deus demos glória, com grande fervor,
Seu Filho bendito por nós todos deu
A graça concede ao mais vil pecador,
abrindo-lhe a porta de entrada no céus
Exultai, exultai, vinde todos louvar
a Jesus, Salvador, a Jesus redentor
a Deus demos gloria, porquanto do céu,
Seu filho bendito, por nós todos deu!
A beleza e o poder contidos nesses versos surpreendem ainda mais por terem sido escritos por uma mulher que ficou cega com apenas seis semanas de vida. Sua vida foi a prova de que dificuldade alguma pode conter a unção de Deus, nem mesmo tirar o prazer de um dos servos. Em outro de seus mais famosos e belos cânticos, intitulado Segurança, ela escreveu:
Vivo
feliz, pois sou de Jesus,
e já desfruto o gozo da luz [...]
Canta minha alma,
canta ao Senhor,
rende-lhe sempre ardente
louvor.
Outra curiosidade na vida da maior autora de hinos da história da musica sacra é o fato de ela ter escrito seu primeiro cântico aos 44 anos.
Infecção nos olhos - Nascida em 24 de março de 1820 no município de Putnam, em Nova Iorque, Fanny tinha pouco mais de um mês de vida quando sofreu uma infecção nos olhos. O clínico geral estava fora da cidade e um outro médico fora chamado para tratar do caso. Receitou cataplasmas de mostarda quente e o efeito foi desastroso: a menina ficaria cega pelo resto da vida. O "médico" teve de fugir da cidade, tamanha a revolta suscitada entre os parentes e vizinhos do bebê.
Aos cinco anos, foi levada pela mãe para consultar o melhor especialista no país, o Dr. Valentine Mott. Uma coleta feita entre os vizinhos pagou a viagem. O pai de Fanny já havia morrido e a situação financeira da família era muito difícil. O sacrifício, infelizmente, foi em vão, já que o médico decretou o caso como incurável. A menina teve então de acostumar-se as dificuldades, ao mesmo tempo em que demonstrava uma habilidade incomum para compor poesias.
Naquela época, a mensagem do Evangelho foi plantada no coração da jovem Fanny, por intermédio de sua avó. Era ela quem passava horas lendo Bíblia para a menina, que demonstrava ter uma memória extraordinária: decorou diversos trechos do Livro de Rute e dos Salmos. Aos 15 anos, ela entrou para o Instituto de Cegos de Nova Iorque, para onde voltaria anos depois para ensinar Inglês e História. Como aluna e professora, Fanny passou 35 anos na mesma escola.
Testemunho de fé - Em 1844, escreveu seu primeiro livro de poemas - "A Menina Cega e Outros Poemas". Uma de suas primeiras participações como compositora aconteceu em um dos cultos de Dwight L. Moody, um dos maiores pregadores da história do Evangelho, que realizava uma conferência na cidade de Northfield, no estado de Massachussetts. Impressionado com o talento de Fanny, Moody pediu que ela contasse o testemunho pessoal de sua fé e de seu relacionamento com Deus. Assustada, Fanny a princípio relutou, mas depois leu a letra de um hino que acabara de escrever: "Eu o chamo de meu poema da alma. Às vezes, quando eu estou preocupada, eu repito isto para mim mesma, e essas palavras trazem conforto ao meu coração, disse ela, antes de recitá-lo."
O hino, é verdade, não é citado em sua biografia, mas isso, de fato, pouco importa, já que poderia ser qualquer um daquelas centenas de cânticos que embalaram o avivamento americano no século 19, período que ficou conhecido como O Grande Despertamento. Naquela ocasião, os momentos de apelo à conversão eram freqüentemente inspirados por palavras como as do hino Mais perto da Tua cruz, composto por Fanny Crosby, em 1868:

Meu Senhor sou Teu
Tua voz ouvi, a
chamar-me com amor [...]
mais perto da Tua cruz leva-me, ó Senhor.

Fanny era membro da Igreja Episcopal Metodista, de Nova Iorque. Ela era uma oradora devota e freqüentemente preparava os cultos infantis da igreja.
Casamento - Em 1858, Fanny casou-se com o professor de música e cantor de concerto Alexander Van Alstyne. Nessa época, ela havia deixado o ensino para acompanhá-lo tocando piano e harpa em apresentações públicas. Compôs diversas canções populares nesse período. Na mesma ocasião, a vida trouxe-lhe uma das maiores aflições que uma pessoa pode enfrentar: a perda de um filho. A criança, seu único filho, morrera ainda pequena.
Em 1864, por influência do famoso evangelista, escritor e compositor William Bradbury, que tem dezenas de canções registradas nos hinários e cantores cristãos até hoje, Fanny passou a escrever exclusivamente musicas sacras. Apaixonada por crianças e motivada pela perda irreparável de seu filho, a compositora criou um estilo próprio: "Achei que as crianças também tinham de entender as letras e as melodias teriam de ser simples também." Ela esforçou-se para retratar os temas do céu e o retorno de Cristo com palavras simples.
Ímpeto criativo - O número extraordinário de composições da autora pode ser explicado não só pelo ímpeto criativo de Fanny, mas também pelo fato de ela ter um contrato de trabalho com uma editora, a Biglow & Co., que a obrigava a entregar três composições novas a cada semana. Ela chegou a compor sete canções em apenas um dia. Como de hábito, não iniciava seu trabalho sem antes dedicar horas à oração.
Curiosamente, Fanny não escrevia as letras de seus hinos, por nunca ter dominado o método Braille. Dona de uma memória extraordinária, memorizava-as facilmente. Quando morreu, aos 94 anos, amigos e parentes escreveram na lápide de sua sepultura: Ela fez o máximo que pôde. Sem dúvida, foi uma heroína da fé.
Fonte: Revista Graça, ano 2, n.º 25 – Agosto/2001

02 agosto 2006

Charles Haddon Spurgeon (1834-1892)

Houve época em que o simples fato de optar pela religião evangélica equivalia a colocar a cabeça a prêmio. No século 15, Carlos V, o imperador espanhol, queimou milhares de evangélicos em praça pública. Seu filho, Filipe II, vangloriava-se de ter eliminado dos países baixos da Europa cerca de 18 mil "hereges protestantes". Para fugir da perseguição implacável, outros milhares de cristãos foram para a Inglaterra. Dentre eles, estava a família de Charles Haddon Spurgeon (1834-1892), o homem que se tornaria um dos maiores pregadores de todo o Reino Unido. Charles obteve tão bom resultado em seu ministério evangelístico que, além de influenciar gerações de pastores e missionários com seus sermões e livros, até hoje é chamado de Príncipe dos pregadores.

O maior dos pecadores - Spurgeon era filho e neto de pastores que haviam fugido da perseguição. No entanto, somente aos 15 anos, ocorreu seu verdadeiro encontro com Jesus. Segundo os livros que contam a história de sua vida, Spurgeon orou, durante seis meses, para que, "se houvesse um Deus", Este pudesse falar-lhe ao coração, uma vez que se sentia o maior dos pecadores. Spurgeon visitou diversas igrejas sem, contudo, tomar uma decisão por Cristo.

Certa noite, porém, uma tempestade de neve impediu que o pastor de uma igreja local pudesse assumir o púlpito. Um dos membros da congregação - um humilde sapateiro - tomou a palavra e pregou de maneira bem simples uma mensagem com base em Isaías 45.22a: Olhai para mim e sereis salvos, vós todos os termos da terra. Desprovido de qualquer experiência, o pregador repetiu o versículo várias vezes antes de direcionar o apelo final. Spurgeon não conteve as lágrimas, tamanho o impacto causado pela Palavra de Deus.

Início de uma nova caminhada - Após a conversão, Spurgeon começou a distribuir folhetos nas ruas e a ensinar a Bíblia na escola dominical para crianças em Newmarkete Cambridge. Embora fosse jovem, Spurgeon tinha rara habilidade no manejo da Palavra e demonstrava possuir algumas características fundamentais para um pregador do Evangelho. Suas pregações eram tão eletrizantes e intensas que, dois anos depois de seu primeiro sermão, Spurgeon, então aos 20 anos, foi convidado a assumir o púlpito da Igreja Batista de Park Street Chapel, em Londres, antes pastoreada pelo teólogo John Gill. O desafio, entretanto, era imenso. Afinal, que chance de sucesso teria um menino criado no campo (Anteriormente, Spurgeon pastoreava uma pequena igreja em Waterbeach, distante da capital inglesa), diante do púlpito de uma igreja enorme que agonizava?

Localizada em uma área metropolitana, Park Street Chapel havia sido uma das maiores igrejas da Inglaterra. No entanto, naquele momento, o edifício, com 1.200 lugares, contava com uma platéia de pouco mais de cem pessoas. A última metade do século 19 foi um período muito difícil para as igrejas inglesas. Londres fora industrializada rapidamente, e as pessoas trabalhavam durante muitas horas. Não havia tempo para as pessoas se dedicarem ao Senhor. No entanto, Spurgeon aceitou sem temor aquele desafio.

Tamanha audiência - O sermão inaugural de Spurgeon, naquela enorme igreja, ocorreu em 18 de dezembro de 1853. Havia ali um grupo de fiéis que nunca cessou de rogar a Deus por um glorioso avivamento. No início, eu pregava somente a um punhado de ouvintes. Contudo, não me esqueço da insistência das suas orações. As vezes, parecia que eles rogavam até verem a presença de Jesus ali para abençoá-los. Assim desceu a bênção, a casa começou a se encher de ouvintes e foram salvas dezenas de almas, lembrou Spurgeon alguns anos depois.

Nos anos que se seguiram, o templo, antes vazio, não suportava a audiência, que chegou a dez mil pessoas, somada a assistência de todos os cultos da semana. O número de pessoas era tão grande que as ruas próximas à igreja se tomaram intransitáveis. Logo, as instalações do templo ficaram inadequadas, e, por isso, foi construído o grande Tabernáculo Metropolitano, com capacidade para 12 mil ouvintes. Mesmo assim, de três em três meses, Spurgeon pedia às pessoas, que tivessem assistido aos cultos naquele período, que se ausentassem a fim de que outros pudessem estar no templo para conhecer a Palavra.

Muitas congregações, um seminário e um orfanato foram estabelecidos. Com o passar do tempo, Charles Spurgeon se tornou uma celebridade mundial. Recebia convites para pregar em outras cidades da Inglaterra, bem como em outros países como França, Escócia, Irlanda, País de Gales e Holanda. Spurgeon levava as Boas Novas não só para as reuniões ao ar livre, mas também aos maiores edifícios de 8 a 12 vezes por semana.

Segundo uma de suas biografias, o maior auditório em que pregou continha, exatamente, 23.654 pessoas: este imenso público lotou o Crystal Palace, de Londres, no dia 7 de outubro de 1857, para ouvi-lo pregar por mais de duas horas.

Sucesso - Mais de cem anos depois de sua morte, muitos teólogos ainda tentam descobrir como Spurgeon obtinha tamanho sucesso. Uns o atribuem às suas ilustrações notáveis, a habilidade que possuía para surpreender a platéia e à forma com que encarava o sofrimento das pessoas. Entretanto, para o famoso teólogo americano Ernest W. Toucinho, autor de uma biografia sobre Spurgeon, os fatores que atraíam as multidões eram estritamente espirituais: O poder do Espírito Santo, a pregação da doutrina sã, uma experiência de religioso de primeira-mão, paixão pelas almas, devoção para a Bíblia e oração a Cristo, muita oração. Além disso, vale lembrar que todas as biografias, mesmo as mais conservadoras, narram as curas milagrosas feitas por Jesus nos cultos dirigidos pelo pregador inglês.

As pessoas que ouviam Spurgeon, naquela época, faziam considerações sobre ele que deixariam qualquer evangélico orgulhoso. O jornal The Times publicou, certa ocasião, a respeito do pastor inglês: Ele pôs velha verdade em vestido novo. Já o Daily Telegraph declarou que os segredos de Spurgeon eram o zelo, a seriedade e a coragem. Para o Daily Chronicle, Charles Spurgeon era indiferente à popularidade; um gênio, por comandar com maestria, uma audiência. O Pictorial World registrou o amor de Spurgeon pelas pessoas.

Importância - O amor de Spurgeon tinha raízes. Casou-se em 20 de setembro de 1856 com Susannah Thompson e teve dois filhos, os gêmeos não-idênticos Thomas e Charles. Fazíamos cultos domésticos sempre; quer hospedados em um rancho nas serras, quer em um suntuoso quarto de hotel na cidade. E a bendita presença do Espírito Santo, que muitos crentes dizem ser impossível alcançar, era para nós a atmosfera natural. Vivíamos e respirávamos nEle, relatou, certa vez, Susannah.

A importância de Charles Haddon Spurgeon como pregador só encontra parâmetros em seus trabalhos impressos. Spurgeon escreveu 135 livros durante 27 anos (1865-1892) e editou uma revista mensal denominada A Espada e a Espátula. Seus vários comentários bíblicos ainda são muito lidos, dentre eles: O Tesouro de Davi (sobre o livro de Salmos), Manhã e Noite (devocional) e Mateus - O Evangelho do Reino.

Até o último dia de pastorado, Spurgeon batizou 14.692 pessoas. Na ocasião em que ele morreu - 11 de fevereiro de 1892 -, seis mil pessoas leram diante de seu caixão o texto de Isaías 45.22a: Olhai para mim e sereis salvos, vós todos os termos da terra.


Fonte:http://www.ippinheiros.org.br

Jessie Penn-Lewis (1851-1927)

Nasceu em 1851, em Neath, País de Gales, filha de Samuel Jones, pastor da Igreja Metodista Calvinista em Neath (Glamorganshire, Gales). Foi convertida ao Evangelho pelo ministério de Evan H. Hopkins em 1o. de janeiro de 1882, com 21 anos. Dele escutou o caminho da vitória por meio da cruz de Cristo. A cruz como identificação do crente com Cristo no poder de Sua morte e a glória de Sua ressurreição: este foi o tema principal dos livros e discursos da sra. Penn-Lewis. Durante a primeira década que se seguiu a sua conversão, sua experiência cristã foi cada vez mais e mais profunda, de modo que se transformou num maravilhoso testemunho de vitória e resoluta obediência. Em 1895, pediram a ela que falasse em uma reunião marcada pela Missão para o Interior da China, fundada por Hudson Taylor. O impacto de sua mensagem foi tal que se decidiu imprimi-la. O título era O Caminho para a Vida em Deus, que vendeu milhares de exemplares.

Posteriormente, foi convidada a falar no exterior, viajando pela Suécia, Rússia, Finlândia, Dinamarca, Alemanha, Suíça, EUA, Canadá, Coréia, China e Índia, (país este em que realizou importante trabalho missionário em Madras), mesmo tendo graves períodos de enfermidade. Falou em várias Convenções de Keswick, ainda que sua paixão pela mensagem da cruz a tenha levado a abandonar qualquer outra atividade e aspecto de seu ministério que não estivesse com ela relacionado.

Em 1909, fundou a revista The Overcomer (O Vencedor), que continua sendo publicada até hoje, a qual, no início, foi somente uma carta de oração enviada aos amigos e interessados em seu ministério. Testemunha excepcional do avivamento galês de 1904, escreveu Guerra Contra os Santos, uma importante obra sobre o tema relacionado com o mundo das manifestações espirituais.

Ela conheceu as obras de Madame Guyon, as quais lhe ajudaram a conhecer a vida profunda com Deus. Por sua experiência com o Senhor, com Sua cruz e Sua Palavra, influenciou homens como Watchman Nee e T. Austin-Sparks.

Casou com 19 anos e não teve filhos. Morreu na Inglaterra, em 1927. Mary Garrard continuou com a revista The Overcomer e publicou uma biografia da sra. Penn-Lewis.


Fonte: Editora dos Clássicos