02 julho 2006

Existe vida depois da França?

Zidane


A semana começou calma, quase silenciosa. Na verdade o silêncio começou ontem à tarde depois da derrota da seleção brasileira de futebol na copa do mundo. Ao final do jogo, talvez por questões ligadas à validade dos fogos de artifício, ouvi alguns estampidos e depois um silencio.

Passado o desconforto da derrota, penso que o desfecho, aparentemente trágico, na verdade será muito benéfico para o país. Voltamos à realidade! Embora seja uma realidade dura e difícil de enfrentar, ainda é a realidade e apenas se for encarada de frente é que poderá ser mudada.

Observando a reação das pessoas nesse domingo, fui bombardeado de perguntas para as quais ainda não tenho respostas.

Porque canalizamos nossas mais sublimes expressões de patriotismo para os esportes? Porque o coro “Eu sou brasileiro. Com muito orgulho, com muito amor” só é cantado com entusiasmo nos estádios de futebol? Porque só em eventos com a copa do mundo o sujeito resolve colocar uma bandeira de três metros na varanda do apartamento. Será possível corrigir esse viés de compreensão a respeito do amor à pátria e libertar o patriotismo do mundo dos esportes?

Porque a derrota para a França causou tanta indignação, mas a prostituição que submete milhares de brasileiras a derrotas muito maiores, dentro e fora do Brasil, não provoca um arroubo de indignação que seja?

Seria possível transportar o desejo de participar desses milhões de brasileiros que acompanharam cada movimento dos jogos em ações voluntárias para mudar a realidade dessa nação?

Seria possível que a educação (ou a falta dela) de milhões de brasileirinhos se tornasse motivo de conversas acaloradas e bate papos animados nos bares e restaurantes? Todos trocariam idéias sobre o assunto fariam sugestões mil sobre como melhorar o ensino nos próximos quatro anos!

Por que a ética e a preocupação com o bem comum não são enfrentados em espécies de campeonatos em que cada equipe treina (durante quatro anos) solidariedade, respeito pelo meio ambiente e pela vida humana? Os competidores disputariam para chegarmos à conclusão sobre quem proporcionou mais bem à sociedade.

Seria possível que o desejo por uma vida marcada pelo caráter de Cristo tomasse conta das igrejas, enfeitadas de bandeirolas e faixas, levando milhares a rever o egoísmo, as disputas irrelevantes, o farisaísmo, a falta de compromisso com os valores do Reino de Deus, o preconceito, a ambição e tantos outros pecados que assolam os templos e seus freqüentadores?

Porque não examinamos as propostas políticas, o currículo dos candidatos e história dos partidos com tanto esmero e cuidado como são examinadas as tabelas da copa? Seria possível marcar os placares dos movimentos políticos a exemplo do que fazemos na copa e acompanhar se os times vencedores a cada pleito cumprem o que prometeram?

Seria possível que em outros dias, sem jogo do Brasil, a família se reunisse, se abraçasse e festejasse cada avanço na construção de uma nação responsável, feita de homens e mulheres (e não de crianças) comprometidos sucesso uns dos outros? Talvez assim caminhássemos rumo à formação de um povo em que cada um abandonasse a lei do Gérson, que aliás era jogador.

Não tenho qualquer esperança de achar respostas fáceis para essas perguntas, nem acho que juntos somos capazes de tudo. Desconfio que haja uma falha estrutural em todos os seres humanos. Uma falha que tem nos prejudicado há milênios: uma terrível desconfiança a respeito do caráter do Doador da Vida nos deixou sem lenço e sem documento, em um universo sem propósito e vivendo uma vida sem destino. E talvez por isso estejamos tão confusos e procurando propósitos elevados em partidas de futebol.

Imagino que haja resposta para todas as perguntas, mas cansei de perguntar! Hoje é domingo. Amanhã, vou por o pé na estrada e fazer a minha parte nessa busca.

A Luta e as batalhas - Couraça da Justiça

INTRODUÇÃO

Há três semanas temos nos debruçado sobre a Palavra de Deus para compreendermos mais sobre a luta espiritual em que toda raça humana está envolvida. Compreender melhor essa luta vai nos ajudar a travar as batalhas da vida com a segurança de saber quem é, de que lado batalha está e como proteger-se.

(13) Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. (14) Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. (15) Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; (16) embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. (17) Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; ( Efésios 6:13-17 – RA).

A armadura de Deus

Nenhum soldado guarda seu equipamento de combate no armário de casa e depois vai para a batalha. A armadura de Deus é pra ser usada.

Lembre-se que você está em uma luta. Por isso não guarde sua armadura no armário de casa. Guardada ela não vai lhe proteger. Não existem palavras mágicas ou frases de efeito que substituam o uso da armadura. Não adianta evocar o poder da armadura ou determinar que ninguém tem o direito de lhe tocar. É preciso usar a armadura. Não adianta esbravejar contra o inimigo, xingá-lo ou amaldiçoá-lo, tem que usar a armadura.

O soldado que vai pra guerra e leva apenas uma parte da armadura está tão fragilizado quanto aquele que nada levou. Espada sem escudo, capacete sem sandálias ou espada sem cinturão simplesmente não funcionam.

Deus preparou uma armadura completa. Cada peça tem a sua utilidade e todas são imprescindíveis. Um soldado bem treinado não se deixa enganar pelas histórias mentirosas de que a armadura é pesada ou de que algumas peças se tornaram antiquadas. Ele sabe que a proteção só é completa quando toda a armadura é usada.

Domingo passado conhecemos a primeira peça da armadura que Deus coloca à nossa disposição para a luta espiritual: o cinturão da verdade.

O Cinturão da Verdade

Mas o cinturão era uma peça indispensável para o soldado romano. Preso em volta da cintura, o cinto servia para ajustar a armadura em volta do corpo, permitindo que o soldado se movimentasse com mais agilidade. Além disso, era usado para sustentar a adaga e a espada. O cinturão era uma peça estratégica. Ele era responsável pela estrutura e sustentação de toda a armadura.

A verdade é a peça da armadura que sustenta todo o resto. Jesus é a verdade, a Palavra de Deus é a verdade. Se a verdade não for a base de sustentação da vida, você entrará na batalha de armadura frouxa. O compromisso com Jesus e sua Palavra é capaz de lhe dar segurança e firmeza para enfrenta a vida.

Mas esse compromisso com a Verdade não deve ser apenas conceitual. Quem se cinge da verdade, quem se deixa envolver por Jesus e sua Palavra, deve viver uma vida de verdade, em oposição ao pai da mentira. É nessas batalhas de cada dia que somos chamados a ser vitoriosos.

Quando a verdade, em nossas vidas, se torna uma opção sem alternativas, principados e potestades são humilhados e a luta espiritual e vencida.

A Couraça da Justiça

A segunda peça da armadura de Deus para enfrentarmos a luta espiritual é a couraça da justiça. A couraça era uma peça de couro com duas partes: a primeira cobria o tórax e a segunda cobria as costas. A couraça romana ia do pescoço até um pouco abaixo da cintura.

Parecida com os coletes à prova e balas, a couraça servia para proteger os órgãos vitais (coração, pulmão) e abdominais (fígado e estômago).

A LUTA

Ao usar essa ilustração da couraça, Paulo estava tentado explicar que Deus nos oferece uma proteção para enfrentarmos a luta espiritual. (1) Precisamos lembrar que o principal objetivo dessa luta espiritual é convencer, induzir e conduzir homens e mulheres a permanecerem longe de Deus. (2) O argumento que tem sido usado desde o início por potestades e principados e que Deus não é digno de confiança.

Diante disso, precisamos pensar: que tipo de proteção é essa que o apóstolo chama de couraça da justiça? Ela nos protege de que? Como podemos vesti-la?

Justiça

Sobre que tipo de justiça o apóstolo Paulo está se referindo? Algumas pessoas quando lêem esse texto são levadas a concluir que ele está falando sobre ser justo ao julgar algo, fazer as coisas certas e agir com justiça para com as pessoas.

Com certeza essa atitudes são desejáveis para qualquer pessoa e principalmente para um cristão, mas será que se esforçar para ser uma boa pessoa pode dar proteção no meio dessa luta? Será que a bíblia está prometendo uma troca? Você age com justiça e será protegido!

A justiça de que vem do meu esforço em fazer as coisas certas se chama justiça própria. É essa, então, a couraça da justiça? Ela é confeccionada com as minhas tentativas de fazer certo? É claro que não! Se a justiça for própria, a couraça é própria, a armadura é própria! É a sua armadura.
(6) Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades, como um vento, nos arrebatam. (7) Já ninguém há que invoque o teu nome, que se desperte e te detenha; porque escondes de nós o rosto e nos consomes por causa das nossas iniqüidades. (Isaías 64:6 -7 – RA)

Fazer uma couraça na base dos nossos atos de bondade e justiça própria é tentar costura pedaços de pano podre: é difícil de fazer e mesmo que você faça não serve de nada.

Escrevendo aos romanos, o apóstolo Paulo falou seguinte sobre os judeus que se esforçavam para serem considerados justos diante de Deus.
(1) Irmãos, a boa vontade do meu coração e a minha súplica a Deus a favor deles são para que sejam salvos. (2) Porque lhes dou testemunho de que eles têm zelo por Deus, porém não com entendimento. (3) Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus. (Romanos 10:1- 3 RA)
A palavra diz que a armadura é de Deus. Não é uma armadura que eu mesmo faço, é uma armadura que eu recebo de Deus. Assim também a justiça não é própria. É a justiça de Deus que me protege na luta espiritual, não a minha justiça própria.

Sobre esse assunto, Paulo também dá seu testemunho pessoal. Ele era daqueles sujeitos certinhos que se esforça ao máximo para fazer tudo certinho, do jeito que deve ser feito.
(4) Bem que eu poderia confiar também na carne. Se qualquer outro pensa que pode confiar na carne, eu ainda mais: (5) circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu, (6) quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na lei, irrepreensível. (Filipenses 3:4 – 6 RA)
Esse tipo de pessoa tenta obedecer a tudo, mas esse esforço é para “marcar pontos” com Deus e depois sentir-se no direito de exigir alguma coisa dele. Como se Deus fosse um comerciante da fé que vende bênção em troca de boas ações; ou um daqueles deuses pagãos que têm sua ira aplacada com sacrifícios.

Como vestir a couraça da justiça?

Continuando seu testemunho, Paulo diz que não decidiu vestir a couraça da justiça de Deus e abandonar sua couraça de pano podre.
(7) Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo. (8) Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo (9) e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé; (Filipenses 3:7 – 9 RA).

Essa é a maneira de vestir a couraça. Quando reconhecemos que não somos capazes de produzir uma justiça própria com nossos esforços e aceitamos a justiça que procede de Deus pela fé em Jesus, a nossa couraça de pano podre é trocada pela couraça da justiça de Deus.

Deus, o justo juiz declara justos todos aqueles que reconhecem a Jesus como Senhor e Salvador. Essa decisão de fé faz com que a justiça de Cristo, seja aplicada a sua vida. Assim, você que era incapaz de atender aos padrões de Deus é justificado aos olhos do Pai. Na luta espiritual, sua couraça de pano podre não serve de nada. Em nome de Jesus, jogue fora os trapos com os quais você tem tentado se proteger e vista a couraça da justiça de Deus pela fé em Cristo Jesus.

Proteção de que?

A couraça romana guardava os órgãos vitais. A couraça da justiça de Deus é a salvaguarda da nossa vida. É ela quem protege nosso relacionamento com Deus. Vestido da couraça da justiça de Deus você não precisa temer as acusações do inimigo.

Não é à toa que o Satanás e chamado de acusador. Ele se ocupa dia e noite de acusar os filhos de Deus. Em sua visão sobre a vitória final de Deus nessa luta espiritual, o apóstolo João nos revela essa atividade dos principados e potestades.
Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus. (Apocalipse 12:10 RA)

Mas essa visão de João é uma realidade também em nosso dia-a-dia. Principados e potestades rebeldes ao Senhor são hábeis acusadores. Traiçoeiros, destruidores e mentirosos, eles tentam nos induzir ao erro, oferecendo oportunidades para negarmos nossa confiança em Deus para em seguida nos cobrirem de acusações.

A couraça da justiça de Deus é apropriada para lhe proteger dessas ameaças de fora. Deus não lhe aceita pela sua capacidade de fazer certo, mas pela sua decisão de confiar nele para viver uma vida bonita, que alegra o coração do Pai. Por isso não há porque temer as acusações. Você está protegido pela couraça da justiça.

Quando o inimigo lhe cobrir de acusações, faça valer a couraça da justiça e confie na justiça de Cristo.

AS BATALHAS

Quando estamos revestidos pela couraça da justiça de Deus em Cristo Jesus, temos liberdade e poder para viver vidas justas; não mais com o objetivo de sermos aceitos por Deus ou para “marcar pontos” com ele, mas como expressão de gratidão. Aquele que está revestido com a couraça da justiça e chamado por Deus para viver vida justa através da fé em Jesus.

O presente que recebemos de Deus pela fé, a nossa justificação, não pode ser motivo para uma vida relaxada e sem compromisso. Pelo contrário, agora que Deus nos considera justos, somos chamados e viver de maneira compatível com a maneira como ele nos vê. Por isso, Paulo escreveu aos crentes de Éfeso:
(1) Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, (2) com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, (Efésios 4:1,2 – RA)
Também na carta que ele escreveu aos irmãos da cidade de Colossos, o apóstolo diz que tem orado incessantemente para que eles vivam de modo digno do Senhor:
(9) Por esta razão, também nós, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós e de pedir que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual; (10) a fim de viverdes de modo digno do Senhor, para o seu inteiro agrado, frutificando em toda boa obra e crescendo no pleno conhecimento de Deus; (Colossenses 1:9,10 – RA)

Quem pratica a justiça alegra o coração de Deus. No salmo 15 Davi pergunta: Senhor quem habitará no teu tabernáculo? Quem habitará no teu santo monte? Quem são aqueles com quem Deus tem prazer em conviver? O Salmista responde: aquele que pratica a justiça.
Viver uma vida justa é o que Deus desejou para nós desde o começo. Praticar a justiça e enxergar o mundo com olhos de Deus e agir conforme o caráter Dele.

Justiça nos Negócios

Ao contrário do que imaginam alguns a Bíblia é muito prática. Uma da área em que somos exortados a praticar justiça é nos negócios.


Balança enganosa é abominação para o SENHOR, mas o peso justo é o seu prazer. (Provérbios 11:1 RA)

Dois pesos são coisa abominável ao SENHOR, e balança enganosa não é boa. (Provérbios 20:23 RA)

Poderei eu inocentar balanças falsas e bolsas de pesos enganosos? (Miquéias 6:11 RA)


Todos fazemos negócios. Todos compramos e vendemos. Como andam os seus negócios? Você tem sido reto, justo, quando negocia? Ou usa dois pesos e duas medidas, uma para comprar e outra para vender. Na hora de comprar não vale nada, na hora de vender vale uma fortuna? Na hora de comprar só os defeitos, na hora de vender só as virtudes? Você é honesto com seus clientes ou segue as leis do mercado?

Parece que no comércio as coisas mudam de nome: CD pirata, que rouba os direitos autorais... É alternativo (para os crentes uma bênção); mentir para o cliente sobre quanto vai durar um produto... Vira otimismo; o metro de 98 cm... Uma estratégia de venda; a comida congelada cheia de gelo... É uma fatalidade; mentir nos ingredientes de um produto... É uma necessidade, vender produto vencido... É desovar estoque. Há um grande desafio, para todos nós: alegrar o coração de Deus em meio aos negócios.

Justiça ao Julgar

Todos nós julgamos. E quando estamos investidos da responsabilidade de julgar, seja uma disputa entre os filhos ou como juízes no Supremo Tribunal Federal, somos chamados a praticar justiça

Não farás injustiça no juízo, nem favorecendo o pobre, nem comprazendo ao grande; com justiça julgarás o teu próximo. (Levítico 19:15 RA)

Não torcerás a justiça, não farás acepção de pessoas, nem tomarás suborno; porquanto o suborno cega os olhos dos sábios e subverte a causa dos justos. A justiça seguirás, somente a justiça, para que vivas e possuas em herança a terra que te dá o SENHOR, teu Deus. (Deuteronômio 16:19-20 RA)

• Não favoreça o pobre porque ele é pobre;
• Não favoreça porque ele é rico;
• Não interprete em favor de quem você se agrada;
• Não aceite favores para beneficiar um dos lados.

O Senhor se alegra com a justiça, não como a religiosidade. Veja o que diz Ele diz através do profeta Isaías:

Quando vocês levantarem as mãos para orar, eu não olharei para vocês. Ainda que orem muito, eu não os ouvirei, pois os crimes mancharam as mãos de vocês. Lavem-se e purifiquem-se! Não quero mais ver as suas maldades! Parem de fazer o que é mau e aprendam a fazer o que é bom. Tratem os outros com justiça; socorram os que são explorados, defendam os direitos dos órfãos e protejam as viúvas. (Isaías 1: 15,16 NTLH)

Justiça nos Relacionamentos

A Justiça precisa permear todos os relacionamentos. A maneira como vivemos em família, na igreja, no trabalho. A forma de conviver e tratar aqueles que estão perto de nós revela ou não uma forma justa de viver

Não furtareis, nem mentireis, nem usareis de falsidade cada um com o seu próximo; nem jurareis falso pelo meu nome, pois profanaríeis o nome do vosso Deus. Eu sou o SENHOR. (Levítico 19:11,12 RA)

Praticar a justiça é não roubar aquilo que não lhe pertence: seja um bombom nas Lojas Americanas, uma uva no supermercado, a energia que não lhe pertence, a TV por assinatura que você não pagou, o crédito do celular que você não comprou ou a herança que não lhe pertencia.

Praticar a justiça é dizer a verdade e também ser verdadeiro com as pessoas; às vezes a verdade é dolorosa, mas ela faz uma limpeza indispensável para uma vida justa.

Justiça com os mais Necessitados

Por mais que sejamos necessitados, há sempre alguém com necessidades maiores que as nossas. Praticar a justiça é considerar a necessidade dos necessitados.

Não oprimirás o teu próximo, nem o roubarás; a paga do jornaleiro não ficará contigo até pela manhã. (Levítico 19:13 RA)

Porque retardar o pagamento se você pode fazê-lo logo? Por tentar ganhar nas costas daqueles que não têm quase nada? Porque explorar aquele que precisa mais do que você? Praticar a justiça é não oprimir.

Justiça com os portadores de Deficiência

Nas últimas décadas o mundo tem-se alertado sobre a desumanidade sofrida pelos portadores de deficiência. Isso não é novidade para quem conhece a Palavra de Deus e faz parte da prática da justiça.

Não amaldiçoarás o surdo, nem porás tropeço diante do cego; mas temerás o teu Deus. Eu sou o SENHOR. (Levítico 19:14 RA)

Em tudo que estiver ao seu alcance, promova a justiça para os portadores de deficiência física. É Justo! É bíblico! É viver de forma digna o Senhor! Alegra o coração de Deus!

CONCLUSÃO

Estamos em luta espiritual cujo objetivo é afastá-lo de Deus e convencê-lo de que não vale a pena confiar nele. O inimigo é cruel, mentiroso, sagaz e destruidor.

Mas Deus colocou a sua disposição uma armadura especial para lutar essa luta. Ele lhe deu uma couraça de justiça. Não é como a sua couraça de pano podre, costurada com suas obras de justiça própria. É a Couraça da Justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo. É pela fé me Cristo que você veste a couraça.

Ela lhe protege contra as acusações do inimigo. Com ela você protege o seu relacionamento com Deus. Você sabe que pode se aproximar Dele com confiança não nas suas tentativas de fazer as coisas certas, mas na justiça perfeita de Cristo.

Vestido da couraça da justiça, você é chamado por Deus para viver vida justa. Para agir conforme o caráter daquele que lhe chamou. Não pelo seu esforço, mas pela Graça de Deus.

01 julho 2006

A cartilha moral do PT

por Rafael Vitola Brodbeck

Ocorreu nos últimos dias 28 a 30 de abril o XIII Encontro Nacional do Partido dos Trabalhadores. Na ocasião, os delegados do PT aprovaram as “Diretrizes para a Elaboração do Programa de Governo”, visando às próximas eleições presidenciais. Chama a atenção o ponto 35 do referido documento:

“Combate às desigualdades e discriminações - O segundo Governo deve consolidar e avançar na implementação de políticas afirmativas e de combate aos preconceitos, à discriminação, ao machismo, racismo e homofobia. As políticas de igualdade racial e de gênero e de promoção dos direitos e cidadania de gays, lésbicas, travestis, transexuais e bissexuais receberão mais recursos. A Secretaria Especial de Mulheres, a Secretaria de Promoção de Políticas para a Igualdade Racial e o Programa Brasil sem Homofobia serão fortalecidos, influenciando e dialogando transversalmente com o conjunto das políticas públicas. O Governo Federal se empenhará na agenda legislativa que contemple as demandas desses segmentos da sociedade, como o Estatuto da Igualdade Racial, a descriminalização do aborto e a criminalização da homofobia.”

Nesse sentido, pretende o PT criminalizar qualquer conduta que entenda ser homofóbica, um conceito tão indeterminado que pode incluir até mesmo aqueles que contextam a licitude moral das práticas homossexuais. Assim, um sacerdote católico ou um pastor protestante que simplesmente anuncie a doutrina de sua religião, a qual, embora respeite e ame o homossexual, condena os atos de homossexualidade como pecados, poderá ver-se preso. Na Suécia, vários ministros luteranos já foram processados e condenados por esse pretenso crime. Onde fica a liberdade religiosa, tão apregoada pelos meios progressistas?

Além disso, mediante políticas de promoção dos gays, o Estado brasileiro, governado pelo PT, se vitorioso, continuará empregando dinheiro público – oriundo dos tributos pagos até por aqueles que discordam do homossexualismo, considerando-o iníquo – nas tais passeatas do orgulho homossexual e em campanhas destinadas a provar para a sociedade que a prática pederasta é tão normal quanto a heterossexualidade. Que os grupos gays dediquem-se a isso, é compreensível? Mas o Estado? Em vez de subsidiar a saúde, a educação, os investimentos sociais e econômicos, os cofres mantidos com nosso suado numerário serão esvaziados para uma destinação que não pertence aos fins estatais e nem encontra eco na maioria do povo.

Outro ponto que merece mais profunda reflexão é a descriminalização do aborto. Aos Bispos do Brasil, o presidente Lula sempre garantiu que basearia seu governo pelas práticas cristãs. Que cristianismo é esse que pretende permitir o assassinato de crianças indefesas?
Não é de se estranhar essa bandeira petista – aprovada em uma reunião nacional –, que já está em sua cartilha há anos. O PT, sem embargo de contar com pessoas que se dizem católicas em seus quadros, nunca escondeu de ninguém sua pretensão em instaurar o aborto livre no Brasil. O
próprio Lula, ao indicar os membros da comissão governamental que iria estudar tal proposta, só apontou nomes pró-aborto, excluindo a participação dos adversários de tão horrível delito, inclusive a CNBB – que representa a fé de 75% dos brasileiros.

No mesmo Encontro Nacional, o PT exigiu que os seus parlamentares que, porventura, façam parte da Frente Parlamentar em Defesa da Vida/Contra o Aborto, “retirem seus nomes desse movimento” (
cf. a íntegra do documento e suas pretensões no site oficial do PT).

Os Bispos americanos, nas últimas eleições, condenaram com as devidas sanções canônicas os fiéis que apoiassem, com seu voto, os candidatos pró-aborto e pró-gay. Aos brasileiros, tais sanções não atingem pela diversidade de jurisdição. Todavia, os princípios que as motivaram permanecem. Urge uma maior ponderação em todos esses assuntos, principalmente por parte dos cristãos, maioria esmagadora da população.

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