11 junho 2006

A Luta e as Batalhas - Introdução Parte 1

Introdução

Uma das marcas dos seguidores de Jesus, aqueles do Caminho, é o seu apego à Bíblia como Palavra de Deus. Os discípulos de Jesus procuram na Bíblia as pistas para compreender o sentido da vida e descobrir como viver de maneira a alegrar o coração do Pai.

Na Bíblia, encontramos que a vida é criação de Deus. Que todas as coisas criadas vieram à existência a partir da palavra poderosa de Deus. Deus disse: “Haja luz”, e houve luz. Deus disse: faça-se separação entre terra e mar, e assim foi. Deus disse: produza a terra árvores, e foi o que aconteceu. Deus disse.

Hoje a ciência tenta entender a vida esforçando-se para compreender as leis físicas e biológicas estabelecidas pelo criador da vida... Os relacionamentos humanos, a forma de agir das pessoas e a história de nossos antepassados são alvos de pesquisas e estudos para tentar descobrir quem somos, de onde viemos, para onde vamos e porque agimos como agimos

É certo que há aqueles que pretendem compreender a vida sem nenhum contato com o Criador dela (muitas vezes até negando sua existência), mas a bíblia diz que a vida é uma criação de Deus. Ela apresenta Deus como aquele que existia antes que tudo viesse a existir (No princípio criou Deus os céus e a terra) e também como o autor da existência como nós a conhecemos (Formou Deus o homem do pó da terra e soprou em sua narinas o fôlego da vida).

Segundo a Bíblia, o universo é feito de discursos não escritos sobre quem é o Criador (um dia faz declaração a outro dia, os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras de seu poder, os rios batem palmas e o montes cantam juntos sobre a grandeza de Deus).

O trabalho criador de Deus foi concluído com o ser humano. Essa foi uma criação especial. Primeiro porque Deus envolveu-se pessoalmente. Não foi uma ordem para que o homem surgisse do nada, mas, com as próprias mãos, Deus forma o homem do pó da terra; segundo porque em toda a criação apenas o homem recebeu sobre si o sopro de Deus; terceiro porque Deus resolveu nos criar parecidos com Ele, à sua imagem e semelhança.

Dentre as diversas semelhanças que temos com o criador está a nossa capacidade abstrair a existência (nós sabemos que existimos) e a possibilidade de fazer escolhas. Ao nos criar dessa maneira, Deus revela sua intenção de se relacionar conosco.

É interessante ver nas primeiras páginas do livro de Gênesis que Deus passeava pelo jardim do éden ao final de cada tarde, na viração do dia, para conversar com o Adão e Eva. Por que essa coisa de conversar? Por que Deus não implantou neles um chip com todas as informações para uma vida perfeita? Por que Ele não nos programou para sermos felizes? Por que não nos fez com um dispositivo que nos impeça de desobedecer?

Penso que o grande motivo para que fosse dessa forma é que Deus deseja autenticidade. Assim como Ele não determinou para o jovem casal que pontualmente às 17h30min de cada dia eles deveriam participara de uma reunião para receber esclarecimentos sobre a vida, também não os fez máquinas pré-programadas, mas lhes deu a possibilidade de experimentar o amor que nasce da confiança, que nasce do conhecimento.
A Grande Pergunta

Há uma grande pergunta por trás desse cenário: É possível ao ser humano conhecer a Deus, confiar nele e por fim amá-lo por sua livre vontade e decisão?

O grande projeto de Deus, que é desenvolver um relacionamento de amor e confiança com sua criação e principalmente com o homem, feito a sua imagem e semelhança, é viável ou está destinado ao fracasso desde o começo?

Em tempos de copa, podemos perguntar: Ao criar o homem, Deus pisou na bola, tropeçou e caiu. Ou realizou uma jogada perfeita, de mestre, daquelas que merecem ser reprisadas todos os dias, eternizadas mesmo?

Há, em volta dessa questão, uma luta que muitas vezes foge à nossa compreensão. Por isso estamos começando hoje uma série de mensagens cujo título é “A Luta por trás das nossas guerras”.

Durante esses próximos domingos vamos pedir ao Espírito de Deus que nos faça compreender a luta por trás das nossas batalhas.

Vamos pedir ao Espírito Santo que através da sua Palavra nos revele as estratégias que o inimigo de Deus tem usado para destruir nossa confiança em Jesus e com isso arrefecer nosso amor por Ele.

Vamos clamar ao Pai para que nos ensine a usar as armas que estão à nossa disposição para a luta por trás das nossas batalhas.

O trecho que vamos ler é uma parte da carta que o apóstolo Paulo escreveu aos crentes da cidade de Éfeso. Essa carta faz parte das chamadas epístola da prisão, juntamente com Filipenses, Colossenses e Filemon.Depois das saudações iniciais dos primeiros versículos, a carta aos efésios pode ser esboçada em três partes.

Primeiro (1:3 a 3:21) o apóstolo afirma a posição dos crentes em Jesus diante de Deus. (1) Ele relembra aos irmãos de Éfeso que fomos escolhidos e selados pelo Espírito de Deus, (2) e que a salvação em Cristo Jesus não é por mérito humano, mas pela graça de Deus. (3) Descreve a Igreja de Jesus como um corpo e defende que todos os membros desse corpo têm igual importância ainda que exerçam funções diferentes.

Depois, vem a maior parte da carta. Nessa segunda parte, o apóstolo explica o evangelho de Jesus de forma prática, aplicando esse evangelho à (1) relação com outros crentes, (2) ao exercício dos dons espirituais, (3) a como lidar com sua vida antes de Jesus, (4) como enfrentar o mal que permeia a atitude das pessoas, (5) ao Espírito Santo, (6) à família e (7) ao trabalho.

A terceira parte começa no texto que vamos ler. Acompanhe comigo a leitura da Palavra de Deus.


(10) Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. (11) Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; (12) porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. (13) Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. (14) Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. (15) Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; (16) embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. (17) Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus;(18) com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos. (Efésios
6:10-18 )

As Guerras

· Por que a violência tomou conta de nossas cidades?
· Por que ganhar o pão de cada dia é cada dia mais difícil?
· Por que a embriaguez é uma das principais causas de acidentes no trânsito?
· Por que o casamento é uma instituição à beira da falência?
· Por que a corrupção, que desvia o dinheiro destinado ao benefício dos mais necessitados, é livre para agir em todas as esferas do governo?
· Por que as drogas continuam avançando sobre os jovens e roubando-lhe o futuro?
· Como é possível que filhos matem os próprios pais por dinheiro?
· Por que é tão difícil perdoar quando somos ofendidos e magoados? Por que é tão difícil ser misericordioso e estender perdão?
· Como é possível que pais explorem seus filhos e ponham neles o sentido de suas vidas?
· Por que é tão difícil pensar no bem-estar do outro tanto quanto pensamos no nosso próprio?
· Por que as indústrias continuam poluindo e destruindo o meio ambiente?
· Por que a prostituição de crianças continua sendo um dos principais atrativos turístico da nossa cidade?
· Por que as nações ricas continuam explorando as mais pobres?
· Porque jovens ricos e com futuros promissores jogam-se do alto de um prédio pondo fim à própria vida?
· Por que milhões morrem doentes e com fome enquanto outros vivem vidas abastadas e egoístas?
· Por que a justiça, que deveria ser a guardiã da lei, é por vezes tão injusta, parcial e capaz de vender-se de forma vil?
· Porque aqueles que deveriam fazer leis justas, legislam em causa própria? Senadores, Deputados e Vereadores sem compromisso com o bem comum!
· Como é possível que etnias sejam perseguidas com o propósito de serem eliminadas, como propõe o presidente do Irã?
· Por que crianças continuam sendo abusadas em suas próprias casas por pais, irmãos, tios e padrastos?
· Por que é tão difícil fazer o bem, gastar tempo com o outro, amar sem restrição, ser gentil, ter paciência, não apontar o dedo, mas acolher e sorrir com bondade?

Essas são algumas das batalhas que pessoas, como eu e você, que vivemos nesse mundão, enfrentamos todos os dias. Muitas vezes são lutas que nos acompanham por anos, outras vezes elas vem e vão. Mas estamos sempre em meio a batalhas como essas e outras mais, se desejamos viver o evangelho de Jesus.

Eu sei que você é capaz de ter respostas para algumas dessas perguntas. Você ainda poderia dizer que outras são questões complexas e que merecem estudos extensos e aprofundados para solucioná-las, e em parte você estaria certo.

Mas, correndo o risco de ser acusado de simplista, eu gostaria de afirmar que há uma única luta por trás de todas essas batalhas.

Depois de ensinar aos efésios como se portar de acordo com o evangelho de Jesus nas batalhas do dia-a-dia, o apóstolo, inspirado pelo Espírito de Deus, abre as cortinas do mundo espirituais e nos mostra a luta por trás das batalhas que enfrentamos ao tentarmos viver o evangelho de Jesus.

(12) porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.

De Gênesis a apocalipse, a Bíblia admite com naturalidade a existência de uma dimensão espiritual que normalmente não nos é perceptível, mas que é tão real quanto aquela que podemos ver.


(8) O rei da Síria fez guerra a Israel e, em conselho com os seus oficiais, disse: Em tal e tal lugar, estará o meu acampamento. (9) Mas o homem de Deus mandou dizer ao rei de Israel: Guarda-te de passares por tal lugar, porque os siros estão descendo para ali. (10) O rei de Israel enviou tropas ao lugar de que o homem de Deus lhe falara e de que o tinha avisado, e, assim, se salvou, não uma nem duas vezes. (11) Então, tendo-se turbado com este incidente o coração do rei da Síria, chamou ele os seus servos e lhes disse: Não me fareis saber quem dos nossos é pelo rei de Israel? (12) Respondeu um dos seus servos: Ninguém, ó rei, meu senhor; mas o profeta Eliseu, que está em Israel, faz saber ao rei de Israel as palavras que falas na tua câmara de dormir. (13) Ele disse: Ide e vede onde ele está, para que eu mande prendê-lo. Foi-lhe dito: Eis que está em Dotã. (14) Então, enviou para lá cavalos, carros e fortes tropas; chegaram de noite e cercaram a cidade. (15) Tendo-se levantado muito cedo o moço do homem de Deus e saído, eis que tropas, cavalos e carros haviam cercado a cidade; então, o seu moço lhe disse: Ai! Meu senhor! Que faremos? (16) Ele respondeu: Não temas, porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles. (17) Orou Eliseu e disse: SENHOR, peço-te que lhe abras os olhos para que veja. O SENHOR abriu os olhos do moço, e ele viu que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu (II Reis 6:8 -17)


Eliseu, o profeta, usado por Deus, contava ao rei de Israel as estratégias de guerra do rei da Síria. Depois de várias derrotas, o rei da Síria envia cavalos, carros e tropas para prender Eliseu. O moço que ajudava Eliseu ficou desesperado, mas Eliseu, que parecia tranqüilo orou ao Senhor para os olhos do rapaz fossem abertos.

Havia uma realidade espiritual que o moço não enxergava tão real quanto aquela que se estava vendo. Por trás da batalha iminente havia uma luta espiritual. Era como se Eliseu usasse uns óculos especiais. Aos olhos do moço, a batalha estava perdida, aos olhos do profeta a luta na dimensão espiritual estava ganha.

Onde existem batalhas que tentam destruir os servos de Deus, há lutas espirituais travadas em uma dimensão que foge à nossa percepção natural.


(1) No terceiro ano de Ciro, rei da Pérsia, foi revelada uma palavra a Daniel, cujo nome é Beltessazar; a palavra era verdadeira e envolvia grande conflito; ele entendeu a palavra e teve a inteligência da visão. (2) Naqueles dias, eu, Daniel, pranteei durante três semanas. (3) Manjar desejável não comi, nem carne, nem vinho entraram na minha boca, nem me ungi com óleo algum, até que passaram as três semanas inteiras. (4) No dia vinte e quatro do primeiro mês, estando eu à borda do grande rio Tigre, (5) levantei os olhos e olhei, e eis um homem vestido de linho, cujos ombros estavam cingidos de ouro puro de Ufaz; (6) o seu corpo era como o berilo, o seu rosto, como um relâmpago, os seus olhos, como tochas de fogo, os seus braços e os seus pés brilhavam como bronze polido; e a voz das suas palavras era como o estrondo de muita gente. (7) Só eu, Daniel, tive aquela visão; os homens que estavam comigo nada viram; não obstante, caiu sobre eles grande temor, e fugiram e se esconderam. (8) Fiquei, pois, eu só e contemplei esta grande visão, e não restou força em mim; o meu rosto mudou de cor e se
desfigurou, e não retive força alguma. (9) Contudo, ouvi a voz das suas palavras; e, ouvindo-a, caí sem sentidos, rosto em terra. (10) Eis que certa mão me tocou, sacudiu-me e me pôs sobre os meus joelhos e as palmas das minhas mãos. (11) Ele me disse: Daniel, homem muito amado, está atento às palavras que te vou dizer; levanta-te sobre os pés, porque eis que te sou enviado. Ao falar ele comigo esta palavra, eu me pus em pé, tremendo. (12) Então, me disse: Não temas, Daniel, porque, desde o primeiro dia em que aplicaste o coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, foram ouvidas as tuas palavras; e, por causa das tuas palavras, é que eu vim. (13) Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias; porém Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu obtive vitória sobre os reis da Pérsia. (14) Agora, vim para fazer-te entender o que há de suceder ao teu povo nos últimos dias; porque a visão se refere a dias ainda distantes.(Daniel 10:1-14 RA)

Durante três semana, Daniel orou e jejuou pedindo a Deus compreensão a respeito de uma profecia sobre Ciro, rei da Pérsia.Três semanas sem resposta.

Ao final dessas semanas, Daniel tem um encontro impressionante com um mensageiro de Deus. Esse mensageiro afirma que fora enviado por Deus logo que Daniel começara o jejum e só não chegará logo porque durante vinte um dias ele havia enfrentado a resistência de forças espirituais, dominadores sobre Pérsia.

Em jogo estava confiança de Daniel em Deus e sua reputação como servo do Senhor. Essa era a batalha visível. Por trás dessa batalha, uma luta espiritual que envolve anjos leais ao Senhor e forças espirituais rebeldes ao Criador.


(14) De outra feita, estava Jesus expelindo um demônio que era mudo. E aconteceu que, ao sair o demônio, o mudo passou a falar; e as multidões se admiravam. (15) Mas alguns dentre eles diziam: Ora, ele expele os demônios pelo poder de Belzebu, o maioral dos demônios. (16) E outros, tentando-o, pediam dele um sinal do céu. (17) E, sabendo ele o que se lhes passava pelo espírito, disse-lhes: Todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto, e casa sobre casa cairá. (18) Se também Satanás estiver dividido contra si mesmo, como subsistirá o seu reino? Isto, porque dizeis que eu expulso os demônios por Belzebu. (19) E, se eu expulso os demônios por Belzebu, por quem os expulsam vossos filhos? Por isso, eles mesmos serão os vossos juízes. (20) Se, porém, eu expulso os demônios pelo dedo de Deus, certamente, é chegado o reino de Deus sobre vós. (Lucas 11:14 – 20 RA)

Mais que qualquer outra pessoa, Jesus conhecia a existência dessa dimensão espiritual onde as lutas que realmente importam são travadas. Nesse debate com os religiosos, ele reconhece a existência dessa realidade e não deixa dúvidas que as lutas travadas nessa dimensão espiritual tem relação com a implantação do Reino de Deus.

Toda vez que o Reino de Deus é atacado, toda vez que os servos de Deus são ameaçados a não confiarem em Jesus, toda vez que as circunstâncias da vida lhe impedem de buscar comunhão com o Senhor, toda vez que vocês é levado para longe do coração do Pai, há uma luta espiritual acontecendo por trás das batalhas do dia a dia.

Toda vez que o amor é encoberto, que a ira toma o lugar da misericórdia, que o perdão não acontece, que a vingança encontra lugar, que a família é ameaçada, que a autoridade é impropriamente questionada, há uma luta espiritual acontecendo.

Sempre que a injustiça ocupa os espaços, que seres humanos são explorados, que a bondade é desacreditada e o egoísmo permeia os relacionamentos, há uma luta espiritual acontecendo.

Sempre que a forma de pensar, o jeito de ver o mundo, a filosofia, a teologia ou qualquer outra ciência leva-nos a desconfiar da existência, da bondade e do amor de Deus, há uma luta espiritual envolvida.

Sempre que uma criança é explorada, que uma mulher é violentada, que um homem é assassinado, que miséria toma conta do corpo, da alma e da mente, há uma luta espiritual acontecendo.

E a luta é uma só. Convencer a raça humana de que não é possível conhecer a Deus, de que ele não é digno de confiança e de que não vale a pena lhe obedecer. A luta espiritual que se esconde nas batalhas do dia-a-dia, é nos afastar do coração do Pai.

Eu não sei as batalhas que você está enfrentando, mas eu quero lhe desafiar a não se assustar. Coloque os mesmos óculos especiais que o moço, servo de Eliseu, colocou. Veja a realidade além do visível e ouça também o que o profeta falou ao moço: mais são os que estão conosco do que os que estão com eles.

Faça como o profeta Daniel: insista em oração e jejum. Clame a Deus por compreensão da vida, e não se assuste quando a resposta vier. Mas ore, continue orando e submetendo-se à vontade do Pai.

Olhe para Jesus e peça a ele que lhe revista de poder do alto. Principados e potestades estão submetidas a Ele. Debaixo do poder que há no sangue de Jesus, eu e você podemos fazer diferença, enfrentar as batalhas do dia-a-dia, mas enxergando nelas as lutas espirituais desse mundo espiritual.

(12) porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.

10 junho 2006

Setúbal celebra festa da Bíblia

Por Octávio Carmo

A Diocese de Setúbal promove, ao longo deste fim-de-semana, uma grande festa diocesana para encerrar o primeiro ano do Triénio dedicado à Sagrada Escritura. A iniciativa desenrola-se em Almada, no Parque da Paz.

Na mensagem que dirigiu à Diocese, o Bispo de Setúbal justifica esta festa com a vontade de “celebrar e partilhar a alegria de contar com o dom da Palavra de Deus, na Escritura”. “A leitura da Bíblia não pode afastar da paixão da Bíblia, do mesmo modo que a procura da vida precisa das palavras das Escrituras”, escreve D. Gilberto Canavarro Reis.

Ao longo deste primeiro ano do triénio dedicado pela Diocese à Bíblia foram distribuídos, nas paroquias, 50 mil exemplares do Evangelho segundo São Marcos. Em cada igreja está presente um exemplar da Sagrada Escritura.

Do programa oficial sobressaem concertos musicais, exposições, cinema, teatro, diversos workshops, momentos de oração e a Eucaristia final. No espaço haverá ainda uma tenda de culinária, com os sabores do Mediterrâneo.

A Diocese irá mostrar aspectos pouco conhecidos relacionados com a Sagrada Escritura, e com aquilo que a cultura ocidental produziu em relação com ela. De especial interesse, neste campo, será a exposição de fotos de painéis de azulejos, de temática exclusivamente bíblica.
A diversidade de ofertas faz com que a organização espere atrair as pessoas que passarem pelo Parque da Paz ao longo destes dias.

Portugal

Agência Ecclesia 10/06/06

03 junho 2006

Notícias do Caminho



Domingo, vinte e oito de Maio, concluímos a série de mensagens "As Mulheres da Bíblia". Por quatro domingos aprendemos com as vidas de Hagar, Maria mãe de Jesus, Lídia e as irmãs de Lázaro, Marta e Maria.

Hagar, mulher, egípcia, escrava, grávida, rejeitada por seus patrões, fugiu parao deserto e lá encontrou-se com o Deus Eterno, aquele que via sua dores. Hagar foi confrontada com sua identidade, e chamada a enfrentar sua realidade. Hagar não deveria fugir, mas voltar ao lugar das suas dores e confiar em Deus como seu ajudador e consolador. Ela não estava só. Além disso o Senhor tinha planos para o filho que estava em seu ventre. Hagar aprendeu que o Deus que vê nossas dores se importa tanto conosco que não nos deixa fugir mas nos ensina a enfrentar a dura realidade da vida e a aprender confianção Nele.

Maria era uma jovenzinha quando recebeu do anjo Gabriel o aviso de que o Senhor a escolhera para gerar o messias prometido. Embora confusa com as circunstâncias descritas pelo anjo, Maria entendeu rapidamente que dizer sim significava por em risco seus sonhos mais preciosos. Desde então, sua decisão desafia a todos: minha alma engrandece ao Senhor e meu espírito se alegra em Deus meu salvador. Maria decidiu que sua vida, sua emoções seriam dedicadas a engrandecer ao Senhor e que Ele mesmo seria a fonte da sua alegria. Assim Deus lhe deu uma correta imagem sobre si mesma. Nem aquém nem além, mas na medida certa.

Lídia era uma empresária do ramo de confecções. A representante comercial dos vendedores de púrpura de Tiaria era próspera em seus negócios, era bem relacionada na sociedade, tinha amigos influentes, morava confortavelmente mas descobriu que a vida não se resumia a fazer negócios e ganhar dinheiro. Em pleno sábado, Lídia, que não era judia, parou os negócios para orar e ouvir sobre Deus. Nessa parada, o coração sensível às coisas eternas foi impactado pelo evangelho de Jesus. Lídia aceitou de pronto e de imediatao colocou-se a disposição para servir.

Marta e Maria, irmãs, amigas de Jesus e muito diferentes uma da outra. Uma prática, outra contemplativa; uma racional, outra emotiva. Jesus amava a ambas. No entanto, marta andava ansiosa e preocupada com todos os detalhes que a perfeição envolve. O Senhor alerta a amiga Marta que dentre as coisa importantes há aquelas que devem ter prioridade. Marta, Marta... andas ansiosas por muitas coisas... Maria escolheu a melhor parte que não lhe será tirada. Maria não deveria sentir-se culpada por não ser uma Marta mas aquietar seu coração e confiar no Senhor. Ele acolhe tanto as Martas quanto as Marias.

Que o Senhor nos ensine com a vida, as dores, as escolhas e as cores dessas mulheres.